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Nome do Residente: Mauro Sérgio da Silva Filho

CPF: 075.166.884-28
Nome e sigla da IES: Instituto Federal de Alagoas - IFAL
Curso de Licenciatura: Física
Séries/Anos e Etapa da educação Básica nas quais desenvolveu atividades: Ensino
médio
Escola(s)-Campo onde desenvolveu as atividades: Instituto Federal de Alagoas –
Campus Maceió
Nome do Docente Orientador: Jorge Luiz Araújo Rocha
Nome do Preceptor: Adriano Malta Lobo

1. Relato de Experiência (ver orientações para a elaboração do relato no


documento anexo):

2. Autorização de uso pela CAPES

Eu,_Mauro Sérgio da Silva Filho____________________________(Nome do


Residente), autorizo a utilização pela Capes do presente relato de experiência, na
qualidade de bolsista residente, sob responsabilidade do(a) Docente(a) Orientador(a)
Jorge Luiz Araújo Rocha___________________ vinculado ao Programa de Residência
Pedagógica da Instituto Federal de Alagoas – IFAL ____________________ (Nome da
IES). Meu relato escrito poderá ser incluído nos bancos de dados e nas plataformas de
gestão da Capes, podendo, eventualmente, ser reproduzido, publicado ou exibido por
meio dos canais de divulgação e informação sob responsabilidade desse órgão.

________________________________________________
Residente
(Nome e Assinatura)
Alternativas para o ensino experimental da física

Resumo

Em um país onde para muitos professores é difícil ter o mínimo para lecionar,
como o quadro e um giz, é quase inimaginável falar em ter um laboratório para o ensino
de ciências, visando essa problemática durante o PRP – Programa de Residência
Pedagógica, foram trabalhadas opções do docente levar o ensino experimental de física
para a escola, utilizando simuladores e experimentos de baixo custo.

Palavras-Chave: Simulador, experimento de baixo custo, ensino de física.

Introdução

Sabendo que a física é uma ciência da natureza e acima de tudo, uma ciência
totalmente experimental, isto é, a base dos seus argumentos está na evidenciação das
teorias propostas nos experimentos realizados, não é difícil de se imaginar que o seu
ensino também seja próximo disso, entretanto não é isso que é visto em sala de aula, a
falta de experimentos para abstrair conteúdos ou até mesmo para dar razão aos
conteúdos estudados, é um problema notório na sala de aula.
Sabendo que na realidade brasileira poucas escolas possuem um laboratório para
o docente possa se aprofundar nos conhecimentos antes só visto de maneira conceitual e
teórica, um censo escolar realizado pelo governo no ano de 2018, analisou que apenas
44% das escolas da educação básica no Brasil tem acesso a um laboratório de ciências,
no ensino médio, seja nas públicas ou particulares essa realidade não fica muito longe,
sendo 38,8% e 57,2% respectivamente, isso mostra a necessidade do docente buscar
novas maneiras de trazer o ensino experimental para sala de aula.

Desenvolvimento

A partir da problemática apresentada anteriormente, buscamos formas de trazer


o ensino experimental de maneira alternativa, mesmo com o IFAL – Campus Maceió
tendo a disposição um laboratório para todas as três ciências da natureza e além disso
um de matemática e suas tecnologias, sabe-se que isso não é nem de perto a realidade
que os docentes das redes públicas enfrentam.
O ponta pé foi a sala de aula que fomos inseridos, a partir da primeira aula
começamos a planejas formas de trazer a física experimental sem utilizarmos
laboratório convencionais, então buscamos a primeiro momento simuladores, tal qual
como o PhET, que é um site feito pela universidade do colorado que tem como
propósito trazer experimentos em um ambiente simulado, requisitando apenas o acesso
à internet durante a simulação ou para fazer o download previamente da simulação,
além de um aparelho que suporte o software, geralmente um computador ou notebook,
apesar dessa necessidade a equipe supôs que é muito mais simples uma escola ter acesso
a um computador ou notebook do que projetar todo um laboratório, por fim é
importante ressaltar que a maioria das simulações são feitas na linguagem HTML5,
oque permite a execução das simulações por meio de um navegador (browser).
Figura 1
Fonte: Autor, 2024

Como é possível observar na figura 1, o simulador vai além da física e aborda também
outras disciplinas que compõem o eixo da ciência da natureza e também à matemática, o
que é importante pois amplia as possibilidades, acerca do uso do software.
A turma na qual foi aplicada o as simulações nas aulas foi uma turma atípica,
pois contava com apenas alunos repetentes, ou seja, já era sabido que os alunos tinham
dificuldades com a disciplina, além disso é importante informa que era uma turma de
segundo ano do curso de sistema de informação, por se tratar de uma turma de segundo
ano o conteúdo inicial era termologia. Durante todo o processo utilizamos algumas
diferentes simulações do PhET, tais qual:
Figura 2

Fonte: Autor, 2024

Figura 3

Fonte: Autor, 2024


Figura 4

Fonte: Autor, 2024

Cada um desses simuladores foi utilizado em momentos diferentes afim de abstrair o


conteúdo lecionado (o nome de cada simulador encontra-se no lado inferior esquerdo da
imagem), o simulador da figura 2, foi o primeiro abordado em sala de aula e utilizado
para demostrar o comportamento das moleculas de uma substância em diferentes
estados (liquido, sólido ou gasoso), além da relação que tem entre temperatura, pressão
e volume, já o simulador da figura 3 foi utilizado para explicar os processos de
condução de calor e calor especifíco, o porque de cada matérial aquecer mais
rapidamente ou esfriar mais lentamente, por fim o simulador da figura 4 foi utilizado
para estudar a equação geral dos gases.
A utilização desses simuladores trouxe algumas facilidades bem relevantes para
o docente, a primeira delas é a praticidade na qual é possível aplicar esses simuladores,
em questão de minutos é possível baixar os simuladores e aplicar na sala de aula, sem
necessitar um conexão estável durante a aula, além de que por se tratar de um site aberto
ao público em geral, os alunos podem replicar em suas casas, além disso permitir o
aluno ver o fenômeno estudado em ação é de grande importância, pois é possível
trabalhar a aprendizagem significativa abordada por Ausubel, que conecta os pontos dos
conhecimentos prévios com os novos conhecimentos.
Apesar da utilização dos simuladores se mostrar muito eficaz e ter sido,
replicada em diferentes momentos, essa não foi a única forma utilizada para trabalhar
ensino experimental de física na sala de aula, sem a utilização do laboratório, como
fomos convidados para apresentar um experimento na expofísica 2023, planejamos um
experimento físico porém com um baixo custo, afim de tornar uma experiência palpável
de ser replicada nas salas de aulas. O experimento é nomeado de microscópio na gota de
água, onde o mesmo consiste em utilizar os efeitos de refração que ocorrem quando um
feixe de luz passar por uma gota de água para observar criaturas microscópicas que
estão presente na água, por se tratar de um experimento de baixo custo, a quantidade de
materiais para produção do mesmo foi simples de obter, sendo esses materiais: Água,
uma seringa, um laser verde e uma base para apoiar o experimento, para a montagem
basta coloca água na seringa e apoiar a mesma na base de maneira que fique possível
manter uma gota de água no bico da seringa, feito isso basta focar o laser na gota.

Figura 5 Figura 6

Fonte: Autor, 2023 Fonte: Autor, 2023

Esse não foi o único momento que aplicamos esse experimento, tivemos a oportnidade
de replicar ele e trazer outro experimento diferente, na 17ª Caravana Itinerante de
ciências e tecnologia, que fazia parte da programação da 20ª semana da ciências e
tecnologia, no campus IFAL – Benedito Bentes.
Nessa apresentação trouxemos além do experimento microscópio na gota de
água, o experimento do espectroscópio que além de baixo custo envolvia um tema que
geralmente os alunos são fascinados, que é a astronomia, pois é através da
espectroscopia que é possível detectar a composição dos corpos celestes. Para elaborar
tal experimento bastava uma caixa ou recipiente que pudesse simular uma câmara
escura, um CD e laminas, a construção é feita realizando dois buracos opostos na caixa,
um para entrada de luz, maior onde vai ser colocado o CD (totalmente transparente, sem
a película de proteção) e o outro furo largo, porém bem fino. O objetivo do experimento
é observar as linhas do espectro de emissão de uma fonte luminosa como mostra nas
figuras 7 e 8.
Figura 7 Figura 8

Fonte: Autor, 2023 Fonte: Autor, 2023

Conclusão

Em suma o Programa de residência pedagógica forneceu a possibilidade de


ainda na graduação se ter a vivência de um docente de maneira mais proeminente,
permitindo que fosse vivenciado situações que só poderia ser possível após a formação,
já no mercado de trabalho, sendo assim preparando e moldando possíveis respostas para
tais situações, como a citada durante o relato, onde foi trabalhado maneiras eficazes de
trabalhar com uma situação problema tão comum para o professor de ciências naturais,
que é a falta de um laboratório, sendo totalmente proveitoso e válido utilizar de meios
digitais (como as simulações) ou práticas físicas alternativas (como foram os
experimentos de baixo custo).
Referências

[1] ESTUDANTES participam da 17ª Caravana Itinerante de Ciências e Tecnologia. [S.


l.], 24 out. 2023. Disponível em:
https://www2.ifal.edu.br/campus/benedito/noticias/estudantes-participam-da-17a-
caravana-itinerante-de-ciencias-e-tecnologia. Acesso em: 28 fev. 2024.

[2] DADOS DO CENSO ESCOLAR. [S. l.], 12 fev. 2019. Disponível em:
https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/censo-escolar/dados-do-censo-escolar--
noventa-e-cinco-por-cento-das-escolas-de-ensino-medio-tem-acesso-a-internet-mas-
apenas-44-tem-laboratorio-de-ciencias. Acesso em: 28 fev. 2024.

[3] APRENDIZAGEM significativa – breve discussão acerca do conceito. [S. l.], 14 set.
2023. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/aprofundamentos/191-aprendizagem-significativa-breve-discussao-acerca-do-
conceito#:. Acesso em: 28 fev. 2024.

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