Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O salmista expressa que a vida de um justo é marcado por frutos (Sl 1.3-6).
João Batista instou aos novos convertidos que eles demonstrassem frutos de uma nova
vida, autenticando assim o verdadeiro arrependimento ( Mt 3.8-10; Lc 3.8-9).
O Senhor Jesus ensinou que o caráter de uma árvore é revelado pelo tipo de fruto
que ela produz (Mt 7.16-20; 12.33l Lc 6.43-44). Em João 15, Ele contrastou um ramo
que não dá fruto (Jo 15.2,6) como um ramo que dá fruto (Jo 15.2,5). Aquele que dá
fruto será podado para dar mais fruto (Jo 15.2) e eventualmente, muito fruto
(Jo15.5). De modo que os que pertencem ao Senhor demonstrarão sua fé com frutos
espirituais visíveis.
O apóstolo Paulo falou acerca de fruto, chamando-o de “fruto de justiça” (Fp 1.11).
Ele escreveu extensivamente a respeito da obra do Espírito Santo, especialmente no
livro de Gálatas. Ele abordou a obra do Espírito na salvação (Gl 3.2-3,5,15;
4.6,29; 5.5) e então na santificação ( Gl 5.16-18,22-25). Ali ele então contrastou
as obras da carne (Gl 5.19-21) com o fruto do Espírito (Gl 5.22-23). Mais tarde, em
Efésios, ele falou de modo similar das obras infrutíferas das trevas (Ef 5.3-7,11)
em comparação com o fruto da luz (Ef 5.8,9).
O FRUTO DO ESPÍRITO
Fruto (Gr. karpos) em Gálatas 5.22 é singular, não plural, no sentido de que
crentes verdadeiros manifestam todos estes elementos simultaneamente. Paulo mais
tarde descreveu esta obra santificadora como o "fruto de justiça” (Fp 1.11).
Portanto, as nove qualidades (“gomos”) representativas (Gl 5.23, "estas coisas”)
referem-se ao todo da obra santificadora do Espírito na vida de quem foi
santificado, ou seja, declarado justo pela fé no Senhor Jesus Cristo. Na verdade,
essas qualidades referem-se ao modelo de vida do próprio Senhor Jesus na vida dos
discípulo(a).
Produzida pelo Espírito Santo (Rm 14.17), a alegria é apropriada nos bons momentos
(3 Jo 4) e nos momentos de provação (Tg 1.2-4). A alegria é uma gratidão profunda e
interna a Deus por sua bondade que não é diminuída ou interrompida quando
circunstâncias indesejáveis invadem nossa vida.
Paz resulta em uma resposta ordenada, estabelecida e tranquila a tudo que a vida
possa trazer. A paz produzida pelo Espirito Santo está além do entendimento humano
(Fp 4.6), uma calma interna resultante da confiança no relacionamento salvífico com
Cristo. A forma verbal do termo grego denota união e reflete-se na expressão "ter
os pensamentos unidos” Rm 8.28. Tal como a alegria, a paz não é determinada pelas
circunstâncias (Jo 14.27; Rm 8.28; Fp 4.7,9). Paz durante as tempestades da vida
envolve uma tranquilidade sincera e uma confiança ancoradas no magnifico
entendimento do que é a vida, é do que nEle crê está nas mãos do Deus que é
soberanamente poderoso.
Paulo demonstrou aos coríntios sua própria paciência no ministério, atribuindo sua
longanimidade ao Espírito Santo (2Co 6.1-10, esp. 6.6). Tiago louvou a paciência em
tempos de sofrimento pela fé (Tg 5.7-11). Pedro recordou a seus leitores a
paciência de Deus anterior à salvação daqueles crentes (1Pe 3.20; 2Pe 3.15).
Longanimidade é um elemento do amor (1Co 13.4) e, no fim das contas, deve ser
demonstrada para com todos (Ef 4.2; 1Ts 2.14).
Benignidade expressa-se por uma preocupação terna e gentil pelos outros, e que
busca ativamente todas as maneiras da servir. O Pai (Rm 2.4; Tt 3.4) e o Filho (Mt
11.30) demonstraram benignidade na obra da salvação. Os crentes devem ser benignos
uns para com os outros (Ef 4.32; Cl 3.12) e devem sujeitar-se aos outros em
benignidade (2Co 6.6).
Bondade exibe uma capacidade ativamente determinada em lidar com as pessoas com o
foco principal na glória de Deus, mesmo quando se requer confronto e correção. A
bondade está associada ao “fruto da luz" (Ef 5.9). A palavra Grega para “bondade"
não aparece em arte alguma da literatura grega a não ser na Bíblia, onde na
tradução do Antigo Testamento para o grego, na Septuaginta, é dito que "bondade" é
um atributo de Deus (Ne 9.25).
Mansidão por vezes traduzida por "gentileza, descreve basicamente uma força
controlada expressa por um coração humilde. No seu antigo sentido secular, o termo
grego significava uma brisa suave ou fera domesticada, ou seja, força usada para o
bem, não para o mal. Paulo caracterizou a Cristo desta maneira (2Co 10.1; veja Mt
11.29). E Cristo ensinou, “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra" (Mt
5.5). A mansidão implica três atitudes: (1) submissão à vontade de Deus (Cl 3.12):
(2) uma atitude ensinável (Tg 1.21) e (3) a consideração por outros (Ef 4.2).
Há pelo menos seis conclusões significativas podem ser alcançadas com a discussão
de Paulo acerca do fruto do Espírito:
1 - Estas qualidades são apreciadas no contexto "andar no Espirito" (Gl 5.16,25).
3. Sendo "fruto" singular, não plural, Paulo intencionava que ele fosse entendido
como um fruto em múltiplas características, todas as quais devendo ser refletidas
em todos os momentos.
5. Embora a lei fosse completamente contra as obras da carne, não existe qualquer
lei contra a obra do Espírito Santo (Gl 5.23). Este fruto representa verdadeira
liberdade espiritual de alguém que foi liberto da lei (Gl 5.18) e agora vive na era
da nova aliança.