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Cultura e direito:
O termo "cultura" tem diversos significados, mas em todos eles há uma conexão entre
cultura e direito, já que o fenômeno jurídico faz parte da cultura. Isso sugere não
apenas uma ligação entre o direito e a antropologia, mas também indica que os
desafios enfrentados pelas sociedades modernas inevitavelmente envolvem questões
culturais. Em resumo, a cultura está intrinsecamente ligada ao direito e as questões
jurídicas são parte integrante dos desafios culturais enfrentados pelas sociedades
contemporâneas. (COLOCAR IMAGENS E TÓPICOS SOBRE QUESTÕES
CULTURAIS E QUE SÃO DIFÍCEIS PRO DIREITO RESOLVER)
Direito de ser igual e diferente: A Constituição Federal garante o direito de ser igual
e o direito de ser diferente. O princípio da igualdade está estabelecido no caput do art.
5o, nos seguintes termos: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza”. O direito de ser diferente está expresso em diversos itens do art. 5o,
destacando-se dois: “é inviolável a liberdade de consciência e crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (inciso VI); “são invioláveis a intimidade,
a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (inciso X).
Direito de Minorias: Não raras vezes, o jurista dogmático se atrapalha com essas
garantias constitucionais que implicam o direito de ser igual e de ser diferente. Esses
direitos envolvem direitos das minorias e estão diretamente ligados ao tema
antropológico da diversidade de culturas e etnias. Para Eliot é a diversidade de cultura
que deve ser valorizada.
Minorias são grupos marginalizados na sociedade devido a fatores econômicos,
sociais, culturais, físicos ou religiosos. No entanto, o termo não se refere apenas a
grupos numericamente menores, mas sim ao controle exercido por um grupo
majoritário sobre os demais, independentemente da quantidade numérica. As minorias
sociais enfrentam estigmatização e discriminação, resultando em diversas formas de
desigualdade ou exclusão social, mesmo que sejam numericamente majoritárias.
Exemplos incluem negros, indígenas, imigrantes, mulheres, homossexuais, idosos,
moradores de vilas ou favelas, portadores de deficiências e moradores de rua.
Segundo a constituição federal:
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às
fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais. Parágrafo 1º: O Estado protegerá as manifestações das
culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do
processo civilizatório nacional. […]
Art. 216: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira.
A promulgação da Constituição da Republica Federativa do Brasil proibiu qualquer tipo
de discriminação, seja pela cultura, raça, etnia, religião, sexo ou outro fator distintivo da
classe dita dominante, conferiu-se uma atenção mais especial à proteção dos direitos
das minorias. Assim, o exercício com vistas à efetivação do direito é de suma
importância para a proteção cultural das minorias e da pluralidade de formas de
expressão.