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Pluralidade cultural=

Pluralidade de culturas e Diferentes Manifestações: Antes do século XIX, muitos


pensadores acreditavam em uma história universal das civilizações, onde diferentes
culturas seriam apenas estágios de uma única cultura em desenvolvimento. No
entanto, no século XX, essa visão mudou para reconhecer que a história não segue uma
linha contínua, e sim que existem múltiplas culturas distintas, cada uma com seus
próprios valores, leis, crenças, práticas e instituições.
A cultura é a junção de todas as atividades e interesses característicos de um povo.
Assim sendo, se pode encontrar diferentes culturas em níveis diferentes de
organização. Por exemplo: os países têm culturas diferentes (religiões, formas de vestir,
forma de produzir arte…). Por outro lado, dentro de um mesmo país podem coexistir
diferentes culturas (modo de comer, música, arte, história, interesses). (COLOCAR
FOTOS REPRESENTANDO ISSO).
Assim fica evidente que existem diferentes modos e meios de manifestação cultural,
ou seja, ela não é uma cultura única, mas sim diferentes culturas que se expressam de
modo distinto e tem o mesmo valor.

Cultura e direito:
O termo "cultura" tem diversos significados, mas em todos eles há uma conexão entre
cultura e direito, já que o fenômeno jurídico faz parte da cultura. Isso sugere não
apenas uma ligação entre o direito e a antropologia, mas também indica que os
desafios enfrentados pelas sociedades modernas inevitavelmente envolvem questões
culturais. Em resumo, a cultura está intrinsecamente ligada ao direito e as questões
jurídicas são parte integrante dos desafios culturais enfrentados pelas sociedades
contemporâneas. (COLOCAR IMAGENS E TÓPICOS SOBRE QUESTÕES
CULTURAIS E QUE SÃO DIFÍCEIS PRO DIREITO RESOLVER)

Direito de ser igual e diferente: A Constituição Federal garante o direito de ser igual
e o direito de ser diferente. O princípio da igualdade está estabelecido no caput do art.
5o, nos seguintes termos: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza”. O direito de ser diferente está expresso em diversos itens do art. 5o,
destacando-se dois: “é inviolável a liberdade de consciência e crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (inciso VI); “são invioláveis a intimidade,
a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (inciso X).

Direito de Minorias: Não raras vezes, o jurista dogmático se atrapalha com essas
garantias constitucionais que implicam o direito de ser igual e de ser diferente. Esses
direitos envolvem direitos das minorias e estão diretamente ligados ao tema
antropológico da diversidade de culturas e etnias. Para Eliot é a diversidade de cultura
que deve ser valorizada.
Minorias são grupos marginalizados na sociedade devido a fatores econômicos,
sociais, culturais, físicos ou religiosos. No entanto, o termo não se refere apenas a
grupos numericamente menores, mas sim ao controle exercido por um grupo
majoritário sobre os demais, independentemente da quantidade numérica. As minorias
sociais enfrentam estigmatização e discriminação, resultando em diversas formas de
desigualdade ou exclusão social, mesmo que sejam numericamente majoritárias.
Exemplos incluem negros, indígenas, imigrantes, mulheres, homossexuais, idosos,
moradores de vilas ou favelas, portadores de deficiências e moradores de rua.
Segundo a constituição federal:
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às
fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das
manifestações culturais. Parágrafo 1º: O Estado protegerá as manifestações das
culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do
processo civilizatório nacional. […]
Art. 216: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira.
A promulgação da Constituição da Republica Federativa do Brasil proibiu qualquer tipo
de discriminação, seja pela cultura, raça, etnia, religião, sexo ou outro fator distintivo da
classe dita dominante, conferiu-se uma atenção mais especial à proteção dos direitos
das minorias. Assim, o exercício com vistas à efetivação do direito é de suma
importância para a proteção cultural das minorias e da pluralidade de formas de
expressão.

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