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Escola de Engenharia
Instalações Térmicas
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Índice
Resumo ............................................................................................................................ iii
Índice ............................................................................................................................... iv
Lista de Símbolos ............................................................................................................ vi
1. Funcionamento de um coletor solar ...................................................................... 1
2. Modelo Térmico e Sistema de Resistências .......................................................... 1
3. Convecção ............................................................................................................. 2
3.1. Escoamento sobre placas planas ........................................................................ 3
4. Condução ............................................................................................................... 4
5. Radiação Solar ....................................................................................................... 5
6. MATLAB .............................................................................................................. 5
3.1. Convecção Forçada............................................................................................ 5
3.1. Convecção Natural ............................................................................................ 7
7. Resultados e Discussão ........................................................................................ 11
5.1. Influência da 𝑇𝑝 nas perdas de calor ............................................................... 11
5.2. Influência de 𝑈𝑎𝑚𝑏 nas perdas de calor ......................................................... 12
5.3. Influência de δ nas perdas de calor.................................................................. 13
8. Conclusões ........................................................................................................... 14
Bibliografia ..................................................................................................................... 15
iv
Índice de Figuras
Figura 1 – Funcionamento de um Coletor Solar ............................................................. 1
Figura 2 – Trocas de calor no coletor .............................................................................. 2
Figura 3 – Sistema de resistências do modelo térmico ................................................... 2
Figura 4 – Fenómeno de convecção ................................................................................ 3
Figura 5 – Regime Laminar vs Turbulento ..................................................................... 4
Figura 6 – Fenómeno de condução .................................................................................. 5
Figura 7 - Cálculo do x crítico ......................................................................................... 5
Figura 8 - Cálculo do número de Nussel para a convecção forçada ............................... 6
Figura - Cálculo do número de Grashof ......................................................................... 7
Figura 10 - Determinação do ângulo crítico .................................................................... 8
Figura - Determinação do número de Nusselt ................................................................ 8
Figura - Cálculo do coeficiente de convecção natural.................................................... 8
Figura - Cálculo dos ganhos energético e resistência térmica na convecção natural ..... 9
Figura 14 - Cálculo dos ganhos energético e resistência térmica na convecção natural 10
Figura 15 - Cálculo dos ganhos energético e resistência térmica na radiação .............. 10
Figura 16 - Perdas e ganhos totais do sistema ............................................................... 10
Figura 17 - Temperatura de saída da água..................................................................... 11
Figura 18 - Influência da temperatura da superfície absorvente nas perdas de calor .... 12
Figura 19 - Influência da velocidade ambiente nas perdas de calor .............................. 13
Figura 20 - Influência da espessura nas perdas de calor ............................................... 14
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Propriedades físicas do ar ............................................................................... 6
Tabela 2 - Propriedades físicas da água ........................................................................... 9
Tabela 3 - Valores de calor perdido com o aumento da temperatura ............................ 11
Tabela 4 – valores de calor perdido com a variação da velocidade............................... 12
Tabela 5 - Valores de calor perdido com o aumento da espessura ................................ 13
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Lista de Símbolos
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1. Funcionamento de um coletor solar
A energia solar, imprescindível à vida na Terra pode ter diversas aplicações no
quotidiano de um ser humano. Uma dessas aplicações prende-se no funcionamento de
um coletor solar que aproveita a energia proveniente do sol para o aquecimento de água
em residências, antes do seu consumo.
Estes coletores são “caixas” de paredes isoladas que funcionam como estufas. O fundo,
normalmente em alumínio preto, absorve uma grande parte de energia térmica
proveniente da radiação solar e passa-a aos tubos onde circula a água. Há medida que a
radiação solar incide no coletor a água vai aquecendo e ficando menos densa subindo
assim para o depósito de água, enquanto que a água fria desce do depósito para o coletor
solar. Estes equipamentos possuem também um vidro na sua parte superior que permite
a passagem da radiação solar de fora para dentro, mas que provoca também efeito estufa
no coletor e impede a saída da radiação infravermelha retendo-a no interior do coletor.
3. Convecção
Após a interpretação do exercício e a descoberta das trocas de calor existentes num
coletor solar, procedeu-se ao estudo das mesmas.
A convecção surge devido às propriedades internas do fluído, isto é, quando este está
em contacto com uma fonte de calor quente, as partículas do fluído mais próximas da
fonte expandem tornando-se menos densas. Estas diferenças de densidade entre as
partículas do mesmo irão criar correntes, designadas de correntes de convecção (figura
x), pois as partículas de temperatura superior ascendem, movimentando as mais densas
(menor temperatura) para baixo.
Durante a subida das partículas menos densas, estas tendem a ceder calor às partículas
na sua vizinhança, o que por sua vez, faz com que a sua temperatura volte a diminuir e,
consequentemente, a sua densidade volte a aumentar.
2
Figura 4 – Fenómeno de convecção
Neste tipo de trocas de calor podem ser distinguidas dois tipos, a convecção forçada e
a convecção natural. A convecção natural deve se apenas as correntes de convecção
criadas pelas diferenças de densidade (fatores naturais), no entanto, a convecção
forçada dá-se devido a forças externas, que são úteis para criar um movimento do fluido,
como por exemplo, bombeamento, ventiladores, vento, etc.
𝜌𝑈𝑥𝑐𝑟
𝑅𝑒𝑐𝑟 = = 5 × 105
𝜇
3
Figura 5 – Regime Laminar vs Turbulento
Como se pode verificar no gráfico acima, se 𝑥𝑐𝑟 tiver um valor igual ou superior a 𝐿 ,
apenas existirá escoamento laminar. Quando 𝑥𝑐𝑟 é igual a 0 então o escoamento é do
tipo turbulento. Já quando 𝑥𝑐𝑟 é menor que 𝐿 e superior a 0, existe escoamento do tipo
misto.
O tipo de escoamento existente influenciará os cálculos futuros na resolução do
problema.
4. Condução
A condução Térmica é uma das três formas de transferência de calor e a sua principal
característica é que, apesar de se dar em todos os estados físicos, acontece mais
frequentemente em sólidos. Esta propriedade, desta troca de calor acontece devido à
posição fixa dos átomos, que se encontram arranjados numa rede cristalina.
Este processo dá-se devido a um material com partículas a diferentes temperaturas. Na
condução a energia térmica é transferida entre átomos, no entanto, não existe
transferência de matéria. A condução dá-se até que se atinge as condições de equilíbrio
térmico, ou seja, que o material se encontre todo à mesma temperatura.
Quando um corpo se encontra próximo de uma fonte de calor quente, as partículas que
se encontram na fronteira deste, começam a oscilar cada vez mais (maior a sua
temperatura). Devido a estas oscilações de maior amplitude estes transferem a sua
energia cinética para os átomos vizinhos através de colisões e vibrações e,
consequentemente, desaceleram, enquanto que as da vizinhança ganham energia.
Assim, através deste mecanismo, o calor é transferido através de todo o material (Figura
6).
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Figura 6 – Fenómeno de condução
5. Radiação Solar
Se um corpo se encontra a uma determinada temperatura, significa que este emite
radiação. A radiação solar é a energia emitida pelo sol sob a forma de ondas
eletromagnéticas. Estas interagem com a matéria sem que haja nenhuma alteração
estrutural.
Este tipo de radiação é captada por painéis/coletores em forma de energia e no caso de
um coletor é utilizada para aquecer a água.
A radiação solar é umas das classificações da radiação térmica, pois esta última pode
ser classificada quanto à sua natureza e forma de interação com a matéria.
6. MATLAB
3.1. Convecção Forçada
Como já se tinha referido antes, no cálculo das variáveis associadas à convecção forçada
apresentada no modelo térmico, determinou-se primeiramente o x crítico. Desta forma
temos:
5
Temperatura de filme:
𝑇∞ + 𝑇0 20 + 30
𝑇𝑓𝑎𝑟 = = = 25℃ = 298 𝐾
2 2
T 𝝆 𝝁 𝒌
250 1,3947 159,6 × 10−7 2,428 × 10−5
298 ? ? ?
300 1,1614 184,6 × 10−7 2,624 × 10−5
Interpolações:
300 − 298 1,1614 − 𝜌
= → 𝜌 = 1,1707 𝑘𝑔/𝑚3
300 − 250 1,1614 − 1,3947
300 − 298 184,6 × 10−7 − 𝜇
= −7 −7
→ 𝜇 = 1,863 × 10−5 𝑘𝑔/𝑚. 𝑠
300 − 250 184,6 × 10 − 159,6 × 10
6
Com os dados obtidos até este ponto foi possível obter o valor do coeficiente de
convecção e, posteriormente, foram calculados os ganhos energéticos e a resistência
térmica associados à convecção forçada. Estes resultados foram obtidos pelas seguintes
equações:
𝑁𝑢𝑓 𝑘𝑎𝑟
ℎ𝑓 =
𝐿
1
𝑅𝑐𝑣𝑓 =
ℎ𝑓 𝐴
Foi assumida para T1, 45°𝐶 e para a temperatura da placa absorvente um ‘Numeric
Slider’ que varia 0,1 em 0,1, num intervalo entre 50 e 90.
Neste processo de cálculo foram obtidos os valores da temperatura de filme, beta e do
número de Grashof.
A determinação do ângulo crítico deu-se de seguida, tendo em conta o intervalo de
valores no qual delta se encontra. Sendo que w poderia tomar valores diferentes criou-
se uma função, para que dependendo do resultado, obtivéssemos um ângulo crítico
(Figura 10).
Como o valor de w poderia não estar tabelado, procederam-se a interpolações para
determinar o ângulo crítico.
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Figura 10 - Determinação do ângulo crítico
O valor do número de Nusselt é essencial para o cálculo dedo coeficiente de convecção,
pelo que a sua determinação é passível de ser observada na Figura 11.
Como referido anteriormente, o número de Nusselt é uma das variáveis que permitem
calcular o coeficiente de convecção natural (Figura 12).
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Figura 13 - Cálculo dos ganhos energético e resistência térmica na convecção natural
𝑻 𝝆 𝝁 𝒌 𝒄𝒑
330 1,016 −3 −6 4,184
650 × 10 489 × 10
330,5 ? ? ? ?
335 1,018 656 × 10−3 453 × 10−6 4,186
Condução
Os ganhos energéticos e a resistência térmica da condução são variáveis mais simples de serem
determinadas quando comparadas com os dois tipos de convecção. Neste sentido, é passível de
se observar, na Figura 14, os resultados obtidos.
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Figura 14 - Cálculo dos ganhos energético e resistência térmica na convecção natural
Radiação
A outra forma de transferência de calor que podemos observar no modelo térmico apresentado
é a radiação (radiação solar).
10
Da mesma forma, calcula-se a temperatura de saída da água. De notar que o caudal considerado
deste sistema foi de 25l/h (Figura 17).
25 𝑙/ℎ = 25 𝑑𝑚3 /ℎ = 0,025 𝑚3 /3600 𝑠 = 6,94 × 10−6 𝑚3 /𝑠
7. Resultados e Discussão
Após a realização dos cálculos analíticos, estudando a variação da temperatura da
superfície absorvente (𝑇𝑝 ), da velocidade ambiente (𝑈𝑎𝑚𝑏 ) e da espessura (δ)
descobriram-se os valores das perdas de calor para o exterior.
50 115,64
60 154,18
70 192,72
80 231,27
90 269,81
11
Influência de Tp nas perdas de calor
275
175
125
75
0 20 40 60 80 100
Temperatura (˚C)
5 179,44
7,5 182,89
10 189,27
12,5 192,32
15 193,97
12
Influência de U nas perdas de calor
196
194
192
0,1 192,7242
0,2 192,7244
0,3 192,7245
0,4 192,7245
0,5 192,7246
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Influência de δ nas perdas de calor
192,7247
Dos resultados de calor perdido com o aumento da espessura conclui-se que estes
aumentam, mas apenas na ordem de casas decimais do tipo × 104 , ou seja, o aumento
existente de calor perdido devido ao aumento da espessura é muito pequeno podendo
assim ser considerado nulo.
8. Conclusões
Depois de todo o projeto desenvolvido, o grupo conclui que o mesmo foi bastante útil
e uma boa forma de recapitular certos conceitos que serão certamente necessários no
futuro como engenheiros mecânicos na área das energias e ambiente.
Reunidas as condições, foi então iniciado o processo para se perceber ao certo qual a
influência da variação de algumas variáveis na quantidade de calor perdido pelo coletor.
As variáveis estudadas foram a temperatura da superfície absorvente, a velocidade
ambiente e a espessura da placa.
Refletindo sobre o funcionamento do coletor solar e sobre os resultados apresentados,
percebe-se que se a temperatura na superfície absorvente aumentar, maior quantidade
de calor é absorvida, maior será o calor emitido e maiores as perdas por calor.
O aumento da velocidade aumenta a quantidade de calor perdida pelo coletor. À medida
que a velocidade do ar aumenta, o escoamento torna-se mais turbulento, e o movimento
desigual das partículas aumenta o atrito, causando um aumento das perdas de calor.
De acordo com os dados sobre o calor perdido devido ao aumento da espessura, estes
sobem, mas apenas na ordem de casas decimais do tipo × 104 , ou seja, o aumento do
calor perdido devido ao aumento da altura é muito pouco.
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Bibliografia
[online] https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/coletor-solar.htm
[online]https://blog.kisoltec.com.br/entenda-de-uma-vez-por-todas-como-funciona-
um-coletor-solar/
[online]https://www.youtube.com/watch?v=Bp8llk5nYVo&ab_channel=JESUEREF
RIGERACAOCLIMATIZACAO
[online]https://www.infoescola.com/termodinamica/radiacao-termica/
[online] https://brasilescola.uol.com.br/fisica/conducao-termica.htm
[online] https://brasilescola.uol.com.br/fisica/conveccao.htm
[online]TransCal8.pdf (ubi.pt)
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