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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Economia e Gestão

CURSO DE DIREITO – 3º ANO

CO-TITULARIDADE, PERSONALIDADE

BEIRA
2024
Émuna Carlitos Juma
Belmira Elisa Macamo
Joana Rogerio Roque
Yara Rita Celestino Samuel Caundane

CO-TITULARIDADE, PERSONALIDADE

Trabalho científico apresentado a


Universidade Católica de Moçambique,
Extensão da Beira, em cumprimento
parcial requisito de avaliação da cadeira
de Direito da Terra e Recursos Naturais.

Docente:
Fausia Silva

Beira
2024

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ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................4

1.1 OBJECTIVOS.............................................................................................................5

1.1.1 Objectivo Geral...................................................................................................5

1.1.2 Objectivos Específicos.............................................................................................5

2 METODOLOGIA DO TRABALHO.............................................................................6

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................7

3.1 Co-titularidade.............................................................................................................7

3.2 Consulta.......................................................................................................................8

3.3 Competências..............................................................................................................8

3.4 Representação..............................................................................................................9

4 CONCLUSÃO..............................................................................................................10

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................11

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho fala sobre co-titularidade, cujo aprofundou-se mais acerca de


consulta, competências e representação. O tema foi importante pois, aprendemos o
bastante.

O trabalho esta dividida em introdução, objectivos geral e específicos, metodologia,


fundamentação teórica, conclusão e referências bibliográficas.

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1.1 OBJECTIVOS

1.1.1 Objectivo Geral

 Abordar sobre dissolução de casamento, separação por consentimento mútuo e


divórcio religioso.

1.1.2 Objectivos Específicos

 Conceituar a dissolução de casamento, separação por consentimento mútuo e


divórcio religioso;
 Apresentar as suas bases legais;
 Apontar as causas, efeitos e modalidades da dissolução de casamento;
 Mostrar as correntes filosóficas que defendem a educação.

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2 METODOLOGIA DO TRABALHO

O presente trabalho de pesquisa envolveu inicialmente a obtenção de informações


teóricas através de estudo exploratório, seguido do estudo formal descritivo, calcado
numa pesquisa bibliográfica junto a autores consagrados na abordagem do tema tratado.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Co-titularidade

Uma das preocupações durante o processo de revisão legislativa foi o regime legal a
adoptar para enquadrar a realidade nas zonas rurais, em que o uso colectivo de alguns
recursos (pastagens, recursos florestais) coesiste com direitos individualizados
(habitação, campos agrícolas).

Como já foi referido, a exigência de que fosse formada uma associação, antes de os
Serviços de Cadastro procederem ao registo cadastral dos direitos a terra, implicava um
duplo processo burocrático que levara anos.

Duas figuras foram sugeridas pela Política Nacional de Terras a cotitularidade ou o


condomínio. Foi escolhida a primeira que já constava no RLT de 1987. Na versão final
da lei, os sujeitos nacionais, entre os quais se contam as comunidades locais, podem
obter o direito individualmente ou em conjunto com outras pessoas singulares ou
colectivas sob a forma de co-tirularidade, sendo este último regime obrigatório para as
comunidades.

Ao detalhar os princípios que regem a co-titularidade dos direitos à terra, o


Regulamento remeteu para as regras da compropriedade, fixadas nos artigos 1403.° e
seguintes do CC ‘’1. Existe propriedade em comum, ou compropriedade, quando duas
ou mais pessoas são simultaneamente titulares do direito de propriedade sobre a mesma
coisa.2. Os direitos dos consortes ou comproprietários sobre a coisa comum são qua-
litativamente iguais, embora possam ser quantitativamente diferentes; as quotas
presumem-se, todavia, quantitativamente iguais na falta de indicação em contrá- rio do
título constitutivo’’ , que são aplicáveis tanto ao direito de propriedade como à
comunhão de quaisquer outros direitos reais menores. No caso de Moçambique, o
sujeito do direito de propriedade da terra é o Estado, mas os cidadãos podem exercer o
direito de uso e aproveitamento da terra como co-titulares. Os direitos dos co-titulares
sobre o bem comum são qualitativamente iguais e as quotas presumem-se
quantitativamente iguais.

Esta solução, bem como a disposição do número 4 do artigo 13.º da lei, que refere que
"os títulos emitidos para as comunidades locais são nominativos, conforme a

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denominação por elas adoptada, resolveu o assunto da sua personalidade jurídica. As
questões que se levantam relativamente à personalidade jurídica e ao carácter privado da
figura da comunidade, regulado pela lei civil, tomando como exemplo a comunidade de
Goba, na Província de Maputo, são apresentadas em anexo no fim do presente capítulo.

3.2 Consulta

A obrigatoriedade de consulta às comunidades locais, para o acolhimento de


investidores e outros interessados em utilizar a terra, é considerada uma das principais
inovações da Lei de Terras.

Até à revisão da Lei em 1997, o processo de titulação envolvia pouco trabalho de


campo. Com efeito, o processo de acesso à terra e a identificação das áreas para novos
investimentos era feita através de consultas ao Atlas Cadastral, muitas vezes
desactualizados, pareceres dos órgãos sectoriais, editais remetidos ao Administrador do
Distrito e a elaboração de esboços de localização feitos com hase em informações dos
requerentes. Isto criava conflitos quando os investidores se apresentavam no terreno
para dar início aos seus projectos.

Para solucionar esta questão, a Lei de Terras exigiu a intervenção das comunidades no
processo de titulação, para confirmação de que a área está livre e não tem ocupantes.
Esta intervenção precede a emissão do parecer do Administrador do Distrito.

A consulta é um trabalho conjunto que envolve a comunidade, os Serviços de Cadastro


e o Administrador de Distrito ou seu representante, devendo o resultado desse trabalho
ser reduzido a escrito e assinado por um mínimo de três e um máximo de nove
representantes das comunidades.

No caso de desmembramento de áreas das comunidades, com vista à emissão de títulos


individualizados para os seus membros, é igualmente exigida a consulta.

3.3 Competências

A legislação sobre terras atribui várias competências às comunidades. O artigo 24.º da


Lei reconhece a participação das comunidades nas seguintes áreas:

 Gestão de recursos naturais. Esta é uma área muito sensível, face aos desafios de
protecção ambiental e à ameaça às regras costumeiras de gestão de recursos,

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resultado da pressão sobre os mesmos por parte de agentes económicos externos
e da dinâmica da economia de mercado.

Neste campo, são de salientar os casos de maneio comunitário de recursos naturais.

 Resolução de conflitos.
 Processo de titulação do direito de uso e aproveitamento da terra requerido pela
via oficial.
 Identificação e definição de limites dos terrenos ocupados pelas próprias
comunidades.

O RLT atribui igualmente às comunidades locais a tarefa de participar na identificação


prévia de áreas para a realização de projectos de investimento privado

3.4 Representação

A questão da representação colocou-se de forma mais aguda por causa do debate sobre
as autoridades tradicionais e o papel dos régulos. Em consequência, a Assembleia da
República introduziu o artigo 30.º da Lei de Terras, segundo o qual os mecanismos de
representação e actuação próprios das comunidades locais, no que respeita aos direitos
de uso e aproveitamento da terra são fixados por lei.

Enquanto não era publicada a lei sobre os mecanismos de representação, o RLT e o seu
Anexo Técnico resolveram a questão estabelecendo um número minimo de três e um
máximo de nove representantes das comunidades para efeito da assinatura dos
documentos de consulta e da delimitação das áreas. deixando à escolha da própria
comunidade a designação dos referidos.

Posteriormente, o Decreto n. 15/2000, de 20 de Julho e o seu Regulamento, adotou a


figura de "autoridades comunitárias", as quais incluem chefes tradicionais, secretários
de bairro ou aldeia e outros lideres. Estas autoridades estabelecem a ligação com os
órgãos locais do Estado, em particular com os Postos administrativos e as
Administrações de Distrito. Esta inovação não invalida o facto de, no interior das
comunidades, existirem pessoas que têm uma responabilidade particular na gestão da
terra e doutros recursos naturais.

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4 CONCLUSÃO

Em suma, A cotitularidade ocorre quando duas ou mais instituições desenvolvem uma


tecnologia em conjunto, sendo necessário reconhecer reciprocamente os direitos e
obrigações de todas as instiuições titulares da tecnologia desenvolvida em parceria.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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