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de um a quatro anos.

Caia fora dessa e não brinque com os sonhos de outros


concurseiros.

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SUMÁRIO

1. O QUE É REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA? .................................................................................................. 4


2. COMO ESSE ASSUNTO É COBRADO? ....................................................................................................... 4
3. FONTES DO CONHECIMENTO .................................................................................................................. 4
4. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 5
5. LEI 13.465/2017 ....................................................................................................................................... 6
6. LEI 10.257/2001 – ESTATUTO DAS CIDADES ......................................................................................... 13
7. DECRETO 9.310/2018 ............................................................................................................................. 15
8. OUTRAS LEIS........................................................................................................................................... 17
QUESTÕES DE CONCURSO ......................................................................................................................... 19
GABARITO .................................................................................................................................................. 29

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1. O QUE É REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA?


A regularização fundiária, em termos gerais, é o processo que inclui medidas jurídicas,
urbanísticas, ambientais e sociais, com a finalidade de integrar assentamentos
irregulares ao contexto legal das cidades. A regularização fundiária é também um
instrumento para promoção da cidadania, devendo ser articulada com outras políticas
públicas.

2. COMO ESSE ASSUNTO É COBRADO?


A maior parte das questões consegue ser respondida com base na Lei 13.465/2017, que
dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana. No entanto, outra parte das
questões podem transbordar para diversas outras leis, decretos, planos diretores e afins
(principalmente legislações municipais e estaduais do órgão em questão).

3. FONTES DO CONHECIMENTO
Nesta aula iremos apresentar os artigos que já foram cobrados em provas de concurso
de cada uma das leis citadas abaixo:

- Lei 13.465/2017;
- Lei 12.651/2012;
- Decreto 9.310/2018;
- Lei 11.481/2007;
- Lei 10.257/2001.

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4. INTRODUÇÃO
A Regularização Fundiária é o conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e
sociais que visam à regularização de assentamentos irregulares e a titulação de seus
ocupantes, de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento das
funções sociais da propriedade urbana, bem como o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado.

A Regularização Fundiária traz várias vantagens para a cidade, ao possibilitar a


oficialização da denominação de logradouros públicos e facilitar a implantação ou
ampliação dos serviços públicos em regiões carentes. Já para o morador, os benefícios
são vários: ele se torna dono legal do imóvel em que reside; conquista um endereço
oficial reconhecido pela cidade e instituições; pode registrar e regularizar em cartório as
construções existentes no lote; o imóvel fica mais valorizado; tem acesso a
financiamento bancário ou crédito no comércio. Em suma, é incluído no mapa urbano
da cidadania.

O trabalho de regularização fundiária não é tarefa simples. Ao contrário, é complexo e


realizado em várias etapas.

Os programas de regularização fundiária devem ter por objetivo não apenas o


reconhecimento da segurança individual da posse para os ocupantes, mas
principalmente a integração socioespacial dos assentamentos informais.

São alguns dos objetivos da regularização fundiária:

- Garantir a função social da cidade e da propriedade imobiliária urbana;


- Diminuir a exclusão territorial e ampliar o acesso aos bens e serviços da cidade;
- Promover o reconhecimento dos direitos sociais e constitucionais de moradia e da
qualidade de vida dos cidadãos;
- Promover o reconhecimento dos novos direitos, como a usucapião coletiva urbana e
a concessão de uso especial para fins de moradia

Quando falamos em regularização fundiária, a principal lei que você deve dominar é a
Lei 13.465/2017, que dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana. Você
consegue responder cerca de 60% das questões desse tema com base nessa lei. No
entanto, as demais questões podem transbordar para diversas outras leis, decretos,
planos diretores e afins (principalmente legislações municipais e estaduais do órgão
em questão). Por isso, além de estudar essa aula, você precisa estudar a legislação do
município ou do Estado para o qual você prestará o concurso se esse assunto estiver
no edital, combinado?

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Vamos agora ver os pontos da Lei 13.465/2017 que costumam ser cobrados nas provas
de concurso. Como sempre, não traremos a lei completa aqui, pois o que importa é
focarmos nos pontos mais importantes.

5. LEI 13.465/2017

Art. 2º A Lei n º 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 , passa a vigorar com as seguintes


alterações:

“Art. 19. O processo de seleção de indivíduos e famílias candidatos a beneficiários do


Programa Nacional de Reforma Agrária será realizado por projeto de assentamento,
observada a seguinte ordem de preferência na distribuição de lotes:

I - ao desapropriado, ficando-lhe assegurada a preferência para a parcela na qual se situe


a sede do imóvel, hipótese em que esta será excluída da indenização devida pela
desapropriação;

II - aos que trabalham no imóvel desapropriado como posseiros, assalariados, parceiros


ou arrendatários, identificados na vistoria;

III - aos trabalhadores rurais desintrusados de outras áreas, em virtude de demarcação


de terra indígena, criação de unidades de conservação, titulação de comunidade
quilombola ou de outras ações de interesse público;

IV - ao trabalhador rural em situação de vulnerabilidade social que não se enquadre nas


hipóteses previstas nos incisos I, II e III deste artigo;

V - ao trabalhador rural vítima de trabalho em condição análoga à de escravo;

VI - aos que trabalham como posseiros, assalariados, parceiros ou arrendatários em


outros imóveis rurais;

VII - aos ocupantes de áreas inferiores à fração mínima de parcelamento.”

Art. 9º Ficam instituídas no território nacional normas gerais e procedimentos aplicáveis


à Regularização Fundiária Urbana (Reurb), a qual abrange medidas jurídicas,
urbanísticas, ambientais e sociais destinadas à incorporação dos núcleos urbanos
informais ao ordenamento territorial urbano e à titulação de seus ocupantes.

Art. 10. Constituem objetivos da Reurb, a serem observados pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios:

I - identificar os núcleos urbanos informais que devam ser regularizados, organizá-los


e assegurar a prestação de serviços públicos aos seus ocupantes, de modo a melhorar

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as condições urbanísticas e ambientais em relação à situação de ocupação informal


anterior;

II - criar unidades imobiliárias compatíveis com o ordenamento territorial urbano e


constituir sobre elas direitos reais em favor dos seus ocupantes;

III - ampliar o acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, de modo a
priorizar a permanência dos ocupantes nos próprios núcleos urbanos informais
regularizados;

IV - promover a integração social e a geração de emprego e renda;

V - estimular a resolução extrajudicial de conflitos, em reforço à consensualidade e à


cooperação entre Estado e sociedade;

VI - garantir o direito social à moradia digna e às condições de vida adequadas;

VII - garantir a efetivação da função social da propriedade;

VIII - ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-
estar de seus habitantes;

IX - concretizar o princípio constitucional da eficiência na ocupação e no uso do solo;

X - prevenir e desestimular a formação de novos núcleos urbanos informais;

XI - conceder direitos reais, preferencialmente em nome da mulher;

XII - franquear participação dos interessados nas etapas do processo de regularização


fundiária.

Os objetivos em negrito já foram cobrados em provas de concurso. É importante que


você tenha todos eles em mente, mas fica o destaque para que você possa dar mais
atenção ainda a esses pontos.

Art. 11. Para fins desta Lei, consideram-se:


IV - demarcação urbanística: procedimento destinado a identificar os imóveis públicos e
privados abrangidos pelo núcleo urbano informal e a obter a anuência dos respectivos
titulares de direitos inscritos na matrícula dos imóveis ocupados, culminando com
averbação na matrícula destes imóveis da viabilidade da regularização fundiária, a ser
promovida a critério do Município;

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VI - legitimação de posse: ato do poder público destinado a conferir título, por meio do
qual fica reconhecida a posse de imóvel objeto da Reurb, conversível em aquisição de
direito real de propriedade na forma desta Lei, com a identificação de seus ocupantes,
do tempo da ocupação e da natureza da posse.
§ 2º Constatada a existência de núcleo urbano informal situado, total ou parcialmente,
em área de preservação permanente ou em área de unidade de conservação de uso
sustentável ou de proteção de mananciais definidas pela União, Estados ou Municípios,
a Reurb observará, também, o disposto nos arts. 64 e 65 da Lei nº 12.651, de 25 de maio
de 2012 , hipótese na qual se torna obrigatória a elaboração de estudos técnicos, no
âmbito da Reurb, que justifiquem as melhorias ambientais em relação à situação de
ocupação informal anterior, inclusive por meio de compensações ambientais, quando
for o caso.

§ 3º No caso de a Reurb abranger área de unidade de conservação de uso sustentável


que, nos termos da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 , admita regularização, será
exigida também a anuência do órgão gestor da unidade, desde que estudo técnico
comprove que essas intervenções de regularização fundiária implicam a melhoria das
condições ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior.

Art. 12. A aprovação municipal da Reurb corresponde à aprovação urbanística do


projeto de regularização fundiária e, na hipótese de o Município ter órgão ambiental
capacitado, à aprovação ambiental.

§ 3º Os estudos técnicos referidos no art. 11 aplicam-se somente às parcelas dos núcleos


urbanos informais situados nas áreas de preservação permanente, nas unidades de
conservação de uso sustentável ou nas áreas de proteção de mananciais e poderão ser
feitos em fases ou etapas, sendo que a parte do núcleo urbano informal não afetada por
esses estudos poderá ter seu projeto aprovado e levado a registro separadamente.

Art. 13. A Reurb compreende duas modalidades:

I - Reurb de Interesse Social (Reurb-S) - regularização fundiária aplicável aos núcleos


urbanos informais ocupados predominantemente por população de baixa renda, assim
declarados em ato do Poder Executivo municipal; e

II - Reurb de Interesse Específico (Reurb-E) - regularização fundiária aplicável aos núcleos


urbanos informais ocupados por população não qualificada na hipótese de que trata o
inciso I deste artigo.

Art. 14. Poderão requerer a Reurb:

I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretamente ou por meio de


entidades da administração pública indireta;

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II - os seus beneficiários, individual ou coletivamente, diretamente ou por meio de


cooperativas habitacionais, associações de moradores, fundações, organizações sociais,
organizações da sociedade civil de interesse público ou outras associações civis que
tenham por finalidade atividades nas áreas de desenvolvimento urbano ou
regularização fundiária urbana;

III - os proprietários de imóveis ou de terrenos, loteadores ou incorporadores;

IV - a Defensoria Pública, em nome dos beneficiários hipossuficientes; e

V - o Ministério Público.

Art. 15. Poderão ser empregados, no âmbito da Reurb, sem prejuízo de outros que se
apresentem adequados, os seguintes institutos jurídicos:

I - a legitimação fundiária e a legitimação de posse, nos termos desta Lei;

II - a usucapião, nos termos dos arts. 1.238 a 1.244 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil) , dos arts. 9º a 14 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 , e do art.
216-A da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 ;

III - a desapropriação em favor dos possuidores, nos termos dos §§ 4º e 5º do art.


1.228 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

IV - a arrecadação de bem vago, nos termos do art. 1.276 da Lei nº 10.406, de 10 de


janeiro de 2002 (Código Civil) ;

V - o consórcio imobiliário, nos termos do art. 46 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de


2001 ;

VI - a desapropriação por interesse social, nos termos do inciso IV do art. 2º da Lei nº


4.132, de 10 de setembro de 1962;

VII - o direito de preempção, nos termos do inciso I do art. 26 da Lei nº 10.257, de 10


de julho de 2001;

VIII - a transferência do direito de construir, nos termos do inciso III do art. 35 da Lei nº
10.257, de 10 de julho de 2001 ;

IX - a requisição, em caso de perigo público iminente, nos termos do § 3º do art. 1.228


da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) ;

X - a intervenção do poder público em parcelamento clandestino ou irregular, nos


termos do art. 40 da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 ;

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XI - a alienação de imóvel pela administração pública diretamente para seu detentor,


nos termos da alínea f do inciso I do art. 17 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 ;

XII - a concessão de uso especial para fins de moradia;

XIII - a concessão de direito real de uso;

XIV - a doação; e

XV - a compra e venda.

Art. 18. O Município e o Distrito Federal poderão instituir como instrumento de


planejamento urbano Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), no âmbito da política
municipal de ordenamento de seu território.

§ 1º Para efeitos desta Lei, considera-se ZEIS a parcela de área urbana instituída pelo
plano diretor ou definida por outra lei municipal, destinada preponderantemente à
população de baixa renda e sujeita a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação
do solo.

§ 2º A Reurb não está condicionada à existência de ZEIS.

Art. 19. O poder público poderá utilizar o procedimento de demarcação urbanística, com
base no levantamento da situação da área a ser regularizada e na caracterização do
núcleo urbano informal a ser regularizado.

§ 1º O auto de demarcação urbanística deve ser instruído com os seguintes documentos:

I - planta e memorial descritivo da área a ser regularizada, nos quais constem suas
medidas perimetrais, área total, confrontantes, coordenadas georreferenciadas dos
vértices definidores de seus limites, números das matrículas ou transcrições atingidas,
indicação dos proprietários identificados e ocorrência de situações de domínio privado
com proprietários não identificados em razão de descrições imprecisas dos registros
anteriores;

II - planta de sobreposição do imóvel demarcado com a situação da área constante do


registro de imóveis.

§ 2º O auto de demarcação urbanística poderá abranger uma parte ou a totalidade de


um ou mais imóveis inseridos em uma ou mais das seguintes situações:

I - domínio privado com proprietários não identificados, em razão de descrições


imprecisas dos registros anteriores;

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II - domínio privado objeto do devido registro no registro de imóveis competente, ainda


que de proprietários distintos; ou

III - domínio público.

§ 3º Os procedimentos da demarcação urbanística não constituem condição para o


processamento e a efetivação da Reurb.

Art. 23. A legitimação fundiária constitui forma originária de aquisição do direito real de
propriedade conferido por ato do poder público, exclusivamente no âmbito da Reurb,
àquele que detiver em área pública ou possuir em área privada, como sua, unidade
imobiliária com destinação urbana, integrante de núcleo urbano informal consolidado
existente em 22 de dezembro de 2016.

Art. 25. A legitimação de posse, instrumento de uso exclusivo para fins de regularização
fundiária, constitui ato do poder público destinado a conferir título, por meio do qual
fica reconhecida a posse de imóvel objeto da Reurb, com a identificação de seus
ocupantes, do tempo da ocupação e da natureza da posse, o qual é conversível em
direito real de propriedade, na forma desta Lei.

Art. 35. O projeto de regularização fundiária conterá, no mínimo:

I - levantamento planialtimétrico e cadastral, com georreferenciamento, subscrito por


profissional competente, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), que demonstrará as unidades, as
construções, o sistema viário, as áreas públicas, os acidentes geográficos e os demais
elementos caracterizadores do núcleo a ser regularizado;

II - planta do perímetro do núcleo urbano informal com demonstração das matrículas


ou transcrições atingidas, quando for possível;

III - estudo preliminar das desconformidades e da situação jurídica, urbanística e


ambiental;

IV - projeto urbanístico;

V - memoriais descritivos;

VI - proposta de soluções para questões ambientais, urbanísticas e de reassentamento


dos ocupantes, quando for o caso;

VII - estudo técnico para situação de risco, quando for o caso;

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VIII - estudo técnico ambiental, para os fins previstos nesta Lei, quando for o caso;

IX - cronograma físico de serviços e implantação de obras de infraestrutura essencial,


compensações urbanísticas, ambientais e outras, quando houver, definidas por ocasião
da aprovação do projeto de regularização fundiária; e

X - termo de compromisso a ser assinado pelos responsáveis, públicos ou privados, pelo


cumprimento do cronograma físico definido no inciso IX deste artigo.

Parágrafo único. O projeto de regularização fundiária deverá considerar as


características da ocupação e da área ocupada para definir parâmetros urbanísticos e
ambientais específicos, além de identificar os lotes, as vias de circulação e as áreas
destinadas a uso público, quando for o caso.

Art. 93. A Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998 , passa a vigorar com as seguintes
alterações:

Art. 16-C . O Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, permitida


a delegação, editará portaria com a lista de áreas ou imóveis sujeitos à alienação nos
termos do art. 16-A desta Lei.

§ 2º Para os fins desta Lei, considera-se área urbana consolidada aquela:

I - incluída no perímetro urbano ou em zona urbana pelo plano diretor ou por lei
municipal específica;

II - com sistema viário implantado e vias de circulação pavimentadas;

III - organizada em quadras e lotes predominantemente edificados;

IV - de uso predominantemente urbano, caracterizado pela existência de edificações


residenciais, comerciais, industriais, institucionais, mistas ou voltadas à prestação de
serviços; e

V - com a presença de, no mínimo, três dos seguintes equipamentos de infraestrutura


urbana implantados:

a) drenagem de águas pluviais;

b) esgotamento sanitário;

c) abastecimento de água potável;

d) distribuição de energia elétrica; e

e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos.

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6. LEI 10.257/2001 – ESTATUTO DAS CIDADES

Já temos uma aula sobre o Estatuto das Cidades aqui no Curso Modular (é a aula 15
do curso). Aqui, iremos trazer somente alguns recortes que possuem relação com a
parte de regularização fundiária e que são cobrados em provas de concurso, ok?

Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:

I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social;

II – planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;

III – planejamento municipal, em especial:

a) plano diretor;

b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;

c) zoneamento ambiental;

d) plano plurianual;

e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;

f) gestão orçamentária participativa;

g) planos, programas e projetos setoriais;

h) planos de desenvolvimento econômico e social;

IV – institutos tributários e financeiros:

a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU;

b) contribuição de melhoria;

c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;

V – institutos jurídicos e políticos:

a) desapropriação;

b) servidão administrativa;

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c) limitações administrativas;

d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;

e) instituição de unidades de conservação;

f) instituição de zonas especiais de interesse social;

g) concessão de direito real de uso;

h) concessão de uso especial para fins de moradia;

i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

j) usucapião especial de imóvel urbano;

l) direito de superfície;

m) direito de preempção;

n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;

o) transferência do direito de construir;

p) operações urbanas consorciadas;

q) regularização fundiária;

r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos


favorecidos;

s) referendo popular e plebiscito;

t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária;

u) legitimação de posse.

VI – estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança


(EIV).

Em negrito, os instrumentos já cobrados em provas de concurso quando o assunto é


regularização fundiária.

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Art. 9o Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e
cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Art. 35. Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de
imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante
escritura pública, o direito de construir previsto no plano diretor ou em legislação
urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para
fins de:

I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,


paisagístico, social ou cultural;

III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por


população de baixa renda e habitação de interesse social.

7. DECRETO 9.310/2018
Institui as normas gerais e os procedimentos aplicáveis à Regularização Fundiária
Urbana e estabelece os procedimentos para a avaliação e a alienação dos imóveis da
União.

Art. 3º § 8º Não é admitida a Reurb em núcleos urbanos informais situados em áreas


indispensáveis à segurança nacional ou de interesse da defesa, assim reconhecidas em
ato do Presidente da República.

§ 9º É admitida a Reurb em núcleos urbanos informais situados na faixa de fronteira


estabelecida na Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, exceto na hipótese referida no § 8º.

Art. 30. O projeto de regularização fundiária conterá, no mínimo:

I - levantamento topográfico georreferenciado, subscrito por profissional legalmente


habilitado, acompanhado de ART ou de RRT, que demonstrará as unidades, as
construções, o sistema viário, as áreas públicas, os acidentes geográficos e os demais
elementos caracterizadores do núcleo a ser regularizado;

II - planta do perímetro do núcleo urbano informal com demonstração das matrículas


ou das transcrições atingidas, quando possível;

III - estudo preliminar das desconformidades e das situações jurídica, urbanística e


ambiental;

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IV - projeto urbanístico;

V - memorial descritivo;

VI - proposta de soluções para questões ambientais, urbanísticas e de reassentamento


dos ocupantes, quando for o caso;

VII - estudo técnico para situação de risco, quando for o caso;

VIII - estudo técnico ambiental, quando for o caso;


IX - cronograma físico de serviços e implantação de obras de infraestrutura essencial,
compensações urbanísticas, ambientais e outras, quando houver, definidas por ocasião
da aprovação do projeto de regularização fundiária; e

X - termo de compromisso a ser assinado pelos responsáveis, públicos ou privados,


para cumprimento do cronograma físico, definido no inciso IX.
Art. 31. O projeto urbanístico de regularização fundiária indicará, no mínimo:

I - as áreas ocupadas, o sistema viário e as unidades imobiliárias existentes e projetados;

II - as unidades imobiliárias a serem regularizadas, as suas características, a área, as


confrontações, a localização, o nome do logradouro e o número da designação
cadastral;

III - as unidades imobiliárias edificadas a serem regularizadas, as suas características, a


área dos lotes e das edificações, as confrontações, a localização, o nome do logradouro
e o número da designação cadastral;

IV - quando for o caso, as quadras e as suas subdivisões em lotes ou as frações ideais


vinculadas à unidade regularizada;

V - os logradouros, os espaços livres, as áreas destinadas aos edifícios públicos e outros


equipamentos urbanos, quando houver;

VI - as áreas já usucapidas;
VII - as medidas de adequação para correção das desconformidades;
VIII - as medidas necessárias à adequação da mobilidade, da acessibilidade, da
infraestrutura e da relocação de edificações;
IX - as obras de infraestrutura essenciais, quando necessárias; e
X - outros requisitos que sejam definidos pelo Poder Público municipal ou distrital.

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§ 4º As obras de implantação da infraestrutura essencial, de equipamentos comunitários


e de melhoria habitacional e a sua manutenção poderão ser realizadas antes, durante
ou após a conclusão da Reurb.

Art. 69. Quando o mesmo imóvel contiver construções de casas ou cômodos, poderá ser
instituído, inclusive para fins de Reurb, condomínio urbano simples, respeitados os
parâmetros urbanísticos locais, e serão discriminadas, na matrícula, a parte do terreno
ocupada pelas edificações, as de utilização exclusiva e as áreas que constituem
passagem para as vias públicas e para as unidades entre si.
§ 2º Não constituem condomínio urbano simples:
I - as situações contempladas pelo direito real de laje;
II - as edificações ou os conjuntos de edificações, de um ou mais pavimentos,
construídos como unidades isoladas entre si, destinadas a fins residenciais ou não
residenciais, a que se refere a Lei nº 4.591, de 1964;
III - aqueles condomínios que possuem sistema viário interno para acesso as unidades
imobiliárias autônomas; e
IV - aqueles condomínios que possuem unidades imobiliárias autônomas com acessos
independentes aos logradouros públicos existentes.

8. OUTRAS LEIS

Lei 12.651/2012 - Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa


Art. 64. Na Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação
Permanente, a regularização fundiária será admitida por meio da aprovação do projeto
de regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária urbana.

§ 1º O projeto de regularização fundiária de interesse social deverá incluir estudo


técnico que demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à situação
anterior com a adoção das medidas nele preconizadas.

Lei 11.481/2007

Art. 18-A. A União poderá lavrar auto de demarcação nos seus imóveis, nos casos de
regularização fundiária de interesse social, com base no levantamento da situação da
área a ser regularizada.

§ 1o Considera-se regularização fundiária de interesse social aquela destinada a atender


a famílias com renda familiar mensal não superior a 5 (cinco) salários mínimos.

Art. 22-A. A concessão de uso especial para fins de moradia aplica-se às áreas de
propriedade da União, inclusive aos terrenos de marinha e acrescidos, e será conferida

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aos possuidores ou ocupantes que preencham os requisitos legais estabelecidos na


Medida Provisória no 2.220, de 4 de setembro de 2001.

Lei 12.424/2011 - Altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que dispõe sobre o
Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV e a regularização fundiária de
assentamentos localizados em áreas urbanas

Art. 54 - § 3º A regularização fundiária de interesse social em áreas de preservação


permanente poderá ser admitida pelos Estados, na forma estabelecida nos §§ 1o e 2o
deste artigo, na hipótese de o Município não ser competente para o licenciamento
ambiental correspondente, mantida a exigência de licenciamento urbanístico pelo
Município.” (NR)

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. FEPESE | 2019 | PREFEITURA DE BOMBINHAS - SC

Os instrumentos adotados pelo Plano Diretor do município, de acordo com o que


estabelece o Estatuto das Cidades, podem ser de indução do desenvolvimento urbano,
de regularização fundiária, de gestão democrática ou de financiamento da política
urbana.

Assinale a alternativa que apresenta instrumentos de regularização fundiária.

A) outorga onerosa do direito de construir; direito de superfície


B) concessão especial para fins de moradia; usucapião especial urbano
C) incentivos fiscais para preservação ambiental na forma da lei; institutos de
participação direta
D) parcelamento ou utilização compulsórios; transferência do direito de construir
E) direito de preferência; desapropriação com pagamentos em títulos

2. CESPE | 2012 | MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO

Julgue o item abaixo, com base no que dispõe a Lei n.o 12.424/2011.

É vedada a regularização fundiária de interesse social em áreas de preservação


permanente pelos municípios, e, dada a relevância do tema ambiental, a lei em apreço
não estabelece exceção a essa vedação.

Certo ( ) Errado ( )

3. CESPE | 2010 | CAIXA

Entre os objetivos da Secretaria Nacional de Programas Urbanos, explicita-se a


necessidade de promover a integração, em todos os níveis de governo, de programas
de regularização (urbanização e legalização) com políticas inclusivas de planejamento
urbano. Para isso, foi sancionada a Lei n.º 11.481/2007, que prevê medidas voltadas à
regularização fundiária de interesse social em imóveis da União e dá outras
providências. Segundo essa lei, considera-se regularização fundiária de interesse social
aquela destinada a atender a famílias

A) com renda familiar mensal mínima de cinco salários mínimos e máxima de dez salários
mínimos.
B) que, independentemente da renda mensal, não tenham acesso ao Sistema Financeiro
da Habitação.
C) cujos membros economicamente ativos não tenham como comprovar trabalho
formal mediante identificação e registro formal com carteira de trabalho.
D) que não tenham entre seus membros economicamente ativos um que exerça mais
de um tipo de atividade remunerada, podendo manter um único vínculo empregatício.

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E) com renda familiar mensal não superior a cinco salários mínimos.

4. UNIFAP | 2012 | UNIFAP

A Lei Federal n. 11.977/2009 define regularização fundiária como o “conjunto de


medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais que visam à regularização de
assentamentos irregulares e à titulação de seus ocupantes, de modo a garantir o direito
social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e
o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado”. Nessa perspectiva, para
orientar a utilização desse instrumento, a Lei estabeleceu alguns princípios.

Portanto é INCORRETO afirmar que:

A) Existe ampliação do acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, com
prioridade para sua permanência na área ocupada, assegurados o nível adequado de
habitabilidade e a melhoria das condições de sustentabilidade urbanística, social e
ambiental.
B) Existe articulação com as políticas setoriais de habitação, de meio ambiente, de
saneamento básico e de mobilidade urbana, nos diferentes níveis de governo e com as
iniciativas públicas e privadas, voltadas à integração social e à geração de emprego e
renda.
C) Existe participação dos interessados em todas as etapas do processo de regularização.
D) Inexiste estímulo à resolução extrajudicial de conflitos.
E) Existe concessão do título preferencialmente para a mulher.

5. FUNDATEC | 2020 | PREFEITURA DE PANAMBI - SC

Identificar os núcleos urbanos informais a serem regularizados, de modo a melhorar as


condições urbanísticas e ambientais em relação à situação de ocupação informal
anterior constitui um dos objetivos da Regularização Fundiária Urbana – Reurb. Em
relação à competência para realizar esse objetivo, assinale a alternativa correta.

A) Somente a União tem competência para esta regularização.


B) União, Estado, Distrito Federal e Municípios têm essa atribuição.
C) Somente os Estados componentes da União estão habilitados para regularização
fundiária.
D) Somente aos Municípios cabe esta função, pois é de sua competência a área Urbana.
E) É necessário sempre dois entes da União, devendo ser Estados e Municípios,
excetuando-se o Distrito Federal.

6. CESPE | 2009 | UNIPAMPA

A Agenda 21, documento aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, no Rio de Janeiro, estabeleceu diretrizes para
mudança no padrão de desenvolvimento global para o século XXI, com a intenção de
promover, em todo o planeta, um padrão de desenvolvimento que venha a conciliar os
instrumentos de proteção ambiental, equidade social e eficiência econômica. No

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entendimento dessa necessidade, o poder público instituiu instrumentos legais que


estabelecem diretrizes gerais da política urbana no Brasil. Quanto à legislação ambiental
e urbanística, julgue os itens a seguir.

Para fins de regularização fundiária de determinada área, o poder público municipal, sob
necessidade imperiosa, independentemente do plano diretor, poderá autorizar o
proprietário do imóvel urbano a exercer em outro local o direito de construir.

Certo ( ) Errado ( )

7. CONSULPAM | 2015 | PREFEITURA DE SERRITA - PE

A Regularização Fundiária visa estabelecer com precisão o titular da posse da terra, para
depois regularizá-la, verificando os procedimentos e as situações da propriedade e
posse e garantindo a segurança social e jurídica para moradores. Outro aspecto
relevante na atuação estadual está no auxílio aos municípios na elaboração de planos
diretores que facilitem a execução da gestão urbana local. A Regularização Fundiária
tem por objetivos:

A) Garantir a função social da cidade e da propriedade imobiliária urbana.


B) Diminuir a exclusão territorial e ampliar o acesso aos bens e serviços da cidade.
C) Promover o reconhecimento dos novos direitos, como a usucapião coletiva urbana e
a concessão de uso especial para fins de moradia.
D) Todas as alternativas estão corretas.

8. VUNESP | 2021 | PREFEITURA DE JAGUARIÚNA - SP

Com relação às normas gerais e procedimentos definidos na legislação federal, a


Regularização Fundiária Urbana (Reurb):

A) aplica-se a todos os núcleos informais situados em áreas urbanas, em todo o território


nacional, devendo os imóveis localizados em área rural ser objeto de regulamentação
específica.
B) abrange medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais, visando à incorporação
dos núcleos urbanos informais ao ordenamento territorial urbano e à titulação de seus
ocupantes.
C) está focada nos aspectos de regularização mais propriamente fundiários e cartoriais,
tanto da gleba maior quanto dos lotes resultantes do parcelamento, sendo a
normatização de medidas urbanísticas, ambientais e sociais remetida às políticas
setoriais correspondentes e ao exercício das competências dos entes federados –
estados e municípios.
D) define um marco temporal para o instrumento da demarcação urbanística, cujo
emprego é definido como facultativo, a critério de cada município.
E) prevê que o instrumento da legitimação fundiária seja permanentemente aplicável
aos assentamentos precários existentes e futuros, independentemente das áreas dos
lotes.

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9. VUNESP | 2021 | PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA - SP

A prefeitura de um município brasileiro estuda a viabilidade de regularização fundiária


em assentamento informal. Estudos técnicos indicaram que a situação fundiária é
passível de regularização e que as situações de risco existentes podem ser remediadas.
No entanto, o assentamento ocupa parcialmente Área de Preservação Permanente em
margens de um córrego. Nos termos da Lei Federal no,

A) deverão ser erradicadas a parte do assentamento que ocupa 13.465/2017APP e as


áreas de risco, como precondição para a regularização da parte não afetada por esses
estudos.
B) deverão ser erradicadas a parte do assentamento que ocupa APP e as áreas de risco,
como pré-condição para a regularização da parte não afetada por esses estudos,
atendida a remediação de riscos.
C) todo o assentamento deverá ser erradicado, por conter ocupação em APP e situações
de risco, como forma de prevenir a reocupação das áreas ambientalmente sensíveis.
D) a parte do assentamento que ocupa APP deverá ser objeto de estudos que
demonstrem que a regularização produzirá melhorias ambientais em relação à situação
atual, e a parte não afetada por esses estudos poderá ser regularizada em separado,
atendida a remediação de riscos.
E) a parte do assentamento que ocupa APP deverá ser objeto de estudos que
demonstrem que a regularização produzirá melhorias ambientais em relação à situação
atual, como precondição para a regularização da área como um todo.

10. FAPEC | 2013 | PARICONHA - AL

A respeito da legislação sobre a regularização fundiária de interesse social em imóveis


da União assinale a opção correta.

A) A concessão de uso especial para fins de moradia aplica-se às áreas de propriedade


da União, inclusive aos terrenos de marinha e acrescidos.
B) A concessão de uso especial para fins de moradia não se aplica às áreas de
propriedade da União.
C) A concessão de uso especial para fins de moradia aplica-se às áreas de propriedade
da União.
D) A concessão de uso especial para fins de moradia não se aplica às áreas de
propriedade da União, e nem aos terrenos de marinha e acrescidos.

11. GANZAROLLI CONCURSOS | 2021 | PREFEITURA DE MINAÇU - GO

A Lei Federal nº 13.465/17 (Regularização Fundiária Urbana), antiga Medida Provisória


759, alterou aspectos essenciais para a regularização fundiária urbana e rural. A Lei
dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos
concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no
âmbito da Amazônia Legal; e institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos
procedimentos de alienação de imóveis da União. Nesse sentido, sobre as normas gerais

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e procedimentos aplicáveis à Regularização Fundiária Urbana (Reurb) estabelecidas na


Lei Federal nº 13.465/17, assinale a alternativa correta:

I- O poder público poderá utilizar o procedimento de demarcação urbanística, com base


no levantamento da situação da área a ser regularizada e na caracterização do núcleo
urbano informal a ser regularizado.

II- O auto de demarcação urbanística deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - planta e memorial descritivo da área a ser regularizada, nos quais constem suas
medidas perimetrais, área total, confrontantes, coordenadas georreferenciadas dos
vértices definidores de seus limites, números das matrículas ou transcrições atingidas,
indicação dos proprietários identificados e ocorrência de situações de domínio privado
com proprietários não identificados em razão de descrições imprecisas dos registros
anteriores; II - planta de sobreposição do imóvel demarcado com a situação da área
constante do registro de imóveis.

III- O auto de demarcação urbanística poderá abranger uma parte ou a totalidade de um


ou mais imóveis inseridos em uma ou mais das seguintes situações: I - domínio privado
com proprietários não identificados, em razão de descrições imprecisas dos registros
anteriores; II - domínio privado objeto do devido registro no registro de imóveis
competente, ainda que de proprietários distintos; ou III - domínio público.

IV- Os procedimentos da demarcação urbanística não constituem condição para o


processamento e a efetivação da Reurb.

Está correto o que se afirma em:

A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, III e IV.
D) Todas as alternativas.

12. VUNESP | 2016 | MPE - SP

Um assentamento habitacional de famílias de baixa renda em terreno público, em área


urbana consolidada, instalado desde 1990, será regularizado, aplicando-se a legislação
pertinente. Nesse processo, nos termos da Lei Federal no 11.977/2009,

A) será utilizada a usucapião especial de imóvel urbano para a concessão dos títulos de
propriedade.
B) deverá ser garantido o percentual de 35% de áreas públicas definido na lei federal de
parcelamento do solo.
C) as áreas de preservação permanente estabelecidas no Código Florestal de 2012
deverão necessariamente ser desocupadas.
D) o título de propriedade será concedido preferencialmente para a mulher.
E) as famílias beneficiárias arcarão com os custos da infraestrutura necessária à
mitigação dos danos ambientais.

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13. VUNESP | 2019 | PREFEITURA DE GUARATINGUETÁ - SP

Um bairro situado em área urbana de município brasileiro desenvolveu-se sobre uma


gleba de propriedade particular. Os atuais ocupantes adquiriram de boa-fé seus
terrenos, sendo duvidoso, no entanto, se o vendedor teria direitos inicialmente sobre
eles. Em função dessa situação, nunca houve oposição à ocupação, que está consolidada
desde 1995. Um setor (Setor A) está ocupado por terrenos maiores, entre 700 e 2 000
m², ao longo de um rio, com características de segunda residência de famílias de renda
média. Outro setor (Setor B), separado do primeiro por uma estrada, é ocupado por
famílias de baixa renda, em terrenos com até 200 m². No setor ribeirinho (Setor A), parte
das construções de cada lote está situada no leito maior (várzea) do rio ou em faixa
considerada de preservação permanente, porém, de maneira geral, as construções
principais estão junto à estrada, portanto, fora dessas áreas. A largura desse rio varia
entre 50 e 70 m. O setor ocupado por famílias de baixa renda (Setor B) é cortado por um
córrego com largura variando entre 2 e 6 m, havendo construções que ocupam o terreno
praticamente até a sua margem.

Será aplicável ao setor B o instrumento de regularização fundiária denominado

A) permissão de uso.
B) direito de preempção.
C) concessão de uso especial.
D) concessão do direito real de uso.
E) usucapião especial de imóvel urbano.

14. UFG | 2017 | DEMAE - GO

Entre as atribuições do profissional arquiteto e urbanista estão algumas atividades. Uma


delas é elaborar o Plano de Regularização Fundiária, que é um instrumento técnico que
constitui

A) em diretrizes dos programas e projetos voltados à reestruturação, requalificação ou


reabilitação funcional e simbólica de setor ou zona urbana, que resulta em intervenção
sobre uma realidade preexistente possuidora de características e configurações
específicas e que tem como objetivo retomar, alterar ou acrescentar novos usos,
funções e propriedades, além de promover a apropriação do espaço pela população que
o ocupa.
B) um instrumento no qual o poder público define soluções de moradias consideradas
como de interesse social, sobretudo por voltar-se à inclusão das populações de baixa
renda, nos termos da legislação vigente.
C) na apuração das causas de determinado evento, na qual o profissional legalmente
habilitado, por conta própria ou a serviço de terceiros, efetua trabalho técnico, visando
à emissão de conclusão fundamentada.
D) um conjunto dos elementos necessários à adoção das medidas jurídicas, urbanísticas,
ambientais e sociais que visam à regularização de assentamentos irregulares e à
titulação de seus ocupantes, de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno
desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, nos termos da legislação vigente.

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15. INSTITUTO AOCP | 2022 | SEAD - GO

Na regularização fundiária de interesse social dos núcleos urbanos informais que


ocupam áreas de preservação permanente, a regularização será admitida por meio da
aprovação do projeto que apresente

A) estudo técnico com a adoção de medidas para a recuperação de áreas degradadas e


preservação das áreas íntegras.
B) estudo técnico que apresente os danos ambientais causados pela ocupação urbana
informal, reversíveis e irreversíveis.
C) estudo técnico que apresente soluções práticas para coibir novas ocupações
informais com a adoção das medidas nele preconizadas.
D) estudo técnico que demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à
situação anterior com a adoção das medidas nele preconizadas.
E) estudo técnico que demonstre as ocupações informais em área de risco geotécnico e
de inundações, e a melhoria das condições de saneamento.

16. VUNESP | 2022 | PREFEITURA DE JUNDIAÍ - SP

O plano de habitação de um município brasileiro determinou uma estratégia de


regularização fundiária que compreende, dentre outros, o emprego de dois
procedimentos: (i) o primeiro destinado a identificar os imóveis públicos e privados
abrangidos pelo núcleo urbano informal e a obter a anuência dos respectivos titulares
de direitos inscritos na matrícula dos imóveis ocupados, culminando com averbação na
matrícula destes imóveis da viabilidade da regularização fundiária, a ser promovida a
critério do Município; e (ii) o segundo consistindo em ato do poder público destinado a
conferir título, por meio do qual fica reconhecida a posse de imóvel objeto da Reurb,
conversível em aquisição de direito real de propriedade na forma desta Lei, com a
identificação de seus ocupantes, do tempo da ocupação e da natureza da posse.

Esses procedimentos, (i) e (ii), correspondem, respectivamente, aos conceitos de

A) certificação da regularização fundiária e legitimação fundiária.


B) certificação da regularização fundiária e legitimação de posse.
C) demarcação urbanística e legitimação de posse.
D) demarcação urbanística e demarcação de posse.
E) demarcação de posse e legitimação fundiária.

17. COMPASS | 2013 | PREFEITURA DE SERRA NEGRA DO NORTE - RN

A Lei 11.977, em seu Art. 47, para efeitos da regularização fundiária de assentamentos
urbanos, considera área urbana consolidada: parcela da área urbana com densidade
demográfica superior a 50 (cinquenta) habitantes por hectare e malha viária implantada
e que tenha, no mínimo, 2 (dois) equipamentos de infraestrutura urbana implantados.
Assinale a alternativa que NÃO corresponde a um desses equipamentos

A) Drenagem de águas pluviais urbanas

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B) Abastecimento de água potável


C) Distribuição de energia elétrica
D) Posto de Saúde em um raio de 10 Km
E) Limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos

18. QUADRIX | 2022 | PREFEITURA DE BARREIRAS - BA

Com base no Decreto nº 9.310/2018, que institui as normas gerais e os procedimentos


aplicáveis à regularização fundiária urbana e estabelece os procedimentos para a
avaliação e a alienação dos imóveis da União, assinale a alternativa correta.

A) O projeto de regularização fundiária deverá conter, em todos os casos, estudo técnico


ambiental.
B) As áreas ocupadas, o sistema viário e as unidades imobiliárias existentes e projetados
devem ser sempre indicados no projeto urbanístico de regularização fundiária.
C) As obras de implantação da infraestrutura essencial, de equipamentos comunitários
e de melhoria habitacional e a sua manutenção poderão ser realizadas apenas durante
ou após a conclusão da regularização fundiária.
D) Condomínios que possuem sistema viário interno para acesso às unidades
imobiliárias autônomas são classificados como condomínios urbanos simples.

19. UNIFAP | 2012 | UNIFAP

A regularização fundiária é um processo realizado coletivamente, que depende da


participação e da atuação articulada de diversos atores, em momentos e com papéis
específicos, de acordo com as características da área e com as condições existentes para
a regularização.

De acordo com a Lei, indique a alternativa cujos atores têm legitimidade para promover
regularização fundiária, EXCETO:

A) A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.


B) A população moradora dos assentamentos informais, de maneira individual ou em
grupo.
C) Cooperativas habitacionais, associações de moradores, organizações sociais,
organizações da sociedade civil de interesse público.
D) Entidades civis constituídas com a finalidade de promover atividades ligadas ao
desenvolvimento urbano ou à regularização fundiária.
E) Qualquer morador de assentamento, desde que formal

20. FUNDEP | 2012 | URBEL - MG

Considerando o Programa de Regularização Fundiária, é INCORRETO afirmar que ele:

A) concede benefícios para o morador: ele se torna dono legal do imóvel em que reside,
conquista um endereço oficial, pode registrar ou regularizar em cartório as construções
existentes no lote, tem acesso a financiamento bancário ou crédito no comércio.

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B) é uma tarefa simples de se realizar, com poucas e rápidas etapas, que só depende da
disposição técnica da URBEL e da boa vontade da comunidade.
C) tem por objetivo a legalização urbanística e jurídica das áreas da cidade consideradas
Zonas de Especial Interesse Social e também das unidades habitacionais construídas
pela Prefeitura no âmbito da Política Municipal de Habitação.
D) traz vantagens para a cidade ao possibilitar a oficialização da denominação de
logradouros públicos e facilitar a implantação ou ampliação dos serviços públicos em
regiões carentes.

21. QADRIX | 2020 | IDURB - PA

Conforme a Lei Federal n.º 13.465/2017 e o Decreto Federal n.º 9.310/2018, que
dispõem sobre a regularização fundiária, julgue o item a seguir.

A ação de seleção de indivíduos e famílias candidatas a serem beneficiadas pelo


Programa Nacional de Reforma Agrária será realizada por projeto de assentamento,
respeitada a seguinte ordem de preferência na distribuição de lotes:

(1) ao trabalhador rural vítima de trabalho em condição análoga à de escravo;


(2) aos que trabalham no imóvel desapropriado como posseiros, assalariados, parceiros
ou arrendatários, identificados na vistoria; e
(3) ao desapropriado, ficando‐lhe assegurada a preferência para a parcela na qual se
situe a sede do imóvel, hipótese em que esta será excluída da indenização devida pela
desapropriação.

Certo ( ) Errado ( )

22. QADRIX | 2020 | IDURB - PA

Conforme a Lei Federal n.º 13.465/2017 e o Decreto Federal n.º 9.310/2018, que
dispõem sobre a regularização fundiária, julgue o item a seguir.

É permitida a regularização fundiária urbana (Reurb) em núcleos urbanos informais


situados na faixa de fronteira estabelecida na Lei n.º 6.634/1979 e em áreas de interesse
de defesa reconhecidas em ato do presidente da República.

Certo ( ) Errado ( )

23. VUNESP | 2014 | TJ - PA

Na elaboração de uma política de regularização fundiária, identificou-se um conjunto de


áreas urbanas de propriedade particular, ocupadas sem oposição dos proprietários
desde diversas datas. O instrumento previsto no Estatuto da Cidade a ser considerado é
a

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A) usucapião especial de imóvel urbano, observado tempo mínimo de cinco anos na


posse do imóvel.
B) concessão do direito real de uso, observado tempo mínimo de vinte anos na posse
do imóvel.
C) concessão do direito real de uso, observado tempo mínimo de cinco anos na posse
do imóvel.
D) concessão de uso especial, observado tempo mínimo de cinco anos na posse do
imóvel.
E) usucapião especial de imóvel urbano, observado tempo mínimo de vinte anos na
posse do imóvel.

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GABARITO

1-B 2-E 3-E 4-D 5-B 6-E


7-D 8-B 9-D 10 - A 11 - D 12 - D
13 - E 14 - D 15 - D 16 - C 17 - D 18 - B
19 - E 20 - B 21 - E 22 - E 23 - A

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