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Introdução
DISCIPLINA
LEGISLAÇÃO URBANA
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Sumário
Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
1 Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------- 4
2 Direito à Cidade ou Moradia --------------------------------------------------------------------- 5
3 Compreensão do Direito à Moradia na Agenda Habitat --------------------------------- 8
4 Reconhecimento do Direito Subjetivo à Moradia ------------------------------------------ 9
5 O Registro de Imóveis ----------------------------------------------------------------------------- 11
6 Princípios do Registro de Imóveis -------------------------------------------------------------- 13
7 Princípio da Unitariedade Matricial ----------------------------------------------------------- 13
8 Princípio da Disponibilidade --------------------------------------------------------------------- 14
9 Princípio da Especialidade ----------------------------------------------------------------------- 15
10 Princípio da Publicidade ----------------------------------------------------------------------- 15
11 Princípio da Legalidade (Qualificação Registral) --------------------------------------- 16
12 Princípio da Segurança Jurídica ------------------------------------------------------------- 17
13 Princípio ou Efeito da Concentração ------------------------------------------------------- 17
14 O Direito à Moradia e o Registro de Imóveis -------------------------------------------- 18
15 A Regularização Fundiária -------------------------------------------------------------------- 20
16 Zona Especial de Interesse Social – ZEIS --------------------------------------------------- 23
17 Conceito Jurídico de Regularização Fundiária ------------------------------------------- 25
18 Princípios da Regularização Fundiária ----------------------------------------------------- 28
19 Fundamentos ------------------------------------------------------------------------------------- 29
20 Legitimidade para Propositura da Regularização -------------------------------------- 30
21 Espécies -------------------------------------------------------------------------------------------- 30
22 Regularização Fundiária de Interesse Social e de Interesse Específico ----------- 33
23 A Regularização Fundiária Constante da Lei 6.766/1979 ---------------------------- 34
24 Regularização Beneficiada e Não Beneficiada ------------------------------------------ 36
25 Demarcação Urbanística ---------------------------------------------------------------------- 37
26 Legitimação de Posse Urbana e Consolidação da Propriedade (Usucapião
Administrativa) -------------------------------------------------------------------------------------------------- 40
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Sumário
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Introdução
1 Introdução
O Direito Urbanístico tem crescido no reconhecimento do Direito à Moradia, o
qual se firma como um dos seus principais pilares e é um direito essencial inerente à
própria dignidade da pessoa humana. De acordo com os ensinamentos de David
Harvey, o direito de propriedade absoluto apenas servia para afastar o surgimento e
o crescimento de outros direitos. No entanto, com o desenvolvimento da função social
da propriedade, um fenômeno recente na história do direito, era inevitável o
desenvolvimento de direitos sociais nela inerentes.
O Registro de Imóveis, por sua vez, recebeu importantes funções para ajudar a
garantir o direito à moradia, tornando-se um dos principais atores da regularização
fundiária. O instituto, que originariamente garantia a propriedade imobiliária no Brasil
e no mundo há séculos, agora exerce funções sociais e ambientais, tudo isso
decorrente da transformação do direito de propriedade contemporâneo. A velocidade
dessas transformações é surpreendente, e estudar o papel do Registro de Imóveis na
garantia do direito de moradia e, especialmente, na regularização fundiária, é
imprescindível para que o mecanismo criado ganhe efetividade. É inegável que a
prática tem grande influência no mundo jurídico.
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Além disso, cabe aos profissionais do direito conseguir conferir o direito humano
à moradia para milhares de pessoas que ao menos estavam incluídas em estatísticas
oficiais, vivendo à margem da legalidade
Nos últimos anos, o conceito do Direito à Cidade tem ganhado força na doutrina,
tornando-se o principal foco do Direito Urbanístico. Segundo Nelson Saule Júnior, o
papel do Direito Urbanístico é regular e disciplinar as normas de ordem pública para
proteger e promover o direito à cidade, estabelecendo legislações, instrumentos
jurídicos, organismos públicos, obrigações e responsabilidades dos agentes públicos
para garantir que os componentes do direito à cidade sustentável das atuais e futuras
gerações sejam plenamente respeitados.
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observância dos direitos humanos não se restringe ao aspecto individual, mas sim à
observância coletiva de referidos direitos.
Penso que é possível extrair da Carta a ideia de Cidade Sustentável, sabemos que
a população mundial está se concentrando cada vez mais nos centros urbanos, e a
tendência que isso se acentue cada vez mais, a facilidade conferida pelos recursos
urbanos é inegável e a crescente modernização dos métodos de cultivo agrícola
restringe o emprego no campo, levando as pessoas a se concentrar nas cidades.
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resultando na finalidade de toda pessoa ter um padrão de vida digno. Assim, o núcleo
básico do direito à moradia é constituído pela segurança, pela paz e pela dignidade.
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O Registro de Imóveis
5 O Registro de Imóveis
A origem do Registro de Imóveis possui antecedentes no antigo Egito e Grécia
clássica; contudo, foi no século XVIII que começou a se desenvolver à medida que as
transações imobiliárias foram ganhando importância. O Estado se viu obrigado a
entrar na regulação do mercado oferecendo um mecanismo de segurança que
garantisse as transações imobiliárias.
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O Registro de Imóveis
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182 da CF/1988 (LGL\1988\3)) e declarando que todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado (art. 225 da CF/1988 (LGL\1988\3)) atribuiu ao Registro
de Imóveis características que outrora não possuía. Dentre elas, está a necessidade de
incorporação do conceito de função social da propriedade e do meio ambiente,
percepção claramente observada pelo legislador no Estatuto da Cidade e na legislação
ambiental.
A palavra princípio em sua raiz latina significa "aquilo que se torna primeiro"
(primum capere), designando começo, ponto de partida. Segundo José Cretella Júnior,
"são proposições básicas, fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturas
subsequentes". No vocabulário filosófico, denominam-se princípios "o conjunto das
proposições diretoras às quais todo o desenvolvimento posterior é subordinado".
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Princípio da Disponibilidade
unidade social ou econômica do todo, formado com a anexação dos imóveis antes
autônomos.
8 Princípio da Disponibilidade
O texto em questão discorre sobre o princípio da disponibilidade e como ele é
fundamentado pelo princípio da continuidade ou trato sucessivo. O princípio da
disponibilidade baseia-se na máxima latina "nemo dat quod sine non habet - nemo
plus jus transfere", que significa que ninguém pode transferir mais direitos do que
possui. Portanto, na transferência de domínio, é necessário respeitar a propriedade
exata do alienante, especialmente em seus aspectos quantitativos, como, por exemplo,
se uma pessoa é proprietária de 50% de um imóvel, ela só pode alienar essa mesma
parte ideal.
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Princípio da Especialidade
9 Princípio da Especialidade
De origem doutrinária, esse princípio foi emprestado dos direitos reais de
garantia na referência à especialização da hipoteca. Afrânio de Carvalho, com a clareza
que lhe é peculiar, afirma que: "(...) o princípio de especialidade significa que toda
inscrição deve recair sobre um objeto precisamente individuado. (...) Assim, o requisito
registral da especialidade do imóvel, vertido no fraseado clássico do direito, significa
a sua descrição como corpo certo, a sua representação escrita como individualidade
autônoma, como o seu modo de ser físico, que o torna inconfundível e, portanto,
heterogêneo em relação a qualquer outro. O corpo certo imobiliário ocupa um lugar
determinado no espaço, que é o abrangido por seu contorno, dentro do qual se pode
encontrar maior ou menor área, contanto que não sejam ultrapassadas as raias
definidoras da entidade territorial."
10 Princípio da Publicidade
Conforme ensinado por Nicolau Balbino Filho em suas lições, a publicidade é
considerada como a essência dos registros públicos, visto que é por meio dela que o
legislador proporciona ao povo o conhecimento de tudo o que lhe interessa acerca
de determinados atos, permitindo que se mantenha informado sobre todo o
movimento de pessoas e bens.
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propriedade imobiliária unitária, mas sim uma extensão do poder sobre pessoas e
bens, o que justificava o poder sobre a coisa.
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A Regularização Fundiária
no aspecto formal, o que representa uma grande conquista para a cidade e seus
moradores.
15 A Regularização Fundiária
Ao abordarmos o tema do parcelamento irregular e da regularização fundiária,
devemos antes de tudo levar em consideração a negligência do Estado-administração,
o qual, detentor do poder de polícia, deveria ter exercido a fiscalização preventiva de
forma eficiente. Conforme pontuado por Hely Lopes Meirelles, o poder administrativo
é conferido à autoridade com a finalidade de remover os interesses particulares que
se opõem ao interesse público, convertendo-se, assim, em dever de agir. Portanto, no
Direito Público, o poder de agir é uma imposição, um dever para o agente que o
detém, uma vez que a omissão da autoridade diante de situações que exigem sua
atuação não é admitida, sendo que a Administração é responsável civilmente pelas
omissões lesivas de seus agentes.
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A Regularização Fundiária
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A Regularização Fundiária
Por fim, os loteamentos clandestinos são os mais graves, pois são parcelamentos
que não obtiveram nenhuma aprovação por parte do Poder Público municipal, nem
licenciamento ambiental estadual ou registro no Cartório de Registro de Imóveis. A
situação desses parcelamentos informais é crítica e merece tratamento diferenciado
do poder público, pois o processo de regularização é muito mais complexo, exigindo
esforços econômicos, jurídicos e políticos mais acentuados. Para tais situações, é
necessário elaborar o projeto respectivo, levantar a natureza da área ocupada e
verificar se está em zona de risco à população.
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solo municipal. Em outras palavras, ele é destinado a fixar as diversas áreas para o
exercício das funções urbanas elementares.
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refere à formalidade legal. É importante lembrar que somente o Plano Diretor garante
ampla participação popular e possui previsão de oitiva de grupos étnicos e culturais.
O conceito legal não foi dos mais técnicos, pois induz a restringir as Zeis tão
somente para áreas urbanas, o que seria fatal para a regularização fundiária em áreas
de expansão urbana e em zonas específicas. Contudo, a interpretação literal jamais foi
o meio mais seguro de se obter a inteligência de um preceito. Por vezes, leva o
intérprete à conclusão equivocada de incidência normativa, de tal sorte que toda e
qualquer interpretação há de ser necessariamente sistemática. Isso ocorre porque o
universo jurídico é formado por um complexo de normas intimamente interligadas, só
se dividindo em campos na esfera acadêmica.
Nelson Saule Júnior ensina que a Zona Especial de Interesse Social deve ser
aplicada pelos municípios para atender a dois objetivos da política habitacional. O
primeiro diz respeito a atender às diretrizes da política urbana, prevista nos incisos XIV
e XV do Estatuto da Cidade, da regularização fundiária e urbanização de áreas
ocupadas por população de baixa renda e da simplificação da legislação de
parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias.
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Betânia de Moraes Alfonsin, por sua vez, traz uma definição mais detalhada,
afirmando que a regularização fundiária é um processo de intervenção pública que
atua sob três aspectos fundamentais: jurídico, físico e social. Esse processo tem como
objetivo legalizar a permanência de populações moradoras de áreas urbanas
ocupadas de forma irregular para fins de habitação, com melhorias no ambiente
urbano do assentamento e na qualidade de vida da população beneficiária.
É preciso considerar que, embora seja mais prático para o poder público
promover a regularização da titulação ou registro de assentamentos informais, é
fundamental conferir a essas áreas o tratamento urbanístico adequado sempre que
possível, garantindo um nível adequado de moradia, infraestrutura básica, como água,
esgoto, energia elétrica e espaços livres para lazer e atividades sociais. Isso porque
conferir tão somente um título ou registro a esses moradores, sem garantir um nível
adequado de qualidade de vida, é ferir o princípio básico constante do primeiro artigo
do texto constitucional, que é a dignidade da pessoa humana.
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Fundamentos
19 Fundamentos
Os fundamentos constitucionais que norteiam a regularização fundiária são, em
sua maioria, os mesmos da política urbana, uma vez que a Constituição Federal de
1988 prevê, em seu artigo 1º, a cidadania e a dignidade da pessoa humana como
fundamentos da República Federativa do Brasil. Tais conceitos reforçam e consolidam
o objetivo dos instrumentos jurídicos de reconhecer o direito à moradia e à
regularização fundiária. De acordo com o jurista José Joaquim Gomes Canotilho, a
dignidade da pessoa humana pode ser entendida como o limite máximo ao exercício
dos poderes inerentes à representação política, evidenciando a importância de
garantir condições mínimas para uma moradia adequada e segurança jurídica da
posse.
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21 Espécies
A doutrina urbanística costuma classificar a regularização fundiária no sentido
amplo em três vertentes: regularização fundiária como regularização jurídica dos lotes,
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Espécies
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Espécies
c) Regularização conjunta
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Demarcação Urbanística
25 Demarcação Urbanística
A Lei do Programa Minha Casa, Minha Vida instituiu uma ferramenta relevante
para a regularização fundiária com finalidade social, a demarcação urbanística, que
consiste em um procedimento administrativo no âmbito da regularização fundiária de
interesse social. Este procedimento tem como finalidade a demarcação de imóveis de
domínio público ou privado, definindo seus limites, área, localização e confrontantes,
a fim de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo das respectivas
posses, conforme o inciso III do art. 47 da Lei 11.977/2009.
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Demarcação Urbanística
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Demarcação Urbanística
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a legislação que instituiu a ZEIS deve ser consignada na matrícula para fins de
publicidade.
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O art. 60 da Lei 11.977/2009 traz uma inovação em nosso direito que será objeto
de grande debate na doutrina e possivelmente na jurisprudência. Segundo o artigo,
após cinco anos do registro da legitimação de posse, o morador beneficiário poderá
requerer ao oficial de Registro de Imóveis a conversão desse título em registro de
propriedade, tendo em vista sua aquisição por usucapião, nos termos do art. 183 da
Constituição Federal de 1988.
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direito de propriedade pela inércia ou descaso de seu titular, por exigir que o
proprietário seja notificado, pessoal ou fictamente, quando da averbação do auto de
demarcação, podendo promover impugnação. Ademais, dispõe de cinco anos,
contados do registro da legitimação de posse, para reclamar ou reivindicar sua
propriedade".
III - declaração de que o imóvel é utilizado para sua moradia ou de sua família; e
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"Do ponto de vista sociológico, enfim, deve-se ressaltar como surgiram, nas
últimas décadas, instâncias ou sujeitos extrajurídicos que intervém na resolução da
interação conflituosa. Trata-se do que se chamam as formas 'alternativas' de resolução
de conflitos, isto é, sujeitos e órgãos que funcionam paralelamente aos órgãos e aos
sujeitos que o direito formalmente designou para a resolução jurídica dos conflitos.
Não se trata, unicamente, de instâncias 'materiais', em oposição às instâncias,
tradicionalmente formais, do direito. Este também pode acolher ou deixar formas de
justiça 'materiais', mas instâncias 'alternativas' (extrajudiciais e extrajurídicas) às que
são expressamente designadas pelo sistema jurídico, e que podem aparentar ter as
mesmas características 'formais' que as instâncias estritamente jurídicas."
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legislativa plena, desde que não exista lei federal sobre normas gerais (art. 24, § 3.º,
CF/1988 (LGL\1988\3)). Nesse caso, não podem exorbitar da peculiaridade ou do
interesse próprio do Estado e terá que se ajustar ao disposto em norma federal
ambiental superveniente.
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de vegetação que não podem ser removidas, tendo em vista a sua localização e estão
definidas no art. 2.º do Código Florestal.
A grande discussão agora com certeza será o que viria a ser conselho de meio
ambiente e órgão ambiental capacitado. O novo papel atribuído aos municípios é de
suma importância e grande responsabilidade de forma que é preciso que a estrutura
do conselho de meio ambiente seja criada através de instrumento legislativo
específico e com participação popular para garantir melhor transparência. O ideal seria
que o município tivesse uma secretaria de meio ambiente, mesmo vinculada à outra
secretaria, com dotação orçamentária própria e que permita a criação do órgão
ambiental capacidade que deverá ser composto por integrantes de carreira e com
critério exclusivamente técnico. É preciso que o condicionante legal não seja burlado
através de simples formalização legal, de forma que o órgão efetivamente exista, o
papel do Ministério Público será fundamental nesse para a fiscalização nesse sentido.
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pressuposto de que não existem grandes discussões com relação ao domínio da área,
podendo envolver situações em que não é possível o registro no Registro de Imóveis
em razão de tão somente prévio e necessário parcelamento.
É importante frisar que a regularização fundiária sumária não é uma solução para
regularizar qualquer situação, pois não afasta a discussão do domínio do imóvel e não
exige prévia intimação dos proprietários e detentores de direito real, bem como dos
confrontantes das áreas. Ela permite apenas a regularização do registro do
parcelamento da área, porém, sem os rigorosos requisitos da Lei 6.766/1979.
Para que essa regularização seja efetivada, é necessário que sejam cumpridos
alguns requisitos estabelecidos no artigo 71 da Lei 11.977/2009, como a data limite
para o parcelamento, a implantação e integração do parcelamento à cidade, a
inexistência de registro do parcelamento, entre outros. Além disso, é imprescindível
que a documentação necessária para a comprovação das disposições contidas no
caput do artigo seja fornecida pelo poder público municipal, ou homologada por ele.
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