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APOSTILA 05
— ESTRESSE —
Uma onda enorme que pode nos levar
“Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a uma melhor
compreensão de nós mesmos.” — Carl Jung
Que tal redefinir nossa compreensão do estresse, vendo-o não como um inimigo, mas como
uma força natural que, se bem navegada, pode nos levar a novos horizontes de crescimento
e entendimento.
Antes de mais nada, reconhecemos que o estresse é uma parte inevitável da vida. Como as
marés, ele sobe e desce, influenciado por uma miríade de fatores externos e internos. O
objetivo não é eliminar o estresse, mas aprender a gerenciá-lo de forma eficaz,
transformando-o em um catalisador para o desenvolvimento pessoal e profissional.
O estresse é uma resposta do nosso organismo a situações que demandam um esforço
extra, seja físico ou emocional. Ele é como um alarme interno, soando sempre que nos
vemos diante de um desafio que exige adaptação. Problemas no trabalho, financeiros,
pessoais ou até mesmo a expectativa do novo, tudo isso pode acionar o gatilho do estresse.
A força do estresse não está, no entanto, na situação em si, mas em como reagimos a ela.
Aqui reside o perigo: o estresse prolongado, quando não gerido de maneira saudável, pode
desencadear uma série de problemas, de distúrbios do sono a questões mais graves como
ansiedade e depressão. O estresse se torna um monstro quando se aloja em nosso cérebro
e começa a moldar nossas ações e decisões, travando uma batalha silenciosa dentro de
nós.
Como então surfar na onda do estresse sem ser tragado por ela? A chave está na
adaptabilidade. Imagine-se como um surfista, diante de uma grande onda. O estresse é o
desafio que nos obriga a ajustar nosso equilíbrio, a pensar rápido, a usar nossa força e
habilidade para seguir em frente. É a oportunidade perfeita para aprendermos a ser flexíveis
e resilientes, para encarar o desconhecido com confiança.
Mas o equilíbrio também se faz necessário na expectativa. A onda do estresse pode ser
alimentada por expectativas irreais que criamos, sobre nós mesmos e sobre os outros.
Precisamos aprender a navegar em águas realistas, ajustando nossas velas para o vento
que temos, e não para o vento que desejamos.
Hoje, mergulhamos no oceano profundo do estresse e suas repercussões em nossas vidas.
A neurociência nos oferece novas luzes sobre como essa onda é formada e como ela pode
nos impactar. É o momento de observar o movimento das águas, reconhecer os padrões e
aprender a surfar com maestria nas ondas do estresse.
Mas você viu também que o estresse não é necessariamente um padrão negativo.
Se observarmos do ponto de vista evolutivo, os processos que ocorrem em nosso cérebro
quando estamos em uma situação estressante são importantes para o nosso
desenvolvimento e adaptação.
Isso, claro, desde que você tenha seus padrões alinhados, conduzindo suas ações para
novas expectativas e resultados.
Afinal, o mundo muda o tempo todo, e a função do estresse é nos colocar em um estado
de alerta para que possamos compreender as mudanças e tomar providências para retomar
o controle.
Infelizmente, esse não é o caso dos 99%. Por isso, eles estão sempre buscando culpados
para os seus problemas, alimentando uma condição altamente destrutiva, sem reconhecer
que essa resistência só piora a situação que estão vivendo.
Enquanto não tivermos maturidade para entender que o mundo não nos dá nada, apenas
nos devolve, o estresse será uma presença constante em nossas vidas, perdurando além
do necessário e potencializando outros padrões que não desejamos manter, como:
● procrastinação;
● preguiça;
● ansiedade;
● descontrole emocional;
● dificuldade para se concentrar e por aí vai.
Mas agora, se você esteve com a gente no encontro de hoje, você conhece as origens mais
profundas do padrão do estresse, sabe mapear o impacto que ele tem sobre seu
comportamento e já tem até alguma ideia do que fazer para eliminar seus efeitos.
A seguir, continue com os principais pontos que foram tratados em mais essa live de
mapeamento. Mas lembre-se: este conteúdo é complementar às explicações e exercícios
propostos.
Hoje, aprendemos…
→ Estresse é um estado temporário que incita o indivíduo a se adaptar
frente às mudanças do ambiente.
→ Estresse só é negativo se não estiver cumprindo sua função no
organismo.
→ Estudos mostram que o estresse pode causar uma série de prejuízos à
saúde.
→ A intensidade do nosso estresse é determinada pelo nível das nossas
expectativas.
→ Resiliência é o atributo necessário para lidarmos com as mudanças
do mundo de maneira madura, saudável e estratégica.
A função do estresse
Já parou para pensar no que acontece com o corpo de alguém que frequenta a academia
para fazer musculação?
A consequência desse hábito qualquer um pode notar. Dentro de poucos meses, o corpo da
pessoa se transforma, fica forte, definido, saudável… Mas isso é só um resultado.
O que mais nos interessa nessa maratona de mapeamento cerebral são as origens
dos processos que levam às consequências.
No caso da academia, a origem dos resultados só pode ser explicada pela prática das
atividades de força resistida. Percebe como se trata de um ESTRESSE muscular?
É por conta desta adaptação que o músculo cresce. Colocamos os músculos em uma
condição completamente atípica, fora do padrão, em que o corpo precisa se desenvolver
para ser capaz de se adaptar àquele novo contexto.
A mesma coisa acontece quando desenvolvemos nossa imunidade, seja por vacina ou por
uma infecção. Nosso corpo é exposto a microorganismos estranhos (ativos ou inoculados), e
nosso sistema imunológico precisa APRENDER como lidar com aquele intruso.
Uma vez que ele aprende e se adapta, aquelas mesmas condições, que antes causavam
algum nível de desconforto ou perturbação, se tornam completamente naturais e
inofensivas.
Ou seja, nós crescemos para nos adaptar. Mas também podemos dizer que nós nos
adaptamos porque crescemos.
E isso vale para absolutamente tudo: um bebê
aprendendo a andar, um maratonista superando
limites e quebrando recordes, um empresário
expandindo os negócios, um universitário se
preparando para o TCC…
Em todos os casos, precisamos nos expor a
circunstâncias que estão além do que
conhecemos, fora dos nossos padrões, o que exige esforço e certo nível de energia
cerebral.
Nessas situações, o cérebro se coloca em um estado neuroativado. Hormônios e
neurotransmissores específicos são disparados, nos deixando mais alertas e sensíveis ao
ambiente…
Tudo para que possamos entender a situação, identificar novos padrões e assumir o
controle.
Essa é a função do estresse no nosso organismo: facilitar o processo de adaptação e
permitir nosso progresso diante de obstáculos e desafios.
Exercício de Implementação
No encontro de hoje, ficou claro que o estresse está intimamente relacionado a TEMPO.
Nos frustramos quando percebemos que estamos perdendo o controle da situação, e o
tempo parece correr na direção oposta das nossas expectativas.
Por isso, o exercício de hoje é muito simples e vai te permitir considerar suas expectativas
com muito mais consciência, garantindo a sensação de controle e a diminuição dos seus
níveis de cortisol. Tudo o que você precisará fazer é:
1) Determinar momentos de pausas entre suas atividades prioritárias
2) Listar pelo menos 10 atividades simples para fazer durante essas pausas
Você pode separar blocos de tempo para executar suas principais tarefas, e depois parar
por alguns minutinhos para tomar um café, respirar, caminhar ou fazer alguma coisa que te
permita relaxar e reconhecer que está tudo sob controle.
Você vai perceber que, mesmo em momentos de alta pressão em que você tenta depositar
toda sua energia em uma única coisa, essas pequenas pausas são revitalizantes, capazes
de preservar altos níveis de energia para você se adaptar a qualquer situação.
2) Etapa de Lives de Mapeamento: Antes da etapa da Jornada de Controle Cerebral em que você vai
aprender a recodificar seus padrões, é fundamental que você tenha total clareza dos padrões ocultos que
você codificou, para que sua mudança seja completa, profunda e estratégica. Portanto, nas lives de
mapeamento, iremos mapear cada um dos seus padrões para que você tenha o seu mapa completamente
preenchido. A cada dia um dos padrões será coberto e, consequentemente, mapeado. Ocorrerá entre 18 e
31 de Março, às 7h37 no Instagram @brainpowerbr.
3) Grupo dos 99%: Este é o grupo da esmagadora maioria das pessoas. Pessoas que quando querem fazer
algo, procrastinam. Aí por algum motivo externo, ela decide começar a fazer mas sente preguiça, e com a
energia baixa assim, não consegue se concentrar. E qualquer coisa distrai a pessoa. O tempo vai
passando, até que o prazo começa a chegar. Aí a pessoa fica ansiosa com o prazo, e com isso fica
preocupada, estressada. Aí começa a descontar nos outros, perde controle emocional. Chega em casa e
busca conforto na comida ou bebida, ingerindo coisas não saudáveis. Deita pra dormir mas dorme mal, com
preocupação de tudo que não foi feito e está acumulado, de uma vida paralisada. Acorda mais cansada que
quando dormiu, e tudo se repete. Mais ou menos por aí é o ciclo dos 99%.
Sua principal característica é a total falta de controle de seus cérebros. Eles não entendem que suas vidas
são resultado direto de padrões cerebrais que influenciam inconscientemente suas decisões. Vivem presos
a comportamentos como preguiça, procrastinação, estresse, ansiedade, dificuldade de concentração,
descontrole emocional e muitos outros. Em suma, não tem ideia de porquê são do jeito que são.
4) Grupo do 1%: Ao contrário dos 99%, a galera do 1% tem perfeita clareza de que desejar não é suficiente
para gerar transformações significativas na vida nem no mundo. O grupo de pessoas que age com leveza e
constância, afinal não se força para viver. Por terem padrões cerebrais alinhados a eles, não dependem de
força de vontade, muito menos de ficarem lutando contra si mesmos. Enquanto o grupo do 99% está
pensando, procrastinando, esse grupo está fazendo! Vivendo!
Não é sobre dinheiro ser 1%, mas ele é consequência. Afinal, por gerarem valor, é o grupo do 1% que de
fato move o mundo, e sua principal característica está no controle que têm sobre seus próprios cérebros, o
que lhes garante foco, energia, confiança, inteligência emocional, resiliência, determinação, disciplina e
outros padrões cerebrais que impulsionam suas vidas para o que mais querem. Inspirando pessoas ao
redor. Em suma, esculpiram as suas vidas.
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