Você está na página 1de 338

UFCD 4651

Gestão de stress e gestão de conflitos


Roteiro
Objetivos Gerais
1. Desenvolver mecanismos de identificação de potenciais causas de stress no
local de trabalho.
2. Identificar e avaliar o grau de vulnerabilidade ao stress.
3. Desenvolver mecanismos de resposta flexíveis e criativos face a situações
difíceis.
4. Identificar meios de atuação assertiva perante situações de conflito,
assim
como potenciar nos outros comportamentos construtivos.
1
O Stress
Quem nunca sentiu stress?

O stress foi considerado, pela Organização Mundial de Saúde,


como a epidemia do século XXI.

https://tvi.iol.pt/noticias/sociedade/oms/stress-foi-considerado-a-epidemia-do-seculo-xxi
Stress – Conceito e modelo explicativo

• Alguns autores definem stress ocupacional como um


conjunto de perturbações psicológicas ou sofrimento
psíquico associado às experiências de trabalho.
• O que determina a variabilidade das suas reações é a
avaliação que cada indivíduo faz da situação e do
meio ambiente em que se encontra.
Teste: Vamos avaliar o nível de
stress?
• Responda as perguntas abaixo e depois some a pontuação para identificar os
sinais de ansiedade e stress.

Instruções
Para cada pergunta, some o número correspondente, conforme o indicado abaixo,
de acordo com a maneira como se sentiu na última semana:
5= frequentemente (muitas vezes)
3 = regularmente (nem muito nem pouco)
1 = raramente (praticamente não foi afetado por isso)
5= frequentemente (muitas vezes)
3 = regularmente (nem muito nem pouco)
1 = raramente (praticamente não foi afetado por
isso)

Na ultima semana sentiu-se com dificuldades:


1. Em relação ao cansaço físico experimentado no final do dia ( )
2. Em relação aos pensamentos e preocupações com tarefas e compromissos (
)
3. Em relação a dormir (teve insônia, alterações do sono, sono incompleto) (
)
4. Em relação a manter-se concentrado em assuntos ou tarefas ( )
5. Em relação a terminar uma tarefa, concluir um assunto ( )
6. Em relação a sentimento de insegurança, receios e preocupações com futuro( )
7. Em relação a problemas digestivos e alimentação ( )
8. Em relação a dores de cabeça, mal estar, tontura, problemas de visão ( )
9. Em relação a pensamentos negativos e desconfianças ( )
10. Em relação a perda de energia, perda de motivação, desinteresse geral (
Resultado:

Faça a somatória dos pontos e identifique a categoria sobre os efeitos do


stress:
• 40 as 50 pontos = Alto nível de stress e ansiedade (deve procurar ajuda)
• 30 a 40 pontos = Nível de stress e ansiedade acima do normal (importante ter
atividades de lazer, fazer exercício físico).
• 20 a 30 pontos = Nível de stress e ansiedade considerados médio (normal) em
relação ao padrão habitual. Devem ter rotinas saudáveis.
• 10 e 20 pontos = Nível de stress baixo normal em relação ao padrão habitual.
• 0 a 10 pontos = Nível de stress e ansiedade muito abaixo da média.
O que é o Stress??
O que é o Stress?

O Stress é um processo através do qual o nosso


organismo, se adapta/ responde às situações que
acontecem no nosso quotidiano, e que são suscetíveis
de ameaçar e colocar em causa o nosso bem-estar
diário, provocando um estado de tensão que causa
uma rutura no equilíbrio interno do organismo.
O que é o Stress?

Stress é a reação que nosso organismo e a nossa


mente têm quando somos defrontados por uma
situação difícil ou excitante, que nos motiva para uma
ação, como por exemplo, quando existe um grande
problema para resolver, ou quando estamos
extremamente contentes.
O que é o Stress?

Quando o organismo entra em stress, em


certos momentos de desafios da vida, o
nosso coração bate mais rápido, podendo
haver um desequilíbrio do organismo.
O que é o Stress?

O stress é parte integrante da vida e não tem,


necessariamente, de representar algo negativo em si
mesmo.
Muitas vezes a ansiedade provocada pelo stress pode até
ser saudável e ter um efeito positivo, já que leva a que
muitas situações se resolvam. https://www.youtube.com/watch?v=GVMS
WOkoVu0
O que é o Stress?

O stress torna-se um problema quando excede


certos limites e a pessoa não o consegue controlar.
A dificuldade, muitas vezes, está em a pessoa
conseguir medir e avaliar o stress no seu grau de
existência como o faria com outra doença.
• Aumento da pulsação
• Batimentos cardíacos
Libertação acelerados
Stress de • Tensão muscular
Hormonas • Transpiração
• (…)

Resposta natural do corpo


Origina outros
problemas de Stress
saúde Constante
Episódios curtos
Stress – Conceito e modelo explicativo

O Stress depende das experiências por si vividas, da


forma como aprendeu a lidar com circunstâncias
desagradáveis, dos valores e crenças psicológicas
desenvolvidas, ou seja, das capacidades e recursos
sociais e pessoais de que o indivíduo dispõe.
Gestão de stress o que é?

É encontrar um equilíbrio entre o que


o stress me causa e a forma como lido
com esses sintomas.

https://www.youtube.com/watch?v=XXzwipNKD1U
Importa distinguir entre o
stress bom e o stress mau
Podemos identificar dois tipos de stress: O stress positivo e
negativo.
• Nem todo o stress é prejudicial.
• Em determinadas circunstâncias o stress é útil porque cria um impulso
que faz o indivíduo tomar decisões e resolver problemas, ajudando-o a
melhorar o seu funcionamento e as suas aptidões/capacidades (Vaz
Serra, 2007).
Stress Positivo

O stress Durante uma


positivo ajuda-nos a apresentação
estimula a nossa
manter-nos concentração ou pode
centrados nos levar-nos a estudar
objetivos que para um exame
quando já estamos
pretendemos cansados e
alcançar, enérgicos e preferíamos fazer
em alerta. outra coisa.
Em situações de emergência, pode
salvar-nos a vida, dando-nos a força
extra para nos defender e agir.

Na verdade, ele protege-nos, em muitos casos,


Stress Positivo preparando o corpo para reagir rapidamente a
situações adversas.

Esta resposta automática de “luta ou fuga” ajudou a


garantir a sobrevivência do Homem quando o
ambiente exigiu reações físicas rápidas em resposta às
ameaças, como as dos animais predadores.
Stress Negativo

Ele pode aumentar a pressão


arterial, suprimir o sistema
O stress imunológico, aumentar o risco de
crónico perturba ataque cardíaco e acidente vascular
quase todos os cerebral, contribuir para a
sistemas do nosso infertilidade e acelerar o processo de
organismo e a envelhecimento.
exposição
prolongada ao stress
(crónico) pode levar O Stress crónico pode até
a sérios problemas reprogramar o cérebro,
de saúde. deixando-o mais vulnerável
à ansiedade e depressão.
Stress Negativo
• Quando o stress começa a interferir com a tua
capacidade de viver uma vida normal por um
período prolongado, torna-se perigoso.

• Quanto mais tempo o stress durar, pior, tanto O stress também pode causar
para a mente como para o corpo. doenças, sejam elas provocadas por
alterações bioquímicas que ocorram
• Podemos sentirmo-nos cansados, incapazes de no seu organismo ou por padrões de
nos concentrarmos ou irritados sem uma boa comportamento pouco saudáveis:
razão, por exemplo. comer em excesso, tabagismo, entre
outros hábitos.
• Nesta fase é provocado um grande desgaste
São as consequências do stress.
no seu corpo.
Nível de stress

O nível de stress varia de pessoa para pessoa.


Ou seja, o que é stressante para determinada pessoa (muito stress), pode não o ser
para outra e o que parece resultar como atenuante do stress numa pessoa pode não
ser eficaz com outra.

O stress pode causar danos generalizados, por isso, é importante conhecermos as


suas diferentes fases e o nosso próprio limite.
Algumas pessoas são capazes de desmoronar perante um obstáculo ou frustração,
enquanto outras parecem prosperar sobre a emoção e o desafio de um estilo de
vida de alto stress.
02
Fases do Stress
Fases do Stress

• O stress é o conjunto destas reações físicas e psicológicas,


enquanto o motivo que provoca tais reações é apelidado de
agente stressante.
• Uma vida sem stress, além de não ser possível é uma vida
sem motivação, sem qualquer prazer.
Fases do Stress

• Pessoas motivadas são pessoas que conseguem dosear bem


o seu stress: controlam a sua vida de modo que não
sobrem, nem faltem motivos para agir.
• Algo bom que nos acontece, como por exemplo realizar um
sonho, conquistar aquilo pelo que nós tanto lutamos é tão
motivante como um desafio.
A reação do organismo pode decorrer em três fases:

Alerta Resistência Exaustão


A fase de
ALERTA
• A fase de alerta é a etapa inicial do stress.

• O organismo identifica um acontecimento stressante


e o
sistema nervoso simpático, reage a esse acontecimento.
A fase de
ALERTA
• Nesta fase ficamos mais de alerta assim como o organismo e o
metabolismo bem mais acelerados.

• Se nos for possível conseguir aproveitar esta fase para atuar sobre o tal
agente provocador do stress, a energia que o stress que oferece pode
ser usado para o nosso proveito próprio.
A fase de RESISTÊNCIA

• Corresponde á fase seguinte ao alerta;

• A fase de resistência é quando o acontecimento stressante permanece


por um longo período de tempo ou é de grande dimensão.

• Se o agente stressante continua a atuar sobre nós, o organismo que já


está exausto, passa a tornar-se gasto pelo grande consumo de energia
que utiliza.
A fase de RESISTÊNCIA
• Nesta fase o organismo começa a sentir-se bastante cansaço e a sua
resistência orgânica enfraquece, podendo desenvolver problemas
simples como dor de cabeça, gripes e viroses constantes, dentre outros.

• Se na fase de alerta conseguirmos ficar mais em alerta e mais atentos,


conseguindo ficar mais produtivos, na fase de resistência ocorre
precisamente o contrário: ficamos com dificuldades na concentração e
na memória, havendo um decréscimo importante na sua produtividade.
A fase de EXAUSTÃO
• A terceira fase é a fase da exaustão e é a fase mais perigosa do
stress.

• O indivíduo não consegue lidar/conviver mais com o stress e a


partir daqui começam a surgir diversos problemas de saúde
associados (depressão, ansiedade, problemas de estômago,
hipertensão arterial, problemas sexuais, etc.)
A fase de EXAUSTÃO

• É a fase mais perigosa do stress.

• Se continuarmos a reagir ao agente stressante ou não conseguimos resolver a


situação que origina a causa do stress, o organismo entra na exaustão, e então
podemos necessitar de tratamento ou hospitalização em cuidados médicos.

• As doenças que se já tinham na segunda fase aumentam de intensidade, e


doenças mais preocupantes como a hipertensão arterial, úlcera péptica,
diabetes, depressão, problemas de pele, etc., agravam-se.
Em suma:

Alerta Resistência Exaustão


• o organismo identifica um • é quando o acontecimento • o indivíduo não consegue
acontecimento stressante e o stressante permanece por lidar/conviver mais com o
sistema nervoso simpático, um longo período de tempo stress e a partir daqui
reage a esse acontecimento. ou é de grande dimensão. começam a surgir diversos
problemas de saúde
associados (depressão,
ansiedade, problemas de
estômago, hipertensão
arterial, problemas sexuais,
etc.)
Como saber se atingiu o limite?

• Todas as pessoas (ou uma grande parte delas) tem na sua vida, no seu
quotidiano, situações que lhe despoletam elevados níveis de stress
permanente, como o trabalho, uma relação familiar conflituosa, que
constantemente afetam o seu equilíbrio interior.
• Neste caso, o processo de stress, pode ser considerado de altos e baixos
onde, com algum esforço, a pessoa consegue controlar e repor o equilíbrio,
este volta a ser quebrado novamente e a pessoa volta a repor o equilíbrio
temporariamente.
Como saber se atingiu o limite?

• Esta situação pode repetir- • Quando a pessoa não • O ideal seria ser-se capaz de
se por longos períodos, até consegue mais lidar com o controlar os níveis de
que um dia a pessoa entra stress, o corpo e a mente stress, de forma a que
em exaustão, não começam a manifestar nunca ultrapassasse a nossa
conseguindo repor a sinais de alerta. zona de conforto.
energia, acabando por • A pessoa manifesta uma
adoecer. sensação de desgaste físico
e mental, começando a
questionar-se acerca da sua
competência.
Após o entendimento do conceito de stress,
podem-se tirar algumas conclusões:

A perceção de stress é subjetiva, isto é, o mesmo agente de stress poderá ser


percebido de forma diferente e com intensidade diferente por distintos indivíduos;

O stress pode ser positivo ou negativo;

O processo de stress é composto por 3 fases: Alerta, Resistência e Exaustão;

Quando a pessoa manifesta uma sensação de desgaste físico e mental, começando a


questionar-se acerca da sua competência, atingiu o seu limite de stress.
03
Sinais e Sintomas
de Stress
Sinais e Sintomas

• Antes de mais, é importante fazer a distinção entre sinais e sintomas.

Os sinais são alterações do Os sintomas são alterações do


organismo de uma pessoa, que organismo apenas percebidas e
podem ser percebidas através do relatadas pela própria pessoa,
exame médico ou medidas em não sendo possível a outra
exames (ex: escala de avaliação pessoa diagnosticar (Vaz Serra,
de stress). (Vaz Serra, 2007). 2007).
Sinais e Sintomas

• Os sinais e sintomas de stress variam de pessoa para pessoa.

• As manifestações que poderão existir, têm a influências culturais, o tipo


de situação que desencadeiam o stress, a própria personalidade do
indivíduo, a manutenção ou esbatimento da situação, a sensação ou
não de controlo e, do organismo de cada ser humano que ativa certos
órgãos do corpo e não outros (Vaz Serra, 2007).
O esquema seguinte
apresenta e distingue
as alterações que o
stress pode provocar
na pessoa:
Física

Sinais e sintomas
Cognitiva

Segundo Rossi (2010), podem Emocional


ser identificados alguns
sinais e sintomas de stress Comportamental
diferenciados por cinco
dimensões do ser humano:
Espiritual
Aumento da
pressão
arterial;
Palpitações,
dores de
cabeça,
Fadiga
SINAIS E pescoço,
ombros ou
SINTOMAS DE costas;

STRESS Físicos:

Alteração do
Indigestão e sono
Dimensão Física náuseas; (insónias/hi
persónias);
Alteração do
peso
(comer
exageradam
ente ou falta
de apetite);
SINAIS E SINTOMAS DE STRESS
Dimensão Cognitiva

Dificuldades Problemas de Confusão Dificuldade Auto-


de em tomar conservação
memória; mental;
concentração; decisões; negativa;

Alteração do Perda de Sensação de


Irritabilidade; sufoco/incert Desamparo;
humor controlo;
eza

Baixa Labilidade
Ideias suicidas;
autoestima; emocional.
SINAIS E SINTOMAS DE STRESS
Dimensão Comportamental

• Perda de interesse no trabalho e atividades sociais;

• Consumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas;

• Afastamento social (da família e amigos);

• Desinteresse sexual;

• Posição de conflito constante com os outros.


SINAIS E SINTOMAS DE STRESS
Dimensão Espiritual

Descrença
Sensação
em Sensação
Dúvida; de
questões de vazio desnorte.
de fé;
SINTOMAS EMOCIONAIS SINTOMAS FÍSICOS SINTOMAS PENSAMENTOS
COMPORTAMENTAIS
Ansiedade Sistema Imunitário em baixo Choro frequente “Sou um falhado!”
“Não valho
nada!”
Culpa Problemas cardíacos Isolamento Autocritica
“Eu não consigo ter sucesso
em nada!”

Irritabilidade Problemas respiratórios Ataques de raiva Pessimismo em relação ao


futuro

Mau Humor Dor de cabeça, enxaquecas Incapacidade de lidar com Perda de confiança e auto-
as tarefas diárias imagem negativa

Nervosismo Tensão muscular, mãos frias e Consumo de álcool e drogas Pensamentos enviesados
suadas

Agitação Problemas de pele Problemas de concentração Pensa que não pode ser
e memória ajudado

Impaciência Queda de cabelo Sensação de perda de “Ninguém gosta de mim”


controlo

Desesperança Insónias Disfunções sexuais “Eu não vou conseguir…”


Ausência de prazer Fadiga diária Desinteresse social
nas actividades

Preocupação Excessiva Problemas gastrointestinais


Consequências Negativas do Stress

Exaustão Emocional
Esgotamento físico/ Cansaço Extremo
Reações exageradas
Os problemas físicos agravam se cada vez mais
Desorganização e dificuldade em tomar decisões
Conflitos relacionais
Conflitos pessoais
Burnout
Perturbações Depressivas
Perturbações de Ansiedade
04
Causas e fatores
de risco do
stress no
trabalho
Quais as causas do Stress?

• Causas de stress externas


Causas de stress externas

Problemas Problemas Grandes


Stress no trabalho
familiares mudanças na vida
financeiros

Padrão de Expectativas
ansiedade Preocupação irreais/perfeccioni
Pessimismo;
(stressada/do); constante; smo;

Pensamento
rígido, falta de Atitudes de “tudo
flexibilidade; ou nada”.
Fatores de risco
• As maiores causas do stress estão relacionadas com o trabalho
desenvolvido ou a desenvolver quando existe uma elevada carga ou
quando o colaborador não tem os conhecimentos suficientes para dar
conta das tarefas.

• Entre os fatores de risco mais comuns do stresse relacionado com o


trabalho contam-se a falta de controlo sobre o trabalho, solicitações
inadequadas e falta de apoio por parte dos colegas e das chefias.
Fatores de risco ao nível da cultura organizacional e
função do trabalhador:
Papel do Progressão Relações
Liberdade de
trabalhador no seio na carreira interpessoais no
da organização; profissional; decisão/controlo; trabalho;

Relações vida
privada vs vida Volume/ Horários
laboral; cadência de de
trabalho trabalho
Potenciais fontes de stress

Fatores ambientais
Fatores Fatores
diretamente Fatores relacionais organizacionais e relacionados com a
relacionados com o (entre a equipa) burocráticos exigência
trabalho
Fatores ambientais diretamente relacionados com o
trabalho
• Condições físicas da Unidade ou Serviço;
• Estado dos pacientes ou tipo de cuidados;
• Perigos físicos (contágio, produtos medicinais)
• Exigência de formação;
• Escassos recursos materiais disponíveis
Fatores relacionais (entre a equipa)

• Más relações com superiores, colegas e subordinados;


• Receber ordens contraditórias;
• Falta de confiança e restrição da autonomia;
• Falta de informação médica.
Fatores organizacionais e burocráticos
• Má organização na distribuição de tarefas;
• Horários sobrecarregados;
• Aumento da responsabilidade administrativa;
• Falta de recompensas administrativas.
• Fatores profissionais inerentes ao desempenho de papéis:
• Noção de baixo nível de formação;
• Contacto com utentes agressivos e não colaborantes;
• Tarefas ingratas, repetitivas e pesadas;
• Ambições pessoais frustradas;
• Baixo salários
Fatores relacionados com a exigência

• Escassez de colaboradores;
• Solicitações para estar em vários locais ao mesmo tempo;
• Imposição de prazos por outras pessoas;
• Cumprir ordens por duas ou mais pessoas em
simultâneo;
• Necessidades e exigências dos familiares.
Causas e fatores primários do stress no trabalho

Cargas de trabalho excessivamente altas com prazos irrealistas


fazem com que as pessoas se sintam sobre pressão e
sobrecarregadas.

Cargas de trabalho insuficientes dando a entender que as


habilidades e características do colaborador estão em
subutilização;
Causas e fatores primários do stress no trabalho

Falta de controlo sobre as atividades;

Bullying ou perseguição;

Falta de ajuda interpessoal ou fracas relações de trabalho


levam a uma sensação de isolamento;
Causas e fatores primários do stress no trabalho

Pedido de determinado trabalho para o qual o colaborador não tem


experiência ou treino suficiente.

Um ambiente de trabalho fraco em termos físicos, por exemplo excesso


de calor, frio ou barulho, iluminação inadequada, assentos pouco
confortáveis, equipamento em mau funcionamento, etc.
O nível de stress sofrido por uma organização podem ser
observados através do Balanço Social, analisando:

Absentismo Elevada
Incumpriment Problemas
(faltas ou rotatividade Assédio;
atrasos); do pessoal; o de horários; disciplinares;

Agravamento
Produtividade dos custos
Acidentes; Erros; de
reduzida;
compensação
ou de saúde
Diagnosticar o risco de burnout (esgotamento) em
contexto profissional.

• Burnout, alguém já ouviu


este termo?
Burnout, o que é?

• O Burnout pode ser encarado como o resultado do


stress crónico, típico do quotidiano do trabalho,
principalmente quando existem pressões excessivas,
conflitos, recompensas emocionais baixas e pouco
reconhecimento.

• (Harrison, 1999; cit in Dias, Queirós, Carlotto, 2010).


Devemos tomar consciência que não somos passivos face
ao stress

• Ter uma atitude anti stress, rumo a uma vida mais


saudável, sem stress e com melhor qualidade de vida está,
muitas vezes, em pequenos gestos ao alcance de todos nós.

• Ou seja, menos stress, mais saúde.


Burnout: 7 Sinais de Alerta

Aumento dos
Perda de motivação Apostar em hábitos problemas de sono
pelas tarefas pouco saudáveis (ex. (dificuldade em Constante estado de
diárias no trabalho consumo álcool) adormecer, acordar irritabilidade
meio da noite…)
Apatia e não querer
Aumento da
Sentimento geral de saber de coisas que
ansiedade,
insatisfação com a antes eram
preocupação e
vida importantes para
pessimismo
nós
05
Avaliação
individual do
grau de Stress
Quanto stress sente na sua
vida?

https://www.oficinadepsicologia.com/test/quanto-stress-sente-na-sua-vida-2/
Avaliação do stress

• Como pessoas diferentes podem percecionar as mesmas


fontes de stress de forma diferente, a avaliação cognitiva
das fontes de pressão tem um importante papel no ciclo de
stress.
• O processo de avaliação é influenciado pelo conhecimento
acumulado, ou seja, pelo processo de aprendizagem
anterior, bem como pelo estado emocional.
Dois tipos de avaliação cognitiva
podem ser considerados:

Avaliação
Avaliação primária
Secundária

ocorre quando as opções para


surge quando um indivíduo lidar com a situação são
atribui significado à situação consideradas, nomeadamente
os recursos sociais, pessoais,
e avalia se ela se apresenta económicos e organizacionais,
como uma ameaça real ou bem como o nível de controlo
potencial ao seu bem-estar. que o indivíduo considera ter
sobre a situação.
Inicie uma análise às suas atividades
e ao tempo despendido em cada
uma delas.

• Quais são as suas atividades principais e as secundarias?


• Quanto tempo despende com as atividades principais e com
as secundárias?
• E, finalmente, quais serão as situações que perturbam mais
as suas atividades?
Avaliação de pontos fortes
e fracos

• Comece por pensar naquilo que realmente faz.

• De seguida faça uma análise dos seus pontos fortes


e fracos e procure definir estratégias que
desenvolvam ou neutralizem esses pontos.
Avaliação de pontos fortes
e fracos
Pontos fortes Estratégia de desenvolvimento
• O que faço com prazer, o que • Explorar sistematicamente estas
me permite alcançar capacidades, procurar inovar e
resultados e ser bem-sucedido, desenvolver áreas afins.
• O que me vale o
reconhecimento dos outros, o
que me causa sensação de
bem-estar e segurança.
Avaliação de pontos fortes
e fracos
Pontos Fracos Estratégia de desenvolvimento
• O que faço com menos prazer • Se possível, delegar essas
ou me custa realmente fazer; o funções; senão, reconhecer a sua
que faço com menos
rendimento, existência perante si mesmo e os
• O que costuma ser apontado outros e procurar ajuda em
pelos outros como falhas, o termos de formação técnica ou
que provoca em mim outra indicada para o efeito.
sentimentos de insegurança.
06
Formas
individuais de
lidar com o stress
Formas individuais de lidar com o stress

• Às estratégias para lidar com o stress designam-se


de
“coping”.

• Assim, as estratégias de coping correspondem às respostas


da pessoa que tem como finalidade diminuir a “carga”
física, emocional e psicológica liga da aos acontecimentos
geradores de stress.
Formas individuais de lidar com o stress

• Não é possível encontrar um tratamento milagroso para o


stress.

• Cada pessoa possui mecanismos próprios para lidar com o


stress, nesse sentido não existe uma receita padrão que
sirva a todos, para combater o stress.
Formas individuais de lidar com o stress

• O combate ao stress passou a ser nos tempos modernos de


primordial importância, pois o stress excessivo apoderou-se do
nosso quotidiano.

• A gestão do stress deve ser encarada seriamente como uma


forma de simultaneamente melhorarmos a nossa condição de
saúde e melhorarmos a nossa qualidade de vida.
Estratégias individuais para lidar com o Stress

Expressar os Utilizar a
Técnicas de Exercício
estratégia das
sentimentos respiração Físico
cores

Abraço de Contagem
Borboleta Pote da calma decrescente
Estratégias individuais para lidar com o Stress

Imagina um
Rotinas Quebra de
lugar e Muda o foco
saudáveis estado
descreve-lo

Técnica da Técnica dos 5 Abraço a ti


gaveta sentidos mesmo
Numa folha, escreve ou desenha todos os teus
pensamentos, sentimentos e receios.

• Expressar os
sentimentos é muito
importante!
Realizar Técnicas de Respiração:

• Respiração diagramática;
• Técnica do quadrado;
• Técnica da narina alternada ou simplesmente
fechar os olhos e apenas inspirar e expirar.
Respiração Técnica da narina
Técnica do quadrado;
diagramática; alternada

Sente-se
confortavelmente, Inspire pelo nariz contando
até 4, pause por 4 Sente-se confortavelmente
coloque uma mão no de forma a conseguir
segundos, expire pela boca
abdômen, próxima ao contando até 4 e pause manter a mesma postura
umbigo, e a outra na por mais 4 segundos. por ~10min.
parte superior do peito.

Inspire completamente,
No final, é como se você
coloque o polegar contra a
Quando você inspirar estivesse formando
narina direita aplicando
(puxar o ar), o abdômen um quadrado respiratório,
uma leve pressão e expire
deve subir. com 4 segundos em cada
completamente pela
etapa.
narina esquerda.

Inspire pela narina


esquerda e coloque o
polegar contra a narina
Quando expirar (soltar o esquerda aplicando uma
ar), deve descer. leve pressão e expire
completamente pela
narina direita.
Fazer exercício Físico

• Porque não ir dar uma


caminhada pela
natureza?!
Utiliza a estratégia das cores para te ajudar a distrair e a
retornar à calma:

• Escolhe uma cor;

• Conta quantas coisas estão à tua volta com


essa mesma cor (pode ser o chão, as
paredes, a roupa, carros…)
Abraço de Borboleta

Respira devagar e profundamente


(respiração abdominal), enquanto observa
o que se vai passando pela sua mente e
corpo, como pensamentos, imagens, sons,
odores, sentimentos e sensações físicas
sem tentar mudar ou evitar estes
pensamentos.
Pote da calma

Abanar o pote com o objetivo de os


elementos se misturarem, sempre que:
- Estiver triste
- Com vontade de Chorar
- Com medo
- Zangado
- Nervoso, …

Mais importante, desfrutar do processo!


Utilizar a estratégia da contagem decrescente

• Irá exigir a sua concentração;

• Podes realizar de 3 em 3, do maior para o


mais pequeno (exemplo 100,97,94,91)
Reforçar as
rotinas
saudáveis
Imagina um lugar que te faça sentir seguro/a. Como é
esses lugar? Descreve cada detalhe desse lugar em voz
alta..
Muda o foco

• Solta a língua do céu da boca.

• Abre e fechas as mãos.

• Conta os sinais do teu corpo.


Quebra de estado

• Coloca uma pedra de gelo nas mãos.


• Bate os pés no chão.
• Lava o rosto com água fria.
Técnica da gaveta
Técnica da gaveta
Técnica da gaveta
Técnica dos 5 sentidos
Técnica dos 5 sentidos
Técnica dos 5 sentidos
Já deste um abraço a ti mesmo?
Já deste um abraço a ti mesmo?
Já deste um abraço a ti mesmo?
Se reconhecemos o problema, a
questão que se coloca é: como
lidar com o stress?
Ouvir musica, ver um filme;

Praticar yoga ou relaxamento;

Outras Distanciar-se do problema para vê-lo de uma


estratégias para forma/perspetiva diferente;

lidar com o Stress Comparar os problemas com outros mais graves


(relativizara situação);

Canalizar a energias para outros objetivos


prioritários/importantes
• Existem ainda outras estratégias que são prejudiciais na medida em que
adiamos indefinidamente a resolução do problema, e adiamos a dor
moral, como por exemplo:
Ficar na cama Pensar como
durante dias que o problema
seguidos; não existisse;

Consumir
Beber ou comer
drogas ilícitas e
em excesso
automedicação;
• Imagina que estás a fazer uma caminhada pela floresta
com os teus amigos e de repente pisas um espinho.
• No inicio não dói e continuas a caminhar. Mas, com o
passar do tempo, começa a incomodar-te cada vez
mais. No entanto, tu não dizes nada ao grupo para não
incomodar a caminhada.
• Ficas em silêncio, percebes que o espinho, que antes
estava fácil de tirar, agora está cravado profundamente
no teu pé e a dor está a ficar cada vez mais insuportável.
• Não queres incomodar os teus amigos com a tua dor e
preferes aguentar. Com o tempo, começas a acostumar-
te a essa dor, como se ela estivesse sempre ali, mas
sabes que mais cedo ou mais tarde vais ter de tirar o
espinho do pé.
COM OS NOSSO SENTIMENTOS PASSA-SE O MESMO!
Estratégias para lidar com o Stress
• Quando sentimos que algo não está bem, é frequente
preferirmos não encarar o problema.
• Afinal de contas quem é que gosta de sentir ansiedade, raiva ou
culpa?
• O problema é que quando mais nos forçamos a negar e esquecer
o que sentimos, mais isso vai interferir de forma negativa na
nossa vida.
• Como se fosse uma bomba que fica só à espera de explodir.
Estratégias para lidar com o Stress
• A nossa sociedade ainda não está preparada, ou pelo menos,
acostumada a que falemos sobre o que sentimos.
• Quando alguém consegue expressar o que sente é encarado
quase como o supra sumo da inteligência emocional, sendo que
isso deveria ser tão normal como respirar!

• Vamos “ouvir” mais os nossos sentimentos?


• Temos uma péssima mania de
generalizar o que acontece de menos
bom no nosso dia e esquecemo-nos que
é apenas uma pequena parcela do que
realmente aconteceu.
• A situação pode ter sido má e ter tido
impacto negativo em nós, mas se
conseguirmos racionalizar, conseguimos
estabilidade.
• Percebem como o vosso foco pode tornar
as coisas positivas ou menos positivas?
• Podem focar-se apenas num pormenor
negativo de uma situação boa e distorcer
o que foi realmente bom para ti!
• A escolha é vossa!
De forma a combater ou aliviar o stress, parta sempre
deste princípio:

Evitar; Alterar; Adaptar/Aceitar


Evitar o stress:

• Aprenda a evitar o stress desnecessário.


• Nem todo o stress pode ser evitado, mas se aprender a
dizer não, a distinguir "deveres" de "obrigações" na lista de
coisas a fazer, pode eliminar muitos fatores de stress.
• Identificar as causas é um primeiro passo importante.
Alterar a situação

• Se não podemos evitar uma situação stressante,


devemos tentar alterá-la e lidar com os problemas
de cabeça erguida, em vez de guardarmos
sentimentos negativos, aumentando o stress.
Adaptar e
Aceitar
• Adaptar-se ao fator causador de stress.
• Quando não podemos mudar o fator de stress, como é o caso de
uma doença, devemos tentar mudarmo-nos a nós próprios e a
visão que temos sobre a situação que enfrentamos.
• Reformular os problemas ou concentrarmo-nos nas coisas
positivas da vida.
• Devemos aceitar as coisas que não podemos mudar.
Haverá sempre fatores de stress na vida que não
podemos alterar

• Aprenda a aceitar o inevitável, em vez de protestar contra uma situação


e torná-la stressante.
• Olhemos para o lado positivo da situação, mesmo nas circunstâncias
mais stressantes pode ser uma oportunidade de aprendizagem ou
crescimento pessoal.
• Aprenda a aceitar-se, com o seu potencial e limitações.
O que é que me deixa stressado?

O que é que me faz relaxar?

O que é que me deixa triste?

O que é que me deixa furioso?

O que é que me deixa apavorado?

O que é que me deixa motivado?

Qual foi o melhor período da minha vida?


Controlar
as Qual o pior período da minha
vida?
emoções Quais são as duas pessoas que você mais admira?
Controlar as emoções

• Ao ver uma foto favorita, cheirando um perfume específico,


ouvir uma peça de música favorita ou abraçando um animal
de estimação, por exemplo, podemos rapidamente relaxar e
concentrarmo-nos.
• Claro, nem toda a gente responde da mesma forma a cada
experiência sensorial.
Controlar as emoções

• Outra alternativa é compreender a influência que as


emoções têm sobre os pensamentos e ações, sendo esta
compreensão fundamental para melhor gerir o stress.
• São os nossos pensamentos que provocam as nossas
emoções e determinam os nossos comportamentos.
Controlar as emoções

• É importante darem uma especial atenção aos teus


pensamentos.
• Quando se sentirem desconfortáveis, com alguma sensação
desagradável, tentem identificar a situação, o pensamento,
a emoção e o comportamento.
Pensem numa situação recente em que se
sentiram particularmente desconfortáveis
(tristes, aborrecidos, ansiosos).

Situação (descrever a Pensamento Emoção Comportamento


situação, onde estava? automático (qual o seu humor (O que fiz?)
O que aconteceu) (Que naquele momento,
pensamentos/imagens descrever as emoções
passaram pela tua que teve naquele
cabeça durante a momento, triste, raiva,
situação) ansiedade)

Por exemplo: Estavam a Por exemplo: o que Por exemplo: que Por exemplo: o que fizeste?
conversar com um passou pela tua cabeça? emoções sentiste? Fingi que tinha o
amigo ao Ele não está interessado Rejeitado telemóvel
telefone. no que eu digo. desligado.
Controlar as emoções

• É importante estarmos conscientes do papel que as emoções


ocupam nas decisões que tomamos, mesmo as mais dolorosas
que, normalmente, tentamos evitar ou reprimir.
• Assim que consigamos dominar estas competências básicas,
teremos a confiança necessária para enfrentar os desafios
stressantes.
07
Técnicas de
relaxamento e
meditação
Meditação

• Nem que seja apenas cinco minutos por dia.


• Um tempo só para nós, para pôr os pensamentos e
as emoções «no lugar».
• Ajuda a conectar com o que é certo para nós.
Confiar em nós mesmos

• Na nossa intuição, na voz interior que diz que


somos capazes, que vai correr bem.
Acreditar que não existe uma decisão errada

• Porque até as piores decisões (como os caminhos


tortos) nos levam, tantas vezes, aos melhores
destinos, às melhores pessoas, aos melhores
caminhos.
Procurar a força interior

• Temos que procurar e encontrar em nós a força de


que precisamos para seguir em frente.
Respiração

• Respirar fundo diz ao nosso sistema nervoso


simpático que não há nada para combater ou fugir.
• Isto traz-nos tranquilidade imediata.
Técnicas de Respiração
• É comprovado que a maneira como respiramos pode ajudar a nos
acalmar e reduzir o nervosismo.
• Nessas horas, muitos costumam aconselhar para terem calma, contar
até três e respirar bem fundo... E não é que quem diz isso tem razão?

"A inspiração está mais conectada com o lado ativo do sistema nervoso
autônomo, chamado simpático, enquanto a expiração está mais conectada
com o lado calmante do sistema nervoso autônomo chamado
parassimpático.”
Técnicas de Respiração

• É possível perceber através da respiração que estão ansiosos.


• "Isso ocorre quando a respiração está muito focada na parte de cima do
corpo, e também é mais rápida e curta”.
• Sentir falta de ar também é um sinal clássico de que não estamos
respirando como deveríamos.
Respire Corretamente

• "A respiração ideal deve ser


mais lenta e profunda com as
pausas inspiratórias e
expiratórias, livre, leve e
natural"
Começando pelo básico

• Para melhorar a respiração como um todo, vale investir em


alongamentos da caixa torácica e do abdômen.
• Tirar momentos para respirar lentamente também ajuda, o exercício
deve durar de 3 a 7 minutos e o processo deve ser feito pelo nariz
apenas.
• "Experimente deixar a saída do ar durar um tempo maior do que a
entrada “
Respirar pelo diafragma
Respiração quadrada
• Esse tipo de respiração inclui mais do que apenas inspirar e expirar, é
feita uma pausa antes de cada uma dessas ações.
• É chamada quadrada, pois todos os passos são feitos com a mesma
duração de tempo.
• Deixe o ar entrar em seu corpo, enquanto você conta, lentamente,
até
4. Segure o ar nos pulmões, sempre contando lentamente até 4. Depois,
solte o ar lentamente, no mesmo tempo.
• Após a expiração, mantenha-se sem ar, contando lentamente até três
também.
Respiração quadrada
08
Gestão do tempo
Dicas para gerir o Tempo
Dicas para gerir o Tempo

Focar-se na Tornar as
Priorizar
Dormir bem tarefa a tarefas-
tarefas
realizar chave em
hábitos
Definir um
Tempo para
Redes sociais tempo para as
parar
tarefas
Priorizar tarefas

• As tarefas mais importantes devem ser terminadas em


primeiro lugar.
• Esta é a regra de ouro da gestão do tempo.
• Para começar a cumpri-la, todos os dias identifique as duas
ou três tarefas que são as mais cruciais para serem
concluídas e comece por realizá-las.
Dormir bem

• Durante pelo menos 7 ou 8 horas e não adianta


sacrificar o sono em prol de mais horas livres para
realizar tarefas.
• Abdicar do descanso obrigatório e necessário não
nos torna melhores profissionais.
Focar-se na tarefa a realizar
• Há tarefas que exigem atenção a 100%, como tal, para estar
totalmente concentrado é necessário cumprir algumas regras:
fechar as janelas do navegador de internet; se puder, desligar o
telemóvel, ou pelo menos colocar no modo silêncio; ir para um
local onde não seja interrompido; se a música lhe serve de
inspiração, ligue-a em volume baixo.
• Concentre-se nessa tarefa e nada mais deve existir.
Tornar as tarefas-chave em hábitos

• Se há tarefas importantes que tem de realizar frequentemente, opte


por estabelecer um tempo específico por dia, ou semana, de acordo
com as necessidades, para a realização da mesma.
• Poderá ser difícil no início assumir que naquele momento precisa de
cumpri-la, mas com o tempo tornar-se-á um hábito e ficará mais fácil de
realizar.
Redes sociais

• Seja consciencioso com o tempo que passa nas redes


sociais ou a ver o e-mail pessoal.
• É inevitável que o façamos, mas não deixe que isso
roube tempo a tudo o que precisa de fazer.
• 5 minutos são mais do que suficientes para relaxar
um pouco e voltar a recuperar as energias para o
trabalho.
Definir um tempo para as tarefas

• Ao invés de simplesmente sentar-se para trabalhar num


projeto e pensar que estará com aquilo em mãos até
terminar, sem saber quanto tempo isso demorará e
podendo cair na tendência para procrastinar, estabeleça
uma janela temporal para a realização.
• Se não tiver completado nesse período, e se tiver essa
margem de tempo, opte por fazer outra coisa.
Tempo para parar

• Quando se passa de tarefa em tarefa é, muitas vezes,


difícil permanecer focado e motivado.
• Assim, deverá fazer pausas regulares, preferencialmente
afastando-se por alguns minutos do posto de trabalho.
• E, durante o tempo livre, como as pausas para almoço,
aproveite para rentabilizar esse tempo a fazer algo que
goste ou precise, como as compras de supermercado.
Não pense em tudo o que tem para fazer

• Pois é meio caminho para começar a


stressar
antecipadamente.
• Faça uma lista, começando pelo que é mais importante até
ao menos importante e cumpra uma tarefa de cada vez.
Gestão do Tempo - Conclusão

Não tenhamos pressa, mas não


percamos tempo.

José Saramago
Gestão do
tempo e do
stress
Perfecionismo

• Se é perfecionista tente experimentar algumas técnicas, como


olhar para a causa que lhe está a gerar stress e realmente
perceber a sua importância.
• Relativize a importância desse facto com as coisas importantes
da
vida.
• Perceba que o tempo não chega para tudo, e por vezes é
preferível não colocarmos tanto perfecionismo nas coisas que
fazemos.
Ansiedade As pessoas sentem e lidam com a ansiedade de
maneira diferente:

• Largar o controlo: é necessário aceitar que é


impossível controlar tudo o que nos rodeia. Na
maioria das vezes, essa tentativa de controlo
falha e acaba por gerar ainda mais ansiedade;

• Estabelecer limites: aqui é importante aprender


a dizer "não". Enquanto não te tornares na tua
prioridade, a tua ansiedade não irá diminuir;
Ansiedade • Enfrentar os teus medos: ao evitares os teus
medos, estás a dizer a ti mesma que não és
capaz e a alimentar o teu medo. A única forma
dele diminuir é enfrentando, aos poucos;

• Terapia: A paragem mais importante. É aqui


que vais aprender a lidar com ela, a entender
como a tua ansiedade funciona, quais os
gatilhos e acima de tudo, descobrires mais
sobre ti.
Hábitos que pioram a Ansiedade
09
Procrastinação
Procrastinação

• Quase um sinónimo perfeito de “adiar”,


“procrastinar” significa evitar as tarefas importantes,
substituindo-as por outras.
• Um procrastinador tende a deixar para o fim aquelas
coisas que tem mesmo de fazer, distraindo-se
facilmente por tarefas menos importantes mas que,
para ele, são mais interessantes ou apelativas
Procrastinação

• Mas a procrastinação pode não ser apenas provocada


por preguiça ou falta de concentração.
• Alguns autores defendem que as causas vão desde o
perfecionismo e o medo de falhar, à fadiga,
frustração, rebelião ou mesmo dificuldades em lidar
com tarefas complexas.
Procrastinação
• Existem dois tipos de procrastinadores — os caóticos e os
perfecionistas.
• Os caóticos são, por normal, pessoas pouco ambiciosas e pouco
persistentes, impulsivas e desorganizadas.
• Por outro lado, os perfecionistas são aqueles que não se atrevem
a agir. Costumam ser rebeldes, desagradáveis e até mesmo hostis
e não gostam que nenhum horário lhes seja imposto
As causas para a procrastinação podem ter
origem em quer fatores externos como
Internos, como por exemplo:
Ansiedade
Condições
Ansiedade Relativamente às
Má Gestão de Ambientais e
nas Situações Expectativas Que
Tempo; Dificuldades de
de Avaliação; os Outros Têm
Concentração;
de nós;
Obrigações,
Crenças e Expectativas
Deveres e Falta de
Pensamentos Irrealistas e
Sentimento de Motivação;
Disfuncionais; Perfeccionismo;
Culpa;

Medo de Falhar;
As causas para a procrastinação podem ter
origem em quer fatores externos como
Internos, como por exemplo:

Medo do Sensibilidade Baixa Tolerância à Falta de


à Coerção; Frustração; Recompensas;
Sucesso;

Ambiguidade e Dificuldades em
Medo do Agressividade
Falta de Lidar com a
Informação; Desconhecido; Passiva; Tarefa;

Excesso
de
Tarefas.
10
Tomada de
decisões
Tomada de decisões

• Tomar decisões é aparentemente simples, trata-se de escolher


um caminho entre várias possibilidades ou pelo menos duas.
• Queremos ou não queremos, fazemos ou não fazemos, vamos ou
não vamos,... sim ou não.
• Contudo, nem sempre tomamos decisões com esta ligeireza,
precisamente porque temos receio de fazer a escolha errada e de
sofrer dolorosas consequências.
Tomada de decisões
• Aliás, a pressão do erro é tal que nos impede de agir, de arriscar e
de ser/fazer diferente.
• Limitamo-nos a ficar no mesmo ponto e a fazer de conta que está
tudo bem, tudo sob controlo.
• Adiamos decisões, por vezes muito importantes, até que um dia
somos obrigados a decidir, a vida assim nos obriga.
• Nessa altura, a tomada de decisão pode ser mais
difícil e
arriscada porque a situação evoluiu e tornou-se mais complexa.
Tomada de decisões

• Naturalmente, não pretendemos dizer com isto que


devemos fazer escolhas de forma leviana e depois "logo
se vê". Muito pelo contrário.
• A ideia é tomar uma decisão a partir da informação de
que dispomos no momento, dos cenários que traçamos e
das possíveis consequências ou, simplesmente, a partir
da nossa intuição, caso a tenhamos apurada.
Tomada de decisões
• É também não nos deixarmos influenciar por posições limitadoras
e pessimistas e, ao mesmo tempo, sermos capaz de escutar e
analisar com atenção as objeções que nos são apresentadas e
que constituem informação útil para a tomada de decisão final.
• Evitar o erro, sim. Agora, se mais tarde confirmarmos que a
decisão tomada não foi a mais acertada, o que importa não é
tanto o que decidimos (a decisão pertence ao passado) mas o
que vamos fazer a partir das consequências da má decisão (foco
no presente e futuro).
Tomada de decisões

• Até porque na maior parte dos casos, estamos


sempre a tempo de mudar, precisamos é de
estar dispostos a isso e ter coragem para o
fazer.
• Este é o segredo que está por trás da tomada de
decisões eficaz.
Tomada de decisões
• A tomada de decisão é mais do que a simples escolha entre
alternativas, sendo necessário prever os efeitos futuros da
escolha, considerando todos os reflexos possíveis que ela pode
causar no momento presente e no futuro.
• Modernamente entende-se que é impossível encontrar num
processo de decisão a melhor alternativa o que faz com que
sejam procuradas alternativas satisfatórias, ou seja, na prática o
que se busca é a alternativa que, mesmo não sendo a melhor,
caminhe para o alcance do objetivo da decisão.
As decisões possuem fundamentalmente
seis elementos:

Tomador de decisão
• pessoa que faz a seleção entre várias alternativas de desempenho.

Objetivos
• propósito ou finalidade que o tomador de decisão almeja alcançar com sua
ação.
Preferências
• critérios com juízo de valor do tomador de decisão que vai distinguir a escolha.
As decisões possuem fundamentalmente
seis elementos:
Estratégia
• direção ou caminho que o tomador de decisão sugere para melhor atingir os
objetivos e que depende dos recursos que se dispõe.
Situação
• aspetos ambientais dos quais vela-se o tomador de decisão, muitos dos
quais
fora do controle, conhecimento ou compreensão e que afetam a opção.
Resultado
• é a decorrência ou resultante de uma dada estratégia definida pelo decisor.
Tomada de decisões
• Embora se possa pensar que as decisões sejam tomadas de forma
racional, na prática não é isso que acontece.
• Geralmente as decisões são tomadas com base em intuição e
experiência anterior, sem utilizar-se métodos ou técnicas racionais. Por
isso, entende-se que as decisões possuem racionalidade limitada.
• Segundo esse conceito de racionalidade limitada, o processo de decisão
assenta em seleção de alternativas que mais se encaixem em alguns
sistemas de valores dos tomadores de decisão.
1
Assertividade

1
Assertividade

• A palavra assertividade vem de “assero”, afirmar.


• A assertividade é um treino sistemático, em que o
indivíduo tem de reaprender a autenticidade
através de uma prática gradual e regular.
Assertividade

• Uma pessoa assertiva é capaz de expressar o mais diretamente


possível o que pensa, o que deseja, escolhendo um conjunto de
atitudes adequadas para cada situação, de acordo com o local e o
momento.
• Ser verdadeiro não consiste em "dizer tudo o que me vem à
cabeça", mas sim em exprimir-me eficazmente, tendo como
objetivo a evolução satisfatória e realista da situação.
Comportamentos assertivos:

• Está à vontade na relação face a face;


• É verdadeiro consigo mesmo e com os outros, não dissimulando os seus
sentimentos;
• Coloca as coisas de forma clara e objetiva aos outros, negociando na base de
objetivos precisos e claramente determinados;
• Procura compromissos realistas, em caso de desacordo;
• Negoceia na base de interesses mútuos e não mediante ameaças;
• Não deixa que o pisem;
• Estabelece com os outros uma relação fundada na confiança e não na
dominação nem no calculismo.
Em suma, podemos afirmar que o comportamento
assertivo resulta na fusão de quatro fatores:

Bom contacto Tom de voz Atenção à Postur


visual neutro linguagem e a
aberta.
Vantagens da comunicação assertiva
• Aumenta a autoconfiança e o respeito próprio diminuindo, ao mesmo tempo, a
insegurança, vulnerabilidade e dependência de aprovação para aquilo que as
pessoas fazem.
• Aumenta as reações positivas dos outros que passam a sentir mais respeito e
admiração.
• Diminui a ansiedade em situações sociais e as queixas somáticas de que sofrem
algumas pessoas (ex.: dores de cabeça, dores de estômago, insónias).
• Favorece a comunicação interpessoal, pois possibilita uma maior proximidade
entre as pessoas e uma maior satisfação com a expressão das suas emoções.
12
Como
Implementar
a mudança
Como Implementar a mudança

Evite pessoas que


Tente ganhar
Aprenda a dizer lhe provoquem
controlo sobre o
“não” stress
seu ambiente
incapacitante

Organize por
Evite tópicos prioridades a sua
“quentes” lista de coisas a
fazer
Aprenda a dizer “não”

• Conheça os seus limites e tente cumpri-los. Seja na sua vida


pessoal ou profissional, recuse-se a aceitar
responsabilidades adicionais antes de se comprometer com
elas.
• Aceitar mais responsabilidades do que você consegue ou
está preparado é uma receita infalível para o stress.
Evite pessoas que lhe provoquem stress incapacitante

• Se alguém consistentemente lhe transmite stress


para a sua vida e você não consegue evitar que isso
aconteça, limite o tempo que passa com essa pessoa.
• Se isto não for possível, tente perceber se existem
alternativas que o capacitem na determinação de
uma solução intermédia.
Tente ganhar controlo sobre o seu ambiente
• Se as noticias dos jornais e TV o fazem ansioso, desligue a TV ou
feche o jornal.
• O tráfico deixa-o tenso, tente ir por um caminho com menos
tráfego.
• Se ir às compras sozinho o stressa, arranje companhia.
• Tente sempre que possível descortinar uma alternativa que esteja
sobre o seu controlo, que possa decidir por si e executar na hora.
Evite tópicos “quentes”
• Se fica facilmente chateado com assuntos religiosos ou políticos, ou
outro qualquer assunto que funcione como um gatilho para lhe disparar
a resposta de stress, evite, risque esses assuntos da sua lista de
prioridades.
• Aborde essas questões só em situações extremamente necessárias e
preparado para tal.
• Se você repetidamente argumenta sobre os assuntos “incómodos” com
as mesmas pessoas, pare de o fazer ou arranje uma boa desculpa e
evite entrar na discussão.
Organize por prioridades a sua lista de coisas a fazer

• analise o seu calendário, responsabilidades, e tarefas diárias. Se tem


muitas coisas para realizar, distinga entre os “deveria” e os “tenho”.
• Tente perceber aquilo que realmente importa fazer e não aquilo que
acha que deveria fazer.
• Tente hierarquizar em termos funcionais as sua prioridades. Por
exemplo, pergunte-se: “de 0 a 10 qual o grau de importância que esta
tarefa tem?”, “de 0 a 10 qual destas tarefas tem de estar pronta hoje?”.
• Coloque as tarefas que não são efetivamente necessárias no fim da sua
lista ou elimine-as mesmo.
13
Estilo de vida
Estilo de vida

• Segundo a Organização Mundial de Saúde, estilo de vida consiste


num "aglomerado de padrões comportamentais, intimamente
relacionados, que dependem das condições económicas e sociais,
da educação, da idade e de muitos outros fatores".
• Os estilos de vida consistem em ações sujeitas a um complexo
condicionamento cultural, social, económico e ambiental que
caracterizam um indivíduo ou um grupo.
Estilo de vida
• Um estilo de vida saudável deixa-nos aptos, enérgicos e com risco
reduzido para a doença, o qual depende dos hábitos/comportamentos
diários.
• Uma boa alimentação, exercício diário e sono adequado são as bases
para uma boa saúde hoje e ao longo da vida.
• Gerir o stress de maneira positiva, em vez de através de fumar ou beber
álcool, reduz o desgaste e o desequilíbrio hormonal sempre com a
finalidade de se atingir o melhor desenvolvimento físico, intelectual,
psíquico e emocional das pessoas.
Stress VS Alimentação

•Sabia que a sua alimentação tem um


impacto direto na forma como se sente?
Stress vs Alimentação
• Se na promoção e proteção da saúde a alimentação assume um
papel crucial, na prevenção do stress e na defesa em relação aos
seus efeitos negativos não é menos importante.
• No entanto, os comportamentos alimentares são talvez aqueles,
que as pessoas menos valorizam, sendo também dos primeiros a
sofrer permissivamente o impacto nocivo do stress. Há pessoas
que almoçam em cinco minutos ou enquanto trabalham (Marco
Ramos, 2001)
Stress vs Alimentação
• É fundamental manter uma alimentação equilibrada, a fim de
repor os nutrientes perdidos durante os períodos de stress.
• Portanto ter uma dieta equilibrada em proteínas, hidratos de
carbono complexos, frutas e legumes contribui para que o
cansaço físico do nosso organismo diminua.
• Não saltar refeições, consumir hidratos de carbono complexos
(como batatas cozidas, massas de trigo integral, arroz, aveia e
bananas).
Para controlar e monitorar nosso stress,
necessitamos de manter uma qualidade de vida
favorável à nossa saúde e felicidade, considerando
os seguintes aspetos:

Alimentação saudável: Atividade Física:


 Em todas as fases do stress, o  Atividade física moderada e frequente
organismo consome muita energia, ajuda o controle dos efeitos do stress.
vitaminas e sais minerais; • O exercício físico contribui para que o
 Uma alimentação saudável ajudar- corpo consuma a tensão acumulada
nos-á a manter tais reservas de sobre o organismo relaxando-o, além
energia e as substâncias vitais para a de tonificar os músculos e melhorar a
saúde. oxigenação.
Stress vs Alimentação
• Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitaminas do complexo B,
pois estas vitaminas ajudam na regulação e produção de energia no
organismo, ajudando a manter a saúde do sistema nervoso, da pele, do
cabelo e do intestino. São também importantes para prevenir a
anemia e fortalecer o sistema imunitário. Ajudando a aumentar a
sensação de bem-estar e prazer e diminuir o cansaço, stress e irritação.
• As vitaminas do complexo B estão presentes em alimentos como peixes,
fígado, castanhas, sementes de girassol, amêndoas, ovos, leite abacate,
banana, ameixa e vegetais verdes, como couve e espinafre.
10 alimentos que ajudam a
reduzir a ansiedade:
Folhas verdes; Azeite de Oliva;

Nozes; Azeite de Coco;

Curcuma; Cacau;

Salmão; Brócolos

Abacate; Gengibre
Stress vs Exercício Físico
• Vários são os estudos que demonstram que o exercício físico contribui
para o controle e redução de stress;
• Pode até considerar-se o exercício físico como atividade protetora;
• O impacto do exercício físico na prevenção individual do stress distribui-
se por três áreas genéricas:
– redução das consequências negativas associadas à experiência do stress,
– melhoria da condição física
– promoção de benefícios psicológicos.
(Marco Ramos, 2001)
Stress vs Exercício Físico
• Os estudos demonstram que o exercício físico constitui uma
poderosa ferramenta para lidar com o stress. Permite, de forma
eficaz diminuir os sentimentos de fadiga, potenciar o crescimento
celular no cérebro de neurotransmissores associados ao humor e
endorfinas, reduzir o stress, aliviar a tensão muscular e dormir
melhor. (Oficina de Psicologia)
• Às vezes, pequenos exercícios diários como, subir escadas,
estacionar o carro numa zona mais distante, se possível caminhar
a pé até ao trabalho…
Um dos maiores
problemas de uma
pessoa ansiosa é
conseguir dormir.
O exercício demonstra
ter um impacto
promovendo um sono
profundo uma vez que
reduz o stress e aumenta
o cansaço físico .
A ansiedade muitas vezes
A ansiedade deixa a nossa autoestima
desregula comprometida… o
completamente o exercício para além de
humor, mas o melhorar a sua relação
exercício tem um com o corpo, vai
papel chave nisso: promover contactos
promove a sociais, sensação de que
libertação de investiu num momento
endorfinas e para o seu bem como
serotonina fortalecer a sua
autoconfiança
Sabem aquele stress
O exercício pode
que acumulamos
ser o seu momento
todos os dias?
mindfull do dia!
Em vez de
Focar-se no seu
mergulharmos
corpo, na sua
naqueles
respiração, na
pensamentos mais
natureza à sua
negativos, que tal
volta, na música
30min de exercício
nos seus fones… é o
físico para fazer uma
seu momento
descarga de toda essa
tensão acumulada?
Para controlar e monitorar nosso stress,
necessitamos de manter uma qualidade de vida
favorável à nossa saúde e felicidade, considerando
os seguintes aspetos:
Postura positiva face à vida e
Vida social, familiar e afetiva:
expressão de sentimentos:
• o contacto com os amigos e familiares é • ter esperança e acreditar que o futuro será
importante porque além de favorecer a melhor ajuda-nos a retomar o controlo da vida,
socialização e manter contacto com outras efetuar uma leitura da realidade e agir para
pessoas (que é uma das necessidades obter os objetivos desejados.
humanas), permite troca de afetos. • A expressão sincera de sentimentos (comunicar
• Dar e receber afetos estreita vínculos, e faz ao outro o que deve ser dito, na hora certa e da
que nos sintamos mais amados e seguros, forma certa) ajuda-nos a eliminar alguns
promovendo o bem-estar social e a saúde agentes stressantes internos.
mental.
Para controlar e monitorar nosso stress,
necessitamos de manter uma qualidade de vida
favorável à nossa saúde e felicidade, considerando
os seguintes aspetos:
Organização e aproveitamento do tempo:
 muitas pessoas estão sob pressão desnecessária porque não
aproveitam o tempo que possuem, dispensam muito tempo em
coisas pouco importantes, ou não planeiam o seu tempo.
 Agendar as suas atividades, estabelecendo horários de início e
termo, reavaliando sempre prioridades ajudam melhor a saber
orientar as responsabilidades assumidas e produzir mais em
menos tempo.
 Assim, o tempo ganho pode ser dispensado em outras coisas
que se julguem importantes.
O que são
emoções?
O que são emoções?

• As emoções são caracterizadas como sensações físicas ou emocionais


sentidas pelo ser humano, provocadas por algum estímulo, como um
sentimento ou um acontecimento.
• São as emoções que permitem que uma pessoa reaja de uma
determinada forma diante de algum acontecimento, de maneira muito
pessoal, pois elas podem ser sentidas de formas diferentes por cada
pessoa.
• O que são

conflitos?
O que são conflitos?
• O conflito é uma situação que envolve um problema, uma dificuldade e
pode resultar posteriormente em confrontos, geralmente entre duas
partes ou mais, cujos interesses, valores e pensamentos observam
posições absolutamente diferentes e opostas.
• Então, este conflito pode provocar a troca de opiniões entre duas
pessoas que apresentam interesses opostos dentro de uma discussão,
evoluindo para uma resolução do caso ou no pior das hipóteses
provocando uma luta armada, algo já visto ultimamente em países que
não conseguem resolver seus conflitos antigos.
Quais as emoções que vocês sentem mais ao longo do dia?

• Positivas
• Negativas
Tipo de emoções

Admiração
• Grande respeito e consideração em relação a alguém.

Adoração
• Intenso apreço por uma pessoa ou divindade, a ponto de venerá-la.

Alegria
• Estado de grande satisfação e contentamento.

Alívio
• Sensação de ter se livrado de uma grande carga, seja ela emocional ou física.

Anseio
• Grande preocupação em relação a algo que ainda não aconteceu.
Tipo de emoções

Ansiedade
• Impaciência e agonia em relação a um acontecimento futuro.

Calma
• Grande sensação de tranquilidade e paz.

Confusão
• Desordem de pensamentos.

Desejo
• Querer algo com grande intensidade.

Espanto
• Levar um susto após presenciar algo inesperado.
Tipo de emoções

Estranhamento
• Desconforto ao presenciar algo que considera incomum.

Excitação
• Estado de intensa agitação.

Horror
• Sentir repulsa por algo que lhe pareça ameaçador.

Inveja
• Incômodo em relação à felicidade de outra pessoa.

Interesse
• Sentir que algo que é digno de atenção.
Tipo de emoções

Horror
• Sentir repulsa por algo que lhe pareça ameaçador.

Inveja
• Incômodo em relação à felicidade de outra pessoa.

Interesse
• Sentir que algo que é digno de atenção.

Medo
• Sensação de perigo que pode gerar paralisia ou fuga.

Nojo
• Repulsa por algo que considera desagradável.
Tipo de emoções

Nostalgia
• Melancolia em relação a algo que aconteceu no passado e do qual se sente falta.

Medo
• Sensação de perigo que pode gerar paralisia ou fuga.

Nojo
• Repulsa por algo que considera desagradável.

Nostalgia
• Melancolia em relação a algo que aconteceu no passado e do qual se sente falta.

Raiva
• Sensação de grande irritação que, muitas vezes, priva o indivíduo de raciocinar.
Tipo de emoções

Romance
• Emoção direcionada a alguém por quem se está apaixonado.

Satisfação
• Contentamento que se sente quando o que deseja acontece.

Surpresa
• Alegrar-se em relação a uma situação inesperada.

Tédio
• Desgosto em relação a algo que parece não ter fim; seja um dia de trabalho ou sem nada para fazer.

Tristeza
• Falta de alegria causada por algum desgosto.
Emoções vs conflitos

• Qual o benefício das


emoções?
O interesse das emoções e conflitos: Benefício das
emoções
• O medo paralisa-nos, a raiva azeda-nos, o ciúme desgasta-nos, a tristeza
abate-nos. Será? Também, mas não só. As emoções negativas podem
trazer muito de bom.
• «E viveram felizes para sempre» pode estar bem para última frase de
história infantil, mas dificilmente se adapta às nossas vidas.
• Em maior ou menor dose, todos vamos ter de lidar com a tristeza,
experimentar a raiva, provar o ciúme, sentir culpa, inveja e medo.
O interesse das emoções e conflitos: Benefício das
emoções
• Depois de muito se falar sobre o incrível poder das emoções
positivas, sobre as vantagens – indiscutíveis – da alegria, sobre os
efeitos – benéficos – da calma, nos últimos anos a ciência começa
a debruçar-se sobre uma reflexão menos óbvia, menos
consensual, mas igualmente necessária: o papel das emoções
negativas.
• E parece que podem ser tão importantes na nossa vida como as
emoções positivas.
O interesse das emoções e conflitos: Benefício das
emoções
Como tem defendido o neurocientista António
Damásio, uma emoção é um conjunto de
acontecimentos do domínio do corpo – respostas
fisiológicas, cardíacas, musculares e endócrinas a um
qualquer estímulo – e que nada têm que ver com o
que se passa na mente. Isso vem depois.
O interesse das emoções e conflitos: Benefício das
emoções
Chamam-se sentimentos e são precisamente, e por definição, a experiência
mental que temos do que se está a passar com o corpo.

E é aqui que reside uma das razões pelas quais as emoções não são
intrinsecamente boas ou más: é a nossa racionalização posterior sobre elas
que lhes vai dar significado e que vai produzir mais efeitos, desta vez no
nosso estado de espírito.
O interesse das emoções e conflitos:
Benefício das emoções
• A raiva, por exemplo, é uma emoção um pouco malvista que surge
frequentemente quando nos sentimos vítimas de uma injustiça.
• É o que nos deixa vermelhos, de coração a bater mais rápido,
frequentemente a transpirar, de narinas dilatadas e sobrancelhas
franzidas.
• É, muitas vezes, associada à violência, mas a verdade é que o facto de a
nossa fisionomia parecer tão ameaçadora acaba por sinalizar o que
estamos a sentir, o que faz muitas vezes o nosso «oponente» recuar,
evitando a situação de agressividade.
Benefícios das emoções
negativas
São fontes de
experiência e estímulo
Equilíbrio emocional para melhorar nossas
habilidades

Aprendemos a ser
mais inteligentes na Expressão das
resolução de conflitos emoções
Equilíbrio emocional

• O equilíbrio emocional e mental só é obtido experimentando todo tipo


de emoções. É tão ruim viver em uma eterna positividade quanto viver
em constante negatividade.
• Se queremos alcançar um equilíbrio emocional de forma positiva no
nosso bem-estar, também devemos deixar que as emoções negativas
aflorem.
Os benefícios das emoções negativas permitem-nos
crescer e conhecermo-nos em plenitude.
Isso é o que acontece com as
lições, você sempre aprende
com elas, mesmo quando
não quer.”
São fontes de experiência e estímulo -Cecelia Ahern-
para melhorar nossas habilidades
• As emoções de valência negativa que não rejeitamos são potenciais
fontes de riqueza. Isso se deve ao fato de que as experiências vividas
nos oferecem destrezas e conhecimentos que podem ser utilizados no
futuro para enfrentar situações adversas.
• Da frustração e das situações que a provocam podemos extrair lições
fantásticas sobre nós mesmos e sobre as pessoas que amamos.
• Falamos de um autoconhecimento muito valioso para que possamos
ser
emocionalmente inteligentes.
Aprendemos a ser mais inteligentes na
resolução de conflitos
• As experiências negativas também são excelentes para descobrir novas
técnicas de resolução de conflitos.
• Por exemplo: somos propensos à raiva e a ter pouco controle sobre o
que falamos nessas situações. Se formos inteligentes emocionalmente,
e essa emoção nos invadir, devemos dar um tempo para distanciar-nos
da situação antes de nos expressarmos.
• Por outro lado, muitas vezes essa raiva, a emoção, é o que nos informa
que alguém nos está a prejudicar. Esse alguém pode ser uma outra
pessoa ou nós mesmos. Em qualquer caso, ela avisa-nos que há uma
situação que merece a nossa atenção.
Expressão das emoções

• A expressão emocional também nos permite comunicar


melhor com as pessoas à nossa volta, desde que esta
comunicação seja feita de forma saudável.
• Não comunicarmos como nos estamos a sentir, em certos
contextos, é prejudicial para o impacto que queremos
causar com a nossa mensagem.
Expressão das emoções

• Então, a expressão emocional não é algo insignificante e


que podemos descurar, mas sim algo que devemos
trabalhar diariamente, de forma a aumentar a nossa
Inteligência Emocional.
• Diferente dos animais, nós dispomos de uma forma de
expressar o que vai na nossa alma: as palavras.
Expressão das emoções
• Sendo a emoção um fenômeno com importante componente corporal,
as palavras por si só, não bastam para comunicá-las. Mas são
certamente auxiliares valiosos.
• Mas, desde cedo que somos condicionados, para não falar sobre o que
sentimos, principalmente se esse sentimento for percebido como algo
que nos inferioriza.
• Confessar medos e fraquezas é visto como perigoso para o prestígio
pessoal e pode parecer um sinal de insegurança.
Deve-se “pôr para fora”
todos os sentimentos; falar
o que realmente se
sente, reagir, sentir e
externar afeto ou mágoa.
2
Conflitos
O que é um conflito?
• Todas as relações interpessoais implicam duas pessoas distintas e
únicas, pelo que é natural que possam ocorrer situações em que não se
está de acordo, em que se têm opiniões e pontos de vista diferentes…
• Estes “desentendimentos” podem levar a conflitos que, por um lado, se
resolvidos, podem gerar um fortalecimento da relação;
• Por outro lado, estes conflitos podem fazer com que ambas as pessoas
se sintam incompreendidas, zangadas, contrariadas ou magoadas,
podendo fazer com que a relação deteriore ou não progrida mais.
Alguns aspetos positivos do conflito são:

Gera motivação e energia Facilita a inovação, a Torna o clima organizacional


para executar melhor as
mudança e a adaptação mais entusiasmante
tarefas

As pessoas aprendem através


do confronto de ideias, o que
Reduz a preguiça social Permite libertar tensões
pode melhorar a qualidade
das decisões
Alguns aspetos negativos do conflito são:

Provoca impasses e Reduz o empenho nas


Provoca decréscimo nos
atrasos no processo
níveis de satisfação organizações
decisório

Destrói a moral dos Suscita comportamentos


grupos e organizações irresponsáveis.
Como lida com um conflito?

Enfrenta-o ou procura evitá-lo sempre que pode?


Resolução de conflitos
• Os conflitos fazem parte da vida.
• Muitas vezes são os conflitos que nos fazem crescer, que nos
empurram para fora da zona de conforto, que nos ajudam a
descobrir forças que desconhecíamos ter.
• Porém, alguns de nós evitam até aproximar-se da zona de
conflitos. Por vezes é falta de autoconfiança, pois faz-nos sentir
que não somos capazes de nos defendermos e, por isso, a fuga
acaba por ser o caminho mais fácil.
2.1
Diferentes tipos
de conflitos
Conflitos Conflitos
Diferentes tipos de conflitos intrapessoais interpessoais

A forma de classificar os
conflitos varia entre autores, Conflitos
Conflito latente
organizacionai
contudo parece consensual que s
existem três grandes grupos de
conflitos, cada um com as suas Conflito aberto Conflito
características específicas: ou declarado assumido
Conflitos intrapessoais

• São aqueles que ocorrem no interior do


individuo, apenas na dimensão cognitiva,
mas com consequências comportamentais
para o próprio e para as relações com os
outros;
Conflitos interpessoais

• São aqueles que como o nome indica,


referem-se a todos os conflitos, que ocorrem
entre pessoas, quer seja na vida pessoal ou
profissional;
Conflitos organizacionais

• São aqueles que ocorrem nas empresas/organizações.


• Que estão direta e especificamente relacionados com as
interações específicas ocorridas dentro das organizações,
donde se destacam a interação indivíduo-indivíduo,
indivíduo-organização, organização-cliente e indivíduo-
cliente.
Individuo-individuo
• expressa-se por um choque de personalidades, pela hostilidade, pela não colaboração no local de
trabalho ou até pela conspiração.
Individuo-função
• manifesta-se pelo desempenho deficiente, por elevada tensão e ansiedade, por elevada taxa de
rotação, de absentismo ou de sinistralidade.
Individuo-grupo
• revela-se pelo isolamento do indivíduo face ao grupo, pela falta de sintonia com o mesmo, pelo
relacionamento à margem deste.
Individuo-organização
• exprime-se na indiferença face aos objetivos organizacionais ou através da greve.
Individuo-ambiente
• revela-se no absentismo, no alheamento e apatia do indivíduo, no distanciamento.
Podemos ainda referir tipos de conflitos, de
acordo com as condições e o momento:

Conflito latente
• este é o tipo de conflito mais frequente, mas também o mais reprimido.
• Corresponde ao momento ainda inconsciente do conflito, que se
expressa por sensibilidade extrema, irritabilidade, mal-estar, deceção,
ou mesmo frustração.
• Até certo ponto, estes fenómenos, não são sentidos ou são
considerados superficialmente e atribuídos à distração, ao nervosismo,
ao cansaço, até ao dia em que assumem dimensões enormes, absurdas
e explodem em conflito aberto;
Conflito aberto ou declarado
• isto é, o que coincide com o momento da tomada de consciência
da existência do conflito.
• Uma das partes intervenientes no processo sente-se afetada,
injustiçada ou confrontada e tem de agir para mudar a situação.
• Neste momento do conflito, podem surgir emoções alteradas e
comportamentos insensatos, em que as causas objetivas do
conflito são negligenciadas em favor das causas subjetivas;
Conflito assumido
• isto é, o momento em que o conflito degenera em problema.
• Este é o momento em que não se pode deixar de o resolver.
• Tanto melhor, deixamos de ter um conflito com toda a carga de
subjetividade a ele associada, para necessitar de resolver um
problema que, pela sua natureza objetiva, necessita de ser
resolvida de forma direta e específica.
Causas dos conflitos

Valores e
Culturais Conhecimento Personalidades
princípios

Metodologias Estilos Objetivos


O conflito apresenta várias fases:

Incubação:
• tomada de consciência da situação

Consciencialização:
• formalização da discordância

Disputa:
• discussão (agressiva) das razões que originam o conflito

Eclosão:
• radicalização das posições, guerra aberta
2.2
Estilos pessoais
de gestão de
conflitos
Estilos pessoais de gestão de
conflitos
• Antes de decidir o que fazer, deve-se proceder a uma
análise rápida mas eficaz da situação, passando pelas
seguintes etapas:
Identificar o Identificar os Avaliar as causas
problema intervenientes do conflito

Selecionar a
estratégia
Identificar o problema

• Esclarecer os pontos críticos e a causa do


desacordo.
• É importante ouvir atentamente a opinião e
o ponto de vista do interlocutor, sem
interrupções e sem tentativas de acusações.
Identificar os intervenientes

• Além das duas ou mais pessoas envolvidas


diretamente no conflito, trata-se também de
identificar todos aqueles que poderão ser
afetados direta ou indiretamente na solução
do problema.
Avaliar as potenciais causas dos conflitos
• Saber gerir conflitos implica uma grande habilidade na análise de
situações e problemas.
• É por isso fundamental que, desde logo, se faça o levantamento
das eventuais causas do desacordo em presença (o conflito é de
âmbito interpessoal ou profissional? Serão causas internas ou
externas à organização? Será um problema de comunicação? De
partilha de recursos? Responsabilidades ou funções mal
definidas?) para mais facilmente poder adequar a estratégia para
a sua resolução.
Selecionar a estratégia adequada
• avaliando o seu impacto nos intervenientes – trata-se de
selecionar o estilo a adotar para a situação específica, pesando os
prós e os contras de cada um dos estilos, bem como o impacto
para os intervenientes.
• Eventualmente, poderá passar por propor uma solução que
integre os dois pontos de vista expressos, aceitar a solução do
interlocutor ou propor uma alternativa que satisfaça ambas as
partes.
Estilos pessoais de gestão de
conflitos

• Existem duas dimensões que são importantes


para resolver os problemas que levam ao
conflito, são elas a cooperação e a
assertividade.
• Assim, nas estratégias a adotar nas diferentes
situações deve-se ter em conta dois aspetos:
Estilos pessoais de gestão de conflitos

• Intensidade da interação (cooperação), que tem a


ver com o grau de envolvimento pessoal com que se
sustentam opiniões e pontos de vista.
• Flexibilidade do ponto de vista (assertividade), que
tem a ver com a abertura que se tem em relação às
opiniões dos outros.
Estilos pessoais de gestão de conflitos

Evitar: Dominar ou competir:


• Fugir • Discutir e atacar
• Ignorar • Fazer juízos de valor
• Fazer de conta que não • Descobrir as falhas
existe • Culpabilizar
Estilos pessoais de gestão de conflitos

Acomodar-se: Compromisso/concessões:
• Acalmar o conflito • Propor cedências
• Aceitar o ponto de vista • Propor solução 50%
do outro
• Desistir
Estilos pessoais de gestão de conflitos

Resolver/ Negociar:
• Admitir o conflito
• Tentar compreender os dois lados
• Tentar negociar uma solução integrativa
Estilos pessoais de gestão de conflitos

A fim de apresentar os estilos de atuação face ao conflito, caracterizadores


da intenção estratégica, surgiu nos anos sessenta a lógica bidimensional:

- A assertividade

- E a cooperação
Estilos pessoais de gestão de conflitos

Caracteriza-se por uma grande preocupação em defender e satisfazer os seus interesses


e, pequena preocupação no que toca aos interesses do outro.

Este tipo de atuação pode ser o mais correto em situações que carecem de uma
resolução urgente/imediata, em que o fator tempo, impede a satisfação dos interesses da
outra parte.
Por outro lado, o seu uso não será adequado quando as duas partes estão ao mesmo
nível em termos de poder e competência.
Colaboração:
• Exige empenho, tempo e paciência para resolver o problema.
Procura-se ir de encontro à satisfação das duas partes.
• Envolve um trabalho faseado, que implica envolvimento de
ambos com vista ao sucesso.
• Tem utilidade na melhoria das relações de trabalho.
• Não deverá ser eleito como método ideal caso o assunto seja
simples ou exija uma rápida resolução, ou ainda se as partes
envolvidas não possuírem capacidade para resolver a questão.
Evitamento

• As partes envolvidas não se envolvem no problema,


o que resulta num impasse.
• Este tipo de estratégia é aconselhada caso o
problema seja banal, exija bastante tempo para
pensar ou em situações em que é impossível alcançar
a satisfação dos interesses dos intervenientes.
Acomodação

• Uma das partes envolvidas valoriza mais os


interesses da outra do que os seus próprios,
chegando mesmo ao ponto de os sacrificar.
• O seu uso é aconselhado quando o indivíduo detém
uma posição de inferioridade, quando cede no
momento com o objetivo de exigir mais tarde, ou
quando é importante manter o relacionamento.
Compromisso:
• Nesta situação, cada uma das partes concorda em ceder algo a
fim de alcançarem ambas um resultado satisfatório, que se traduz
essencialmente numa divisão das diferenças.
• É uma boa estratégia sempre que o limite do conflito tem um
prazo, quando os assuntos são bastante complexos e idênticos
para continuarem incompatíveis, quando não se podem
solucionar no tempo adequado e quando existe equilíbrio de
poder entre as duas partes.
Estilos pessoais de gestão de conflitos

É importante associar a variável Tempo às teorias do


conflito, uma vez que estes não surgem como
fenómenos isolados, mas sim correlacionados com
interações ocorridas, da mesma forma que a
resolução de um conflito tem repercussões em
interações futuras.
Estilos pessoais de gestão de conflitos

Na acomodação propõe-se um certo sacrifício para aquele que opta


por esta estratégia, pois através da ênfase nos pontos em comum,
ele vai tentar satisfazer a outra parte.

No dominar, uma das partes adota a estratégia de ganhar/perder,


sobrevalorizando e considerando como prioritários os seus
objetivos, preterindo completamente os interesses da outra parte.
Estilos pessoais de gestão de conflitos

O evitamento prende-se com a fuga ou a negação do problema, nalgumas


situações, será a estratégia mais indicada tais como, caso seja conveniente
adiar momentaneamente o problema, para uma ocasião mais oportuna e,
no caso de situações ameaçadoras para o indivíduo.
O compromisso, por seu lado reporta-se à procura de uma solução em que
as partes envolvidas cedam algo, com o objetivo de encontrarem uma
solução que seja do agrado de ambas.
2.3
Conflito como
oportunidade
Conflito como oportunidade

• Os conflitos estão presentes em qualquer tipo de situação e,


especialmente, no ambiente de trabalho, onde as diferenças se
sobrepõem às semelhanças.
• As empresas cada vez mais se deparam com o problema da
mistura do lado pessoal com o lado profissional, podendo acabar
por comprometer o rendimento de toda uma equipa e até
mesmo da empresa inteira.
Conflito como oportunidade

• Os líderes que veem o conflito como uma oportunidade


podem alcançar efeitos potencialmente positivos como,
por exemplo, a identificação aperfeiçoada do problema, o
aumento da motivação das pessoas que se envolvem na
solução e, consequentemente, a união do grupo, o
aumento do conhecimento, o aperfeiçoamento da
criatividade, o incentivo para o crescimento, entre outros.
Conflito como oportunidade

• O conflito, dentro das organizações com uma estrutura bem


definida, permite testar os limites dos poderes existentes.
• Atualmente a abordagem ao Conflito é positiva, pois é
encarado como um fator de mudança e um estimulador a
criatividade e à inovação.
Conflito como oportunidade

• A abordagem tradicional ao conflito é exatamente


o oposto.
• É algo negativo, assustador e a evitar.
• Tanto uma abordagem como a outra são aceitáveis
e referem aspetos positivos e negativos do conflito.
Alguns aspetos positivos do conflito são:

Gera motivação e Facilita a inovação, a Torna o clima


energia para executar mudança e a organizacional mais
melhor as tarefas adaptação entusiasmante

As pessoas aprendem
através do confronto
Reduz a preguiça de ideias, o que pode Permite libertar
social melhorar a tensões.
qualidade das
decisões
2.4
Guia para a
navegação em
situações de conflito:
estratégias e técnicas
para potenciar uma
atitude cooperativa
nos outros
Negociação

• A negociação é uma das estratégias possíveis na


gestão de conflitos. Podemos assim definir
negociação “como um processo de tomada de
decisão conjunta numa situação de conflito de
interesses”.
Jesuíno,
J.,1996
Negociação

• É através da negociação que as partes


envolvidas procuram por meio do diálogo
encontrar uma solução que, na melhor das
hipóteses, satisfaz inteiramente ambas e, na
pior, produz resultados desiguais mas, em todo
o caso, preferíveis às alternativas disponíveis.
Tipos de negociação:

Ganho-perda

Perda-perda

Ganho-ganho
Ganho-perda
• Alguns conflitos não podem ser resolvidos a não ser por uma via de
ganho-perda.
• Quando está em jogo um resultado indivisível que é procurado por
ambas as partes, por ex. uma promoção, muito raramente se verificará
outro desenvolvimento que não uma posição de vencedor/vencido.
• Esta estratégia tem como fundamento uma relação, em que uma das
partes, sendo ainda mais forte que a outra, exerce a sua autoridade
para remover o conflito. Por ex. o patrão quando afirma “Eu sou o
patrão”.
Ganho-perda

• Contudo, esta técnica de resolução de conflito,


enfraquece a autoridade. Progressivamente e nas
mais variadas situações, a parte que tem o poder
deve consciencializar-se que deve explicar os seus
pontos de vista e ajusta–los à outra parte.
• É a técnica mais comum nas situações de diretor

funcionário, professor – aluno, pai – filho.
Perda-perda
• Ocorre sempre que um conflito tem resultados negativos para ambas as
partes.
• Esta estratégia não satisfaz, obviamente, nenhuma das partes
envolvidas no conflito, porque nenhuma das partes ganha. Por ex. se
duas pessoas insistirem em ir cada uma a um restaurante diferente,
pode optar-se por um terceiro, não satisfazendo nenhuma delas.
• As pessoas aqui estão mais empenhadas em impedir que uma das
partes ganhe do que encontrar uma solução para o conflito.
Ganho-ganho
• Aqui ambas as partes pensam que conseguirão o que pretendem. Isto é,
encontrou-se uma via que permite às duas pessoas atingirem os seus
objetivos.
• Nem sempre é possível que o conflito seja resolvido numa perspetiva de
vencedor/vencedor, no entanto, os resultados estimulam que se aponte
nesse sentido, não só porque ambas as partes ficam satisfeitas, mas porque
melhora o seu nível de entendimento e relação.
• Esta estratégia implica a resolução do conflito e não uma batalha a ganhar.
• Aqui as partes envolvidas confrontam os seus pontos de vista e
disponibilizam-se para resolver as suas diferenças.
Ganho-ganho
• Ambas as partes apresentam frontalidade com necessidade de resolver
o problema, todas as pessoas envolvidas expressam opiniões e sugerem
alternativas para a resolução do problema.
• Está aqui patente a habilidade de cada um para comunicar. Esta
estratégia permite encontrar a melhor solução possível e criar um clima
de qualidade, de confiança, de compreensão e de respeito mútuo
entre todos os implicados no conflito.
• É a estratégia mais eficaz porque implica encontrar a solução para o
benefício de todos.
Resolução de conflitos

• Não existe um estilo de resolução de conflitos


universalmente válido, este está intimamente relacionado
com a situação em causa, pelo que há que conhecer as
situações em que cada um deles será o mais adequado.
• O conflito resolve-se quando se encontra uma solução
satisfatória para ambas as partes. Este tipo de resolução
implica responsabilidade e assertividade.
Resolução de conflitos

• Para resolver um conflito será importante que o sujeito atente no


que pensa e sente em relação ao problema em causa.
• Normalmente, existe uma tendência para responder aos conflitos
mais com a emoção do que com a razão.
• O tipo de resposta depende da ameaça percecionada pelo
indivíduo, pelo que o fator tempo desempenha um papel
importante ao modelar as respostas do indivíduo.
Na negociação:

Ouça com empatia


• Quando se ouve para compreender inteiramente, transmite-se a mensagem: “eu respeito-
o como pessoa, os seus pensamentos e sentimentos são importantes para mim quer eu
concorde com eles ou não.”

Escuta ativa
• Estabelecer contato visual
• Ir mostrando interesse na conversa
• Não usar gestos que sirvam de distração
• Fazer regularmente perguntas
• Não interromper nem falar ao mesmo tempo
Na negociação:
Separe as pessoas dos problemas
• Ouça atentamente e tente compreender o que está a ser dito
• Ponha-se no lugar do outro- Empatia
• Concilie as suas propostas com os valores dos outros
• Não reaja a explosões emocionais
• Comece por reconhecer e compreender as suas emoções e as dos outros

Centre-se em interesses e não em posições


• Por trás das posições opostas encontram-se interesses partilhados e compatíveis, bem
como interesses em conflito
• Tente saber “porquê?”
• Faça valer os seus interesses
• Reconheça e comunique que os interesses deles fazem parte do problema
Como Gerir conflitos assertivamente

Trabalhe com a outra pessoa na procura de uma solução


honrosa para ambas as partes
 Muitas vezes, numa situação de conflito, as pessoas tendem a estar uma contra
a outra, mais do que uma com a outra, e isto, conduz tendencialmente, a
maneiras de gerir o conflito que são não-assertivas e do tipo perder/ganhar.
 Quando duas pessoas trabalham em conjunto para a resolução de um conflito
respeitam-se e respeitam as diferenças entre elas e estão preparadas e
implicadas em procurar uma saída que seja aceitável para ambas as partes.
Como Gerir conflitos assertivamente

Conserve uma imagem clara da outra pessoa e de


si próprio independentes do assunto em
questão.
 Muitas vezes numa situação de conflito a pessoa identifica-se
e identifica a outra pessoa com o assunto em discussão, o
que pode levar a confusões e a que as pessoas se insultem.
Como Gerir conflitos assertivamente

Faça frases claras começadas por “eu”


 Usando frases claras começadas por “eu” uma
pessoa assume a responsabilidade por ela
própria e evita culpar ou acusar a outra pessoa
pelo que sente ou pelo que pensa.
Como Gerir conflitos assertivamente

Seja claro e especifico sobre a maneira como vê o


conflito e sobre a solução que deseja
 É importante para ambas as partes esclarecerem e
partilharem
as suas perceções do conflito e as soluções que desejam.
 Desta maneira ambas as pessoas se ouvem e podem começar
a
compreender-se.
Como Gerir conflitos assertivamente

Tratem de um assunto de cada vez


 Evite misturar problemas e usar exemplos do passado para
ilustrar o seu ponto de vista.
 Utilizar o passado pode conduzir a distorções e manipulações,
uma vez que a outra pessoa provavelmente já se esqueceu ou
lembra-se das coisas de maneira muito diferente da sua.
Como Gerir conflitos assertivamente

Olhem um para o outro e ouçam-se


 Muitas vezes numa situação de conflito ambas as pessoas
evitam olhar-se de frente e deixam de ouvir-se.
 Para gerir um conflito assertivamente olhem um para o outro
e ouçam-se com atenção, para poderem tratar de forma
direta um com o outro e com o assunto em questão.
Como Gerir conflitos assertivamente

Certifiquem-se de que estão a compreender-se um ao


outro
 Se há coisas que não estão claras para si ou se não tem a certeza de
ter percebido, faça perguntas abertas e reformule o que pensa ter
ouvido.
 Por exemplo “A quando exatamente é que te estás a referir...”,
“Portanto estás a dizer que...., É isso?”
Como Gerir conflitos assertivamente

Façam “brainstorming” sobre as maneiras de resolver o conflito


 O “brainstorming” implica que ambas as pessoas se ponham a imaginar todas
as maneiras possíveis de sair do conflito.
 Esta técnica é especialmente útil quando ambas as pessoas estão presas nos
seus sentimentos e dali não saem.
 No fim de fazerem uma lista, revejam-na em conjunto e vejam se há uma
maneira que dá para saírem do conflito.
Como Gerir conflitos assertivamente

Escolham hora e local convenientes para ambos


 Tratem do conflito num momento que seja conveniente para
ambos e num sítio em que ambos se sintam à vontade, de
preferência em terreno neutro.
 É útil porem-se de acordo sobre o tempo de que dispõem.
Como Gerir conflitos assertivamente

Reconheçam-se e apreciem-se um ao outro


 Reconheçam-se e apreciem-se um ao outro pelo que
são e pelo que fazem, independentemente do conflito
em questão, e também para trabalharem em conjunto
para uma solução honrosa para ambas as partes.
Desafio de auto-reflexão

• Reflete sobre as vezes em que reagiste mais negativamente


com uma “explosão” e que tiveste uma atitude mais
negativa.
• Esta reflexão não tem como objetivo a culpabilização ou
punires-te pelo teu comportamento, mas apenas refletires
sobre o motivo que pode ter levado a reagires dessa forma.
Para facilitar o trabalho de auto-
reflexão, podes utilizar as seguintes
perguntas:
• O que é que tinha acontecido antes de eu reagir assim?
• É normal eu reagir desta forma?
• O que me levou a reagir assim?
• O que é que eu ganhei com esta atitude?
• Como é que isso me afetou?
• O que é que posso fazer diferente na próxima vez?
Sócrates, um dos grandes filósofos de todos
os tempos, dizia que a verdade estava em
cada um de nós e que era questionando as
coisas que conseguiríamos chegar à
verdade.

• Então é necessário questionarmos os nossos comportamentos, para chegarmos


à verdade das nossas reações.
• Se não entendermos porque é que reagimos como reagimos, torna-se difícil
implementar alguma mudança.
• Mas quando entendemos melhor as nossas atitudes, torna-se mais fácil
mudá-
las.
Desenvolva a capacidade de autocontrolo!

• Controle a sua mente ou ela o


controlará.
(Horácio)
Aprenda a controlar-se:

• A controlar as emoções;
• Saber ter o controle de nossas emoções não implica ignorá-
las ou reprimi-las.
• O que devemos fazer é aprender a enfrentá-los de forma
saudável para alcançar o equilíbrio.
Exercícios para controlar as emoções de forma eficaz

Mantenha um Procure um
Pratique a diário de espelho,
atenção plena emoções rápido!

Mude o foco
dos seus Pensar Controlar a
pensamentos positivamente sua raiva
Pratique a atenção plena

• A atenção plena é um exercício que podemos fazer todos os dias. Devemos


durante pelo menos 5 minutos, sentar-nos ou deitar-nos (como estivermos mais
confortáveis) para nos concentrarmos na nossa respiração.
• Não se trata de deixar a mente em branco. Trata-se de sentir, observar as nossas
emoções, não julgá-las e ver o que elas nos querem dizer.
• Se fizermos isso durante uma discussão e nos dermos algum tempo antes de
reagir, descobriremos que esse confronto se transformará numa troca
de pontos de vista saudáveis. Sem recriminações. Sem gritos.
Mantenha um diário de emoções

• Escrever é terapêutico e ajuda-nos a ver as nossas emoções


em perspetiva e a refletir sobre elas com papel e caneta.
• Manter um diário emocional nos ajudará a ver nosso
progresso em termos de gerenciamento emocional.
Procure um espelho, rápido!
• O importante é que olhes para ele e sorria. Mesmo que não te
sintas assim, força um sorriso. Por alguns minutos, pode ser de 2
a 5, continua a olhar para o espelho dessa maneira.
• Este exercício irá ajudar a ser mais objetivo com a situação que
lhe causou essa emoção e ira acalmar.
• Graças ao sorriso, as endorfinas serão liberadas, embora o sorriso
esteja sendo forçado. Por isso, vais conseguir controlar as
emoções e obter uma perspetiva melhor da situação.
Mude o foco dos seus pensamentos
• É importante que tenhamos uma palavra-chave cuja menção
interrompa esses pensamentos. Pode ser “basta”, “contenha-se” ou
“para”.
• Depois, podemos escrever esse pensamento negativo, por exemplo,
raiva, e escrever ao lado o equivalente positivo. Neste caso, seria alegria
ou ser feliz.
• Embora, a princípio, pareça que não funciona, uma leve sensação de
calma nos inundará, diminuindo a nossa ansiedade. Experimenta!
Pensar positivamente

• Está demonstrado cientificamente que o pensamento positivo ajuda a melhorar


a saúde e o bem-estar.
• Diversos estudos têm mostrado que a forma como pensamos é determinante
para o nosso bem-estar: pensamentos positivos e otimistas trazem mudanças
para melhor, enquanto pensamentos pessimistas tendem a piorar as coisas.
• O nosso cérebro tende a concentrar-se nos aspetos mais negativos em
detrimento dos mais positivo, mas as nossas vidas seriam tão melhores se
tentássemos concentrar-nos mais naquilo que nos torna melhores e felizes.
Pensar positivamente
• Quando nos concentramos nos problemas em vez de procurar soluções
fazemos perguntas que não ajudam a alcançar uma resolução.
• Concentrarmos-mos no problema só nos leva a pensamentos negativos
e a questões do tipo: “porque é que isto só me acontece a mim?” ou
“porque estou a fazer isto a mim mesmo?”.
• Estas questões não são orientadas para soluções. Se, por outro lado,
desenvolvermos pensamentos positivos iremos questionar-nos de
forma mais orientada para a resolução dos problemas: “como
ultrapassei este problema no passado?”.
Pensar positivamente

• É importante que aprendamos a repetir os


momentos em que nos destacamos e em que
alcançamos as nossas metas no passado.
• Através destas imagens mentais e pensamentos
positivos certamente vamos enfrentar os problemas
diários com maior sucesso e mais felicidade.
Positividade atrai positividade

Se for gentil, amigável, agradável, receberá o mesmo


tratamento em retorno.
É certo que não podemos controlar todos os
acontecimentos da nossa vida, mas podemos controlar
aquilo que pensamos e sentimos acerca deles.
Controlar a sua raiva:

• A raiva constitui-se como uma emoção humana normal e


habitualmente saudável.
• Os problemas surgem quando se torna descontrolada e
destrutiva, podendo afetar o trabalho, a escola, as
relações pessoais e a qualidade de vida no geral.
• O descontrolo leva a que te sintas “à mercê” de uma
emoção imprevisível e poderosa.
Controlar a sua raiva:

• Quando pensas em situações que te provocaram raiva, é


provável que também te recordes de sentimentos
intensos de raiva, tão avassaladores que te levaram a agir
de modos que não melhoraram a situação.
• Para melhor compreenderes e controlares estes
sentimentos, é necessário analisar um outro aspeto
destas situações: os teus pensamentos.
Etapa n.º 1: Analisa

• Da próxima vez que te chateares com alguma coisa


ou alguém, procura reter os pensamentos que te
surgiram acerca daquela situação ou pessoa.
• Assim que possível, aponta-os e, ao longo do tempo,
faz uma listagem com vários destes pensamentos.
Etapa n.º 2: Avalia

• É importante que avalies cuidadosamente os teus


pensamentos. São precisos/exatos ou distorcidos?
• Os pensamentos distorcidos são inapropriados ou
inexatos
e podem assumir várias formas, nomeadamente:
Etapa n.º 2: Avalia

Rotulagem
• atribuição de um rótulo negativo sem considerar outras hipóteses ou evidências. “Ele é um idiota”.

Maximização
• quando se avalia alguém, maximiza-se a componente negativa e minimiza-se a positiva. “A minha professora
deu-me uma nota baixa, ela é tão injusta” (mas também te deu várias notas positivas).

Personalização
• acreditar que os outros estão a reagir diretamente contra ti, sem considerares quaisquer explicações mais
plausíveis para o seu comportamento. “Aquele rapaz é frio porque se acha superior a mim” (se calhar, esse
rapaz recebeu foi notícias negativas da sua família…).
Etapa n.º 2: Avalia

Visão em túnel
• apenas os aspetos negativos da situação são considerados. “O meu professor não consegue fazer nada bem. É
crítico, insensível e não dá bem a matéria”.

Pensamento “tudo ou nada”:


• a situação é encarada apenas segundo duas categorias e não num contínuo. “O meu amigo não concorda
comigo nesta questão por isso ele não me apoia em nada”.
• estar certo
• tentas continuamente provar que as tuas opiniões e ações são as corretas. Estares errado/a é impensável.
“Gritar para a minha colega foi totalmente justificado. Ela mereceu-o pelo que fez”.
Etapa n.º 3: encontra outras formas mais adaptativas de
pensar sobre a situação
• Para cada pensamento distorcido, tenta encontrar
uma forma alternativa, mais adaptativa e que não te
faça sentir tão zangado/a.
• Isto pode envolver a exploração dos aspetos positivos
de uma pessoa ou situação, identificar outras razões
possíveis para o comportamento da pessoa, ou olhar
de um modo “mais abrangente” para a situação.
Etapa n.º 4: praticar as etapas anteriores
• Esta análise deve ser praticada todos os dias de modo a ser
eficaz.
• À medida que se torna mais fácil, ficarás mais competente na
identificação dos teus pensamentos perante uma situação que te
provoque raiva.
• Ao identificar pensamentos distorcidos e substituí-los por outros
mais adaptativos, podes evitar ficar tão “imerso/a” na raiva.
A expressão da raiva

• A maneira mais natural e instintiva de expressar raiva


é através de respostas agressivas.
• A raiva é uma resposta natural, adaptativa a
ameaças; desencadeia sentimentos e
comportamentos poderosos, frequentemente
agressivos, que te permite lutar ou defender quando
és atacado/a.
A expressão da raiva
• Uma certa quantidade de raiva é, portanto, necessária para a
nossa sobrevivência.
• Por outro lado, não podes descarregar em cada pessoa ou objeto
que te irrita ou chateia; as leis, normas sociais e senso comum
estabelecem limites à expressão da nossa raiva.
• As pessoas servem-se de uma variedade de processos,
conscientes e inconscientes, para tentar lidar com estes
sentimentos de um modo eficaz e socialmente adequado
Expressar os sentimentos de raiva de um modo assertivo (e não
agressivo).

Tal implica apresentares claramente as tuas necessidades e como podem ser


satisfeitas, sem prejudicar os outros. O respeito do próprio e dos outros é regra
de ouro!

Suprimir os sentimentos
Três deles são Isto acontece quando reténs a raiva, deixas de pensar nela e te focalizas em
coisas positivas. O objetivo é inibir a raiva e convertê-la em comportamentos
mais construtivos. O perigo é que, ao não permitir a expressão externa da raiva,
ela se vá expressar internamente (hipertensão, depressão).
seguidamente
destacados Acalmar/relaxar

Isto implica, não só controlares a expressão do comportamento, mas também as


respostas internas. Em última instância, também os sentimentos são
“amenizados”.
A expressão da raiva
• Não ser capaz de expressar adequadamente os sentimentos de
raiva pode gerar outros problemas.
• Concretamente, pode levar a expressões patológicas da raiva, tais
como comportamento passivo-agressivo ou uma atitude
perpetuamente cínica e hostil.
• As pessoas que rebaixam constantemente os outros, que criticam
tudo e que fazem comentários cínicos, não aprenderam a
expressar a sua raiva de um modo construtivo.
A expressão da raiva

• Habitualmente, são pessoas com poucos relacionamentos satisfatórios. Mas


atenção! Isto não deve servir de desculpa para “pores tudo cá para fora”.
• Algumas pessoas podem usar estas ideias como licença para magoar os outros e
isso pode ser bastante prejudicial. Os estudos mostram que esta “explosão”
pode fomentar ainda mais a agressividade e raiva, para além de não te ajudar a
resolver a situação.
• Deste modo, é preferível saberes o que despoleta a raiva e, posteriormente,
desenvolveres estratégias que impeçam a escalada prejudicial dos sentimentos
“Se conheces o inimigo e te conheces a ti mesmo,
não precisas de temer o resultado de cem batalhas.
Se te conheces a ti mesmo, mas não conheces o inimigo,
por cada vitória sofrerás também uma derrota.
Se não te conheces a ti mesmo, nem conheces o inimigo,
perderás todas as batalhas”.

(Sun Tzu, A Arte da Guerra)


Para refletir…..

A inteligência emocional é para a vida. A sua


essência dá-se quando conseguimos conciliar
Aprender, também, é compreender os o lado emocional e racional, neutralizando as
sentimentos e comportamentos do outro. emoções negativas, e potencializando as
emoções positivas para gerar os resultados
desejados.

Entender os pilares da Inteligência Emocional


e aplicá-los diariamente, possibilitará a
construção de relações saudáveis e tomadas
de decisões conscientes, evitando que o
indivíduo se arrependa dos seus atos
impulsivos.
Daniel Goleman, descreve os cinco pilares da Inteligência
Emocional (IE):

1 – Conhecer as 2 – Controlar as
3 – Auto motivação
próprias emoções emoções

5 – Saber se
4 – Empatia relacionar
interpessoalment
e
Conhecer as próprias emoções

• O primeiro passo é conhecer-se, analisar as


próprias emoções e ações.
• Essa é a chave da inteligência emocional!
E quando estiver sob pressão,
a coisa mais importante é
tentar manter a calma.
Controlar as emoções

• Tenha em mente que todos nós passamos por momentos stressantes na


vida, ou nos sentimos ansiosos por algum motivo.
• Aprender a lidar com as emoções e controlá-las coloca-nos na direção
certa conforme cada situação, e fará toda a diferença entre o equilíbrio
e a disfunção.
• Devemos evitar pensar de imediato num resultado negativo. Devemos
ser otimistas, vendo sempre o lado positivo das coisas e lembrar que
cada situação possui diversas saídas, basta procurá-las.
Não podemos perder a esperança!
Tudo é possível!

3 – Auto
motivação
• Lembre-se que pensar antes de tomar as
decisões lhe trará diversos benefícios e evitará o
conflito com os seus pares e o arrependimento
dos seus atos.
• Ao saber utilizar adequadamente as emoções
chegaremos aos nossos objetivos.
Empatia

• Aprender a colocar-se no lugar do outro, de


reconhecer as emoções dos outros e
entender os comportamentos, torna-nos
mais sensíveis e abertos.
Saber se relacionar interpessoalmente

• Outro ponto-chave para o sucesso é saber ter


boas relações, guiando as emoções dos outros.
• Isso criará um ambiente positivo a sua volta,
melhorando não só a sua qualidade de vida,
mas também contagiando quem esta ao
seu redor.

Você também pode gostar