Você está na página 1de 64

UFCD 9822

Poupança – Princípios Básicos

Formadora: Ana Paula Santos

1
Objetivos Gerais:
No final do módulo, em exercício de avaliação escrito e com uma percentagem de sucesso de, pelo
menos, 50%, o formado deverá ser capaz de:

Reconhecer a importância da poupança relacionando-a com os objetivos da vida.

Utilizar um conjunto de noções básicas de matemática financeira que apoiam a tomada de decisões
financeiras.

Relacionar remuneração e risco utilizando essa relação como ferramenta de auxílio nas decisões de
aplicações de poupança.

Identificar as características de alguns produtos financeiros onde a poupança pode ser aplicada.

Identificar elementos de comparação dos produtos financeiros.

2
Objetivos Específicos - Os formando deverão ser capazes de:
1 - Poupança
A importância da poupança no ciclo de vida
Comportamentos básicos de poupança (e.g. fazer um orçamento, racionar despesas não prioritárias, envolver a
família, avaliar e aproveitar descontos, etc.)
2 - Noções básicas sobre juros
Regime de juros simples e de juros compostos
Taxa de juro nominal vs. taxa de juro real
Taxa de juro nominal vs. taxa de juro efetiva
3 - Relação entre remuneração e o risco
A rendibilidade esperada, o risco e a liquidez
4 - Características de alguns produtos financeiros
Depósitos a prazo ; Certificados de aforro ; Obrigações do tesouro; Obrigações de empresas
Ações
5 - Fundos de Investimento
6 - Seguros de vida
7 - Fundos de pensões
8 - Outros ativos: moeda, ouro, etc.
https://catalogo.anqep.gov.pt/ufcdDetalhe/12456

3
Objetivos do Documento
Este Manual foi concebido por Juliana Mota Campos, formadora deste módulo.
Pretende-se que seja usado como elemento de Estudo e de Apoio aos temas
abordados.

O Manual é um complemento da Formação e do Módulo, não substitui os


objetivos das sessões de formação, mas complementa - as.

Condições de Utilização

Este Manual não pode ser reproduzido, sob qualquer forma, sem autorização
expressa do autor.

4
Chapa ganha, chapa gasta’ é uma expressão que se aplica à vida financeira
de muitas famílias portuguesas. Quem é que nunca ficou ‘perdido’ ao
consultar os movimentos no site do banco?

Nem sempre é fácil, muitas vezes existem movimentos que não


conseguimos identificar.
Não sabemos que compra ou pagamento foi aquele que aparece. Nem como
é que o dinheiro desaparece da conta sem deixar rasto.

https://www.youtube.com/watch?v=7v10sPwWo4s

5
1 – Poupança

1.1 - A importância da poupança no ciclo de vida: meio para acomodar oscilações de


rendimento e de despesas, para fazer face a imprevistos, para concretizar objetivos
de longo prazo e para acumular património;

1.2 - Comportamentos básicos de poupança (e.g. fazer um orçamento, racionar


despesas não prioritárias, envolver a família, avaliar e aproveitar descontos, etc.)

6
Poupança:
é a parte do rendimento que não é empregue em consumo, constituindo uma renúncia à
satisfação imediata de necessidades, de modo a ser possível satisfazer necessidades no futuro.

Poupar significa abdicar de uma certa quantia no momento presente, para a utilizar num
momento posterior.

Saber o que é a poupança é importante, mas temos também de olhar para as suas vantagens.

Ao pouparmos estamos não só a garantir que teremos estabilidade financeira no futuro, como
estamos a garantir que estamos seguros assim que acontecer algum imprevisto, como uma avaria
no carro, de possíveis emergências. Sem a poupança, uma avaria no carro pode vir a ser uma
catástrofe.

Podemos identificar o que é a poupança ao subtrairmos o que gastamos àquilo que ganhamos.
7
1 - Poupança

Por termos recursos disponíveis, podemos melhorar a nossa


qualidade de vida, e tentar atingir objetivos que seriam
inalcançáveis se tivéssemos de nos sujeitar a tudo o que rende
dinheiro.

Por norma, a poupança é aplicada em produtos financeiros


seguros – como as contas poupança - que nos garantem a
disponibilidade do dinheiro, mas que rendem pouco.

8
1 - Poupança

Poupança vs. Investimento

Agora que sabemos o que é a poupança, podemos aventurar-nos e compará-lo ao


investimento. Há quem confunda os dois conceitos, apesar de ter o dinheiro no
banco e investir na bolsa não ser a mesma coisa.

A poupança é feita para que possamos ter o dinheiro acessível a qualquer altura e
geralmente corresponde ao dinheiro que colocamos em produtos seguros, para que não
o percamos – há até quem use o colchão para o guardar. A flexibilidade e segurança que
temos em produtos de poupança fazem com que as taxas de juros sejam, por norma,
baixas.

9
1 - Poupança
Por outro lado, temos o investimento, que costuma acabar por ser mais arriscado apesar
de trazer também maiores recompensas.

Normalmente investimentos mais arriscados – nos quais podemos perder todo o


dinheiro investido com facilidade – acabam por trazer também maiores recompensas.

Apesar da baixa valorização, a poupança é a melhor opção para quem não se pode
dar ao luxo de arriscar perder o dinheiro que tem.

https://www.linkedin.com/posts/activity-6907572386292727808-ruDg/?
utm_source=linkedin_share&utm_medium=android_app&fbclid=IwAR0s0zcygicv4xc9TlUpcv6APtdwha1memitOhK69p4VgJdj6klh
1uKpfp0

10
1 - Poupança
Como criar um Orçamento

O orçamento mensal é a ferramenta que assegura que conseguirá fazer face às despesas do mês seguinte e que o
ajudará a perceber onde está a gastar mais dinheiro, para que possa então ajustar os seus gastos de forma a que
consiga poupar no final do mês.

Um erro comum é achar que um rendimento baixo – se for o seu caso – não justifica a criação de um orçamento,
porque na verdade, quanto menos dinheiro temos, mais importante se torna planear o destino de cada cêntimo.

No fundo, o orçamento mensal é a melhor arma que tem para se precaver para o futuro e preparar-se para os
imprevistos.

Vamos imaginar que recebe por mês 650€. No seu orçamento, vai distribuir parte desse rendimento pelas categorias
em que prevê gastar dinheiro.

De uma forma geral, um orçamento mensal é composto pelas receitas do mês (variáveis e/ou fixas) e pelas despesas
(variáveis e fixas).

11
1 - Poupança
Passos para a criação de um orçamento

1º Para começar, identifique as suas fontes de rendimento ( Fixas ou Variáveis).

2º A seguir, identifique as suas despesas fixas. São aquelas que se repetem todos os meses, mais
ou menos nos mesmo dias dos meses. São também aquelas que dificilmente pode alterar.

12
1 - Poupança

13
1 - Poupança

3 º Depois de listar as suas despesas fixas, acrescente à tabela acima as suas despesas variáveis.

Assim que identificar onde gasta mais dinheiro, ser-lhe-á mais fácil alterar os seus hábitos de consumo e
fazer cortes onde precisa.

Não se esqueça de incluir compras únicas (um vestido ou fato para uma ocasião especial, por exemplo).

4º Por fim, calcule totais, e subtraia para saber quanto lhe sobrará no final do mês

14
1 - Poupança

5º - Se, após somadas as receitas e as despesas do mês, verificar que não


consegue poupar, pode tentar fazer ajustes ao seu orçamento, definindo limites
mais baixos para as despesas variáveis.

6º Se as suas dificuldades em poupar resultam de várias prestações com créditos,


o ideal será avaliar uma forma de reduzir as suas prestações.

7º Agora é a parte mais difícil: cumprir o plano que definiu para o orçamento do
próximo mês!

15
1 - Poupança

Planear um orçamento mensal vai abrir-lhe os olhos para despesas excessivas e


incentivar uma rápida adaptação às alterações da sua situação financeira.

Pode sentir-se chocado quando se deparar com as suas despesas reais, mas este
é um processo indispensável para saber e controlar exatamente onde anda o
seu dinheiro (e reduzir os níveis de stress, uma vez que está melhor preparado
para aquelas surpresas que aparecem todos os meses).

Poderá fazê-lo usando uma simples folha de papel, um documento Excel, ou


mesmo recorrer a softwares especializados no controlo de despesas.

16
1 - Poupança

Para a gestão eficaz dos seus rendimentos deve elaborar o seu orçamento familiar para saber
efetivamente como gasta o seu dinheiro. Só assim poderá;

1º Avaliar a sua real situação financeira;

2º Identificar os seus gastos supérfluos a eliminar;

3º Identificar quais são os gastos indispensáveis que poderão ser minimizados;

4º Compreender se tem capacidade financeira para contrair mais uma dívida de crédito ou contratar
um novo serviço. (Taxa de Esforço)

Link Simular a Taxa de Esforço: https://instacredito.pt/calcular-taxa-de-esforco/

17
1 - Poupança
https://sicnoticias.pt/economia/2022-11-04-Bancos-vao-rever-creditos-mas-fica-a-questao-como-sera-calculada-a-
taxa-de-esforco--e8ac56f6

Insolvência de Pessoas singulares - Lei nº 9/2022 de 11 de Janeiro, o período temporal da Exoneração do Passivo
Restante, reduziu-se, de 5 para três anos.
Em alternativa à Exoneração do Passivo Restante, pode o devedor, apresentar, conjuntamente, com a Petição Inicial,
um plano de pagamentos aos credores
Igualmente, com a Declaração de Insolvência, consegue-se um objectivo extremamente importante para o devedor,
nomeadamente, a suspensão de todas as penhoras e outras diligências executivas que corram contra o devedor. Os
credores da insolvência perdem a possibilidade de executar os bens dos insolventes.
O processo de Insolvência inicia-se com uma Petição Inicial, que é intentada no Tribunal onde o devedor tem domicílio,
com a necessária e obrigatória constituição prévia de advogado.

18
2 - Noções Básicas sobre Juros

Conceito - Juro ( 360 aa / 180/ 90)

é a remuneração dada a qualquer título de capitalização, ou seja, pelo uso do capital


empregado, ou pela aplicação do capital em atividades produtivas, durante um certo período e
a uma determinada taxa.

Esse intervalo de tempo usado na aplicação do capital à uma referida taxa, é denominado
período financeiro ou período de capitalização.

Unidade de medida

Os juros são fixados através de uma taxa percentual, que sempre se refere à uma unidade de tempo: ano,
semestre, trimestre, mês, dia, etc..
Decreto-Lei n.º
181/2008 – 2022
Unidade Conta: 102€
Custas Processuais 19
2 - Noções Básicas sobre Juros

Taxa de juros

A taxa de juros mede o custo da unidade de capital, no período a que se refere. Essa taxa é fixada no
mercado de capitais pela variação entre as forças que regem a oferta de fundos e a procura de créditos.

É a razão entre os juros pagos ou recebidos e o capital aplicado, num determinado período de tempo.

Juros - Classificação

Os juros são classificados em simples e compostos, dependendo do processo de cálculo utilizado.

Exemplo 1 : https://www.cgd.pt/Site/Saldo-Positivo/o-banco-e-eu/Pages/calcular-juros-simples-e-compostos.aspx

Exemplo 2: https://www.doutorfinancas.pt/depositos/o-que-sao-juros-simples-e-juros-compostos/?
amp&src=adw.ch.performancemax.costmlistAB&gclid=Cj0KCQiAvqGcBhCJARIsAFQ5ke6DxjgNk5igdxkhbTAGfiKa1E6emIH
gOsbl1gRYaP6Ky4lNkVOUK8waAprUEALw_wcB

20
2 - Noções Básicas sobre Juros
Cálculo do juro simples (comercial)
Juros simples são aqueles calculados somente sobre o capital inicial.

Quando o regime é de juros simples, a remuneração pelo capital inicial aplicado (também chamado de principal ou
ainda, valor presente) é diretamente proporcional ao seu valor (capital) e ao tempo de aplicação. O fator de
proporcionalidade é a taxa de juros, sendo que varia linearmente ao longo do tempo (1% ao dia é igual a 30% ao
mês, que é igual a 360% ao ano, etc.).
Cálculo do juro simples (comercial). 0,8% | 50% = 0,5 | 5% = 0,05 | 0,8% = 0,008 | 100% = 1

J = PV × i × n
Co/PV – capital inicial ou principal ou valor presente (PV = Present Value)
j -- juro ou valor monetário da remuneração
n – tempo de aplicação, ou seja, o número de períodos em que esteve aplicado o capital ou valor presente
(como o juro simples é dito comercial, usa-se o tempo comercial para os cálculos, ou seja, 30 dias no mês e 360
dias no ano).
i -- taxa unitária de juros(forma decimal)
21
2 - Noções Básicas sobre Juros

Juros compostos

São aqueles calculados sobre o montante ou valor futuro relativo ao período anterior, a partir do segundo período
financeiro. Portanto, concluímos que o montante no regime de juros compostos é igual ao de juros simples no 1º período
e maior do que no regime de juros simples, a partir do segundo período.

A diferença entre os dois regimes pode ser facilmente verificada através do exemplo seguinte, pois o juro simples é linear
e o juro composto é exponencial.
J = PV[(1+i)n - 1]
Um capital de €25.800,00 aplicados a 11,8% ao ano nos regimes de juros simples e compostos, por um período de 4
anos, que juros renderão?

PV = 25.800
n = 4 ano
i = 11,8% = 0,118 ano

22
2 - Noções Básicas sobre Juros

a) Juros simples b) juros compostos

J = Pv *i * n J = PV*[(1+i)n - 1]

J = 25.800 x 0,118 x 4 J = 25.800[(1,118)4 - 1]

J = 12.177,60€ J = 25.800[1,56231 - 1]
J = 25.800*[0,56231]
J = 14.507,60€

23
2 - Noções Básicas sobre Juros

Taxa de Juro Nominal, Real e Efetiva


A taxa de juro não é mais do que o custo de utilização do dinheiro, fruto de um empréstimo de outrem.

As taxas de juro real, nominal e efetiva, são aplicadas essencialmente a créditos e aplicações, e são variáveis ao longo do
tempo.
Taxa de juro nominal

A taxa de juro nominal é a taxa de juro propriamente dita, ou seja, é uma taxa fixada pelo período de um ano, e não sofre
variações. Esta taxa deve ser mencionada em todos os contratos de crédito e aplicações bancárias.
Taxa de juro efetiva

A taxa de juro efetiva é aplicada quando existe capitalização, e se torna necessário converter a taxa nominal em taxa efetiva.
Assim sendo, sempre que se faz uma aplicação, em que os juros serão incorporados no capital inicial (de forma trimestral
ou semestral), o valor a receber será maior do que o indicado pela taxa nominal.
Taxa de juro real
A taxa de juro real corresponde à taxa de juro nominal acertada pela taxa de inflação (Inflação em 2023 será de 8%).

24
3 - Relação entre Remuneração e o Risco

Rentabilidade
A rentabilidade é o resultado, positivo ou não do investimento. Existem diversas análise. As mais
comuns são Rentabilidade Bruta x Rentabilidade Líquida, Rentabilidade Esperada x Rentabilidade
Observada, Rentabilidade Absoluta x Rentabilidade Relativa.

O Risco

Risco é o grau de incerteza em relação à rentabilidade de um investimento. Isso significa a


oportunidade de o investimento dar um retorno abaixo do esperado, de se perder tudo o que foi
investido ou, em casos extremos, de a perda ultrapassar o valor do investimento original.

O risco é um dos fatores a ser considerado pelos investidores na hora de escolher um tipo de
investimento, ao lado da rentabilidade (retorno esperado) e do prazo de retorno (liquidez).

Apontamento 1
25
3 - Relação entre Remuneração e o Risco
A rentabilidade está sempre associada ao risco, e cabe ao investidor definir o grau de risco que
está disposto a correr para obter uma maior lucratividade. O perfil de risco do investidor
costuma ser dividido em três categorias:

Conservador, que é o menos disposto a correr riscos, ainda que sua rentabilidade seja
menor. Esse tipo de investidor costuma optar por investimentos de baixo risco.
( Aversão ao Risco)

Moderado, que busca um equilíbrio maior entre o risco do investimento e a


rentabilidade. Costuma buscar investimentos de médio risco ou por um mix de
investimentos de maior e menor risco.

Agressivo, que é o investidor mais disposto a fazer apostas arriscadas. Na procura de


retornos maiores, é mais propenso a optar por investimentos de alto risco. ( Amante
do Risco).

Teste Perfil Investidor: FT n.º 5 - https://www.sgf.pt/questionario-perfil-de-investidor/


26
3 - Relação entre Remuneração e o Risco

Em geral, os investimentos financeiros de renda fixa possuem taxas de risco


menores do que os de renda variável, como as ações. Isso porque, no primeiro caso, a
rentabilidade é previsível, ainda que, em um cenário de inflação alta, ela possa
representar perdas reais no valor investido.

Já os investimentos em renda variável estão mais sujeitos a fatores externos e, por


isso, os ganhos são mais incertos. O investimento em ações, embora possa gerar
retornos muito superiores a outros tipos de investimentos, é o que apresenta uma
maior diversidade de fontes de risco.

27
3 - Relação entre Remuneração e o Risco

Riscos no mercado de ações

O investimento em ações é considerado complexo justamente por estar exposto a uma combinação maior de
riscos. Confira os principais exemplos:
Riscos de empresa

Ao se apostar nos papéis de determinada empresa, o risco que se corre depende de sua saúde financeira e da sua
inserção no mercado, dentre outros fatores.

Problemas no processo de produção e perda de gestores importantes são alguns exemplos de riscos que podem afetar o
desempenho de uma empresa e, consequentemente, o valor de seus papéis.

O chamado risco do negócio está relacionado com a oportunidade de a empresa não atingir os resultados financeiros que
espera, por exemplo, porque surgiu uma nova concorrente no mercado ou porque uma inovação pode fazer a companhia
ficar obsoleta em termos tecnológicos.

Já o risco financeiro tem relação com a capacidade de a empresa pagar as dívidas que adquiriu, Uma empresa muito
endividada possui um nível maior de risco financeiro.
28
3 - Relação entre Remuneração e o Risco

Riscos do mercado

São fatores externos que têm impacto sobre o mercado de ações em geral, o segmento no qual a empresa atua ou
sobre as próprias companhias.
Variações nos preços das matérias-primas, oscilações nas taxas cambiais, desastres naturais, crises económicas globais
e mudanças em regimes de governo são alguns exemplos desses riscos.

Por exemplo, os anos de crise económica no hemisfério norte e a desaceleração da economia chinesa provocaram uma
queda global no preço das matérias-primas. Essa queda prejudicou, por exemplo, as empresas minerais, já que
produtos como o carvão e o petróleo que elas produzem e comercializam passaram a valer menos.

Outro exemplo é o risco monetário, que tem relação com as taxas cambiais. Se houver uma valorização muito grande
da moeda local, empresas exportadoras podem ter mais dificuldades de encontrar clientes no exterior. Já em caso de
alta do dólar, quem se endividou em moeda estrangeira ou depende de produtos/insumos/MPs importados será
prejudicado

29
3 - Relação entre Remuneração e o Risco

Liquidez: Definimos como liquidez a facilidade de um ativo ser


transformado em liquidez corrente (dinheiro).

É o prazo para o resgate do investimento.

30
Depósitos a prazo ; Certificados de
aforro ; Obrigações do tesouro;
Obrigações de empresas
4 - Características de alguns Produtos Financeiros Ações.

É possível constituir as suas poupanças com qualquer um destes produtos para diferentes prazos. Os teóricos
dizem-nos que se queremos investir para prazos mais alargados podemos e devemos assumir alguns riscos. No
entanto, se o seu objetivo for sempre a preservação de capital poderá recorrer a estes produtos sem qualquer
problema, tendo em conta que:
Os Certificados de Aforro têm prazo mínimo de investimento trimestral. Se levantar o dinheiro a meio do
trimestre irá perder os juros desse período (sendo que no primeiro trimestre não pode mobilizar o seu dinheiro de
todo);
Os Depósitos a Prazo só pagam juros se os mantiver de acordo com o contratado. Assim, deve analisar muito
bem quando irá precisar do dinheiro e fazer o depósito a prazo para esse período. Caso contrário, perderá o
equivalente aos juros.
https://sicnoticias.pt/programas/contaspoupanca/2022-12-01-Certificados-de-Aforro-aproveitar-a-crise-para-
ganhar-dinheiro-6a200ea3
https://www.rankia.pt/depositos/o-que-e-um-deposito-a-prazo/
https://web3.cmvm.pt/sdi/ifs/app/precarios_ifs.cfm -Preçário dos Intermediários financeiros

31
4 - Características de alguns Produtos Financeiros

Obrigações do Tesouro são o principal instrumento utilizado pelo Estado português para satisfazer as
suas necessidades de financiamento junto dos mercados financeiros.

Obrigações de Empresa: As obrigações são títulos representativos de um empréstimo contraído pelo


emitente da obrigação (tipicamente uma empresa, entidade pública ou um estado soberano), os quais
podem ser subscritos pelos investidores em parcelas (valor nominal) do valor total do empréstimo. As
obrigações constituem um ativo para os investidores (recebem juros) e um passivo para o emitente
(implicando um custo de financiamento). Conferindo um direito preferencial no reembolso relativamente
às acções. Em caso de falência ou liquidação, o direito de reembolso do obrigacionista prevalece sobre o
do acionista.

https://eco.sapo.pt/2022/10/12/mota-engil-aumenta-oferta-de-obrigacoes-para-70-milhoes/
https://www.deco.proteste.pt/investe/depositos-certificados/obrigacoes-tesouro/noticias/2020/
08/certificados-tesouro-obrigacoes-tesouro
- leitura adicional
https://www.deco.proteste.pt/investe/depositos-certificados/obrig
acoes-tesouro
32
- investimentos
4 - Características de alguns Produtos Financeiros
Ações
Valor de uma Ação

O valor de uma ação depende do estado do mercado. O que o define é a procura e a oferta, sendo certo que
valor e preço de uma ação são coisas distintas.
Quem investe em ações sabe que é a lei do mercado que dita quanto vale cada título. Mas há outros fatores que
influenciam essa cotação em bolsa.

Lei do mercado determina o valor


Sendo uma ação uma parcela do capital social de uma empresa, o valor de uma ação mais não é do que o valor
no mercado. Ou seja, o preço a que cada um dos títulos é cotado na Bolsa de Valores em cada sessão de
negociação. E esse preço varia consoante a oferta e a procura das referidas ações. Vejamos de que forma.
https://www.rankia.pt/acoes/qual-a-diferenca-entre-as-acoes-preferenciais-e-as-ordinarias/

https://www.rankia.pt/bolsa/como-investir-na-bolsa-sendo-iniciante/

33
4 - Características de alguns Produtos Financeiros

Tudo se rege e determina pela lei do mercado. Nas ações, o valor tende a subir quando a
procura é superior ao número de títulos disponíveis para comprar. Efeito inverso se
verifica quando a oferta é superior à procura, refletindo-se numa descida do valor de uma
ação.

Valor da empresa
Mas sendo uma ação parte da empresa a que diz respeito o seu desempenho também
influencia o valor de uma ação.

Aliás, é um dos fatores determinantes. As ações valerão mais quanto mais rentável for a
atividade e gerar boas taxas de retorno.

34
4 - Características de alguns produtos financeiros
a) Comissão de transação
No ato de compra e venda de ações são cobradas taxas ou comissões pela execução dessas operações, que
incluem as cobradas pelo próprio intermediário financeiro, as que têm que ser pagas à bolsa ou a outro
intermediário financeiro responsável pela efetiva execução da ordem (nos casos aplicáveis), a comissão de
liquidação e de compensação. Os valores cobrados variam consoante o intermediário financeiro (banco,
corretora ou outro) e o mercado onde a empresa em que pretende investir está cotada. Essas taxas podem
ser fixas ou em percentagem do capital aplicado. Há intermediários financeiros que cobram comissão
mesmo que uma ordem de compra ou venda não seja executada. Sobre as taxas ou comissões apresentadas
há ainda que ter em conta o pagamento do imposto do selo (à taxa em vigor no momento da transação).

b) Comissão por guarda de títulos


A abertura e manutenção de uma conta de títulos – obrigatória para quem detém ações – tem custos. Este
custo pode ter um valor fixo (trimestral ou semestral) ou variável (percentagem sobre os valores que fazem
parte da conta, com um limite mínimo e um limite máximo). Sobre o valor da comissão incide IVA à taxa
legal em vigor.

35
4 - Características de alguns produtos financeiros
c) Comissão por transferência de valores mobiliários entre contas

Um investidor que pretenda mudar a sua carteira de títulos para outra instituição financeira incorre
também em custos. Esta comissão não é cobrada, normalmente, pelo intermediário financeiro para o qual
os valores mobiliários são transferidos. Antes de solicitar a transferência, é importante que o investidor
conheça estes custos e verifique se o valor da sua carteira de títulos compensa o custo de transferência.

Fiscalidade
O regime fiscal influencia o retorno final do investimento em ações. No caso do investidor ter recebido
dividendos, estes estão sujeitos à taxa liberatória de IRS em vigor, o que significa que a entidade que
distribui os dividendos é obrigada, no ato do pagamento, a reter a parcela correspondente à aplicação dessa
taxa, que depois entrega diretamente ao Estado. No caso das ações, a sujeição à tributação só ocorre com a
venda dos títulos e o montante sobre o qual incide a taxa de imposto corresponde ao saldo entre as mais-
valias (lucros) e menos-valias (prejuízos) registadas no ano civil em que ocorreram essas transações.

36
4 - Características de Alguns Produtos Financeiros

Aspetos a ter em conta no investimento em ações

Segurança: Que o capital ou parte dele seja devolvido no final do nosso horizonte temporal.
Ninguém quer perder dinheiro, o aconselhável é valorizar a empresa antes de investir na mesma.
Podemos rever o seu balanço, a sua demonstração de resultados, suas dívidas … antes de fazer
qualquer aquisição.

Liquidez: Certifique-se de que o capital investido será reembolsado no momento que o investidor
assim o desejar. Para fazer isso, verifique a frequência da cotação de um valor ou o volume de
negociação diário.

Benefício: para ter certeza de que a rentabilidade esperada irá compensar os custos da operação
e o preço do dinheiro.

37
Perfil do Investidor: https://www.deco.proteste.pt/investe/estrategias
5 - Fundos de Investimento
Um fundo de investimento é um instrumento financeiro que resulta da captação de capital junto de diversos
investidores, constituindo o conjunto desses montantes um património autónomo, gerido por especialistas que o
aplicam numa variedade de ativos.
Os fundos de investimento são supervisionados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Existem no mercado diversos tipos de fundos de investimento, que se distinguem, designadamente, pela diversificação
das classes de ativos presentes nas suas carteiras. Os fundos de investimento mobiliários são os que investem
sobretudo em ações, obrigações ou outros valores mobiliários. Os fundos de investimento imobiliários são fundos que
investem sobretudo em bens imóveis.

Os fundos de investimento podem ainda subdividir-se em fundos abertos e fechados. Nos fundos abertos os
investidores podem subscrever e resgatar unidades de participação em qualquer momento. Nos fundos fechados a
subscrição só é possível durante um período pré-fixado e o resgate só ocorre na data de liquidação do fundo.
Existem também fundos de investimento mistos, fundos especiais de investimento..

38
https://ind.millenniumbcp.pt/pt/geral/fiscalidade/Pag
es/produtos-financeiros.aspx
5 - Fundos de Investimento - https://www.bankinter.pt/fundos/investir-em-f
Fiscal/Impostos
undos
- Produtos/Investidor
CARACTERÍSTICAS DOS FUNDOS
Os fundos de investimento são uma alternativa ao investimento direto nos ativos que compõem o seu património,
com as seguintes vantagens:
-permitem uma maior diversificação do património do investidor particular;

- permitem reduzir os custos de transação (nomeadamente de corretagem) face aos que um investidor individual
teria de suportar por cada operação, caso pretendesse sozinho atingir o mesmo nível de diversificação da carteira;
-estão sujeitos a um regime fiscal que é, em muitos casos, mais favorável, como é o caso do investimento em imóveis,
devido às isenções fiscais de que beneficiam;

-são caracterizados pela simplicidade quanto à forma de investir;

-são conhecidas, previamente à sua subscrição, as regras para o reembolso dos montantes aplicados;

- permitem o acesso dos pequenos investidores a mercados, que à partida lhe estariam inacessíveis, atendendo ao
elevado montante do capital exigido.
39
5 - Fundos de Investimento

Em contrapartida, a subscrição de fundos de investimento através da aquisição de


unidades de participação implica colocar na mão de gestores profissionais:

a responsabilidade da escolha dos ativos que devem integrar o património do fundo;


- a gestão desses ativos;

- o exercício dos direitos inerentes aos valores que integram o património do fundo, por
exemplo, a cobrança de juros ou de dividendos, o exercício de direitos de voto, ou a
cobrança de rendas;

- o cálculo do valor da unidade de participação.

40
5 - Fundos de Investimento

PRINCIPAIS RISCOS
Cada fundo de investimento tem características e riscos próprios que só podem ser totalmente
avaliados com base na leitura da documentação obrigatória associada a cada fundo.

GARANTIA DE CAPITAL
Os fundos de investimento com garantia de capital são pouco usuais. Quanto maior a classe de
risco a que o fundo pertence, maior o potencial de valorização da carteira de ativos, mas também
maior é a probabilidade de se virem a registar perdas, sobretudo, em prazos de investimento
curtos.

41
5 - Fundos de Investimento

RISCO DE MERCADO
Nos fundos de investimento mobiliário, as ações, obrigações, matérias-primas, taxas de câmbio e
outros ativos que compõem o património estão, geralmente, cotados nos mercados de capitais e
registam, por isso, flutuações de preços, pelo que existe a possibilidade de perda de parte ou da
totalidade do capital investido.
Nos fundos de investimento imobiliário, o rendimento obtido está sujeito às condições do
mercado imobiliário, ou seja, está dependente da variação nos preços dos imóveis e no mercado
de arrendamento.
RISCO DE REMUNERAÇÃO
Os rendimentos gerados pelos fundos não são conhecidos no momento de aquisição,
dependendo da evolução dos ativos que os compõem.
Os rendimentos gerados pelos fundos podem ser, regularmente, distribuídos aos participantes.
Neste caso, denominam-se de fundos de distribuição. Quando os rendimentos não são
distribuídos, os fundos denominam-se de capitalização ou de acumulação.

42
5 - Fundos de Investimento
RISCO DE LIQUIDEZ
Os fundos de investimento, sobretudo os fundos abertos, têm, geralmente, uma elevada
liquidez.

As regras de resgate devem constar nos documentos obrigatórios de constituição dos


respetivos fundos.

No caso dos fundos de investimento fechados, o investidor terá, por norma, que manter
as unidades de participação até à liquidação do fundo. É possível, no entanto, que estas
sejam alienadas antes desse prazo, desde que o intermediário financeiro encontre um
outro comprador para as mesmas.

43
5 - Fundos de Investimento
REGRAS DE COMERCIALIZAÇÃO - SUBSCRIÇÃO E RESGATE

Um fundo de investimento pode ser subscrito através da aquisição de unidades de participação junto da
entidade gestora do fundo ou ao balcão das instituições de crédito, que, neste caso, atuam enquanto
intermediários financeiros.
As instituições de crédito que os comercializam têm de estar autorizados pela Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários para o exercício dessa atividade.
Podem existir outras entidades que comercializam fundos, como sejam os CTT. Porém todas as entidades que
prestem este serviço têm de estar registadas e autorizadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Nos fundos abertos os investidores podem entrar e sair, ou seja, subscrever e resgatar unidades de participação
em qualquer momento.
Nos fundos fechados a subscrição só é possível durante um período pré-fixado e o resgate só ocorre, por
norma, na data de liquidação do fundo, que é dada a conhecer durante a comercialização do fundo através de
documentos divulgados no sítio da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

https://web3.cmvm.pt/sdi/fundos/app/
pesquisa_nome_fundos_shp.cfm?nome=&src=shp
5 - Fundos de Investimento - COMISSÕES
A subscrição de fundos de investimento envolve custos para o investidor. As comissões variam entre tipos de
fundos, mesmo dentro da mesma sociedade gestora. No entanto, há casos em que as entidades gestoras decidem
isentar os investidores de alguma ou algumas das comissões mais usuais.

Antes de aplicar poupança neste tipo de produto, é importante que o investidor saiba quais as comissões que terá de
suportar e que têm que estar previstas no regulamento de gestão e no prospeto dos fundos de investimento.

As comissões suportadas pelos investidores que adquirem unidades de participação em fundos incluem:

a comissão de subscrição, cobrada pela entidade comercializadora no momento em que são subscritas as unidades
de participação, sendo o seu montante adicionado ao valor das unidades de participação;
a comissão de resgate, cobrada pela entidade comercializadora no momento em que o investidor recebe o valor do
resgate das unidades de participação, sendo o seu montante subtraído ao valor das unidades de participação;
a comissão de gestão, que é suportada diretamente pelo fundo e se destina a remunerar os serviços prestados pela
entidade gestora, a qual está já, todavia, incorporada no valor da unidade de participação.
Tabelas/Custos disponibilizadas CMVM : https://web3.cmvm.pt/sdi/fundos/custos/index.cfm

45
6 - Seguros de Vida

O seguro de vida é um seguro que cobre o risco de morte ou de sobrevivência de uma ou várias
pessoas seguras. Pode também incluir coberturas complementares, como o risco de invalidez ou
acidente.

Vantagens do seguro de vida a ter em conta

As vantagens do seguro de vida passam, sobretudo, pela garantia da estabilidade financeira da família,
que estará protegida, no caso de acontecer algum imprevisto.

Contratar um seguro de vida é uma forma de assegurar a subsistência da família, durante um


determinado período de tempo, nos casos de morte ou invalidez do beneficiário. Assim, em caso de
morte, o seguro de vida envolve a seguradora, o beneficiário e os beneficiários associados, deixando de
ser válido em caso de suicídio.
Seguro de acidentes pessoais, o segurador cobre o risco de verificação de lesão corporal, invalidez, temporária ou permanente, ou
morte da pessoa segura, por causa súbita, externa e imprevisível.
Seguro de saúde, o segurador cobre os riscos relacionados com a prestação de cuidados de saúde.

https://www.deco.proteste.pt/campanhas/mudar-seguro-vida
46
6 - Seguros de Vida
Vantagens:
- Protege a família do beneficiário do seguro, estando os rendimentos garantidos;

- A casa fica paga no caso de falecimento de um dos titulares;

- No caso de invalidez e na impossibilidade de trabalhar, existe a garantia de rendimentos;

- O capital seguro corresponde ao valor em dívida, permitindo poupar no seguro;

- Possibilidade de adquirir um seguro com capital constante por períodos de 5, 10 ou 20 anos;

- Existência de diversos tipos de seguros de vida;

-Possibilidade de personalizar o seguro de vida;

- Dedução do seguro de vida no IRS em determinados casos;

47
6 - Seguros de Vida

Esta modalidade de seguro surge, no fundo, como forma de prevenir, a nível


económico, as consequências da morte ou da sobrevivência numa determinada
idade. Assim:

Nos seguros em caso de morte, o segurador paga ao beneficiário o capital


acordado se a pessoa segura morrer antes do prazo fixado no contrato, estando
excluída a morte por suicídio até um ano após a celebração do contrato, salvo
convenção em contrário;

Nos seguros em caso de vida, o capital acordado será pago se a pessoa se


encontrar viva ao tempo do final do contrato.

48
Instrumento de Captação de
Aforro Estruturado (ICAE) era
6 - Seguros de Vida - Ramo Vida a designação atribuída a
produto em forma de depósito
Os seguros são divididos, fundamentalmente, em dois ramos: Ramo Vida e Ramo Não Vida. ou obrigação de caixa, que
prometia ganhos elevados e
pouco risco, com prazo entre
Sucintamente, os seguros e operações abrangidos pelo ramo vida são os seguintes: um e cinco anos.
Seguros de vida: são seguros que garantem, como cobertura principal, o risco de morte ou sobrevivência (ou
ambos) de uma ou várias pessoas seguras, podendo também incluir, como coberturas complementares, o risco de
invalidez, de acidente ou de desemprego;
Seguros de nupcialidade/natalidade: objeto o pagamento de um capital e/ou renda, na totalidade ou em parte, em
caso de casamento ou de nascimento de filhos;
Seguros ligados a fundos de investimento (unit linked): de capital variável em que o valor a receber pelo beneficiário
depende, no todo ou em parte, de um “valor de referência” constituído por uma ou mais “unidades de participação”,
sendo qualificados como instrumentos de captação de aforro estruturado (ICAE). Nesta modalidade de seguro, o
risco do investimento é assumido, pelo menos em parte, pelo tomador do seguro, podendo não dar origem a
qualquer rendimento se não existir uma cláusula que garanta um rendimento mínimo;
Operações de capitalização: são contratos pelos quais o segurador se compromete a pagar um valor previamente
fixado, que pode ser determinado em função de um “valor de referência”, decorrido um certo número de anos, em
troca do pagamento de um prémio único ou periódico e independentemente de qualquer evento ligado à duração da
vida do subscritor, seja morte ou sobrevivência.

49
6 - Seguros de vida - Ramo não vida

abrangem os seguintes seguros e operações:

S​ eguro de acidentes pessoais: seguro que cobre os riscos de verificação de uma lesão corporal, invalidez
temporária ou permanente, ou da morte da pessoa segura, devida a uma causa súbita, externa e imprevisível;
Seguro de acidentes de trabalho: tem como finalidade que os trabalhadores e os seus familiares sejam
reparados de modo adequado pelos danos que decorram de acidentes de trabalho;

Seguro de saúde: cobre os riscos relacionados com a prestação de cuidados de saúde, de acordo com as
coberturas e os limites do respetivo contrato de seguro;

Seguro de responsabilidade civil geral: cobre os danos que o segurado possa vir a causar em terceiros e que
sejam suscetíveis de originar uma indemnização;

Seguro de responsabilidade civil automóvel: cobre o pagamento de indemnizações por danos corporais e
materiais causados a terceiros e a pessoas transportadas;

50
6 - Seguros de vida - Ramo não vida
abrangem os seguintes seguros e operações:

​Seguro de incêndio: cobre os danos causados pela ocorrência de incêndio;

Seguro de crédito: seguro que abrange as perdas causadas por, nomeadamente, falta ou atraso no pagamento
de obrigações pecuniárias, riscos políticos, naturais ou contratuais, que obstem ao cumprimento de tais
obrigações,(…) variações de taxa de câmbio de moedas de referência no pagamento e alteração anormal e
imprevisível dos custos de produção;

Seguro- caução: abrange os danos patrimoniais sofridos, em caso de falta de cumprimento ou de mora do
tomador do seguro, em obrigações cujo cumprimento possa ser assegurado por garantia pessoal;

Seguro de proteção jurídica: seguro que cobre os custos de prestação de serviços jurídicos, nomeadamente
de defesa e representação dos interesses do segurado, assim como as despesas decorrentes de um processo
judicial ou administrativo;

Seguro de assistência: seguro que garante o auxílio ao segurado no caso de este se encontrar em dificuldades
em consequência de um evento aleatório.
51
7 - Fundos de Pensões Fundos de pensões e PPR: quais as diferenças
Um fundo de pensões não é um PPR. Ainda que apresentem algumas semelhanças, alguns aspetos distinguem-nos:
Um PPR, ou plano de poupança-reforma, deve precisamente apresentar essa designação.
Um fundo de pensões não pode ser transferido para um PPR. Mas existem PPR, sob a forma de fundos de pensões,
que podem ser transferidos para outros PPR.

Muitas empresas já disponibilizam fundos de pensões aos seus colaboradores, uma forma de beneficiarem da
otimização de custos, através de deduções no IRC, no IRS e nas contribuições para a Segurança Social.

À semelhança dos PPR, os fundos de pensões usufruem de benefícios fiscais. Permitem deduzir à coleta 20% dos
valores aplicados, com o limite de 300 a 400 euros, consoante a idade e de acordo com o escalão de rendimento
coletável.
Comparar PPR: https://www.deco.proteste.pt/investe/reforma/fundos-ppr
Agressivos, Defensivos, Equilibrados

https://www.deco.proteste.pt/investe/reforma/direitos/noticias/2022/05/melhores-solucoes-poupanca-
reforma-proteste-investe
https://www.realvidaseguros.pt/fundos-de-pensoes/real-vida-pensoes
52
7 - Fundos de Pensões Fundos de pensões e PPR: quais as diferenças

Existem, contudo, PPR sob a forma de fundos e, esses sim, podem ser transferidos.
Como distingui-los? A regra é simples: da designação deve constar sempre o acrónimo
“PPR” .

Fundos de Pensões , ou seja, aqueles que qualquer pessoa pode subscrever por sua iniciativa. À
semelhança dos PPR, permitem fazer entregas periódicas de pequeno montante, em muitos casos, a
partir de 25 euros por mês (ou até menos), e beneficiam da mesma vantagem fiscal em termos de
deduções para o IRS.

Contudo, há diferenças a assinalar entre fundos de pensões e PPR. Em regra, apenas pode mobilizar os
fundos de pensões nas seguintes situações: reforma por velhice, reforma por invalidez, pensão de
sobrevivência ou morte do participante.

https://www.realvidaseguros.pt/fundos-de-pensoes/real-vida-pensoes

53
7 - Fundos de Pensões Fundos de pensões e PPR: quais as diferenças
Fundos de pensões e PPR: o que os distingue? - Fundos de Pensões
Subscrição: Podem ser subscritos individualmente ou pelos colaboradores da empresa. O montante é idêntico para
todos os participantes do plano de pensões.

Liquidez (reembolso): O dinheiro pode ser levantado nos casos definidos por lei, que são reforma por velhice, invalidez,
pré-reforma, reforma antecipada e morte. A parte da contribuição do trabalhador pode ser resgatada em caso de
doença grave (com comprovativo), desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho e morte.
Resgate: Pelo menos, dois terços do montante acumulado têm de ser sob a forma de pensão.

Benefícios fiscais: Dedução à coleta de 20% dos valores aplicados, com limite de 300 a 400 euros, consoante a idade e
de acordo com o escalão do rendimento coletável.

Reembolso: 8% sobre os rendimentos na parte recebida como capital; as contribuições da entidade patronal são
tributadas como os salários, beneficiando da isenção de um terço das contribuições; a parte recebida sob a forma de
pensão é tributada como pensão, englobada no rendimento da categoria H.
https://www.realvidaseguros.pt/fundos-de-pensoes/real-vida-pensoes

54
7 - Fundos de Pensões Fundos de pensões e PPR: quais as diferenças
Fundos de pensões e PPR: o que os distingue? - PPR
Subscrição: são, no geral, subscritos individualmente. O aforrador aplica o que entender sem qualquer
limite.
Liquidez (reembolso): a qualquer momento, dentro das condições definidas por lei: reforma por velhice do
participante ou cônjuge; idade superior a 60 anos do participante ou cônjuge; e para qualquer membro do
agregado familiar nas situações de desemprego há mais de um ano, invalidez, doença grave. Se não
respeitar estas condições, terá de repor os benefícios fiscais, acrescidos de 10% por cada ano decorrido.

Resgate: pode resgatar o montante acumulado pela totalidade ou sob a forma de pensão.

Benefícios fiscais: dedução à coleta de 20% dos valores aplicados, com o limite de 300 a 400 euros,
consoante a idade e de acordo com o escalão de rendimento coletável.

Reembolso: 8% sobre os rendimentos gerados, caso sejam cumpridas as condições definidas na lei e caso
opte pelo reembolso total. Fora das condições da lei: 21,5% para entregas com menos de cinco anos;17,2%
para entregas com mais de cinco e menos de oito anos; 8,6% acima de oito anos.

55
7 - Fundos de Pensões Fundos de pensões e PPR: quais as diferenças
Benefícios fiscais dos Planos Poupança Reforma
Criados com o objetivo de estimular a poupança e o investimento na perspetiva a longo prazo, os PPR
oferecem duas grandes vantagens fiscais que são: o benefício fiscal à entrada e o benefício fiscal à saída.

O benefício fiscal de entrada de capital novo anual nos PPR possibilita uma dedução à coleta de 20% no
IRS, sendo que o limite varia de acordo com a idade do titular:
– Até aos 35 anos, este pode deduzir até 400 euros desde que aplique 2.000 euros no PPR nesse ano;
– Entre os 35 e os 50 anos, pode deduzir no máximo 350 euros desde que invista 1.750 euros;
– A partir dos 50 anos, pode deduzir até 300 euros desde que aplique 1. 500 euros no PRP.

O benefício fiscal de saída corresponde à tributação por resgate. Ou seja, quando o investidor decide
reaver o montante investido:
– Se for resgatado dentro das condições legais e a pessoa mantiver o PPR, pelo menos mais cinco anos, a
taxa é de 8% sobre o rendimento obtido. Nos outros instrumentos de aforro a taxa é de 28%;

56
7 - Fundos de Pensões Fundos de pensões e PPR: quais as diferenças
Mobilização sem penalização
A isenção de penalizações no resgate dos PPR verifica-se nas seguintes situações:
Reforma por velhice;

O titular ter atingido mais de 60 anos de idade (a subscrição do PPR deve ter acontecido há pelo menos cinco anos);

DLD do titular ou de um membro do agregado familiar;

Incapacidade permanente do titular para o trabalho ou de um membro do agregado familiar;

Doença grave do titular do PPR ou de outros membros do agregado familiar;

Utilização do dinheiro para amortizar o crédito de habitação do titular;

Em caso de morte do titular.


Pode resgatar o PPR em qualquer momento. Contudo, sendo fora das condições legais, fica obrigado a devolver os
benefícios fiscais acrescidos de 10% ao ano e pagar uma comissão de resgate antecipado.

57
7 - Fundos de Pensões
Um fundo de pensões é um património autónomo que se destina exclusivamente ao financiamento de um ou mais planos de
pensões e/ou planos de benefícios de saúde, podendo ainda simultaneamente estar afeto ao financiamento de um
mecanismo equivalente nos termos da Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto.

Quem Tutela é A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

Quais são os principais intervenientes nos fundos de pensões?

Associado: entidade que institui os planos de pensões e/ou de benefícios de saúde financiados por um fundo de pensões
fechado ou por uma adesão coletiva a um fundo de pensões aberto.

Participante: pessoa cuja situação pessoal ou profissional determina a definição dos direitos previstos nos planos de pensões
ou de benefícios de saúde, independentemente de contribuir ou não para o seu financiamento.

Contribuinte: pessoa ou entidade que contribui para o fundo em nome e a favor do participante.

Beneficiário: pessoa com direito aos benefícios fixados nos planos de pensões ou de benefícios de saúde,
independentemente de ter ou não sido participante.

Entidade gestora: entidade que gere o fundo de pensões; pode ser uma sociedade constituída exclusivamente para esse
58 fim
(sociedade gestora de fundos de pensões) ou uma empresa de seguros do ramo Vida.
7 - Fundos de Pensões
https://www.apfipp.pt/
Que tipos de fundos de pensões existem?
a) Fundo de Pensões Fechado: Respeita apenas a um associado ou, envolvendo vários
associados, se existir um vínculo empresarial, associativo, profissional ou social entre
eles e for necessário o seu acordo para a entrada de novos associados no fundo. Um
fundo de pensões fechado constitui-se através de um contrato celebrado entre a
entidade gestora e os associados, que se designa por contrato constitutivo.

b) Fundo de Pensões Aberto: Resulta de um Regulamento de Gestão instituído


unicamente pela entidade gestora, dependendo a adesão ao fundo aberto unicamente
de aceitação pela entidade gestora, podendo essa adesão assumir a forma de adesão
coletiva, quando se efetua através de um ou, havendo um vínculo empresarial,
associativo, profissional ou social entre eles, vários associados; ou de adesão individual,
quando se efetue pela simples subscrição de unidades de participação por
contribuintes.
59
7 - Fundos de Pensões
Os fundos de pensões podem ser extintos?
Em princípio, os fundos de pensões apenas podem ser extintos com autorização prévia da Autoridade de Supervisão
de Seguros e Fundos de Pensões.

O que são planos de pensões?

Um plano de pensões é um programa que define as condições para receber uma pensão de pré-reforma; reforma
por invalidez; reforma antecipada; reforma por velhice; sobrevivência e/ou outra contingência equiparável, de acordo
com as disposições legais.

Tudo sobre Fundo de Pensões:


https://www.asf.com.pt/NR/exeres/D72C5129-BC6A-43B0-86F1-CEDC47BEB357.htm

https://www.youtube.com/watch?v=8AzLWWfusQU Cuidados PPR

60
8 - Outros Ativos: Moeda, Ouro, etc.
Um dos meios mais famosos de investimento é comprar metais preciosos. Prata, ouro, platina etc.

O ouro torna-se mais popular nas épocas de instabilidade política e económica. Os impérios, as moedas e os regimes
políticos mudam, mas o ouro mantém o seu poder sobre as pessoas. Em muitas situações complicadas o ouro não só
ajudava a guardar dinheiro, mas também a vida dos investidores. É por isso que nos períodos de incerteza os
investidores muitas vezes compram ouro como um ativo seguro.

O ouro é sem dúvida um dos ativos financeiros mais seguros existentes. Além de ser um ativo físico ele também
lastreia a reserva monetária de inúmeros países.

https://www.rankia.pt/bolsa/como-investir-em-ouro-etfs-fundos-de-investimento-
empresas-e-ouro-fisico/

https://www.rankia.pt/bolsa/como-investir-em-ouro-etfs-fundos-de-
investimento-empresas-e-ouro-fisico/#Investir_em_ETFs_de_ouro

61
8 - Outros Ativos: Moeda, Ouro, etc.
As funções da Moeda
A moeda tem três funções na economia:

Meio de troca – um item que os compradores dão ao vendedores quando pretendem comprar bens e
serviços.

Unidade de medida – o padrão que as pessoas usam para anunciar preços e registar débitos.

Reserva de valor – um item que as pessoas podem usar para transferir poder de compra do presente para o
futuro.

A moeda não é a única forma de reserva de valor. O termo riqueza é usado para referir o total de todas as
reservas de valor, incluindo moeda e activos não- monetários. Porque moeda é o meio de troca da economia,
é o ativo mais líquido.

62
8 - Outros Ativos: Moeda, Ouro, etc.

https://www.google.com/search?q=video+do+que+
%C3%A9+criptomoedas+garagem&rlz=1C1GCEA_enPT902PT902&biw=1242&bih=597&tbm=vid&sxsrf=ALiCzsY2XpI4oHpeqI4fsBQ5rWWed
ztCGg%3A1669916083421&ei=s-WIY46WGargkgWA9Zn4Aw&ved=0ahUKEwjOu9OX-
tj7AhUqsKQKHYB6Bj8Q4dUDCA0&uact=5&oq=video+do+que+
%C3%A9+criptomoedas+garagem&gs_lcp=Cg1nd3Mtd2l6LXZpZGVvEAMyBQgAEKIEMgUIABCiBDoECCMQJzoFCCEQoAE6CAghEBYQHhAdU
N8FWKcgYNkjaABwAHgAgAGcAYgBqgmSAQMwLjmYAQCgAQHAAQE&sclient=gws-wiz-
video#fpstate=ive&vld=cid:f249ef62,vid:bWBgHlLWj4Q
https://estudoemcasaapoia.dge.mec.pt/recurso/o-fabrico-da-moeda-metalica-da-antiguidade-aos-dias-
de-hoje

https://www.youtube.com/watch?v=wh9Vkq7m2mo O Euro digital e os criptoativos


https://www.youtube.com/watch?v=1XDfP8vi5w8 As “moedas virtuais” não são verdadeiras moedas.

https://www.youtube.com/watch?v=6tFJc98284Y Uma viagem pela vida das notas de euro ( muito bom)

63
Webgrafia
https://www.todoscontam.pt/pt-pt/obrigacoes
www. cgd.pt
www.bancoinvest.pt
www.doutorfinancas.pt
www.montepio.pt
www.occ.pt
www.santander.pt
www.contaspoupança.pt
www.cmvm.pt
https://www.todoscontam.pt/pt-pt/produtos-financeiros-complexos
https://www.nfs-advogados.com/os-seguros-em-especial-vida-e-nao-vida.html#.Y5I7yXbP3IU
https://www.cmvm.pt/pt/SDI/ProdutosFinanceirosComplexos/Pages/Guia-sobre-Produtos-Financeiros-Complexos.aspx
https://www.deco.proteste.pt/investe/estrategias
https://www.deco.proteste.pt/investe/reforma/fundos-ppr/analises/2021/02/fundos-pensoes-ppr-quais-diferencas_
https://www.asf.com.pt/NR/exeres/4599B06F-D562-4EDA-AAD7-EA9E931A1A38.htm

https://www.google.com/search?q=produtos+financeiros&rlz=1C1GCEA_enPT902PT902&sxsrf=ALiCzsa-
hMgCbpqME2s3uqzjjBpsFHPdGg:1670524694463&source=lnms&tbm=vid&sa=X&ved=2ahUKEwiA0IG41er7AhWlTKQEHfieCnwQ_AUoA3oECAMQBQ
&cshid=1670524784555001&biw=1242&bih=597&dpr=1.1#fpstate=ive&vld=cid:914ff46b,vid:Ux90nk7LH8Q

https://www.cgd.pt/Particulares/Credito/Pessoal/Simulador-Expresso/Pages/Credito-Pessoal-Simulador-Expresso.aspx?
gclid=Cj0KCQiAvqGcBhCJARIsAFQ5ke5lNJag3N3JnYal-kNZe92B8JaIvYpaBKZa8bNMbiwxHO4751115r0aAlwwEALw_wcB#!/ExpressoMultifinalidade

64

Você também pode gostar