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TIPOLOGIA DE FORMAÇÃO

1.08 - Formação modular para


empregados e desempregados

ÁREA DE FORMAÇÃO
811 / Hotelaria e Restauração

DESIGNAÇÃO DO CURSO/ UNIDADE


811/9822 - Poupança – conceitos
básicos

DURAÇÃO
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MANUAL DE APOIO
ÍNDICE

1. ENQUADRAMENTO.....................................................................................PÁG.2
2. OBJECTIVOS GERAIS E ESPECIFICOS.............................................................PÁG. 3
3. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS.....................................................................PÁG.4
4. INTRODUÇÃO...........................................................................................PÁG.6
5. POUPANÇA..............................................................................................PÁG.7
6. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE JUROS...................................................................PÁG.9
7. RELAÇÃO ENTRE REMUNERAÇÃO E RISCO.........................................................PÁG.13
8. CARACTERISTICAS DE ALGUNS PRODUTOS FINANCEIROS....................................PÁG.15
9. FUNDOS DE INVESTIMENTO: CONCEITO E NOÇÕES BÁSICAS..................................PÁG.21
10.SEGUROS DE VIDA....................................................................................PÁG.22
11.FUNDOS DE PENSÕES.................................................................................PÁG.25
12.OUTROS ATIVOS: MOEDAS, OURO, ETC...........................................................PÁG.29
13.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................PÁG.31

Rev. 00
09-03-2020
ENQUADRAMENTO

Benefícios e condições de utilização

O manual da unidade de formação 811/9822 - Poupança – conceitos básicos está organizado por
secções:

 Secção I: Enquadramento da unidade de formação.


 Secção II: Está organizada por capítulos e contém todos os documentos e materiais de apoio sobre os
conteúdos temáticos abordados ao longo da unidade. No final de cada capítulo estão reunidas um
conjunto de informações dirigidas aqueles que pretendam complementar o estudo, aprofundando
conhecimentos.
 Secção III: É constituída pela bibliografia e documentos electrónicos

Esta forma de apresentação permite uma consulta rápida e direcionada. Para que possa consolidar
os conhecimentos adquiridos com a leitura deste manual propomos que realize os exercícios práticos
fornecidos pelo formador durante a sessão de formação.

Destinatários

São destinatários deste manual os/as formandos/as que frequentem a unidade de formação
811/9822 - Poupança – conceitos básicos bem como outras pessoas que pretendam adquirir
competências ou atualizar/reciclar conhecimentos na área de formação. 2

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OBJECTIVOS GERAIS

Reconhecer a importância da poupança relacionando-a com os objectivos de vida.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Utilizar um conjunto de noções básicas de matemática financeira que apoiam a tomada de


decisões financeiras.

Relacionar remuneração e risco utilizando essa relação como ferramenta de auxilio nas
decisões de aplicações de poupança.

Identificar as características de alguns produtos financeiros onde a poupança pode ser


aplicada.

Identificar elementos de comparação dos produtos financeiros.


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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

✓ Poupança

➢ A importância da poupança no ciclo de vida: maio para acomodar oscilações de


rendimento e de despesas, para fazer face a imprevistos, para concretizar objetivos
de longo prazo e para acumular património

➢ Comportamentos básicos de poupança (e.g. fazer um orçamento, racionar despesas


não prioritárias, envolver a família, avaliar e aproveitar descontos, etc.)

✓ Noções básicas sobre juros

➢ Regime de juros simples e de juros compostos

➢ Taxa de juro nominal vs. Taxa de juro real

➢ Taxa de juro nominal vs. Taxa de juro efetiva

✓ Relação entre remuneração e o risco


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➢ A rendibilidade esperada, o risco e a liquidez

✓ Características de alguns produtos financeiros

➢ Depósitos a prazo (e.g. tipo de remuneração, taxa de juro, prazo, mobilização


antecipada)

➢ Certificados de aforro (e.g. remuneração, mobilização)

➢ Obrigações do tesouro (e.g. taxa de cupão, maturidade, valor de reembolso, valor


nominal)

➢ Obrigações de empresas (e.g. taxa de cupão, maturidade, valor de reembolso, valor


nominal)

➢ Ações

• O valor de uma ação e o valor de uma empresa

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• Custos associados ao investimento em ações (comissões de guarda de títulos, de
depósito ou de custódia, taxas de bolsa)

• Aspetos a ter em conta no investimento em ações

✓ Fundos de Investimento: conceito e noções básicas

✓ Seguros de vida (âmbito da garantia, custo real, redução e resgate, rendimento


mínimo garantido, participação nos resultados, noções de regime fiscal)

✓ Fundos de pensões

➢ Fundos de pensões vs. - Planos de pensões

➢ Espécies mais relevantes: fundos de pensões PPR/E

✓ Outros ativos: moeda, ouro, etc.

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INTRODUÇÃO

Poupar dinheiro não é um disparate. Na realidade, poupar significa deixar de gastar hoje em
consumo de bens ou serviços para poder gastar no futuro. No passado, a poupança era feita
em forma de géneros. Para deixar de consumir nessa altura teríamos de armazenar os
produtos e esperar que não fossem destruídos ou que não se degradassem. Hoje em dia é
tudo mais fácil pois temos o dinheiro e os produtos financeiros.

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Poupança

A importância da poupança no ciclo de vida

O ciclo de consumo e poupança depende da expectativa da renda futura das famílias.


Essa teoria rendeu o prémio Nobel de Economia em 1968. Em resumo, foi constatado
que enquanto as pessoas são jovens e estão no início da sua carreira profissional,
ganham pouco. Neste momento da vida, elas têm duas opções: 1) poupar; ou 2) fazer
financiamentos (endividar-se). Para resolver esse dilema, tendem a projetar como
estará a sua situação financeira futura, e o ambiente económico à sua volta.

Já as pessoas de meia-idade, quando obtêm relativo sucesso na sua situação profissional,


pagam as dívidas contraídas no passado, e poupam para quando estiverem idosos e com
um valor salarial menor. E os idosos, por sua vez, tendem a viver dos valores que
conseguiram poupar durante a vida.

Como se vê, há um grande componente psicológico na tomada de decisão sobre poupar


ou endividar-se. Quando se imagina que o futuro será melhor do que realmente é, as
pessoas e famílias não conseguem liquidar as suas dívidas, e aí surge a dependencia e a
impossibilidade de poupar.

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A importância da poupança no ciclo de vida

Como aumentar as poupanças é um processo que passa impreterivelmente pela


observação de comportamentos básicos e essenciais. Se tiver os próximos cuidados
monetários, certamente que conseguirá poupar mais a cada mês que passa.

Fazer orçamento

O primeiro passo para aumentar as poupanças consiste em fazer um orçamento, listando


todas as entradas e saídas mensais da conta bancária.

Cortar despesas

O passo seguinte é identificar os maus gastos. No orçamento encontram-se despesas não


fulcrais que podem ser cortadas, aumentando rapidamente o saldo disponível.

Disciplinar orçamento

Pode dividir o rendimento disponível por percentagens. Uma sugestão é 50% para as
despesas principiais, 30% para gastos secundários, do momento, e 20% para poupança. 8

Criar fundo de emergência

É importante poupar por precaução, para situações mais apertadas como o desemprego
e doenças. Abra um fundo de emergência com a maior brevidade possível.

Automatizar poupança

Com base na percentagem de poupança mensal que escolheu (20% no exemplo) pode
fazer as contas ao rendimento mensal do orçamento, descobrindo o quanto deve poupar
por mês.

Fale com o banco para programar a saída automatizada mensal deste valor do ordenado
para uma conta poupança ou fundo de emergência.

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Noções básicas sobre juros
Regime de juros simples e de juros compostos

O regime de juro simples é usado na maioria das aplicações financeiras de curto-prazo,


como por exemplo, nos depósitos. Neste regime, o investidor deposita um determinado
montante, por um determinado período sendo os juros calculados sobre o montante
original depositado sem acumulação de juros ao longo do tempo.

Por exemplo, suponha que faz uma aplicação de €1.000 por 3 anos a uma taxa de 5%.
Durante o período, os juros seriam calculados da seguinte forma:

A leitura é simples: no momento 0, o investidor aplica €1.000, sendo-lhe pagos 5%


desse montante (€50) no final de cada um dos 3 períodos. No final do 3º período é-lhe 9

também devolvido o capital inicial investido.

O regime de juro composto é diferente na medida em que o capital vai acumulando os


juros ao longo do tempo. Num exemplo semelhante ao anterior, teríamos o seguinte:

No final do 1º período, o capital acumulado seria de 5% sobre os €1.000


investidos, o que corresponderia a €1.050. No entanto, o valor do juro não seria pago,
mas antes acumulado para o período seguinte.

No final do 2º período, o capital acumulado seria de 5% sobre os €1.050


acumulados até ao período anterior, o que corresponderia a €1.102,50

No final do 3º período, o capital acumulado seria de 5% sobre os €1.102,50


acumulados até ao período anterior, o que corresponderia a €1.157,63.

Como vemos, neste regime, os juros vencem juros. Deste modo, o valor do capital
aumenta ao longo do tempo e, consequentemente, o valor do juro a pagar também
aumenta.

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Comparando os dois regimes, vemos que o regime de juro composto gera um efeito de
crescimento exponencial do capital. Quanto maior for o período de aplicação de capital
neste regime de juros maior será esse efeito. Graficamente teríamos a seguinte evolução
do capital e juros acumulados durante 20 anos:

10

O cálculo do capital acumulado no regime de juro composto pode ser feito através da
expressão:

afin15

Em que:

i é a taxa de juro para o período de capitalização

Cn corresponde ao capital acumulado no final do período n

Co corresponde ao capital inicial

n corresponde ao número de períodos de capitalização

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Assim, um investimento de €5.000 por um período de 10 anos a uma taxa de juro anual
de 3% acumularia o seguinte valor:

5000*(1+0,03)^10

Ou seja, o capital acumulado ao fim de 10 anos seria de €6.719,58.

Mas agora podemos colocar aqui uma questão interessante: e se o período de


capitalização fosse semestral, isto é, e se o período de cálculo de juros ocorresse de 6 em
6 meses em vez de uma única vez por ano? Qual seria o capital acumulado ao fim de 10
anos mantendo tudo o resto constante?

Para resolvermos esta questão, podemos fazer um cálculo idêntico alterando os


seguintes parâmetros:

i seria de 1,5%, o equivalente à taxa de juro semestral

n seria 20, o correspondente a 20 semestres de capitalização


11
Então teríamos:

5000*(1+0,015)^20

O capital acumulado ao fim de 10 anos seria igual a €6.734,28. Um pouco mais do que
no exemplo anterior. É fácil compreender porquê. Se a frequência de acumulação de
juros é maior, mais rapidamente os juros vão vencendo juros, acumulando mais capital
ao longo do tempo.

O período de capitalização é por isso um aspeto importante a reter no regime de juro


composto. Diferentes períodos de capitalização poderão levar a conclusões totalmente
diferentes.

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Taxa de juro nominal vs. taxa de juro real

A taxa de juro não é mais do que o custo de utilização do dinheiro, fruto de um


empréstimo de outrem. As taxas de juro real, nominal e efetiva, são aplicadas
essencialmente a créditos e aplicações, e são variáveis ao longo do tempo.

BANCOS Atualizado em 22/02/2016Taxa de Juro Nominal, Real e Efetiva

A taxa de juro não é mais do que o custo de utilização do dinheiro, fruto de um


empréstimo de outrém. As taxas de juro real, nominal e efetiva, são aplicadas
essencialmente a créditos e aplicações, e são variáveis ao longo do tempo.

Taxas de juro nas aplicações bancárias

Taxa de juro nominal

A taxa de juro nominal é a taxa de juro propriamente dita, ou seja, é uma taxa
fixada pelo período de um ano, e não sofre variações. Esta taxa deve ser mencionada em 12

todos os contratos de crédito e aplicações bancárias.

Taxa de juro real

A taxa de juro real corresponde à taxa de juro nominal acertada pela taxa de
inflação.

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Taxa de juro nominal vs. taxa de juro efetiva

Taxa de juro efetiva

A taxa de juro efetiva é aplicada quando existe capitalização, e se torna necessário


converter a taxa nominal em taxa efetiva. Assim sendo, sempre que se faz uma aplicação,
em que os juros serão incorporados no capital inicial (de forma trimestral ou semestral),
o valor a receber será maior do que o indicado pela taxa nominal

Relação entre remuneração e o risco

A rendibilidade esperada, o risco e a liquidez

Muito se fala em pessoas que querem enriquecer e ter uma vida tranquila. Algumas
pensam em trabalho, outras em ganhar na loteria, mas para quem pensa em investir seu
dinheiro fica sempre aquela dúvida: Onde investir? Quanto? Qual o risco? Isto vai-nos 13
trazer algum retorno?

As vezes os pequenos investidores acabam por errar e fazem as escolhas erradas,


perdem mais dinheiro do que ganham e acabam por desistir do investimento. Por isso
quando começo qualquer conversa com alguém que quer começar a investir eu
pergunto:

“Qual o risco que vocês está disposto a correr?”

Risco x Rentabilidade x Liquidez

Antes de falar o que esta combinação pode resultar, vamos explicar brevemente o que é
cada um destes termos:

Risco: risco é a oportunidade de um plano não sair da forma que se deseja, ou seja,
quando se planeia algo e isso não acontece. Qual o risco que corro ao investir neste
produto, ação, ou investimento?

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Rentabilidade: é o valor final que se espera receber por investir o dinheiro. Qual o
retorno que espero ter nesta aplicação financeira?

Liquidez: é a capacidade de um ativo se transformar em dinheiro. Posso retirar meu


dinheiro desta aplicação a qualquer momento?

Ao analisar um investimento considerado de alto risco provavelmente encontra-se


uma rentabilidade elevada aliada a este investimento, mas cuidado, por ser de alto risco
este investimento, trazendo ao contrário de muito dinheiro trazer muita dor de cabeça.

Então alto risco é igual à rentabilidade?

Não! Muitos iniciantes acreditam que por um investimento apresentar risco alto
a rentabilidade será maior. Se um investimento é arriscado é porque a probabilidade de
ele dar efetivamente certo pode ser muito pequena. Quais as hipóteses da ação da
empresa X valorizar? E se descobrirem um rombo financeiro no caixa da empresa?
Concorda que esta ação vai perder o seu valor e assim perderá dinheiro? Ao analisarmos
um investimento temos que nos atentar ao nosso perfil e ao ponto de equilíbrio:
14

A imagem acima mostra-nos a correlação destes três itens a serem avaliados, porém este
ponto de equilíbrio pode variar de pessoa para pessoa.

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Quem é mais jovem e pode arriscar mais dinheiro pode correr um risco maior, pois dará
tempo de recuperar este valor.

Características de alguns produtos


financeiros
Depósitos a prazo

A conta de depósito a prazo foi no passado conhecida por promissória, exatamente


porque ela representava um compromisso entre o banco e o Cliente relativamente aos
fundos por este disponibilizados por um determinado período de tempo.

Constituir um Depósito a Prazo caracteriza-se pelo simples facto de o banco poder


dispor do capital depositado por um período de tempo determinado, segundo condições
previamente acordadas a nível de prazo, remuneração, mobilização e fiscalidade. 15

Para que o cliente possa ter acesso a uns depósitos a prazo terá que abrir conta à
ordem e possuir o montante de capital mínimo exigido pelo banco para constituição do
depósito a prazo. Atualmente existe uma facilidade enorme em constituir um depósito a
prazo nos diversos bancos existentes no Mercado Português, sendo que, hoje é possível
constituir uma conta a prazo na comodidade do seu lar com uma ligação à Internet.

Requisitos das Contas de Depósito a Prazo:

Aos balcões existem requisitos que não deverão passar despercebidos, como por
exemplo, o título nominativo ou o talão de constituição do depósito a prazo deve pelo
menos possuir a seguinte informação.

Menção Depósito a Prazo:

Valor do Depósito a Prazo;

O prazo pelo qual fora constituído e respetiva data de vencimento;

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Condições de mobilização do Depósito a Prazo;

Taxa de Juro contratada, incluído a taxa de juro aplicável a situações de


reembolso antecipado, se for caso disso;

Forma e calendário de pagamento de juros

Condições de renovação ou não.

Certificados de aforro

Os certificados de aforro são instrumentos de dívida criados com o objetivo de captar


a poupança das famílias. Têm como característica principal o serem distribuídos a
retalho, isto é, serem colocados diretamente juntos dos aforradores e terem montantes
mínimos de subscrição reduzidos. Os certificados de aforro só podem ser emitidos a
favor de particulares e não são transmissíveis exceto em caso de falecimento do titular.
16

A emissão de
certificados de
aforro Série E pode
ser efetuada
diretamente nos
balcões das
entidades para o
efeito contratadas
pelo IGCP, E.P.E., os CTT (ver Postos de Atendimento On-line), nos Espaços Cidadão (ver
Espaços Cidadão On-line), assim como através da Internet, por acesso ao AforroNet no
caso de já ser aderente a este serviço disponibilizado pelo IGCP, E.P.E. (consultar
Instrução n.º 3/2017).

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Obrigações do tesouro

As Obrigações do Tesouro (OT) constituem o principal instrumento utilizado pelo


Estado português para satisfazer as suas necessidades de financiamento.

As OT são valores mobiliários de médio e longo prazo, cuja emissão se efetua através de
operações sindicadas, leilões ou por operações de subscrição limitada (tapping) e que
podem ser emitidas com:

• prazos entre 1 e 50 anos;


• com ou sem cupão (cupão zero);
• taxa de juro fixa;
• amortizáveis no vencimento pelo seu valor nominal e
• possibilidade de destaque de direitos (stripping).

A política de gestão da dívida pública, seguida pelo IGCP, E.P.E., tem privilegiado duas
formas de colocação das OT em mercado primário: através de sindicatos bancários e pela 17
realização de leilões. A primeira modalidade tem sido utilizada na emissão inicial das
novas séries, já que permite assegurar o duplo objetivo de colocação de um maior
volume de títulos de uma só vez, ao preço de mercado e uma elevada diversificação da
base de investidores, quer a nível geográfico, quer por tipo de investidor. O incremento
do saldo das OT em curso de emissão (on-the-run) tem sido assegurado por via de leilões.
O calendário dos leilões de OT é anunciado ao mercado no início de cada trimestre. Por
norma, os leilões têm lugar na 2.ª quarta feira do mês.

As séries de OT são admitidas à negociação em plataformas eletrónicas, caso da MTS,


BrokerTec e eSspeed.

A colocação das OT em mercado primário é assegurada por um conjunto de instituições


financeiras a quem está atribuído o estatuto de Operador Especializado em Valores do
Tesouro (OEVT) ou de Operador de Mercado Primário (OMP). De acordo com este
estatuto, cabe aos OEVT especiais obrigações em matéria de assegurar a liquidez das OT
em mercado secundário.

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Em resultado da estratégia de financiamento orientada para o mercado, adotada de
forma consistente ao longo dos últimos anos, tem vindo a registar-se um alargamento e
uma diversificação geográfica da base de investidores ativos no mercado das OT, que
assume hoje um cariz marcadamente internacional.

Obrigações de empresas

Generalidades sobre empréstimos obrigacionistas

Vida do empréstimo: período de tempo que decorre entre a emissão das obrigações e
a maturidade (momento em que é reembolsada a última obrigação).

Valor nominal: valor inscrito no título, sobre o qual são calculados os juros.

Taxa de juro: taxa nominal usada para o cálculo dos juros periódicos. Pode ser fixa, ou
variável. Pode ainda estar indexada a uma taxa de referência.
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Preço de emissão: o valor pelo qual as obrigações são oferecidas à subscrição.

Prémio de emissão: diferença entre o preço de emissão e o valor nominal. Quando a


diferença é positiva, diz-se que as obrigações foram transacionadas acima do par - e o
prémio é a favor da entidade emitente. Quando a diferença é nula, diz-se que as
obrigações foram transacionadas ao par. Quando a diferença é negativa, diz-se que as
obrigações foram transacionadas abaixo do par - e o prémio é a favor do obrigacionista
(é um desconto).

Preço de reembolso: é o valor pelo qual as obrigações são reembolsadas.

Prémio de reembolso: diferença entre o preço de reembolso e o valor nominal. Quando


a diferença é positiva, diz-se que as obrigações foram reembolsadas acima do par - e o
prémio é a favor do obrigacionista. Quando a diferença é nula, diz-se que as obrigações
foram reembolsadas ao par. Quando a diferença é negativa, diz-se que as obrigações
foram reembolsadas abaixo do par - e o prémio é a favor da entidade emitente.

Modalidades de Obrigações:

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Quanto ao modo de transmissão:

Ao portador: o nome do obrigacionista não figura no título. Transmitem-se de forma


direta

Nominativas: o nome do obrigacionista figura no título. Transmitem-se por


averbamento

Quanto aos modos de emissão e de reembolso:

Simples: Valor nominal = Preço de Emissão = Preço de Reembolso

Com Prémio: nos casos restantes

Quanto ao modo de participação no capital da sociedade emitente:

Trocáveis: as obrigações podem ser trocadas por ações da sociedade emitente

Convertíveis: as obrigações podem ser trocadas por ações da sociedade emitente, de


acordo com uma taxa de conversão estabelecida
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Com faculdade aquisitiva: é dada aos obrigacionistas a possibilidade de subscreverem
as ações emitidas pelo mutuário

Quanto ao modo de remuneração:

Juro fixo: A taxa de juro é fixa (podendo estar indexada a uma taxa de referência)

Obrigações de participação: a remuneração é igual à soma de uma parcela fixa


com uma parcela variável, dependente dos resultados obtidos pela entidade emitente.

Ações

Todos os dias ouvimos falar do conceito associado à bolsa de valores. Mas afinal o que
são ações? São títulos que representam uma parte do capital social de uma empresa.

As ações são uma das opções disponíveis para quem quer investir dinheiro. Segundo a
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que supervisiona este mercado,

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cada ação não é mais do que um título que equivale a uma parte do capital social de uma
empresa, constituída através de uma sociedade anónima.

Em vez de recorrer ao crédito bancário, as empresas podem usar as ações como forma
alternativa de financiamento. Na prática, a empresa, a entidade emitente, divide o capital
social em diversas unidades e vende-as. Cada uma é adquirida em forma de ações pelos
chamados acionistas.

Estes títulos têm um valor monetário, mas não é fixo. Todos os dias muda, na Bolsa de
Valores gerida pela Euronext Lisbon, reflexo do número de investidores que apareçam
interessados nas ações. Por isso ouvimos falar diariamente do conceito de empresa
20
cotada em bolsa.

Direitos dos acionistas:

Independentemente do número de ações adquiridas, o facto de possuir parte do


capital da empresa emitente garante alguns direitos a todos os acionistas. A saber:

Participação nos lucros obtidos, nomeadamente através da distribuição de


dividendos;

Direito de voto nas assembleias de acionistas;

Direito a ser informado sobre os negócios da empresa;

Receber o correspondente da participação no capital social no caso de dissolução


da sociedade.

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Fundos de Investimento: conceito e noções
básicas
Um organismo de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM),
habitualmente designado por fundo de investimento, é uma imensa carteira detida
por inúmeros investidores que aplicam em comum o seu dinheiro em ações, obrigações,
depósitos, etc. O conjunto do seu património é gerido por uma equipa de especialistas, a
sociedade gestora, que pertence quase sempre a uma instituição financeira.

Cada investidor torna-se numa espécie de coproprietário de uma parte da carteira total
do fundo. Esta carteira é normalmente composta por ações e/ou obrigações, mas uma
parcela pode também estar aplicada noutros produtos, como os depósitos bancários.

A sociedade gestora do fundo tem de respeitar a estratégia de investimento, tal como


está definida no prospeto. Se este prevê que a sociedade gestora apenas pode aplicar em
ações portuguesas, é interdita a possibilidade de apostar em ações de outros países ou
obrigações. 21

A forma mais adequada de distinguir os fundos é com base nos títulos em que
investem:

Fundos monetários ou de curto prazo (tesouraria) - apostam, sobretudo, em títulos


de grande liquidez (depósitos a prazo, papel comercial, etc.);

Fundos de obrigações - apostam principalmente em obrigações;

Fundos de ações - fundos em que as ações predominam;

Fundos multi-ativos (mistos) - quando investem em obrigações e ações e definem


barreiras para o peso das aplicações na carteira;

Fundos flexíveis - quando investem em obrigações e ações e tendem a não definir


barreiras para o peso dos vários tipos de aplicações na carteira;

Fundos de fundos - têm como particularidade uma carteira composta por UP de outros
fundos;

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Fundos de investimento alternativo (FIA) - caracterizam-se por uma grande
liberdade na determinação da política de investimento;

Fundos de poupança-reforma (PPR) - têm uma composição semelhante aos fundos


mulit-ativos, mas a lei atribuí-lhes um estatuto especial;

Fundos de capital garantido - oferecem uma garantia total ou parcial dos montantes
investidos à custa de um menor rendimento potencial.

Segurança

Os fundos de investimento não poderiam deixar de estar sujeitos à conhecida regra


financeira: quanto maior o risco, maior a rentabilidade. Mas a verdade é que, nos fundos,
nem todos os riscos são da mesma natureza. Uns proveem do mercado onde se investe,
outros da própria gestão do fundo.

Como nem todos os fundos têm a mesma composição, nem todos correm os mesmos
riscos. Uns apostam na rentabilidade e, por isso, correm um risco maior. É o caso dos
fundos de ações portuguesas ou internacionais. Outros, como os fundos de tesouraria 22
euro, apostam na segurança e, por isso, o rendimento a esperar é, forçosamente, mais
reduzido, embora também mais regular.

Isto acontece porque os fundos de investimento não são aplicações que garantam, à
partida, uma determinada rentabilidade. Esta está intimamente relacionada com as
características dos títulos e dos mercados financeiros em que investem. O risco
consiste, sobretudo, na possibilidade de não reaver a totalidade do dinheiro investido,
devido à oscilação do valor dos títulos.

Seguros de vida
É um seguro que garante, como cobertura principal, o risco de morte ou de
sobrevivência (ou ambos) de uma ou várias pessoas seguras. Pode também incluir, como
coberturas complementares, o risco de invalidez, de acidente ou de desemprego.

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No seguro de vida que cobre o risco de morte da pessoa segura (seguro em caso de
morte), o segurador paga ao beneficiário o capital acordado, se a pessoa segura morrer
durante o período fixado no contrato.

No seguro de vida que cobre o risco de sobrevivência da pessoa segura (seguro em caso
de vida), o segurador paga ao beneficiário o capital acordado, se a pessoa segura se
encontrar viva no final do contrato. Estes seguros são usualmente utilizados para a
constituição de uma poupança. Neste caso, o beneficiário pode ser a própria pessoa
segura. 23

Existem ainda modalidades mistas que englobam ambas as situações, ou seja, o


segurador paga em caso de morte e em caso de vida da pessoa segura, regra geral com
capitais distintos.

Que documentos podem ser pedidos pelo segurador para que pague o capital
seguro (valor de resgate ou de reembolso)?

O contrato de seguro deve estabelecer de forma compreensível e rigorosa quais os


documentos que o segurador exige e os prazos estabelecidos para o efeito.

Contudo, o segurador não pode solicitar ao tomador do seguro, subscritor, beneficiário


ou portador do título que pretenda o pagamento do valor de resgate ou do valor de
reembolso no final do contrato a apresentação de documentos que não sejam
indispensáveis para atender ao pedido.

Por outro lado, também não pode deixar repetidamente sem resposta a
correspondência que lhe for dirigida com o pedido de pagamento.

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Por recomendação do Instituto de Seguros de Portugal, os documentos que os
seguradores podem exigir para pagar o valor de resgate e o valor de reembolso não
devem exceder os seguintes:

VALOR DE RESGATE:

Seguros de capitalização - Cartão de Cidadão (ou bilhete de identidade e cartão de


contribuinte)

Operações de capitalização - Cartão de Cidadão (ou bilhete de identidade e cartão de


contribuinte) + Título de capitalização

VALOR DE REEMBOLSO, EM CASO DE SOBREVIVÊNCIA:

Seguros de capitalização - Cartão de Cidadão (ou bilhete de identidade e cartão de


contribuinte) + Certidão de nascimento (se o beneficiário não se apresentar
pessoalmente)

Operações de capitalização - Cartão de Cidadão (ou bilhete de identidade e cartão de


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contribuinte) + Título de capitalização

VALOR DE REEMBOLSO, EM CASO DE MORTE:

Seguros de capitalização - Cartão de Cidadão (ou bilhete de identidade e cartão de


contribuinte) + Documentação inerente à participação do sinistro + Certidão de óbito e
documento comprovativo da qualidade de herdeiro ou beneficiário

Operações de capitalização - Cartão de Cidadão (ou bilhete de identidade e cartão de


contribuinte) + Título de capitalização + Certidão de óbito e documento comprovativo
da qualidade de herdeiro (se o título for nominativo).

Podem ser exigidos mais documentos em determinadas circunstâncias que o


justifiquem (por exemplo, a natureza e a complexidade do produto).

Rev. 00
09-03-2020
Fundos de pensões

Fundos de pensões vs. - Planos de pensões

Pode definir-se um fundo de pensões como sendo um património exclusivamente


afeto à realização de um ou mais planos de pensões, na medida em que tem subjacente
um ou mais programas em que se definem as condições que, a ocorrerem, constituem o
direito ao recebimento de uma pensão a título de pré-reforma, reforma antecipada,
reforma por velhice, por invalidez, ou de sobrevivência, de acordo com o definido no
respetivo plano.

A afetação é exclusiva, dado que a única finalidade do património que constitui um


fundo de pensões é assegurar a exequibilidade do(s) respetivo(s) plano(s), não
respondendo por quaisquer outras obrigações, nomeadamente as de associados,
participantes, contribuintes, entidades gestoras e depositários.

Tipos: 25

Os fundos de pensões podem ser fechados ou abertos, podendo estes últimos permitir
adesões individuais ou adesões coletivas.

Considera-se que um fundo de pensões é fechado quando respeita apenas a um


associado ou quando, existindo vários associados, houver entre estes um vínculo de
natureza empresarial, associativo, profissional ou social e a inclusão de novos associados
no fundo depender do seu acordo.

Um fundo de pensões será considerado aberto quando não for exigida a existência de
qualquer vínculo entre os diferentes aderentes ao fundo e as novas adesões dependerem
apenas da aceitação por parte da entidade gestora. Consoante as formas de adesão
previstas no regulamento de gestão de um fundo de pensões aberto, assim se podem
distinguir:

Rev. 00
09-03-2020
Fundos de adesão coletiva: quando estiver prevista a adesão de pessoas
coletivas, enquanto associados que pretendam financiar um ou mais planos de pensões
para os seus colaboradores, nomeadamente no âmbito do 2º pilar da previdência social;

Fundos de adesão individual: quando estiver prevista a adesão de pessoas


individuais, no âmbito do 3º pilar da previdência social;

Fundos de adesão coletiva e individual: quando estiverem previstos os dois


tipos de adesão. Consideram-se Planos de Pensões os programas que definem as
condições em que se constitui o direito ao recebimento de benefícios de reforma e
sobrevivência.

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No desenho de um Plano de Pensões, é necessário especificar a seguinte


informação:

Definir as Instituições coletivas promotoras do plano de pensões (Empresas,


Institutos, Sindicatos, Associações profissionais, etc.), os Participantes elegíveis
(trabalhadores da instituição promotora do plano) e os Beneficiários elegíveis
(pessoas com direito ao benefício);

Estabelecer o tipo de planos de pensões;

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09-03-2020
Selecionar os veículos de financiamento, isto é, os produtos que vão financiar o
plano de pensões (Fundos de Pensões, PPR, Seguro de Vida);

Especificar os benefícios a conceder (pré-reforma, reforma antecipada, reforma


por idade, reforma por invalidez, sobrevivência, e, em certos casos, a título de
desemprego de longa duração, doença grave e incapacidade permanente para o
trabalho);

Em que condições os Beneficiários têm acesso aos benefícios;

Qual a forma de pagamento dos benefícios;

Definir se o plano tem direitos adquiridos (quando os participantes mantêm o


direito ao benefício, independentemente da manutenção ou da cessação do vínculo
existente com o associado) ou se tem meras expectativas (quando o direito ao benefício
cessa com o vínculo laboral com a entidade patronal).

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Espécies mais relevantes: fundos de pensões PPR/E

Quais as vantagens e desvantagens de uma adesão a um Fundo de Pensões Aberto


versus a constituição de um Fundo de Pensões Fechado de pequena dimensão?

O que é um Beneficiário?

O que é um Participante de um Fundo de Pensões?

O que é um Associado de um Fundo de Pensões?

O que é um Plano de Poupança?

O que é um Fundo de Pensões?

Quais as vantagens e desvantagens de uma adesão a um Fundo de Pensões Aberto


versus a constituição de um Fundo de Pensões Fechado de pequena dimensão?

Rev. 00
09-03-2020
Uma adesão a um Fundo de Pensões Aberto permite uma maior e mais eficiente
diversificação dos investimentos e maior poupança ao nível dos custos de intermediação
financeira, fruto da maior dimensão da carteira de ativos sob gestão. Por outro lado,
existe uma simplificação dos processos administrativos relativos à aprovação do Plano
de Pensões e alterações ao mesmo, por parte do Instituto de Seguros de Portugal. No
entanto, numa adesão a um Fundo de Pensões Aberto impossibilita a intervenção da
empresa, ao nível da gestão financeira do Fundo de Pensões.

O que é um Beneficiário?

A pessoa que, em caso de morte do participante, adquire o direito a um benefício de


sobrevivência, ao abrigo do plano de pensões.

O que é um Participante de um Fundo de Pensões?

É o trabalhador com direitos consignados no plano de pensões. O participante pode ou


não contribuir para o fundo de pensões, consoante o que estiver estipulado no plano de
pensões.
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Pode-se tratar, igualmente, de uma pessoa singular que contribui para um fundo de
pensões, a título individual.

O que é um Associado de um Fundo de Pensões?

Um Associado é a entidade coletiva, cujos Planos de Pensões são objeto de financiamento


por um Fundo de Pensões.

O que é um Plano de Poupança?

Um Plano de Poupança é um produto vocacionado para fomentar a poupança para a


reforma. Consideram-se “planos de poupança” os planos poupança-reforma (PPR), os
planos poupança-educação (PPE) e os planos poupança-reforma/educação (PPR/E), e
cada um destes pode ser comercializado sob três formas: seguro de vida, fundo de
investimento mobiliário e fundo de pensões.

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Os planos de poupança encontram-se regulamentados no Decreto-Lei nº 158/2002, de
2 de Julho, e têm associados importantes benefícios fiscais.

Outros ativos: moeda, ouro, etc.


Moeda é o meio pelo qual são efetuadas as transações monetárias. É todo ativo que
constitua forma imediata de solver débitos, com aceitabilidade geral e disponibilidade
imediata, e que confere ao seu titular um direito de saque sobre o produto social.

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É importante perceber que existem


diferentes definições de “moeda”:

Dinheiro que constitui as notas (geralmente em papel);

Moeda (peça metálica);

Moeda bancária ou escritural, admitidas em circulação;

Moeda no sentido mais amplo, que significa o dinheiro em circulação, a moeda


nacional.

Moeda como tudo aquilo que é geralmente aceito em troca por bens e serviços.

Em geral, a moeda é emitida e controlada pelo governo do país, que é o único que pode
fixar e controlar seu valor. O dinheiro está associado a transações de baixo valor; a
moeda (no sentido aqui tratado), por sua vez, tem uma definição mais abrangente, já que

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engloba, mesmo no seu agregado mais líquido (M1), não só o dinheiro, mas também o
valor depositado em contas correntes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

✓ CAMPOS, Ana Paula, CARDEIRO, Filomena e ESTEVES, Maria João, Técnicas


Administrativas – Curso Tecnológico de Administração, Plátano Editora, Lisboa
2004

✓ Lei Uniforme das Letras e Livranças

✓ Lei Uniforme Relativa ao Cheque

✓ CAMPOS, Ana Paula, CARDEIRO, Filomena e ESTEVES, Maria João, Técnicas


Administrativas – Curso Tecnológico de Administração, Plátano Editora, Lisboa
2004

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