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Utilização dos

rendimentos
u7
 Caraterizar as formas de utilização dos rendimentos (consumo e poupança),
integrando a variável tempo nessas decisões;
 Caraterizar as aplicações da poupança – entesouramento, depósitos e
investimento;
 Caraterizar a formação de capital (formação bruta de capital fixo e variação
de existências), explicando a sua importância numa economia;
 Explicar as funções do investimento na atividade económica (substituição,
inovação e aumento da capacidade produtiva);
AE  Distinguir os diversos tipos de investimento (material, imaterial e
financeiro), justificando a importância do investimento em Investigação e
Desenvolvimento na atividade económica;
 Interpretar a evolução dos fluxos de Investimento Direto (ID) do Exterior em
Portugal (IDE) e de Portugal no Exterior (IPE);
 Distinguir financiamento interno (autofinanciamento) de financiamento
externo, caraterizando as diferentes formas deste tipo de financiamento
(financiamento externo: direto e indireto);
 Relacionar o crédito bancário com o financiamento externo indireto e o
mercado de títulos com o financiamento externo direto.

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Repartição dos
• Produção rendimentos • Consumo
Origem dos • Distribuição • Primária • Poupança
• Secundária
rendimentos
Criação de Utilização dos
Valor rendimentos

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 É essencialmente na produção e na
distribuição de bens e serviços que se
gera valor que depois será repartido
Origem dos como remuneração dos fatores
rendimentos produtivos
 Também o Estado tem como função
redistribuir o rendimento, melhorando a
distribuição deste.

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 RD = Rendimento Primário + Rendimento
Secundário – TD - CSS

 Rendimento Primário ou funcional =


W+R+J+L
Origem dos  Rendimento Secundário= Redistribuição +
rendimentos outros rendimentos= (Pensões, subsídios,
abonos) + (remessas, doações, heranças,
prémios)
 TD = Impostos Diretos (IRS)
 CSS = Contribuições para a Segurança
Social
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 RD = C + S

 Consumo (C) – estudado na unidade 2


Utilização dos  Poupança (S) – parte do rendimento
rendimentos disponível que não é gasto, no
presente, em consumo; abdicar de
consumo no presente para consumir
mais no futuro

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 Justificações para a poupança

 Precaução – situações inesperadas


 Acumulação – situações antecipadas
 Alisamento temporal do consumo
Poupança
Imagem pg 215

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 Fatores influenciadores da poupança

 Excesso de liquidez
 Incerteza
Poupança  Consumos futuros/investimentos futuros
 Atitude face ao consumo presente/
consumismo
 Políticas fiscais/monetárias

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 A importância da Poupança na Economia
 A poupança é essencial
 Nem todos os agentes têm capacidade para
poupar, tendo de utilizar a poupança de terceiros
 Há uma estreita ligação entre Poupança e
Investimento
Poupança
 Paradoxo da poupança (Keynes) – numa
situação de incerteza as famílias aumentam a
poupança, fazendo o consumo diminuir e com
isso a produção e o investimento, resultando
num aumento do desemprego, diminuição dos
rendimentos e depois da poupança

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 Entesouramento
 Conservação dos valores detidos (sem rentabilizar) em moeda, no cofre ou
em DO, barras de ouro, obras de arte, …
 Valor retirado do circuito económico, constitui riqueza (improdutiva ou
inerte)
=> Com inflação, a moeda entesourada perde valor, o consumo futuro será
menor.
 Colocação financeira
 Aplicação em produtos financeiros (DP, ações, obrigações, bilhetes do
Destinos ou tesouro, certificados de aforro, planos poupança, outros fundos), por
intermédio de instituições financeiras.
aplicações da  Escolha depende do perfil do investidor face a: risco, rentabilidade, liquidez
Poupança e fiscalidade.
=> Estas aplicações serão remuneradas com juros, a taxa de juro deverá ser
superior à inflação para que o juro recebido possibilite maior consumo no futuro
 Investimento
 Aplicação da poupança na atividade produtiva
 Através da Formação Bruta de Capital (FBCF e Existências) contribui-se para
aumento da produção, do emprego e do rendimento
=> o investimento é remunerado com lucro e este tem de ser superior ao CO
do investimento. (É interessante investir se o lucro for superior ao juro de outras
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aplicações e à inflação).
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 Manual, pg.256
Exercícios  Fichas de consolidação

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Educação Financeira

Poupança

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Serviços Financeiros – contas DO
https://youtu.be/Ql3u5AezmYQ

Situação Problema da Nádia e do Óscar

Poupança Para saber mais


 Aula:
https://elearning.todoscontam.pt/#areas-formacao/poupar/t2am
gddddlakhlhgkefjkhghdgebedgmg6/video
 Apresentação PPT:
https://elearning.todoscontam.pt/citilearn/data/bp/aula_3/materi
al_apoio/aula_3_material_de_apoio_nocoes_basicas_sobre_aplic
acao_de_poupanca.pdf
 Sítio da Associação
https://www.boaspraticasboascontas.pt/poupanca.asp
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Situação Problema da família Pereira e Queirós

Aplicações da Simulador:

Poupança  https://www.todoscontam.pt/simulador-da-poupanca

Situação Problema da Samir e Telma

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PRODUTOS FINANCEIROS
• Ações -
• Obrigações -
• Fundos de investimento -
Aplicação • Fundos de Pensões -
financeira da • Planos de Poupança -
poupança • Seguros de Capitalização
• Produtos financeiros complexos -

A explorar:
1. Características do produto
2. Risco associado
3. Remuneração esperada
4. Prazo de maturidade

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FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL OU INVESTIMENTO BRUTO

A formação bruta de capital corresponde ao somatório das componentes


relativas à formação bruta de capital fixo, à variação de existências e às
aquisições líquidas de objetos de valor. A formação bruta de capital difere da
formação líquida de capital, na medida em que esta última exclui o consumo
de capital fixo.
glossário CFP,
Investimento https://www.cfp.pt/pt/glossario/formacao-bruta-de-capital
Regulamento Sec2010

FBCF, pg. 106  Este fluxo de capital aumenta as possibilidades futuras


 Produzir e aumentar a produção exige a formação de capital, seja no
investimento em matérias-primas, equipamentos como infrastruturas.

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Componentes do Investimento Bruto ou FBC
 Formação Bruta de Capital (FBC) =

Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) +


Variação de Existências (VE)
Investimento
 VE=Stock final-Stock inicial

 IB= FBC

 IB=FBCF+VE

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Componentes do Investimento LÍquido ou FLC
 Formação Liquida de Capital (FLC) =

Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – Consumo


de capital fixo (CCF) +
Variação de Existências (VE)
Investimento
 VE=Stock final-Stock inicial

 IL= FLC

 IL=FBCF – CCF + VE = FLCF + VE

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Aumento dos bens de equipamento, numa empresa ou país, num dado período de
tempo.

Segundo o SEC2010

FBCF Metainformação PORDATA


formação bruta de capital fixo (FBCF) inclui o investimento em edifícios e construções,
em animais e árvores, em software informático e bases de dados, em maquinaria e
outros equipamentos utilizados por mais de um ano na produção de bens e serviços. As
habitações compradas pelas famílias também são classificadas como formação bruta
de capital fixo.

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FBCF
sec10

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Existências – valor das matérias-primas, subsidiárias, produtos semiacabados e
acabados não vendidos, em stock.
É considerada a variação de existências pela natureza circular/variável destes bens ao
longo do ano ou período em análise.

Existências
sec10

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Existências

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Classificação do Investimento
 Quanto à natureza (tipos de investimento)
 Material – aquisição de bens de produção tangíveis, máquinas, edifícios,
ferramentas, matérias-primas, …
 Imaterial – aquisição de bens intangíveis – formação, I&D, Software, marcas e
patentes, marketing, …
 Financeiro – aquisição de ativos financeiros que serão utilizados para financiar
as empresas a repor o capital ou formar novo (obrigações, ações) em troca de
rendimento futuro (juros e dividendos)
Investimento  Quanto à função
 Substituição – manutenção da capacidade produtiva e reposição do capital
 Inovação – atualização do processo produtivos
 Aumento de capacidade – aumentar a capacidade produtiva com a aquisição
de bens de equipamento, por exemplo
 Quanto ao agente
 Público – feito pelo Estado ou entidades públicas
 Privado – feito por privados

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A importância do investimento
 Formação de capital (bens de capital) – manutenção,
expansão e modernização do processo produtivo
 I&D
 Aumento do produto ( PIB=C+G+I+X-M), aumento
Investimento valor acrescentado
 Aumento da produção, do emprego e rendimento
 Aumento do consumo!
 Aumento do nível de desenvolvimento e bem-estar
das gerações presentes e futuras
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Lembrar:
O Investimento não é apenas realizado pelas empresas privadas,

Investimento As famílias investem quando compram habitação ou quando criam ou


adquirem uma empresa, ou parte, e o Estado investe na construção de
escolas, hospitais ou meios de comunicação.

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 O Investimento que faz a diferença!
 Abrange 2 tipos de atividade:
 Pesquisa;
I&D  Desenvolvimento experimental;
 I&D proporciona condições favoráveis ao desenvolvimento, à
Investigação e Desenvolvimento competitividade das empresas e ao crescimento continuado do
PIB, do emprego e do bem-estar.
 Para que seja possível introduzir inovações é necessário investir
previamente parte dos seus recursos em pesquisa e
desenvolvimento …

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O principal meio de financiamento de uma economia está na sua
capacidade de poupança.
Lembrar: Paradoxo da Poupança de Keynes
Financiamento
da atividade  Financiamento – operações através das quais os agentes
económicos obtêm recursos financeiros necessários
económica
 Capacidade de financiamento – o país ou empresa tem detém
meios próprios para se financiar, faz autofinanciamento –
Poupança > Investimento
 Necessidade de Financiamento – o país ou empresa não tem
meios próprios tendo de recorrer a terceiros – Poupança <
Investimento

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Financiamento
da atividade
económica

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Financiamento Externo Direto – mercado de títulos
 Mercado de Títulos – é o mercado onde se emitem e transacionam
valores mobiliários como as ações ou as obrigações.
 Primário – onde são emitidos os novos ativos, gerando entradas de capital
nas empresas que procuram financiamento, onde os títulos iniciam
circulação sem cotação em bolsa.

Financiamento  Secundário – mercado onde são transacionados os títulos emitidos que


reúnam condições de admissão a cotação em bolsa.
da atividade  Ações – títulos representativos do capital social das sociedades
económica anónimas. A sua posse confere a qualidade de acionista, tendo direito a
votar nas AG, direito de preferência em relação a aumentos de capital,
direito a informação, direito a dividendos. O rendimento das ações é
incerto, apresentando elevado nível de risco.
 Obrigações – títulos representativos de partes da dívida de uma
empresa. O obrigacionista é reembolsado pela cedência do seu capital,
com rendimento fixo, num prazo previamente fixado.

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 Financiamento Externo Indireto – crédito
 Crédito – representa a cedência temporária de valores
mediante o pagamento de juros e a obrigação do reembolso
no prazo acordado.
Financiamento  O acordo estabelecido entre o detentor do capital
da atividade (mutuante) e o beneficiário (mutuário) é feito por meio
de um contrato de mútuo (empréstimo).
económica  O acesso ao crédito é fundamental na economia,
potenciando o crescimento, estimulando a produção e o
consumo. Existindo o risco da má utilização do mesmo –
endividamento!

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Financiamento
da atividade
económica
Tipos de crédito

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 Os bancos pela sua função de intermediários financeiros –
recebem depósitos (operação passiva) e concedem crédito
(operação ativa) – a taxa de juro é o elemento central da operação
 Taxas de juro
 Referência – Euribor a 3, 6 ou 12 meses – definida pelo BCE.

Bancos e a 

tx juro passiva/tx juro ativa
Tx juro nominal/tx juro real
Intermediação 

Tx juro bruta/tx juro líquida
Tx juro fixa/tx juro variável
Financeira  TAN/TAEG
 Sistemas de capitalização – simples e composto
 Spread – margem de lucro dos bancos
Para saber mais sobre a taxa de juro procurar em Todos Contam e
caderno de Educação Financeira.

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 Tipos de taxas
Sobre taxas de  https://bpstat.bportugal.pt/conteudos/sabia-que/1382
juro  Sistemas de capitalização
https://clientebancario.bportugal.pt
/pt-pt/taxas-de-juro

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A taxa de juro dos depósitos é designada de taxa anual
nominal bruta (TANB), que é uma:
• Taxa anual – expressa a remuneração do depósito para o
período de um ano. Para calcular os juros de um depósito
com prazo diferente de um ano é necessário calcular a
Sobre taxas de taxa proporcional a esse período;
juro • Taxa nominal – não varia em função da inflação;
https://clientebancario.bportugal.pt
/pt-pt/taxas-de-juro
• Taxa bruta – não considera o imposto que incide sobre os
juros;
• Capitalização simples – não considera a capitalização de
juros que possam ser pagos ao longo do período.

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Imposto aplicável aos juros dos depósitos
 Os juros pagos pelas instituições de crédito relativamente aos
depósitos à ordem ou a prazo estão sujeitos ao pagamento de
impostos.
Se o depositante for uma pessoa singular, aplica-se a taxa do imposto
sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS):
• 28% para as pessoas singulares com domicílio fiscal em Portugal
Sobre taxas de continental e na Madeira;
• 22,4% para as pessoas singulares com domicílio fiscal nos Açores.
juro No caso de empresas, aplica-se a taxa do imposto sobre o rendimento
https://clientebancario.bportugal.pt
/pt-pt/taxas-de-juro das pessoas coletivas (IRC):
• 25% para as empresas com domicílio fiscal em Portugal continental e
na Madeira;
• 20% para as empresas com domicílio fiscal nos Açores.
A taxa anual nominal líquida (TANL) incorpora a retenção de
impostos (28% caso não haja regime especial) e corresponde aos juros
que o cliente recebe.
 A TANB é maior do que a TANL: TANL = 0,72 x TANB.
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Taxa de juro nominal e real
Para que o montante aplicado em depósitos não perca
valor ao longo do tempo, é necessário que os juros
recebidos compensem a evolução do nível geral dos preços,
ou seja, a inflação.
Sobre taxas de  A taxa de juro nominal corrigida da inflação designa-se
juro de taxa de juro real e corresponde à diferença entre a
TANL e a taxa de inflação.
https://clientebancario.bportug
al.pt/pt-pt/taxas-de-juro  Se a taxa de juro real for positiva, os juros recebidos pelo
depósito superam a evolução dos preços e a poupança
está a ganhar valor porque permite comprar uma maior
quantidade de bens e serviços.

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Taxa de juro com capitalização simples e composta
A taxa de juro nominal é uma taxa de juro simples, uma vez
que considera que o montante aplicado no depósito a
prazo se mantém constante ao longo do tempo e que os
juros são pagos na conta de depósito à ordem
associada.
Sobre taxas de  Alguns depósitos a prazo permitem que haja
juro capitalização de juros, de forma automática ou por
iniciativa do cliente. Isto significa que os juros obtidos em
https://clientebancario.bportug
al.pt/pt-pt/taxas-de-juro
cada período são adicionados ao capital inicial,
constituindo um novo capital (maior que o inicial), que
também vai ser remunerado (juro composto).
 Enquanto o juro simples cresce proporcionalmente –
progressão aritmética - com o tempo, o juro composto
cresce mais do que proporcionalmente – progressão
geométrica - com o tempo.

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 Exemplo - Um depósito de 2500 euros a 2 anos, com pagamento anual de juros à
TANB de 3%:
No fim do primeiro ano,
 Juro = 2500 × 0,03 =75 €
 Juro (líquido) = 0,72 × 75 = 54 €
 Este primeiro pagamento é igual, quer os juros sejam simples, quer sejam
compostos.
No fim do segundo ano,

Sobre taxas de  Juros simples:


 Juro=2500 ×0,03 =75 €
juro  Juro (líquido)=0,72 ×75= 54 €
https://clientebancario.bportug  Juros compostos:
al.pt/pt-pt/taxas-de-juro
 Capital = 2500 + 54 = 2554 €
 Juro = 2554 × 0,03 = 76,62 €
 Juro (líquido) = 0,72 × 76,62 = 55,17 €
Nos dois anos,
 Juros simples: Juros recebidos = 54 + 54 = 108 €
 Juros compostos: Juros recebidos = 54 + 55,17 = 109,17 €
 Ao todo, recebe mais 1,17 euros no caso dos juros compostos.
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 Os bancos pela sua função de intermediários financeiros têm a
capacidade de criar moeda – efeito multiplicador do crédito.

 A capacidade de multiplicar moeda é inversamente proporcional à


Bancos taxa de reserva legal. Em 2021, a taxa de reserva legal
Criação de estabelecida é de 1%. Relembra
r
do
exercícios
moeda  Taxa de juro como Instrumento de política monetária multiplica
dor
o
Multiplicador  Impacto da taxa de juro na economia
monetári

 Investimento
 Consumo
 Poupança
 Inflação

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Autoridade
Monetárias
Bancos

Instituições Inst.
Leasing

Financeiras Financeiras
Creditícias Factoring

https://elearning.todoscontam. Capital de
pt/#areas-formacao/sistema/ Risco
Não
t12jdfmmakleciajbillmggjagda monetárias
kmkcaj9/slide1 Seguradoras

Não Corretoras -
creditícias brokers

Corretagem
- dealers
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Autoridades Financeiras – BdP, Ministério das Finanças, BCE – regulam e
controlam os mercados.

Bancos – Comerciais ou de investimento – realizam operações de intermediação


financeira. Exemplos: Millennium BCP, Santander, BPI, BNP, CGD.

Sociedades de Leasing ou de locação financeira – Instituições financeiras que


realizam contratos de leasing. Contrato em que o locador (empresa de Leasing)
Instituições cede ao locatário (Cliente), mediante o pagamento de uma renda, a utilização
temporária de um bem, móvel ou imóvel, adquirido ou construído por indicação do
Financeiras cliente e que este poderá comprar no final do período de tempo acordado no
contrato, por um preço pré-determinado (valor residual).

Sociedades de Renting - fazem uma oferta integrada de serviços que tem por base
o aluguer operacional de um veículo novo para um determinado prazo e
quilometragem, mediante o pagamento de uma renda fixa onde o cliente apenas
suporta a depreciação da viatura estimada no contrato. Incluí todos os serviços
necessários ao seu normal funcionamento e à sua conservação. Exemplos:
LeasePlan, ACP, ALD Automotive, …

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Sociedades de Factoring – O factoring é uma actividade financeira que consiste
na tomada de créditos à entidade que os detém para depois os cobrar ao devedor
original. Um exemplo: a empresa B (devedor) tem uma dívida de 500 mil euros
perante a empresa A (aderente), sua fornecedora de bens ou serviços, e tem um
prazo de seis meses para a liquidar. Mas a empresa A precisa de ter já esse
montante. Contacta uma sociedade de factoring (factor), que adianta uma parte
considerável do montante em dívida (normalmente entre 80 e 90 por cento). A
partir desse momento, a dívida da empresa B passa a ser perante a sociedade de
factoring, que a deverá cobrar no prazo inicialmente acordado entre as duas
Instituições empresas. Exemplos: BNP Factor (do grupo francês BNP), a Heller Factoring
(participada pelo Banco Popular) e Eurofactor Portugal (integrada no grupo
Financeiras francês Crédit Agricole).

Capital de Risco – constitui uma forma de financiamento para as PME, através do


recurso a capitais próprios, por um período temporário. Proporcionando às
empresas meios financeiros estáveis para a gestão dos seus planos de
desenvolvimento, este instrumento é aplicável a projetos de arranque, expansão,
modernização e inovação empresarial com dimensão estratégica. O IAPMEI é o
principal financiador público de fundos de Capital de Risco e promove a
constituição destes instrumentos em parceria com a generalidade dos
operadores privados a desenvolver esta atividade.
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Seguradoras – celebram contratos de seguro, acordos
através dos quais a seguradora assume a cobertura de
determinados riscos, comprometendo-se a satisfazer as
indemnizações ou a pagar o capital seguro em caso de
ocorrência de sinistro, nos termos acordados.
Em contrapartida, a pessoa ou entidade que celebra o
Instituições seguro (o tomador do seguro) fica obrigada a pagar à
Financeiras seguradora o prémio correspondente, ou seja, o custo
do seguro. Os seguros podem ser obrigatórios ou
facultativos.

Sociedades corretoras e Sociedades financeiras de


corretagem - Instituição financeira que faz a
intermediação entre investidores e as Bolsas de
Valores.
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 IDE – Investimento Direto do Estrangeiro em Portugal
 VER MAPA (slide seguinte)
 IPE – Investimento Direto de Portugal no Estrangeiro
 Principais destinos – UE, particularmente Espanha, Países Baixos e
IDE Luxemburgo
 Motivos
– transferência das de sociedades gestoras de participações (Holdings)
portuguesas e criação de entidades de finalidade especial, no âmbito
das suas estratégias de investimento internacional;
- Internacionalização por Expansão de mercado

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IDE

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VANTAGENS DESVANTAGENS
• Ajuda ao crescimento e • Dependência de economias
desenvolvimento económicos; estrangeiras;
• Aumento da FBC; • Saída de lucros;
• Introdução de Inovação • Diminuição da receita pública;
IDE tecnológica;
• Aumentos de produtividade;
• Sem garantia de continuidade;
• Aculturação;
Vantagens e • Criação de postos de trabalho;
• …
• …

Desvantagens

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