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UFCD 9822
Poupança – Conceitos Básicos
50h
Porto |2024
FORMADORA Ana Paula Santos
Para uso exclusivamente pedagógico
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ÍNDICE
O planeamento .......................................................................................................... 43
Metodologia de elaboração de um plano de marketing ...................................43
A organização de marketing ............................................................................. 49
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1. OBJETIVOS DO CURSO
1.1.Objetivos Específicos
1.2.CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Poupança
A importância da poupança no ciclo de vida: meio para acomodar oscilações de
rendimento e de despesas, para fazer face a imprevistos, para concretizar objetivos de
longo prazo e para acumular património.
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Relação entre remuneração e o risco
A rendibilidade esperada, o risco e a liquidez.
Características de alguns produtos financeiros.
Depósitos a prazo (e.g. tipo de remuneração, taxa de juro, prazo, mobilização
antecipada);
Certificados de aforro (e.g. remuneração, mobilização);
Obrigações do tesouro (e.g. taxa de cupão, maturidade, valor de reembolso,
valor nominal);
Obrigações de empresas (e.g. taxa de cupão, maturidade, valor de reembolso,
valor nominal);
Ações
O valor de uma ação e o valor de uma empresa
Custos associados ao investimento em ações (comissões de guarda de
títulos, de depósito ou de custódia, taxas de bolsa)
Aspetos a ter em conta no investimento em ações
Fundos de Investimento: conceito e noções básicas
Seguros de vida (âmbito da garantia, custo real, redução e resgate, rendimento
mínimo garantido, participação nos resultados, noções de regime fiscal)
Fundos de pensões
Fundos de pensões vs. - Planos de pensões
Espécies mais relevantes: fundos de pensões PPR/E
Outros ativos: moeda, ouro, etc.
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2. Introdução
Poupar.
Não há verbo que as famílias portuguesas mais tenham conjugado nestes últimos anos
do que este.
Tendo em conta esta realidade, este módulo pretende dar algumas dicas de poupança
nas mais variadas áreas da sua vida e explica-lhe alguns conceitos financeiros
elementares para conseguir gerir melhor o seu dinheiro.
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3. Poupança
A poupança é a parcela dos nossos rendimentos que não são gastos no período em
que os recebemos. Por não sabermos o que nos vai acontecer no futuro, devemos
sempre guardar parte do que recebemos para tratar de possíveis emergências. Sem a
poupança, uma avaria no carro por exemplo pode vir a ser uma catástrofe.
Saber o que é a poupança é importante, mas temos também de olhar para as suas
vantagens.
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Por termos recursos disponíveis, podemos melhorar a nossa qualidade de vida, e
tentar atingir objetivos que seriam inalcançáveis se tivéssemos de nos sujeitar a tudo o
que rende dinheiro.
A poupança permite:
o Aumentar a capacidade de enfrentar situações imprevistas (por exemplo, a entrada
numa situação de desemprego ou um aumento inesperado das despesas em resultado
de uma situação de doença ou acidente).
Uma gestão equilibrada do orçamento familiar inclui destinar, sempre que possível,
uma parte dos rendimentos à poupança.
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O primeiro agente económico a considerar é o agente famílias. As famílias podem ser
encaradas como o agente económico mais elementar, no sentido em que será a
entidade normalmente de menor dimensão a partilhar um mesmo orçamento; à
partida, em qualquer família há um conjunto de receitas e despesas que é gerido em
conjunto e cuja gestão tem impacto sobre o bem-estar da família no seu todo.
Do raciocínio atrás exposto fica também claro que bens e serviços são tudo aquilo que
contribui para o bem-estar dos indivíduos via consumo (ou seja, é tudo aquilo que uma
vez produzido permite satisfazer necessidades). Os serviços podem igualmente ser
designados por bens não materiais (de um ponto de vista económico, a distinção entre
bens e serviços não é relevante: ambos são produzidos e ambos são alvo de eventual
consumo intermédio ou final).
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entre outras eventuais prestações que não exigem qualquer contrapartida por parte
de quem as recebe. Podemos ainda considerar no cálculo do rendimento disponível as
transferências externas líquidas, isto é, a diferença entre montantes sem contrapartida
recebidos e pagos ao exterior (como remessas de emigrantes, prémios de lotaria ou
doações); as transferências externas poderão assumir um valor positivo ou negativo;
as transferências do Estado para as famílias ou transferências internas são
unidirecionais e por isso serão sempre um valor positivo.
O rendimento disponível das famílias só pode ter duas utilizações por parte destas:
consumo (a variável consumo privado que já caracterizamos) ou poupança.
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dos agentes económicos, nomeadamente as empresas que vão basear as suas decisões
de investimento no custo associado à aquisição de capital (ou seja, no valor da taxa de
juro).
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Fórmula: Juro Composto = (Capital + Juro do Período Anterior) x Percentagem
Exemplo:
Período 1 – Juro Simples = €100,00 x 5% (0,05) = €5,00
Período 2 – Juro Composto = €105,00 x 5% (0,05) = €5,25
Período 3 – Juro Composto = €110,25 x 5% (0,05) = €5,5125
Diz-nos que quanto mais cedo começamos a poupar maior o impacto dos juros sobre
juros. Que quanto mais cedo começamos a poupar menor será o esforço para
acumular património.
Os economistas fazem uma distinção entre taxas de juro “nominais” e “reais”, mas
qual é a diferença entre ambas e por que razão é importante?
A taxa de juro nominal é a taxa acordada e paga. É, por exemplo, a taxa que os
proprietários de habitação pagam pela respetiva hipoteca ou que os aforradores
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recebem pelos seus depósitos. Os mutuários pagam a taxa nominal e os aforradores
recebem-na.
Subtrair a perda de poder de compra da taxa de juro nominal permite aos mutuários e
aos aforradores determinar a taxa de juro real dos respetivos empréstimos e
poupanças.
A taxa de juro nominal é a taxa de juro propriamente dita, ou seja, é uma taxa fixada
pelo período de um ano, e não sofre variações. Esta taxa deve ser mencionada em
todos os contratos de crédito e aplicações bancárias.
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A taxa de juro efetiva é aplicada quando existe capitalização, e se torna necessário
converter a taxa nominal em taxa efetiva. Assim sendo, sempre que se faz uma
aplicação, em que os juros serão incorporados no capital inicial (de forma trimestral ou
semestral), o valor a receber será maior do que o indicado pela taxa nominal.
O principal risco de quem faz uma aplicação financeira é o de não reaver, total ou
parcialmente, o dinheiro investido. Um outro risco é o de não obter uma remuneração
adequada durante o período em que prescindiu de utilizar o dinheiro aplicado.
A aplicação da poupança num produto financeiro tem sempre em vista obter uma
remuneração dessa aplicação. No entanto, pode existir alguma incerteza quanto à
remuneração que irá ser obtida. Nalguns casos a remuneração poderá vir a ser inferior
à que se havia antecipado inicialmente. Noutros casos a remuneração pode mesmo ser
negativa.
É possível identificar um conjunto de fatores que pode contribuir para que uma
aplicação financeira tenha um comportamento adverso face ao esperado.
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6. A rendibilidade esperada, o risco e a liquidez
A rendibilidade de um Fundo não deve ser analisada de forma isolada, dado que uma
melhor performance de um Fundo de Investimento tem normalmente associado um
elevado nível de risco.
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7. Características de alguns produtos financeiros
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• O risco de liquidez é o risco de precisar do dinheiro aplicado antes do fim do
prazo contratado e não lhe poder mexer (por exemplo, os depósitos a prazo não
mobilizáveis antecipadamente) ou de incorrer em custos para o fazer.
• O risco de remuneração é o risco de a remuneração não ser a esperada ou de a
remuneração ser nula (por exemplo, nos depósitos com taxa de juro variável
dependente da Euribor ou nas obrigações que pagam uma remuneração –
“cupão” – variável, não se conhece no momento da aplicação o valor exato da
remuneração a receber).
• O risco de capital é o risco de perder parte ou toda a poupança aplicada no
produto financeiro. O risco de capital não existe nos depósitos, mas existe, por
exemplo em produtos financeiros como as ações e os fundos de investimento, que
não garantem o capital aplicado.
• O risco de crédito é o risco de falência ou insolvência da entidade junto da qual a
poupança foi aplicada. Nos depósitos, o risco de crédito está coberto pelo Fundo
de Garantia de Depósitos até 100 mil euros por depositante e por instituição de
crédito.
• O risco cambial é o risco de perda de dinheiro no fim de uma aplicação em moeda
estrangeira, pela conversão para moeda nacional.
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8. Depósitos a prazo
(e.g. tipo de remuneração, taxa de juro, prazo, mobilização antecipada)
O que são?
São um produto bancário que pressupõe a entrega de fundos a uma instituição
bancária que, findo o período acordado, devolve o dinheiro e ainda paga juros. Os
depósitos a prazo podem ser simples ou indexados, consoante o tipo de remuneração.
Podem ser simples com taxa fixa ou indexada a índices do mercado monetário
(Euribor, cabaz de ações ou índices acionistas).
Vantagens: São produtos de investimento mais seguros e têm garantia de
capital - até 100 mil euros em caso de falência da instituição bancária.
Desvantagens: Atualmente as taxas de juro destas aplicações estão a registar
uma rota descendente. Para conseguir aceder a uma boa taxa de juro é
necessário aplicar uma quantia elevada.
8.1.Certificados de aforro
Certificados de aforro são títulos de dívida pública, com risco nulo e elevada liquidez. A
capitalização dos juros é trimestral e oferecem ainda um prémio de permanência.
Tornaram-se numa das aplicações mais conhecidas dos aforradores portugueses,
especialmente dos que são menos propensos ao risco, devido à garantia do Estado.
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Estes títulos só podem ser subscritos por particulares e possuem algumas
características bastante específicas. Com eles, o Estado procurou atrair as poupanças
dos pequenos investidores, tornando-os inicialmente bastante atrativos em
comparação com outros produtos como, por exemplo, os depósitos a prazo.
Os títulos são nominativos. Isto significa, entre outras coisas, que se trata de títulos
não-transmissíveis: não pode vendê-los a um amigo, por exemplo, ou dá-los a um
familiar. A titularidade dos Certificados de Aforro apenas é transmissível em caso de
falecimento do aforrador. Nesta situação, os poderes de quem está autorizado a
movimentar o título cessam e os legítimos herdeiros poderão requerer a amortização
ou a transmissão do título para seu nome.
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Que montantes?
Para subscrever Certificados de Aforro (Série D) é preciso 100 euros. Mais
precisamente pode comprar 100 unidades ao preço de 1 euro cada. O montante
máximo de subscrição é de duzentos e cinquenta mil unidades, o que equivale a 250
mil euros.
Que prazos?
Os Certificados das Séries C e D terminam no final de 10.º ano de vida, no qual serão
automaticamente resgatados. Além disso, os títulos não podem ser liquidados durante
os três primeiros meses após a subscrição, ou seja, durante esse período não é possível
reaver o dinheiro. Em linguagem mais técnica, diz-se que, nos primeiros três meses, a
liquidez dos Certificados é nula.
Os Certificados das séries anteriores não têm prazo máximo, de forma que o investidor
poderá mantê-los enquanto for esse o seu desejo.
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juros: no exemplo anterior, se resgatasse os Certificados no dia 8 de novembro,
não receberia os juros correspondentes ao período entre 10 de agosto e 8 de
novembro. Por dois dias, o seu dinheiro teria ficado três meses parado, sem
render absolutamente nada.
• É possível pedir o reembolso de apenas uma parte das unidades subscritas
em determinada ocasião. Por exemplo, se tiver subscrito 100 unidades, pode
reaver o dinheiro relativo a apenas 40. Nessa altura, terá de entregar o título
representativo das 100 unidades subscritas e ser-lhe-á entregue um novo,
relativo às 60 unidades que manteve. A data de emissão inicial não será
alterada.
• Em caso de falecimento do titular, os herdeiros têm um prazo de dez anos
para solicitar a transferência da titularidade. Nesse caso, será emitido um novo
Nada haverá a pagar pela transferência dos títulos. Mas se, ao fim de dez anos,
não for solicitada a transferência, o seu valor reverterá a favor do Estado. Como
o resgate só pode ser pedido pelo subscritor ou pela pessoa. Nomeada no
momento da subscrição, os herdeiros não podem exigir o reembolso direto. Só
após transferirem os certificados para seu nome, poderão optar por reaver os
montantes aplicados ou manter os certificados.
Rendimento - Os Certificados de Aforro funcionam como uma espécie de
depósito, renovado automaticamente, de três em três meses, durante um
prazo indeterminado. Os trimestres contam-se a partir da data de subscrição,
que deverá constar no verso do título emitido.
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Outra forma de saber quanto valem os certificados consiste em consultar a folha
gratuita distribuída nos locais de subscrição.
A remuneração dos certificados está dependente das taxas de juro de curto prazo
(Euribor a três meses). Assim, quando estas sobem ou descem, a remuneração dos
certificados acompanha essa evolução. Como se trata de um produto que capitaliza
trimestralmente, quando se dá a renovação, a taxa de juro a aplicar é a que está em
vigor nesse mês.
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Assim, os títulos mais antigos beneficiam de um prémio de permanência superior e,
por isso, apresentam taxas mais atrativas. Se tiver de pedir o reembolso de alguns
títulos, opte pelos mais recentes, para não perder os prémios entretanto acumulados.
Numa perspetiva de investimento a curto prazo, a taxa dos Certificados de Aforro deve
ser comparada com a taxa dos depósitos a prazo por três meses, até porque, como
está indexada a uma taxa de referência, acompanha a evolução do mercado. No
entanto, há que ter em conta se as taxas se encontram a descer ou a subir.
Custos - Este tipo de aplicação não tem quaisquer custos, pois não existem
comissões de subscrição ou de resgate, nem são cobradas despesas de
expediente (envio de extratos de conta, por exemplo).
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9. Obrigações do tesouro
(e.g. taxa de cupão, maturidade, valor de reembolso, valor nominal)
O que são?
Trata-se de títulos de dívida pública que ajudam o Estado a financiar- se. Têm o prazo
máximo de cinco anos e têm taxas crescentes.
Se mantiver as poupanças durante meia década aplicadas nesse produto, terá uma
taxa de juro líquida média de 3%.
Vantagens: Pagam uma taxa de juro atrativa. Além disso são produtos de
investimento do Estado, o que os torna mais seguros, quando comparados com
outros ativos no mercado.
Desvantagens: Tem um prazo de permanência mínimo de um ano, o que
significa que antes disso não podem ser mobilizados. O pagamento de juros é
anual, o que implica, em caso de resgate, a perda dos juros decorridos desde a
última data de pagamento.
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9.1. Obrigações de empresas
(e.g. taxa de cupão, maturidade, valor de reembolso, valor nominal)
O que são?
São instrumentos financeiros que representam um empréstimo contraído junto dos
investidores pela entidade que as emite, que tanto podem ser empresas, Estados ou
outras entidades públicas ou privadas.
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9.2. Ações
O que são?
Uma ação é um título que representa uma fração do capital social de uma empresa,
constituída sob a forma de uma sociedade anónima. O detentor destes títulos é
denominado de acionista. O retorno obtido depende da evolução da sua cotação, do
preço ao longo do tempo e da distribuição de dividendos.
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9.2.1. O valor de uma ação e o valor de uma empresa
As empresas cotadas em Bolsa são sociedades anónimas que por definição têm o seu
capital dividido em ações.
São também sociedades abertas, no sentido que qualquer pessoa pode adquirir ações
na Bolsa e dessa forma tornar-se acionista, ou coproprietário, da empresa.
Se uma empresa tiver 10 000 ações emitidas e eu comprar 100 ações, passo a deter 1%
da empresa.
Se a cotação for €10, o Valor de Mercado da empresa é €10*10 000 ações = €100 000.
Todas as ações contam para o cálculo do Valor de Mercado, mesmo aquelas que são
detidas por entidades estratégicas ou acionistas de referência.
O conjunto de todas as ações emitidas pela empresa, a multiplicar pelo valor de cada
uma (a cotação da ação) dá o valor total da empresa, ou Valor de Mercado: Valor de
Mercado = Nº Ações*Cotação
Porque a cotação só por si não nos diz nada sobre o que estamos a comprar, como se
pode ver nos seguintes exemplos:
Empresa A tem 100 milhões de ações emitidas e está cotada a €1:
Valor de Mercado = 100 000 000*€1 = €100 000 000 Empresa B tem 1 milhão
de ações emitidas e está cotada a €10: Valor de Mercado = 1 000 000*€10 =
€10 000 000
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Quem olha apenas para a cotação, pensa que a empresa B vale 10 vezes mais que a
empresa A, uma vez que a cotação é 10 vezes superior. Mas a realidade é o inverso, na
realidade a empresa A, que está cotada a €1, vale dez vezes mais que a empresa B, que
está cotada a €10.
Taxa de bolsa
Sempre que se compram ou vendem títulos é necessário pagar uma taxa de bolsa, que
constitui a remuneração dessa entidade pelo serviço prestado. Com a migração para o
sistema de negociação da Euronext, a comissão de bolsa passou a ser fixa,
independentemente do volume de cada transação.
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Comissão sobre as transações
O investidor também tem de suportar as comissões de intermediação, cobradas pela
instituição financeira onde é dada a ordem (banco ou corretora). Estas comissões são
normalmente de dois tipos: fixas ou em percentagem do montante negociado (cotação
x quantidade). Neste último caso, é normal existir também um valor mínimo para a
comissão cobrada.
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CMVM. Assim, grande parte das instituições cobra periodicamente (trimestral,
semestral ou anualmente) aos clientes uma comissão pela guarda dos títulos, embora
também haja casos em que esse serviço é gratuito.
Regra geral, trata-se de uma comissão fixa, mas, nos casos em que dependa do valor
da carteira, é normalmente exigido um mínimo. Os valores a pagar oscilam entre os 20
e os 30 euros por ano. Quando estão em causa ações estrangeiras, estes custos são,
em regra, superiores.
Transferência da carteira
Se estiver insatisfeito com as comissões cobradas pelo seu banco/corretora, pode
transferir a sua carteira de títulos para outra instituição financeira. Mas a maioria dos
intermediários financeiros cobra uma comissão ao cliente por este serviço. Em alguns
casos, o intermediário cobra um montante fixo, noutros cobra uma percentagem do
valor da carteira e, noutros ainda, o custo pode depender do número de valores
mobiliários que pretende transferir. A forma mais comum é a aplicação de uma taxa
fixa sobre o valor da carteira a transferir.
Fiscalidade
A fiscalidade das ações é outro aspeto importante para os investidores e que exige
uma abordagem detalhada. Nos mercados financeiros mais desenvolvidos, o
enquadramento fiscal é relativamente estável, mas em Portugal tem sofrido
frequentes alterações ao longo dos últimos anos.
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Distribuição de dividendos
A tributação dos dividendos sofreu alterações significativas nos últimos anos.
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investidor seja penalizado duas vezes com o pagamento de imposto (em
Portugal e no país onde foi obtido o rendimento). Assim, na prática, o
investidor nacional não pagará mais imposto do que aquele que pagaria se o
rendimento fosse obtido em Portugal.
Obtenção de mais-valias
O investidor é sempre obrigado a declarar as ações que vendeu ao longo de cada ano.
Terá de preencher o anexo G da declaração de rendimentos. Nesse documento deverá
identificar os títulos vendidos, valores de compra, valores de venda e, ainda, custos
suportados com a venda dos títulos.
Nos casos em que há mais-valias, o investidor poderá optar pela tributação autónoma
ou pelo englobamento nos restantes rendimentos. Quem escolher a tributação
autónoma pagará atualmente ao fisco 28% do saldo global das mais- valias e menos-
valias realizadas nesse ano, independentemente dos restantes rendimentos. No caso
do englobamento, o imposto a pagar dependerá da taxa marginal de IRS do
contribuinte. Esta última pode variar entre 14,5 e 48 por cento.
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No entanto, o englobamento também pode ser vantajoso nestas duas situações:
• Se no total do ano obteve menos-valias (prejuízo) na venda de ações, poderá
deduzir o prejuízo desse ano às eventuais mais-valias que venha a realizar nos dois
anos seguintes;
• Se obteve menos-valias nos dois anos anteriores e optou, nessa altura, pelo
englobamento, poderá ser rentável optar novamente por essa via. Nesse caso, os
prejuízos obtidos anteriormente serão abatidos aos ganhos agora realizados, mas
tudo depende dos valores em causa. Nos casos em que as mais-valias obtidas são
muito superiores às menos-valias englobadas nos dois anos anteriores e a taxa
marginal de IRS do contribuinte é muito elevada, pelo que pode não ser vantajoso
optar pelo englobamento.
• No caso das ações internacionais, a declaração também é obrigatória e o processo
de cálculo das mais-valias é idêntico. A diferença está unicamente no "prazo". O
contribuinte terá de inscrever no anexo J da declaração de rendimentos o saldo
global de todas as mais e menos-valias realizadas. Mantém-se a opção entre a
tributação autónoma e o englobamento das mais-valias aos restantes
rendimentos.
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O processo de abertura desta conta é muito simples:
Se utilizar uma corretora para negociar em bolsa, apenas tem de abrir uma
conta-títulos, na qual deposita o dinheiro que pretende investir e que funciona
como uma conta à ordem normal;
Se abrir conta num banco, a conta-títulos onde são depositadas as ações fica
associada à conta à ordem, mas com um número diferente. Caso não seja
cliente do banco, tem de abrir as duas contas.
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Mas a Internet veio revolucionar a forma como a informação é tornada pública. Os
sites dos bancos e das corretoras disponibilizam gratuitamente as cotações das ações,
não só nacionais como estrangeiras, a par das principais notícias sobre as empresas.
Segurança
A principal característica de uma ação é ser um título de copropriedade, e não um
título de dívida, como as obrigações. Uma ação não tem data, nem preço de
reembolso.
Cada ação dá direito a receber uma parte do que restar da empresa, em caso de
falência ou liquidação, pelo que pode perder todo o capital investido. Mas a
expectativa de um investidor quando adquire ações é de que a empresa registe um
crescimento sustentado dos lucros, já que é essa progressão que permite à cotação
subir.
Assim, os sucessivos acionistas poderão realizar mais-valias na venda dos seus títulos.
Por exemplo, se o investidor A comprar uma ação por 5 euros e, mais tarde, vendê-la
ao investidor B por 7 euros, que por sua vez vai aliená-la a C por 8,50 euros...
Na teoria, todos os investidores poderiam obter ganhos com o mesmo título. Mas seria
ingénuo pensar que as ações estão sempre a subir.
Ninguém sabe ao certo se uma determinada ação vai subir ou descer. É esta incerteza,
somada à inexistência de garantia do capital, que faz das ações uma aplicação de risco.
No entanto, nem todas as ações estão sujeitas ao mesmo grau de risco, porque a
situação das empresas que as emitem é diferente.
Solidez financeira
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A solidez financeira de cada empresa é um dos aspetos mais importantes e depende
de vários fatores: qualidade da gestão, evolução do volume de vendas e dos
resultados, montante de dívidas de curto e longo prazo, etc. Os analistas financeiros
procuram avaliá-los e, depois, emitem recomendações sobre as empresas, que podem
ser bastante úteis aos investidores.
Mas a solidez financeira da empresa emitente não é o único critério para avaliar a
segurança de uma ação. O risco do negócio também varia consoante o ramo de
atividade. Por exemplo, a eletricidade e a banca são negócios com uma procura mais
ou menos estável. O mesmo não acontece com o setor da pasta de papel, com
oscilações frequentes.
A longo prazo
Quanto mais elevado o risco de uma aplicação, maior é o rendimento que se pode
esperar.
Vários estudos a nível mundial confirmam que as ações sofrem, ao longo dos anos,
maiores variações de valor do que as obrigações, por exemplo. Assim, se num ano
sobem muito, no seguinte podem ter resultados completamente desanimadores (e
vice-versa). A curto prazo, se o momento da compra for bem escolhido, os ganhos
podem ser consideráveis, mas também as perdas também podem ser significativas.
Para minimizar o risco, deve avaliar durante quanto tempo pode pôr de parte o
dinheiro que pretende aplicar em ações. Isto porque o risco diminui à medida que o
período da aplicação aumenta. Quanto maior for a duração do investimento, menos o
rendimento se afastará da média estimada. No primeiro ano, a margem de flutuação é
enorme, mas depois vai diminuindo progressivamente.
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A longo prazo (dez ou 15 anos), o risco é muito menor. Por isso, se puder dispor de
parte do seu dinheiro durante um período suficientemente longo, pode com toda a
tranquilidade optar pelo investimento em ações. Mas se há forte probabilidade de
necessitar do dinheiro dentro de um prazo relativamente curto (um ou dois anos), é
preferível escolher algo menos arriscado.
Diversificação
"Não coloque todos os ovos dentro do mesmo cesto", isto é, minimize o risco,
repartindo o dinheiro por vários títulos. Investir numa única empresa, mesmo que
promissora, é muito mais arriscado que o conjunto da bolsa, independentemente.
Assim, o risco diminui quando o investidor detém uma carteira composta por diversas
ações.
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Mas mesmo a melhor diversificação não elimina o risco de investir em bolsa (risco de
mercado). Quando esta está numa fase desfavorável, a generalidade dos títulos segue
essa tendência. É claro que umas ações caem mais do que outras, consoante o grau de
oscilação seja superior ou inferior ao da bolsa no seu conjunto. Assim, o risco de
mercado apenas pode ser atenuado se o investidor diversificar além das ações, através
de outro tipo de ativos como obrigações, imobiliário, derivados, etc. Quanto maior for
a diversificação, menor é o risco do investimento bolsista.
Liquidez
Uma ação diz-se muito ou pouco líquida consoante um investidor
possa comprá-la/vendê-la com rapidez e sem influenciar
significativamente a sua cotação. Essa possibilidade depende da
quantidade de transações, ou seja, do número de ações
compradas/vendidas durante um determinado período.
Duas das medidas de liquidez mais utilizadas são a quantidade e o volume (cotação x
quantidade) médio de ações transacionadas diariamente: quanto mais elevadas, mais
líquida é a ação.
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Pode acontecer que nem todas as ações de uma empresa estejam admitidas em bolsa
ou o free float da empresa seja reduzido. Este corresponde à percentagem do capital
que se encontra disperso em bolsa e que não constitui participações estratégicas
(posições detidas por determinados acionistas numa perspetiva de longo prazo).
Por vezes verifica-se que as empresas apenas têm uma pequena parte do capital
disponível para negociação, sendo que a grande fatia está nas mãos de acionistas
estratégicos, família do proprietário ou outra empresa do grupo (chamado "núcleo
duro").
Dimensão
As grandes companhias têm, obviamente, mais ações e também maior visibilidade,
pelo que atraem um maior número de investidores particulares e institucionais. É
natural que este tipo de ações tenha maior liquidez. Na Euronext Lisboa, por exemplo,
as ações mais transacionadas habitualmente são a Portugal Telecom, EDP e BCP, que
também são as com maior dimensão.
Tempo
A liquidez também pode variar com o tempo. Em períodos de queda bolsista, há
muitos investidores que saem do mercado acionista, originando uma redução
generalizada do número de transações. Nesses períodos, a liquidez é mais reduzida.
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elevado a que existem investidores interessados em comprar o título) e de venda
(preço mais baixo a que existem investidores interessados em vender o título) com um
intervalo não muito grande, o que facilita as transações.
A compra e venda de ações pouco líquidas inclui um risco de liquidez. Por exemplo, se
uma empresa tem mil ações cotadas, certamente uma venda de 100 títulos faz cair a
cotação. É natural que a ordem não seja total ou parcialmente executada, ou que a sua
execução ocorra repartida em vários negócios. Isto é, se, por exemplo, quiser comprar
100 ações da empresa X, pode acontecer que, numa primeira fase, apenas estejam a
vender 60 títulos ao preço que deseja comprar, e que só mais tarde consiga adquirir os
restantes 40. Esta fragmentação também implica maiores custos de transação.
Não basta que uma empresa seja atrativa em termos fundamentais. Mesmo que seja
adquirida a um bom preço, pode existir muita dificuldade para a vender, por não haver
investidores interessados em comprar ao preço pretendido. É até possível que, devido
à escassa liquidez, a ação demore muito tempo a ajustar ao valor fundamental da
empresa, o que pode ser desesperante. Por isso, evite títulos de liquidez reduzida,
sobretudo em carteiras pouco diversificadas.
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10.Fundos de Investimento: conceito e noções básicas
O que são?
Trata-se de um instrumento financeiro que resulta da captação de capital junto de
diversos investidores, constituindo o conjunto desses montantes um património
autónomo, gerido por especialistas que o aplicam numa variedade de ativos.
Desvantagens: Cada fundo de investimento tem riscos próprios, no geral, não têm
garantia de capital, estão sujeitos aos riscos de mercado, pois investem em património
que oscila consoante o mercado de capital e há incertezas em relação à remuneração.
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11.Seguros de vida
(âmbito da garantia, custo real, redução e resgate, rendimento mínimo garantido,
participação nos resultados, noções de regime fiscal)
No seguro de vida que cobre o risco de morte da pessoa segura (seguro em caso de
morte), o segurador paga ao beneficiário o capital acordado, se a pessoa segura
morrer durante o período fixado no contrato.
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O resgate total consiste na antecipação do recebimento da prestação devida pelo
segurador, calculada em função dos prémios entretanto pagos, dando, assim, origem à
cessação do contrato.
Nas situações em que a participação nos resultados ainda não tenha sido atribuída, o
valor a receber será proporcional ao tempo que decorreu entre a última atribuição e o
final do contrato.
A redução corresponde a uma diminuição das garantias e/ou capitais contratados, por
iniciativa do tomador do seguro ou do segurador, mantendo-se o contrato em vigor.
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Ocorre, normalmente, por decisão do segurador em caso de falta de pagamento de
parte do prémio.
O segurador deve anexar à apólice uma tabela de valores de redução calculados com
referência às datas de renovação do contrato, sempre que existam valores mínimos
estabelecidos.
12.Fundos de pensões
Tipos
Os fundos de pensões podem ser fechados ou abertos, podendo estes últimos permitir
adesões individuais ou adesões coletivas.
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natureza empresarial, associativo, profissional ou social e a inclusão de novos
associados no fundo depender do seu acordo.
Um fundo de pensões será considerado aberto quando não for exigida a existência de
qualquer vínculo entre os diferentes aderentes ao fundo e as novas adesões
dependerem apenas da aceitação por parte da entidade gestora. Consoante as formas
de adesão previstas no regulamento de gestão de um fundo de pensões aberto, assim
se podem distinguir:
• Fundos de adesão coletiva: quando estiver prevista a adesão de pessoas
coletivas, enquanto associados que pretendam financiar um ou mais planos de
pensões para os seus colaboradores, nomeadamente no âmbito do 2º pilar da
previdência social;
• Fundos de adesão individual: quando estiver prevista a adesão de pessoas
individuais, no âmbito do 3º pilar da previdência social;
• Fundos de adesão coletiva e individual: quando estiverem previstos os dois
tipos de adesão.
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dimensão ou empresas de dimensão considerável, mas de estrutura etária jovem, que
desejem financiar planos de pensões para os seus colaboradores, ou ainda para
pessoas individuais que pretendam financiar um complemento à sua reforma.
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É ainda comum classificar-se um plano de benefício definido como sendo:
Integrado com a Segurança Social: quando estabelece um nível de reforma
global, integrando a pensão da Segurança Social, sendo de a responsabilidade
do plano assegurar a diferença entre esta pensão e o nível global estabelecido;
Semi-integrado com a Segurança Social: se as características são análogas às
dos planos de benefício definido integrado, mas existir um limite superior para
a pensão a cargo do plano, por forma a diminuir o risco de um aumento
elevado das responsabilidades resultante de alterações no nível de benefícios
assegurado pela Segurança Social;
Não integrado ou independente da Segurança Social: se os valores garantidos
não dependem da pensão da Segurança Social.
Com efeito, quando uma pessoa coletiva (associado) decide promover um plano de
pensões para os seus colaboradores (participantes), se o plano adotado for de
benefício definido, aqueles sabem, à partida, a fórmula de cálculo dos benefícios a que
terão direito, caso reúnam as condições previstas no plano de pensões. Esses
benefícios não dependerão, assim, da rendibilidade que o fundo venha a obter.
Deverá existir então um atuário responsável pelo plano de pensões que, de acordo
com sistemas atuariais de capitalização, proceda ao cálculo do valor do fundo,
correspondente a uma situação de equilíbrio entre, por um lado, o património e as
receitas previstas para o fundo e, por outro, as pensões futuras devidas aos
beneficiários e as comissões de gestão e de depositário futuras, devendo o associado
proceder às contribuições necessárias para assegurar esse equilíbrio.
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Caso o plano de pensões em causa seja de contribuição definida, o benefício não é
conhecido à partida, mas dependerá do montante correspondente às contribuições
efetuadas e dos respetivos rendimentos acumulados, líquidos de encargos. Portanto,
uma evolução negativa da rendibilidade do fundo repercutir-se-á desfavoravelmente
no valor das pensões a que os beneficiários terão direito.
Forma de Financiamento
Atendendo à forma como são financiados, podemos distinguir dois tipos de planos de
pensões:
• Contributivos: quando existam contribuições dos participantes e estas não
tenham carácter obrigatório estabelecido por lei ou por instrumento de
regulamentação coletiva das relações laborais;
• Não contributivos: quando o plano é financiado pelo associado.
Nos planos de pensões poderá ser previsto um período de carência, isto é, um período
mínimo de vínculo entre os participantes e o associado, exigido para que aqueles
tenham direito aos benefícios consignados no plano de pensões.
O que são?
- São produtos de médio ou longo prazo vocacionados para a poupança para a
reforma.
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Existem PPR em forma de seguro e de fundos de investimento. Alguns destes produtos
garantem o capital aplicado, outros garantem remuneração pré-definida, outros têm
remuneração variável.
Podem ser mais ou menos arriscados, pelo que é muito importante conhecer bem o
produto no qual vai investir.
Vantagens: Até 20% das contribuições podem ser deduzidas no IRS, dentro de
determinados limites. Mas, no máximo, este benefício será de 100 euros, dependendo
do escalão de rendimentos no qual se insere o seu agregado familiar.
O ouro é um metal raro, que durante séculos serviu como garantia de valor,
permitindo transações em períodos de grande instabilidade (fome, peste, guerra). Com
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o aparecimento da economia mercado e dos Estados centralizados, passou a ter um
valor mais simbólico, deixando de ser utilizado nas transações quotidianas.
Se quer ter o ouro “à mão” deve comprar físico em barras, libras de ouro ou peças de
ourivesaria. O valor do ouro físico evolui de forma próxima à cotação internacional do
mercado.
Mas o preço dos objetos e joias de ouro, como anéis e fios, é influenciado pelo valor
artístico e, por isso, é muito subjetivo. Na revenda, a desvalorização desses objetos
pode ser muito grande. No limite, arrisca-se a receber apenas o equivalente ao peso
do ouro.
• Lingotes ou barras: com pesos entre 2,50 gramas e 12,50 quilos, a escolha
depende do montante que pretende investir. Em Portugal, o preço do ouro
expressa-se em euros por grama. Este preço deriva das cotações em Londres,
onde o preço é fixado em dólares por onça (31,1 gramas). Diariamente, o Banco
de Portugal publica o preço da cotação do ouro em barra negociado no
mercado londrino.
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• Moedas (ouro amoedado): existem milhares de moedas de ouro diferentes
com curso legal em todo o mundo. Entre as mais populares, encontram-se a
libra esterlina e os reis portugueses. Poderá aceder à cotação em revistas ou
casas de numismática. No mínimo, as moedas valem o seu peso à cotação do
ouro em barra divulgada pelo Banco de Portugal. É a forma mais usual e fácil de
investir em ouro.
Tenha cuidado com o local e o preço do ouro onde faz a aquisição. Há enormes
diferenças nos valores entre a compra e a venda por parte dos bancos e de outras
entidades até de simples barras de ouro, onde nem sequer existe um valor subjetivo
como no caso das peças de ourivesaria.
Segurança
O rendimento do ouro é muito incerto, já que o investidor não tem garantias de obter
lucro ou mesmo de recuperar a totalidade do investimento. Neste sentido, o preço do
ouro comporta-se como o de qualquer outro metal, oscilando quotidianamente
consoante a oferta e a procura existentes no mercado.
No entanto, dado que se trata de um bem que vale por si só (ao contrário de uma nota
de papel ou de uma ação de uma empresa, que só valem por aquilo que representam),
transmite uma sensação de segurança ao seu possuidor, mas que pode não passar
disso mesmo.
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Ao contrário do que acontece com as barras, o preço das moedas pode ser superior ao
valor do ouro que contêm. A esta diferença chama-se prémio, e depende, entre outras
coisas, da sua antiguidade, do valor de coleção e da raridade.
Por isso, para não correr o risco de fazer uma má compra (a não ser que seja um
entendido), é preferível limitar-se às moedas mais conhecidas, como a libra Rainha
Vitória, a mais procurada pelos portugueses.
Se o valor o justificar, tanto no caso das moedas como das barras, considere a
possibilidade de as guardar no cofre de um banco.
Liquidez
O ouro, tanto em barra como amoedado, pode ser transacionado nos bancos, nas
ourivesarias e nas agências de câmbio. No entanto, esta operação nem sempre é
simples. De qualquer forma, em princípio não haverá grandes problemas, a não ser
que se trate de uma moeda rara. Nesse caso, a venda é dirigida a colecionadores e
poderá ser mais difícil e demorada, até que apareça alguém disposto a pagar o seu
valor de coleção. Uma razão adicional para preferir as moedas mais correntes.
Rendimento
É possível obter mais-valias (lucros) com a venda do ouro, caso o tenha comprado num
momento favorável, com os preços em baixa. No entanto, a maioria dos pequenos
investidores pensa no ouro como uma reserva para o futuro e, por isso, não costuma
preocupar-se muito com o preço.
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ouro quando acreditam numa subida rápida da sua cotação. Um comportamento que
o “comum dos mortais” deve evitar, devido ao seu alto risco.
Isso não significa que não seja importante conhecer as melhores alturas para comprar
ou vender. O preço do ouro, como o de qualquer outro bem, depende da oferta e da
procura.
A oferta, neste caso, é alimentada pela produção das minas; pelas vendas dos bancos
centrais e de outros organismos internacionais; e pela venda de ouro em segunda mão
(o chamado cascalho).
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investido em ouro poderia estar colocado noutro investimento , logo o
interesse para investir em ouro é superior.
Estes fatores são determinantes para a evolução dos preços do ouro a longo prazo.
Contudo, o preço é determinado pelo jogo da oferta e da procura dos grandes
investidores. O pequeno investidor tem pouca influência, à exceção de épocas de
grande instabilidade política e económica, onde o ouro ainda é visto por muitos
investidores como um valor de refúgio.
Custos
Se quiser guardar as moedas ou barras no cofre de um banco (o que é preferível, se o
valor o justificar), terá de pagar o aluguer. Este varia com a dimensão do cofre. Os mais
pequenos (do tamanho de uma pequena gaveta) custam cerca de 30 euros por ano.
Caso contrário, não existem custos adicionais nas transações com ouro, a não ser o
que resulta da diferença entre o preço de compra e venda no intermediário. Esta
diferença corresponde ao ganho do intermediário.
Fiscalidade
A compra de ouro para investimento está isenta de IVA. Como investimento,
considera-se o ouro em barras e algum tipo de moedas, nomeadamente as que
tenham curso legal no seu país de origem. A compra de joias e outros artefactos está
sujeita a IVA. Os ganhos na venda do ouro não estão sujeitos a imposto sobre mais-
valias.
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em comprar ou vender prata, o que lhe interessa saber é qual o preço em euros por
grama.
14.1. Webgrafia
https://www.deco.proteste.pt/investe/;
https://www.cgd.pt/Particulares;
http://saldopositivo.cgd.pt/tudo-sobre-os-seguros/;
http://www.e-konomista.pt/artigo/seguro-de-vida/;
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