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Índice

1.Introdução ............................................................................................................................................ 3

1.1.Objectivo ........................................................................................................................................... 5

1.1.1.Geral........................................................................................................................................... 5

1.1.2.Especifico................................................................................................................................... 5

2.Stress .................................................................................................................................................... 6

3.Stressada, stressado .............................................................................................................................. 6

4.Tipos, fases de stress ............................................................................................................................ 6

4.1.Stress positivo ............................................................................................................................... 7

5.Nível de stress ...................................................................................................................................... 7

6.Sinais e sintomas de stress ................................................................................................................... 8

6.1.Stress mental ................................................................................................................................. 9

6.2.Stress - sintomas físicos ................................................................................................................ 9

7.Causas do stress ................................................................................................................................. 10

7.1.Causas de stress externas ........................................................................................................ 11

7.2.Causas de stress internas ......................................................................................................... 11

8.Stress no trabalho ............................................................................................................................... 12

9.Stress crónico ..................................................................................................................................... 13

10.Consequências do stress ................................................................................................................... 13

11.Stress burnout................................................................................................................................... 14

12.Tratamento do stress ........................................................................................................................ 15

13.Hábitos não saudáveis ...................................................................................................................... 15

13.1.Sedentarismo e estilo de vida .................................................................................................... 15

13.2.Doenças crónicas degenerativas................................................................................................ 16

14.Mudanças de comportamento .......................................................................................................... 18

14.Conclusão......................................................................................................................................... 21

15.Bibliografia ...................................................................................................................................... 22
1.Introdução
O avanço da tecnologia vem há promover um maior conforto para o ser humano. Novos
métodos de trabalho surgiram beneficiados pelo avanço tecnológico. Fato que evidencia a
substituição do trabalho humano pelo mecânico, eléctrico e electrónico, coma as suas funções
desempenhadas sentadas à frente de suas mesas, máquinas e computadores, acarretando em
limitações de movimentos (ROSSETTO, 1990). Muitas vezes essas comodidades interferem
directamente no estilo de vida, exigindo menos a utilização do corpo, consequentemente
tendo um menor gasto energético.

Hábitos quotidianos são considerados os principais factores de riscos, estando associados ao


tabagismo, dieta inadequada, consumo excessivo de álcool, stress e emocional e o
sedentarismo, relacionando ao desenvolvimento dessas doenças (POLLOCK e WILMORE
1993; GUEDES e GUEDES 2003; WHO, 2010).

O Sedentarismo, que vem sendo considerada uma das novas doenças do milénio e que se faz
presente com maior frequência na população mundial, é um dos principais factores para o
desenvolvimento das doenças crónicas degenerativas. A falta ou grande diminuição de
actividade física causa vários males para o ser humano (BARROS, 2007). Cada vez mais
pessoas deixam de realizar algum exercício físico, o que podendo ser factor de risco para
várias doenças. Desta forma, é importante desenvolver um estilo de vida activo para a
promoção da saúde (OLIVEIRA, 2004).

A prática de actividade física sempre se fez importante para o ser humano, visto que desde a
pré-história o homem primitivo utilizava das actividades físicas para sua sobrevivência,
porém com os inúmeros benefícios tecnológicos do mundo contemporâneo o homem vem
esquecendo suas origens e tornando-se cada vez mais sedentário.

Mudanças de hábitos no estilo de vida quotidiano, como alimentares e a prática regular de


actividade física, são modificações que podem melhorar de forma significativa os factores de
risco dessas doenças, sendo, além disso, intervenções de custo moderado, quando
comparadas a tratamentos e medicamentos dependentes de alta tecnologia (RIQUE;
SOARES; MEIRELLES, 2002; NAHAS, 2003).

Considerando a elevada prevalência de sedentarismo na população e as consequências de um


estilo de vida inadequado, o presente estudo propõe analisar as causas e consequências de um

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estilo de vida sedentário e possibilidades de transformar a o conhecimento de hábitos
saudáveis em acções práticas e concretas.

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1.1.Objectivo

1.1.1.Geral
 Descrever e identificar as causas do stress e dos maus hábitos de saúde.

1.1.2.Especifico
 Analisar os tipos e fases de stress;
 Analisar os níveis do stress;
 Analisar os sinais e sintomas do stress;
 Analisar as consequências do stress;
 Analisar o tratamento do stress;
 Analisar os hábitos não saudáveis;
 Analisar as mudanças de comportamento.

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2.Stress
O stress é uma resposta fisiológica e comportamental normal a algo que aconteceu ou está
para acontecer que nos faz sentir ameaçados ou que, de alguma forma, perturba o nosso
equilíbrio. Quando nos sentimos em perigo real ou imaginado, as defesas do organismo
reagem rapidamente, num processo automático conhecido como reacção de "luta ou fuga” ou
de “congelamento", é a resposta ao stress.

Inicialmente, o stress pode ser positivo, contudo para além de um certo nível, esta deixa de
ser proveitoso e começa a prejudicar gravemente a saúde, a alterar o humor, a produtividade,
os relacionamentos e a qualidade de vida, em geral. São as diferentes fases do stress (v.
adiante eustress e distress).

Devemos saber reconhecer os seus sinais e sintomas e, consequentemente, tomar medidas


para minimizar os efeitos do stress.

3.Stressada, stressado
A vida moderna é cheia de dificuldades, prazos, frustrações e exigências. Para muitas pessoas
o stress é tão comum que se tornou, quase, um modo de vida.

Mesmo de curta duração, o stress pode ter impacto no organismo. O stress agudo causado
por uma desavença com o seu cônjuge ou por um evento mais dramático como um terramoto,
um acidente, entre outros, pode assumir um impacto ainda maior. Quando sujeito a períodos
mais longos, o stress pode tornar-se crónico ou atingir uma situação limite, conhecida
como burnout. Veja, de seguida, quais são os diferentes tipos e fases do stress.

4.Tipos, fases de stress


Podemos identificar dois tipos de stress: O stress positivo e negativo. A fase positiva
(stress positivo) também é conhecida como eustress e a fase negativa (stress negativo)
como distress.

Ou seja, o stress nem sempre é negativo. Em pequenas doses, pode ajudar-nos a trabalhar sob
pressão e motiva-nos a fazer o nosso melhor. Pelo contrário, quando atinge níveis elevados, o
corpo e a mente pagam o seu preço.

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4.1.Stress positivo
O stress positivo ajuda-o a manter-se centrado no objectivo que pretende alcançar, enérgico e
alerta. Durante uma apresentação estimula a sua concentração ou pode levá-lo a estudar para
um exame quando já está cansado e preferia estar a realizar outra actividade, em alternativa.

Em situações de emergência, pode salvar-lhe a vida, dando-lhe a força extra para se defender,
mobilizando-o a agir. Na verdade, ele protege-nos, em muitos casos, preparando o corpo para
reagir rapidamente a situações adversas. Esta resposta automática de “luta ou fuga” ajudou a
garantir a sobrevivência do Homem quando o ambiente exigiu reacções físicas rápidas em
resposta às ameaças, como as dos animais predadores. Confrontado com o perigo, o corpo
entra em ação, inundando-o com hormonas (hormonas do stress) que elevam os batimentos
cardíacos, aumentam a pressão sanguínea, aumentam a energia e preparam-nos para lidar
com o problema.

Além disso, o stress não surge apenas em consequência de acontecimentos desagradáveis.


Acontecimentos positivos, mas que constituem uma mudança significativa na nossa vida,
como por exemplo casar, uma nova actividade profissional, uma gravidez, mudança de casa
ou cidade, etc, também nos podem deixar tensos e provocar stress e ansiedade.

O problema nos tempos modernos é que a resposta ao stress é accionada regularmente pelo
nosso organismo, embora as nossas vidas não estejam em perigo, e a exposição crónica às
hormonas do stress pode prejudicar o organismo, como veremos adiante (v. stress crónico).

5.Nível de stress
O nível de stress varia de pessoa para pessoa. Ou seja, o que é stressante para determinada
pessoa (muito stress), pode não o ser para outra e o que parece resultar como atenuante do
stress numa pessoa pode não ser eficaz com outra.

O stress pode causar danos generalizados, por isso, é importante conhecermos as suas
diferentes fases e o nosso próprio limite. Algumas pessoas são capazes de desmoronar
perante um obstáculo ou frustração, enquanto outras parecem prosperar sobre a emoção e o
desafio de um estilo de vida de alto stress.

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A capacidade do indivíduo o tolerar depende de muitos factores, incluindo a qualidade dos
seus relacionamentos, a sua visão geral sobre a vida, a sua inteligência emocional e a própria
genética.

É importante aprender a reconhecer quando o nível de stress está fora do seu controlo e é
entendido por si como ultrapassando os seus recursos disponíveis, físicos e psicológicos. É
importante saber reconhecê-lo e efectuar uma boa gestão do stress, de forma a minimizar o
problema.

6.Sinais e sintomas de stress


Os sintomas de stress são a forma que o nosso organismo encontra para nos informar das
alterações a que está a ser sujeito. Certamente que já sentiu as mãos transpiradas ou o seu
coração a bater mais depressa, antes de efectuar uma apresentação ou participar numa reunião
importante ou até enquanto visualiza um filme de terror. Estes são alguns dos sintomas de
stress na pele e no coração, mas muitos outros afectam o nosso corpo (sintomas físicos)
e mente (sintomas psicológicos).

Desde o stress positivo até pressentirmos muito stress, passando por um stress excessivo ou
stress agudo, tudo são fases em que os sintomas de stress e ansiedade vão-se agravando
com o decorrer do tempo. Saber reconhecer quais os sintomas em cada uma das fases é de
primordial importância, uma vez que, a tendência é que se nada for feito em contrário, o
stress irá agravar-se com o decorrer do tempo, podendo desencadear graves consequências
para a nossa saúde. Inicialmente os sintomas podem ser ténues, mas quando o stress causa
diarreia, dor no peito, queda de cabelo, manchas na pele, dor de barriga, dor nas
costas, tonturas, entre outros sintomas exuberantes, então estamos seguramente perante uma
severa ameaça à sua saúde e degradação da qualidade de vida.

Hoje, reconhece-se que o cérebro e todas as suas estruturas são responsáveis pelo
processamento das sensações, cognições, sentimentos e movimentos. A nível anatómico, o
ser humano é composto por vários sistemas tais como: nervoso, gastrointestinal, circulatório,
respiratório, tegumentar, muscular, urinário, endócrino, imune, esquelético, reprodutor e
outros. Deste modo, o cérebro ao processar e a interpretar toda a informação poderá, em
certas situações, aumentar o ritmo cardíaco, provocar respostas electro-dérmicas (o aumento

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da humidade nas mãos ou testa), aumentar a tensão muscular (os músculos ficam mais rijos) e
elevar o estado de concentração.

Este processamento é efetuado sem intervenção do próprio indivíduo e, por vezes, é um ato
inconsciente, onde é apenas consciencializado quando há uma reacção fisiológica. Por vezes,
as reacções do sistema fisiológico são tão claras que temos plena consciência que o nosso
corpo está a reagir ao que está acontecer à nossa volta ou ao que estamos a pensar. A forma
como estas reacções fisiológicas são levadas a cabo são comuns em todos os indivíduos, o
que é diferente é a forma como são activadas, pois dependem, sobretudo, da forma como
interpretamos o mundo à nossa volta, do nosso estilo de vida, da experiência passada, da
nossa inteligência emocional, da saúde mental, etc.

Para melhor entendermos quais são os sintomas do stress, para os quais devemos estar
atentos, dividi-los-emos em mentais e físicos (stress mental e stress sintomas físicos).

6.1.Stress mental
Os sintomas de stress emocional são, vulgarmente, os que se seguem:

 Cansaço mental;
 Perda de memória;
 Falta de concentração;
 Apatia e desânimo (pensamentos negativos);
 Ansiedade;
 Preocupação excessiva;
 Alterações no humor (mau humor constante, ou mais frequente);
 Irritabilidade excessiva (a pessoa sente-se frequentemente irritada);
 Agitação psicomotora, incapacidade de relaxar;
 Sentimentos de estar sobrecarregada ou sobrecarregado;
 Sentimento de solidão e isolamento (isolar-se dos outros);
 Depressão ou tristeza;
 Negligenciar responsabilidades, evitar situações;
 O uso de café, álcool, tabaco ou drogas para tentar relaxar.

6.2.Stress - sintomas físicos


Os sintomas físicos do stress são, geralmente, os seguintes:

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 Sensação de cansaço;
 Dor de costas, dor muscular;
 Diarreia ou obstipação (prisão de ventre);
 Dor na barriga (estômago);
 Azia;
 Tensão arterial alta;
 Tonturas e náuseas;
 Dor de cabeça;
 Dor no peito;
 Frequência cardíaca mais acelerada (taquicardia);
 Perda do desejo sexual (falta de desejo);
 Alergias e constipações frequentes;
 Alterações no apetite (comer muito ou falta de apetite);
 Perturbações do sono (excesso de sono, dificuldade em dormir - sem sono);
 Tiques nervosos (roer as unhas, por exemplo);
 Queda de cabelo;
 Alteração dos níveis de colesterol e triglicerídeos;
 Alterações na menstruação;
 Mãos transpiradas;
 Herpes.

7.Causas do stress
Identificar as causas do stress é uma importante forma de nos prepararmos melhor para o
combater. As situações e pressões indutoras de stress são conhecidas como stressores.

Geralmente, vemos o stress como sendo algo de negativo que nos acontece: como um horário
de trabalho cansativo ou uma relação complicada. No entanto, acontecimentos positivos, tais
como: casar, comprar uma casa, ir para a faculdade, ou até receber uma promoção também
podem estar na sua origem.

Obviamente, o stress não é causado exclusivamente por factores externos. Ele pode ser auto-
gerado, por exemplo, quando nos preocupamos, excessivamente, com algo que pode ou não
vir a acontecer, pensamentos pessimistas sobre a vida, isto também pode constituir uma fonte

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de stress. As causas do stress também dependem da percepção que temos dele. Algo que é
stressante para uma pessoa pode não o ser para outra.

Conheça, de seguida, algumas das causas comuns de stress.

7.1.Causas de stress externas

 Stress no trabalho (stress profissional);


 Problemas financeiros;
 Grandes mudanças na vida;
 Problemas familiares;
 Etc.

7.2.Causas de stress internas

 Padrão de comportamento ansioso (stressada / stressado);


 Preocupação constante;
 Pessimismo;
 Expectativas irreais / perfeccionismo;
 Pensamento rígido, falta de flexibilidade;
 Atitudes de “tudo ou nada”.

O primeiro passo a tomar para dominar os seus indutores (causas) de stress, é identificá-los.
Existem diferentes tipos de fatores, a saber:

 Factores emocionais, que são também denominados como factores internos, incluindo
medos e ansiedades, bem como certos traços de personalidade (tais como
perfeccionismo, pessimismo, desconfiança ou uma sensação de impotência ou falta de
controle sobre a própria vida) que podem distorcer o nosso pensamento ou a nossa
percepção dos outros.
 Factores familiares podem incluir mudanças no nosso relacionamento, problemas
financeiros, lidar com uma criança difícil ou um adolescente rebelde ou experimentar
a síndrome do ninho vazio (quando os filhos se autonomizam e deixam a casa dos
pais).
 Factores sociais surgem nas nossas interacções pessoais e podem incluir encontros,
festas e falar em público.

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 Factores químicos são aqueles que se prendem com o uso de algum tipo de droga:
como o álcool, a nicotina, a cafeína ou tranquilizantes.
 Factores relacionados com a tomada de decisões importantes: tais como a escolha de
uma carreira ou de um companheiro.
 Factores fobicos, são aqueles que dizem respeito, por exemplo, ao medo de andar de
avião ou estar em espaços apertados, medo de agulhas, entre outros.
 Factores físicos são situações que sobrecarregam o nosso organismo e não acautelam
as nossas necessidades básicas, de sono ou alimentação, por exemplo; como trabalhar
longas horas sem dormir e stress no trabalho, privando-se de alimentos saudáveis ou
em ter que estar em pé durante todo o dia. Podem também incluir a gravidez,
síndrome pré-menstrual, ou a prática de exercício em demasia.
 Stressores de doenças são os produtos resultantes de problemas de saúde a longo ou
curto prazo.
 Factores relacionados com a dor, podem incluir dor aguda ou dor crónica, também são
situações stressantes.
 Factores ambientais incluem o ruído, o trânsito, a poluição, a falta de espaço, muito
calor ou muito frio, são também motivo para agudizar o problema.

De realçar nas inúmeras origens de stress, como uma importante causa, o stress no trabalho.
Veja, de seguida, mais detalhes sobre esta importante causa (trabalho ou profissional).

8.Stress no trabalho
O stress no trabalho é causado pelas pressões que ocorrem no local de trabalho (ou em casa,
se é lá que nós trabalhamos). Elas podem incluir prazos apertados, um chefe imprevisível, ou
tarefas intermináveis. O stress no trabalho ou stress profissional é hoje em dia uma
importante causa num mundo cada vez mais preocupado com o lucro das empresas e
organizações, aumentando a pressão sobre os trabalhadores.

Esta pressão vai, muitas vezes, para além do que é razoável, fazendo do local de trabalho uma
fonte geradora de muito stress.

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9.Stress crónico
O stress crónico perturba quase todos os sistemas do seu organismo, sendo os sintomas de
stress crónico ainda mais exacerbados. A exposição prolongada ao stress (crónico) pode
levar a sérios problemas de saúde.

O corpo não faz distinção entre as ameaças físicas e as psicológicas. Quando estamos
stressados devido a uma agenda repleta, uma discussão com um colega, um engarrafamento
no trânsito ou uma montanha de contas, o seu corpo reage tão fortemente como se estivesse
diante de uma situação de vida ou de morte. Como já vimos, se temos muitas
responsabilidades e preocupações, a nossa resposta ao stress de emergência pode ser "ligado"
a maior parte do tempo. O sistema de stress do seu corpo é activado, o mais difícil é desligá-
lo.

Ele pode aumentar a pressão arterial, suprimir o sistema imunológico, aumentar o risco de
ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, contribuir para a infertilidade e acelerar o
processo de envelhecimento. O Stress crónico pode até reprogramar o cérebro, deixando-o
mais vulnerável à ansiedade e depressão.

Quando o stress começa a interferir com a sua capacidade de viver uma vida normal por um
período prolongado, torna-se perigoso. Quanto mais tempo o stress durar, pior tanto para a
mente como para o corpo. Podemos sentirmo-nos cansados, incapazes de nos concentrarmos
ou irritados sem uma boa razão, por exemplo. Nesta fase é provocado um grande desgaste no
seu corpo.

O stress pode agudizar os problemas existentes. O stress também pode causar doenças, sejam
elas provocadas por alterações bioquímicas que ocorram no seu organismo ou por padrões de
comportamento pouco saudáveis: comer em excesso, tabagismo, entre outros hábitos. São
as consequências do stress.

10.Consequências do stress
Perceber as consequências do stress, é uma importante forma de nos consciencializarmos
para o combater.

São várias as consequências do stress no nosso corpo provocadas pelas alterações que este
induz no nosso organismo. Considera-se, hoje em dia, o stress psicológico como um factor

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importante numa variedade de sintomas físicos e processos de doenças. Por exemplo, a
investigação clínica sugere que uma larga maioria das doenças está relacionada com a
exposição prolongada ao stress. As evidências mostram como o stress crónico pode reduzir a
imunidade e tornar as pessoas suscetíveis a infeções. Por outro lado, as estratégias de redução
de stress, como a meditação, o relaxamento e os exercícios, ajudam a reverter esse efeito e a
prevenir a doença.

Na presença de stress, as consequências físicas não se ficam por aqui, pois este contribui
para o desenvolvimento de doença cardíaca e para o aumento da tensão arterial. Os médicos
descobriram que muitas doenças da pele, como urticária e eczema, estão relacionadas com o
stress. O stress é pensado como sendo uma causa comum de dor e problemas de saúde, como
dores de cabeça, dores nas costas, dores de barriga (estômago), diarreia, perda de sono e
perda do desejo sexual. O stress também parece contribuir para estimular o apetite e aumento
de peso (engorda) ou provocar o efeito inverso (emagrece), entre muitas outras
consequências.

A melhor maneira de evitar o stress é saber identificar as causas, perceber os sinais e


sintomas, conhecer os riscos e consequências para a saúde e consciencializar-se para uma
atitude anti stress.

11.Stress burnout
O stress burnout é uma situação limite onde existe stress de tal forma excessivo que podem
daí advir graves consequências para a saúde.

Com a pressão do dia-a-dia e o ritmo acelerado em que vivemos muitos de nós, cheios de
responsabilidades profissionais e familiares, não é de admirar que, por vezes, nos sintamos
stressados ao limite, perdendo o controlo das nossas vidas.

Às vezes, a gestão do stress não é suficiente. Se tem dificuldade em gerir o stress, pode
precisar de ajuda extra. Nesse caso procure um especialista que o ajude no controlo dos seus
níveis de stress.

De modo a evitar esta situação limite (burnout) saiba identificar as causas e tenha uma
atitude anti stress, rumo a uma vida mais saudável. Todos nós temos que conviver com o
stress, mas se não for travado pode, profundamente, afetar tanto a mente como o corpo.

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Felizmente, se agirmos atempadamente podemos controlar a nossa vida, gerindo o stress e
efeitos no organismo. Se, por outro lado, deixarmos evoluir o problema podemos aí sim,
enfrentar uma situação complicada, onde ajuda dos profissionais de saúde é indispensável.

12.Tratamento do stress
Não é possível encontrar um tratamento milagroso para o stress. Cada pessoa possui
mecanismos próprios para lidar com o stress, nesse sentido não existe uma receita padrão que
sirva a todos, para combater o stress.

O combate ao stress passou a ser nos tempos modernos de primordial importância, pois o
stress excessivo apoderou-se do nosso quotidiano. A gestão do stress deve ser encarada
seriamente como uma forma de simultaneamente melhorarem a nossa condição de saúde e
melhorarmos a nossa qualidade de vida.

13.Hábitos não saudáveis

13.1.Sedentarismo e estilo de vida


O sedentarismo é considerado o principal factor a explicar o excesso de peso encontrado na
sociedade moderna. Vários estudos apontam estreita relação entre consumo calórico,
obesidade e inactividade, tanto em crianças quanto em adultos (SILVEIRA NETTO, 2000).

Desde os tempos da Revolução Industrial, com a tecnologia avançada em uma assustadora


velocidade, observou-se transformação notável de uma sociedade acostumada aos trabalhos
pesados, com uma estrutura basicamente rural e fisicamente activa, numa população de
cidadãos urbanos ansiosos e stressados, com nenhuma ou poucas oportunidades para o
envolvimento em actividades físicas. Assim estes avanços na tecnologia moderna permitiram
à actual sociedade uma vida de relativo conforto (POLLOCK e WILMORE, 1993).

Existem alguns factores ou parâmetros individuais e sócio ambientais que podem influenciar
a qualidade de vida de indivíduos ou grupos populacionais. Os Parâmetros Sócia Ambientais
incluem as condições sociais e que o ambiente oferece, ou seja, a moradia, transporte,
segurança, assistência médica, condições de trabalho e remuneração, educação, opções de

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lazer, meio ambiente, entre outras. Os Parâmetros Individuais são aqueles que vem do próprio
individuo, como a hereditariedade, estilo de vida como hábitos alimentares, controle do
stress, actividade física habitual, relacionamento e comportamento preventivo (NAHAS,
2003).

O estilo de vida contemporâneo, que tem como soma todos os factores já citado acima, tem
causado consequências para que os indivíduos tenham um estilo de vida menos activo,
contribuindo posteriormente para o aparecimento de doenças. Mesmo com as vantagens sobre
as gerações passadas, pelo maior conhecimento, nem sempre as pessoas tem-se preocupado
com a saúde, tendo a falta de tempo para realização de actividade física e uma dieta
hipercalórica factor primordial para o aparecimento de doenças crónicas.

A saúde é um dos nossos atributos mais valiosos, mesmo assim boa parte das pessoas só se
preocupa em manter ou melhorar quando se acha ameaçada mais seriamente e os sintomas de
doenças são evidentes (NAHAS, 2003).

Isso varia muito com o estilo de vida, no qual acarreta danos a saúde, pois a falta de
actividade física, além de vários outros factores está associada com essas doenças ou
problemas clínicos, incluindo-se aí o tabagismo, a alimentação inadequação, o consumo
excessivo de álcool e o stress emocional, factores estes representando complicações do estilo
de vida moderno (POLLOCK e WILMORE, 1993; GUEDES e GUEDES, 2003; WHO,
2010).

As doenças crónicas degenerativas ou doenças não transmissíveis, como a hipertensão, a


obesidade, o diabetes, o câncer e as doenças cardiovasculares, tem sido fortemente associadas
ao estilo de vida negativo, ou seja, a alimentação inadequada, stress elevado e inactividade
física (NAHAS, 2003).

13.2.Doenças crónicas degenerativas


As doenças crónicas são de longa duração e de progressão geralmente lenta. As doenças
crónicas, como doenças cardíacas, derrame, câncer, doenças respiratórias crónicas e diabetes,
são de longe a principal causa de mortalidade no mundo, representando 60% de todas as
mortes. Dos 35 milhões de pessoas que morreram de doenças crónicas em 2005, metade tinha
menos de 70 anos e metade eram mulheres. (OMS, 2010).

O excesso de gordura e de peso corporal é acompanhado por maior susceptibilidade de uma


variedade disfunções crónica degenerativa que elevam extraordinariamente os índices de

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morbidez e mortalidade. Dessa forma, o aumento excessivo da quantidade de gordura e do
peso corporal deverá repercutir de maneira negativa tanto na qualidade como na expectativa
de vida dos indivíduos (GUEDES e GUEDES, 2003).

As doenças podem constituir um factor de risco primário para a coronariopatia, como pode
influenciar outros factores de risco ou ser a influência para outros factores de risco, como a
hipertensão, a diabetes, menor concentração plasmática de colesterol de alta densidade
(HDL) e da hipercolesterolemia (POLLOCK e WILMORE, 1993).

Uma dessas doenças q está bem relacionada com a inactividade física, alimentação
inadequada e consequentemente o aumento do peso corpora é a obesidade, que tem alcançado
proporções epidémicas no mundo, com pelo menos 2,6 milhões de pessoas morrendo a cada
ano como resultado do excesso de peso ou obesos. Uma vez associado com países de alta
renda, a obesidade é agora também predomina em baixos e países de renda média (WHO,
2010)

Considerada como o acúmulo em excesso de gordura no tecido adiposo, em todo corpo ou


regionalizado, desencadeado por uma série de factores associados aos aspectos ambientais e
ou endócrino-metabólicos, é classificada como uma desordem de alta ingestão energética, e
sua consequência tem sido apresentada mais pelo baixo gasto energético (GUEDES e
GUEDES, 2003; CIOLAC e GUIMARÃES, 2004).

A presença da obesidade pode acarretar em outras doenças, podendo haver um aumento no


nível de glicemia em jejum isolada, assim como baixos níveis insulinêmicos, porém acaba
desencontrando com efeito benéfico que o exercício físico poderia proporcionar, como a
melhora da captação de glicose (POWERS e HOWLEY, 2000). Em consequência outra
doença que pode aparecer é a diabetes, uma doença crónica que ocorre tanto quando o
pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar
eficazmente a insulina que produz. Conjunto de situações resultantes da incapacidade do
organismo em manter o nível de glicose no sangue dentro de limites normais, por deficiência
ou ausência total de insulina, manifestando-se por anormalidades no metabolismo dos
carboidratos, proteínas e lipídeos como também por complicações microvasculares,
microvasculares e neuropáticas (WHO, 2010).

As diabete são classificas em: Diabetes Mellitus tipo 1, insulino-dependente; diabetes


mellitus tipo 2, não-insulina-dependente, resulta uma resistência significativa às acções da

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insulina, a secreção de insulina anormal relativamente bem-controlada, e a níveis de insulina
plasmáticos normais e elevados; diabetes gestacional; e a hiperglicemia (SILVEIRA NETTO,
2000).

O aumento da pressão arterial é outra consequência, sendo a hipertensão umas das doenças
com maior prevalência mundial, caracterizando-se pelo aumento da pressão arterial, sendo
suas causas atribuídas a questões hereditárias ou principalmente ao estilo de vida negativo,
como o sedentarismo, o alcoolismo, o stress, o fumo, entre outros (NAHAS, 2003).

Os índices de morbidez e mortalidade decorrentes da doença cardiovascular têm aumentado,


principalmente a doença arterial coronariana, sendo a principal consequência da doença
arteriosclerótica. Factores de forma isolada são os principais responsáveis pela doença arterial
coronariana. Esses factores associados em um indivíduo aumentam significativamente o risco
de doença arterial coronariana. O agrupamento de factores de risco cardiovascular é
conhecido pelo nome de síndrome metabólica (LOPES, 2004).

14.Mudanças de comportamento
As consequências de um estilo de vida sedentarismo, além da alimentação inadequada,
tabagismo, consumo excessivo de álcool, e stress, tem contribuído para o aparecimento de
doenças crónicas degenerativas, além de a falta de actividade física se considerada um factor
primário, porém modificável, para doença coronariana (ACSM, 2007). Porém é provável que
mudanças no comportamento, alterando para um estilo de vida positivo e activo, evitem o
risco de doenças crónicas degenerativas e consequentemente promova maiores benefícios
para a saúde.

A prática de exercícios físicos bem como a adopção de um estilo de vida activo proporciona
ao organismo humano uma série de adaptações desejáveis a nível metabólico,
cardiorrespiratório e músculo-osteoarticular que promovam benefícios ao bom
funcionamento geral dos sistemas orgânicos, proporcionando saúde e por consequência
melhorando a qualidade de vida (SILVESTRE NETTO, 2000; PRADO e DANTAS, 2002;
NAHAS, 2003; GUEDES e GONÇALVES, 2007; ACSM, 2007). O melhor procedimento
para reduzir e manter os níveis de gordura corporal é realizando modificações
comportamentais permanentes, como a combinação de uma dieta apropriada e um estilo de
vida mais activo (NAHAS, 2003).

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A actividade física realizada habitualmente tem recebido notoriedade na área da saúde, não só
por prevenção e controle de doenças cardiovasculares, mas também por induzir alteração
desejável nos níveis de lipídeos plasmáticos (GUEDES e GUEDES, 2001; GUEDES e
GONÇALVES, 2007; SBC, 2007). Além disso, a pratica regular de exercício físico está
sendo recomendada como parte integrante do tratamento dessas doenças cardiovasculares,
melhorando o perfil lipídico (ZIOGAS; THOMAS; HARRIS, 1997; FAGHERAZZI; DIAS;
BORTOLON, 2008) em longo prazo, proporcionando a redução dos níveis plasmáticos de
Triglicerídeos, aumento dos níveis de HDL, tendo o exercício aeróbio mais actuante, (SBC,
2007), porém exercícios de flexibilidade e força também são recomendados (SBC, 2001).

Deve-se destacar que a prática regular de exercício físico promovem melhoras na


sensibilidade à insulina em portadores de diabete tipo 2, fato que estudos têm demonstrado
melhora em pacientes diabéticos que se exercitam regularmente, acreditando-se ser
primeiramente devido à potencialização da acção insulínica na musculatura esquelética
(SILVEIRA NETTO, 2000).

Uma grande quantidade de estudos com bases laboratoriais e populacionais tem apontado
muitos benéficos de saúde e aptidão associados à actividade física e o treinamento com
exercícios de endurance, tais como em padrões fisiológicos, metabólicos e psicológicos,
assim diminuindo os riscos de doenças crónicas e de mortalidade prematura. O exercício e a
actividade física previnem efectivamente as ocorrências de eventos cardíacos, reduzem a
incidência de acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão, diabetes mellitus do tipo 2,
cânceres do cólon e da mama, fraturas osteoporóticas, doença vesicular, obesidade, depressão
e ansiedade, além também de retardar a mortalidade (ACSM, 2007).

Além do fato importante para a prevenção ou tratamento dessas doenças, é importante


ressaltar que o exercício físico pode ser eficaz para o controle do peso. O excesso de peso é
definido como aquela condição onde o peso do indivíduo excede ao da média da população,
determinada segundo o sexo, a altura e o tipo de compleição física (POLLOCK e
WILMORE, 1993).

O melhor procedimento para reduzir e manter os níveis de gordura corporal é realizando


modificações comportamentais permanentes, como a combinação de uma dieta apropriada e
um estilo de vida mais activo (NAHAS, 2003).

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Mudanças de hábitos alimentares e a prática regular de actividade física são modificações que
podem melhorar de forma significativa os factores de risco dessas doenças, sendo, além
disso, intervenções de custo moderado, quando comparadas a tratamentos e medicamentos
dependentes de alta tecnologia (RIQUE; SOARES; MEIRELLES, 2002; NAHAS, 2003).

O exercício físico regular realizado pelo menos três vezes na semana com mais de 20 minutos
podem reduzir tanto directamente quanto indirectamente o risco de doenças cardiovasculares,
tendo influências sobre a obesidade, resistência à insulina e hipertensão (OLIVEIRA-FILHO
e SHIROMOTO, 2001). Os benefícios para a saúde significativos podem ser obtidos ao
iniciar um programa de actividades físicas moderada, com, por exemplo, 30 minutos de
caminhada rápida, 15 minutos de corrida ou 45 minutos jogando voleibol, a maioria ou em
todos os dias da semana, sendo suficientes para promover a saúde e prevenir doenças
(NAHAS, 2003; ACSM, 2007).

Outros benefícios adicionais podem ser conseguidos através de maiores quantidades de


exercício físico. É provável que pessoas que conseguir manter um programa regular de
actividade com maior duração ou intensidade terão maiores benefícios (ACSM, 2007).

Programas de exercícios físicos que envolvam esforços de baixa e moderadas intensidades


são mais recomendados, uma vez que se transpõem em inúmeras adaptações fisiológicas
relacionadas à melhoria e à manutenção do estado de saúde (SILVEIRA NETTO, 2000).

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14.Conclusão

Considerando o sedentarismo como um factor de risco primário para as doenças crónicas,


além de outros factores relacionado, acredita-se que para que o individuo possa ter um estilo
de vida mais saudável e activo é fundamental a inclusão da actividade física como prática
diária, além de promover outros hábitos, como uma boa alimentação.

Estudos de revisão tende a serrem importantes para analisar possíveis causas e consequências
de comportamentos de risco. Propostas para um estilo de vida fisicamente activo são
mudanças consideráveis para evitar essas doenças. O comportamento contemporâneo do ser
humano tem levado a maiores consequências, como as doenças crónicas degenerativas
associadas a inactividade física e alimentação inadequada. Deve-se destacar que avanços
tecnológicos são de grande importância para o desenvolvimento humano, mas nem por isso
deve fazer descartar o hábito da utilização do corpo, assim evitando o sedentarismo. Outras
questões sociais, de modo geral, podem vir a interferir na realização de hábitos saudáveis na
promoção da saúde, como a jornada de trabalho, falta de espaço físico, entre outros. Mas de
todo modo, acredita-se que é possível adquirir hábitos saudáveis com um planeamento
adequado e a implementação de um programa de incentivo à prática de saúde e actividade
física.

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15.Bibliografia
https://www.saudebemestar.pt/pt/blog-saude/stress/ acedido no dia 15 de Abril de 2023

https://www.efdeportes.com/efd168/consequencias-de-um-estilo-de-vida-sedentario.htm
acedido no dia 15 de Abril de 2023

https://www.saudebemestar.pt/pt/blog-saude/vida-saudavel/ acedido no dia 13 de Abril de


2023

https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7598-estresse acedido no dia 13 de Abril de 2023

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