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CURSO PARA

PREGADORES LEIGOS
TEMÁRIO DAS PALESTRAS
- O-poder da palavra e a teologia da pregação
- O sermão e como esboçar um sermão
- Alguns tipos de sermões
- Como fazer o apelo
- Qualidades de um pregador
- A expressão corporal do pregador
- Prática - Preparação e apresentação
de pequenos sermões.
(
- Apoio .;. Desinibição por meio
( de poesias e jograis.

Rev. Valdomiro Pires de Oliveira


Pastor Presbiteriano Independente nascido em 10-11-1946
em Arapongas - Paraná. Cursou teatro no TBC de São
Paulo em 1978. Formado em teologia em 1974 e filosofia
em 1975. Ordenado ao pastorado em janeiro de 1976,
jubilado em 2012, mas continuou pastoreando. No momento
L está em ano sabático. Poeta, autor de 3 livros:
"Aquarelando", "Paixões de um Pastor" e "Miro - O menino
pé vermelho" com 17 histórias de uma infância na roça.
Letrista com algumas delas musicadas e gravadas,
especialmente nas Edições Paulinas pelo cantor Emmanuel,
irmão do inesquecível Jessé: CDs. "Canto de Paz" e "Ao
Meu Irmão".

CONTATO: Fones: (19) 3835-1712 e Tim: 11- 9-5892-1506


Email: rev.valdopires@gmail.com
Site: www.valdomiropires.com.br
O PODER DA PALAVRA E A TEOLOGIA DA PREGAÇÃO
Introdução
_Nãq pod_emos falar sobre "A Arte de Preg_ar" nerr, �qbre _o
poder da palavra, sem �ntes passarmos os olhos pela história
da "arte da oratória". E impossível precisar quando nasc!3u a
oratória, mas isso só lhe dá ainda maior importância. E na
oratória que aparece de maneira inconteste a importância da
palavra falada.
OS GREGOS
Temos registros históricos que a oratória teve início na
Sicília, o seu primeiro professor foi Corax e o seu primeiro
r discípulo foi Tísias. E conta-se que Corax lhe cobrou as aulas
(' ministradas, Tísias recusou-se a pagar, alegando que, se fora
r bem instruído pelo mestre, estava apto a convencê-lo de não
cobrar, e, se este não ficasse convencido, era porque o
discípulo ainda não estava devidamente preparado, fato que o
( desobrigava de qualquer pagamento.
Corax escreveu um livro de retórica, um conjunto de regras
( relativas à eloqüência, para os advogados que desejavam
( defender a causa das pessoas que tiveram seus bens
( tomados pelos ditadores t1ranos. Corax costumava dividir os
discursos em cinco partes: o exórdio, a narração, a
argumentação, a digressão e o epílogo. Quem sabe por isso
Aristóteles atribui-lhe o mérito de iniciador da retórica.
Foi em Atenas que a arte oratória encontrou terreno fértil
para o seu desenvolvimento. Os sofistas foram os primeiros a
dominar o uso da palavra. Os gregos buscavam com avidez
três coisas na vida: adestrar-se para julgar, falar e agir. Para
isso praticavarn a leitura em público. Liam crônicas, poesias e
improvisavam debates. lsócrates que viveu de 436 a 338 A.C.
implantou a disciplina da oratória no currículo escolar dos
atenienses. Mesmo trazendo tamanha contribuição para a
oratória, lsócrates nunca proferiu um discurso, apenas criou
sua técnica e a escreveu para que chegasse às pessoas. Isto
porque achava sua voz imprópria para a oratória e tinha um
pavor incontrolado da tribuna.
Aristóteles, discípulo de Platão, nascido em 384 A. C. em
Estagira foi para Atenas com 17 anos para completar seus
estudos. Logo se notabilizou como filósofo escrevendo vários
tratados: "Os Tópicos", o "Organon" , a "Arte Retórica" e
outros. Em seus últimos escritos defendia a oratória da ótica
do ouvinte. É preciso ver em cada caso o que pode gerar
persuasão e com objetividade o que se deseja transmitir.
Aristóteles também não foi orador, dedicando-se apenas ao
estudo e ao ensino da oratória, sem proferir discursos.
Podemos concluir que ninguém conseguiu, como os
filósofos gregos, aperfeiçoar tanto a retórica e assim fazer da
oratória a arte mais bela e mais importante do mundõ.
OS ROMANOS
Os romanos sofreram grande influência cultural dos gregos
no século li Antes de Cristo, especialmente na arte oratória.
Mas a resistência cultural contra os gregos era tamanha que,
em determinado momento, os romanos fecharam as escolas
da arte oratória. Mesmo assim a oratória continuou tendo o
seu lugar no coração dos romanos.
Cícero foi o maior orador romano. Alguns estudiosos
r acham que ele chegou à perfeição nessa arte. Era dotado de
r uma inteligência invejável, mas era um homem sem caráter,
arrogante, prepotente e ardiloso. Na política procurava estar
do lado do partido mais forte. Foi perseguido e morto pelos
homens do imperador Marco Antônio. Sua cabeça foi exibida
no fórum e sua língua arrancada, espetada num mastro e
( exibida ao povo. Depois de Cícero merece ser lembrado
Quintiliano. Nascido na Espanha foi para Roma estudar
( oratória. Seu pai, que também era orador, ministrou-lhe as
primeiras aulas. Quintiliano se notabilizou pela sua obra
"Instituições Oratórias" que reuniu todo o conhecimento sobre
o assunto até os seus dias.
A ORATORIA EM NOSSOS DIAS
Enganam-se aqueles que acham que a oratória em
nossos dias deixou de ser importante. Ela continua mais viva
que nunca e ensinada por diversas razões. Os ouvintes, sim,
mudaram, por isso a arte de falar vem passando por grandes
transformações. O uso dos microfones a tornaram mais
L
simples, porém empobreceu a arte de falar. No teatro ainda
se exige o uso das técnicas da oratória tradicional.
Hoje a arte de falar deixou de ser privilégio dos religiosos,
professores, advogados e políticos, e alastrou-se por todos os
setores. Até os empresários, vendedores, executivos,
profissionais liberais e tantos outros precisam aprender a falar
em público para prestar relatórios, participar de reuniões, dar
entrevistas, divulgar produtos, etc.
Os cursos de comunicação não estão mais preocupados
em formar oradores, mas apenas profissionais que consigam
se expressar de maneira clara e segura. ,A.. maioria das
plateias parece desejar ouvir pessoas que as convençam
conversando, em vez de oradores que as arrebatam. O que
acaba dando mais espaço aos oradores sem tanto talento.
Na Igreja ainda temos platéias que gostam de ouvir os
oradores de verdade, não os que fazem uma conversa e
depen�em dos equipamentos eletrônicos para se
comunicarem.
1- UM POUCO DE BASE BÍBLICA DA PREGAÇÃO
A oratória sacra ou pregação pode usar os recursos da
oratória secular, sua técnica e sua arte. Mas ela tem o seu
jeito e suas exigências próprias. Quem sabe ela seja ainda
mais exigente que a oratória secular?! O orador sacro precisa
conhecer a Palavra de Deus e viver em comunhão com Deus
para ter a iluminação do Espírito Santo. Só assim a sua
palavra terá poder para salvar vidas. Diz a Bíblia: "Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem
de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da
Verdade" ( li Tm 2.15).
O poder da palavra é inquestionável. Através dela pode-se
promover a paz, curar e salvar vidas. Mas, também pode-se
instigar conflitos e guerra, ferir, provocar doenças e até levar à
morte. (Hitler conseguiu convencer, com a palavra, os
( alemães sobre a teoria da raça pura e levou o mundo à
segunda grande �uerra). Dionísio escreveu: "Seja a sua fala
( melhor que o silencio, ou então fique calado".
As palavras são simbolizadas pelo fogo (ls.30:27),
veneno(Tg. 3:5 e 8), espada e remédio (Prov.12:18; Ef. 6:17),
mas também por alimento (Mat.4:4). _A palavra é _poderqsa, por
isso o seu uso indevido provoca inúmeras tragédias físicas e
espirituais às pessoas, como depressão, homicídios e
suicídios. Muitas pessoas não se convertem a Cristo por
(_ causa das palavras infelizes de muitos crentes.
Por isso quem é chamado para pregar assume urna grande
responsabilidade, diante de Deus e das pessoas, de fazer
L bom uso das palavras e da Palavra de Deus. "A vossa
L palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para
saberdes como deveis responder a cada um" (Col. 4:6).
A exemplo dos grandes pregadores do passado, como
Moody e Spurgeon, o pregador contemporâneo, além de
primar por uma vida espiritual, cada vez mais profunda,
precisa ser ousado na ministração da Palavra, pois fala em
nome do próprio Deus. Isso tem um preço: muitas renúncias,
talvez a própria vida, mas este é o preço da vocação. Não
cabe ao pregador subir ao púlpito só para "filosofar",
"psicologizar" ou até mesmo "teologizar" usando o texto bíblico
apenas como pretexto. Os conhecimentos do pregador são
importantes para que possa fazer bom uso da Bíblia, na unção
do Espírito Santo.
O bom pregador é um. praticante apaixonado da Palavra de
Deus. "Tornai-vos, pois praticantes da palavra e não
somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" (Tg.
1 :22).
HOMILÉTICA
Ao pregador é indispensável conhecer um pouco de
homilética, um instrumento importante na preparação de um
sermão. Homilética vem da palavra grega homilia que significa
conversa ou diálogo familiar. Trata-se da arte de organizar um
assunto para depois comunicá-lo a uma platéia de maneira
inteligível. E a técnica de dar ao assunto uma lógica, começo
meio e fim. O fim último e principal da pregação é convencer o
ouvinte através da palavra que a sua mensagem é pura e
verdadeira.
Poucos nascem oradores, mas todos nós podemos nos
tornar pregadores. E tudo começa com a conversão
verdadeira a Cristo, a leitura da Bíblia e o testemunho do
poder de Deus para os parentes, amigos e visinhos. Depois a
pessoa evolui para o testemunho em público, mensagens nos
cultos domésticos, pontos de pregação e assim por diante até
( às praças, estádio e os púlpitos das grandes Igrejas.
( O aprimoramento da arte de pregar vem com a prática,
aproveitando todas as oportunidades, com humildade para
perceber os próprios erros e procurar corrigi-los.

li - UM POUCO DE TEOLOGIA DA PREGAÇÃO


O fundamento da pregação é o fato de que Deus falou. A
pregação não é uma especulação a respeito da natureza de
Deu� ou d� vont�de de Deus, _mas o testem�nho d�quJlo que
o próprio Deus falou a respeito de si. As frases ''o Senhor
disse, "o Senhor falou" e "veio a palavra do Senhor" aparecem
pelo menos 3.808 vezes na Bíblia. A pregação é, acima de
tudo, o testemunho do Deus que fala, do Filho que salva e do
Espírito Santõ que ilumina e nos éonvence.
Agora vamos conhecer um pouco da força da palavra.
Deus se revela através dela, porque a palavra é mais que um
veículo de comunicação: é um meio de ação.
A Palavra no Antigo Testamento
O termo hebraico traduzido por palavra é dabar, esse
termo concentra em si toda a dimensão do poder de Deus.
Dabar tem o significado de: "palavra, mandamento, evento e
ação". Encontramos no Gênesis a palavra em ação quando
Deus disse: "Haja luz; e houve luz" (Gn.1 :3). Para Deus não
há distinção entre a palavra e a ação.
Em nosso tempo a palavra anda desacreditada, mas para o
salmista não, por isso ele escreveu: "Pois ele falou, e tudo se
fez; ele ordenou, e tudo passou a existir"( Sal. 33:9).
A palavra abriu o mar Vermelho, o rio Jordão, fez cair pão
do céu, tirar água da rocha, curar enfermos, e tantos outros
milagres. Tudo isso porque estava empenhada a palavra de
Deus. Isaías escreveu assim: "seca-se a erva, e cai a sua
flor, mas a palavra de nosso Deus permanece
eternamente". Os profetas eram portadores da palavra vinda
de Deus, assim autenticada: "Veio a mim a palavra do Senhor"
(Ez. 17:1). Era uma tremenda responsabilidade receber a
palavra do Senhor para transmitir ao povo. Deus disse a
Ezequiel: "Filho do homem; eu te dei por atalaia sobre a casa
r de Israel; da minha boca ouvirás a palavra, e os avisarás da
(' minha parte ... da tua mão o requererei" (Ez. 3:17-18). Por isso
r não cabe ao pregador anunciar a palavra de Deus. E ai dele
se negligenciar ou vulgarizar o uso da palavra!
( A Palavra no Novo Testamento
O N.T. amplia a dimensão e o poder da palavra. O termo
grego usado é logos. Além de ter o mesmo sentido de dabar,
( a palavra logos é usada para definir a própria Divindade, o
próprio Deus, Jesus Cristo. O apóstolo João escreveu que o
logos estava com Deus e que o logos era Deus... (João 1:1-4).
Em o N.T. está a palavra onipotente em ação: enfermos eram
curados, endemoninhados libertos (Lc. 9:42), o mar acalmado
(Mt.8:27), os pecados eram perdoados (Mt.9:6) e até os
L mortos eram ressuscitados pela palavra de Jesus. O Cristo é a
mídia de Deus, o grande comunicador dos propósitos de Deus
para os homens ( Hb.1: 1-2). Primeiro no A. T. Jesus é a ação
de Deus, o agente ativo do Pai na criação ( Jo.1 :3 e Cl.1:16) e
no N.T. Ele é a palavra de salvação (Jo.3:16).
Como portador da mensagem de Deus para a Igreja e para
L o mundo o pregador se torna um com Cristo na comunicação.
A responsabilidade é grande porque ele se torna o meio pelo
qual Deus manifesta aos homens com poder e glória. O N.T.
apresenta duas palavras para designar o ato de pregar:
evangelion que significa mensagem, boas novas e kérigma
com o sentido de proclamação da palavra aos não cristãos.
No N.T. vamos encontrar também a palavra didachê que é o
ensino da palavra.
CONCLUSÃO
Quero concluir dizendo que a pregação não é opcional
para o convertido a Cristo, é um imperativo. Foi ordenada por
Deus e oficializada por Cristo quando disse: "Ide por todo o
mundo e pregai o evangelho..." (Me. 16:15).
Paulo dizia com temor e tremor: "ai de mim se não pregar o
evangelho" (1 Co. 9:16). E o mesmo Paulo ordenou ao seu
filho na fé, Timóteo, para "pregar a tempo e fora de tempo" (li
Tm.4:2), porque ele estava convencido de que "aprouve a
Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação" (1 co.
1 :21). A importância e a urgência da pregação é tamanha que
Cristo só vai encerrar a sua obra salvífica depois que o mundo
inteiro ouvir o seu evangelho (Mt.24:14).
A Igreja de hoje está sendo chamada para pregar o
evangelho na pessoa de cada crente. Através de cada aluno
aqui Deus está chamando as suas igrejas para pregar o
evangelho. E não adianta alguém dizer: não sei falar, não
estou preparado ou não possuo o dom da palavra.
Exemplos: 1- Demóstenes foi um grego que não tinha o
(' dom da oratória, era gago, mas não se conformou com isso.
r Depois de muitos exercícios tornou-se o maior orador da
e Grécia de todos os tempos. 2- Como sabemos, Deus chamou
Moisés para falar com Faraó e tirar o povo de Israel do Egito.
( Então Moisés argumento dizendo que não era eloqüente e
que era pesado de boca e de língua. Penso que Moisés
( também era gago, como Demóstenes. Então Deus disse a
Moisés: "vai, pois, agora, eu serei com a tua boca e te
ensinarei o que hás de falar" (Ex. 4:10-12).

Rev. Valdorniro Pires de Oliveira


O SERMÃO E COMO ESBOÇAR UM SERMÃO
"Quando um homem não sabe a que porto quer
chegar, nenhum vento é o vento certo."

ô pregador precisa buscar a ajuda de Deus para bem definir o


que Ele quer que seja transmitido aos seus ouvintes. Sabendo
isso ele vai estabelecer o ponto de partida e o ponto de chegada;
vai organizar as idéias, dividindo em partes para não se perder
durante a pregação. Temos o pregador que faz sermões salada
de fruta que, de tantos sabores, não tem um sabor definido. Ele
acaba abordando vários assuntos num só sermão. E os seus
r ouvintes vão embora sem saber exatamente o que ele queria
dizer.
1- O ESBOÇO
Por isso, para facilitar o seu trabalho, o pregador depois de
(
definir o assunto e estabelecer o propósito, deve dividir o seu
sermão; inicialmente; em três partes; Introdução; Corpo e
Conclusão.
Vamos dar um exemplo: Suponhamos que o pregador escolheu
o assunto "O Amor de Deus". O, tema ou propósito pode ser:
"Deus Não se Cansa de Amar". E preciso achar o texto bíblico
adequado, pensar na introdução, no corpo do sermão, que pode
também ser dividido em três partes, e depois pensar na
conclusão. Isso é o que chamamos de esboço.
Vamos pegar _o exemplo acima e sugerir três divisões para o
tema: "UEUS NAO SE CANSA DE AMAR"
L Introdução
1 - Deus nos ama apesar das nossas fraquezas
CORPO: li - Deus nos ama apesar da nossa rebeldia
Ili - Deus nos ama porque Ele não se cansa de amar
Conclusão
Aí está um esboço do sermão. Só está faltando o recheio.
Este deve nascer da Palavra de Deus, da pesquisa do tema e da
experiência do pregador(a) com Deus.
O esboço é o esqueleto do sermão que vai lhe dar
sustentação.
Podemos dizer que até a pessoa mais bonita do mundo tem um
esqueleto feio escondido, mas ela não vive sem ele. O esboço do
sermão também fica escondido, mas ele é fundamental para o
pregador.
li - A DINÂMICA
As divisões de um sermão são a sua dinâmica, por isso deve
cada uma tocar o tema, num enfoque diferente, mas harmonioso.
Quase sempre se deve usar a palavra chave do tema. No caso
acima a palavra chave é "amor".
É importante saber que as divisões devem obedecer uma
ordem crescente em direção ao tema. Dessa maneira o ouvinte
vai se envolvendo na mensagem e o Espírito Santo vai falando ao
seu coração até convencê-lo de que ele é um querido de Deus,
porque Deus não se cansa de o amar. Assim quando chegar na
< conclusão a pessoa já está apta a tomar uma decisão. Então é só
fazer o apelo.

Ili - CLAREANDO O ESBOÇO


1 - INTRODUÇÃO
A introdução tem por objetivo captar a atenção dos ouvintes.
Ela deve ser breve e deixar os ouvintes com "água na boca" para
ouvir o sermão.
Uma boa introdução faz o ouvinte parar de conversar com a
pessoa que está do seu lado para prestar atenção e até desligar o
celular. Mas se errar na introdução o pregador pode tirar o apetite
do seu auditório. Resumindo: a introdução deve ser: objetiva,
atrativa e concisa.
O que evitar na introdução: Nunca peça desculpas - "Se você
não se preparou para pregar, então não pregue. Se resolver
pregar, não peça desculpas". Não seja sensacionalista. Não use
de falsa humildade. Não use jargões ou expressões rotineiras:
"Não tenho palavras para expressar a minha satisfação ...". "Sinto­
me honrado em estar ocupando este púlpito que foi ocupado por
grandes pregadores...". Essas expressões matam o pregador e a
pregação juntos.
Uma piada de humor refinado pode ser usada com sucesso na
introdução, mas cuidado com a vulgaridade. A pregação é uma
coisa sagrada.

li-CONCLUSÃO
A sobremesa depois de uma boa refeição serve para a pessoa
sair com aquele gostinho de quero mais. Assim deve ser a
conclusão de um sermão. A conclusão deve ter um sabor
r especial; deve ser pequena e saborosa, porque as pessoas já
estão alimentadas. Se a conclusão for longa vai causar mal-estar.
r Salomão, o sábio do Antigo Testamento concluiu o seu livro de
Eclesiastes assim: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme
( a Deus e guarda os seus mandamentos porque isto é o dever de
todo homem". (Ec.12:13). Gostaram? Salomão concluiu fazendo
um resumo e um apelo. Essas devem ser as partes de uma boa
( conclusão.
O resumo não pode parecer uma repetição do que foi dito nas
( divisões. Em nenhuma conclusão pode faltar o apelo. Pode ser
um apelo apenas às consciências, mas claro, objetivo e conciso.
Pode ser também um apelo para que a pessoa, tocada pelo
( Espírito Santo de Deus, venha à frente receber a Cristo como
salvador, venha à frente para uma reconsagração de sua vida ou
para uma outra atitude nobre e significativa.
Devemos saber que num sermão a primeira e a última frase
são as mais importantes. Elas devem ser bem planejadas e
L decoradas. O pregador(a) nunca deve anunciar a conclusão
dizendo: "Concluindo", porque na segunda vez já se tornará
motivo de risos... Será que ele vai concluir mesmo!?...
Ili MAIS UM EXEMPLO DE ESBOÇO
Este é um esboço mais completo com o objetivo de ajudar os
nossos novos pegadores.
Tema: "O Alcoolismo é um inimigo que destrói"
Texto: 1 Timóteo 3:2-3
Introdução
a- Quem está destruindo mais as guerras ou o alcoolismo?
b- O alcoolismo está começando na adolescência (provar
através de dados estatísticos).
- O Alcoolismo, quase sempre, corneça no lar.
- Sabe por que? O pai ou a mãe é o traficante.
e- A ilusão do vício
- É uma fuga da realidade. - Pode até ser bom, mas destrói.
i - ô ALCOOLISMO É UM INIMIGO QUE ESTRÓI
a- Destrói o indivíduo
1- Prejudica, inicialmente, o sistema respiratório.
2- Prejudica o sistema nervoso, a memória
r 3- Causa o câncer de esôfago, pulmão...
b- Destrói a Família
1- Prejudica o orçamento familiar
r 2- Prejudica o relacionamento familiar
( e- Destrói a sociedade
1-Aumenta a marginalidade
2- Aumenta os gastos do Estado com a saúde
< Conclusão
( a-A bebida Alcoólica traz prazer enganoso
b-A pessoa logo vai perder a saúde
c- Vive em conflito com a família
<- d- Vive à margem da sociedade.
E -Apelo
- Você nasceu para ser feliz, não para se destruir.
- O seu corpo deve ser o templo do Espírito Santo.
- Vença o alcoolismo.
- Vença em você o poder da car�e e o _inimigo.
L - Deus vai ajuda-lo nessa luta até a vitória.

L
(.,
ALGUNS TIPOS DE SERMÃO
"O Deus todo poderoso tinha apenas um filho,
e este tomou-se pregador." Anônimo
Os sermões são elaborados de muitas maneiras. Algumas
dessas maneiras são muito usadas, outras menos. Para o nosso curso
vamos conhecer os tipos de sermão que julgamos os mais importantes
e mais usados. Quanto ao assunto os sermões podem ser: 1) Eticos. 2)
Devocionais. 3) Doutrinários. 4) Filosóficos ou apologéticos. 5)
Sociais (Diaconais). 6) Evangelísticos. Dentro desses assuntos nós
podemos fazer sermões temáticos, textuais ou expositivos.
I - SERMÃO TEMÁTICO
Neste tipo de sermão o pregador escolhe o tema e depois
r busca o texto bíblico para fundamentar e formar as divisões. E o
método mais usado por ser de fácil preparo. Normalmente nesses
( sermões os pregadores usam vários textos bíblicos.
( A) Vantagens do método temático
1) O pregador pode usar uma variedade infinita de assuntos. E pode
também se servir de uma imensa variedade de textos bíblicos.
2) Permite ao pregador organizar as idéias dentro da lógica e dos
seus objetivos com o sermão. E o típico sermão recomendado
aos principiantes.
3) Ajuda o pregador a ser fiel ao assunto do começo ao fim do
sermão.
- l\1uito cuidado para não sair do tema falando coisas estranhas ...
4) Facilita o uso da letra de um hino, uma poesia e outros textos
literários para enriquecer o sermão.
5) Cuidados: 1) Em alguns temas o pregador deve tomar cuidado
para não fugir da Bíblia e fazer, em lugar de um sermão, apenas
um discurso intelectualizado.
2) Cuidado para não fazer um sermão que não chegue ao terreno
prático. A conclusão sempre deve ser desafiadora, tocar no dia-a­
dia das pessoas.
B) Organização do Sermão Temático
Depois de escolher o assunto o pregador deve determinar
a organização das divisões. Vamos ver dois exemplos:
1) TEMA: Deus perdoa a todos
Esboço de um sermão temático
Introdução
A - ilustração
B - Colocação do tema
I - Perdoou a Davi- Sl. 51:1
1- O crime
2- O adultério
II - Perdoou a Pedro - Lc. 22:62
1-A negação
r 2-A blasfêmia
III - Perdoa a você
r 1- Os pecados passados
( 2- Os pecados presentes
(
(
Conclusão
A- Resumo do sermão e aplicação
( B- Apelo aos corações
2) Mais um esboço
TEMA: Cristo é o Grande Eu Sou
Introdução
I - Eu Sou o Bom Pastor
II - Eu Sou a Videira
III - Eu sou o Pão do Céu
Conclusão
L 1-E na sua vida quem é Jesus?
II - SERMÃO TEXTUAL
O sermão textual é aquele que o tema é tirado de um texto
bíblico, geralmente de um versículo e também as divisões. Neste caso
o tema não sai da cabeça do pregador, mas do versículo. Então,
primeiro vem o texto, depois o tema.
A) Vantagens do método textual
1) A atenção está voltada só para um texto bíblico, diferente do
sermão temático. Os ouvintes não precisam ficar procurando
vários textos pela Bíblia, como acontece no sermão temático.
2) E de fácil preparação, porque as divisões estão visíveis no
próprio texto.
3) Facilita o ouvinte acompanhar as déias. As dívisões do sermão
estão próximas, visíveis para o ouvinte.
4) Encanta o ouvinte com a Bíblia. Ele percebe que o assunto sai
diretamente da Palavra de Deus.
5) Cuidados: 1) Cuidado para não usar textos onde as divisões não
estão muito claras. 2) Cuidado para não ser artificial, inventivo
demais, e tirar lições que o texto não ensina. 3) Cuidado, é
preciso tirar uma boa água do poço que escolheu.
B) Organização do sermão textual
Na organização do sermão textual é importante descobrir o
tema e depois tirar as divisões, de preferência, na ordem que está no
texto. Veja1nos alguns exemplos de sermão textual, seguindo a ordem
conforme encontramos no texto:
1) TEMA: Cristo é tudo para o crente (Texto: João 14:6)
Introdução
A- Ilustração
B- Apresentação do tema
(
I - Cristo é o caminho
(
1- Caminho para o céu
l 2- Porém, caminho estreito
II - Cristo é a verdade
1- Verdade que ensina
2- Verdade que liberta
L
III - Cristo é a vida
L 1- Vida que restaura a vida
2- Vida que salva a vida perdida
Conclusão
A-Resumo e aplicação
B-Apelo aos corações
2-TEMA: Os Critérios de Jesus (Texto: Lucas 5:32)
Introdução
I - Os justos rejeitados por Jesus
II- Os pecadores convidados por Jesus
III- Os arrependidos transformados por Jesus
Conclusão
Obs. Neste caso vai se explorar os contrastes muito
usados por Jesus em sua maneira de ensinar
III - SERMÃO EXPOSITIVO
No sermão expositivo todas as idéias saem do texto e do contexto.
O pregador encontra o texto que pode ser um milagre, uma parábola,
um episódio, um salmo ou um capítulo interessante. Normalmente
este é o sermão mais dificil de preparar. O pregador extrai do texto o
tema, as divisões e as subdivisões. Aquele texto deve ser interpretado
para colocar o ouvinte dentro dele como se fosse uma peça teatral. O
sermão expositivo é diferente do textual porque abarca o texto e o
contexto, não só dois ou três versículos.
A) Vantagens do método expositivo
1- Garante a mensagem que vem de Deus porque o pegador vai
fica nas idéias que estão no texto.
r 2- Honra a Bíblia. O sermão textual caracteriza-se pelo respeito
( ao texto original.
(
3- No sermão textual o ouvinte tem um contato mais profundo
(
com a Palavra de Deus, por isso sai alimentado.
4- Geralmente o pregador alimenta a sua alma enquanto prepara
o sermão, por isso prega com 1nais convicção.
5- Cuidados: 1) Não economizar tempo para a preparação de um
bom sermão. 2) Normalmente os ouvintes de hoje não se
irtteressãm pót everttós dó passádó, pót issó ó texto precisá
receber uma roupagem atualizada. 3) Não pode ser uma
simples repetição do texto. 4- Cuidado para não violentar o
texto fazendo-o dizer aquilo que ele não diz.
L
B) Organização do sermão expositivo
L A organização do sermão expositivo segue os mesmos princípios do
L sermão textual. Primeiro se descobre a idéia central ou o tema no texto
e depois as divísões e subdivísões. Vamos aos exemplos:
1- Idéia Central ou tema: A conversão do Centurião
Texto: Lucas 7:1-9
Introdução
A- Ilustração
B- Apresentação do tema
I - A REPUTAÇÃO DO CENTURIÃO
1- ''Ele é digno;;
3- Era bom edificou a sinagoga
II - A HUMILDADE DO CENTURIÃO
1- "Não sou Digno"
2- Não queria incomodar o Mestre
III - A FÉ DO CENTURIÃO
1- Pediu apenas uma palavra de Jesus
4- Tinha fé na certeza da cura
Conclusão
A - Resumo e aplicação
B - Apelo aos corações
2- Idéia central ou tema: O Cristão e o Novo Nascimento
Texto: João 3: 1-15
Introdução
I -A necessidade do novo nascimento - V. 3-5
II - O mistério do novo nascimento - V. 6-10
III - A recompensa do novo nascimento - V. 15
Conclusão
(
(
3-Idéia Central o tema: A volta do Senhor Jesus
Introdução Texto: Mateus 24
I - U1na volta visível - V. 27
II - Uma volta repentina - V. 42-44
III - Uma volta gloriosa - V. 30-31
- Uma volta gloriosa para os salvos
l Conclusão

L Conclusão
Esses esboços, por mais simples que sejam, devem despertar no
L
pregador o desejo de enriquecê-los com subdivisões, ilustrações e
exemplos da vida prática que vão mexer com os ouvintes.
Um sermão deve primeiro falar ao coração do pregador. Se ele não
estiver entusiasmado com o sermão deve fazer outro.
"O pregador não apenas possui uma mensagem, mas é possuído
pela mensagem'; - Rui Allan Anderson
COMO FAZER O APELO
A importância do apelo ao final da pregação da Palavra de
Deus é inquestionável. Para os incrédulos ou indiferentes,
representa uma proposta de aceitação pela fé, da obra
realizada por Jesus Cristo no calvário. Quando se fala aos
crentes o apelo representa um desafio à renovação de seus
laços de fidelidade ao Senhor e ao seu Reino.
O apelo é bíblico: ( Mt. 3:4,6;10:32,33; Ex. 32:26; Js.24:15;
Is. 55:1-6 Mc.5:25-34; At.2:40; 3:19, 19:8,26; 20:20,31, 26:28,
28:23;, 26:28, 28:23;m10:10;Ap. 22:17.
Existem mensagens que pesde o início já têm apelos, o
que é plenamente aceitável. E melhor sobrar do que faltar. Os
grandes pregadores do passado assim faziam, como Finney,
Moody, Spurgeon, Wesley e outros. O Espírito Santo trabalha
na sensibilização dos ouvintes durante toda a pregação,
preparando-os para a decisão final, no momento do apelo
fazendo prevalecer o objetivo da mensagem.
A aceitação do apelo permite a identificação por parte da
( Igreja, dos que tomam uma decisão por Jesus, se convertem e
precisam de uma ajuda espiritual. Por isso o pregador deve
levar os ouvintes a se manifestarem levantando as mãos ou
indo à frente para a oração de aceitação a Cristo. O pregador
ainda pode pedir que aqueles que não conseguiram ir à frente
que o procurem ao final do culto em particular.
O apelo já leva o ouvinte a testificar de sua fé em Jesus
Cristo publicamente, o que já representa um compromisso
com Deus e com a Igreja. E também representa um forte
estírnulo para que a Igreja continue evangelizando,
trabalhando para a salvação de vidas. (At. 2:38-41,46,47).
O apelo deve ser claro, objetivo, breve e específico senão
vira apelação. Como disse o Pastor Jerry Stanley Key: "Fazer
apelo é corno procurar FRUTOS numa árvore; se balançarn10s
normalmente caem os maduros; mas se insistirmos demais
caem também os frutos verdes".
O apelo não pode fugir do tema principal da mensagem.
Ele deve ser feito cot11 emoção, com amor, fé e esperança e
expressando o amor de Deus e o carinho do pregador para
com os seus ouvintes. Jamais devemos fazer o apelo com
coação, mas com cortesia. Nada de abusos, truques, porque a
decisão das pessoas precisam vir do coração de cada uma
em direção ao coração de Deus.
É uma grande responsabilidade fazer um apelo ao final de
uma mensagem. O pregador precisa estar em espírito de
oração porque nessa hora se dará uma batalha espiritual entre
as trevas e a luz, porque o Diabo estará cegando o
entendimento dos incrédulos quanto a urgência da decisão por
Jesus. E, sabendo que trata-se de uma decisão de vida ou
morte, o pregador precisa ser firme no apelo sem apelação.
Ele deve usar bem a palavra nessa hora. Alguns textos
importantes para essa hora: (1 Jo.1:9; Mt.11:28; Ap.3:20;
At.16:31; Jo. 6:37; Hb.3:8 e 4:7).
A Igreja deve valorizar o apelo no culto, tendo irmãos(ãs)
preparados e disponíveis para orar e lidar com os decididos
por Jesus, os quais devem ser visitados, com brevidade, antes
que o inimigo desqualifique aquele momento de aceitação de
Jesus como salvador.

(Texto inspirado no livro: "Como Pregar'' de Cláudio Rufino).

(_
QUALIDADES DO PREGADOR
"A boca fala do que o coração está cheio."
Jesus Cristo
Introdução
1-Jesus com essa frase resumiu todo o segredo do poder de
um pegador.
- O poder do pregador vem de quem ele é, não do que ele sabe,
nem de como ela faz.
º·
- Muitas pessoas buscam sucesso pessoal fazendo treinamentos,
cursos, mestrado, doutorado, mas não chegam ao sucesso porque
r não basta mudar a forma, enfeitar o exterior se o interior continua
.
r vazio.
r 2- O bom orador, especialmente o pregador, precisa ter técnica,
mas também qualidades, talento e um estilo de vida elevado.
Essas qualidades reunidas lhe servirão de sustentação.
{ 1-CARÁTER
O orador precisa "ser dotado, principalmente, de qualidades
(
morais, de honestidade e integridade a fim de que suas palavras e
ações mereçam crédito e possam comunicar aos ouvintes, a
verdade, o bom, o bem, o belo...".
- Para ser cativante o orador precisa ter um caráter atraente e
respeitável.
- Até nos negócios os profissionais de mais sucesso não são os que
conhecem mais a técnica de conquistar clientes, mas os que respeitam
os clientes e passam melhor a idéia de que desejam realmente o seu
L bem-estar.
L - No caso do pregador ele precisa viver aquilo que prega. O pregador
precisa ter o respeito e a aprovação dos ouvintes.
2- ENTUSIASMO
O orador precisa vibrar com cada idéia, cada palavra, porque o
entusiasmo é o combustível da expressão verbal.
- Se a idéia não empolgar o orador, não deve ser dita, porque nunca
irá empolgar o auditório. Para isso o orador deve viver com
entusiasmo. Quem não é apaixonado pela vida não deve ser pregador,
porque não tem nada para passar para as outras pessoas.
Só aqueles que se deixam arrebatar por uma tarefa, por uma idéia,
pela graça de Deus conseguem grandes realizações.
- Os gregos chamavam o entusiasmo de "Deus interior". Ninguém
mais que o pregador precisa tanto de Deus dentro de si. Só assim ele
terá palavras que arrebatam.
3- DETERMINAÇÃO
Determinação é a vontade indomável de conseguir o que se
pretende. Quer falar bem? Seja determinado, tire tempo para treinar
até conseguir.
r - Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica, atribuía o seu
r sucesso em 1 por cento de inspiração e 99 por cento de transpiração.
A pessoa determinada na vida se toma determinada no trabalho e
determinada diante de um público.
4- INSPIRAÇÃO
E a criação do discurso, a busca das melhores idéias e como dizê-
( las. No discurso a inspiração é natural, no sermão é as duas coisas
natural e sobrenatural. No discurso, é uma espécie de luz que brilha
trazendo boas idéias. No sermão, é a iluminação que vem ,
da
comunhão com Deus e do estudo da Bíblia, a palavra de Deus. E uma
coisa extraordinária se tomar um porta-voz da mensagem de Deus
para os ouvintes. O pregador é uma pessoa inspirada por Deus
enviada para inspirar os seus ouvintes.
l

L 5- SENSIBILIDADE
Sensibilidade é uma qualidade indispensável ao orador para
perceber o que as pessoas estão precisando ouvir, a partir do
L envolvimento com os problemas das mesmas. No caso do pregador a
visitação aos membros e o contato diário com as crianças, os jovens e
os adultos trarão os subsídios necessários para a criação dos sermões.
6- OBSERVAÇÃO
O orador precisar ser um observador da vida, com capacidade para
perceber que "o que dá pra rir dá pra chorar". São os fatos do dia-a­
dia que muitas vezes vão inspirar ou ilustrar os sermões.
7- CAPACIDADE DE SÍNTESE ,
Quem quiser ser um bom pregador não pode ser preguiçoso. E de
bom costume escrever os discursos ou sermões, depois vai tirando
os excessos e buscando a palavra certa para dizer o que pretende.
Porque o orador deve "dizer tudo que for preciso e nada mais do que
o que for preciso". O bom orador vai direto ao ponto, diz mais com
menos palavras, não fica rodeando, nem dando uma de intelectual.
No caso dos pregadores o púlpito não é lugar para show de cultura,
mas para transmitir a mensagem de Deus. Vamos aprender com os
comerciais de televisão, quantas idéias eles expressão em 1 O ou 15
segundos. Quem não for capaz de passar uma mensagem em 1 O
minutos, também não passará em meia hora. Olhem para Jesus!
r Quantos minutos ele gastou para contar a parábola do "Filho
Pródigo" que nos arrebata até hoje?
8- IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE
E a capacidade de criar imagens que tomam os argumentos mais
vivos. Em vez de dizer as coisas como todo mundo diz. A Bíblia é
rica em textos imaginativos. Jesus Cristo foi um artista na sua
( capacidade de imaginar. A "Parábola da Ovelha perdida" é um
( exemplo de imaginação: o número de ovelhas, o pastor, a perdida nos
seus ombros, a festa com os amigos. Que todos os pregadores
aprendam com Jesus a arte de imaginar, de criar para a glória de
Deus!
9-MEMÓRIA
Uma boa memória é importante para o orador. Não precisa ser
genial para memorizar as coisas essenciais do sermão. Não há
necessidade de decorar o sermão, mas é importante guardar na
memória a ordem das idéias, o ponto de partida e o ponto de chegada,
L para não se perder e introduzir matérias estranhas ao propósito final.
L 10- BOA APARENCIA
Nenhum orador precisa ser modelo fotográfico, mas deve cuidar
para que a sua aparência não seja um atrapalho. Boa aparência,
inicialmente, causa boa impressão. Cabelos despenteados, roupa
amarrotada ou suja, nó da gravata torto ou frouxo podem indispor os
ouvintes. Outro problema é a combinação de roupa: paletó verde,
camisa azul, gravata marrom... Evite as cores berrantes.
Na medida do possível o orador deve primar pela aparência. Mas
também o orador deve ser sempre discreto, de acordo com o
ambiente, hora e assunto.
E bom lembrar que de nada adianta todo esse cuidado se a hora que
abrir a boca for uma decepção na voz, no jeito de falar, no
entusiasmo e fraco no conteúdo.
11- VOCABULÁRIO
O vocabulário deve ser variado, mas simples que até uma criança
entenda. Afinal, quase todos os auditórios estão cheios de crianças e
elas merecem entender o que estão ouvindo. Evite vulgaridades,
gírias e a sofisticação com palavras técnicas sem dar a razão do seu
uso. Ex. pneumatologia, parusia, escatologia....

Conclusão
Mesmo o orador que conseguir desenvolver a ma1ona dessas
qualidades, com sucesso, não deve se achar um herói, uma estrela,
mas reconhecer sua pequenez e que ainda tem muito que aprender na
arte oratória. No que tange ao pregador, ele deve reconhecer a sua
(
(
dependência de Deus para o cumprimento de sua missão.
( Entretanto cuidado: humildade não se finge. Os ouvintes logo
( percebem se o orador ou pregador é humilde ou arrogante, se está ali
para servir ou para promover-se. A humildade verdadeira acrescenta
(_
poder à mensagem, assim corno a arrogância destrói o poder. E
lembre-se: para ser humilde no púlpito é preciso ser humilde
em tudo no dia-a-dia e no relacionamento com as pessoas.

Rev. Valdorniro Pires de Oliveira

L
A EXPRESSÃO CORPORAL DO PREGADOR
O OLHAR, A VOZ E O CORPO DO PREGADOR
"O coração alegre aformoseia o rosto" - Salomão
Introdução
Tudo que acontece no púlpito influência na transmissão da
mensagem. Então é aí que entra o visual, a expressão corporal e
a voz do pregador. Na verdade o pregador é um audiovisual vivo,
de carne e osso.
o psicólogo Albert Menrabian, especialista em
comunicação, chegou às seguintes conclusões sobre o assunto:
- 7% da comunicação são representadas pelas palavras.
- 38% são representadas pela voz.
r - 55% são representadas pela expressão corporal e fisionômica
do orador.
Quem sabe seja por isso que uma pessoa pode se
comunicar sem palavras, usando apenas gestos... Preste atenção
nos deficientes auditivos... Viram o sucesso da mulher do
presidente? Nós percebemos quando um amigo está triste ou
( alegre sem que ele precise usar uma só palavra. Por isso é
( indiscutível a importância da voz e da expressão corporal e
( fisionômica na comunicação.
EXPRESSÃO CORPORAL
O pregador gasta horas e horas para preparar um sermão e
com as palavras só vai comunicar 7% do conteúdo. E agora? Por
isso o sorriso simpático, os gestos agradáveis ou duros, quando
necessários, podem elevar sobremaneira a comunicação do
conteúdo preparado.
Ensaiar os gestos até · que se tornem espontâneos pode
aj�qar_ muito na comunic9ção da mensag�rt:1- _ Há que s_� ter
cuidado para os gestos não parecerem artificiais e para não se
fazer caretas para o auditório. O segredo é fazer tudo com
naturalidade. A gesticulação precisa acompanhar o conteúdo das
palavras. Os gestos vêm antes ou junto com as palavras? Deixe a
gesticulação fluir naturalmente e para isso é preciso superar a
inibição e o nervosismo. O pregador precisa estar solto e bem
para bem em todos os sentidos para se comunicar.
O OLHAR E A EXPRESSÃO FISIONÔMICA
O grande orador romano Cícero (106 A.C.) declarou: "Na
alocução, em seguida à voz vem a fisionomia; e esta é dominada
pelos olhos. O poder da expressão do olhar humano é tão grande
que, de certa maneira, determina a expressão do semblante todo":
O olhar íevela os sentimentos do pregador, se ele esta
dizendo algo que é verdadeiro para ele também.
As pupiias se dtlatam quando a pessoa sente prazer e se
contraem quando o sentimento é negativo.
Naturalmente acolhemos com mais calor uma pessoa com
pupilas ,grandes. Mas também o olhar pode ameaçar como uma
arma. E quase impossível enganar com õs olhõs. o mentirõso
costuma falar sem olhar nos olhos do outro.
O pregador não pode se intimidar quando diante de muitos
olhares, para não prejudicar, terrivelmente, sua comunicação. Ele
deve olhar para o seu auditório como se estivesse falando com
uma única pessoa. Quando o pregador não olha para os seus
ouvintes eles podem se sentir ignorados. O sorriso verdadeiro, na
hora certa, também faz parte da boa comunicação.
Para robustecer a sua comunicação o pregador precisa
estar de bem com Deus e de bem com a vida. Só assim a
r mensagem vai transbordar do seu ser interior como um rio de
r "água viva" para os seus ouvintes que ficarão satisfeitos e ainda
pedindo mais.

A IMPORTÂNCIA DA VOZ
< Quanto melhor a voz melhor será a comunicação da
( mensagem. O ouvinte pode se distrair se a voz não estiver
combinando com o conteúdo da mensagem.
- Um assunto muito importante - voz mais pausada.
- Temas solenes - voz mais grave.
- Mensagem evangelística - voz mais variada.
- Mensagem mais profética - Firmeza, voz mais dura.
Não podemos nos esquecer que a qualidade da voz revela
l também a qualidade da pessoa. Não estamos falando só do
timbre, mas especialmente da entonação e da maneira de
e pronunciar as palavras. Algumas pessoas nascem com uma boa
L voz e isso é importante para a oratória. Mas seja qual for a voz é
possível torná-la agradável e eficiente na comunicação. Tem voz
que a pessoa não pode gritar muito que racha, esganiça ...
OTOM DA VOZ
A voz chega aos nossos ouvidos em três tons: agudo, médio
e grave. Por isso é importante não deixá-la grave demais nem
aguda demais porque pode se tornar desagradável.
O importante é buscar tanto a nota mais grave como a mais
aguda sem perder a naturalidade, sem esganiçar. O médio é o
tom base, mas ficar só nele torna a fala cansativa, como ouvir um
carro de boi subindo uma ladeira.
Para se conseguir usar bem a voz pode se fazer leituras de
textos, salmos, poesias e histórias em voz alta, buscar a ajuda de
um instrumento musical e até mesmo de um profissional da área.
Algumas dificuldades podem decorrer de traumas na infância
ou na adolescência.
A maioria dos pregadores procurarn ondular a voz de acordo
com o assunto e a ênfase que se pretE�nde dar, numa forma mais
coloquial de se comunicar. Outros pregadores costumam falar
mais alto buscando diferentes efeitos com a voz. Esses devem
dedicar tempo aos treinamentos e tomar cuidado para não gritar
demais e irritar os seus ouvintes. Em todos os casos é preciso
que o tom da voz combine con1 o conteúdo das palavras.
A DICÇÃO
A dicção é a articulação e a pronúncia das palavras.
Articulação - Se refere à enunciação completa das palavras sem
omitir ou engolir vogais, consoantes ou sílabas inteiras. Ex.
r "fizemo" em lugar de fizemos, "forno" no lugar de fomos, "andá" no
( lugar de andar...
r Pronúncia - Aqui se refere ao som correto das palavras dando a
devida ênfase nas sílabas tônicas. Ex. "Jesuis" no lugar de Jesus,
"treis" no lugar de três. "Treis palavrinhas, só...". Deve-se também
tomar cuidado com o regionalismo. E preciso respeitar os
( sotaques, mas sem aceitar os erros. (Mais uma vez se recomenda
muitas leituras em voz alta, procurando se ouvir).
O VOLUME
O pregador deve buscar o volume certo para cada auditório
levando em consideração o número de pessoas e o local em que
está falando. Coisa triste é a pessoa ter que ficar se esforçando
para ouvir o pregador ou ficar incomodada com o volume de sua
voz ou do som acima do necessário. Hoje os equipamentos de
som ajudam muito a se estabelecer o volume agradável a todos
os ouvidos. O ideal é o sonoplasta colocar o som no nível médio,
L não mexer mais, e deixar que o pregador module a sua voz no
grave e agudo a seu gosto.
A VELOCIDADE
L
Não há regra para isso, mas o pregador não deve falar tão rápido
que atropele as palavras ou que engula o final das frases, nem
tampouco devagar como se estivesse sonolento. Numa conversa
normal fala-se uma rr1édia de 120 palavras por minuto.
A RESPIRAÇÃO
Na respiração deve se usar o diafragma e o abdome, como
fazem os bebês quando estão dormindo. Isso quer dizer que
estaremos movimentando mais o abdome que os pulmões
enquanto pregamos. A voz não pode vir da garganta, mas do
peito...
Recomenda-se também que ninguém fale quando estiver
inspirando, nem continuar falando quando o ar já terminou.
A respiração deve acontecer entre as frases ou entre as
palavras para não prejudicar o entendimento. O pregador, no
púlpito, não deve deixar transparecer cansaço durante a pregação
se apoiando ou encostando mesmo no púlpito.

Conclusão
Como estamos vendo a expressão corporal, o olhar e a voz do
pregador precisam ser trabalhadas para que a mensagem chegue
inteira e agradável aos seus ouvintes e o Espírito Santo possa
fazer a obra de Deus nos corações dos ouvintes. O pregador é um
instrumento, que precisa estar afinado, nas mãos de Deus, assim
como o violino, o piano ou a flauta nas mãos do músico. Deus não
r faz o que cabe ao pregador fazer.
r Rev. Valdomiro Pires de Oliveira
r
(

L
L
POESIAS
E
ANEXOS
ORAÇÃO DA MAÇANETA

Não há mais bela música


que o ruído da maçaneta da porta
quando meu filho volta para casa.

Volta da rua, da vasta noite,


da madrugada de estranhas vozes,
E o ruído da maçaneta e o gemer do trinco,
o bater da porta que novamente se fecha,
o tilintar inconfundível do molho de chaves
são um doce acalanto, uma suave cantiga de ninar.

Só assim fecho os olhos


posso afinal dormir e descansar.
Oh! a longa espera, a negra ausência,
as histórias de acidentes e assaltos
que só a noite, como ninguém, sabe contar.

(
Oh! Os presságios e os pesadelos,
o eco dos passos nas calçadas,
a voz dos bêbados na rua
e o longo apito do guarda medindo a madrugada
e os cães uivando a distância
e o grito lancinante da ambulância.

Nem a voz da orquestra


e o tilintar dos copos
e a mansa canção da chuva no telhado
podem sequer se comparar
ao som da maçaneta que sorri
quando meu filho volta.
L Que ele retome sempre são e salvo,
L marinheiro depois da tempestade
a sorrir e a cantar...
E que na porta a maçaneta cante
a festiva canção do seu retomo
que soa pra mim como suave cantiga de ninar.
Só assim meu coração se aquieta
e posso afinal, dormir, descansar.

Não há mais bela música


que o ruído da maçaneta da porta
quando meu i f lho volta para casa.

Gióia Junior
SUBLIME PASTOR

O Senhor é o meu pastor


(
ainda com a despensa vazia,
(
com a previdência doentia
e a noite dizendo na janela:
está longe o novo dia!

O Senhor é o meu pastor


ainda quando as florestas
viram uma queimada só
e as águas de descanso
uma impureza que faz dó.

O Senhor é o meu pastor


ainda quando pelo vale
das usinas nucleares
uma sirene estridente
anuncia dias intranqüilos.

O Senhor é o meu pastor


ainda quando a injustiça
corre palácios e tribunais,
condena pobres e trabalhadores
e inocenta poderosos e marginais.

O Senhor é o meu Pastor


ainda quando a mesa farta
e o lucro sem precedente
L são para os nossos bancos,
e para as multinacionais,
não para a nossa gente.

O Senhor é o meu Pastor


e a sua misericórdia me
seguirá em todas as idades,
pelas catástrofes naturais
e pelos perigos nas cidades.

O Senhor é o meu sublime pastor! ...

Valdorniro Pires de Oliveira


t·· .. DE VOLTA

Pai, estou voltando,


agora sem nada,
sem minha mala,
sem uma jóia,
roupas esfarrapadas,
pés descalços e até sem fala.

Pai, de hoje não passa


a 1ninha volta.
E a tua graça
é a única água
capaz de lavar
f minhas revoltas e minhas mágoas.

Pai, trago tristezas,


desilusões, muitos medos,
insegurança e cicatriz...
Estou feio por dentro,
deprimido, infeliz.

Pai, veja bem:


Quero pelo seu poder
L' refazer a minha vida,
fazer um lar de paz na minha casa,
outro na minha Igreja,
L'
e do inundo um lar também.

Pai! Meu Pai!


Eu sei que sonho coisas boas demais...
. ....
U topias 1
Mas sei também que um rosto saudável,
bonito, feliz, risonho,
vem junto com as lutas,
cavalgando no cavalo dos sonhos.

V aldomiro Pires de Oliveira


ç-,
\_
r."·-
\.
('• QUEM É AQUELA MULHER
-r
Quem é aquela ali passando: que nunca está com forne,
vestido sem passar, come só pra não desfalecer,
sandálias sem afivelar ' que deita, 1nas sempre coberta
cabelos sem pentear, pelos remédios faixa preta
unhas por fazer, e, quando consegue dormir,
1naquiagem... nem pensar? gostaria de nunca mais acordar?

Quem é aquela ali sentada: Quem é aquela que ali vai:


panelas cheias no fogão, deitada num espaço tão estreito,
("
1 pratos vazios na mesa, mas ela não precisa de espaço,
olhos no relógio, pois não mexe nem os braços;
ouvidos no portão, deitada numa madeira dura '
boca silenciada, mas ela não precisa de conforto,
coração dilacerado, pois já cessaram suas agruras?
pensamento perdido na
escuridão da madrugada? Aquela que ali vai, tão cedo,
( .
é a mãe de um filho querido,
(.
Quem é aquela, ali tão desolada: dependente químico, que ela fez
sem mais lágrimas pra chorar, tudo para salvar, mas não
que as franjas do rosto conseguiu nem mesmo salvar-se.
revelam idade não alcançada,
que se veste só para não Rev. Valdomiro Pires de Oliveira
expor sua vergonha,
POESIA PRA DIZER QUE TE AMO

Eu queria ser na sua vida o


o bálsamo que sara suas feridas;
a água santa que lava
as mágoas reprimidas;
( a alegria que compensa
as tristezas já vividas.

Eu queria ser o oxigênio


que revigora os seus pulmões;
o orvalho da manhã
que lava as tensões;
o banho de luar
que ilumina os porões.

Eu queria ser a rima pobre


(r que faz sua poesia rica;
as notas dissonantes
que faz seu canto infindo;
a frase de amor
que faz seu dia lindo.

Ah!
l' Eu queria ser na sua vida
um primeiro beijo;
uma paixão duradoura
e muito diferente;
uma companhia simples
mas gostosa, envolvente...

Valdomiro Pires de Oliveira


PAI NOSSO EM JOGRAL
(Mt. 6:9-13)

- Todos: Pai nosso que estás nos céus.


1- Deus é um pai de amor.
2- Se um filho lhe pedir um pão jamais lhe dará uma pedra.
4- Pai é, quem sabe, a primeira palavra que aprendemos e a
última que vamos pronunciar.
- Todos: Deus é o pai nosso.
3- Jamais será exclusivo de uma religião, de uma Igreja ou de
uma única pessoa.
5- Ele é pai de todos os que vai adotando em Cristo...
- Todos: Deus é o pai que está nos céus.
4- Ele está sobre tudo. Da sua muita grandeza inunda
toda a criação com seu amor de pai.
- Todos: Santificado seja o teu nome.
1/2- Quer dizer que devemos separar esse nome
( 5- para ser colocado acima de todos os nomes.
1- C01n o nome de Deus não se brinca porque é santo.
3/4/5- Santifique em sua vida o nome do nosso pai celeste.
- Todos: Venha o teu reino.
2- Quando dizemos "venha o teu reino" estamos pedindo para Deus...
1/3- Que o bem reine sobre nós!
4- Mas só por meio do novo nascimento, em Cristo Jesus...
3- nos tomamos participantes desse Reino de amor e paz.
L - Todos: E faça-se a tua vontade assim na terra como nos céus.
5- Na criação a vontade de Deus foi feita na terra
assim como é feita nos céus,
2- pelos anjos, arcanjos, querubins, serafins
e os demais viventes celestiais.
3/4/5- Perguntamos: A vontade de Deus está sendo feita em sua
vida como é feita nos céus?
f.\

r
r - Todos: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje...
2- Pão, nos ensinos bíblicos é tudo aquilo que serve para o nosso
sustento.
1- Ninguém vive sem pão.
3- O "Pai Nosso" é a oração dos pobres da terra, dos peixes
r do mar, dos animais da floresta e das aves dos céus...
r
4- porque eles.não sabem se amanhã terão o próprio sustento, o pão.
- Todos: E perdoa-nos as dívidas, assim como nós ternos
perdoado aos nossos devedores.
Í

5- Dívida nessa oração é também pecado, ofensa ao próximo


e a Deus.
2- A Bíblia diz com clareza que todo o ser humano ofendeu
a Deus, pecou e precisa do seu perdão.
(
4- Mas para sermos perdoados precisamos também perdoar
r àqueles que nos têm ofendido.
1/2/5- Você já aprendeu a perdoar para ser perdoado?
- Todos: E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal.
5- A Bíblia relata muitas tentações...
3- Adão e Eva foram tentados.
1- Os discípulos foram tentados
2- Jesus foi tentando das mais diversas maneiras.
- Todos: O Diabo, nosso adversário, não faz outra coisa
a não ser tentar nos derrubar.
4- Mas o apóstolo Paulo nos afirma que Deus é fiel
5- e não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças...
3- E que juntamente com a tentação Deus nos proverá livramento.
(I Cor.10:13).
1- E o apóstolo Tiago nos anima dizendo:
1/2/4- "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós". (Tg. 4:7)
2- Pai nosso, que estás nos céus,
3/5- nós te amamos,
Todos- pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

Rev. Valdorniro Pires de Oliveira


MÃE - MARVILHOSA CRIATURA

1- Mãe, você me guardou no seu ventre...


2- E depois de crescidinho nasci para conhecê-la.
3- Quando a vi, maravilhado, pensei comigo!
Todos - Ess·a vai me cuidar direitinho, será a minha mãe...
4- A mamãe sempre nos acolhe em seus braços.
.f
1- Nos olha com tanto carinho!
(' ·.
2- Nos alimenta com tanta bondade!
r Todos: Oh! Maravilhosa criatura nascida do amor divino.
3- Que veio com capacidade de ouvir o silêncio,
4- Ver o invisível,
1- Adivinhar os sentimentos dos filhos...
2- Corrigir com palavras tão doces que não ofendem.
Todos: Porque a boa mãe beija e corrige ao mesmo tempo,
3- Se alegra e chora por dois - Por ela e pelo filho.
4- Mãe, o sucesso dos filhos é a sua alegria
1,2- Sua maior virtude é amar,
3- amar,
,- 4- Amar,
Todos: E amar...
1- Amar com o amor semelhante ao de Jesus
2- amor que nada espera em troca.
3, 4- Amor com. incontido e infinito afeto.
1- Deus logo viu que o ser humano não podia estar
em mais de um lugar ao mesmo tempo.
Todos: Então Ele foi e criou a mãe.
3- Para cuidar de nós em todos os momentos
do nosso viver.
4- O que mais poderíamos querer?
1- Resta-nos pedir com insistência,
2- Rogar com todas as nossas forças:
Todos: Deus, abençoe todas as mães!
3- E se não pudermos tê-las para sempre ao nosso lado...
L 2, 4- Que guardemos as boas lembranças...
1- Aquelas que nos ajudam todos os dias...
Todos: amar, lutar, cantar, sorrir, chorar, viver...
4- Mãe, o que nós filhos devemos lhe dizer neste seu dia?
1- Dizer obrigado mamãe!
2,3- Mas obrigado é muito pouco...
4- Eu acho que devemos lhe dar um presente.
1,2-Mas um presente por mais lindo que seja, não é tudo.
3- Nós nem sabemos se ela está esperando um presente!
Todos: Toda mãe saudável espera dos filhos algo sem
etiqueta, sem pacote sofisticado e sem preço ...
4- Mas de grande valor:
1- Reconhecimento!
2- Gratidão! . , . ,
~ sim
3- 4- Gostamos.I ... G rat1·dao 1
e mais, e pra va 1 er ....
Todos: É transbordar de alegria o coração de uma mãe!
1- O presente pode até ficar pra depois...
2- Visto que o dia das mães
3- É hoje,
4- É amanhã,
Todos: É todos os dias.
1- Mãe, criatura· divina!
2,3- Maravilhosa dádiva de Deus!
4- Por isso vamos dizer juntos:
r Todos: Vale a pena ser filho, só para ter mãe.

Rev. Valdomiro Pires de Oliveira

(_

l,
CURSOPARA
PREGADORES LEIGOS
"As mãos de Jesus" A palavra não foi feita para
dominar;
CANÇÃO DA CHEGADA
o destino da palavra e dialogar.
Estamos aqui Senhor A palavra não foi feita para
viemos de todo lugar a opressão;
trazendo um pouco o destino da palavra e o coração.
do que somos
A palavra não foi feita
p'ra nossa fé partilhar.
para a vaidade;
Trazendo o nosso louvor o destino da palavra
r um cantô de alegria é â êtêtnidâde.
trazendo a nossa vontade A palavra não foi feita pra
de ver raiar um novo dia. cair no chão;
o destino da palavra é a união.
Estamos aqui Senhor
cercando essa mesa comum A palavra não foi feita
( trazendo idéias diferentes para semear a dúvida,
( mas em Cristo somos um. a tristeza ou o mal-estar.
( O destino da palavra e a construção
E quando sairmos daqui de um mundo mais feliz e mais cristão.
nós vamos para voltar
na força da esperança Autora: Irene Gomes
e na coragem de lutar. AS MÃOS DE JESUS
Letra: Valdomiro P Oliveira
Música: Flávio Irala As mãos de Jesus são uma
l maravilha!
BOM DIA As mãos de Jesus são uma
L maravilha!
Bom dia, bom dia...
L Bom dia, meu amigo, meu irmão...
L Eu quero que sintas a paz de Deus Cortam a lenha, lixam e pregam a
chegando ao coração! madeira dura do seu país.
Sou feliz na tua con1panhia (3x)
Canto glória e aleluia Tocam a testa, dos enfermos para
na tua co1npanhia (2) aliviar a dor e o mal.

APALAVRA Dizem bom-dia aos seus amigos,


A palavra não foi feita repartindo o pão que nos faz viver.
para dividir nin1 ,uém.
A palavra é a p• �e
.o.
Tenho também as mãos, como
onde o amor va ( " vem, Cristo para ajudar, e louvar a Deus.
onde o amor v: ..e. , vem.
APALAVRA
Texto: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra nenhuma palavra torpe, e sim
unicamente a que for boa para a edificação, conforme a necessidade, e, assim,
transmita graça ao que ouve". (Ef 4:29)

Introdução
1- Estamos sempre a procura da palavra certa
para traduzir os nossos sentimentos,
- Para dizer as coisas sem ofender as pessoas
- As pessoas dizem: "Cuidado no que você vai
r dizer" ! ! !
e - "Muitas vezes há graye diferença entre a palavra
r quase certa e a certa".
e 2- A boa palavra faz bem, promove a paz,
eleva o outro, salva, cura, abençoa...
( - A palavra má fere, incendeia, mata...
< - Isaías 55!10-13 (Fala da palavra do bem)
< - Prov. 12:18 - Sal. 52:2 (fala da palavra do mal)
e I- NÃO SAIA DA SUA BOCA PALAVRA TORPE
1- Torpe vem do grego: (sapros) que significa
decadente, podre.
- Designava os peixes podres encontrados no porto de Efeso.
l 2- Torpe também pode ser a mãe da palavra torpedo.
- A juventude hoje manda torpedos pelo celular.
L - Verdadeiras bombas contra a outra pessoa.
L - Quantos torpedos Você mandou nos últimos 5 dias
pelo celular e por outros meios?
L
II- SAIAM DA su� BOCA PALAVRAS QUE
EDIFICAM - NAO TORPEDOS
1- I Cor. 14:3 - "O que profetiza fala aos homens,
edificando, exortando e consolando".
- Palavras que acrescentam...
2- Col. 4:6 - "A vossa palavra seja sempre agradável,
temperada com sal (não pimenta) para saberdes
como responder a cada um".
III- SAIAM DA SUA BOCA PALAVRAS QUE
TRANSMITAM GRAÇA (Ef. 4:29)
1- Graça é favor, mercê, bondade...
2- Ef. 2:8-9 - Transmitir graça é transmitir salvação...
3- SI. 45:1-''De boas palavras transborda o meu coracão".
- De que tipo de palavras transborda o seu coraçãÔ"?
Conclusão
1- Perante Deus não é vantagem alguma afirmar:
- "Eu disse na cara de fulano tudo o que ele
precisava ouvir".
- "Eu sou do tipo que não leva desaforo pra casa".
- "O que eu ten.ho que falar falo mesmo".
- Assim você está ofendendo, magoando, ferindo,
destruindo relacionamentos...
- A palavra não pode ser uma bomba, mas uma ponte.
2-Ef. 4:30 - Diz que a palavra torpe traz cólera, ira, gritaria,
blasfêmia, malícia...
- A palavra torpe entristece o Espírito Santo de Deus.
( 3- I Pedro 3:8-11 - "Finalmente irmãos "sede todos de igual
( ânimo, compadecidos, fraternamente amigos, misericordiosos,
humildes, não pagando mal com mal ou injúria co1n injuria; antes,
pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes
(_ chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem
quer amar a vida e viver dias felizes refreie a língua do mal e evite
falar dolosa1nente".
4- Numa empresa é preciso cuidado com as palavras
- No acolhimento dos clientes.
- No relacionamento interno entre funcionários.
L - Entre patrões e funcionários e vice e versa.
- Para que se respire, no ambiente de trabalho, coisas boas.
- Sentimentos que fortaleçam a todos.
L - Contendas e desentendimentos não trazem prosperidade.
- Mas dúvidas, incertezas, retrocesso, destruição...
- Que saia sempre, da boca de todos aqui, palavras
de bendição.
- Palavras que tragam paz e prosperidade para todos.
CURSO PARA PREGADORES LEIGOS
ALGUMAS CONDIÇÕES PARA SE COMUNICAR BEM LENDO E
FALANDO
Para começar precisamos cuidar bem dos músculos que usamos para
ler e falar: lábios, mandíbula, língua, garganta, caixa torácica, diafragma e
outros. O bom uso desses músculos e de outros menos. importantes
ajudará o pregador a falar bem em público.
1- Falar com força suficiente para que todos ouçam, sem precisar gritar
ou deixa a voz sumir.
2- Vencer a timidez e falar com segurança.
3- Pronunciar claramente cada sílaba da palavra.
4- Não comer letras, sílabas, nem atropelar ou emendar as palavras
quando está falando.
5- Pensar antes no que va� dizer para escolher a melhor palavra a ser
usada.
6- Falar com a voz, a expressão facial, os lábios, os braços, as mãos e
todo o corpo transmitindo a mesma coisa.
7- Usar frases curtas e um vocabulário que seja do conhecimento do
auditório.
8- Encarar os ouvintes com tranqüilidade, nada de ficar olhando para
baixou, para os lados, por cima do auditório ou para o teto.
( 9- Usar o magnetismo, natural do olhar, para segurar as pessoas
olhando na sua direção e ouvindo o seu recado seja falado ou
cantado.
10-0 pregador deve estar convicto de que o Espírito Santo vai
ajudá-lo na transmissão da mensagem recebida de Deus.
OUTRAS CONDIÇÕES QUE DEVEMOS CONSIDERAR
DEDICAÇÃO
"Talento por si só raramente alcança êxito, e jamais alcança o sucesso
que lhe é devido, a não s�r que seja desenvolvido pelo trabalho".
Peter Westland
Caruso possuía os órgãos vocais e o músculos excepcionais para ser
um tenor, nem por isso foi dispensado de um treinamento árduo, sem o
qual não se tornaria "o rouxinol de todas as épocas".
Yehudi Menuhin aos 4 anos já era um violinista de concertos. Depois
de adulto ainda passava várias horas por dia estudando violino.
"Um pessoa virtuosa em alguma coisa deve tanto ao seu talento quanto
à sua prática". Não perca uma oportunidade de falar em público.

PAIXÃO
"O indivíduo eloqüente é aquele que está apaixonado por uma
certa crença". Emerson
Rev. Valdomiro Pires de Oliveira

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