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DIREITO ADMINISTRATIVO

BRUNO BETTI COSTA


AGENTES PÚBLICOS
6) ESTABILIDADE
6.1) Conceito e Requisitos

Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
6) ESTABILIDADE
6.1) Conceito e Requisitos

Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
6) ESTABILIDADE
6.2) Estabilidade e Efetividade

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6) ESTABILIDADE
6.3) Perda do cargo pelo servidor estável

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6) ESTABILIDADE
6.3) Perda do cargo pelo servidor estável

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6) ESTABILIDADE
6.3) Perda do cargo pelo servidor estável

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6) ESTABILIDADE
6.4) Estabilização

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6) ESTABILIDADE
6.4) Estabilização

Não é possível o reenquadramento de servidores


admitidos sem concurso público antes da promulgação
da Constituição da República de 1988 em novo plano
de cargos, carreiras e remuneração.

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6) ESTABILIDADE
REsp 1.941.987-PR

O servidor público reintegrado não faz jus ao


recebimento das parcelas remuneratórias referentes
ao auxílio-transporte e ao adicional de
insalubridade pelo período em que esteve
indevidamente afastado do cargo público.

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9) JULGADOS RELEVANTES
 9.1) Direito subjetivo à nomeação

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9) JULGADOS RELEVANTES
 9.1) Direito subjetivo à nomeação

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9) JULGADOS RELEVANTES
 9.1) Direito subjetivo à nomeação

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9) JULGADOS RELEVANTES
 9.2) Desistência de candidato aprovado dentro ou
fora do número de vagas

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9) JULGADOS RELEVANTES
 9.3) Segunda chamada para testes físicos
OBS: Mulheres grávidas

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.4) Dever de intimar pessoalmente candidato

9.5) Cláusula de reserva de barreira

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9) JULGADOS RELEVANTES
 9.6) Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima a
cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo
simples fato de responder a inquérito ou a ação penal.

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.7) A natureza do ato de demissão de empregado
público é constitucional-administrativa e não
trabalhista, o que atrai a competência da Justiça
comum para julgar a questão.

Neste caso, não se discute relação de trabalho, mas somente


a possibilidade de reintegração ao emprego público na
eventualidade de se obter aposentadoria administrada pelo
INSS.

A concessão de aposentadoria aos empregados públicos


inviabiliza a permanência no emprego, nos termos do
art. 37, § 14, da Constituição Federal, salvo para
as aposentadorias concedidas pelo Regime Geral de
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9) JULGADOS RELEVANTES
 9.8) É inconstitucional, por dispensar o concurso público, a reestruturação de quadro
funcional por meio de aglutinação, em uma única carreira, de cargos diversos,
quando a nova carreira tiver atribuições e responsabilidades diferentes dos cargos
originais

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9) JULGADOS RELEVANTES
 9.9) Os pagamentos indevidos aos servidores públicos decorrentes de erro
administrativo (operacional ou de cálculo), não embasado em interpretação
errônea ou equivocada da lei pela Administração, estão sujeitos à devolução,
ressalvadas as hipóteses em que o servidor, diante do caso concreto, comprova sua
boa-fé objetiva, sobretudo com demonstração de que não lhe era possível constatar o
pagamento indevido.

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.9) RESP 1.244.182/PB, firmou o entendimento de que não é devida a restituição de valores pagos a servidor
público de boa-fé, por força de interpretação errônea ou má aplicação da lei por parte da Administração.

AgRg no AREsp 463.279/RJ - não é devida a restituição dos valores que, por força de decisão transitada em
julgado, foram recebidos de boa-fé, ainda que posteriormente tal decisão tenha sido desconstituída em ação
rescisória.

EAREsp 58.820-AL É devida a restituição ao erário dos valores de natureza alimentar pagos pela Administração
Pública a servidores públicos em cumprimento a decisão judicial precária posteriormente revogada

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.10) É inconstitucional o parágrafo único do art. 137 da Lei 8.112/90, que proíbe o
retorno ao serviço público federal de servidor condenado pela prática de determinados
fatos graves

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.11) Impedir que candidato prossiga no concurso público para ingresso porque foi
usuário de drogas há sete anos acaba por aplicá-lo uma sanção de caráter perpétuo

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.12) A contratação temporária de terceiros para o desempenho de funções do cargo de
enfermeiro, em decorrência da pandemia causada pelo vírus Sars-CoV-2, e determinada
por decisão judicial, não configura preterição ilegal e arbitrária nem enseja, portanto,
direito a provimento em cargo público em favor de candidato aprovado em cadastro de
reserva.

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.13) É inconstitucional lei estadual que define, como critério de desempate em
concurso público, a preferência pelo servidor público daquele Estado

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.14) Lei municipal não pode limitar o direito fundamental de férias do servidor público
que gozar, em seu período aquisitivo, de mais de dois meses de licença médica.

O exercício da autonomia municipal para legislar sobre o regime jurídico aplicável a


seus servidores não infere permissão para editar norma que torne irrealizável direito
garantido constitucionalmente (art. 7º, XVII c/c art. 39, § 3º, da CF/88).

STF. Plenário. RE 593448/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 2/12/2022


(Repercussão Geral – Tema 221) (Info 1078).

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.15) O Estado responde subsidiariamente por danos materiais causados a candidatos em
concurso público organizado por pessoa jurídica de direito privado (art. 37, § 6º, da
CRFB/88), quando os exames são cancelados por indícios de fraude.

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.16) Do controle judicial sobre a correção de questões em Concurso Público

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.17) Cabe à Justiça Comum (estadual ou federal) julgar ações contra concurso público
realizado por órgãos e entidades da Administração Pública para contratação de
empregados celetistas

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.17) A candidata que está amamentando (lactante) na época do curso de formação para
o cargo de agente penitenciário tem direito de fazer o curso em um período posterior

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.18) É possível cobrar questões sobre jurisprudência no concurso mesmo que o edital
não preveja que irá exigir dos candidatos conhecimentos acerca dos entendimentos dos
Tribunais Superiores

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.19) Posse em concurso público por medida judicial precária e “fato consumado”

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.20) Concurso público: impossibilidade de participação de mulheres e isonomia

A imposição de discrímen de gênero para fins de participação em concurso público


somente é compatível com a Constituição nos excepcionais casos em que demonstradas
a fundamentação proporcional e a legalidade da imposição, sob pena de ofensa ao
princípio da isonomia.

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.21) Da cláusula de reserva de barreira

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.22) Ainda que o requisito da idade mínima de 18 anos conste em lei e no edital de
concurso público, é possível que o candidato menor de idade aprovado no concurso
tome posse no cargo de auxiliar de biblioteca no caso em que ele, possuindo 17 anos e
10 meses na data da sua posse, já havia sido emancipado voluntariamente por seus pais
há 4 meses

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.23) É indevida a indenização por danos materiais a candidato aprovado em concurso
público cuja nomeação tardia decorreu de decisão judicial.

Agentes Públicos
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9) JULGADOS RELEVANTES
9.24) O espólio não possui legitimidade passiva ad causam na ação de ressarcimento de
remuneração indevidamente paga após a morte de ex-servidor e recebida por seus
herdeiros

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.25) As informações obtidas por monitoramento de e-mail corporativo de servidor
público não configuram prova ilícita quando relacionadas com aspectos "não pessoais"
e de interesse da Administração Pública e da própria coletividade, especialmente quando
exista, nas disposições normativas acerca do seu uso, expressa menção da sua destinação
somente para assuntos e matérias afetas ao serviço, bem como advertência sobre
monitoramento e acesso ao conteúdo das comunicações dos usuários para cumprir
disposições legais ou instruir procedimento administrativo

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.26) Teoria do Fato Consumado e remoção de servidor

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.27) Instauração de PAD de servidor cedido

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.28) ADI 3855/DF

A instituição de subtetos remuneratórios com previsão de limites distintos para as


entidades políticas, bem como para os Poderes, no âmbito dos estados e do Distrito
Federal não ofende o princípio da isonomia.

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9) JULGADOS RELEVANTES
9.29) ADI 5584/MT

É inconstitucional a vinculação de reajuste de vencimentos de servidores públicos


estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.

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REsp 1.888.049-CE

O candidato aprovado em concurso público pode


assumir cargo que, segundo o edital, exige
título de Ensino Médio profissionalizante ou
completo com curso técnico em área
específica, caso não seja portador desse
título mas detenha diploma de nível superior
na mesma área profissional.
É inconstitucional norma estadual que, de maneira
genérica e abrangente, permite a convocação temporária
de profissionais da área da educação sem prévio
vínculo com a Administração Pública para suprir
vacância de cargo público efetivo. (ADPF 915/MG)

3º Setor
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A promoção por acesso de servidor a classe distinta na
carreira não representa ascensão a cargo diverso
daquele em que já estava efetivado, de modo que, para
fins de aposentadoria, o prazo mínimo de cinco anos no
cargo efetivo, exigido pelo artigo 40, § 1º, inciso
III, da Constituição Federal, na redação da Emenda
Constitucional 20/1998, e pelos artigos 6º da Emenda
Constitucional 41/2003 e 3º da Emenda Constitucional
47/2005, não recomeça a contar pela alteração de
classe. (RE 1322195/SP)

A promoção do servidor à classe posterior dentro do mesmo cargo não


caracteriza provimento originário, mas sim derivado. Logo, quando a
carreira for organizada em classes, o cálculo dos proventos deve ter por
base a remuneração percebida na mesma classe ocupada quando da
aposentadoria
3º Setor
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É ilegal o ato de não concessão de progressão
funcional de servidor público, quando atendidos todos
os requisitos legais, a despeito de superados os
limites orçamentários previstos na Lei de
Responsabilidade Fiscal, referentes a gastos com
pessoal de ente público, tendo em vista que a
progressão é direito subjetivo do servidor público,
decorrente de determinação legal, estando compreendida
na exceção prevista no inciso I do parágrafo único do
art. 22 da Lei Complementar n. 101/2000 (REsp
1.878.849-TO)

A própria Lei de Responsabilidade Fiscal, ao vedar, no art. 22,


parágrafo
3º Setor único, inciso I, a concessão de vantagem, aumento, reajuste ou
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adequação de remuneração a qualquer título, ressalva os direitos
É inconstitucional lei estadual que isenta servidores
públicos da taxa de inscrição em concursos públicos
promovidos pela Administração Pública local,
privilegiando, sem justificativa razoável para tanto,
um grupo mais favorecido social e economicamente (ADI
5818/CE)

3º Setor
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É inconstitucional ato normativo que, ao disciplinar a
licença maternidade no âmbito das Forças Armadas,
estabelece prazos distintos de afastamento com
fundamento na diferenciação entre a maternidade
biológica e a adotiva, bem como em função da idade da
criança adotada (ADI 6603/DF)

3º Setor
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É defeso o pagamento de remuneração em valor inferior
ao salário mínimo ao servidor público, ainda que
labore em jornada reduzida de trabalho. (RE 964659/RS)

É inconstitucional remunerar servidor público, mesmo


que exerça jornada de trabalho reduzida, em patamar
inferior a um salário mínimo

3º Setor
Bruno Betti Costa
É inconstitucional a vinculação de reajuste de
vencimentos de servidores públicos estaduais ou
municipais a índices federais de correção monetária
(ADI 5584/MT)

Enunciado 42 da Súmula Vinculante

3º Setor
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A concessão de pensão vitalícia à viúva, à companheira
e a dependentes de prefeito, vice-prefeito e vereador,
falecidos no exercício do mandato, não é compatível
com a Constituição Federal (CF).

Os cargos políticos do Poder Legislativo e do Poder


Executivo municipal têm caráter temporário e
transitório, motivo pelo qual não se justifica a
concessão de qualquer benefício a ex-ocupante do cargo
de forma permanente, sob pena de afronta aos
princípios da impessoalidade, da moralidade pública e
da responsabilidade com gastos públicos.

Ademais, desrespeita o princípio republicano e o


princípio da igualdade a outorga de tratamento
diferenciado a determinado indivíduo, sem que esteja
3º Setor
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Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
reclamação trabalhista ajuizada por servidor admitido
sem concurso público e sob o regime celetista antes da
CF/1988, mesmo que haja cumulação de pedidos referente
ao período trabalhado sob o regime de contratação
temporária. (CC 188.950-TO)

3º Setor
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A exigência dos requisitos previstos em edital para
nomeação em cargo público não pode ser afastada por
legislação posterior mais benéfica ao candidato.
(AgInt no RMS 61.658-RS)

A secretaria estadual lançou edital para a abertura de


concurso público destinado ao provimento de cargo que
tinha os seus requisitos disciplinados por lei
estadual, exigindo bacharelado superior, em qualquer
curso de nível devidamente complementado com
especialização em administração ou em gestão pública.

Contudo, sobreveio lei estadual que reestruturou a


carreira, modificando tanto a nomenclatura deste
cargo, quanto os seus requisitos mínimos, passando a
exigir meramente uma graduação em
3º Setor
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geral, suplementada
A Administração Pública, ao publicar o edital do
concurso, baseando-se na lei à época vigente, para
seleção de candidatos, anuncia a existência de vagas
disponíveis, expõe os requisitos que devem ser
cumpridos pelos candidatos - podendo estipular
critérios de diferenciação entre os participantes,
desde que previstos em lei, e cláusulas de barreira,
para classificação ou para eliminação de candidatos -,
criando expectativas a serem satisfeitas, em caso de
aprovação, e descrevem as regras e os procedimentos
que serão adotados durante o processo de seleção.

Assim, a entrada em vigor de nova legislação, em


momento posterior ao edital do certame e à homologação
do concurso, não pode ter aplicabilidade ao concurso
3º Setor
Bruno Betti Costa
Em face da observância do princípio da vinculação ao
edital do concurso e da isonomia entre os candidatos,
não há como considerar preenchido, no caso, no momento
da posse, o requisito da escolaridade - com o diploma
de tecnólogo, e não o de bacharel -, ao arrepio das
normas editalícias e legais vigentes na data do edital
do concurso, que, ademais, fora homologado antes da
vigência da lei estadual que reestruturou a carreira.

3º Setor
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A exigência de diploma de nível superior, promovida
por legislação estadual, para o cargo de perito
técnico de polícia - que anteriormente tinha o nível
médio como requisito de escolaridade - não viola o
princípio do concurso público (art. 37, II, da CF/88)
nem as normas constitucionais sobre competência
legislativa (art. 22, I e art. 24, XVI e § 4º, da
CF/88).

A reestruturação de cargos não configura ascensão


funcional, e portanto não viola o princípio do
concurso público, quando realizada de acordo com os
requisitos da uniformidade das atribuições, igualdade
dos requisitos de escolaridade para ingresso no cargo,
e identidade remuneratória entre o cargo extinto e o
cargo criado
3º Setor
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Viola o art. 40, caput e § 13, da Constituição Federal, a
instituição, por meio de lei estadual, de um regime
previdenciário específico para os agentes públicos não
titulares de cargos efetivos.

É competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito


legislar sobre previdência social, nos termos do art. 24, XII,
CF. Aos Estados e ao Distrito Federal compete legislar sobre
previdência social dos seus respectivos servidores, no âmbito
de suas respectivas competências e especificamente para os
servidores titulares de cargo efetivo, sempre em observância às
normas gerais editadas pela União.

O regime próprio de previdência social aplica-se aos servidores


titulares de cargos efetivos (art. 40, caput, CF/88).

Aos agentes públicos não titulares de cargos efetivos, por sua


vez, aplica-se o regime geral de previdência social (art. 40,
§13, CF/88).
3º Setor
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A suspensão dos direitos políticos prevista no artigo
15 inciso III da Constituição Federal - condenação
criminal transitada em julgado enquanto durarem seus
efeitos - não impede a nomeação e posse de candidato
aprovado em concurso público, desde que não
incompatível com a infração penal praticada, em
respeito aos princípios da dignidade da pessoa humana
e do valor social do trabalho (Constituição Federal,
artigo 1°, incisos III e IV) e do dever do Estado em
proporcionar as condições necessárias para harmônica
integração social do condenado, objetivo principal da
execução penal, nos termos do artigo 1° da Lei de
Execuções Penais (Lei 7.210/84).

O início
3º Setor
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do efetivo exercício do cargo ficará
10) DIREITOS TRABALHISTAS DOS SERVIDORES
PÚBLICOS
1. salário mínimo

2. garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração


variável;

3. décimo terceiro salário

4. remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

5. salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos


termos da lei;
Agentes Públicos
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10) DIREITOS TRABALHISTAS DOS SERVIDORES
PÚBLICOS
6. duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

7. repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

8. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqUenta por


cento à do normal;

9. gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
Agentes Públicos
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10) DIREITOS TRABALHISTAS DOS SERVIDORES
PÚBLICOS
10. licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias;
11. licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
12. proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
13. redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
14. proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Agentes Públicos
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Processo Administrativo Disciplinar

Agentes Públicos
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Independência das instâncias

Agentes Públicos
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Princípio da verdade Sabida

Agentes Públicos
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Retroatividade da Lei mais benéfica

Agentes Públicos
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Sindicância

Agentes Públicos
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A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar
não ofende a Constituição (Súmula Vinculante n. 5 do STF).

Instaurado o competente processo administrativo disciplinar, fica superado o


exame de eventuais irregularidades ocorridas durante a sindicância.

Agentes Públicos
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Súmula 665 STJ - O controle jurisdicional do processo administrativo
disciplinar restringe-se ao exame da regularidade do procedimento e da
legalidade do ato, à luz dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do
devido processo legal, não sendo possível incursão no mérito administrativo,
ressalvadas as hipóteses de flagrante ilegalidade, teratologia ou manifesta
desproporcionalidade da sanção aplicada.

Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
Súmula 651 STJ - Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor
público a pena de demissão em razão da prática de improbidade administrativa,
independentemente de prévia condenação, por autoridade judiciária, à perda da
função pública.

Súmula 650 STJ - A autoridade administrativa não dispõe de discricionariedade


para aplicar ao servidor pena diversa de demissão quando caraterizadas as
hipóteses previstas no art. 132 da Lei n. 8.112/1990.

Súmula 641-STJ: A portaria de instauração do processo administrativo


disciplinar prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados.
Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
Súmula 611 - Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação
ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar
com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto
à Administração.

Súmula 592, STJ - O excesso de prazo para conclusão do processo


administrativo disciplinar não conduz à sua nulidade automática, devendo, para
tanto, ser demonstrado o prejuízo para a defesa.

Súmula 591 - É permitida a "prova emprestada" no processo administrativo


disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e
respeitados o contraditório e a ampla defesa.
Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
Não há nulidade do PAD pela suposta inobservância do direito à não
autoincriminação, quando a testemunha, até então não envolvida, noticia
elementos que trazem para si responsabilidade pelos episódios em investigação

Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
É possível haver discrepância entre a penalidade sugerida pela comissão
disciplinar e a aplicada pela autoridade julgadora desde que a conclusão lançada
no relatório final não guarde sintonia com as provas dos autos e a sanção
imposta esteja devidamente motivada.

Quando o fato objeto da ação punitiva da administração também constituir


crime e enquanto não houver sentença penal condenatória transitada em
julgado, a prescrição do poder disciplinar reger-se-á pelo prazo previsto na lei
penal para pena cominada em abstrato.

No PAD, a alteração da capitulação legal imputada ao acusado não enseja


nulidade, uma vez que o indiciado se defende dos fatos nele descritos e não dos
enquadramentos legais.
Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
A falta de intimação de advogado constituído para a oitiva de testemunhas não
gera nulidade se intimado o servidor investigado.

A simples ausência de servidor acusado ou de seu procurador não macula a


colheita de depoimento de testemunha no PAD, desde que pelo menos um deles
tenha sido intimado sobre a realização da audiência.

Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
Em processo administrativo disciplinar, a falta de intimação do servidor
público após a apresentação do relatório final pela comissão processante não
configura ofensa às garantias do contraditório e da ampla defesa por ausência
de previsão legal.

O indeferimento de produção de provas pela comissão processante, não causa


nulidade do Processo Administrativo Disciplinar - PAD, desde que motivado
nos termos do art. 156, §§ 1º e 2º, da Lei n. 8.112/1990.

É possível o aproveitamento de prova produzida em processo administrativo


disciplinar declarado nulo para a instrução de novo PAD, desde que seja
assegurado o contraditório e a ampla defesa, e que o vício que ensejou referida
nulidade não recaia sobre a prova que se pretende aproveitar.
Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
A preexistência de doença mental ao tempo do cometimento dos fatos apurados
no processo administrativo disciplinar impede a aplicação da pena disciplinar se
constatada, por qualquer meio, a absoluta inimputabilidade do agente.

O fato de o servidor ter prestado anos de serviços ao ente público, e de possuir


bons antecedentes funcionais, não é suficiente para amenizar a pena a ele
imposta se praticadas infrações graves a que a lei, expressamente, prevê a
aplicação de demissão.

Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
O mandado de segurança não é a via adequada para o exame da suficiência do
conjunto fático-probatório constante do Processo Administrativo Disciplinar -
PAD.

Na via do mandado de segurança, é possível valorar a congruência entre a


conduta apurada e a capitulação da pena de demissão aplicada no processo
administrativo disciplinar.

A ausência de termo de compromisso de membro de comissão processante não


implica nulidade do PAD, uma vez que tal designação decorre de lei e recai,
necessariamente, sobre servidor público, cujos atos funcionais gozam de
presunção de legitimidade e de veracidade.
Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo
processo em que se fundou a primeira. (Súmula 19/STF)

Na esfera administrativa, o proveito econômico auferido pelo servidor é


irrelevante para a aplicação da penalidade no processo disciplinar, pois o ato de
demissão é vinculado (art. 117, c/c art. 132 da Lei 8112/1990), razão pela qual
é despiciendo falar em razoabilidade ou proporcionalidade da pena.

A demonstração do ânimo específico de abandonar o cargo público que ocupa


(animus abandonandi) é necessária para tipificar conduta de servidor como
prática de infração administrativa de abandono de cargo.

Agentes Públicos
Bruno Betti Costa
É possível o imediato cumprimento da penalidade aplicada na conclusão de
processo administrativo disciplinar, uma vez que os recursos administrativos e
os pedidos de reconsideração, em regra, não possuem efeito suspensivo
automático.

Reconhecida a nulidade de PAD pela existência de vício insanável, antes do seu


julgamento, não há que se falar em reformatio in pejus quando a segunda
comissão processante opina por penalidade mais gravosa.

Agentes Públicos
Bruno Betti Costa

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