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• Pedido de comunicações processuais em nome de advogado específico – art. 272, § 5º, CPC
• Pedido de gratuidade da justiça – art. 98, CPC
• Inversão do ônus da prova – art. 6º, inc. VIII, CDC
• Danos morais – art. 5º, incs. V e X, CF/88 c/c arts. 186 e 927, CC c/c arts. 6º, inc. VI, e 14, CDC
1. PRELIMINARMENTE
2. DOS FATOS
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pela qual precisava pedi-la aos vizinhos e, na ausência destes,
aparar a água da chuva!
3. DO DIREITO
(…)
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VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, seguindo as regras
ordinárias de expectativas.
b. Do Dano Moral
Art. 5º
(…)
(…)
(…)
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Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
(…)
(…)
E prossegue:
“o direito não repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que
forem decorrentes da privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima
teria interesse reconhecido juridicamente”
É a jurisprudência do E. TJ/CE:
1 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil – Responsabilidade Civil. 18. ed. 7º v., c.
3.1, p. 92.
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A empresa, ainda, não trouxe aos autos qualquer documento que indicasse
que houve comunicação prévia ao desligamento do fornecimento de água da
residência do apelado, fato esse que gera dissabor para o consumidor. 4.
Dessa forma, caberia à apelante demonstrar o contrário, ou seja, comprovar
fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito do apelado, de acordo
com o inciso II do artigo 373 do CPC, ônus do qual não se desincumbiu. 13.
Como a água é bem essencial à sobrevivência digna, se o serviço foi
interrompido indevidamente, privou-se o consumidor de bem
indispensável, o que dá causa à indenização por danos morais, que
se caracterizam, nesse caso, na modalidade in re ipsa. 5. Resta avaliar
o quantum a ser estipulado em face do dano moral causado. O valor do
arbitramento pelo dano sofrido deve pautar-se pelos parâmetros da
razoabilidade e da proporcionalidade, sob pena de se deferir enriquecimento
indevido a uma das partes ou arbitrar valor que não repare o dano sofrido.
6. Considerando as peculiaridades da demanda em tela, quais sejam, o corte
no fornecimento de água na residência do apelado, em razão de uma fatura
já paga e sem aviso prévio, a falta de assistência e de soluções por parte da
apelante, quando procurada para resolver o problema administrativamente e
o seu grau de culpa, entende-se que a verba indenizatória fixada pelo juízo
primevo de R$ 10.000,00 (dez mil reais) é além do suficiente para reparar o
dano sofrido pelo apelado, podendo causar-lhe enriquecimento indevido,
uma vez que a fatura em questão tem o valor apenas de R$ 21,85 (vinte e
um reais e oitenta e cinco centavos) e já houve o religamento do serviço,
razão pela qual entende-se pela redução do quantum indenizatório para R$
2.000,00 (dois mil reais). 7. Recurso conhecido e parcialmente provido.
ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de apelação
cível nº 0159072-51.2018.8.06.0001, em que figuram as partes acima
indicadas, acordam os Desembargadores integrantes da 2ª Câmara de
Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, por unanimidade,
em conhecer do recurso, para dar-lhe parcial provimento, em conformidade
com o voto do eminente relator. Fortaleza, 4 de setembro de 2019
FRANCISCO DARIVAL BESERRA PRIMO Presidente do Órgão Julgador
DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE Relator” (Relator(a):
CARLOS ALBERTO MENDES FORTE; Comarca: Fortaleza; Órgão julgador: 31ª
Vara Cível; Data do julgamento: 04/09/2019; Data de registro: 04/09/2019)
(grifou-se)
Desta forma, pugna pela reparação dos danos morais, pelo que se
sugere o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
4. DO PEDIDO
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a. A designação de audiência de instrução, para a produção de prova
oral, nos moldes do art. 361, do CPC;
b. Que todas as comunicações processuais sejam feitas em nome de
João Aurélio Ponte de Paula Pessoa, inscrito na OAB/CE sob nº
15.196-B, sob pena de nulidade, consoante disposto no art. 272, §
5º, do CPC;
c. A concessão da gratuidade da justiça, nos termos dos arts. 98 e ss.,
do CPC;
d. A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inc. VIII, do
CDC;
e. A citação da parte ré para, tempestivamente, apresentar a resposta
que tiver, sob as penas da lei;
f. No mérito, requer seja a presente ação julgada totalmente
procedente, para o fim de condenar a parte ré ao pagamento do
valor arbitrado, a título de danos morais, por este D. Juízo, pelo qual
se sugere o importe de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
João Aurélio Ponte de Paula Pessoa Francisco Figueiredo de Paula Pessoa Neto