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Diogo Araujo – Med 92

Larva Migrans Visceral

Parasito

Reino: Animalia

Filo: Nemathelminthes

Classe: Nematoda

Família: Ascarididae

Gênero: Toxocara

Espécies: Toxocara canis e Toxocara catti

- T. canis e T. catti causam a larva migrans visceral, sendo o primeiro o agente causador mais
freqüente.

- Pertencem à mesma família que o A. lumbricoides.

- Também são geo-helmintos.

- No cão, a presença de larvas no intestino é denominada toxocaríase.

- Hospedeiro definitivo: cães e gatos. Apresentam as formas adultas intestinais.

- Hospedeiro intermediário (acidental): homem.

- Essas larvas, no ser humano, não conseguem atingir o estágio adulto e são condenadas a
migrarem pelas vísceras do hospedeiro até morrerem.

- Atingem órgãos como fígado, rins, pulmões, coração, medula óssea, músculos estriados e
olhos. Lá, ficam migrando e, quando são destruídas, formam granulomas alérgicos.

- Algumas larvas podem se encistar, ficando vivas por vários anos.

- Vermes adultos: são grandes, cilíndricos. Há dimorfismo sexual. Os machos apresentam


extremidade posterior recurvada ventralmente e são menores que as fêmeas. Ambos possuem
aletas cervicais (asa cefálica) e boca com 3 lábios. Há uma membrana que recobre e protege a
larva.
Diogo Araujo – Med 92

Vermes adultos

Larvas

Ciclo de vida
Diogo Araujo – Med 92

- Se o cão ingere os ovos, o ciclo é monoxênico. Se ele ingere um animal contendo as larvas
migrans, é heteroxênico.

- As cachorrinhas com formas adultas do verme podem passar o parasita para os filhotes por
via transplacentária ou pela amamentação. Nos cães, pode haver obstrução intestinal. Os ovos
são eliminados nas fezes e embrionados no solo (até ficarem com a larva L3).

- Homens, galinhas, roedores, anelídeos, todos podem ingerir o ovo larvado e desenvolver
larvas migrans viscerais.

- No homem, o ovo ingerido libera a L3, que perfura a parede intestinal, cai na corrente
sanguínea e se instala em uma víscera. Está condenada a morrer.

Transmissão

- Ingestão de alimentos ou água contendo ovos embrionados (L3);

- Ingestão de carne ou vísceras de animais com as larvas migrans.

Evolução
Diogo Araujo – Med 92

- A infecção é auto-limitante, já que as larvas não sobrevivem por mais que 18 meses (se não
estiverem encistadas).

- A maioria dos casos é assintomática.

- As manifestações clínicas variam de acordo com o local em que se encontra a larva.

- São mais comuns as larvas migrans oculares, pulmonares, hepáticas e do sistema nervoso
central.

Diagnóstico

- Diagnóstico clínico é muito difícil. Somente as biópsias são seguras para diagnóstico.

- O diagnóstico imunológico é mais viável, mas pode haver reação cruzada com A.
lumbricoides. Pode ser utilizado o soro, o líquor ou o humor aquoso.

Tratamento

- Como a infecção é auto-limitante, o tratamento medicamentoso pode não ser necessário.

- Medicamentoso, com albendazol ou ivermectina.

- Larva migrans ocular é tratada com corticóide. Anti-helmínticos apresentam baixa


penetração no globo ocular.

Profilaxia

- Tratamento dos cães contra a parasitose.


Diogo Araujo – Med 92

- Evitar que cães e gatos defequem em areias, parques públicos, praças.

- Redução da população de cães e gatos vadios.

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