Você está na página 1de 20

SUMÁRIO

SUMÁRIO 2
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 3
DO ALCANCE DO CTB 4
DO CONCEITO DE TRÂNSITO 6
DA CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS 7
DO DEVER DOS ÓRGÃOS COMPONENTES DO SNT 8
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à
circulação, rege-se por este Código.

§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,


isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga.

§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e


entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no
âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar
esse direito.

§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito


respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos
causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e
manutençãode programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito
do trânsito seguro.

§ 4º (VETADO)

§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito


darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do
meio- ambiente.

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos,
as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias
abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por
unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso
coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos
proprietários, condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente
mencionadas.

Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efeitos deste Código são os


constantes do Anexo I.
COMENTÁRIOS

1. Do Alcance do CTB

1.1. Do alcance na seara administrativa

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do


território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas,os


logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias,
que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com
circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as
circunstâncias especiais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas
vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas
pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas
e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de
uso coletivo.(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
(Vigência).

Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessionária


de porto organizado poderá celebrar convênios com os órgãos
previstos no art. 7o, com a interveniência dos Municípios e Estados,
juridicamente interessados, para o fim específico de facilitar a
autuação por descumprimento da legislação de trânsito. (Incluído
pela Lei nº 12.058, de 2009).

§ 1o O convênio valerá para toda a área física do porto


organizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados, nas
estações de transbordo, nas instalações portuárias públicas de
pequeno porte e nos respectivos estacionamentos ou vias detrânsito
internas. (Incluído pelaLei nº 12.058, de 2009).

Fica claro que na seara administrativa (infrações de trânsito) o agente da autoridade de trânsito
competente só atuará nas vias abertas à circulação pública, que são previstas ao longo do artigo
2º, “caput” e em seu parágrafo único, além do artigo 7-A, o qual elenca as áreas portuárias,
lembrando que estas só serão consideradas vias abertas a circulação mediante um convênio, não
sendo, portanto, de forma inata vias abertas a circulação pública. Já na seara penal (crimes de
trânsito) seguiremos com a teoria do princípio da territorialidade previsto no artigo 5° do CP, e
ainda com fulcro no artigo 291 do CTB, que versa, que tanto na via pública, bem como na via
privada aplicaremos os crimes de trânsito em espécie. A exceção se encontra quando o legislador
trouxer de forma expressa o local do crime, como, por exemplo, os artigo 308, 309 e 311, esses
crimes só serão abarcados nas vias determinadas de forma expressa na letra da lei. Assunto esse
que desdobraremos de forma mais intensa no capítulo de crimes de trânsito (capítulo XIX desta
obra).
Aplicações em concurso

(DETRAN/DF – Auxiliar 2009 – CESPE modificada)


O CTB é aplicado aos transportes marítimo e aéreo.

RESOLUÇÃO:

ERRADO. O CTB não se aplica aos transportes marítimo e aéreo como afirma aquestão, apenas em vias
terrestres. De acordo com o Art. 1º:
Art. 1º. O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional,abertas à
circulação, rege-se por este Código.

(AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE/ OLINDA-PE-2006)


Segundo o Código Brasileiro de Trânsito, assinale a alternativa que melhor expressa o conceito de vias
terrestres.
A. São vias terrestres urbanas os logradouros, as ruas, as avenidas, as estradas e as rodovias, e vias
terrestres rurais são os caminhos e as passagens, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
B. São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, as estradas e as rodovias,
que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as
peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
C. São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens,
as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre
elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
D. São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens,
as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre
elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais, salvo as vias internas pertencentes
aos condomínios constituídos por unidades autônomas.
E. São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens,
as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre
elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais, salvo as praias abertas à circulação
pública.

RESOLUÇÃO
A – ERRADO. Estradas e rodovias são vias rurais.
B – CORRETO. Alternativa menos completa.
C – CORRETO. Alternativa mais completa!
D – ERRADO. Vias internas dos condomínios são considerados vias abertas à circulação pública.
E - ERRADO. As praias abertas à circulação pública também são vias terrestres.
2. Do conceito de Trânsito
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais,
isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga.

Por trânsito entende-se a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou grupos,
acompanhados ou não. Vale instar que o animal solto na via, está em trânsito, apesar de ser
considerado um trânsito irregular, pois como veremos a frente no artigo 53, os animais deverão
estar sempre acompanhados de um guia, pelo bordo da via e em rebanhos de tamanho moderado
com o objetivo que haja intercalamento de veículos entre os rebanhos. O que eu particularmente
acho que em pleno século XXI é um absurdo ainda termos animais circulando em rodovias, por
exemplo, entretanto como estamos em um país continental e cheio de particularidades não tem
como mensurar essa previsão principalmente em regiões onde os gados de corte são
caracteristicas econômicas.

Por estacionamento entende-se a imobilização pelo tempo superior ao ato do embarque e


desembarque de passageiros. Já parada é a imobilização pelo tempo estritamente necessário
parao ato do embarque edesembarque de passageiros.
A operação de carga e descarga sempre será considerada como estacionamento.

O Código de Trânsito Brasileiro define trânsito como:


A) A utilização das vias por pessoas, veículos e animais, para circulação, parada, estacionamento e
operação de carga e descarga.
B) A utilização das vias somente por veículos e animais, para circulação, parada, estacionamento e
operação de carga e descarga.
C) A utilização das vias somente por veículos, para circulação, parada, estacionamento e operação
de carga e descarga.
D) A utilização das vias por veículos, somente para circulação, parada e estacionamento.
E) A utilização das vias para circulação somente por pessoas e veículos.

RESOLUÇÃO

A – CORRETO. Art. 1º, § 1 do CTB.


B – ERRADO. “Somente por veículos e animais”, falta: pessoas.
C – ERRADO. “Somente por veículos”, faltam: animais e pessoas.
D – ERRADO. “Somente por veículos”, faltam: animais, pessoas, operação de carga/descarga.
E – ERRADO. “Circulação somente por pessoas e veículos”, faltam: animais, parada, estacionamento,
operação de carga/descarga.
3. DA CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS

Art. 96. Os veículos classificam-se em:

I - quanto à tração:
a) automotor;
b) elétrico;  Revogado pela lei 14599/23
c) de propulsão humana;
d) de tração animal;
e) reboque ou semirreboque;

II - quanto àespécie:

a) de passageiros:

1 - bicicleta;
2 - ciclomotor;
3 - motoneta;
4 - motocicleta;
5 - triciclo;
6 - quadriciclo;
7 - automóvel;
8 - microônibus;
9 - ônibus;
10 - bonde;
11 - reboque ou semirreboque;
12 - charrete;

b) de carga:

1 - motoneta;
2 - motocicleta;
3 - triciclo;
4 - quadriciclo;
5 - caminhonete;
6 - caminhão;
7 - reboque ou semirreboque;
8 - carroça;
9 - carro-de-mão;
c) misto:

1 - camioneta;
2 - utilitário;
3 - outros;
d) de competição;
e) de tração:
1 - caminhão-trator;
2 - trator de rodas;
3 - trator de esteiras;
4 -trator misto;
f) especial: (Redação dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
1. motocicleta; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
2. triciclo; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
3. automóvel; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
4. micro-ônibus; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
5. ônibus; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
6. reboque ou semirreboque; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
7. camioneta; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
8. caminhão; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
9. caminhão-trator; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
10. caminhonete; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
11. utilitário; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)
12. motor-casa; (Incluído pela Lei nº 14.599, de 2023)

g) de coleção;

III - quanto à categoria:

a) oficial;
b) de representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou
organismos internacionais acreditados junto ao Governo brasileiro;
c) particular;
d) de aluguel;
e) de aprendizagem.

Assunto que será desenvolvido com mais especificidade no que tange a classificação dos veículos e suas
características no capítulo específico, ou seja, no capítulo IX. Mas já chamo a atenção para as alterações
constantes na lei 14599/23, principalmente no que tange a classificação quanto a tração, atualmente, a
nova lei revoga a subclassificação quanto ao termo “Elétrico”, sendo estes veículos absorvidos pelo termo
automotor, vejamos abaixo a definição de Veículo Automotor.
VEÍCULO AUTOMOTOR - veículo a motor de propulsão a combustão, elétrica ou híbrida que circula
por seus próprios meios e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas ou para a
tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas, compreendidos na definição os
veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico). (Redação
dada pela Lei nº 14.599, de 2023)
4. Do Dever, Prioridade e Responsabilidade dos Órgãos e Entidades componentes do
Sistema Nacional de Trânsito
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e
dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional
de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas
competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse
direito.

§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema


Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas
competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos
em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção
de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do
direito do trânsito seguro.
§ 4º (VETADO)

§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao


Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à
defesa da vida,nela incluída a preservação da saúde e do meio-
ambiente.
Percebemos que o legislador deixa claro que o DEVER pelo trânsito seguro é de obrigação
dosórgãos e entidades componentes do SNT, enquanto o DIREITO são de todos. Aqui vale
uma observação muito importante o CESPE já inverteu os termos para fazer uma pegadinha
com o candidato, logo, muito cuidado e atenção na hora de sua prova.

O § 3° por sua vez alude a responsabilidade objetiva adotada pelo legislador aos órgãos e
entidades que compõem o SNT, ou seja, àquela que não depende de culpa e dolo, bastando
havernexo causal (relação de causa e efeito).

Ressalta-se que, assim como a Constituição Federal cuidou de mencionar as pessoas


jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos, o CTB
envolveu, na questão da responsabilidade objetiva, tanto os órgãos, quanto as entidades
componentes do Sistema Nacional de Trânsito, o que equivale dizer que a regra se aplica
tanto à Administração pública direta quanto indireta.

Na atividade dos órgãos e entidades de trânsito, entendemos que o legislador preocupou-


se em mencionar, expressamente, a omissão e o erro na execução e manutenção de
programas, projetos e serviços, justamente pelo dever legal que possui o Sistema Nacional de
Trânsito, no sentido de garantir o direitoao trânsito seguro.
A fim de ilustrar e exemplificar trago uma questão que já foi alvo de questionamento de sua
banca. Na questão era afirmado que existia um cruzamento entre vias que devido a omissão
doórgão com circunscrição sobre ela a placa de preferência de uma via sobre a outra estava
encoberta e por este motivo houve uma colisão entre veículos que por ali circulavam, neste
situação o examinador perguntava se o órgão em questão responderia objetivamente pelos
danos causados (obviamente excluindo totalmente a culpa subjetiva dos condutores), uma
vez que houve a omissão na manutenção da vegetação da via a resposta é correta e está
comentadana questão de número 2 logo abaixo.

Outro ponto que elencamos no título desse capítulo é quanto a prioridade dos órgãos e
entidades do SNT, o § 5° deixa bem claro que os órgãos e entidades priorizam a defesa a vida
incluindonela a preservaçãoda saúde e meio ambiente.

(UNB/ CESPE-PRF-CF-T1-P1 - Assunto: Disposições Preliminares)


Em duas vias que, em determinado ponto, formam um cruzamento, a sinalização encontrava-se
totalmente encoberta por vegetação densa e alta às suas margens. Por isso, dois condutores tiveram
seus veículos envolvidos em acidente de trânsito no referido cruzamento, do qual restou comprovada,
por um lado, a inexistência de culpa subjetiva dos condutores e, por outro lado, a impossibilidade de
esses visualizarem a sinalização de preferencial de uma via sobre a outra. Nessa situação, a
administração pública, em decorrência de preceito constitucional que adotou a responsabilidade
objetiva do Estado, responderá pela obrigação de restituir os eventuais danos sofridos pelos
condutores.

RESOLUÇÃO
CORRETO. Nessa situação, a administração pública responderá pela obrigação de restituir os eventuais danos
sofridos pelos condutores, pois os órgãos e entidades que compõem o SNT possuem responsabilidade objetiva.

Art. 1º. § 3 – Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das
respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou
erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do
trânsito seguro

(CESPE/UNB – PMDF – Assunto: Disposições Preliminares)


A PMDF, em ação relativa ao trânsito, cuidará prioritariamente da proteção do patrimônio das pessoas,
principalmente se veículo oficial estiver envolvido.

RESOLUÇÃO
ERRADO. Os órgãos e entidades do SNT darão prioridade à defesa da vida, saúde e meio ambiente como é
disposto no Art. 1º, § 5:

Art. 1º. § 5 – Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade
em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio ambiente.
Do Sistema Nacional de Trânsito

1. A responsabilidade dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito


por danos causados, no âmbito das respectivas competências, aos cidadãos em virtude de
ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços é
objetiva

Correta. Questão bem fácil que busca do candidato apenas o entendimento acerca da responsabilidade objetiva
prevista no artigo 1°, . § 3 – Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no
âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão
ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito
seguro.

A respeito de educação, trânsito e comportamento, bem como dos diversos aspectos


relacionados à legislação de trânsito vigente, julgue os itens a seguir.

2. (Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2016 - PRF -
Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 2ª Prova) O conceito de trânsito
estabelecido pelo CTB não engloba a utilização das vias por animais não conduzidos.

Errado. Questão bem fácil, inclusive, bastante comentada. Os animais mesmo que em trânsito irregular são enlobados
pelo conceito de trânsito.

3. (UNB/ CESPE-PRF-CF-T1-P1 – Assunto: Disposições Preliminares) Considere a seguinte


situação.

Um posto de combustíveis margeia uma rodovia federal em trecho desprovido de sinalização


relativa a limite de velocidade e sua área privativa alcança a extensão de 950 m. A partir de
determinado dia, o gerente do estabelecimento determinou aos seus empregados a
implantação de decisão emanada dos proprietários do posto, no sentido de proibir, nos
limites privativos do pátio do posto, a circulação de veículos automotores em velocidade
superior a 10 km/h. Inconformado, um consumidor apresentou queixa contra tal medida à
Polícia Rodoviária Federal. Nessa situação, a despeito da velocidade mínima legalmente
prevista no CTB, não compete à Polícia Rodoviária Federal a tomada de nenhuma medida,
porquanto a área em apreço não é considerada via pública, embora margeie uma rodovia
federal.

Correta, Com fulcro no artigo 2° do CTB, seu parágrafo único e artigo 7°-A, percebemos que realmente a área aqui na questão
não se trata de uma via aberta a circulação pública, logo, não caberá a PRF a tomada de nenhuma decisão.

Vejamos quais são as áreas consideradas vias abertas a circulação pública, conforme previsão dos artigos acima citados:
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os
caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades
locais e as circunstâncias especiais.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as
praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios
constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de
estabelecimentos privados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)

Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessionária de porto organizado


poderá celebrar convênios com os órgãos previstos no art. 7o, com a interveniência
dos Municípios e Estados, juridicamente interessados, para o fim específico de
facilitar a autuação por descumprimento da legislação de trânsito. (Incluído pela
Lei nº 12.058, de 2009)
§ 1o O convênio valerá para toda a área física do porto organizado, inclusive, nas
áreas dos terminais alfandegados, nas estações de transbordo, nas instalações
portuárias públicas de pequeno porte e nos respectivos estacionamentos ou vias de
trânsito internas. (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009).

Peço que observem com atenção o artigo 7°-A, uma vez que para ser considerado uma via aberta a circulação pública é
necessário ser efetuado um convênio com os órgãos municipais ou estaduais.

Outra observação que se faz necessária é em relação ao advento da lei 13146/15 que equipara as vias e áreas de
estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo como vias abertas a circulação pública.

4. (UNB/ CESPE-PRF-CF-T1-P1 - Assunto: Disposições Preliminares) Considere a seguinte


situação hipotética.

Em duas vias que, em determinado ponto, formam um cruzamento, a sinalização


encontrava-se totalmente encoberta por vegetação densa e alta às suas margens. Por isso,
dois condutores tiveram seus veículos envolvidos em acidente de trânsito no referido
cruzamento, do qual restou comprovada, por um lado, a inexistência de culpa subjetiva dos
condutores e, por outro lado, a impossibilidade de esses visualizarem a sinalização de
preferencial de uma via sobre a outra. Nessa situação, a administração pública, em
decorrência de preceito constitucional que adotou a responsabilidade objetiva do Estado,
responderá pela obrigação de restituir os eventuais danos sofridos pelos condutores.

Correta, realmente com fulcro no artigo 1°, § 3°, do CTB há a previsão expressa da responsabilidade objetiva por parte dos
órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, vejamos:

“§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das


respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação,
omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício
do direito do trânsito seguro.”
Percebam que conforme grifado acima o legislador envolveu, na questão da responsabilidade objetiva, tanto os órgãos,
quanto as entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, o que equivale dizer que a regra se aplica tanto à
Administração pública direta quanto indireta.

Só a fim de finalizar os comentários percebam que o examinador exclui a culpa subjetiva dos condutores, deixando claro,
somente a responsabilidade objetiva por parte dos órgãos ou entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, no
caso acima por omissão na manutenção da via.

(SARGENTO-PM-DF/2003 – Assunto: Disposições Preliminares) Segundo o Código de Trânsito


Brasileiro (CTB)

5. O tráfego de veículos em uma via interna de um condomínio constituído por unidades


autônomas é regulamentado pelas normas regimentais do próprio condomínio, por tratar-
se de propriedade privada.

Errada, pois as vias internas de um condomínio constituído por unidade autônoma é regulamentado pelo próprio CTB e não
pelas normas regimentais do próprio condomínio, conforme previsão expressa do artigo 51, CTB. Sabendo-se que a
implantação e a manutenção da sinalização será as expensas dos condôminos.

Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por unidades autônomas, a
sinalização de regulamentação da via será implantada e mantida às expensas do condomínio,
após aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.

6. Os prejuízos causados a um veículo automotor em razão da existência de grande


quantidade de buracos em uma rodovia federal resultantes da falta de manutenção são
responsabilidade de órgão(s) ou entidade(s) componente(s) do Sistema Nacional de
Trânsito (SNT).

Correta, novamente temos uma questão envolvendo responsabilidade objetiva dos órgãos ou entidades que compõem o
sistema nacional de trânsito. No caso acima temos novamente a responsabilidade por omissão do órgão responsável pela
manutenção da via.

7. A PMDF, em ação relativa ao trânsito, cuidará prioritariamente da proteção do


patrimônio das pessoas, principalmente se veículo oficial estiver envolvido.

Errada, pois os órgãos ou entidades que compõem o Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em defesa à vida, incluindo
nela a preservação da saúde e meio ambiente, conforme previsão do artigo 1°, § 5°.

§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão


prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-
ambiente.
8. (AGENTE DE FISCALIZAÇÃO/BH-2003) Nos termos do Código de Trânsito Brasileiro, incluem-
se entre as vias terrestres, EXCETO:
a) Ruas, avenidas.
b) Rodovias.
c) Logradouros, caminhos.
d) Praias não abertas à circulação pública.

Gabarito letra D, pois só serão consideradas vias terrestres abertas a circulação pública as praias abertas a circulação.

9. (AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE/ OLINDA-PE-2006) Segundo o Código Brasileiro de


Trânsito, assinale a alternativa que melhor expressa o conceito de vias terrestres.

A) São vias terrestres urbanas os logradouros, as ruas, as avenidas, as estradas e as rodovias, e


vias terrestres rurais são os caminhos e as passagens, que terão seu uso regulamentado pelo
órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as
circunstâncias especiais.
B) São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, as estradas e as
rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre
elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
C) São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as
passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais.
D) São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as
passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais, salvo as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
autônomas.
E) São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as
passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais, salvo as praias abertas à circulação pública.

Gabarito letra C, vejamos a análise item a item:


Letra “A” – O erro se encontra quando o examinador inclui as estradas e rodovias como vias urbanas, sendo que essas são
consideradas vias rurais.
Letra “B”- Percebam que esse item não está errado, apenas incompleto, uma vez que temos na alternativa “C” a abrangência
também dos caminhos e passagens. Portanto, numa questão deste tipo temos que ter muito cuidado para não nos afobarmos e
perdermos uma questão fácil por falta de atenção e cautela.
Letra “C” – Correta, essa alternativa realmente abrange as vias urbanas e rurais previstas no “caput” do artigo 2°, CTB.
Letra “D” – Errada, pois o examinador aqui exclui as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
autônomas como vias terrestres abertas a circulação pública.
Letra “E” – Errada, pois o examinador aqui exclui as praias abertas a circulação como vias terrestres abertas a circulação.
10. (MOTORISTA-TCE/ PARANÁ-2006) O Código de Trânsito Brasileiro define trânsito como:
a) a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, para circulação, parada,
estacionamento e operação de carga e descarga.
b) a utilização das vias somente por veículos e animais, para circulação, parada,
estacionamento e operação de carga e descarga.
c) a utilização das vias somente por veículos, para circulação, parada, estacionamento e
operação de carga e descarga.
d) a utilização das vias por veículos, somente para circulação, parada e estacionamento.
e) a utilização das vias para circulação somente por pessoas e veículos.

Gabarito letra “A”. Questão literal que pede do aluno apenas o conhecimento acerca do conceito de trânsito previsto no § 1°,
artigo 1°, do CTB. Aqui o candidato deve estar atento a marcar a alternativa mais completa.

11. (Ano: 2023 Banca: UniRV - GO Órgão: Prefeitura de Rio Verde - GO Prova: UniRV - GO - 2023
- Prefeitura de Rio Verde - GO - Motorista da Saúde ) Imobilização de veículos por tempo
superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros. Esta afirmação
descrita no anexo I do Código de Trânsito Brasileiro refere-se a: Marque alternativa correta.
a) circulação.
b) parada.
c) estacionamento.
d) carga e descarga.
Gabarito letra C. Questão bem tranquila que envolve apenas o conceito relativo a parada, estacionamento, circulação e
operação de carga e descarga. Só para ratificar o conteúdo no seu coração lembre-se que mesmo a imobilização em que o
passageiro desembarca, desce e pega a mala ainda assim é considerada estacionamento. O conceito de parada é apenas para
o ato e estritamente para o embarque e desembarque de passageiros.

12. (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF -
Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 1ª Prova) Quanto às definições
adotadas pela Lei n.º 9.503/1997, pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), pelo Manual M-
015 e referências correlatas, julgue o item a seguir.
A operação de carga e descarga feita por pessoas em via pública é considerada trânsito.
Certo. Questão que demanda do candidato um entendimento acerca do conceito de trânsito previsto no §1°, artigo 1°,
do CTB que prevê que trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, acompanhados
ou não, para fins de parada, estacionamento, circulação e operação de carga ou descarga que sempre será considerada
estacionamento.
13. (Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF -
Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 1ª Prova) Julgue o próximo item,
relativos a definições aplicadas a acidentes de trânsito.

Tráfego é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou
descarga.
Errada. Pois esse conceito tratado no item é “trânsito” e não tráfego.

14. (Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2014 - PRF -
Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 2ª Prova) A cada ano, o volume de veículos
em circulação nas cidades e rodovias federais aumenta. Em decorrência desse aumento,
eleva-se, também, o número de acidentes e mortes no trânsito.

Diante disso, as ações de educação para o trânsito constituem-se, hoje, uma grande
necessidade para a sociedade. Os números trágicos de vítimas e de acidentes estão a exigir
que sejam realizadas e intensificadas tais ações, alcançando um número maior de pessoas.
Com isto, espera-se promover a conscientização acerca dos riscos no trânsito e provocar
mudança de atitude no comportamento de condutores de veículos, passageiros, ciclistas e
pedestres, com respeito e cumprimento efetivo das disposições legais, e,
consequentemente, a construção de uma consciência cidadã e democrática, com vistas a
criar uma nova cultura no trânsito.
Considerando a temática abordada no texto acima, julgue o próximo item.

Conforme disposto na legislação brasileira, o trânsito em condições seguras é dever de


todos.
Errado. Pois o dever são dos órgãos e entidades componentes do SNT, enquanto os que os direitos são de todos.

Você também pode gostar