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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ -VIA CORPS

CURSO: PSICOLOGIA

PROFESSOR: RICARDO ANGELO

Alunos: Bia Maria Clarice Carneiro de Andrade 201708359818


Glauber Silva Maia 20140910762
Neirilane Bezerra Aragão 201803426322

Artigo: Biofeedback em terapia cognitivo-comportamental, autor: Armando


Ribeiro das Neves Neto. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo
ano 2010; 55(3):127-32 com objetivo deste artigo é descrever a utilização do
biofeedback como um recurso terapêutico complementar à psicoterapia (Terapia
Cognitivo-Comportamental).
O texto traz visivelmente a importância de usar o biofeedback como um
instrumento nas terapias através de métodos não invasivos, mensurados por
aparelhos. É possível observar uma melhora considerável das pessoas
submetidas, as quais passam a ter maior domínio sobre as funções orgânicas e
cognitivas.
Áreas como a Medicina comportamental ou Psicologia da saúde utilizam
esse procedimento como uma estratégia que resultará na reestruturação
cognitiva, treino de habilidade de enfrentamento e treino de resolução de
problemas, tudo isso como recurso auxiliar na TCC, por exemplo.
O autor salienta os papéis da autorregulação psicofisiológica e do
aumento da consciência dos processos corpo-mente, objetivos finais do
treinamento por meio do biofeedback, objetos de estudo da neurociência
cognitiva (ex. plasticidade cerebral). De fato a questão do bem estar físico é
implicada diretamente ao contentamento psíquico.
Essa questão enfatizada pelo autor nas atribuições das áreas cerebrais,
as quais são levadas em conta as emoções que influenciam os hormônios e vice-
versa, procuram solucionar problemas sem intervenção farmacológica, e a partir
do tratamento proposto de forma educativa, construtiva e integrada. Também
fala-se sobre a ameaça às respostas inatas de luta, fuga, paralisia, tais respostas
permitem que o organismo responda às cognições, emoções e comportamentos,
e pode-se utilizar técnicas de relaxamento, respiração diafragmática e
treinamento autógeno.
Neal Miller (1969; 1989), foi um dos grandes teóricos no desenvolvimento
do campo da psicofisiologia aplicada e Biofeedback. Nessa área também temos
a colaboração através dos estudos de reabilitação neuromuscular de Basmajian;
estados meditativos e neurofeedback de J. Kamiya; Quirk e G. Von Hilsheimer
que observaram um padrão de atividade eletrotérmica que ajuda pacientes com
transtorno esquizofrênico. Outros estudos foram feitos na área, por B. Sterman,
com pilotos de aviões de guerra que objetivava definir a frequência cerebral
sensório-motora (SMR), tratamento da epilepsia, transtornos do sono, redução
de sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), de fato
grandes feitos para a época e em ascensão nos dias de hoje.
Biofeedback, também utilizado nos transtornos ansiogênicos, como uma
técnica de conscientização e relaxamento para fazer com que se possa controlar
voluntariamente funções fisiológicas que normalmente não estão sobre nosso
controle. Neurofeedback é um tratamento que tem como principal objetivo
melhorar o funcionamento cerebral por meio da neuromodulação auto
regulatória. Esse tratamento não tem nenhum efeito medicamentoso e muito
menos invasivo no cérebro.
Wickramasekera (1996) e Moss (2005) defendem a utilização do
biofeedback na psicoterapia. Os principais motivos são: recurso
psicoeducacional sobre os sinais psicofisiológicos relevantes às queixas
apresentadas pelos pacientes, potencialização do treinamento de habilidades de
relaxamento e de respiração diafragmática personalizados aos pacientes,
gerenciamento objetivo dos sinais psicofisiológicos do estresse, reestruturação
cognitiva guiada por sinais psicofisiológicos, TCC associada ao biofeedback para
modificação de padrões de pensamentos associados a manutenção de queixas
físicas (ex. somatizações), monitoramento psicofisiológico durante a sessão de
psicoterapia verbal, utilizando as reações do sistema nervoso autônomo para
identificação de emoções implícitas (não-expressas ou subliminares),
tratamento dos transtornos somatoformes e/ou disfunções psicofisiológicas
(psicossomáticas), entre outros.
O texto nos mostra a eficiência do tratamento em patologias como
Ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), cefaleia em
adultos, hipertensão, disfunção da articulação temporomandibular (D-ATM),
incontinência urinária em homens, Alcoolismo, abuso de substâncias, artrite
reumatóide, dor crônica, epilepsia, cefaléia em crianças, insônia, trauma
cerebral, vestibulite vvulvar.
Todas essas informações dos trabalhos pioneiros de Galvani, Jung,
Jacobson, Schultz, entre outros, além do brilhantismo estudo do psicólogo Neal
Miller acerca da Psicofisiologia trazem um avanço exponencial para a saúde.
Apesar de ainda não ser um tratamento muito conhecido e nem utilizado por uma
grande quantidade de profissionais, o biofeedback vem se expandindo.

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