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EXEMPLOS DE CÁLCULO
(DOCUMENTO PROVISÓRIO AINDA EM REVISÃO E
ATUALIZAÇÃO)
ISEL Grupo Disciplinar de Instalações Ref.ª: Exem. Cál.
Elétricas
DEEEA SET 22 / FEV 23
CIE
Índice
1 Harmónicas................................................................................................................ 3
1.1 Exemplo acionamentos com variadores de frequência .................................... 4
1.2 Exemplo iluminação da nave fabril equipamentos com THD ............................ 4
1.3 Exemplo cálculo THD de equipamentos iluminação através IEC 61000-3-2 ..... 6
2 Exemplo regulação CPI no Esquema IT ..................................................................... 7
3 Exemplo compensação de energia reativa, dimensionamento baterias
condensadores ................................................................................................................. 8
Uma harmónica de tensão ou corrente, não é mais que um sinal sinusoidal, cuja
frequência é múltipla inteira da frequência fundamental do sinal principal.
Na maioria das instalações domésticas, onde não existe uma grande preocupação com
a qualidade de energia, utiliza-se o fator de potência (FP) e o cos ϕ como sendo
sinónimos, muitas vezes erradamente, uma vez que não é verdade em instalações onde
existam harmónicas. Assim, numa instalação industrial têm de se diferenciar os dois
conceitos.
O cos ϕ é a relação entre a potência ativa e a potência aparente definido para cada uma
das componentes harmónicas.
Quanto maior for a diferença entre o fator de potência e o cos ϕ maior será a distorção
harmónica.
Ptotal = FU × Pútil
A potência absorvida é:
⇔ I1h = 14,11 A
I2TotalRms - I1h
2
THD = + ⇔ ITotalRms = 01THD2 × I1h
2
2+ I1h
2
⇔ ITotalRms
I1h
2
ITotalRms = 15,53 A
Logo,
P 3000
P = U × I1h × cos φ ⇔ I1h = = ⇒ I1h ≅ 14,2 A
U × cos φ 230 × 0,92
I2TotalRms - I1h
2
THD = + ⇔ ITotalRms = 01THD2 × I1h
2
2+ I1h
2
⇔ ITotalRms
I1h
2
ITotalRms ≅ 14,5 A
P 3000
P = U × 456 × cos φ ⇒456 = = = 14,2 A
U × cos φ 230 × 0,92
1
JK
Este irá ser o valor da corrente que realmente está a circular nos circuitos de iluminação:
P = 3000 W
Para este exemplo, considerou-se uma potência de 7,17 kVA com cos ϕ = 0,768. Deste
modo, foi selecionado um transformador de isolamento com potência de 8 kVA para
alimentar os circuitos indicados na Tabela seguinte.
Circuitos do quadro IT
Corrente de fuga (ver folhas teóricas “Ref. PP1 pág 47” com cálculo completo):
Tensão de contato:
UC = R A × If ⇔ UC = 0,99 × 95 × 10-3 ⇒ UC = 94 mV
Sendo:
L = 280 m
1 1
XC = ⇔ XC = ⇒ XC = 12,63 kΩ
2 × π × f × CT 2 × π × 50 × 0,9 × 10OP × 0,280
Segundo o ponto 557.2.5 das RTIEBT, “os condensadores devem, em regra, ser previstos
para poderem funcionar, em permanência, com uma corrente de valor igual a 1,3 vezes
o valor da corrente resultante da aplicação da tensão sinusoidal estipulada à frequência
estipulada, sem transitórios, devendo ser protegidos para qualquer sobreintensidade de
valor superior a este”.
Deve ser verificado se nas características dos condensadores é referido esta situação, se
sim está salvaguardado, senão considerar o cálculo seguinte.
Deste modo, a energia reativa que terá de ser compensada pelas baterias para cumprir
o atual limite de tgϕ
ϕ=0,3 é dada por:
Para cálculo da canalização e proteção as RTIEBT referem no ponto 557.2.6 que “os
dispositivos de comando e de proteção dos condensadores devem poder suportar, em
permanência, uma corrente de valor igual a 1,5 vezes o valor da corrente estipulada,”
Nota: esta opção de compensação para a totalidade de reativa sujeita à existência de verba para
o efeito, o que tem de ser garantido é no mínimo o valor da tgϕ da legislação atual.
Para o cálculo das baterias de condensadores a instalar, proceder de acordo com o seguinte
método:
• Reter o mês do ano em que a fatura de energia reativa é maior (kvarh faturados)
• Avaliar o número de horas (cheias e ponta) mensais de funcionamento da instalação.