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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS


FACULDADE DE HISTÓRIA
COMPONENTE CURRICULAR:
HISTÓRIA DA PAN AMAZÔNIA

Imaginário Amazônico sobre o Vale do Amazonas


OSEAS SERGIO DO ROSÁRIO -

Belém – Pará
Outubro/2023
Relacione o imaginário sobre o Vale do Amazonas construindo a época da conquista,
utilizando o auxílio dos textos, com a constituição do território Pan Amazônia.
Segundo os textos fornecidos tem relatos do imaginário amazônico sobre o vale do Amazonas
podendo se descrito logo em seguida.
Os relatos sobre o Novo Mundo buscaram na mitologia e no senso comum europeu as imagens
mediadoras para posicionar-se frente a essa nova alteridade. Os relatos dos primeiros viajantes estão repletos
de monstros sem cabeça, gigantes, pigmeus; seres que outrora habitavam as distantes terras das Índias
A invenção da Amazônia proposta por Gondim (1994) advém dos discursos das narrativas
oficiais, daqueles que estavam a serviço da coroa portuguesa e espanhola em terras desconhecidas.
O Novo Descobrimento do Rio Amazonas dialoga várias vezes com as obras de Gaspar de
Carvajal e de Alonso de Rojas. Reitera, por exemplo, as afirmações que testemunhavam a densidade
populacional da várzea, o tamanho dos povoados que se distribuíam ao longo dela, entre outros fatos.
No século seguinte, Christovão d’Acuña, único cronista da viagem de Pedro Teixeira pelo
Amazonas, também dará notícias das amazonas. Pedro Teixeira percorreu o Rio das Amazonas entre 1637 e
1639, em sentido inverso ao de Orellana, com o objetivo de fazer o reconhecimento da região para a Coroa
Portuguesa.
A história das amazonas teria sido disseminada na península ibérica por meio dos relatos feitos
sobre a viagem de Orellana ao rio Maranhão, em 1512. O padre franciscano Gaspar de Carvajal, que
acompanhou Orellana em sua viagem, nos fornece um relato detalhado sobre o “encontro” da expedição com
essas mulheres, que, além de apresentar dados sobre a origem da crença da existência das amazonas na
América,
A Amazônia maravilhosa, cheia de encanto e magia, o jesuíta relata a existência, no território
dos índios Tupinambás, de uma tribo de anões e outra de estranhos indígenas que possuem os pés ao
contrário. Esses fatos eventualmente se assemelham às lendas que descreviam o mundo maravilhoso oriental,
narrado nas viagens de Marco Pólo.
Essas imagens foram gradualmente dando lugar às descrições definidas como científicas do
século das luzes, nas quais os povos indígenas encontram-se estreitamente vinculados à representação da
natureza. (PRATT, 1992). São os gentios, habitantes naturais descritos por Lobo de Almada. Dessa forma, a
invenção das amazonas, imagem primeva de uma alteridade americana representada pelo homem europeu
por categorias tomadas do discurso teratológico e da literatura grego-romana clássica, cede aos poucos lugar
para uma nova invenção, em que o discurso científico terá papel preponderante
O imaginário amazônico europeu trata de visão mítica a qual não considerava que havia
diversas etnias vivendo em um mesmo espaço geográfico com culturas diferentes, além disso, os povos
indígenas possuem um vínculo com a natureza em comparação ao povo europeu há visão da exploração da
natureza por recursos naturais. Os indígenas eram protegidos pelas missões jesuíticas sendo assim
substituídos por mão de obra escrava negra.

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