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PROPRIEDADE

INTELECTUAL
DEFINIÇÃO
A Propriedade Intelectual é a área do Direito que, por meio de leis,
garante a inventores ou responsáveis por qualquer produção do
intelecto – seja nos domínios industrial, científico, literário ou
artístico – o direito de obter, por um determinado período de tempo,
recompensa e proteção legal pela própria criação. A mesma está
contida na LEI Nº 13.243, DE 11 DE JANEIRO DE 2016, que é
responsável por estimular o desenvolvimento à pesquisa,
tecnologia, ao conhecimento científico e à inovação.
A Propriedade Intelectual engloba os seguintes modelos:
Propriedade Industrial, Direito Autoral e Proteções Sui generis.
DEFINIÇÃO
A compreensão da propriedade intelectual passa pela
compreensão do direito de propriedade. A propriedade, por sua
vez, pode ser compreendida pelo exercício do domínio sobre algo.
E exercer o domínio é ter o poder exclusivo de usar, fruir, dispor e
perseguir a coisa de que se é dono. Pois bem, a propriedade
intelectual é aquela que recai sobre as criações da genialidade
humana, coisas que não têm corpo físico, mas que têm expressivo
valor econômico, na medida em que satisfazem necessidades
humanas

A propriedade intelectual está vinculada a bens imateriais


destinados à satisfação das necessidades físicas das pessoas.
DEFINIÇÃO
As leis citadas conferem a proteção aos direitos intelectuais por
meio dessa exclusividade de exploração, a qual pode ser
temporária ou eterna “enquanto dure”. Dessa forma, quem cria o
bem imaterial será recompensado, premiado, com a possibilidade
de, em um prazo determinado, ou indeterminado, usar e fruir da
remuneração da sua “ideia”. Poderá, também, dispor (vender) do
direito de exclusividade, para que outros possam explorá-lo. Por
fim, poderá perseguir seu direito intelectual, buscando a proibição
judicial de exploração por terceiros não autorizados ou, ainda,
buscando a indenização em razão do abusivo uso do que foi
criado.
São muitos os pontos controvertidos, direitos e obrigações
relacionados ao tema.
DIREITO AUTORAL
São direitos concedidos aos autores de obras intelectuais
expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte,
tais como: obras literárias, artísticas e científicas; O titular do
direito de autor possui um conjunto de direitos, regido em parte
pela Convenção de Berna e em especial pelas legislações
nacionais. No Brasil o direito autoral é regulamentado pela Lei nº
9.610/98. Os direitos são de ordem moral e patrimonial. Isso
significa que o autor de uma obra protegida tem direito aos
créditos por sua criação; não pode ter sua obra alterada sem
sua autorização prévia e deve ser remunerado por terceiros que
desejem utilizar sua obra (com fins comerciais). Os direitos de
autor protegem obras, ou seja, as expressões concretas, e não
as ideias. Assim, quando você imagina uma trama para uma
história, essa, enquanto ideia de trama, não recebe proteção.
DIREITO AUTORAL
DIREITOS MORAIS
Refere-se às características relacionadas à personalidade do autor.

Neste formato, destaca-se a obrigatoriedade de o autor de uma obra


sempre ser citado como autor ou fonte de criação, independentemente
de possuir os direitos de exploração da obra.
Também, existe o direito de integridade da obra, que, expressamente,
garante ao autor a faculdade de permitir a alteração de sua obra. Em
outras palavras, caso um autor crie um texto, este texto somente poderá
ser alterado, mediante sua autorização.
Mas, a principal proteção conferida pelo direito moral se encontra no
fato de que tal direito é inalienável, irrenunciável e imprescritível. Isto
quer dizer que, o reconhecimento de uma pessoa enquanto titular de
uma obra, não pode ser vendido ou cedido, tampouco renunciado.
Ainda, esse direito não se perderá ao longo dos anos, sendo impossível
que se acorde de forma diversa.
DIREITO AUTORAL
DIREITOS PATRIMONIAIS
Refere-se ao direito de explorar economicamente uma obra.

Essa possibilidade de exploração engloba a reprodução parcial ou


integral da obra, sua edição ou adaptação, a utilização em arranjo
musical, sua tradução e distribuição, produção audiovisual, dentre
outras modalidades, todas elas previstas na Lei de Direitos Autorais.
O principal ponto de destaque é que cada forma de uso ou exploração
necessita de uma autorização escrita e expressa por seu titular,
observando os interesses das partes, principalmente de quem irá utilizar
ou adquirir alguma obra. Por exemplo, ao adquirir uma fotografia para
expô-la em um outdoor, caso queira utilizá-la também nas redes sociais,
ambos os cenários precisarão estar descritos em um documento de
transferência de direitos patrimoniais. Uma possibilidade de utilização
ou exploração de uma obra, automaticamente, não pressupõe outra
modalidade diferente.
DIREITO AUTORAL
CREDITOS
O direito de crédito nada mais é do que a atribuição da autoria àquele que,
originalmente, criou uma obra. É a obrigatoriedade de se trazer o nome do
autor, seu pseudônimo (nome artístico) ou sinal convencional indicado ou
anunciado na utilização de sua obra, conforme determina o art. 24, II da Lei de
Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98).
Por isso, todo quadro deve trazer a indicação do nome do autor ao seu lado,
em uma exposição; toda foto deve trazer o nome do fotógrafo ao ser inserida
em uma publicação; o locutor da rádio deve mencionar o compositor das
canções executadas na programação.
Não atribuir a autoria de uma obra, portanto, é ilegal e o autor pode tomar
medidas contra o infrator, tais como exigir o crédito e, conforme o caso, até
mesmo buscar uma indenização.
E como autoria não se vende, não se empresta e nem se doa, o direito de
crédito é inalienável, ou seja, não é possível transmitir a autoria para outra
pessoa, seja por qualquer tipo de negócio. Além disso, o autor não pode negar
a paternidade de uma obra sua, tornando o direito de crédito também
irrenunciável.
DIREITO AUTORAL
CREDITOS
DIREITO AUTORAL
REQUISITOS
● Ser uma criação a partir do intelecto do ser humano;
O objeto do direito autoral é a manifestação de uma criação humana, por
isso, pressupõe que a criação seja realizada por uma pessoa física – e
não por uma empresa, por exemplo – que expresse essa criação.
● Ter sido exteriorizada;
A ideia tem que sair da mente do criador e ser exposta a terceiros, para
ser passível de proteção. Assim, se alguém apenas pensou em uma ideia,
mas não a compartilhou com ninguém e sequer a executou, não existe
nenhum tipo de proteção.
● Possuir afixação em suporte tangível ou intangível;
O suporte é a forma como a obra será exteriorizada. Por exemplo, em um
livro, uma tela ou em um CD. Aqui, não há proteção sob o suporte, mas,
sim, sobre a manifestação expressa por meio dele. Por exemplo, o direito
autoral não confere proteção ao CD em si, mas às músicas contidas neste
CD.
● Que o suporte possa ser conhecido ou inventado no futuro;
O suporte utilizado precisa ser de conhecimento do autor e dos terceiros
que terão contato com a obra. No entanto, a legislação prevê a expressão
“inventado no futuro” de forma a não limitar a utilização de novas
tecnologias, por exemplo, novas tipos de equipamentos e plataformas que
poderão ser utilizadas como suportes.
DIREITO AUTORAL
DIREITOS CONEXOS
Direitos conexos são aqueles conferidos aos artistas, intérpretes ou executores, aos
produtores fonográficos e às empresas de radiodifusão (sujeitos que intervêm na
própria obra). Eles estão previstos no artigo 89 e seguintes da Lei de Direitos
Autorais.

Podem ser opostos até mesmo em face do próprio titular da obra original. Entende-se
que o intérprete agrega valor à obra.
Para deixar bem claro, vamos ao exemplo de uma novela. A pessoa que escreveu a
história tem os direitos autorais da obra. Mas ela não consegue fazer essa produção
sem um diretor, sem produtores, sem atores….

Então, essas pessoas que contribuem para que a novela vá ao ar têm os direitos
conexos da obra e devem ser remuneradas sempre que houver uma reprodução dela
em qualquer mídia.
A lei 9.610/98, conhecida como Lei dos Direitos Autorais, é o dispositivo que
regulamenta, também, os direitos conexos. Logo em seu primeiro artigo já informa
que “esta lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os
direitos de autor e os que lhes são conexos”.
DIREITO AUTORAL
DIREITOS CONEXOS
Os direitos conexos são muito importantes para proteger as pessoas
físicas ou jurídicas diretamente envolvidas em uma obra artística ou
cultural. Quem se dedica a esse tipo de produção emprega tempo e
dinheiro para concluí-la. Com isso, tem a garantia de que será
recompensado financeira e moralmente. Mas também há o benefício
moral, que garante o reconhecimento da participação em determinada
obra e a possibilidade de autorizar ou vetar sua reprodução
Quando se fala em participação em uma produção artística ou cultural
surge uma dúvida: qualquer tipo de contribuição já garante os direitos
conexos de uma obra? Não é bem assim. As normas estabelecidas
em lei protegem as seguintes categorias:
● Artistas intérpretes ou executantes
● Produtores fonográficos
● Empresas de radiodifusão
DIREITO AUTORAL
DIREITOS CONEXOS
Artistas intérpretes ou executantes:
Fazem parte desta classe os cantores e atores. Afinal, eles interpretam
uma produção cuja autoria não é deles. Ou seja, só têm os direitos
conexos.
O art. 90 da lei 9.610/98 especifica que esse tipo de artista tem o direito
exclusivo de autorizar ou proibir:
– A fixação de suas interpretações ou execuções;
– A reprodução, a execução pública e a locação das suas interpretações
ou execuções fixadas;
– A radiodifusão das suas interpretações ou execuções, fixadas ou não;
– A colocação à disposição do público de suas interpretações ou
execuções, de maneira que qualquer pessoa a elas possa ter acesso, no
tempo e no lugar que individualmente escolherem;
– Qualquer outra modalidade de utilização de suas interpretações ou
execuções.
DIREITO AUTORAL
DIREITOS CONEXOS
Produtores fonográficos:
Também têm direitos conexos os produtores fonográficos, que
contribuem com investimento financeiro na promoção das obras e
do artista. Neste caso, o art. 93 da referida lei dá a eles o direito
de autorizar ou proibir:
– A reprodução direta ou indireta, total ou parcial;
– A distribuição por meio da venda ou locação de exemplares da
reprodução;
– A comunicação ao público por meio da execução pública,
inclusive pela radiodifusão;
– Quaisquer outras modalidades de utilização, existentes ou que
venham a ser inventadas.
DIREITO AUTORAL
DIREITOS CONEXOS
Empresas de radiodifusão:
Por fim, os direitos conexos se estendem às empresas de
radiodifusão, que, conforme o art. 95 da mesma lei, podem
autorizar ou proibir a retransmissão, fixação e reprodução de suas
emissões, bem como a comunicação ao público, pela televisão,
em locais de frequência coletiva, sem prejuízo dos direitos dos
titulares de bens intelectuais incluídos na programação.
DIREITO AUTORAL
DIREITOS AUTORAIS X DIREITOS CONEXOS
DIREITO AUTORAL
PROGRAMAS DE COMPUTADOR

É o conjunto organizado de instruções necessárias para o


funcionamento de máquinas automáticas de tratamento da
informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos.
Isto é, o que faz um computador ou seus periféricos funcionarem de
modo e para fim determinado. É protegido, no Brasil, pela Lei de
Direito Autoral e por uma legislação específica que trata do assunto:
a Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, conhecida como Lei do
Software, que incorpora o entendimento do TRIPS (Agreement on
Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights) de que
programas de computador devem ser protegidos da mesma forma
que as obras literárias, ou seja, eles são objeto de direitos autorais.
Dessa forma, também se aplicam ao software as proteções
garantidas às obras autorais pela Lei nº 9.610/98, mas com algumas
diferenças.
DIREITO AUTORAL
PROGRAMAS DE COMPUTADOR

Como direito autoral, a proteção ao software independe de qualquer


forma de registro, estendendo-se por 50 anos desde a sua criação,
período após o qual a obra entra em domínio público. Ainda assim,
o autor tem a opção de registrar o código-fonte no Instituto Nacional
de Propriedade Industrial – INPI.
Nos casos do desenvolvimento de software associado a uma
relação de trabalho ou prestação de serviço, a lei prevê que os
direitos relativos ao programa de computador pertencem
exclusivamente ao empregador, contratante de serviço ou órgão
público, salvo estipulação contrária.
É importante citar as iniciativas sustentadas por criadores que visam
flexibilizar as restrições e proteções relativas aos direitos autorais,
como as iniciativas do Código Aberto (mais conhecida pelo nome
em inglês “Open Source”) e do Software Livre.
DIREITO AUTORAL
O QUE NÃO PODE SER PROTEGIDO

● Idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos,


projetos ou conceitos matemáticos como tais.
● Esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais,
jogos ou negócios.
● Formulários em branco para serem preenchidos por
qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas
instruções.
● Textos de tratados ou convenções, leis, decretos,
regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais.
● Informações de uso comum tais como calendários,
agendas, cadastros ou legendas.
● Nomes e títulos isolados.
● Aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas
nas obras.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
As invenções com finalidade industrial, marcas, patentes e outros
sinais distintivos são protegidos pela propriedade industrial já as
criações literárias e artísticas são protegidas pelos direitos autorais.

A propriedade industrial garante o direito de exploração do objeto


protegido com exclusividade, proporcionando meios para buscar a
recompensa pelo esforço inovador (horas trabalhadas, recursos
financeiros em pesquisa e desenvolvimento, etc).

Ou seja, com o direito de exclusividade, os titulares de propriedade


industrial podem impedir que terceiros explorem economicamente o
objeto da proteção. O titular de uma patente pode impedir que um
concorrente venda um produto idêntico ao seu, com a mesma
tecnologia.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
TIPOS
Propriedade industrial abarca registro e
concessão de:
● Marcas,
● Patentes,
● Desenho Industrial,
● Transferência de Tecnologia,
● Indicação Geográfica,
● Programa de Computador e Topografia de
Circuito Integrado
● Segredo Industrial
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PATENTE

Patente é um título de propriedade temporária sobre uma


invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos
inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas
detentoras de direitos sobre a criação. Com este direito, o inventor
ou o detentor da patente tem o direito de impedir terceiros, sem o
seu consentimento, de produzir, usar, colocar a venda, vender ou
importar produto objeto de sua patente e/ ou processo ou produto
obtido diretamente por processo por ele patenteado. Em
contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo
o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PATENTE
Os tipos de patente são:
● Patente de Invenção (PI): Produtos ou processos que atendam
aos requisitos de atividade inventiva, novidade e aplicação
industrial. Sua validade é de 20 anos a partir da data do depósito.
● Patente de Modelo de Utilidade (MU): Objeto de uso prático, ou
parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente
nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte
em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. Sua
validade é de 15 anos a partir da data do depósito.
● Certificado de Adição de Invenção (C): Aperfeiçoamento ou
desenvolvimento introduzido no objeto da invenção, mesmo que
destituído de atividade inventiva, porém ainda dentro do mesmo
conceito inventivo. O certificado será acessório à patente e com
mesma data final de vigência desta.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PATENTE
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PATENTE
O que não pode ser Patenteado:
● Técnicas cirúrgicas ou terapêuticas aplicadas sobre o corpo humano ou
animal;
● Planos, esquemas ou técnicas comerciais de cálculos, de
financiamento, de crédito, de sorteio, de especulação e propaganda;
● Planos de assistência médica, de seguros, esquema de descontos em
lojas e também os métodos de ensino, regras de jogo, plantas de
arquitetura;
● Obras de arte, músicas, livros e filmes, assim como apresentações de
informações, tais como cartazes e etiquetas com o retrato do dono;
● Ideias abstratas, descobertas científicas, métodos matemáticos ou
inventos que não possam ser industrializados;
● Todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos
encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o
genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos
biológicos naturais.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA

Marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e


distingue produtos e serviços, bem como certifica a conformidade dos
mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas. A marca
registrada garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo no
território nacional em seu ramo de atividade econômica. Ao mesmo
tempo, sua percepção pelo consumidor pode resultar em agregação de
valor aos produtos ou serviços. O registro de marca vigora pelo prazo de
dez anos, contados da data da concessão, prorrogáveis por períodos
iguais e sucessivos. O pedido de prorrogação deverá ser formulado
durante o último ano de vigência do registro, mediante pagamento. As
marcas são classificadas como de produto ou serviço, coletiva e de
certificação.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA

Marcas são dividas em categorias especificas de acordo


com:
● Natureza: as marcas são classificadas como de
produto ou serviço, coletiva e de certificação.
● Formas de apresentação: se refere às formas gráficas
de apresentação, as marcas podem ser classificadas
em nominativa, figurativa, mista e tridimensional
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - NATUREZA
Marca de Produto ou Serviço:
Marcas de Produto são usadas para identificar produtos específicos de
uma empresa, como a Coca-Cola, por exemplo. Elas são aplicáveis a
bens tangíveis, como alimentos, roupas, eletrônicos, etc.
Já as marcas de Serviço são usadas para identificar serviços específicos
de uma empresa, como a marca de serviços da Microsoft, por exemplo.
Elas se aplicam a serviços intangíveis, como serviços de consultoria,
serviços bancários, serviços de reparo, etc.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - NATUREZA
Marca Coletiva:
Marca coletiva é aquela destinada a identificar e distinguir produtos ou
serviços provenientes de membros de uma pessoa jurídica
representativa de coletividade (associação, cooperativa, sindicato,
consórcio, federação, confederação, entre outros), de produtos ou
serviços iguais, semelhantes ou afins, de procedência diversa (art. 123,
inciso III, da LPI). A marca coletiva possui finalidade distinta da marca de
produto ou serviço. O objetivo da marca coletiva é indicar ao consumidor
que aquele produto ou serviço provém de membros de uma determinada
entidade.
Portanto, podem utilizar a marca coletiva os membros da entidade
detentora do registro, sem necessidade de licença de uso, desde que
estejam previstos no regulamento de utilização da marca. Por sua vez, o
titular da marca coletiva pode estabelecer condições e proibições de uso
para seus associados, por meio de um regulamento de utilização.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - NATUREZA
Marca Coletiva:
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - NATUREZA
Marca de Certificação:
Marca de certificação é aquela usada para atestar a conformidade de
um produto ou serviço com determinadas normas, padrões ou
especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza,
material utilizado e metodologia empregada (art. 123, inciso II, da LPI). A
marca de certificação possui finalidade distinta da marca de produto ou
serviço. O objetivo principal da marca de certificação é informar ao
público que o produto ou serviço distinguido pela marca está de acordo
com normas ou padrões técnicos específicos.
Nos moldes da LPI, a marca de certificação deve ser utilizada somente
por terceiros que o titular autorize como forma de atestar a conformidade
do produto ou serviço aos requisitos técnicos; ou seja, destina-se
apenas à certificação de terceira parte. Estando cumpridos os requisitos,
o interessado está apto a incorporar em seu produto ou serviço a marca
de certificação do titular do registro no INPI.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - NATUREZA
Marca de Certificação:
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - FORMAS DE APRESENTAÇÃO
Marca Nominativa:
Marca nominativa, ou verbal, é o sinal constituído por uma ou
mais palavras no sentido amplo do alfabeto romano,
compreendendo, também, os neologismos e as combinações
de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos, desde que
esses elementos não se apresentem sob forma fantasiosa ou
figurativa.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - FORMAS DE APRESENTAÇÃO
Marca Figurativa:
Marca figurativa ou emblemática é o sinal constituído por:
● Desenho, imagem, figura e/ou símbolo;
● Qualquer forma fantasiosa ou figurativa de letra ou algarismo
isoladamente, ou acompanhado por desenho, imagem, figura ou
símbolo;
● Palavras compostas por letras de alfabetos distintos da língua
vernácula, tais como hebraico, cirílico, árabe etc;
● Ideogramas, tais como o japonês e o chinês.
Nas duas últimas hipóteses elencadas, a proteção legal recai sobre a
representação gráfica das letras e do ideograma em si, e não sobre a
palavra ou expressão que eles representam, ressalvada a hipótese de o
requerente indicar, no requerimento, a palavra ou o termo que o ideograma
representa, desde que compreensível por uma parcela significativa do
público consumidor, caso em que se interpretará como marca mista.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - FORMAS DE APRESENTAÇÃO
Marca Figurativa:
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - FORMAS DE APRESENTAÇÃO

Marca Mista:
Marca mista, ou composta, é o sinal constituído pela
combinação de elementos nominativos e figurativos ou mesmo
apenas por elementos nominativos cuja grafia se apresente
sob forma fantasiosa ou estilizada.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - FORMAS DE APRESENTAÇÃO

Marca Tridimensional:
Marca tridimensional é o sinal constituído pela forma plástica
distintiva em si, capaz de individualizar os produtos ou
serviços a que se aplica. Para ser registrável, a forma
tridimensional distintiva de produto ou serviço deverá estar
dissociada de efeito técnico.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - FORMAS DE APRESENTAÇÃO

Marca de Posição:
Considera-se marca de posição aquela formada pela
aplicação de um sinal em uma posição singular e específica
de um determinado suporte, resultando em conjunto distintivo
capaz de identificar produtos ou serviços e distingui-los de
outros idênticos, semelhantes ou afins, desde que a aplicação
do sinal na referida posição do suporte possa ser dissociada
de efeito técnico ou funcional.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA - PRINCÍPIOS LEGAIS
São três os princípios fundamentais que regem o direito de marcas:
● Territorialidade : A proteção conferida pelo Estado não ultrapassa os
limites territoriais do país e, somente nesse espaço físico, é
reconhecido o direito de exclusividade de uso da marca registrada.
● Especialidade: A proteção assegurada à marca recai sobre produtos
ou serviços correspondentes à atividade do requerente, visando a
distingui-los de outros idênticos ou similares, de origem diversa.
● Sistema atributivo: O sistema de registro de marca adotado no Brasil
é atributivo de direito, isto é, sua propriedade e seu uso exclusivo só
são adquiridos pelo registro, conforme define o art. 129 da LPI. O
princípio do caráter atributivo do direito, resultante do registro, se
contrapõe ao sistema dito declarativo de direito sobre a marca, no
qual o direito resulta do primeiro uso e o registro serve apenas como
uma simples homologação de propriedade.Como regra geral, àquele
que primeiro depositar um pedido deve-se a prioridade ao registro.
Todavia, essa regra comporta uma exceção denominada direito do
usuário anterior.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
MARCA
O que não é registrável como marca
No artigo número 124 da Lei de Propriedade Industrial constam 23
proibições com os sinais que não são registráveis como marca.
Essa lista se baseia nas seguintes ideias: vedar o registro de
expressões que violem regras morais e éticas, vedar signos para
os quais o sistema jurídico brasileiro já tenha reservado algum tipo
de proteção e vedar signos que possam levar o consumidor à
confusão.
Outros itens como obras literárias, artísticas ou científicas, assim
como os títulos que estejam protegidos pelo direito autoral; cores e
suas denominações, exceto se dispostas ou combinadas de modo
peculiar e distintivo; letras, algarismos e datas, isoladamente,
exceto quando revestidos de maneira suficientemente
diferenciada, também estão nesta lista de vedações.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DESENHO INDUSTRIAL
É um título de propriedade temporário concedido pelo Estado, por
força de lei ao autor ou pessoas cujos direitos derivem do mesmo,
para que esta ou estas excluam terceiros, durante o prazo de
vigência do registro, sem sua prévia autorização, de atos relativos
à matéria protegida, tais como fabricação, comercialização,
importação, uso, venda, etc.

No Brasil, desde a promulgação da Lei 9279 de 14 de maio de


1996, o Desenho Industrial é protegido através de registro e não
de patente.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DESENHO INDUSTRIAL
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DESENHO INDUSTRIAL
É registrável como desenho industrial a forma plástica ornamental de um
objeto ou conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a
um produto, proporcionando visual novo e original na sua configuração
externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. Lembramos que a
apresentação do pedido pode ser colorida, porém as cores não são
protegidas, ou seja, a configuração ou o padrão ornamental será protegido
independente das cores utilizadas.
Não pode ser passível de proteção os desenhos industriais que forem
contrários à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem
de pessoas ou atente contra a liberdade de consciência, crença, culto
religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração. Além disso,
a forma necessária comum ou vulgar de um objeto, ou ainda, aquela
determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais
também não são registráveis. Fica isento de registro de desenho industrial
também os objetos ou padrões puramente artísticos, ou seja, que não
podem ser reproduzidos em escala industrial.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
TRANSFERENCIA DE TECNOLOGIA
A transferência de Propriedade Intelectual ou transferência de
tecnologia de ICTs (instituições científicas e tecnológicas) é uma
maneira das empresas internalizarem a inovação tecnológica em seu
processo produtivo, para se manterem competitivas, agregar valor
aos seus produtos/serviços e gerar riqueza.

De modo geral, refere-se ao repasse do conhecimento científico e


tecnológico gerado nos centros de pesquisa e universidades, sendo
que o termo “tecnologia” pode significar um produto ou processo
tecnológico, uma patente, um software ou mesmo um relatório de
pesquisa aplicada. A transferência de tecnologia pode ser realizada
na modalidade Licenciamento ou Cessão.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
TRANSFERENCIA DE TECNOLOGIA

Licenciamento
O licenciamento envolve a exploração de produtos ou serviços
protegidos por propriedade intelectual, que já estão concedidos
quanto por aqueles que ainda estão sob exame do respectivo órgão
competente. O licenciamento funciona como um aluguel, em que a
titularidade não é alterada, apenas é combinado um período de uso
dentro de condições previamente estabelecidas, ou seja, por meio de
um contrato, a instituição/pesquisador detentor da tecnologia permite
que ela seja explorada por terceiros, mas seus direitos como titular
são mantidos. Para esse tipo de contrato devem ser observadas as
restrições de exploração que podem ser impostas, como, por
exemplo, o tempo de exploração da tecnologia licenciada.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
TRANSFERENCIA DE TECNOLOGIA

Cessão
A cessão de tecnologia é um processo semelhante àquele do
licenciamento, mas com uma diferença fundamental. No caso da
cessão, o detentor da tecnologia transfere a titularidade (venda) do
direito de propriedade intelectual.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA
Indicação Geográfica (IG) é um instrumento de propriedade
industrial que busca distinguir a origem geográfica de um
determinado produto ou serviço.
A primeira espécie, Indicação de Procedência, protege o nome
geográfico que se tornou conhecido por conta de um produto ou
serviço. A segunda, Denominação de Origem, pressupõe que as
qualidades ou características de uma determinada área geográfica,
incluídos os fatores naturais e humanos, influenciam exclusiva ou
essencialmente um produto ou serviço, tipificando-o.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Indicação de Procedência
Para o registro de uma IP, é necessário que uma determinada
área geográfica tenha se tornado comprovadamente conhecida
como centro de extração, produção ou fabricação de determinado
produto ou de prestação de determinado serviço.
● Centro de extração – a área geográfica de onde se extrai ou se
retira um determinado produto em sua forma original. São
atividades de extração aquelas relacionadas à coleta de
produtos naturais de origem animal, vegetal ou mineral.
Processos mecanizados ou industriais de extração também se
enquadram nesse tipo de atividade.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Indicação de Procedência
● Centro de produção ou fabricação – a área geográfica onde se
produz ou fabrica um determinado produto. Refere-se a
qualquer tipo de atividade destinada à produção, fabricação,
transformação e beneficiamento de produtos, incluindo
processos manufatureiros e artesanais. Também pode estar
relacionada à criação de animais e ao cultivo de plantas.
● Centro de prestação de serviço – a área geográfica onde se
presta um determinado serviço. Nesse caso, o local se tornou
conhecido pelo serviço prestado, e não pelo produto
eventualmente relacionado a esse serviço.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Indicação de Procedência

Cachoeiro de Itapemirim, no
Mossoró, no Rio Grande do
Espírito Santo, comprovou ter
Norte, comprovou ter se
se tornado conhecido
tornado conhecido no Brasil e
nacionalmente pela extração e
no mundo pela produção de
pelo beneficiamento de
melão.
mármore.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Denominação de Origem
Para o registro de uma DO, é necessário que as qualidades ou
características do produto ou serviço designado pela IG se devam
exclusiva ou essencialmente às peculiaridades do meio
geográfico, incluídos os fatores naturais e humanos.
● Fatores naturais – elementos do meio geográfico relacionados
ao meio ambiente, como solo, relevo, clima, flora, fauna, entre
outros, que influenciam as qualidades ou características de
produtos ou serviços de uma determinada área geográfica,
diferenciando-os de outros oriundos de área geográfica
distinta.
● Qualidades – atributos tecnicamente comprováveis e
mensuráveis do produto ou serviço, ou de sua cadeia de
produção ou de prestação de serviços.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Denominação de Origem
● Fatores humanos – elementos característicos da comunidade
produtora ou prestadora do serviço, como o saber-fazer local,
incluindo o desenvolvimento, a adaptação ou o
aperfeiçoamento de técnicas próprias atreladas à cultura e à
tradição da localidade. É o modo de fazer único dos produtores
e prestadores de serviço que se encontram no território, isto é,
o conhecimento acumulado pela população local, passado de
geração em geração.
● Características – atributos físicos, particulares e típicos,
vinculados aos traços ou propriedades inerentes do produto ou
serviço, podendo ainda ser advindos do modo como o produto
é extraído, produzido ou fabricado, ou do modo como o serviço
é prestado.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Denominação de Origem
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PROGRAMA DE COMPUTADOR E TOPOLOGIA
Um programa de computador é formado pela exteriorização (aplicação) de
um conjunto organizado de instruções, ou seja, quando se executa uma
instrução pré configurada, têm-se o método manifestado em um
computador, pois os métodos são compreendidos como um conjunto
organizado de instruções. Dessa maneira, os programas de computador
podem ser protegidos pelo direito autoral, mas os métodos inerentes a eles,
não, conforme se observa na lei 9610/98, LDA
Assim, a proteção de um programa de computador será conferida à
exteriorização de um método criado, que resulta na expressão real de uma
solução técnica. Entretanto, o simples método, mesmo que contenha
novidade e aplicação industrial, não será protegido pela LDA.

Embora a lei do direito autoral negue proteção aos métodos, a lei da


propriedade industrial confere a eles, por meio das patentes, a possibilidade
de registro.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PROGRAMA DE COMPUTADOR E TOPOLOGIA
Observe que a necessidade de proteção dos métodos e do programa de
computador se mostra complementar, pois os métodos serão resguardados
para que ninguém projete outro método idêntico, ao passo que o programa
de computador será protegido para que os métodos não sejam aplicados de
forma desautorizada.

É importante salientar que a violação do método se dará apenas quando


todas as etapas apresentadas forem executadas, conforme o entendimento
do Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
SEGREDO INDUSTRIAL
O Segredo Industrial corresponde ao conhecimento capaz de conferir a
um determinado produto uma característica particular que o faz
diferenciável do seu similar e concorrente.
Este conhecimento, porém, se for transformado em patente terá algum
dia, inevitavelmente, vir a tornar-se de domínio público uma vez que as
patentes não contemplam o seu titular com a exclusividade eterna
sobre a invenção.
Outras vezes é impossível sequer patentear determinados
procedimentos ou fórmulas que conferem a um produto o seu maior
cunho distintivo.
O segredo industrial garante ao seu criador a exclusividade sobre um
produto, ou aspecto peculiar deste, por quanto tempo ele o desejar ou
na medida de sua capacidade e habilidade de guardar um segredo,
protegê-lo e fazê-lo perene através de mecanismos não convencionais
ou dos meios legais de que dispomos para garantir uma patente ou
direito autoral.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
SEGREDO INDUSTRIAL
O segredo industrial é tudo aquilo que se chama de Know-how, envolve
uma experiência, uma vivência e por isto pode estar muito mais ligado,
por assim dizer, ao “jeitinho” de fazer alguma coisa do que
propriamente a uma metodologia cientifica. Contudo, nada impede de
que uma determinada técnica, que inclusive possa ser perfeitamente
patenteável, seja tratada como segredo industrial para ter sua proteção
prolongada além daquele período de tempo que uma patente pode
oferecer ao seu inventor.

Neste último caso a desvantagem consiste no fato de não ser possível


usufruir economicamente da eventual transferência de tecnologia ou
licenciamento que uma patente registrada permite ao seu detentor, já
que para manter-se um conhecimento tipificado como Segredo
Industrial é imprescindível a não divulgação do mesmo e, quem seria
capaz de guardar um segredo para sempre?
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
SEGREDO INDUSTRIAL
SUI GENERIS
A Proteção Sui Generis é destinada às criações híbridas,
que se encaixam em aspectos tanto da Propriedade
Industrial quanto do Direito Autoral. É a melhor alternativa,
face às dificuldades e inadequações do sistema atual de
propriedade industrial para garantir proteção a ativos como:
● cultivares;
● Topografia de circuitos integrados;
● Conhecimento tradicional.
● Expressões Culturais Tradicionais
SUI GENERIS
CULTIVARES

É uma determinada forma de uma planta cultivada, correspondendo a um


determinado genótipo e fenótipo que foi selecionado e recebeu um nome
único e devidamente registrado com base nas suas características
produtivas, decorativas ou outras que o tornem interessante para cultivo.
A proteção se efetua mediante a concessão de certificado de Proteção de
Cultivar expedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) através do Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC)
assegura a seu titular o direito à reprodução comercial no território
brasileiro, ficando vedados a terceiros, durante o prazo de proteção, a
produção com fins comerciais, o oferecimento à venda ou a
comercialização, do material de propagação da cultivar, sem sua
autorização.
Prazo de proteção: 15 (quinze) anos para cultivares em geral e 18
(dezoito) anos para videiras, frutíferas e espécies florestais, sendo que ao
final desses prazos a cultivar irá para domínio público.
SUI GENERIS
CULTIVARES
REQUISITOS:
● Não ter sido comercializada no Brasil há mais de um ano;
● Não ter sido comercializada no exterior há mais de quatro
anos (há mais de seis anos para videiras, frutíferas e
espécies florestais);
● Ser distinta (diferente de outras cujos descritores sejam
conhecidos);
● Ser homogênea (quanto às características em cada ciclo
reprodutivo);
● Ser estável (quanto à repetição das mesmas características
ao longo de gerações sucessivas);
● O requerente deve entregar ao SNPC amostra viva da
cultivar, além de manter em seu poder, à disposição do
órgão, outra amostra, indicando o local onde poderá ser
encontrada.
SUI GENERIS
CULTIVARES
SUI GENERIS
CONHECIMENTOS TRADICIONAIS
São conhecimentos produzidos e praticados ao longo dos
anos e passados de gerações para gerações, por povos
indígenas, quilombolas e comunidades locais, sendo que
esse conhecimento faz parte da cultura e identidade desses
povos.
Os conhecimentos tradicionais têm merecido a atenção das
discussões nos fóruns internacionais e aos poucos alguns
avanços têm sido registrados. Estas discussões enfatizam a
necessidade de garantir aos povos detentores desses
saberes a repartição equitativa dos benefícios oriundos da
utilização comercial dos seus conhecimentos.
SUI GENERIS
CONHECIMENTOS TRADICIONAIS
São conhecimentos produzidos e praticados ao longo dos anos e
passados de gerações para gerações, por povos indígenas,
quilombolas e comunidades locais, sendo que esse conhecimento
faz parte da cultura e identidade desses povos.
Os conhecimentos tradicionais têm merecido a atenção das
discussões nos fóruns internacionais e aos poucos alguns avanços
têm sido registrados. Estas discussões enfatizam a necessidade de
garantir aos povos detentores desses saberes a repartição
equitativa dos benefícios oriundos da utilização comercial dos seus
conhecimentos.
Engloba todos os projetos de pesquisa ou atividades que utilizam:
Qualquer espécie de material biológico ou genético quer seja ele
animal, microbiano, fúngico ou vegetal nativo ou domesticado;
Conhecimento tradicional associado (CTA), de comunidades
indígenas ou locais.
SUI GENERIS
CONHECIMENTOS TRADICIONAIS
Tipos de proteção para Conhecimento tradicional:
● PROTEÇÃO POSITIVA: refere-se aquisição de um direito de
propriedade intelectual pelos próprios detentores do Conhecimento
Tradicional ou por um direito alternativo previsto em um sistema sui
generis. Essa proteção também pode se dar de forma contratual
(acordos de repartição de benefícios), criando assim mecanismo para
que os detentores do direito tenham benefícios de explorações
comerciais desses conhecimentos.

● PROTEÇÃO DEFENSIVA: refere-se às provisões previstas em lei


para prevenir pedidos de direitos de propriedade intelectual sobre o
conhecimento, expressões culturais ou produtos, impedindo que
terceiros adquiram direitos de propriedade intelectual sobre os
conhecimentos tradicionais.
SUI GENERIS
CONHECIMENTOS TRADICIONAIS

O uso da cinchona para tratar a malária tem


origem em conhecimentos de populações
indígenas da América do Sul.
SUI GENERIS
CONHECIMENTOS TRADICIONAIS

O uso da cinchona para tratar a malária tem


origem em conhecimentos de populações
indígenas da América do Sul.
SUI GENERIS
EXPRESSÕES CULTURAIS TRADICIONAIS
As expressões culturais tradicionais fazem parte do património
cultural dos povos, regiões e da humanidade, na medida em
que elas são testemunha de um conjunto de bens culturais aos
quais são atribuídos significados identificadores. Esta definição
convida-nos a identificar expressões culturais pertencentes a
esta categoria. Assim, no conceito de expressões culturais
podemos incluir expressões imateriais, exteriorizadas por
palavras (contos, poesia), musicais (canções), corporais
(danças, rituais), bem como expressões materiais tais como
pinturas, esculturas, artesanato e vestuário.
SUI GENERIS
EXPRESSÕES CULTURAIS TRADICIONAIS
A proteção ao conhecimento tradicional e às expressões de
folclore é uma questão complexa e polêmica devido a inúmeros
fatores. Questiona-se o que se deve proteger, contra quem,
com que objetivo e para benefício de quem (WIPO, 2009, p. 4).
Até mesmo as definições de folclore e conhecimento tradicional
apresentam dificuldades, por abarcarem todo o conteúdo de
tais expressões. Quanto ao conhecimento tradicional,
consideraremos as definições adotadas pela Organização
Mundial da Propriedade Intelectual – OMPI.
A dificuldade para a proteção do conhecimento tradicional e do
folclore pode ser resumida no binômio: como evitar a
apropriação e uso indevido sem que a sociedade seja impedida
de utilizar sua própria cultura.
SUI GENERIS
EXPRESSÕES CULTURAIS TRADICIONAIS
SUI GENERIS
TOPOGRAFIA
Topografia de circuitos integrados significa uma série de
imagens relacionadas, construídas ou codificadas sob qualquer
meio ou forma, que represente a configuração tridimensional
das camadas que compõem um circuito integrado e na qual
cada imagem represente, no todo ou em parte, a disposição
geométrica ou arranjos da superfície do circuito integrado em
qualquer estágio de sua concepção ou manufatura. A vigência
da proteção do registro da topografia dos circuitos integrados é
de dez anos, igual ao desenho industrial.
SUI GENERIS
TOPOGRAFIA
O registro de topografia de circuito integrado confere ao seu
titular o direito exclusivo de explorá-la, sendo vedado a
terceiros sem o consentimento do titular:
I. reproduzir a topografia, no todo ou em parte, por
qualquer meio, inclusive incorporá-la a um circuito integrado;
II. importar, vender ou distribuir por outro modo, para fins
comerciais, uma topografia protegida ou um circuito integrado
no qual esteja incorporada uma topografia protegida; ou
III. importar, vender ou distribuir por outro modo, para fins
comerciais, um produto que incorpore um circuito integrado no
qual esteja incorporada uma topografia protegida, somente na
medida em que este continue a conter uma reprodução ilícita
de uma topografia.
SUI GENERIS
TOPOGRAFIA
FOSS
Software livre e de código aberto ( FOSS ) é um termo usado para se
referir a grupos de software que consistem em software livre e
software de código aberto onde qualquer pessoa é licenciada
gratuitamente para usar, copiar, estudar e alterar o software em
qualquer forma, e o código-fonte é compartilhado abertamente para
que as pessoas sejam incentivadas a melhorar voluntariamente o
design do software. Isso contrasta com o software proprietário , onde
o software está sob licença restritiva de direitos autorais e o
código-fonte geralmente fica oculto dos usuários.
FOSS
A FOSS mantém os direitos de liberdade civil do usuário do software.
Outros benefícios do uso de FOSS podem incluir redução de custos
de software, maior segurança e estabilidade (especialmente em
relação a malware ), proteção de privacidade , educação e dar aos
usuários mais controle sobre seu próprio hardware.
Liberdade 0: A liberdade de executar o programa, para qualquer
propósito.
Liberdade 1: A liberdade de estudar como o programa funciona, e
adaptá-lo para as suas necessidades. Acesso ao código-fonte é um
pré-requisito para esta liberdade.
Liberdade 2: A liberdade de redistribuir cópias de modo que você
possa ajudar ao seu próximo.
Liberdade 3: A liberdade de aperfeiçoar o programa, e redistribuir
seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade possa se
beneficiar.
FOS
LICENÇAS
As licenças podem ser separadas, normalmente, em três categorias,
divididas de acordo com a presença de termos que impõem
restrições de licenciamento na redistribuição ou criação de trabalhos
derivados do original. Desta forma as licenças são consideradas
permissivas ou recíprocas. As recíprocas podem ser ainda
consideradas parciais ou totais. A principal diferença é que as
licenças recíprocas totais se caracterizam pela manutenção da
licença original. As recíprocas parciais também podem ser
conhecidas como copyleft fraco.
OPEN SOURCE
Open source é um termo em inglês que significa código aberto. Isso
diz respeito ao código-fonte de um software, que pode ser adaptado
para diferentes fins. O termo foi criado pela OSI (Open Source
Initiative) que o utiliza sob um ponto de vista essencialmente técnico.
Por não possuir um custo de licença, um software open source
oferece a oportunidade de um maior investimento em serviços e
formação, garantindo um retorno dos investimentos em TI maior e
melhor. Na grande maioria dos casos, essas ferramentas são
compartilhadas online pelos desenvolvedores, podendo ter acesso a
elas qualquer pessoa, sem restrições.
O termo open source, bem como o seu ideal, foi desenvolvido por
Eric Raymond e outros fundadores da OSI com a finalidade de
apresentar o software livre a empresas de uma maneira mais
comercial, evitando um discurso ético e de direitos.
OPEN SOURCE
Os desenvolvedores e defensores do conceito Open Source afirmam
que isso não se trata de um movimento anticapitalista, mas sim de
uma alternativa para o mercado de indústria de software. Esse
modelo colaborativo presente no open source levou o direito do autor
a ser olhado por um outro prisma.

A criação da Open Source Development Lab (OSDL) é um exemplo


dos grandes esforços realizados por várias empresas como IBM, Dell,
Intel e HP para trabalhar com a criação de tecnologias de código
aberto.

A OSI impõe 10 pontos importantes para que um software possa ser


considerado Open Source:
OPEN SOURCE
● Distribuição livre
A licença do programa não deve de nenhuma forma restringir o
acesso gratuito por meio de venda ou mesmo de permutas.
● Código fonte
De fundamental importância, o software deve conter um código
fonte que deve permitir a distribuição também na forma
compilada. Caso o programa não seja distribuído com seu código
fonte, o desenvolvedor deve fornecer um meio para se obter o
mesmo. O código fonte deve ser legível e inteligível para qualquer
programador.
● Trabalhos derivados
A licença do software deve fornecer permissão para que
modificações sejam realizadas, bem como trabalhos derivados.
Também deve permitir que sejam distribuídos, mesmo após
modificação, sobre os mesmos termos da licença original.
OPEN SOURCE
● Integridade do autor do código fonte
A licença deve, de maneira clara e explícita, permitir a distribuição
do programa construído por meio do código fonte modificado. No
entanto, a licença pode requerer que programas derivados
tenham um nome ou número de versão distintos do programa
original. Isso dependerá da preferência do desenvolvedor do
código.
● Não discriminação contra pessoas ou grupos
A licença deve estar disponível para qualquer grupo de pessoas e
qualquer indivíduo.
● Não discriminação contra áreas de atuação
A licença deve permitir que qualquer pessoa de qualquer ramo
específico possa fazer a utilização do programa. Ela não deve
impedir, por exemplo, que uma empresa faça uso de seu código.
OPEN SOURCE
● Distribuição da Licença
Os direitos associados ao software devem ser aplicáveis para
todos aqueles cujo programa é redistribuído, sem que exista a
necessidade da execução de uma nova licença, ou licença
adicional para estas partes.
● Licença não específica a um produto
O programa não fazer parte de um outro software, sendo que
para utilizá-lo é obrigatório que seja distribuído todo o programa.
Se o programa é extraído dessa distribuição, é necessário
assegurar que todas as partes sejam disponibilizadas e
redistribuídas para todos, visto que todos possuem os mesmos
direitos que aqueles que são garantidos em conjunção com a
distribuição de programas original.
OPEN SOURCE
● Licença não restrinja outros programas
A licença não pode ser considerada open source se colocar
restrições em outros programas que são distribuídos juntos com o
programa licenciado.
● Licença neutra em relação à tecnologia
A licença deve permitir que sejam adotadas interfaces, estilos e
tecnologias sem restrições. Isso quer dizer que nenhuma cláusula
da licença pode estabelecer regras para que estes quesitos
mencionados sejam aplicados ao programa.
OPEN SOURCE
Monetização

Não quer dizer que a comercialização e os softwares de código


aberto (open source) não possam ser amigos, existem alguns que
lucram bastante. A empresa monetiza um projeto de código aberto
por meio da venda de serviços adicionais ou complementares,
como análises e segurança, que atrairão empresas maiores.

Normalmente, mas nem sempre, esses tipos de negócios também


são os principais desenvolvedores dos projetos de código aberto.
Ou seja, são responsáveis por manter o foco no resultado e
comprometer as alterações de código na base do código principal,
mas lucrando com os “bônus” oferecidos de formas associadas.
OPEN SOURCE
LICENÇAS
Tambem chamadas de permissivas, estas licenças recebem este nome
pelas poucas restrições que impõem às pessoas que obtém o produto. Estas
licenças devem ser usadas quando se deseja que o projeto possa atingir um
número maior de pessoas para ampla divulgação. Em geral, essas licenças
permitem inclusive que, qualquer detentor do código possa desenvolver um
produto derivado e fechar o código para explorá-lo comercialmente.
● Licença BSD se caracteriza por ser a primeira licença de software livre,
criada originalmente para o Berkeley Software Distribution, um sistema
derivado do UNIX.
● Licença MIT é similar à Licença BSD. Também pode ser conhecida em
algumas variantes como Licenças MIT/X11, pois foi criada para
disponibilizar o gerenciador de janelas X11 desenvolvido pelo MIT.
● Licença Apache é a licença criada pela Apache Software Foundation por
meio da qual essa disponibiliza todos seus projetos. Estão incluídos:
Apache HTTP Server, Apache Hadoop, Apache Tomcat e Apache Ant,
dentre outros.
SOFTWARE LIVRE
O software livre é um software desenvolvido e mantido por meio
de uma colaboração aberta e disponível, normalmente sem
custo, para qualquer um usar, investigar, alterar e redistribuir
como quiser. Isso contrasta com os aplicativos proprietários ou
softwares proprietários, por exemplo, o Microsoft Word e o
Adobe Illustrator, que são vendidos aos usuários finais pelo
criador ou portador do copyright e não podem ser editados,
aprimorados ou redistribuídos exceto quando especificado pelo
portador do copyright.
O termo software livre também se refere de forma mais geral a
uma abordagem baseada na comunidade para criar qualquer
propriedade intelectual (como software) por meio de
colaboração aberta, inclusão, transparência e atualizações
públicas frequentes.
SOFTWARE LIVRE
O modelo de desenvolvimento de software livre abrange vários
métodos. Um grande número de programas de software livre foi criado
por programadores autônomos ou pequenas equipes de
programadores. Por exemplo, Guido van Rossum disse que começou a
trabalhar na popular linguagem de programação Python porque tinha
tempo livre durante a semana de Natal em 1989; do mesmo modo, o
servidor web Apache começou com um pequeno grupo de
programadores trabalhando juntos para melhorar o software do servidor
originalmente escrito por Robert McCool quando era estudante de um
programa de supercomputação.

À medida que esses e outros projetos de software livre como estes


amadureceram, eles envolveram muitos milhares de programadores
contribuindo com inúmeras linhas de código, além disso, fizeram o teste
do software, redigiram a documentação, criaram um website do projeto
e muito mais.
SOFTWARE LIVRE
"Software livre" e "proprietário" representam abordagens alternativas
para a a propriedade intelectual (PI) incorporada em um aplicativo. Com
o software livre, a PI tem como objetivo oferecer benefícios ao público
sem o propósito de obter lucro vinculado à titularidade da propriedade
intelectual.
A ideia por trás do software livre, no entanto, não é primariamente uma
mensagem antilucro ou anticapitalismo, mas sim que, nas mãos de sua
comunidade do usuário, o software naturalmente alcançará seu maior
potencial ao fornecer mais valor a um número cada vez maior de
usuários. O maior projeto de software livre da história, a Internet, foi
originalmente usado para compartilhar trabalhos acadêmicos. Tudo que
vai além do caso de uso limitado é o resultado de inúmeras mentes
imaginando e implementando novas possibilidades.
SOFTWARE LIVRE
Embora o software livre seja disponibilizado ao público sem custo, ele
não está no domínio público, uma categoria legal de propriedade
intelectual desprovida de quaisquer direitos de propriedade. Por meio de
uma engenhosa reviravolta no copyright tradicional, os criadores do
software livre fizeram o que chamaram de "copyleft", que permite uso
público ilimitado, direito de alteração e redistribuição do código-fonte,
mas impede que outros desenvolvam projetos baseados no código
transformando-o em software proprietário e protegido por copyright.
SOFTWARE LIVRE
LICENÇAS
Licenças Recíprocas Totais
As licenças recíprocas totais tem a característica de que qualquer trabalho
derivado do original deve ser redistribuído e disponibilizado sob os mesmos
termos da licença original. Essa filosofia é conhecida como copyleft. A ideia
do copyleft é permitir a todos a execução, cópia, modificação e redistribuição
das versões derivadas do software impedindo que possam ser
acrescentadas restrições a essas modificações. Essa restrição determina
que todo software livre produzido pela comunidade permaneça livre e não
possa ter seu código fechado.
● Licença GPL é a principal licença de software livre recíproca total. Teve
sua primeira versão redigida em 1989. A versão 2.0 foi redigida em 1991
e permaneceu até 2007 quando foi lançada a GPLv3, em vigência até os
dias atuais.
● Licença AGPL foi desenvolvida pela Affero Inc. como uma derivação
autorizada da licença GPL com o intuito de permitir o uso de um
software através de uma rede. Também pode ser conhecida como GNU
Affero General Public License.
SOFTWARE LIVRE
LICENÇAS
Licenças Recíprocas Parciais
As licenças recíprocas parciais também são conhecidas como copyleft fraco. Em
princípio, determinam que modificações feitas em um software sob esta licença
sejam disponibilizadas sob a mesma licença. Entretanto, se as modificações
foram utilizadas como componente de outro projeto de software, este projeto não
precisa, necessariamente, ser disponibilizado sob a mesma licença. Este é o
principal diferencial das licenças recíprocas parciais para as recíprocas totais.
Essas licenças possuem um equilíbrio entre as licenças permissivas e as
recíprocas totais. Considera-se que as licenças recíprocas parciais proporcionam
o interesse da comunidade de desenvolvedores pela liberdade que promovem.
● Licença pública Mozilla(Mozilla Public Licence) foi escrita originalmente por
Mitchell Baker . A MPL determina que o código sob esta licença deve ser
redistribuído pelos termos desta mesma licença. Entretanto, o código pode
ser utilizado em projetos maiores, que podem estar sob outra licença.
● A Licença Pública Eclipse foi criada pela Eclipse Foundation. Ele foi criada
para substituir duas licenças anteriores à criação da fundação: a IBM Public
Licence de 1999 que foi posteriormente substituída pela Common Public
Licence.
FREEWARE
Freeware é um software , na maioria das vezes proprietário , que é
distribuído sem nenhum custo monetário para o usuário final . Não
existe um conjunto acordado de direitos, licença ou EULA que defina
freeware de forma inequívoca; cada editor define suas próprias regras
para o freeware que oferece. Por exemplo, pode ser oferecida uma
versão com menos recursos sem necessidade de pagamento e a
assinatura de um plano premium dará acesso a funcionalidades
adicionais e novas configurações. Estas limitações de uso gratuito
ficam a critério do desenvolvedor e pode variar de programa para
programa.
FREEWARE
MONETIZAÇÃO
Uma versão gratuita com recursos limitados normalmente é disponibilizada
como forma de marketing para que os utilizadores testem a ferramenta e
assinem a versão premium caso achem as funcionalidades úteis.
A monetização do projeto fornecido de forma gratuita com anúncios
também é uma atividade comum e vemos muitos deste modelo de negócio
em sites da internet e aplicativos para celular, onde todas as
funcionalidades são ofertadas de forma gratuita, porém são exibidos
anúncios para que o desenvolvedor ganhe dinheiro.
Uma outra forma de ganhar dinheiro com um software freeware é por meio
de doações feitas por seus utilizadores. Neste caso, todas as
funcionalidades são oferecidas de forma gratuita e não são exibidos
anúncios, porém pede-se doações para que o projeto seja mantido.
Alguns outros projetos podem ser sem fins lucrativos ou oferecerem suas
funcionalidades de forma gratuita apenas para determinado público alvo,
como para professores e estudantes. Este caso é bem comum e visa a
divulgação do software no meio educacional para que, assim, ele se
popularize e possa ser adquirido no futuro pelos estudantes.
FREEWARE
MONETIZAÇÃO
DOMÍNIO PÚBLICO
Software para o qual não há absolutamente nenhuma
propriedade, como direitos autorais , marca registrada ou
patente . Software de domínio público pode ser modificado,
distribuído ou vendido mesmo sem qualquer atribuição de
ninguém; isso é diferente do caso comum de software sob
direitos autorais exclusivos , onde as licenças concedem
direitos de uso limitados. Se um programa for colocado em
domínio público, o autor deverá renunciar explicitamente aos
direitos autorais e outros direitos sobre ele de alguma forma,
por exemplo, por meio de uma declaração de renúncia . Em
jurisdições que não aceitam renúncia de domínio público, a
licença permissiva entra em vigor.
CREATIVE COMMONS
Creative Commons ( CC ) é uma organização americana sem fins lucrativos
e uma rede internacional dedicada ao acesso educacional e à expansão da
gama de trabalhos criativos disponíveis para que outros possam
desenvolver legalmente e compartilhar. A organização liberou diversas
licenças de direitos autorais, conhecidas como licenças Creative Commons,
gratuitamente ao público. Estas licenças permitem que os autores de
trabalhos criativos comuniquem quais os direitos que reservam e quais os
direitos a que renunciam em benefício dos destinatários ou de outros
criadores. Uma explicação dos direitos de uma página fácil de entender,
com símbolos visuais associados, explica as especificidades de cada
licença Creative Commons. Os proprietários de conteúdo ainda mantêm
seus direitos autorais, mas as licenças Creative Commons fornecem
liberações padrão que substituem as negociações individuais por direitos
específicos entre o proprietário dos direitos autorais (licenciante) e o
licenciado , que são necessárias sob um gerenciamento de direitos autorais
" todos os direitos reservados ".
CREATIVE COMMONS
Creative Commons foi um dos primeiros participantes do movimento
copyleft , que busca fornecer soluções alternativas aos direitos autorais , e
foi apelidado de "alguns direitos reservados". O Creative Commons foi
creditado por contribuir para repensar o papel dos “ comuns ” na “ era da
informação ”. Suas estruturas ajudam indivíduos e grupos a distribuir
conteúdo de forma mais livre, ao mesmo tempo em que protegem
legalmente a si mesmos e a seus direitos de propriedade intelectual .
CREATIVE COMMONS
Todas as licenças CC atuais (exceto a ferramenta CC0 de Dedicação de
Domínio Público) exigem atribuição (atribuição dos autores dos trabalhos
criativos originais), o que pode ser inconveniente para trabalhos baseados
em vários outros trabalhos. Os críticos temiam que o Creative Commons
pudesse corroer o sistema de direitos autorais ao longo do tempo, ou
permitir que "alguns de nossos recursos mais preciosos - a criatividade dos
indivíduos - fossem simplesmente jogados nos bens comuns para serem
explorados por quem tiver tempo livre e um marcador mágico."

Os críticos também temiam que a falta de recompensas para os produtores


de conteúdos dissuadisse os artistas de publicarem os seus trabalhos, e
questionaram se o Creative Commons permitiria os bens comuns que
pretendia criar.
CREATIVE COMMONS
USOS
Creative Commons é apenas um provedor de serviços para textos
de licença padronizados, e não uma parte em qualquer acordo.
Nenhuma base de dados central de obras Creative Commons
controla todas as obras licenciadas e a responsabilidade do sistema
Creative Commons cabe inteiramente àqueles que utilizam as
licenças.
O objectivo do Creative Commons é fornecer um meio-termo entre
duas visões extremas da protecção dos direitos de autor – uma que
exige que todos os direitos sejam controlados e a outra que defende
que nenhum deve ser controlado. Creative Commons oferece uma
terceira opção que permite aos autores escolher quais direitos
desejam controlar e quais desejam conceder a outros. A
multiplicidade de licenças reflete a multiplicidade de direitos que
podem ser transmitidos aos criadores subsequentes.
CREATIVE COMMONS
LICENÇAS DE USO NÃO COMERCIAL
Vários comentaristas relataram confusão na compreensão do que
significa uso "não comercial". Creative Commons publicou um
relatório em 2009, "Definindo não comercial", que apresentou
pesquisas e diversas perspectivas. O relatório afirmou que não
comercial para muitas pessoas significa "nenhuma troca de dinheiro
ou qualquer comércio". Além dessa simples afirmação, muitas
pessoas discordam sobre se o uso não comercial permite a
publicação em sites apoiados por publicidade, o compartilhamento
de mídia não comercial por meio de publicações sem fins lucrativos
mediante pagamento de uma taxa e muitas outras práticas na
distribuição de mídia contemporânea. A Creative Commons não
procurou resolver a confusão, em parte devido à elevada procura
dos consumidores pela licença não comercial, bem como à sua
ambiguidade.
CREATIVE COMMONS
TIPOS

CC0 – Domínio Público


Esta licença CC0 permite aos cientistas, educadores, artistas e outros criadores de
conteúdos a renunciar a qualquer direito reservado e, assim, colocá-los tão
completamente quanto possível no domínio público, para que outros possam
construir livremente em cima, melhorar e reutilizar as obras para quaisquer fins, sem
restrições sob a legislação autoral ou banco de dados.

Atribuição CC BY
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu
trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela
criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É
recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados. Isso
significa que terceiros podem obter lucros com o trabalho alheio a qualquer momento,
sem que o criador tenha qualquer controle.

Atribuição-CompartilhaIgual CC BY-SA
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho,
mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito e que licenciem
as novas criações sob termos idênticos. Esta licença costuma ser comparada com as
licenças de software livre e de código aberto “copyleft”. Todos os trabalhos novos
baseados no seu terão a mesma licença. Portanto, quaisquer trabalhos derivados
também permitirão o uso comercial.
CREATIVE COMMONS
TIPOS

Atribuição-SemDerivações CC BY-ND
Esta licença permite a redistribuição, comercial e não comercial, desde que o trabalho
seja distribuído inalterado e no seu todo, com crédito atribuído ao autor.

Atribuição-NãoComercial CC BY-NC
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho
para fins não comerciais e, embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o
devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de
licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.

Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual-CC BY-NC-SA
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho
para fins não comerciais, desde que atribuam a você o devido crédito e que licenciem
as novas criações sob termos idênticos.

Atribuição-SemDerivações-SemDerivados- CC BY-NC-ND
Esta é a mais restritiva das nossas seis licenças principais, só permitindo que outros
façam download dos seus trabalhos e os compartilhem desde que atribuam crédito a
você, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins
comerciais.
QUESTIONÁRIO

1. O que é Propriedade Intelectual e para que serve?


2. Quais são as categorias de Propriedade Intelectual? Explique cada.
3. No contexto dos Direitos Autorais, o que são Direitos Morais e
Direitos Patrimoniais?
4. O que são Direitos Conexos?
5. Como os Direitos Autorais protege programas de Computador?
6. O que não pode ser protegido por Direitos Autorais?
7. Quais são os tipos de Propriedade Industrial?
8. Explique os tipos de Patente e dê exemplos.
9. Quais são as duas categorias de Marca e como elas são
subdivididas?
10. Quais são os princípios legais de Marca?
11. Quais são os tipos de Transferencia de Tecnologia? Descreva suas
Vantagens e Desvantagens
QUESTIONÁRIO

12. Explique os tipos de Indicação Geográfica.


13. Por que existe proteção de propriedade industrial para programas
de computador?
14. Explique as vantagens e desvantagens do Segredo Industrial.
15. Explique os tipos de proteção Sui Generis.
16. O que é FOSS?
17. Qual a diferença entre Software Livre, Software Open Source,
Freeware, Software em Dominio Publico? De Exemplos
18. Categorize e Explique os tipos de Licença Creative Commons.

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