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20.09
Avaliação
Elementos de estudo:
Código do Direito de Autor e Direitos Conexos
Código da Propriedade Industrial
Programa:
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6 – ARTE, TECNOLOGIA E PROPRIEDADE INTELECTUAL;
7 – PATENTE EUROPEIA;
8 – MARCA EUROPEIA;
9 – IA, SAÚDE E DIREITOS FUNDAMENTAIS;
10– EXTINÇÃO DOS DIREITOS INDUSTRIAIS;
11 – VIOLAÇÃO DOS DIREITOS INDUSTRIAIS;
12 – TUTELA INTERNACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
GRUPO I – Ação:
Michel
Natália
Júlia
Ema
29.11 - patente
6.12 – marca
27.09
Aula passada,
- Vimos o que pode ser tutelado, garantido e protegido pelo Código de Direito de Autores e
Direitos conexos.
- Vimos o art.3º que para situações que, não sendo obras, são também protegidos por este
código nomeadamente as obras equiparadas, onde falamos acerca das traduções. Portanto, se
num caso prático disser:
Exemplo, “António foi contratado e celebrou um contrato de prestação de serviços para uma
determinada editora e esse contrato consistia na tradução de 2 obras; no final a editora publica
o livro, mas sem a publicação da sua tradução. Haverá direito ao tradutor para editar uma ação
contra a editora?”
Começaríamos por dizer que de facto a tradução, nos termos do art.3º é equiparada à
obra e por isso, tem igual integração, portanto tudo aquilo que assiste ao criador é
também de forma análoga atribuído ao próprio tradutor. Sendo assim, a tradução é
defendida neste código, a ação é intentada tal como se se tratasse de uma obra
original por via do art.3º.
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Exemplo, alguém que se “apoderou” do título de uma obra, porque era uma obra com alguma
idade e adotou o título dessa obra por ser um tópico que está a tratar um tema da atualidade
de grande pertinência.
Assiste razão a essa pessoa de se apoderar do título de uma obra que tinha sido publicada?
A pessoa quis-se apoderar do título da obra, logo o título da obra não é seu, portanto teria
ocorrido aqui um crime de usurpação de identidade.
Este caso, resolve-se a partir do art.4º, onde diríamos que o título de uma obra também é
digno de proteção e quem naturalmente fizer uso do título da obra sem consentimento do
próprio criador daquela obra estaria numa condição de poder responder em tribunal.
-> Obra cair em delírio público- passaram 70 anos desde a morte do autor e a partir dessa data
considera-se que a sociedade já se ressarci o próprio criador e a partir daí pode ser de
utilização pública, ou seja, sem custos.
Quando estamos nesta discussão entramos num conjunto de …, como tal, temos 2 teorias:
-> Teoria personalista – defendida pelos franceses e portugueses; sempre baseada na criação,
quem tem uma manifestação humana tem uma titularidade;
-> Teoria utilitarista – defendida pelos ingleses mais perto dos americanos; defendem uma
teoria utilitária em que não questionam o direito de autor, mas o direito à cópia.
Desta forma, como não discutem o direito de autor, como discutem mais facilmente o direito à
cópia está mais aberto a tutelar a produção que eventualmente possa vir a ser criada pelas
novas tecnologias.
Art.11º (Titularidade)
O direito de autor pertence ao criador intelectual da obra, salvo disposição expressa em
contrário. Esclarece quando discutimos quem é que tem a titularidade, ou seja, a titularidade
da obra pertence sempre a quem a criou.
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tiramos aquela notícia, não faz sentido dizer que fomos nós que fizemos porque a sua
titularidade está logo identificada; quando há um trabalho que é feito através de uma noticia
de jornal há muito trabalho que é feito por agências de noticias, a maior parte das empresas
tem uma agência que ajuda a divulgar a sua imagem, a recuperar alguém que por uma má
gestão tenha caído numa situação desagradável socialmente e há agências que ajudam a
recuperar a imagem e que dizem à pessoa o que deve vestir, como deve andar, o que deve ser
o seu discurso, entre outros.
-> as noticias do dia acabam por não ter relevância do ponto de vista da propriedade
intelectual mesmo que queira copiar uma noticia, porque são difundidas ao mesmo tempo.
b) Os requerimentos, alegações, queixas e outros textos apresentados por escrito ou oralmente
perante autoridades ou serviços públicos;
c) Os textos propostos e os discursos proferidos perante assembleias ou outros órgãos
colegiais, políticos e administrativos, de âmbito nacional, regional ou local, ou em debates
públicos sobre assuntos de interesse comum;
d) Os discursos políticos.
2 - A reprodução integral, em separata, em coletânea ou noutra utilização conjunta, de
discursos, peças oratórias e demais textos referidos nas alíneas c) e d) do n.º 1 só pode ser feita
pelo autor ou com o seu consentimento.
3 - A utilização por terceiro de obra referida no n.º 1, quando livre, deve limitar-se ao exigido
pelo fim a atingir com a sua divulgação.
4 - Não é permitida a comunicação dos textos a que se refere a alínea b) do n.º 1 quando esses
textos forem por natureza confidenciais ou dela possa resultar prejuízo para a honra ou
reputação do autor ou de qualquer outra pessoa, salvo decisão judicial em contrário proferida
em face de prova da existência de interesse legítimo superior ou subjacente à proibição.
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Temos direito a ser informados, assim como tenho direito a exprimir a minha visão sobre a
vida, por exemplo; por outro lado, temos no art.38º a liberdade da imprensa.
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NOTA (CRP):
-> TÍTULO II (Direitos, liberdades e garantias)
1º direito à vida (art.24º)
Do art.24º ao art.57º - direitos fundamentais por excelência
A natureza destes direitos é que a CRP num primeiro momento foi criada para que o cidadão se
pudesse defender do Estado.
Art.57º (Exercício)
1 - Por morte do autor, enquanto a obra não cair no domínio público, o exercício destes direitos
compete aos seus sucessores.
2 - A defesa da genuinidade e integridade das obras caídas no domínio público compete ao
Estado e é exercida através do Ministério da Cultura.
3 - Falecido o autor, pode o Ministério da Cultura avocar a si, e assegurá-la pelos meios
adequados, a defesa das obras ainda não caídas no domínio público que se encontrem
ameaçadas na sua autenticidade ou dignidade cultural, quando os titulares do direito de autor,
notificados para o exercer, se tiverem disso abstido sem motivo atendível.
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Imaginemos, se compilarmos um conjunto de acórdãos relativamente ao que diz ao art.3º, nº1.
c), ou traduzir não se beneficia de proteção, isto não é bem claro, porque se fizermos uma
seleção de acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça e se compilar um conjunto de acórdãos
que vem da evolução dos princípios constitucionais quando os mesmos começaram a ser
verdadeiramente utilizados no tribunal, isto já obedece a um trabalho de pesquisa.
Se quisermos fazer uma coletânea e juntarmos um conjunto de acórdãos e publicamos o livro,
é uma publicação que está assinada e o autor apenas fez uma compilação de acórdãos.
2 - A proteção conferida a estas obras não prejudica os direitos reconhecidos aos autores da
correspondente obra original.
Art.56º (Definição)
1 - Independentemente dos direitos de carácter patrimonial e ainda que os tenha alienado ou
onerado, o autor goza durante toda a vida do direito de reivindicar a paternidade da obra e de
assegurar a genuinidade e integridade desta, opondo-se à sua destruição, a toda e qualquer
mutilação, deformação ou outra modificação da mesma e, de um modo geral, a todo e
qualquer ato que a desvirtue e possa afetar a honra e reputação do autor.
2 - Este direito é inalienável, irrenunciável e imprescritível, perpetuando-se, após morte do
autor, nos termos do artigo seguinte.
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Art.9º (Conteúdo do direito de autor)
1 - O direito de autor abrange direitos de carácter patrimonial e direitos de natureza pessoal,
denominados direitos morais.
2 - No exercício dos direitos de carácter patrimonial o autor tem o direito exclusivo de dispor
da sua obra e de fruí-la e utilizá-la, ou autorizar a sua fruição ou utilização por terceiro, total ou
parcialmente.
3 - Independentemente dos direitos patrimoniais, e mesmo depois da transmissão ou extinção
destes, o autor goza de direitos morais sobre a sua obra, designadamente o direito de
reivindicar a respetiva paternidade e assegurar a sua genuinidade e integridade.
O direito de autor abrange direitos de carácter patrimonial e estes são livres de serem
comerciados e direitos de natureza pessoal, em que tem o direito exclusivo de dispor da sua
obra, de fruí-la e de utilizá-la; o que não é possível é a assunção da propriedade de uma obra
por usucapião.
04.10
“Para alguns, o carácter absoluto dos direitos de propriedade intelectual motiva uma tensão
constitucional, em que a retórica dos direitos fundamentais é por vezes usada para defender o
reforço da proteção dos direitos de exclusivo da propriedade intelectual, outras vezes para
impor a sua restrição. Se por um lado a necessidade de recompensar o autor encontra-se
justificada pela teoria personalista e pelo princípio do criador, por outro lado, a ideia de
benefício social é central na defesa dos direitos fundamentais, mais concretamente na garantia
das liberdades de expressão e informação e da liberdade de ensino; do direito à cultura e à
criação e ao património cultural, bem como o livre acesso ao conhecimento.” (Caldeira, C.,
Direito da Sociedade do Conhecimento, p. 42).
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O que a frase nos diz é que a proteção dos direitos intelectual não é um direito absoluto, o0u
seja, muitas vezes tem de coabitar com outros direitos e é aqui que devemos olhar e analisar a
frase, discutir os valores que estão em causa, saber qual a posição que defendemos face de um
lado o direito do criador, imagine temos falado muito da pintura e da arte de uma maneira,
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mas imaginem também uma literatura até porque estamos na altura da atribuição dos prêmios
Nobel, foi ontem atribuída a química, portanto todos os esforços devem ser defendidos, se
estes esforços não são defendidos, portanto se defendemos esta causa estamos mais no
âmbito dos direitos social mais amplo mais coletivo. Se estamos no âmbito a defender o direito
do autor aquele que queria, aquele que estrutura o seu pensamento quer verbalizando quer
através de uma arte, etc, se estamos a defendê-lo mais do que o acesso a cultura então
estamos a premiar a teoria personalista que defende o criador em detrimento do social e em
todos os países há uma interpretação. Professora gostaria que refletíssemos sobre isto.
11.10
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OBS.: Para o trabalho do artigo é interessante desenvolver algum enquadramento internacional
(sumula).
CONVENÇÃO DE BERNA
Esta previu o princípio do tratamento nacional e o princípio da proteção automática.
Ex. Princípio do tratamento nacional: Se o Brasil protege os autores portugueses significa que
Portugal tem de proteger os autores brasileiros.
Concede um período de proteção de 50 anos após a morte do autor, independentemente da lei
de origem, ou seja, os Estados signatários são livres de estabelecer proteção maior, devendo
respeitar o mínimo de 50 anos.
Portugal e Brasil protege as obras por 70 anos após morte do autor; são países com muita
afinidade em relação de Direitos do Autor, de raiz Francófona.
Convenção de Roma para a Proteção dos Artistas Interpretes ou Executantes, dos Produtores
de Fonogramas e dos Organismos de Radiodifusão, 1961.
Esta convenção dá origem no nosso código aos DIREITOS CONEXOS.
- Obras cinematográfica; representação cénica… Direitos Conexos.
Os direitos conexos estão diretamente relacionados com as autorias, porque sem um trabalho
de autoria/criação, não há direito a interprete, editor, produtor cinematográfico... essas são
figuras de direitos conexos (Direitos Vizinhos, Br).
Ex. A publicação de um livro, a uma editora que publicou tem um direito conexo ao direito do
autor. Como o direito de comercialização exclusivo.
Ex. O interprete pode ser o balé de uma criação musical; o balé poderá também fazer um
negócio.
! Estamos a falar de uma criação humana; veremos em outra aula a possibilidade de criação
por inteligência artificial e a interpretação atualistas dessas normas.
….
Concluída nos anos 60 e entra em vigor em 1964, consagrando a atribuição dos Direitos de
propriedade intelectual a todos os interpretes; produtores; fonogramas e organizadores da
radiodifusão.
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Artistas Interpretes ou Executantes – atores, cantores, músicos, dançarinos e outras pessoas
que representem, cantem, recitem, declamem, interpretem ou executem, por qualquer forma,
obras literárias ou artísticas.
Fonograma – toda a fixação sonora dos sons de uma execução nem suporte material. Ex.
gravação em CD.
Produtores de Fonogramas – pessoa física ou jurídica que pela primeira vez fixa os sons de uma
execução ou outros sons. Ex. Produtor, quem o artista recorre para comercializar sua arte.
Publicação – pôr à disposição do publico exemplares de um fonograma. (Ex. musica em CD)
Reprodução – realização de copias de uma fixação. (ex. Varias unidades de CD).
Emissão de Radiodifusão – a difusão de sons ou imagem, por meio de ondas radioelétricas,
destinadas à receção pelo público.
Retransmissão – a emissão simultânea da emissão de um organismo de radiodifusão efectuada
por outro organismo de radiodifusão. Ex. Rádio divulga material fornecido por outro.
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O Regulamento Europeu (2º semestre), que se expande para além dos Estados Membros, nem
sempre cobre tudo, muitas vezes temos que ir a Organização Mundial da Propriedade
Intelectual para defender os nossos interesses.
….
Quando a Organização Mundial do Comércio começa a solicitar o Acordos Trips entre os vários
países, começa a aparecer as tecnologias digitais. Os anos 90 começa a ter arte a circular
digitalmente, a facilidade a cultura e sua transmissão; ainda não pensava-se que a tecnologia
seriam capazes de criar.
A circulação digital desacelerou o trabalho dos agentes cultural que não mais precisava viajar
pelo mundo a procura de arte.
Acordos Trips traduz e formaliza na comunidade internacional um regime mais eficaz de
combate as dificuldades de comercialização internacional; esse acordo permite que o comercio
flua.
Ex. Aplicação de taxa aduaneira, antes dos acordos haviam uma inflação da cultura vinda de
fora e um obstáculo a sua natural transmissão.
O que veio fazer a Organização Mundial do Comércio, assim como a Comunidade económica
europeia, foi baixar as taxas alfandegarias para fluir o bem.
ACORDO TRIPS
Disciplina a condição jurídica dos autores estrangeiros; consagra o princípio do tratamento
nacional… quase que um Gentlemens Agreement, ou acordo de cavalheiros, entre países que
garantia a tutela dos autores de outros países e exigia reciprocidade na tutela de seus autores.
Organização Mundial do Comércio teve sucesso com esse Acordo Trips porque todos os países
que fossem membros da Organização Mundial do Comércio tinham que se comprometer
também com a comercialização da arte. Pela sua força e influencia, obrigou de forma
vinculativa os países a aderirem.
Organização Mundial da Propriedade Intelectual administra 26 Tratados, que teve sua adesão
vinculativa.
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Na Europa o instrumento internacional com mais complexidade é:
Diretiva de 2019, Direito do Autor na era Digital
Ver essa diretiva
Essa diretiva transformou por completo os acessos a cultura; atribuiu direitos a novos editores;
deu mais liberdade aos autores para negociar com os donos das plataformas onde podem
colocar os seus trabalhos…
# Esses instrumentos internacionais harmonizaram mas não há uma verdadeira sintonia, não
há uma teia coesa de proteção e harmonização.
18.10
Vamos ter grupos pequenos 3, para escrever um artigo científico sobre matéria de propriedade
intelectual, podem associar propriedade industrial, podem falar qualidade, metaverso, podem
se aventurar por matérias que não tiveram a oportunidade de se aventurarem antes, dentro do
espírito da propriedade intelectual (art.º. 120)
A prova inclui a matéria de direitos do autor e direito industrial, na próxima aula vamos voltar a
fazer casos práticos de direitos do autor, antes falamos sobre comentar a frase acerca da
propriedade intelectual, isto é, direitos do autor, etc.
Ambos estão no Canvas e devem ir lá ler. Ver qual o contributo que cada um dá para este grupo
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Iremos abordar a matéria programada para o dia 18.10 (que está no problema) que é
Quando estamos a falar das vicissitudes do direito do autor, a primeira nota é como é que é
feita a aquisição do direito de autor? E nós para respondermos a esta pergunta, como é que é
feita a aquisição do direito de autor, já dissemos aqui muitas vezes, que enquanto a marca é
necessário fazermos um registo, no direito do autor já vimos no artigo 1 nº 3:
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“3 - Para os efeitos do disposto neste Código, a obra é independente da sua divulgação,
publicação, utilização ou exploração.” Art 1º nº 3 CDADC.
OU seja, eu sou o criador de uma obra, tenho direito a sua propriedade independentemente
de ela ser divulgada ou mesmo publicada desde que eu exteriorize
Ex: A cria uma obra de um tema novo e mesmo que não faça publicidade fora desta sala, nós
ficamos responsabilizados pelo trabalho e por sabermos de quem é.
Portanto, a grande virtude do artista em que não precisa correr para fazer o registo, basta
exteriorizar.
Ex: Tínhamos tanta saudade de sucessões que decidimos fazer um livro sobre, e fazíamos
seguindo a mesma ordem, portanto isso podia ocasionar uma coincidência futurística, que é
quando o trabalho alcançado não se distingue, mas também os autores não copiaram uns
pelos outros, quem é que ganha a titularidade? Quem é que exterioriza primeiro. Portanto isto
é muito difícil porque depois é uma questão de prova, e de força, para saber quem é que pode
fazer prova de que exteriorizou mais cedo aquela obra.
Depois a pergunta é, quando se fala em direito do autor internacional (ainda vamos ver as suas
obrigações), vamos ver quais os instrumentos internacionais são mais importantes, mas já
falamos aqui acerca do mais relevante que é a Convenção de Berna, seculo XIX, podemos fazer
a ponte entre a aquisição do direito do autor, ou seja a titularidade do direito do autor e/ou o
que podemos dizer que o que se encontra no artigo 1º nº3 do nosso código encontra se
também no artigo 5º da Convenção de Berna.
Depois imaginemos a dúvida quando surge estas consciências furtuitas é ver quem é que
exteriorizou em 1º lugar aquela obra.
Quando estamos a verificar a periodicidade da atribuição do direito de autor, nós temos quer ir
até o artigo 213º e 214º do CADC:
Artigo 213.º
Regra geral
O direito de autor e os direitos deste derivados adquirem-se independentemente de registo, sem
prejuízo do disposto no artigo seguinte.
Artigo 214.º
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Registo constitutivo
Condiciona a efectividade da protecção legal o registo:
a) Do título da obra não publicada nos termos do n.º 3 do artigo 4.º;
b) Dos títulos dos jornais e outras publicações periódicas.
Não é preciso o registo de uma obra para o reconhecimento do autor. Portanto, agora quando
estamos a falar da necessidade de o registo ser constitutivo, nós falamos disto em Direitos
reais, quando há verdadeiramente obras que só são validas depois do seu registo, nós
verificamos que o registo é constitutivo, ou seja o registo é constituível daquela titularidade
daquela propriedade do autor, e neste caso normalmente, se eu tenho uma obra que não foi
publicada para ela ter verdadeiramente significado dentro do nosso código é necessario que
esta obra seja registado, que ele seja registado nem que seja o seu titulo.
Não posso lançar um título do jornal sem antes dize “como eu todos os dias faço uso do jornal,
este jornal já é meu. Portanto são muito raras as situações em que o registo não é constituível.
Não basta a exteriorização dos jornais, aqui há uma regra básica sobretudo para a comunicação
social.
Quando chegamos a falar da publicação e da obra, a publicação por vezes parece que se
confunde “publicar a obra e divulgar a obra”, pergunta se qual a importância de eu saber a data
da publicação, é em parte quando quero depois ter presente a contagem, dos prazos, é
importante quando eu sei que o CA me atribui somente 70 anos para eu poder usufruir da
minha obra e depois do s70 anos cai no domínio publico, então é sempre bom ter os prazos
para contar. A data da publicação ajuda a contar os prazos.
Portanto quando estou a falar temso que ir ao artigo 6º nº1, no campo internacional encontra
se no artigo 3º da convenção de Berna.
Artigo 6.º
Obra publicada e obra divulgada
1 - A obra publicada é a obra reproduzida com o consentimento do seu autor, qualquer que seja o
modo de fabrico dos respectivos exemplares, desde que efectivamente postos à disposição do
público em termos que satisfaçam razoavelmente as necessidades deste, tendo em consideração a
natureza da obra.
2 - Não constitui publicação a utilização ou divulgação de uma obra que não importe a sua
reprodução nos termos do número anterior.
3 - Obra divulgada é a que foi licitamente trazida ao conhecimento do público por quaisquer
meios, como sejam a representação de obra dramática ou dramático-musical, a exibição
cinematográfica, a execução de obra musical, a recitação de obra literária, a transmissão ou a
radiodifusão, a construção de obra de arquitectura ou de obra plástica nela incorporada e a
exposição de qualquer obra artística.
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representação da obra dramática, a exibição cinematográfica, ou seja, eu posso não ter feito a
publicação oficial com o exemplar, com uma editora...
Exemplo tenho uma amiga do teatro que quer traduzir o meu livro em uma peça de teatro,
então nós temos a divulgação daq2uela obra que é através de uma interpretação, mas ela nem
se quer passou pela editora. Perguntam me se isso é muito frequente? Há pessoas que
escrevem só para teatros, há pessoas que escrevem só para cinema e que, portanto, contam
uma história, não se publica um livro, até ser lançado em cinema. Não é sempre que isto
acontece, por vezes há publicação da obra e depois disso é feita uma aprovação
cinematográfica para o cinema.
Da duração
Artigo 31.º
Regra geral
1 - O direito de autor caduca, na falta de disposição especial, 70 anos após a morte do criador
intelectual, mesmo que a obra só tenha sido publicada ou divulgada postumamente.
2 - A caducidade só opera a partir do dia 1 de janeiro do ano seguinte ao termo do prazo referido
no número anterior.
Significam que Ex: José saramago as suas obras ainda não caíram no domínio publico porque só
caem depois de 70 anos apos a suja morte. Mesmo as suas obras póstuma (publicadas apos a
sua morte) o que importa é a data da sua morte.
ART 40
CAPÍTULO V
Da transmissão e oneração do conteúdo patrimonial do direito de autor
Artigo 40.º
Disponibilidade dos poderes patrimoniais
O titular originário, bem como os seus sucessores ou transmissários, podem:
a) Autorizar a utilização da obra por terceiro;
b) Transmitir ou onerar, no todo ou em parte, o conteúdo patrimonial do direito de autor sobre
essa obra.
Imagine que eu autorizo um amigo meu a utilizar um quadro meu, e ei tenho esta
disponibilidade porque é meu. Mas também posso transmitir ou onerar o direito de autor
desta obra.
Artigo 42.º
Limites da transmissão e da oneração
Não podem ser objecto de transmissão nem oneração, voluntárias ou forçadas, os poderes
concedidos para tutela dos direitos morais nem quaisquer outros excluídos por lei.
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Ou seja, o direito de autor é composto por dois direitos: O direito de propriedade que é o que
se pode comercializar, onerar e contratualizar. E aquele que nada pode ser feito, que é o direito
do autor, já tinham os esta noção quando analisamos anteriormente. Se tivemso duvida
quando ao direito do autor esta no artigo 9º
Artigo 41.º
Regime da autorização
1 - A simples autorização concedida a terceiros para divulgar, publicar, utilizar ou explorar a obra
por qualquer processo não implica transmissão do direito de autor sobre ela.
2 - A autorização a que se refere o número anterior só pode ser concedida por escrito,
presumindo-se a sua onerosidade e carácter não exclusivo.
3 - Da autorização escrita devem constar obrigatória e especificadamente a forma autorizada de
divulgação, publicação e utilização, bem como as respectivas condições de tempo, lugar e preço.
Se não tivermos autorização no fundo estamos a plagiar, a dizer que é nosso, algo que não é, e
esta no artigo 195º:
TÍTULO IV
Da violação e defesa do direito de autor e dos direitos conexos
Artigo 195.º
Usurpação
1 - Comete o crime de usurpação quem, sem autorização do autor ou do artista, do produtor de
fonograma e videograma, do organismo de radiodifusão ou do editor de publicação de imprensa,
utilizar uma obra ou prestação por qualquer das formas previstas no presente Código.
2 - Comete também o crime de usurpação:
a) Quem divulgar ou publicar abusivamente uma obra ainda não divulgada nem publicada pelo seu
autor ou não destinada a divulgação ou publicação, mesmo que a apresente como sendo do
respectivo autor, quer se proponha ou não obter qualquer vantagem económica;
b) Quem coligir ou compilar obras publicadas ou inéditas sem autorização do autor;
c) Quem, estando autorizado a utilizar uma obra, prestação de artista, fonograma, videograma,
emissão radiodifundida ou publicação de imprensa, exceder os limites da autorização concedida,
salvo nos casos expressamente previstos no presente Código.
3 - Será punido com as penas previstas no artigo 197.º o autor que, tendo transmitido, total ou
parcialmente, os respectivos direitos ou tendo autorizado a utilização da sua obra por qualquer
dos modos previstos neste Código, a utilizar directa ou indirectamente com ofensa dos direitos
atribuídos a outrem.
4 - O disposto nos números anteriores não se aplica às situações de comunicação pública de
fonogramas e videogramas editados comercialmente, puníveis como ilícito contraordenacional,
nos termos dos n.os 3, 4 e 6 a 12 do artigo 205.º
5 - A conduta não é punível quando o prestador de serviços de partilha de conteúdos em linha
cumpra as condições previstas, consoante os casos, no n.º 1 do artigo 175.º-C ou nos n.os 1 e 2 do
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artigo 175.º-D.
Artigo 196.º
Contrafacção
1 - Comete o crime de contrafação quem utilizar, como sendo criação ou prestação sua, obra,
prestação de artista, fonograma, videograma, emissão de radiodifusão ou publicação de imprensa,
que seja mera reprodução total ou parcial de obra ou prestação alheia, divulgada ou não
divulgada, ou por tal modo semelhante que não tenha individualidade própria.
2 - Se a reprodução referida no número anterior representar apenas parte ou fracção da obra ou
prestação, só essa parte ou fracção se considera como contrafacção.
3 - Para que haja contrafacção não é essencial que a reprodução seja feita pelo mesmo processo
que o original, com as mesmas dimensões ou com o mesmo formato.
4 - Não importam contrafacção:
a) A semelhança entre traduções, devidamente autorizadas, da mesma obra ou entre fotografias,
desenhos, gravuras ou outra forma de representação do mesmo objecto, se, apesar das
semelhanças decorrentes da identidade do objecto, cada uma das obras tiver individualidade
própria;
b) A reprodução pela fotografia ou pela gravura efectuada só para o efeito de documentação da
crítica artística.
Contrafação é quando escrevo um livro tirando as partes de um outro e não menciono as suas
origens então estou aqui em um crime mais denso.
O crime descrito nos artigos anteriores é punido com pena de prisão de até 3 anos, e multa
150/250 dias de acordo com a gravidade e com a intenção, depois vamos naturalmente
analisar esta área.
Na maior parte dos casos, somos primários com esta moldura de 3 anos, a pena é suspensa,
normalmente em uma primeira ação (uma primeira usurpação) ficamos com a pena suspensa.
Se somos apanhados por uma segunda vez aí já temos que cumprir pena.
Pouca gente sabe o que é plagiar se não teria mais cuidado. Hoje em dia com os mecanismos
da inteligência artificial não so é mais facil plagiar como também perceber um plagio. E,
portanto, tenham cuidado. Mas vale dizer frase sim frase não do que praticar um plagio.
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Os contratos que falamos o principal é o de edição, vamos então ao artigo 88º
Artigo 88.º
Efeitos
1 - O contrato de edição não implica a transmissão, permanente ou temporária, para o editor do
direito de publicar a obra, mas apenas a concessão de autorização para reproduzir e comercializar
nos precisos termos do contrato.
2 - A autorização para a edição não confere ao editor o direito de traduzir a obra, de a transformar
ou adaptar a outros géneros ou formas de utilização, direito esse que fica sempre reservado ao
autor.
3 - O contrato de edição, salvo o disposto no n.º 1 do artigo 103.º ou estipulação em contrário,
inibe o autor de fazer ou autorizar nova edição da mesma obra na mesma língua, no País ou no
estrangeiro, enquanto não estiver esgotada a edição anterior ou não tiver decorrido o prazo
estipulado, excepto se sobrevierem circunstâncias tais que prejudiquem o interesse da edição e
tornem necessária a remodelação ou actualização da obra.
Uns contratos de edição consistem em permitir que outrem (de acordo com as estipulações
acordadas), a utilização produzida com o conjunto de exemplares da sua obra, portanto, isto é
um negócio e permite a partir deste contrato que a editora produza exemplares e que
venda/forneça a sua distribuição. Na net há muitas muitas do contrato de edição
Precisamos de ter em conta que o contrato pode ter... (leu artigo 85)
Artigo 85.º
Objecto
O contrato de edição pode ter por objecto uma ou mais obras, existentes ou futuras, inéditas ou
publicadas.
obra inédita é uma criada, mas não publicada. Pode fazer um contrato de edição para o futuro,
em que eu me comprometo a escrever um determinado artigo (exemplo) ou seja temos
contratos, e há professores que fazem este tipo de contrato ex com a Almedina e sempre que
há edição eles já têm preferência para publicar as obras deles.
Artigo 86.º
Conteúdo
1 - O contrato de edição deve mencionar o número de edições que abrange, o número de
exemplares que cada edição compreende e o preço de venda ao público de cada exemplar.
2 - Se o número de edições não tiver sido contratualmente fixado, o editor só está autorizado a
fazer uma.
3 - Se o contrato de edição for omisso quanto ao número de exemplares a tirar, o editor fica
obrigado a produzir, pelo menos, 2.000 exemplares da obra.
4 - O editor que produzir exemplares em número inferior ao convencionado pode ser coagido a
completar a edição e, se não o fizer, poderá o titular do direito de autor contratar com outrem, a
expensas do editor, a produção do número de exemplares em falta, sem prejuízo do direito a exigir
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deste indemnização por perdas e danos.
5 - Se o editor produzir exemplares em número superior ao convencionado, poderá o titular do
direito de autor requerer a apreensão judicial dos exemplares a mais e apropriar-se deles,
perdendo o editor o custo desses exemplares.
6 - Nos casos de o editor já ter vendido, total ou parcialmente, os exemplares a mais ou de o
titular do direito de autor não ter requerido a apreensão, o editor indemnizará este último por
perdas e danos.
7 - O autor tem o direito de fiscalizar, por si ou seu representante, o número de exemplares da
edição, podendo, para esse efeito e nos termos da lei, exigir exame à escrituração comercial do
editor ou da empresa que produziu os exemplares, se esta não pertencer ao editor, ou recorrer a
outro meio que não interfira com o fabrico da obra, como seja a aplicação da sua assinatura ou
chancela em cada exemplar.
Artigo 87.º
Forma
1 - O contrato de edição só tem validade quando celebrado por escrito.
2 - A nulidade resultante da falta de redução do contrato a escrito presume-se imputável ao editor
e só pode ser invocada pelo autor.
As vezes há/pede uma autorização por vezes é tacita, mas isto é um problema depois em
questão de provas, vemos isso no 125º:
Artigo 125.º
Autorização dos autores da obra cinematográfica
1 - Das autorizações concedidas pelos autores das obras cinematográficas nos termos do artigo
22.º devem constar especificamente as condições da produção, distribuição e exibição da película.
2 - Se o autor tiver autorizado, expressa ou implicitamente, a exibição, o exercício dos direitos de
exploração económica da obra cinematográfica compete ao produtor.
O que faz o produtor quando quer realizar uma obra para o cinema, a primeira coisa que deve
fazer é verificar quem é o criador, se o mesmo já tiver falecido verificar se os descendentes o
querem. E isto se faz justamente para motivos de prova e assim se precaver, para se possível
ser autorizado a realizar esta obra.
Já tivemos situações de histórias que foram transformadas em livros e depois as pessoas reais
da história não se viam no livro e revindicaram, ou seja, a participação dos titulares naquela
estreia é naturalmente para ver se aprovaram e para que possam reclamar a veracidade dos
factos.
Imaginem um homem que bebia muito, e aparece em um livro em que esta parte é ressaltada
e somente a família sabia que esse homem era um dependente alcoólico, ora esta parte pode
não ser aceite pela família por acreditar que devia se ter focado em outras partes mais
importantes e por ser de certo modo humilhante.
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Artigo 17 nº 3
Artigo 17.º
Obra feita em colaboração
1 - O direito de autor de obra feita em colaboração, na sua unidade, pertence a todos os que nela
tiverem colaborado, aplicando-se ao exercício comum desse direito as regras de compropriedade.
2 - Salvo estipulação em contrário, que deve ser sempre reduzida a escrito, consideram-se de valor
igual às partes indivisas dos autores na obra feita em colaboração.
3 - Se a obra feita em colaboração for divulgada ou publicada apenas em nome de algum ou
alguns dos colaboradores, presume-se, na falta de designação explícita dos demais em qualquer
parte da obra, que os não designados cederam os seus direitos àquele ou àqueles em nome de
quem a divulgação ou publicação é feita.
4 - Não se consideram colaboradores e não participam, portanto, dos direitos de autor sobre a
obra aqueles que tiverem simplesmente auxiliado o autor na produção e divulgação ou publicação
desta, seja qual for o modo por que o tiverem feito.
Artigo 125.º
Autorização dos autores da obra cinematográfica
1 - Das autorizações concedidas pelos autores das obras cinematográficas nos termos do artigo
22.º devem constar especificamente as condições da produção, distribuição e exibição da película.
2 - Se o autor tiver autorizado, expressa ou implicitamente, a exibição, o exercício dos direitos de
exploração económica da obra cinematográfica compete ao produtor.
SECÇÃO V
Da fixação fonográfica e videográfica
Artigo 141.º
Contrato de fixação fonográfica e videográfica
1 - Depende de autorização do autor a fixação da obra, entendendo-se por fixação a incorporação
de sons ou de imagens, separada ou cumulativamente, num suporte material suficientemente
estável e duradouro que permita a sua percepção, reprodução ou comunicação de qualquer
modo, em período não efémero.
2 - A autorização deve ser dada por escrito e habilita a entidade que a detém a fixar a obra e a
reproduzir e vender os exemplares produzidos.
3 - A autorização para executar em público, radiodifundir ou transmitir de qualquer modo a obra
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fixada deve igualmente ser dada por escrito e pode ser conferida a entidade diversa da que fez a
fixação.
4 - A compra de um fonograma ou videograma não atribui ao comprador o direito de os utilizar
para quaisquer fins de execução ou transmissão públicas, reprodução, revenda ou aluguer com
fins comerciais.
Artigo 87.º
Forma
Depois o 129º nº 1 - Já passamos, este fala acerca das autorizações (escritas) necessária para
determinadas áreas (descritas no artigo) depende do autor
SECÇÃO IX
Da tradução e outras transformações
Artigo 169.º
Autorização do autor
1 - A tradução, arranjo, instrumentação, dramatização, cinematização e, em geral, qualquer
transformação da obra só podem ser feitos ou autorizados pelo autor da obra original, sendo esta
protegida nos termos do n.º 2 do artigo 3.º
2 - A autorização deve ser dada por escrito e não comporta concessão de exclusivo, salvo
estipulação em contrário.
3 - O beneficiário da autorização deve respeitar o sentido da obra original.
4 - Na medida exigida pelo fim a que o uso da obra se destina, é lícito proceder a modificações que
não a desvirtuem.
Artigo 159.º
Forma e conteúdo do contrato de reprodução
1 - A reprodução das criações de artes plásticas, gráficas e aplicadas, design, projectos de
arquitectura e planos de urbanização só pode ser feita pelo autor ou por outrem com a sua
autorização.
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2 - A autorização referida no artigo anterior deve ser dada por escrito, presume-se onerosa e pode
ser condicionada.
3 - São aplicáveis ao contrato as disposições do artigo 86.º, devendo, porém, fixar-se nele o
número mínimo de exemplares a vender anualmente, abaixo do qual a entidade que explora a
reprodução poderá usar das faculdades nesse artigo reconhecidas.
A arte aplicada: E por exemplo uma cadeira, é uma arte aplicada a algo. Imagine que a
universidade decidia que só teria cadeira assinada, a arte aplicada é a própria conceção
daquele objeto. Arte aplicada tem haver com a obra concebida.
(Presunções legais)
1. Quem tem a seu favor a presunção legal escusa de provar o facto a que ela conduz. 2. As
presunções legais podem, todavia, ser ilididas mediante prova em contrário, excepto nos casos
em que a lei o proibir.
--
Já vimos até aqui as formalidades, tudo escrito. Aceita prova em contrário, depois vemos o
número 2º do artigo 128º (CDADC) diz que no silencio das partes... (Leu artigo)
Artigo 128.º
Exclusivo
1 - A autorização dada pelos autores para a produção cinematográfica de uma obra, quer
composta especialmente para esta forma de expressão quer adaptada, implica a concessão de
exclusivo, salvo convenção em contrário.
2 - No silêncio das partes, o exclusivo concedido para a produção cinematográfica caduca
decorridos 25 anos sobre a celebração do contrato respectivo, sem prejuízo do direito daquele a
quem tiver sido atribuída a exploração económica do filme a continuar a projectá-lo, reproduzi-lo
e distribuí-lo.
Significa que o princípio da autonomia privada tem eficácia. Se nada for dito tenho 25 anos,
como diz a lei - 25 anos como exclusivo
Aqui o autor da obra me autoriza a ter exclusividade sobre uma determinada obra, para usar,
no fundo ser ressarcida por essa obra por 25 anos, no fim de 25 anos deixo de comercializar a
venda. Eu contratualizo com o autor desta obra, posso comercializar esta obra.
Artigo 42.º
Limites da transmissão e da oneração
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Não podem ser objecto de transmissão nem oneração, voluntárias ou forçadas, os poderes
concedidos para tutela dos direitos morais nem quaisquer outros excluídos por lei.
Artigo 48.º
Disposição antecipada do direito de autor
1 - A transmissão ou oneração do direito de autor sobre obra futura só pode abranger as que o
autor vier a produzir no prazo máximo de 10 anos.
2 - Se o contrato visar obras produzidas em prazo mais dilatado, considerar-se-á reduzido aos
limites do número anterior, diminuindo proporcionalmente a remuneração estipulada.
3 - É nulo o contrato de transmissão ou oneração de obras futuras sem prazo limitado.
Portanto se o contrato visar prazo superior a 10 anos, considera se reduzido ao limite legal de
10 anos. Portanto eu posso doar e fazer transmissão das obras produzidas nos últimos 10 anos,
pergunta se porque que eu tenho limites na doação? Para proteger os herdeiros
Art 46º
Artigo 46.º
Penhor
1 - O conteúdo patrimonial do direito de autor pode ser dado em penhor.
2 - Em caso de execução, recairá especificamente sobre o direito ou direitos que o devedor tiver
oferecido em garantia relativamente à obra ou obras indicadas.
3 - O credor pignoratício não adquire quaisquer direitos quanto aos suportes materiais da obra.
Tudo que eu estiver a receber em momento de execução a editora envia ao credor. No fundo a
obra também pode ser penhorada. O que não pode ser penhorada? Não pode ser penhorada
uma obra que não esteja concluída. Porque não pode ser esta obra penhorada? Em princípio
para defender a criação do direito do autor.
Artigo 51.º
Direito de autor incluído em herança vaga
1 - Se estiver incluído direito de autor em herança que for declarada vaga para o Estado, tal direito
será excluído da liquidação, sendo-lhe no entanto aplicável o regime estabelecido no n.º 3 do
artigo 1133.º do Código de Processo Civil.
2 - Decorridos 10 anos sobre a data da vacatura da herança sem que o Estado tenha utilizado ou
autorizado a utilização da obra, cairá esta no domínio público.
3 - Se, por morte de algum dos autores de obra feita em colaboração, a sua herança dever ser
devolvida ao Estado, o direito de autor sobre a obra na sua unidade ficará pertencendo apenas aos
restantes.
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Imagine que, quando alguém morre a pessoa deixe património, mas pode haver também uma
deixa de dividas, e há duas opções ou aceita ou repudia a herança. Em caso de dividas, em
qualquer caso o Estado é Credor preferencial depois os trabalhadores, e depois outros. Mas,
entretanto, o Estado pode adquirir uma peça de arte, mas se o estado em um prazo de 10 anos
nunca tiver feito uso da peça de arte, não tiver exposto nem comercializado ele também é
tirado da alçada do tribunal do estado, portanto este fica a outros. Estado não pode ter o
direito de ter um valor e não usufruir e nem deixar que este não seja utilizado.
25.10
Teste:
-> I GRUPO: 1 questão de desenvolvimento
-> II GRUPO: 2 casos práticos sobre Direitos de Autor
NOTA: levar Código de Direitos de Autor, CRP, CC, Convenção de Berna
Caso exemplo, imaginemos que há uma obra que é publicada por uma universidade onde
vários alunos participaram.
1º como classificamos a obra -> obra coletiva art.19º CDADC em que os direitos de autor sobre
esta obra é atribuída à entidade singular ou coletiva que tiver organizado e emergido a sua
criação em nome de quem foi divulgada ou publicada.
2º quais os direitos que assistem aos investigadores que participam nesta obra que é no fundo
custeada pela própria universidade-> direito ??? 5.58min
3º tem direitos morais-> porque todos os investigadores e alunos do direito têm a obrigação de
exigir que o seu nome conste na sua produção. Exemplo, cada um escreveu um artigo e a
universidade criou uma obra, os direitos morais são inalienáveis, Art.9º, art.2º.
-> Qual o nome que se atribui a uma obra composta? Obra feita em colaboração, a obra
pertence a todos (17º, nº1) e aplica-se às obras produzidas em colaboração os princípios da
compropriedade.
- Remissão do art.17º para os artigos da compropriedade para responder ao caso prático.
-> A quem se atribui o direito de autor? Imaginemos que existe uma obra que ainda não foi
publicada, mas foi divulgada e conhece-se quem criou essa obra.
1º o que é uma obra publicada e uma obra divulgada;
2º quais são os artigos;
3º dizer que a titularidade da autoria pertence ao criador intelectual da obra, designadamente
se o caso prático processe o criador intelectual da obra mesmo ela não tendo sido publicada,
mas sim divulgada.
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-> Pode haver um caso prático em que haja uma ação em tribunal, que o próprio autor tenha
perdido a causa, seja uma ação de indemnização, importando saber se a obra deste autor pode
ser penhorada ou não (a única coisa que pode ser penhorada na obra é o direito patrimonial,
porque o direito moral é inalienável).
-> Relativamente ao usufruto, não lhe atribui a titularidade moral. Exemplo, posso ter um
quadro de uma amiga na minha casa a vida toda, posso usufruir daquele quadro, mas nunca
serei autora/criadora do quadro. Art.45º
- Posso usufruir do quadro, mas não me dá a componente de usucapião, não posso pintar o
quadro com outras tonalidades, restaurá-lo avivando as cores, entre outos.
-> O que se entende por direitos morais? Direitos que assistem ao autor ou criador da obra no
sentido dos direitos morais (Art.9º + Art.56º)
- O autor, durante toda a vida, tem o direito de reivindicar a paternidade da obra; se, por algum
motivo o nome das obras do criador for afastado, ele tem o direito a reivindicar a paternidade
da obra e de assegurar a genuinidade, ou seja, a obra tem de ser genuína.
Exemplo, uma fotografia a preto e branco, mas X entende que agora com a tecnologia da IA
transforma aquela fotografia e coloca cores mais atuais, eu, criadora de uma fotografia a preto
e branco posso nunca aceitar que a minha fotografia seja transformada para cor.
À PARTE:
-> Art.31º remete para o DL nº333/97, 27 de novembro - RADIODIFUSÃO POR SATÉLITE E
RETRANSMISSÃO POR CABO
-> Art.37º e 38º (domínio público) CDADC remeter para DL nº150/82, 29 abril (Código pág.181)
– se quisermos
-> (prazos de proteção de direitos do autor) DL nº334/97, 27 novembro
-> Não é preciso registar uma obra para ter autoria sobre a mesma. O registo é importante por
uma questão de prova. (Pág.143- Regulamento de Registo de Obras Literárias e Artísticas +
Anexo)
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3º cláusulas contratuais podem ser convencionadas ou as que ocorrem na lei (Há aqui uma
liberdade para o princípio de autonomia privada) (art.405º CC) -> Se formos ver uma minuta de
contrato de edição verificamos que normalmente são concebidas de modo a que o editor
tenha uma supremacia sobre o autor; é praticamente o editor que apresenta o contrato ao
autor.
-> O contrato de edição pode ter como objeto mais obras existentes ou futuras.
-> Os contratos de edição têm revisões anuais.
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