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Bens imateriais e titularidades – DC056

EMENTA: TITULARIDADES, INTRODUÇÃO ÀS PROPRIEDADES IMATERIAIS, CRIAÇÃO

INTELECTUAL E FORMAS DE APROPRIAÇÃO, DIREITOS AUTORAIS,

PROPRIEDADES INDUSTRIAIS E DEMAIS PROPRIEDADES IMATERIAIS, O

CONHECIMENTO TRADICIONAL.

PROGRAMA:

I) TITULARIDADES

1.1) Introdução ao estudo das titularidades

1.2) Titularidades e formas de apropriação

II) INTRODUÇÃO ÀS PROPRIEDADES IMATERIAIS, CRIAÇÃO INTELECTUAL E FORMAS

DE APROPRIAÇÃO

2.1) Propriedades corpóreas e propriedades incorpóreas

2.2) A propriedade e as propriedades imateriais

2.3) A apropriação da criatividade

III) DIREITOS AUTORAIS

3.1) Introdução aos Direitos Autorais (Direito do autor e direitos conexos)

3.2) Referência Legislativa

3.3) Obras Protegidas (objeto): criações estéticas

3.4) Sujeitos (protegidos): criadores da obra intelectual

3.5) Conteúdo dos direitos autorais: estrutura dos direitos autorais

3.6) O fundamento dos direitos autorais:

3.7) O objetivo dos direitos autorais:

3.8) A função dos direitos autorais

3.9) Contratos envolvendo direitos autorais e sua interpretação

3.10) Limitações e proteção do direitos autorais

3.11) Direitos conexos


IV) PROPRIEDADES INDUSTRIAIS E DEMAIS PROPRIEDADES IMATERIAIS

4.1) A questão da invenção e as propriedades industriais (marcas, patentes, desenho

industrial, etc.)

4.2) Demais propriedades imateriais: regimes jurídicos

V) O CONHECIMENTO TRADICIONAL

5.1) Introdução ao estudo do conhecimento tradicional

5.2) Conhecimento tradicional e mercado

5.3) Conhecimento tradicional e direito

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Resumo

O direito de propriedade é o direito subjetivo mais completo, que consiste naqueles


clássicos elementos que são os de usar, gozar (usufruir), dispor e reaver, somente pelo
proprietário.

Essa tutela não se refere somente às coisas físicas, mas abrange também a
propriedade imaterial que é sobre tudo aquilo que, exterioriza-se no mundo,
proveniente do pensamento humana.

Esta pesquisa, cujo tema é Aspectos Jurídicos Contraditórios na Aplicabilidade dos


Crimes Contra a Propriedade Intelectual, procurará responder o seguinte problema:
Como é possível garantir a proteção aos direitos intelectuais, haja vista a existência de
falhas e controvérsias na legislação voltada para os crimes contra a propriedade
intelectual? A relevância deste estudo justifica-se pelo questionamento acerca dos
aspectos jurídicos contraditórios existentes na legislação que trata dos crimes contra a
propriedade intelectual, resguardando os direitos do autor (privado), assim como
cumprindo a sua função social.

Nesse sentido, o objetivo geral da pesquisa é analisar como é possível garantir a


proteção aos direitos intelectuais, haja vista a existência de falhas e controvérsias na
legislação voltada para os crimes contra a propriedade intelectual.

A Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988 estabeleceu a


proteção sobre os direitos intelectuais, em seu Título II, Capítulo I, art. 5º,
consagrando-os como uma garantia fundamental. Diante disse percebe-se a
importância de se resguardar esses direitos imateriais.
Palavras-chave: Propriedade intelectual. Controvérsias. Crimes. Proteção dos direitos.

1. Introdução

A vida em sociedade é uma característica da civilização, a qual se desenvolveu ao longo


da história através de mecanismos de convivência constituindo um sistema social.
Assim, ficou cada vez mais evidente a necessidade de proteção dos direitos autorais,
fruto das crescentes criações e inventos humanos em todos os setores da sociedade.

Nesse ínterim, é visível a disparidade entre e crescente evolução humana


notoriamente tecnológica e a inércia verificada no desenvolvimento dos instrumentos
legais e até mesmo operacionais capazes de proteger e combater os direitos inerentes
à propriedade intelectual.

Este projeto de pesquisa, cujo tema é Aspectos Jurídicos Contraditórios na


Aplicabilidade dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, procurará responder, mais
especificamente, ao seguinte problema: Como é possível garantir a proteção aos
direitos intelectuais, haja vista a existência de falhas e controvérsias na legislação
voltada para os crimes contra a propriedade intelectual?

A relevância deste estudo justifica-se pelo questionamento acerca dos aspectos


jurídicos contraditórios existentes na legislação que trata dos crimes contra a
propriedade intelectual, resguardando os direitos do autor (privado), assim como
cumprindo a sua função social. A pesquisa contribui ainda, para o avanço científico na
área do direito e consequentemente com o crescimento intelectual do próprio
graduando/pesquisador.

A metodologia utilizada na pesquisa é teórico-dogmática, a partir de livros que tratam


do tema a ser discutido nas áreas do conhecimento do Direito Civil, Direito
Constitucional e Direito Penal. Assim, pode-se afirmar que será uma pesquisa baseada
em fontes secundárias.

Nesse sentido, o objetivo geral da pesquisa é analisar como é possível garantir a


proteção aos direitos intelectuais, haja vista a existência de falhas e controvérsias na
legislação voltada para os crimes contra a propriedade intelectual. E, de forma a atingir
essa meta, há que se cumprir, especificamente, os seguintes objetivos: relatar breve
histórico acerca da propriedade intelectual; estabelecer os conceitos de propriedade,
bem como os de propriedade industrial e o direito autoral; discorrer acerca dos crimes
contra a propriedade intelectual e, por derradeiro, aduzir sobre os aspectos jurídicos
contraditórios na aplicabilidade dos referidos crimes.
A Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988 estabeleceu a
proteção sobre os direitos intelectuais, em seu Título II, Capítulo I, art. 5º,
consagrando-os como uma garantia fundamental. Diante disse percebe-se a
importância de se resguardar esses direitos imateriais.

2. Breve Histórico e Evolução do Instituto

, incisos XXVII, XXVIII e XXIX. a Lei nº 9.279, de 03/10/96, que regula os direitos e
obrigações relativos à propriedade industrial e a Lei n.º 9.610, de 19/02/98, que
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais.

3. Conceitos

3.1. Propriedade Material e Imaterial

O direito subjetivo mais completo, é o direito de propriedade de onde todos os


direitos reais se originam. Esse direito consiste naqueles clássicos elementos que são
os de usar, gozar (usufruir), dispor e reaver, somente pelo proprietário.

Caio Mário da Silva Pereira assim conceitua o direito de propriedade “direito real por
excelência, direito subjetivo padrão, ou ‘direito fundamental’, a propriedade mais se
sente do que se define, à luz dos critérios informativos da civilização romano-cristã”. E
mais adiante, o aludido autor estabelece que “fixando a noção em termos analíticos, e
mais sucintos, dizemos, como tantos outros, que a propriedade é o direito de usar,
gozar, e dispor da coisa, e reivindicá-la de que injustamente a detenha”.
Cumpre dizer, que o conceito de propriedade não se confunde com o conceito de
posse, pois este último consiste apenas o elemento material, bastando somente que a
pessoa disponha fisicamente da coisa, não sendo necessário o ânimo de ser dono,
caracterizando-se com exteriorização da propriedade.

Sílvio Rodrigues aduz acerca da distinção entre a posse e a propriedade estabelecendo


que

...enquanto a propriedade é a relação entre a pessoa e a coisa, que assenta na vontade


objetiva da lei, implicando um poder jurídico e criando uma relação de direito, a posse
consiste em uma relação de pessoa e coisa, fundada na vontade do possuidor, criando
mera relação de fato. Tal relação de fato talvez nada mais seja que a exteriorização do
direito de propriedade. Essa circunstância, contudo, não é relevante, pois, mesmo que
nenhum direito exista à posse, é ela protegida, até que o possuidor seja convencido
por quem tenha melhor direito, o legislador a protege, até que pela vias regulares se
evidencie que isso não ocorre.

Diante dos conceitos estabelecidos de propriedade e de posse, é nítida a proteção


estabelecida pelo legislador à coisa/proprietário e à coisa/possuidor. Contudo, essa
tutela não se refere somente às coisas físicas, mas abrange também a propriedade
imaterial que é sobre tudo aquilo que, exterioriza-se no mundo, proveniente do
pensamento humano.

Desse modo, os direitos intelectuais possuem conteúdo econômico e também moral.


No primeiro aspecto, de caráter patrimonial, se refere à redistribuição do material do
trabalho intelectual e na exclusividade que a lei lhe confere de reproduzir a sua obra. E
o segundo aspecto, diz respeito a um direito que constitui emanação da personalidade
do artista, de manter intocada a obra mesmo depois de sua alienação.

Assim sendo, estabelecidos os conceitos genéricos de propriedade, passaremos a


tratar especificamente da matéria como se verá mais adiante

3.2. Propriedade Industrial e do Direito Autoral


Primeiramente se faz necessário esclarecer que a propriedade imaterial é gênero dos
quais são espécies a propriedade intelectual e os direitos da personalidade, pois são
bens impalpáveis. Por seu turno, o instituto da propriedade intelectual, que é o objeto
deste trabalho, é gênero das quais são espécies a propriedade industrial que é
regulada pela Lei nº 9.279/96, e o direito autoral que é tratado pela Lei nº 9.610/98.

Nesse sentido, a propriedade industrial diferentemente do direito autoral, este que


não possui formalidades, aquele repousa na veracidade de seu título aquisitivo. Este
instituto é voltado, principalmente, para o emprego industrial/comercial dos inventos,
sendo proibida a comercialização de produtos que plagiem o original.

Destarte, vigora o princípio da formalidade, pois a pessoa que exibe o certificado


de registro de uma marca ou o certificado de patente é titular exclusivo e "erga
omnes" de todos os direitos relacionados ao objeto lá descrito.

O direito autoral, por sua vez, é analisado sob o aspecto de ordem moral e de ordem
material/patrimonial, que se interpenetram quando da disponibilização pública de
uma obra artística, literária ou científica.

Os direitos morais pertencem exclusivamente à pessoa física do criador, e os


patrimoniais ao criador originário se não os cedeu ou ao terceiro a quem de autor os
facultou.

Os direitos materiais consistem em fruir e dispor publicamente da obra da forma que


aprouver o seu titular, observados os princípios de ordem pública. Já os direitos
morais são o direito ao inédito, o direito de ter seu nome sempre vinculado à obra, o
direito de se opor a quaisquer modificações que nela se pretenda introduzir, e outras
disposições previstas em lei.

Assim estabelece-se que o direito de propriedade industrial está direcionado para a


utilidade das criações no comércio, compreendendo o registro de marcas, etc., e o
direito autoral resguarda a expressão de idéias das obras publicadas ou não
publicadas.

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