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Questionário de Registo e notariado

1- Paula residente em Lisboa e Daniel residente no rio de janeiro, ambos de


nacionalidade angolana pretendem contrair casamento em Luanda decidiram que
fossem representados por procuradores no acto. Será possível, qual devera ser o
despacho do conservador?
R: O pedido deve ser apresentado na conservatória e deve conter o estipulado no art.
4º, 25º, 11º,12ºcaso seja aceite o pedido 11º, prazo do despacho do conservador C.N.
O despacho de indeferimento devidamente fundamentado art.25º nº1 conjugado com
o 34º co C.F. Caso favorável o despacho do conservador deve o casamento ser
celebrado dentro de 180 dias art.12º. o despacho vai ser de indeferimento por falta de
um dos intervenientes.

2- Ngueve e Miguel decidiram registar o seu filho recém-nascido na província de


Malange. Considere as seguintes hipóteses e indique as consequências:
a) Miguel não assinou o assento.
R: Contem vicio de inexistência mas dizer que aqui a uma irregularidade que pode
ser sanada por retificação que pode ser feita por averbamento art. 117º C.N.
b) Veio a saber que o funcionário que efectuou o registo era afinal o segurança do
edifício.
R: O registo devera ser nulo 112º C.N e a nulidade tem efeito retroativo.

c) No caso de procedência da acçao judicial de investigação de paternidade


instaurada contra Miguel, haverá necessidade de registo?
R: Esta acçao esta sujeita a registo nos termos do art. 2º nº1 e o 1º alínea b), esta
acçao vem constituir a relação entre pai e filho ou seja estabelece-se aqui o vinculo
de filiação acto este que esta sujeito a registo por meio de averbamento nos
termos do art. 1º b) C.N.

3- De forma clara e suscinta diga quais destes factos estão sujeitos a registo obrigatório?
a) Escritura de habilitação de herdeiro?
R: Não é obrigatório nos termos do art. 91º nº1 do C.N, salvo se tiver reflexa em
algum acto que estiver ligado ao comercio.

b) Escritura de doação de prédio rústico?


R: A doação de um prédio rústico deve ser feito por escritura publica e como se
trata de um bem imóvel deve ser registado porque o titulo constitutivo do direito
refere-se a aquisição de um direito ou equiparada art. 2º, 89º a) e b) do R.P e deve
ser feita por averbamento art. 192º alínea i) e 192º do mesmo código.

c) Mútuo hipoteca?
R: Não é obrigatório depende da vontade das partes art. 219º c.c, pois depende da
vontade das partes ver art. 46º, 51º CPC e 89º c) C.N, e a hipoteca o seu registo
tem efeito constitutivo e portanto é obrigatório e é escrito art. 183º C.P.
d) Escritura de propriedade horizontal?
R: É constituída nos termos do art. 75º e segts do C.N, o titulo constitutivo do
direito é por escritura publica art. 89º C.N, esta assim sujeito a registo nos termos
do art. 110º e segts R.P.

e) Contrato de arrendamento mercantil?


R: Não esta sujeita a registo mas esta sujeita a escritura publica art.89º alínea j) ver
tb o código comercial.

f) O substabelecimento?
R: Não esta sujeito a registo, mas deve ser elaborado por documentos com
intervenção notarial art. 127º C.N.

4- Quais dos seguintes actos esta sujeito a registo? Por transcrição, inscrição ou
averbamento?

a) O falecimento de um cidadão Angolano ocorrido na Rússia?


R: Deve ser lavrado por inscrição, deve ser reconhecido pelos agentes diplomáticos
ou consulares nos termos do art. 65º b) C.N, conjugado com o art 67º C.R.C; qdo o
casamento é celebrado no estrangeiro por entidade angolana o acto é por
transcrição, qdo é realizado no território nacional o acto será lavrado por inscrição.

b) O falecimento de um cidadão angolano ocorrido em Angola?


R:Inscrição art. 65º C.R.C

c) O casamento de cidadãos angolanos residentes na Rússia?


R: Inscrição art. 65º alínea d) e 67º C.R.C

d) O nascimento de um cidadão angolano ocorrido a bordo de um navio?


R: É lavrado a bordo por inscrição art 65º C.R.C conjugado com o art 130º,140º,
141º, e o capitão de bordo deve lavrar o assento de nascimento e remeter para a
1ª representação diplomática e depois pelos serviços de registo civil art. 130º,
140º e 141º.

e) O óbito de um cidadão angolano ocorrido a bordo de um navio?


R: Por inscrição art. 250º C.R.C

f) A acçao judicial de anulação de um casamento?


R: esta sujeito a registo obrigatório porque a acçao de anulação do casamento
determina a extinção de um facto jurídico sujeito a registo obrigatório que é o
casamento de acordo com o art. 1º alínea d); art. 2º do C.R.C e tal registo é feito
por averbamento porque constitui um acréscimo ou aditamento a ser feito no
assento do casamento de entretanto foi anulado art. 87º alínea a) e 88º alínea b)
g) A exclusão de um socio de uma sociedade por quotas?
R: Esta sujeito a registo por inscrição art.3º i) C.R.C, a exclusão do socio é admitida
nos termos do art.266º e 267º da lei das sociedades comerciais.

h) O contrato de cessão de quotas?


R: não esta sujeito a registo este tipo de contrato. O contrato de consorcio é
designado por Joint venture que são dois:
1º É este que esta no enunciado que não tem um personalizado.
2º É o contrato que surge com a junção das duas sociedades que cria uma 3º
sociedade e esta 2º esta sim sujeito a recurso. O 1º depois de realizado o objectivo
de cada um dispersa-se por isso não é necessário o registo, são entes não
personalizados, nenhuma delas perde a sua perda a sua personalidade jurídica.
Quanto a criação da 3º empresa criam um novo ente e tem como socio a empresa
1 e 2 e tem tempo determinado. Não esta sujeito a registo obrigatório porque uma
modalidade de Joint Venture não da lugar a um outro ente personalizado.

i) Considere que a sociedade A&M Lda., pretende celebrar um contrato com a


sociedade E&F S.A, o investimento será realizado por ambas sociedades
interessadas e lucro repartido equitativamente. Ambas se comprometem a
desenvolver a exploração de arvores em determinada área do território
nacional por um período de 10 anos?
R: Não esta sujeito a registo. Lei 19/03 de 12 Agosto regula a compartição
agrupamento de empresas e consorcio.

Registo Predial

Abel e irmãos decidem vender o único bem da herança de seus pais, uma casa
e um terreno, a Joaquim sendo que os referidos bens não se encontram
descritos na conservatória do registo predial. O que necessitam de fazer para
efectuar a venda?
R: O que necessitam fazer para efectuar a venda é necessário que façam
primeiro a habilitação notarial de herdeiros para que depois tratem dos
assuntos do de cuiús. É admissível quando a habilitação de herdeiros, é
obrigatório qdo haja menores e qdo não haja entendimento entre ele, depois
da habilitação notarial de herdeiros é que vão fazer o registo do prédio nos
termos do art. 6º C.R.P, 91º e 92º C.N. O prédio como nunca foi registado tem
que se fazer 1º uma descrição do próprio prédio nos termos do art.108º C.R.P
e segts, porque não se encontrava registado, se estivesse já registado tinha
que se fazer um averbamento dizendo que o proprietário já morreu e deixou
aos herdeiros e só averba que o prédio tem outros donos e que a transmissão
é por mortis causa. Têm que legalizar o prédio em nome deles em respeito ao
trato sucessivo art.86º da lei 1/97 e só depois podem vender art.13º C.R.P
Trato Sucessivo também é aplicável. Por se tratar de bens imoveis para os
herdeiros poderem transmitir ao Sr. Joaquim o título translativo do dto tem
que ser celebrado por escritura publica art.89º alínea a) C.N.
Registo Comercial

1ª) O conservador lavrou um registo de constituição de sociedade por quotas


com base num título que se veio a descobrir ser falso?
R: É nulo art.133º a) da lei 1/97lei da simplificação art. 3º d) código comercial.

b) Lavrou um registo de cessação de funções de gerente por renúncia sem a


necessária apresentação do pedido?
R: O registo tem que ser feito a pedido dos interessados salvo os oficiosos esta
subjacente ao princípio do dispositivo e instancia art.141º da lei 1/97.

c) Lavrou outro registo de constituição de sociedade por quotas tendo a mesma


no registo uma sede diferente da que consta no título?
R: Aqui há um vício que é o vício da nulidade e caducidade, esses vícios têm
que ser retificado por averbamento nos termos do art.166º nº1 da lei 1/97 e
2º do C.R.C e 133º e 134º são os vícios de retificação C.R.C.

2) António e Maria são casados sob o regime da comunhão de adquiridos:

a) Querem fazer um empréstimo e hipotecar um prédio urbano que maria


adquiriu por testamento de uma sua tia?
R: Não é considerado um bem próprio art.5º C.F, porque a hipoteca é um ónus
tem que ser feito pela maria art.53º,56º C.F. A hipoteca é um ónus que
passara a entender sobre o bem, enqto perdura a hipoteca o dto real do
proprietário encontra-se comprimido, tal bem só poderá ser hipotecado por
maria e a hipoteca tem que ser registada de acordo com o art. 102º C.R.P.

b) António quer arrendar uma casa de campo que compraram logo no inicio do
seu casamento?
R: Pode arrendar mas com o consentimento de maria por ser um bem comum
art. 57º e segts do C.F

c) Maria quer vender um prédio rustico que os pais do António lhe doaram
apenas a ele mas já no estado de casado com Maria?
R: Aqui neste caso não pode vender porque tem que ser vendido por António
porque é um bem próprio de António art. 89º a)C.N e art.2º nº1 a) do C.R.P

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