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Faculdade de Direito
Código do estudante:
1
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Direito
submetido na Coordenação do
Curso de Direito
da UnISCED.
Tutor:
Código do estudante:
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Índice
1. Introdução ...........................................................................................................................
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3. Conclusão .........................................................................................................................
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1. Introdução
A propriedade intelectual é um conceito fundamental no contexto da economia globalizada,
onde a inovação e a criatividade desempenham papéis essenciais no desenvolvimento
socioeconômico. Nesse cenário, a proteção dos direitos de propriedade intelectual torna-se
uma preocupação central para garantir um ambiente propício à inovação, ao investimento e ao
crescimento econômico sustentável.
Este trabalho abordará dois aspectos essenciais da tutela dos direitos de propriedade
intelectual: as providências cautelares e a tutela jurisdicional. As providências cautelares são
medidas de caráter urgente e provisório que visam evitar danos iminentes ou em curso,
enquanto a tutela jurisdicional refere-se ao conjunto de medidas e procedimentos disponíveis
perante o Poder Judiciário para a proteção e reparação desses direitos.
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2. Tutela dos direitos de propriedade intelectual
2.1. Direito de propriedade
O estudo dos direitos de propriedade compreende uma ampla gama de normas que regem as
relações legais entre indivíduos e os bens tangíveis ou intangíveis passíveis de posse.
Conforme esclarece Maria Helena Diniz (2002, p. 3), essa categoria de direitos estabelece
diretrizes "para a aquisição, exercício, manutenção e perda do controle humano sobre esses
bens, bem como para os meios de sua exploração econômica".
Assim, engloba o poder legal das pessoas sobre recursos materiais e imateriais susceptíveis de
apropriação. Conforme observado por Orlando Gomes (1998, p. 1), este ramo do direito
privado focaliza-se na definição do domínio do ser humano, no contexto jurídico, sobre a
natureza física em suas diversas manifestações, e na regulação da aquisição, exercício,
preservação, reivindicação e perda desse poder, de acordo com os princípios estabelecidos na
legislação vigente.
Os elementos do direito romano, jus utendi, fruendi e abutendi, assim como a rei vindicatio,
estão compreendidos nessa definição, demonstrando o poder do titular sobre o bem. O direito
de usar implica na disponibilidade da coisa pelo titular sem que sua essência seja modificada.
Desfrutar permite que se usufrua dos benefícios proporcionados pela coisa. Dispor de um
bem, seja consumindo-o, alterando sua essência ou separando-o, constitui a prerrogativa do
proprietário. E o direito de sequela, mencionado anteriormente, confere ao proprietário o
direito de reaver a coisa.
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A salvaguarda das criações do intelecto humano, denominada propriedade intelectual,
constitui um campo jurídico crucial que visa preservar as realizações do esforço criativo,
reconhecendoas como expressões do progresso e desenvolvimento da humanidade. Essa
proteção é vital para estimular o avanço social e representa um aspecto essencial do livre
desenvolvimento da personalidade humana.
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progresso da humanidade e a ampliação das fronteiras do saber, especialmente nas ciências.
Assim como qualquer outra forma de trabalho, o trabalho intelectual merece remuneração e
proteção.
Um exemplo notório é Leonardo Da Vinci, que escrevia seus registros de forma invertida,
dificultando a compreensão por estranhos. Durante a transição da antiga União Soviética nas
décadas de 1980 e 1990, seus principais pensadores migraram para o mundo capitalista em
busca de melhores condições de reconhecimento para suas contribuições criativas.
Sob uma perspectiva de mercado, Gandelman (2004, p. 117) argumenta que a ausência de
direitos de propriedade limita o controle sobre a produção e o acesso ao conhecimento,
resultando na escassez de produção e circulação desse conhecimento. A proteção da
propriedade intelectual não apenas defende o capitalismo, mas também garante o incentivo à
pesquisa, promovendo desenvolvimento e progresso social.
Se as grandes empresas não obtivessem retorno econômico com pesquisas, o único benefício
seria o social. Assim, a proteção da propriedade intelectual é crucial não apenas para o
funcionamento eficaz do capitalismo, mas também para garantir que o incentivo à pesquisa
seja eficaz, promovendo o desenvolvimento e o progresso social.
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cautelares incluem a apreensão de bens, a suspensão da comercialização de produtos
infratores e a interrupção de atividades que violem direitos de propriedade intelectual.
Segundo Soares (2018), "as providências cautelares são essenciais para garantir a eficácia da
proteção dos direitos de propriedade intelectual, uma vez que permitem a adoção de medidas
imediatas para evitar danos irreparáveis".
Conforme ressaltado por Machado (2020), "a tutela jurisdicional é fundamental para garantir
a aplicação eficaz da lei de propriedade intelectual, oferecendo um processo justo e equitativo
para resolver disputas e proteger os direitos das partes envolvidas".
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3. Conclusão
A tutela dos direitos de propriedade intelectual requer uma abordagem abrangente que inclua
tanto medidas cautelares quanto a tutela jurisdicional. Providências cautelares são essenciais
para evitar danos imediatos e irreparáveis, enquanto a tutela jurisdicional oferece um
processo mais amplo para resolver disputas e garantir a aplicação eficaz da lei. A integração
eficaz desses dois elementos é fundamental para promover a inovação, proteger a criatividade
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e estimular o desenvolvimento econômico em um mundo cada vez mais orientado pelo
conhecimento.
4. Referências bibliográficas
BASSO, Maristela. O Direito Internacional da Propriedade Intelectual. Porto Alegre: Editora
Livraria do Advogado, 2000.
BITTAR FILHO, Carlos Alberto. Tutela dos Direitos da Personalidade e dos Direitos Autorais
nas Atividades Empresariais. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2002.
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DIEZ-PICAZO, Luis. Fundamentos Del Derecho Civil Patrimonial: Las relaciones
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DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Direito das coisas. 17. ed. São Paulo:
Saraiva, 2002.
GOMES, Orlando. Direitos Reais. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
MORAES, José Diniz. A Função Social da Propriedade e a Constituição Federal de 1988. São
Paulo: Malheiros, 1999.
SERPA, Miguel Maria. Curso de Direito Civil. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2001.
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