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2018-2019 - 2º Semestre
António Machuco
O Statute of Anne (1710) foi a primeira lei de copyright.
http://www.copyrighthistory.org/cam/tools/request/showRepresentati
on?id=representation_uk_1710&pagenumber=1_1&show=all
É uma «lei destinada a encorajar a educação encouragement of
learning, ao dar o direito das cópias dos livros impressos aos
autores e editores dessas cópias (....), encorajando os homens
educados a compor e escrever livros úteis (...). O autor de qualquer
livro já impresso, ou o livreiro, tem o direito exclusivo de imprimir
esse livro pelo prazo de 21 anos. O autor de um livro ainda não
impresso, ou ainda não composto tem a liberdade de imprimir e
reimprimir esse livro pelo prazo de 14 anos.»
Fundamentos da lei:
➢Difusão do saber
➢Crítica aos monopólios
▪ É um monopólio temporário
Estados Unidos
Informação
➢Bem não-rival
➢Não-exclusivos
➢A natureza do output é a mesma que a do input
➢Conservam-se e multiplicam-se
➢Externalidades positivas
Leis de propriedade intelectual
• O Direito de Atribuição
• O Direito de Integridade
• O Direito de Publicação
• O Direito de Retirada
Principais princípios do copyright e do direito de autor
https://www.spautores.pt/assets_live/165/codigododireitodeautorcd
adclei162008.pdf
copyright\codigododireitodeautorcdadclei162008.pdf
Artigo 75 , 2 — São lícitas, sem o consentimento do autor, as seguintes utilizações da obra:
a) A reprodução, para fins exclusivamente privados, em papel ou suporte similar, realizada
através de qualquer tipo de técnica fotográfica ou processo com resultados semelhantes, com
excepção das partituras, bem como a reprodução em qualquer meio realizada por pessoa
singular para uso privado e sem fins comerciais directos ou indirectos;
e) A reprodução, no todo ou em parte, de uma obra que tenha sido previamente tornada
acessível ao público, desde que tal reprodução seja realizada por uma biblioteca pública, um
arquivo público, um museu público, um centro de documentação não comercial ou uma
instituição científica ou de ensino, e que essa reprodução e o respectivo número de exemplares
se não destinem ao público,
f) A reprodução, distribuição e disponibilização pública para fins de ensino e educação, de
partes de uma obra publicada, contando que se destinem exclusivamente aos objectivos do
ensino nesses estabelecimentos aos objectivos do ensino nesses estabelecimentos e não
tenham por objectivo a obtenção de uma vantagem económica ou comercial, directa ou
indirecta;
o) A comunicação ou colocação à disposição de público, para efeitos de investigação ou
estudos pessoais, a membros individuais do público por terminais destinados para o efeito nas
instalações de bibliotecas, museus, arquivos públicos e escolas, de obras protegidas não
sujeitas a condições de compra ou licenciamento, e que integrem as suas colecções ou acervos
de bens;
4 — Os modos de exercício das utilizações previstas nos números anteriores, não devem atingir
a exploração normal da obra, nem causar prejuízo injustificado dos interesses legítimos do
autor.
5 — É nula toda e qualquer cláusula contratual que vise eliminar ou impedir o exercício normal
pelos beneficiários das utilizações enunciadas nos nºs 1, 2 e 3 deste artigo, sem prejuízo…
A extensão dos prazos e âmbito da lei; a perda do equilíbrio
copyright\Berna.pdf
O processo que conduziu a TRIPS
➢ Lobby de indústrias
➢ Processo no âmbito dos acordos de livre comércio
Fundamental:
“Com relação à protecção da propriedade intelectual, toda vantagem,
favorecimento, privilégio ou imunidade que um Membro conceda aos
nacionais de qualquer outro país será outorgada imediata e
incondicionalmente aos nacionais de todos os demais Membros” (Art. 4.º).
copyright\Directiva 2001.pdf
Nova Directiva em discussão: Proposta de DIRETIVA DO PARLAMENTO
EUROPEU E DO CONSELHO relativa aos direitos de autor no mercado único
digital
Permissão para atualizar software que você utilizar ou baixar: Se você baixar ou usar
nosso software, você nos concederá permissão para baixar e instalar atualizações e
recursos adicionais para melhorá-lo, aprimorá-lo e desenvolvê-lo ainda mais.
Livros físicos versus livros eletrónicos
Num livro físico, um consumidor:
▪ compra o livro;
A lei diz:
“Os Estados-Membros devem prever a favor dos autores o
direito exclusivo de autorizar ou proibir qualquer comunicação
ao público das suas obras, por fio ou sem fio, incluindo a sua
colocação à disposição do público por forma a torná-las
acessíveis a qualquer pessoa a partir do local e no momento por
ela escolhido.” Information Society Directive , 2001, 3(1)
Use of Kindle Content.
‘Os actos de disposição lícitos, mediante a primeira venda ou por outro meio de
transferência de propriedade, esgotam o direito de distribuição do original ou de
cópias, enquanto exemplares tangíveis, de uma obra na União Europeia.’ (Art. 68º,
5 do Código português)
MAS
“O direito de distribuição não se esgota, na Comunidade, relativamente ao original ou
às cópias de uma obra, excepto quando a primeira venda ou qualquer outra forma de
primeira transferência da propriedade desse objecto, na Comunidade, seja realizada
pelo titular do direito ou com o seu consentimento.” Artigo 4(2)
União Europeia
https://dp.la/
https://www.europeana.eu/portal/en/rights.html
https://pro.europeana.eu/page/available-rights-statements
Cláusulas:
1.Liberdade de executar e copiar qualquer programa
2. Liberdade de modificar qualquer programa
3. Liberdade de redistribuir o programa acompanhado do código-fonte
Cláusula Fundamental:
4. O programa modificado tem de continuar a garantir que as liberdades de
(1), (2) e (3) se propaguem
Condições
Tom Ford → a criação na moda é uma apropriação, a qual é ela própria a norma na
moda.
sS existissem leis de copyright aplicáveis ao vestuário, então não existiria moda. Se a
cópia e a cópia transformadora não existissem, então “não existiria moda” (Ford,
2004: 52).
Culinária
1. Três princípios básicos orientam a nossa culinária: excelência, abertura e integridade.
2. A nossa culinária valoriza a tradição, assenta nela, e, juntamente com a tradição, faz parte da evolução
contínua da nossa arte.
As tradições culinárias do mundo são invenções coletivas e cumulativas, uma herança criada por
centenas de gerações de cozinheiros. A tradição é a base que todos os cozinheiros que aspiram à
excelência devem conhecer e dominar. A nossa abordagem aberta assenta no melhor que a tradição tem
para oferecer.
Como acontece com tudo na vida, a nossa arte evolui, tal como sucede desde que o homem inventou o
fogo. Nós abraçamos esse processo natural de evolução e aspiramos a influenciá-lo. Respeitamos a nossa
rica história e, ao mesmo tempo, tentamos desempenhar um pequeno papel na história do amanhã.
3. Nós adotamos a inovação – novos ingredientes, técnicas, aparelhos, informações e ideias – sempre
que ela pode contribuir realmente para a nossa culinária.
Nós não buscamos a novidade pela novidade. Podemos usar espessantes modernos, substitutos de
açúcar, enzimas, nitrogénio líquido, vácuos, desidratação e outros meios não tradicionais, mas estes não
definem a nossa culinária. São apenas algumas das muitas ferramentas que temos a sorte de ter à
disposição quando nos esforçamos para fazer pratos deliciosos e estimuladores do apetite. (…)
4. Acreditamos que a culinária pode afetar profundamente as pessoas e que um espírito de colaboração
e de partilha é essencial para o verdadeiro progresso no desenvolvimento dessa capacidade.
O ato de comer envolve todos os sentidos assim como a mente. Preparar e servir comida pode, portanto,
ser a mais complexa e abrangente das artes performativas. Para explorar todo o potencial expressivo da
comida colaboramos com cientistas, desde químicos a psicólogos, artesãos e artistas (de todas as áreas
das artes do espectáculo), arquitectos, designers, engenheiros industriais. Acreditamos também na
importância da colaboração e generosidade entre os cozinheiros: uma disposição para compartilhar
ideias e informações, juntamente com o pleno reconhecimento daqueles que inventam novas técnicas e
pratos