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PROPRIEDADE IMATERIAL – PROPRIEDADE INTELECTUAL

A propriedade imaterial se refere ao conjunto de direitos de propriedade intelectual, como os


direitos autorais (copyright) e os direitos de propriedade industrial (patentes, marcas,
desenhos industriais), além dos bens e direitos de personalidade. Ela é o gênero de que são
espécies a propriedade intelectual e os direitos de personalidade.

Propriedade Intelectual: A propriedade intelectual é um conjunto de direitos que protegem as


criações humanas e garantem que o autor, seja pessoa física ou jurídica, possa utilizá-las para
gerar lucro. Ela garante que um bem possa ser utilizado exclusivamente pelo seu criador e não
seja copiado ou divulgado por terceiros sem a sua autorização. A propriedade intelectual se
divide em duas categorias principais:

Propriedade Industrial: A propriedade industrial é um tipo de propriedade intelectual que


protege as criações intelectuais referentes às atividades industriais. Isso inclui coisas como
patentes, marcas registradas e desenhos industriais. A propriedade industrial é o patrimônio
imaterial e não palpável de uma empresa, ou seja, os bens invisíveis, como as patentes de
invenções e desenhos industriais. Ela é regulamentada pela Lei nº 9.279/96 que diz: “Art. 2º A
proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e
o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: I – concessão de
patentes de invenção e de modelo de utilidade; II – concessão de registro de desenho
industrial.
PROPRIEDADE AUTORAL

A propriedade autoral encontra-se protegida nos incisos XXVII e XXVIII do artigo 5º:

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de


suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:


a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem
ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;

Os incisos em análise garantem ao autor exclusividade de direitos de utilização, publicação ou


reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros, a possibilidade de transmissão aos
herdeiros qualifica o direito autoral como sendo VITALÍCIO, contudo, após o falecimento do
autor o direito é limitado pela Lei 9.610/982 que estabelece o prazo de 70 anos, após esse
prazo o direito cai em domínio público, podendo ser livremente explorada. Ou seja, para o
autor o direito autoral é vitalício, mas após a sua morte, para os herdeiros, esse direito será
temporário.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Já a propriedade industrial encontra-se protegida no inciso XXIX:

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos
nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

Diferentemente do direito autoral, a propriedade industrial é um privilégio TEMPORÁRIO. A lei


que se refere o artigo é a lei 9.279/1996 e de acordo com ela o prazo do privilégio previsto na
CF pode variar de 7 a 20 anos.

Uma relação muito interessante entre a propriedade autoral e a industrial está no tempo de
proteção previsto na Constituição.

Observe que na propriedade autoral, o direito do autor é vitalício tendo em vista a previsão de
possibilidade de transmissão desses direitos aos herdeiros. Contudo, quando nas mãos dos
sucessores a proteção será pelo tempo que a lei fixar, ou seja, temporário. Já na propriedade
industrial, a proteção do próprio autor já possui caráter temporário.
DIREITO À HERANÇA

O direito a herança permite a transferência – sucessão - dos bens acumulados em vida aos
herdeiros.

A CF assegura esse direito de forma expressa:

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável
a lei pessoal do “de cujus”;

O inciso XXXI prevê que em caso de sucessão, transmissão, de bens de estrangeiros situados
no Brasil, a regra é a da aplicação da lei brasileira. Contudo, existe a possibilidade de aplicação
da lei pessoal do estrangeiro falecido, ou seja, da lei estrangeira, quando essa lei for mais
benéfica, mais favorável, ao cônjuge e aos filhos brasileiros. Trata-se da garantia da Lei
sucessória mais benéfica.

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