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Workshop: Prescrição Farmacêutica

Farm. Marcos Luiz de Carvalho


Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais

Coronel Fabriciano, 06 de fevereiro de 2014

Prefeitura Municipal de Cel. Fabriciano


Câmara dos Vereadores de Cel. Fabriciano
Secretaria Municipal de Saúde de Coronel Fabriciano
Coordenadorias de Vigilância Sanitária de Coronel Fabriciano e Timóteo

1
2
Introdução

As Leis de Newton e a
Assistência Farmacêutica

3
4
O olho de Hórus
 D e a c o r d o c o m Ro b e r t F. O ' S h e a , m é d i c o d e B r i s b a n e , A u s t r á l i a [ A u s t r a l i a n
Prescriber 1995; 18(4): 84-5] "o símbolo o olho de Hórus, deus egípcio, surgiu há
5 0 0 0 a n o s . H ó r u s , fi l h o d e Í s i s , p e r d e u a v i s ã o a p ó s u m a t a q u e m a l i c i o s o d o
d e m ô n i o S et i , m a s r e c u p e ro u - a q u a n d o s u a m ã e i n vo c o u a a j u d a d e Tot . D a í e m
d i a n te , m é d i c o s e g í p c i o s r e c o r r e r a m a o d e u s H ó r u s e u s ava m c o m o s í m b o l o o o l h o ,
q u e fo i e s t i l i z a d o n a fi g u r a i n i c i a l . O s í m b o l o s i g n i fi c a s a ú d e e fe l i c i d a d e , e p r e c e d e u
a I m h o te p , m é d i c o e c o n s e l h e i r o d e Z o s e r n a te rc e i r a d i n a s t i a (c . 2 6 7 0 a . C . ). O
s í m b o l o e s t á p r e s e n te n o m a g n í fi c o p e i to r a l d e Tu t a n c â m o n , 1 3 0 0 a n o s m a i s t a r d e .
H o m e r o [ c . 8 5 0 a . C . ] a c r e d i t a va q u e o s e g í p c i o s e r a m h a b i l i d o s o s m é d i c o s e o s i g n o
d e H ó r u s a o s e r a d o t a d o p e l o s m é d i c o s g r e g o s to r n o u - s e o s i g n o d e A p o l o . M é d i c o s
g r e g o s e s c r av i z a d o s t r o u x e r a m o s í m b o l o p a r a Ro m a , e N e ro [ 37 - 6 8 a . C . ] te n to u
a t r i b u í - l o a J ú p i te r, o d e u s ro m a n o . E l e q u i s e s t a b e l e c e r o s i g n o c o m o o s í m b o l o d a
s u b j u g a ç ã o d o m é d i c o a o E s t a d o . A i g r e j a , e m s e u t u r n o , e s fo r ç o u - s e p a r a
c r i s t i a n i z a r o s í m b o l o , e s c r eve n d o - o c o m d u p l o R e p r o p a l o u - s e s e r u m a i nvo c a ç ã o a o
anjo Rafael e sua réplica Responsum Raphaelis. Mas os alquimistas, mais tarde,
r eto r n a r a m a o s í m b o l o g r e g o o r i g i n a l e i s s o p e r d u r o u a t é o s d i a s d e h o j e . N a E r a d a
R a z ã o , o s í m b o l o fo i r a c i o n a l i z a d o e d i z - s e q u e é a i n i c i a l R d o l a t i m " r e c i p e " , r e c e b a
e s t a p r e s c r i ç ã o , o u to m e e s te s p r i n c í p i o s a t i vo s .
O s s í m b o l o s s ã o u m c ó d i g o s e c r eto d a h u m a n i d a d e e o p i c to g r a m a d o o l h o d e
H ó r u s to r n o u - s e , h o j e e m d i a , o s í m b o l o d a p r e s c r i ç ã o m é d i c a " .

5
“Prescrição”

6
Objetivos

• Apresentar o panorama da prescrição farmacêutica


em outros países;
• Informar sobre a resolução do Conselho Federal de
Farmácia que regulamenta a "Prescrição Farmacêutica";
• Alertar para as responsabilidades inerentes à essa
nova prática;
• Mostrar alguns aspectos do complexo processo para
se efetivar essa nova prática;
• Trocar experiências.

7
O Panorama em outros países

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Estados Unidos da América

• FDA entende ser importante ampliar o conceito de


Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs).

• Para verificar a viabilidade, desta iniciativa: ampla


consulta focada em discutir que tipos de provas seriam
necessárias para demonstrar que determinados
medicamentos podem ser usados com segurança nessa
nova definição.

9
Estados Unidos da América

 Alguns critérios que o FDA entende que podem ser


estabelecidos para definir como categorizar os MIPs,
garantindo o uso seguro e adequado:

• Antes de iniciar um tratamento medicamentoso, você


pode ter que conversar com um farmacêutico ou
realizar um teste diagnóstico;

 Em outros casos, você pode ter que visitar um médico


para obter uma receita inicial, mas não seria
necessária nova consulta para a receita do mesmo
medicamento;
10
Estados Unidos da América

 Alguns medicamentos poderiam estar em uma


categoria mista, ou seja, ser um medicamento de
prescrição em algumas condições e um MIP em
outras condições, desde que garantisse a segurança
ao paciente;

 Um cenário importante para melhorar o autocuidado


é o envolvimento dos farmacêuticos para ajudar os
consumidores a verificarem o seu diagnóstico, ou
decidir se a medicação está certa.

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Canadá

 Categoriza os medicamentos em quatro listas:


 Medicamentos de prescrição;
 Medicamentos de dispensação farmacêutica vendidos
pelo farmacêutico e não necessitam de receita médica;
devem ser mantidos em uma área da farmácia onde não
haja acesso público e oportunidade para autosseleção;
 Medicamentos de autosserviço vendidos pelo
farmacêutico e mantidos em uma área da farmácia onde
haja acesso público e oportunidade para autosseleção. A
farmácia deve estar licenciada para esse tipo de venda;
 Medicamentos de prescrição farmacêutica prescritos
pelo farmacêutico, em conformidade com diretrizes
previamente aprovadas.
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Reino Unido

 Os medicamentos podem estar disponíveis:

 Sob prescrição (POM - Prescription Only Medicine).


 Isento de Prescrição Médica, mas sob a supervisão do
farmacêutico (P - Pharmacist).
 Para venda geral (GSL - General Sales List) vendido em
lojas de varejo, sem a supervisão do farmacêutico.
 Para essa classificação é necessário afirmar com
segurança razoável que o medicamento pode ser
fornecido sem a orientação de um farmacêutico.

13
Reino Unido

 No Reino Unido a prescrição farmacêutica está


instituída desde 2003 para melhorar o acesso e bem
utilizar as destrezas do Profissional Farmacêutico, mas
para realizar prescrição, é preciso ter pelo menos dois
anos de experiência clinica ( Farmácia Clínica) depois
do registro profissional. Tem sido prescritos,
principalmente, produtos cardiovasculares, mas
também para o sistema nervoso central, endócrino e
gastrointestinal (todos é claro exigiriam receita
médica).

 Fo n te : Ju l i o - A g o s to - S e p t i e m b r e , 2 010 . D i s p o n í ve l e m : h t t p : / / w w w. a i s l a c . o r g

14
Austrália

 Na Austrália, o Farmacêutico é capacitado a prescrever


os medicamentos listados como MIP, incluindo os
pharmacist – only, os quais se encontram disponíveis
para ao público nas farmácias comunitárias. Também
podem receitar medicamentos de prescrição, com base
em um sistema que os permite realizar tal ação em
situações de emergência, como no caso dos
Contraceptivos Orais de Emergência

15
Portugal

 Posição da Ordem dos Farmacêuticos:

 O medicamento - sujeito ou não à receita médica –


não pode ser encarado como um bem de consumo
qualquer e banalizá-lo. Representa riscos para a
saúde pública, sendo necessário garantir a
utilização racional, segura e efetiva.
 Por esta razão, defende a elaboração de uma lista
de medicamentos não sujeitos à receita médica
(MNSRM), cuja dispensação seja exclusiva em
farmácias comunitárias.

16
Portugal

 Esta posição é justificada pelo fato do conjunto de


medicamentos disponíveis fora das farmácias, isto
é, nos locais de venda de MNSRM, ter aumentado
significativamente e, neste momento, incluir
medicamentos de uso prolongado ou que contêm
substâncias ativas que, por sua natureza, exigem
aconselhamento e acompanhamento farmacêutico.

17
Classificação dos MIPs

 Há que se salientar que existe um aspecto em


comum entre esses outros países:

 Os MIPs estão subdivididos em diversas outras


categorias, muitas das quais incluem a prescrição
farmacêutica e aqueles que só podem ser
dispensados sob a orientação farmacêutica.

 Esta classificação dos MIPs é muito distinta da


adotada no Brasil.

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No Brasil

 O livre acesso aos MIPs através do autosserviço


não contribui para a saúde pública.

 Ao contrário, cerceia o direito da população à


assistência farmacêutica, direito este assegurado
como parte integrante do direito à saúde,
garantido pela Constituição Federal e reafirmado
pela:
— Lei Orgânica da Saúde,
— Política Nacional de Medicamentos, e
— Política Nacional de Assistência Farmacêutica .

19
No Brasil

 O livre acesso aos MIPs através do autosserviço

 Esta medida desestimula a população na busca de


orientação profissional para aquisição de
medicamentos que, embora isentos de prescrição,
não devem ser isentos de orientação profissional.

 É neste cenário que o papel do farmacêutico,


enquanto profissional responsável pela orientação
da utilização correta dos medicamentos, faz-se
fundamental.

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Histórico

Autorização para
Demanda por que
serviços, distintos
incorporação Redefinição da profissionais
de tecnologias e divisão possam NOVO modelo de
desafios de social do trabalho selecionar, prescrição como
sustentabilidade entre as profissões iniciar, adicionar, prática
do da substituir, ajustar, MULTIPROFISSIONAL
financiamento da saúde repetir ou
assistência à interromper a
saúde terapia
farmacológica

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Novo modelo de prescrição
como prática profissional

Específica para cada Favorece o acesso e aumenta o


profissão, controle sobre os gastos,
sendo efetivada de acordo reduzindo
com as os custos com a provisão de
necessidades de cuidado do farmacoterapia racional e
paciente e com as propiciando a obtenção de
responsabilidades e limites de melhores resultados
atuação de cada profissional terapêuticos

22
Resolução CFF 586/2013

 Em 26 de setembro de 2013, o Conselho Federal de


Farmácia publicou a Resolução n° 586, de 29 de
agosto de 2013, que regulamenta a prescrição
farmacêutica, e dá outras previdências.

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Prescrição Farmacêutica

 Ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta


terapias farmacológicas, não farmacológicas e
outras intervenções relativas ao cuidado a saúde do
paciente, visando a promoção, proteção e
recuperação da saúde, e a prevenção de doenças e
de outros problemas de saúde.

24
Prescrição Farmacêutica

 A resolução prevê dois tipos possíveis de prescrição


farmacêutica:

a) Medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica


isentos de prescrição médica, no caso de patologias que
não necessitam de diagnóstico prévio;

b) Medicamentos tarjados, porém neste caso, existem alguns


requisitos.

25
Prescrição Farmacêutica

 O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em


diferentes estabelecimentos farmacêuticos,
consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde,
desde que respeitado o princípio da
confidencialidade e a privacidade do paciente no
atendimento.

 O ato da prescrição farmacêutica constitui


prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado
e registrado no CRF de sua jurisdição.

26
Prescrição Farmacêutica

O QUE PODE PRESCREVER...

27
Medicamentos Isentos de PreScrição -
mips
 Os MIPs, segundo o Ministério da Saúde, são:
 “aqueles cuja dispensação não requerem autorização,
ou seja, receita expedida por profissional".

 Sinonímia:
• Medicamentos de venda livre;
• OTC (sigla inglesa de "over the counter", cuja
tradução literal é "sobre o balcão")

28
MIPs

 O farmacêutico poderá prescrever medicamentos e


outros produtos com finalidade terapêutica, cuja
dispensação não exija prescrição médica, incluindo:
• medicamentos industrializados e preparações
magistrais alopáticas ou dinamizadas;
• plantas medicinais;
• drogas vegetais;
• outras categorias ou relações de medicamentos que
venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal
para prescrição do farmacêutico.

29
MIPs

 O exercício deste ato deverá ser fundamentado em


conhecimentos e habilidades clínicas que abranjam
boas práticas de prescrição, fisiopatologia,
semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia
clínica e terapêutica.

 O ato da prescrição de medicamentos dinamizados e


de terapias relacionadas às práticas integrativas e
complementares, deverá ser fundamentado em
conhecimentos e habilidades relacionados a estas
práticas .

30
MIPs

 O livre acesso aos MIPs torna-os diretamente


atrelados à AUTOMEDICAÇÃO, uma prática comum,
devido à dificuldade de atendimento médico (como
por exemplo, demora na marcação de consultas
médicas, atendimento precário em pronto-socorros).

31
Prescrição Farmacêutica

O QUE PODE PRESCREVER...

MAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS


32
Prescrição Farmacêutica

De medicamentos sob prescrição médica

• O farmacêutico poderá prescrever medicamentos


cuja dispensação exija prescrição médica, desde que
condicionado à existência de diagnostico prévio e,
• Apenas quando estiver previsto em programas,
protocolos, diretrizes ou normas técnicas aprovados
para uso no âmbito de instituições de saúde; e ainda...
• Quando da formalização de acordos de colaboração
com outros prescritores ou instituições de saúde.

33
Prescrição Farmacêutica

De medicamentos sob prescrição médica

 Para o exercício deste ato será exigido, pelo CRF o


reconhecimento de título de especialista ou de
especialista profissional farmacêutico na área clínica,
com comprovação de formação que inclua
conhecimentos e habilidades em boas práticas de
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica.

34
Prescrição Farmacêutica

De medicamentos sob prescrição médica

 É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de


medicamentos do paciente, emitida por outro
prescritor, salvo quando previsto em acordo de
colaboração, sendo que, neste caso, a modificação,
acompanhada da justificativa correspondente, deverá
ser comunicada ao outro prescritor.

35
Prescrição Farmacêutica

De medicamentos dinamizados

 Para a prescrição destes medicamentos, será


exigido, pelo CRF, o reconhecimento de título de
especialista em Homeopatia ou Antroposofia.

36
Prescrição Farmacêutica

ARGUMENTOS:
CONTRÁRIOS

FAVORÁVEIS37
Argumentos Contrários

Alegação: a prescrição farmacêutica é antiética, pois


o profissional irá prescrever e dispensar.

 Explicação: o exercício profissional do farmacêutico


NÃO corresponde a uma atividade comercial. A
função essencial do farmacêutico é prestar serviços
de caráter clínico-assistencial ao paciente e estes
serviços devem ser fundamentados nas
necessidades de saúde do paciente e no respeito à
ética e na responsabilidade profissional.

38
Argumentos Contrários
Alegação: a prescrição farmacêutica é antiética...

 Explicação: quando um paciente, voluntariamente,


procura pelos serviços farmacêuticos com o intuito de
ser auxiliado no tratamento de um problema de saúde
autolimitado, p.ex., em que a prescrição de um
medicamento de venda livre possa atender às suas
expectativas, este ato não caracteriza conflito de
interesses.
 Por outro lado, qualquer atitude que leve o
farmacêutico a ceder a pressões de ordem econômica
constitui má conduta profissional passível das sanções
disciplinares previstas no Código de Ética da profissão.
39
Argumentos Contrários

Alegação: a prescrição farmacêutica é antiética...

 Explicação: atualmente os MIPs já podem ser


indicados pelo farmacêutico (visto que são isentos
de prescrição médica) e isso ocorre no dia a dia das
farmácias e drogarias.
 A diferença é que essa indicação ocorrerá de forma
escrita e não somente verbal.

40
Argumentos Contrários

Alegação: para que prescrever se é isento de


prescrição?

 Explicação: a documentação (prescrição) da


recomendação do MIP trará mais segurança ao
paciente e credibilidade ao trabalho do farmacêutico.
• Isto trará:
—Aumento da credibilidade
—Valorização profissional

41
Argumentos Contrários

Alegação: o farmacêutico não tem competência para


fazer diagnóstico.

 Explicação: a prescrição dos MIPs não requer


diagnóstico prévio, visto que os medicamentos serão
utilizados para tratamento dos transtornos menores.

42
Argumentos Contrários

Alegação: o farmacêutico não tem competência para


fazer a indicação de medicamentos.
 Explicação: o farmacêutico é o profissional que mais
entende de medicamento. Ele necessita desse
conhecimento para atuar na dispensação e orientar
adequadamente o paciente, para efetuar avaliação da
prescrição médica (RDC n°44/09) e realizar o
acompanhamento farmacoterapêutico.

O paciente adquire os MIPs por indicação de


propagandas, amigos ou balconistas. Será que essas
pessoas entendem mais de medicamentos do que o
farmacêutico? 43
Argumentos Contrários

Alegação: o CFF não tem competência para legislar


sobre essa questão.
 Explicação: O CFF tem competência legal para
regulamentar o âmbito da profissão e assim a
prescrição farmacêutica, visto que o inciso "m" do
art. 6° da Lei n° 3.820, de 11 de novembro de
1960, estabelece que cabe ao Conselho Federal de
Farmácia "expedir resoluções, definindo ou
modificando atribuições ou competência dos
profissionais de Farmácia, conforme as necessidades
futuras".

44
Argumentos FAVORÁVEIS

A possibilidade da prescrição por farmacêuticos está


implícita em várias regulamentações. Exemplos:
 Artigo 6° da Lei n°. 11.903, de 14 de janeiro de
2009, que dispõe sobre o rastreamento da produção
e do consumo de medicamentos por meio de
tecnologia de captura, armazenamento e
transmissão eletrônica de dados, define as seguintes
categorias de medicamentos: a) isentos de
prescrição para a comercialização; b) de venda sob
prescrição e retenção de receita, e c) de venda sob
responsabilidade do farmacêutico, sem retenção de
receita.
45
Argumentos FAVORÁVEIS

A possibilidade da prescrição por farmacêuticos está


implícita em várias regulamentações.

 Exemplos:

 RDC n° 44 da Anvisa, de 17 de agosto de 2009 - Art.


81, § 2°, alínea I, letra b indicação de medicamento
isento de prescrição e a respectiva posologia,
quando houver

46
Argumentos FAVORÁVEIS

Exemplos:

 Item 5.17.2 da Resolução RDC n° 87 da Anvisa, de


21 de novembro de 2008 estabelece que a
prescrição ou indicação, quando realizada pelo
farmacêutico responsável, também deve obedecer
aos critérios éticos e legais previstos.

47
Argumentos Favoráveis

Prescrição Farmacêutica Tarjados

• Responsabilidade compartilhada entre os


profissionais de saúde pela qualidade de vida e bem
estar do paciente;
• Atuação na equipe multiprofissional em benefício do
paciente;
• Facilitar o acesso a medicamentos de uso contínuo
por pacientes já diagnosticados e cuja patologia
esteja devidamente controlada pelo uso do
medicamento;

48
Argumentos Favoráveis

• Facilitar o acesso a medicamentos de uso


emergencial.

• Obrigação legal do farmacêutico de avaliar a


prescrição médica antes de efetuar a dispensação,
conforme RDC Anvisa n° 44/2009 e Resolução CFF n°
357/2001.

49
Prescrição Farmacêutica

O PROCESSO DA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA

50
Prescrição Farmacêutica

 O processo é constituído das seguintes etapas:

Seleção da terapia ou
intervenções relativas
Identificação das ao
cuidado à saúde, com
necessidades do Definição do
base
paciente objetivo em sua segurança,
relacionadas à terapêutico eficácia,
saúde custo e conveniência,
dentro do plano de
cuidado

51
Prescrição Farmacêutica

 No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar


medidas que contribuam para a promoção da
segurança do paciente, entre as quais se destacam:
Considerar a
existência de
Basear suas ações Tomar decisões de outras condições
clínicas, o
nas forma
uso de outros
melhores compartilhada e medicamentos,
evidências centrada no os hábitos de vida e o
científicas paciente contexto de cuidado
no
entorno do paciente

52
Modelo de Prescrição
Farmacêutica
 Observações:
• Redação em vernáculo,
por extenso, de modo legível;
• Nomenclatura e sistema
de pesos e medidas oficiais;
• Sem emendas ou rasuras.

53
Prescrição Farmacêutica

 SUS: necessariamente em conformidade com a DCB


ou, em sua falta, com a DCI.
 Âmbito privado: preferentemente em conformidade
com a DCB ou, em sua falta, com a DCI.
 É vedado ao farmacêutico prescrever sem a sua
identificação ou a do paciente, de forma secreta,
codificada, abreviada, ilegível ou assinar folhas de
receituários em branco.

54
Prescrição Farmacêutica

 Será garantido o sigilo dos dados e informações do


paciente, obtidos em decorrência da prescrição
farmacêutica, sendo vedada a sua utilização para
qualquer finalidade que não seja de interesse
sanitário ou de Fiscalização do exercício profissional.

55
Prescrição Farmacêutica

É vedado o uso da prescrição farmacêutica como meio


de propaganda e publicidade de qualquer natureza.

O farmacêutico manterá registro de todo o processo


de prescrição na forma da lei.

56
Prescrição Farmacêutica

• O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em


diferentes estabelecimentos farmacêuticos,
consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde,
desde que respeitado o princípio da confidencialidade
e a privacidade do paciente no atendimento.

• O ato da prescrição farmacêutica constitui


prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado e
registrado no CRF de sua jurisdição.

57
Resolução CFF n° 585/2013

ATRIBUIÇÃO CLÍNICA DO FARMACÊUTICO

58
Resolução CFF n° 585/2013

Em 26 de setembro de 2013, o Conselho Federal de


Farmácia publicou a Resolução n° 585, de 29 de
agosto de 2013, que regulamenta as atribuições
clínicas do farmacêutico, e dá outras previdências.

59
Resolução CFF n° 585/2013

 As atribuições clínicas do farmacêutico visam:

• promoção, proteção e recuperação da saúde, além


da prevenção de doenças e de outros problemas de
saúde.
• proporcionar cuidado ao paciente, família e
comunidade, de forma a promover o uso racional de
medicamentos e otimizar a farmacoterapia, com o
propósito de alcançar resultados definidos que
melhorem a qualidade de vida do paciente.

60
Resolução CFF n° 585/2013

• O farmacêutico poderá solicitar exames somente


para a finalidade de monitorização de resultados da
farmacoterapia do paciente. É vedada a solicitação de
exames com finalidade diagnóstica.

• A solicitação de exames por qualquer profissional


da saúde, para serem pagos pelos planos de saúde,
depende da vinculação e dos protocolos de trabalho
que o profissional estabelecer com estes.

61
Resolução CFF n° 585/2013

•Prover as consulta farmacêutica em consultório


farmacêutico ou em outro ambiente adequado, que
garanta a privacidade do atendimento.

• É possível a existência de consultório farmacêutico


autônomo, porém são registrados e regulados pelos
respectivos conselhos profissionais e órgão sanitário
(municipal e estadual, conforme descentralização).

62
DÚVIDAS FREQUENTES

63
Dúvidas Frequentes

1) O farmacêutico que é RT na farmácia magistral


poderá exercer duplicidade de atividade, ou seja,
responsabilidade técnica e atribuição clínica dentro da
farmácia?

64
Resposta

 Sim, a atividade clínica poderá ser exercida em


qualquer estabelecimento farmacêutico, pois
constam descrita no âmbito do profissional, desde
que o farmacêutico tenha condição para executar as
duas atividades, pois tanto a atenção ao paciente,
como a manipulação são atos privativos do
farmacêutico.

65
Dúvidas Frequentes

2) A Farmácia Magistral poderá manipular prescrições


de farmacêuticos que atendam em drogarias,
farmácias magistrais, ambulatórios, farmácias
comunitárias, entre outros estabelecimentos
farmacêuticos (autônomos inclusive)?

66
Resposta

 Sim, pois o ato da prescrição farmacêutica poderá


ocorrer em diferentes estabelecimentos
farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de
atenção à saúde (artigo 4° da Resolução CFF n°
586/2013) e desde que a prescrição farmacêutica
tenha todos os dados exigidos no artigo 9° da
Resolução CFF 586/13.

67
Dúvidas Frequentes

3) Ao realizar a prescrição farmacêutica, quais dados


devo registrar? Os receituários poderão ser arquivados
eletronicamente? Por quanto tempo devo manter estes
registros?

68
Resposta

 De acordo com o artigo 9° da Resolução CFF n°


586/2013, a prescrição farmacêutica deverá ser
redigida em vernáculo (português), por extenso, de
modo legível, observados a nomenclatura e o
sistema de pesos e medidas oficiais, sem emendas
ou rasuras, devendo conter os seguintes
componentes mínimos:
I - identificação do estabelecimento farmacêutico ou
do serviço de saúde ao qual o farmacêutico está
vinculado;

69
Continuação da resposta...

II - nome completo e contato do paciente


III - descrição da terapia farmacológica, quando houver,
incluindo as seguintes informações:
a) nome do medicamento ou formulação,
concentração/dinamização, forma farmacêutica e via de
administração;
IV - descrição da terapia não farmacológica ou de outra
intervenção relativa ao cuidado do paciente, quando
houver;
V - nome completo do farmacêutico, assinatura e número
de registro no Conselho Regional de Farmácia;
VI - local e data da prescrição .
70
Continuação da resposta...

 Quanto ao arquivamento da documentação, a


Resolução CFF n° 586/2013, no artigo 7°, inciso VII,
prevê como uma das etapas do processo de
prescrição a documentação e no artigo 16 prevê que
o farmacêutico deverá manter registro de todo o
processo de prescrição na forma da lei, que no caso
entendemos que pode ser aplicada a Resolução RDC
44/09, artigo 89: "Toda documentação deve ser
mantida no estabelecimento por no mínimo 5 (cinco)
anos”

71
Dúvidas Frequentes

4) Quanto ao trecho da Resolução CFF 585/13,


"Prover consulta farmacêutica em consultório
farmacêutico este consultório poderia ser a sala de
aplicação de injetáveis?

72
Resposta

 A consulta farmacêutica deve ser realizada em


ambiente que demanda um atendimento
individualizado e deve garantir a privacidade,
confidencialidade para a coleta, avaliação, registro e
arquivo das informações e o conforto do paciente.

 O artigo 15 da RDC 44/2009 da Anvisa estabelece


os requisitos para o ambiente destinado aos serviços
farmacêuticos em farmácias e drogarias.

73
Dúvidas Frequentes

5) A consulta e a prescrição poderão ser cobradas?

74
Resposta

 A prescrição é um documento que pode ou não ser


gerado durante a consulta.

 Não há proibição em legislação para a cobrança pela


consulta, que é um serviço prestado e portanto,
PODE ser cobrado, porém a prescrição, enquanto
documento emitido, não deve ser cobrada .

75
Dúvidas Frequentes

6) Com relação aos medicamentos homeopáticos


dinamizados, os mesmos poderão ser prescritos e
manipulados?

76
Resposta

 Sim, o farmacêutico poderá prescrever preparações


magistrais homeopáticas dinamizadas isentas de
prescrição médica e manipulá-las na própria
farmácia.

 Essa prescrição deverá estar fundamentada em


conhecimentos e habilidades relacionadas a estas
práticas (artigo 5°, parágrafo 2° da Resolução CFF
n° 586/2013).

77
Dúvidas Frequentes

7) O farmacêutico poderá prescrever medicamentos


cuja dispensação exija prescrição médica, desde que
condicionado a um diagnóstico prévio?

78
Resposta

 Sim, desde que condicionado à existência de


diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em
programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas,
aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde
ou quando da formalização de acordos de colaboração
com outros prescritores ou instituições de saúde.
 Porém, para o exercício deste ato, o CRF-MG exigirá o
reconhecimento de título de especialista ou de
especialista profissional farmacêutico na área clínica,
com comprovação de formação que inclua
conhecimentos e habilidades em boas práticas de
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação
interpessoal, farmacologia clínica.
79
Continuação da resposta...

 E para a prescrição de medicamentos dinamizados


também será exigido o reconhecimento de título de
especialista em Homeopatia ou Antroposofia (artigo
6°, parágrafo 1° e 2° da Resolução CFF n°
586/2013).

80
Dúvidas Frequentes

8) O farmacêutico que possui uma pós-graduação em


Farmacologia e Toxicologia Clínica pode prescrever
medicamentos cuja dispensação exija prescrição
médica?

81
Resposta

• A exigência de titulação está inserida no artigo 6°,


parágrafo único da Resolução CFF 586/13.
• De acordo com o referido dispositivo legal, o
farmacêutico deve possuir especialização na área
clínica e durante o curso ter disciplinas de
"conhecimentos e habilidades em boas práticas de
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica".
• Tal comprovação ocorrerá mediante protocolo da
documentação (certificado) junto ao CRF-MG para
análise .

82
Dúvidas Frequentes

9) Pode o farmacêutico sem especialização prescrever


medicamentos isentos de prescrição?

83
Resposta

 Sim, é permitido ao farmacêutico prescrever


medicamentos, cuja dispensação não exija
prescrição médica, como os medicamentos
industrializados, as preparações magistrais
(alopáticos e dinamizados), as plantas medicinais,
as drogas vegetais e outras categorias ou relações
de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo
órgão sanitário federal para prescrição do
farmacêutico .

84
Continuação da resposta...

 Porém, o farmacêutico para o exercício deste ato


deverá estar fundamentado em conhecimentos e
habilidades clínicas que abranjam boas práticas de
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica.

 E para a prescrição de medicamentos dinamizados e


de terapias relacionadas às práticas integrativas e
complementares, deverá estar fundamentado em
conhecimentos e habilidades relacionados a estas
práticas (artigo 5°, parágrafo 1° e 2° da Resolução
CFF n° 586/2013).
85
Dúvidas Frequentes

10) Gostaria de saber os requisitos para que o


Conselho de Farmácia reconheça o meu título e me
autorize a prescrever, porque já tenho os
conhecimentos obtidos na graduação e na prática
farmacêutica.

86
Resposta

 A exigência de título de especialista é somente para


o farmacêutico que deseja prescrever medicamentos
cuja dispensação exija prescrição médica, desde que
condicionado à existência de diagnostico prévio e
apenas quando estiver previsto em programas,
protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados
para uso no âmbito de instituições de saúde ou
quando da formalização de acordos de colaboração
com outros prescritores ou instituições de saúde.

87
Continuação da resposta...

 Neste caso, para o exercício deste ato será exigido,


pelo Conselho Regional de Farmácia de sua
jurisdição, o reconhecimento de título de
especialista ou de especialista profissional
farmacêutico na área clínica, com comprovação de
formação que inclua conhecimentos e habilidades
em boas práticas de prescrição, fisiopatologia,
semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia
clínica e terapêutica (artigo 6°, parágrafos 1° e 2°
da Resolução CFF n° 586/2013).

88
Dúvidas Frequentes

11) Quais medicamentos a farmácia poderá


manipular? Todos os fitoterápicos estão liberados?

89
Resposta

 De acordo com o artigo 5° da Resolução CFF n°


586/2013, o farmacêutico poderá realizar a
prescrição de medicamentos, cuja dispensação não
exija prescrição médica (MIP) incluindo
medicamentos industrializados e preparações
magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas
medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou
relações de medicamentos que venham a ser
aprovadas pelo órgão sanitário federal para
prescrição do farmacêutico.

90
Continuação da resposta...

• Sendo assim, além de prescrever, o farmacêutico na


farmácia, poderá manipular as preparações magistrais
alopáticas, com base no Anexo da Resolução RDC n°
138/2003 que contém a lista de grupos e indicações
terapêuticas especificadas que são de venda sem prescrição
médica.

• Também poderá manipular os fitoterápicos de venda sem


prescrição médica descritos no Anexo - Lista de
medicamentos fitoterápicos de registro simplificado da IN
n° 5/2008 e o Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia
Brasileira RDC n° 60/2011 disponível para consulta no site
da Anvisa .
91
Dúvidas Frequentes

12) Como as farmácias de manipulação devem


proceder com a prescrição farmacêutica de
medicamentos manipulados (ordem de serviço e
rotulagem)?

92
Resposta

 A Resolução RDC 67/07 dispõe que a farmácia deve


garantir que todos os produtos manipulados sejam
rastreáveis, portanto, devem proceder normalmente
como já ocorre com todas as formulações
manipuladas, registrando a prescrição farmacêutica
no Livro de Receituário, informatizado ou não,
seguindo o número de ordem do livro e colocando o
nome do paciente, nome do prescritor farmacêutico
e n° de registro no CRFMG, descrição da formulação
contendo todos os componentes e concentrações e a
data do aviamento.

93
Continuação da resposta...

 E no rótulo deve colocar: nome do prescritor


farmacêutico, nome do paciente; número de registro
da formulação no Livro de Receituário; data da
manipulação, prazo de validade, componentes da
formulação com respectivas quantidades, número de
unidades, peso ou volume contidos, posologia,
identificação da farmácia, C.N.PJ, endereço
completo, nome do farmacêutico responsável técnico
com o respectivo número no Conselho Regional de
Farmácia (Resolução RDC n° 67/07, item 8.3.2 e
12.1).

94
Voltando ao que se pode prescrever

95
Prescrição Farmacêutica

Transtornos Menores - uma definição

"Uma queixa de saúde com a qual, com ações simples,


os pacientes podem lidar sozinhos. Ações simples, neste
contexto incluem, o autocuidado que não envolve um
médico, a procura de conselho em uma farmácia, pedir a
conhecidos, tomar medicamentos OTC, ficar na cama, ou
faltar ao trabalho usando uma justificativa própria.“

 Fo nte : N oruega: Sc andinavi an Journal of Prim ar y H ealth Care . 2011 ; 2 9: 3 9-44 ap ud CORR ER, CJ. em
<http:/ /pt.slide share.net/CassyanoJCorrer/o-que -so-transtornos -menores> acess ado em 13/ 12/2013

96
Prescrição Farmacêutica

Transtornos Menores = Problema de saúde autolimitado

"enfermidade aguda de baixa gravidade, de breve


período de latência, que desencadeia uma reação
orgânica a qual tende a cursar sem dano para o
paciente e que pode ser tratada de forma eficaz e
segura com medicamentos e outros produtos com
finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija
prescrição medica, incluindo medicamentos
industrializados e preparações magistrais -alopáticos
ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais
ou com medidas não farmacológicas.“
Fonte: Resol ução C F F n° 585/2013 - Gl ossári o 97
Prescrição Farmacêutica

Transtornos Menores - resumo


 Transtorno menor pode ser definido como um
problema de saúde autolimitante e de cura
espontânea.

 Apresenta sintomas há sete dias ou menos, não está


relacionado com outra doença e não é causado por
medicamento.

 F o n t e : R i n a l d o F e r r e i r a - M e s a R e d o n d a 1 9 C o n g . B r a s . Fa r. C o m u n i t á r i a e m <
http://ww w.cr f r s.org.br/cr f r s/dados/prescricao.pdf > ac essado em 1 3/1 2/201 3

98
Prescrição Farmacêutica

Exemplos de Transtornos Menores

 Problemas respiratórios (catarro, gripe, tosse, dor de


garganta, rinite alérgica e outros sintomas);
 Problemas do trato gastrointestinal (úlceras bucais,
azia, indigestão, náuseas e vômitos, obstipação,
diarreia, hemorroidas) ;
 Enjoo por movimento e sua prevenção;
 Infecções cutâneas (eczema, dermatite, acne, pé de
atleta, verrugas, sarna, erupções cutâneas na infância).

 D r a . M a r í a J o s é M a r t i n C a l e r o - G r u p o d e I n v e s t i g a c i ó n e n F a r m a c o t e r a p i a y A t e n c i ó n Fa r m a c é u t i c a
- Universidad de Sevilla, Espanha 99
Prescrição Farmacêutica

Exemplos de Transtornos Menores

 Problemas relacionados com a dor: cefaleias,


odontalgias, otalgias, dores musculoesqueléticas;
 Afecções femininas: dismenorreia, cistite;
 Problemas oculares: olho seco, conjuntivite alérgica;
 Afecções infantis: dermatite da fralda, pediculose,
verminoses, aftas.

 D r a . M a r í a J o s e M a r t i n C a l e r o - G r u p o d e I n v e s t i g a c i ó n e n Fa r m a c o t e r a p i a y A t e n c i ó n
Fa r m a c ê u t i c a - U n i v e r s i d a d d e S e v i l l a , E s p a n h a

100
Exemplo I

Paciente de 34 anos que recorre a farmácia para


tratar uma diarreia de 2 dias de evolução. Tem
apresentado cinco evacuações líquidas sem exudatos
patológicos e sem febre. Refere dor abdominal leve.

Protocolo de IF
D r a . M a r í a J o s e M a r t i n C a l e r o - G r u p o d e I n v e s t i g a c i ó n e n Fa r m a c o t e r a p i a y A t e n c i ó n
Fa r m a c ê u t i c a - U n i v e r s i d a d d e S e v i l l a , E s p a n h a

101
Exemplo II

Paciente de 34 anos que recorre a farmácia para tratar uma


diarreia de 2 dias de evolução. Tem apresentado cinco evacuações
líquidas com sangue e muco. Apresenta febre e refere dor
abdominal intensa

Encaminhamento ao médico

 Dra. María José Mar tín Calero - Grupo de Investigación en Farmacoterapia y Atención Farmacêutica - Universidad
102
de Sevilla, Espanha
Prescrição Farmacêutica

 A resolução RDC Anvisa n° 138, de 29 de maio de


2003, dispõe sobre os medicamentos de venda sem
prescrição médica, legalmente identificados na Lista de
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE).

 A dispensação dos medicamentos incluídos nesta lista


NÃO requer a autorização do prescritor, ou seja, da
receita emitida pelo médico ou odontológo .

Atribuições e competências do Farmacêutico na Prescrição Farmacêutica -Éver ton Borges Farmacêutico


Fiscal- Assessor de Relações Institucionais - CRF-RS
103
RDC Anvisa N° 10/2010

 Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto


à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e
dá outras providências .

104
O Processo da Prescrição
Farmacêutica

ALGORITMO DE DECISÃO NOS


TRANSTORNOS MENORES

105
algoritmo

106
Prescrição Farmacêutica

Anamnese

Cuidado!!!

 Perguntas compostas, ou seja, duas ou mais


perguntas feitas sem tempo de o paciente responder
a cada uma delas;
 Perguntas induzidas, que incluem uma possibilidade
de resposta na pergunta, devem ser sistematicamente
evitadas, a fim de manter a qualidade da entrevista.

 ht t p: / /w w w. s aud e . s p . gov. b r /r e s ou r c e s / ipgg/ as s is te n c ia- far m ac e u ti c a/ OTU KI


M E T O D O C L I N I C O PA R A AT E N C A O FA R M A C E U T I C A . p d f 107
Prescrição Farmacêutica
Anamnese
Só se acha o que se procura e só se procura o que se conhece...
“ AUSÊNCIA DE EVIDÊNCIA nem sempre implica em EVIDÊNCIA DE AUSÊNCIA ”

108
Prescrição Farmacêutica
Anamnese

109
Prescrição Farmacêutica
Anamnese
Após a análise dos dados, o farmacêutico pode
chegar a uma das conclusões:

 O paciente NECESSITA de atendimento médico;

 O paciente NÃO NECESSITA de atendimento médico.

110
Prescrição Farmacêutica
Anamnese
O Paciente NECESSITA de atendimento médico

• Isso acontece se o paciente pertencer a um grupo


de risco (gestantes, lactantes, recém-nascidos,
crianças, idosos);
• Se o problema relatado não poder ser tratado pelo
farmacêutico com a utilização de MIP;
• Se estiver ocorrendo reação adversa a outro
medicamento que o paciente utiliza;
• Se os sintomas estiverem associados a outra
patologia .
111
Prescrição Farmacêutica
Anamnese
O paciente NÃO NECESSITA de atendimento médico

 Uso de medidas não farmacológicas ou tratamento


medicamentoso com MIP

112
Dispensação do MIP

É essencial que o usuário receba as seguintes


orientações:

• Administração (como, quando, quanto) e modo de


ação dos medicamentos;
• Duração do tratamento;
• Possíveis reações adversas, contra-indicações e
interações com outros medicamentos e/ou alimentos.

113
Atenção!

CUIDADOS QUE DEVEM SER RESSALTADOS

114
Prescrição

115
Prescrição

116
Modelos de Algoritmos
Febre - Finkel

117
Modelos de Algoritmos
Cefaléia

118
Modelos de Algoritmos
Cefaléia

119
120
Muito obrigado a todos!

 marcosluiz51@hotmail.com
 Facebook/Marcos Luiz de Carvalho

121

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