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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC

CAMILA COSTA SOUZA

MATEUS DE CARVALHO PAIVA

EXPLORANDO O SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL FRAME: técnicas


construtivas, vantagens e desvantagens

ILHÉUS – BAHIA

2023
CAMILA COSTA SOUZA

MATEUS DE CARVALHO PAIVA

EXPLORANDO O SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL FRAME: técnicas


construtivas, vantagens e desvantagens

Trabalho apresentado como parte dos critérios de


avaliação da disciplina CET858 – Processos de
construções e edificações. Turma T06. Ministrada
pela docente Thayse Gama de Carvalho.

ILHÉUS – BAHIA

2023
SUMÁRIO

Sumário
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
2 JUSTIFICATIVAS ................................................................................................. 6
3 OBJETIVOS ......................................................................................................... 8
4 DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 9

4.1 Descrição e histórico da tecnologia .............................................................. 10

4.2 Materiais Usados ............................................................................................ 11

4.3 Técnicas construtivas utilizadas ................................................................... 12

4.4 Importantes aspectos da engenharia ............................................................ 14


5 CONCLUSÃO..................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 18
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1 INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil é bastante dinâmica, e demanda a


necessidade frequente de novas descobertas tecnológicas ou a adaptação e adoção
das já existentes. Nesse contexto, o sistema construtivo Light Steel Frame (LSF) tem
ganhado destaque como uma alternativa viável e sustentável para a edificação de
estruturas residenciais, comerciais e industriais.

Considerando o panorama global, onde a demanda por práticas mais


sustentáveis é cada vez maior, torna-se imperativo o estabelecimento de um
processo de conscientização e disseminação de métodos construtivos que sejam
eficazes e menos prejudiciais ao meio ambiente. Esse objetivo está se tornando
alcançável graças ao contínuo avanço tecnológico, que progressivamente
transforma a construção em um processo cada vez mais industrializado e
racionalizado (Santiago; Freitas; Crasto, 2012).

O Light Steel Frame consiste em perfis de aço leve, onde são posicionados
estrategicamente para funcionar como suporte de materiais que faram as divisões dos
cômodos como também elemento estrutural para garantir solidez e união a toda
edificação. Por vezes confunde-se o LSF com outro modelo construtivo a seco, o
Drywall, onde a diferença se apresenta nos perfis de aço do Drywall não ser um
elemento essencial à estrutura.

No entanto, apesar de suas vantagens, o Light Steel Frame ainda enfrenta


desafios para sua plena aceitação e adoção no mercado da construção civil. Os
métodos construtivos seguem de alguma forma a cultura local, disponibilidade de
materiais, mão-de-obra especializada e, por fim, os custos para a execução do
empreendimento. A falta destes recursos acaba por trazer um obstáculo para a
utilização desse sistema construtivo.

Frente a este cenário, o presente estudo tem como objetivo aprofundar a


análise do sistema construtivo denominado Light Steel Frame. Nosso enfoque recai
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sobre a exploração de seus benefícios, identificação dos desafios a serem superados


e a projeção de suas perspectivas no futuro. A abordagem incluirá uma avaliação
abrangente dos aspectos técnicos, econômicos e ambientais associados ao LSF,
assim a aplicação com êxito deste método em diversos contextos. Portanto, espera-
se desempenhar um papel significativo na disseminação e aprofundamento do
entendimento acerca dessa técnica construtiva promissora, incentivando discussões
construtivas e a constante evolução do setor na construção civil.
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2 JUSTIFICATIVAS

O sistema construtivo Light Steel Frame tem despertado cada vez mais
interesse e se estabelecido como uma alternativa viável e promissora na construção
civil. Diante disso, é fundamental compreender as justificativas que embasam a
realização deste trabalho acadêmico, visando aprofundar o conhecimento sobre o
LSF e destacar sua relevância no contexto atual. A seguir, apresentaremos algumas
das principais justificativas para a realização deste estudo.

O LSF oferece uma série de vantagens que o tornam atrativo para o setor da
construção civil. Como a agilidade na construção possibilita a redução do tempo de
execução da obra e favorecendo uma mais rápida utilização e por fim retorno do
investimento.

Outra justificativa importante é a sustentabilidade oferecida pelo Light Steel


Frame. O uso de perfis de aço leve como estrutura principal resulta em uma redução
significativa nos custos da fundação. Além disso, o LSF é altamente sustentável, em
comparação ao método tradicional de construção brasileiro, por evitar: desperdícios
de materiais; emissão de CO2 e consumo de água na fabricação dos recursos e
redução da madeira utilizada; desperdício com energia, devido à possibilidade de
incorporar isolantes térmicos e acústicos de alta qualidade. Essas características
contribuem para a eficiência e competitividade do setor.

Além dos benefícios mencionados, é importante destacar que o Light Steel


Frame segue normas e padrões de fabricação garantindo qualidade, precisão
construtivas e fidelidade ao planejamento orçamentário de todo o projeto. Além do
fato do tratamento do aço e da galvanização favorecerem durabilidade e resistência,
junto com o aspecto dos materiais serem pré-fabricados ajudar na economia de
espaços para construção.
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Diante das justificativas apresentadas, fica evidente a relevância deste


trabalho acadêmico sobre o Light Steel Frame. A compreensão e aprofundamento dos
benefícios, características técnicas e aspectos de engenharia relacionados a essa
modalidade construtiva contribui para a evolução e avanço deste setor da economia.
Junto a expectativa do provimento e conhecimento sobre o LSF os profissionais da
área, como engenheiros, arquitetos e construtores, possam ponderar
sustentabilidade e eficiência dessa tecnologia em seus projetos, além de estimular
a contínua evolução do setor da construção civil.
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3 OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho consiste em realizar uma análise do sistema


construtivo denominado Light Steel Frame LSF, com o objetivo de compreender os
métodos construtivos utilizados e destacar tanto os benefícios quanto os desafios
associados a essa técnica. Empregando uma extensa revisão bibliográfica, serão
exploradas fontes acadêmicas, artigos científicos e relatórios técnicos, com o intuito
de construir um conhecimento sólido sobre o LSF. Um dos principais objetivos é
aprofundar a investigação dos benefícios oferecidos pelo LSF em comparação com
métodos construtivos tradicionais. Serão examinados critérios como a velocidade
de execução da obra, flexibilidade, sustentabilidade ambiental, qualidade e custos.
Além disso, será feita à identificação dos desafios e desvantagens inerentes à
adoção do sistema construtivo Light Steel Frame.

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4 DESENVOLVIMENTO

A tecnologia Light Steel Frame engloba diversos aspectos de relevância. Sendo


assim, serão abordados três subtópicos que proporcionarão uma compreensão mais
abrangente desta abordagem construtiva. O primeiro tópico conta com a descrição e
histórico desta tecnologia, elucidando como o LSF utiliza perfis de aço leve como
elemento estrutural predominante nas edificações, destacando sua evolução ao longo
dos anos e a crescente expansão em diversos setores da construção civil. Na
sequência, será elucidado o processo construtivo e às técnicas empregadas no Light
Steel Frame, desde o estágio de concepção do projeto arquitetônico até a precisão na
montagem dos perfis de aço e a instalação dos painéis de fechamento. Por fim, serão
apresentados sobre elementos essenciais de engenharia vinculados ao LSF, como a
resistência estrutural, a eficiência energética e a seleção criteriosa de materiais. Isso
realçará o papel fundamental que a engenharia desempenha na garantia da precisão,
segurança e na contínua evolução desta tecnologia promissora.
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4.1 Descrição e histórico da tecnologia

O Light Steel Frame foi derivado de um modelo construtivo impulsionado pelo


momento histórico nos Estados Unidos denominado “Marcha para os Oeste”
durante o Século XIX, mais precisamente entre os anos de 1810 e 1860 que foram
marcados por um grande incentivo populacional de ocupação territorial do Centro-
Oeste e Oeste americano, e juntamente favorecendo a economia da região. Como
forma de atender ao crescente número de demanda por habitações foi necessário
o desenvolvimento de métodos construtivos mais rápidos, e de baixo custo
utilizando materiais disponíveis na região como a madeira o que deu origem ao
sistema Wood Frame. Sendo necessário dizer que eles utilizavam a madeira mais
leve e resistente possível, para diminuir a força de trabalho e manter a qualidade e
segurança.

De acordo com Shull e Zager (1994), no começo da década de 90, a madeira


encarou uma enorme inflação, inflação essa que implicou em quase 100% de
aumento. Além disso, com o término da Segunda Guerra Mundial, o aço tornou-se
um material copioso e a manufatura do aço havia adquirido vasto conhecimento na
utilização devido à sua participação na guerra. Esse fato acrescido do
desmatamento provocado pelo Wood Frame, criaram um cenário favorável para o
surgimento do LSF, promovendo uma nova forma de construção a partir do aço
galvanizado, mais leve e barata.

No Brasil, a introdução do LSF ocorreu por volta da década de 90,


especificamente em 1998, quando foi inicialmente adotado em edifícios residenciais
de médio e alto padrão, trazendo tendências tecnológicas e grandes vantagens para
o construtor e consumidor. Esse tipo de construção surgiu como uma maneira de
atender as necessidades de uma sociedade moderna em relação à construção civil.

Atualmente, o sistema Light Steel Frame ainda tem escala de adoção bem
abaixo do desejável e isso se deve a fatores como falta de domínio do método
construtivo pelos profissionais do projeto e mão-de-obra com baixo nível de
instrução, entre outros. Porém, é notável a disposição e o interesse das grandes
empresas em ampliar a presença desse sistema no mercado brasileiro. Dentre as
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principais aplicações, destacam-se alojamentos de obras, creches, escolas,


shopping centers, galpões, lojas comerciais e, naturalmente, residências familiares.

4.2 Materiais Usados

Perfis de Aço Galvanizado: Os perfis de aço galvanizado mais utilizados


nesse tipo de modelo construtivo são classificados como ‘‘U’’, ‘‘U enrijecido (ou Ue)’’,
‘‘Cartola’’ e ‘‘Cantoneira’’ (Santiago; Freitas; Crasto, 2012).

Painel OSB: este possui dupla função, estrutural e de vedação. No que se


refere à função estrutural, os painéis transferem cargas horizontais e verticais para a
fundação. Por outro lado, quando desempenham o papel de elementos de vedação,
proporcionam a separação dos espaços com foco no conforto térmico, acústico e na
entrada de luz natural, devidamente planejados. Entretanto, é importante mencionar
que quando expostos à umidade, é necessário aplicar uma camada cimentícia para
protegê-los contra esse agente.

Placa cimentícia: utilizada principalmente para fechamento externo. Porém,


pode ser usada de maneira interna em áreas molhadas e para o seu acabamento
utiliza-se um material chamado base coat.

Placa de gesso acartonado: empregada em vedação de áreas internas. Para


melhor acabamento em sua superfície, aplica-se massa niveladora.

Isolamento térmico: Para garantir o isolamento conforto do térmico do


ambiente é necessário atender a normas de desempenho, onde deve ser analisado
a condição que ira atuar o projeto e a necessidade para acertar os materiais
utilizados. Comumente se utiliza, entre a placa externa e interna, um composto de
EPS (poliestireno expandido), tela de fibra de vidro e um revestimento especial para
garantir maior durabilidade.

Isolamento acústico: Também é necessário atender normas de desempenho


(NBR) que estabelecem um padrão acústico nas edificações. O desempenho
acústico do sistema adotado pode variar tanto pela espessura das placas à serem
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utilizadas para o fechamento, como pelo espaçamento entre elas e o material


utilizado como isolante, permitindo dessa forma uma série de combinações
conforme os critérios adotados no projeto. A utilização de materiais porosos ou
fibrosos confere ao conjunto melhor desempenho uma vez que conseguem dissipar
a energia sonora e diminuir a sua intensidade.

Cobertura: a estrutura da cobertura é formada por barras de aço galvanizado


e algumas telhas utilizadas para cobrir essa estrutura são as cerâmicas, metálicas
e asfálticas. Porém, é importante a aplicação de mantas impermeáveis que
melhorem a vedação do sistema. Uma outra alternativa é a telha Shingle, muito
utilizada na Europa e nos Estados Unidas e pouco comum no Brasil, que apresenta
como diferencial ser uma telha impermeável. Esse fato se deve à sua composição,
pois é fabricada com um material composto por manta asfáltica, rocha vulcânica e
fibra de vidro.

4.3 Técnicas construtivas utilizadas

O processo construtivo do Light Steel Frame envolve uma série de etapas


bem definidas. Inicialmente, é realizado o projeto arquitetônico, que leva em
consideração as especificidades do sistema construtivo e as demandas do cliente.

Dentre as técnicas a serem utilizadas, tem-se:

Método “Stick”: os perfis são cortados e montados diretamente no canteiro


de obra, eliminando a necessidade de espaço dedicado à pré-fabricação do sistema,
o que simplifica o transporte das peças e a execução das conexões entre os
elementos mais fácil e adaptável as circunstâncias. As lajes, painéis e cobertura são
montadas no local e podem vir perfurados para a passagem de instalações
hidráulicas e elétricas. Apresenta como vantagens a eliminação da necessidade de
um local para pré-fabricação dos elementos do sistema, a facilidade de transporte
das peças até o canteiro e simplicidade de execução das ligações entre os
elementos. No entanto, como desvantagens, observa-se uma montagem
potencialmente mais demorada da obra e a necessidade de mão-de-obra mais
especializada no canteiro de obra em comparação ao método por painéis.
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Método por painéis: certos elementos, tais como painéis estruturais e não
estruturais e lajes, podem ser pré-fabricados fora da obra. Além disso, os materiais
de acabamento também podem ser aplicados na fábrica, diminuindo assim o tempo
necessário para a execução do projeto. Esse método apresenta vantagens que
incluem a velocidade de montagem, alto controle de qualidade e de custos na
produção, redução da mão-de-obra no canteiro e aumento da precisão dimensional.
Por outro lado, é importante salientar que uma desvantagem associada a esse
método é a necessidade do construtor disponha de um grande espaço físico para a
montagem e estocagem temporária dos componentes. No entanto, se configura
como uma boa alternativa para construções que demandam um curto prazo de
entrega, uma vez que a sua montagem se dá de forma substancialmente mais ágil.

Construção modular: é um método que envolve a pré-fabricação integral de


módulos que são entregues no local da obra, incluindo todos os acabamentos e
revestimentos internos executados, bancadas, instalações hidráulicas e elétricas.
As unidades podem ser montadas lado a lado ou uma sobre as outras, formando a
construção final. Segundo Lawson e Grubb (1999), um exemplo de aplicação
comum desse tipo de método são os módulos de banheiros utilizados em
empreendimentos comerciais e residenciais de grande porte. Nesse cenário, cada
banheiro é concebido como uma unidade autoportante, que é transportada pronta
para o local da obra, erguida e instalada sobre a laje já construída do edifício.
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4.4 Importantes aspectos da engenharia

O sistema Light Steel Frame apresenta aspectos de significativa importância


no âmbito da engenharia. Um deles diz respeito à resistência estrutural, uma vez que
o aço leve utilizado nos perfis do LSF demonstram alta capacidade de resistir as
cargas que incidem sobre a construção. Todavia, é crucial a realização de cálculos
estruturais adequados a fim de assegurar a estabilidade e segurança da edificação,
levando em consideração fatores como ventos, sismos e sobrecargas. Outra
dimensão relevante se relaciona com a eficiência energética. A incorporação de
isolantes térmicos e acústicos nos painéis de fechamento contribui de maneira
significativa para um desempenho energético notável. A correta especificação e
instalação desses materiais desempenham um papel fundamental na redução do
consumo de energia elétrica, conferindo um maior conforto térmico e acústico para
quem ocupa esse tipo de construção.

É importante ressaltar as inúmeras vantagens nos mais diversos âmbitos que


o LSF apresenta, sendo elas:

Fundação: por possuir uma estrutura mais leve que outros sistemas, como o
de alvenaria convencional, essa etapa da obra pode ser barateada devido a menor
transmissão de carga à fundação. A fundação necessário é 75% mais leve que a da
alvenaria convencional.

Ambiental: é um sistema pouco agressivo para o meio ambiente, devido a um


menor consumo de recursos da natureza e desperdício de materiais, assim como
uma baixa taxa de geração de resíduos na obra. Como o aço é um material reciclável,
logo contribui para a redução dos danos da construção no meio ambiente. Além
disso, quando se utiliza os materiais de vedação e isolamentos ideais, alcança bons
resultados no conforto termoacústico, o que ajuda a reduzir o consumo de energia.

Flexibilidade: o LSF pode ser utilizado de diversas formas, para construções


completas, reformas e ampliações. Além disso, interage muito bem com outros
sistemas construtivos, permitindo a utilização de uma grande quantidade de
variações construtivas no seu processo, possibilitando uma maior liberdade criativa
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ao projeto.

Manutenção: possuem uma manutenção mais fácil e barata quando


comparada a outros sistemas construtivos como, por exemplo, a alvenaria
convencional, que necessita de quebra de estrutura e gera resíduos na sua
manutenção. Por exemplo, no LSF as instalações são realizadas por dentro de
painéis de gesso acartonado através de furos nos perfis de aço previamente feitos,
facilitando as futuras manutenções.

Qualidade: os recursos empregados no Light Steel Frame são considerados


de qualidade, pois emprega materiais fabricados industrialmente com tecnologia de
ponta que passam por processos criteriosos de avaliação da qualidade pelos
fabricantes. Além disso, conta com uma mão-de-obra especializada.

Produtividade: é um sistema de construção rápido, pois grande parte da obra


é industrializada. Sendo assim, a construção opera em ritmo acelerado, visto que a
montagem pode ser realizada de maneira rápida e fácil. O sistema em aço
galvanizado permite entregar uma obra gastando 1/3 a menos do tempo necessário
que se leva numa construção em alvenaria.
Além disso, a alvenaria com blocos cerâmicos apresenta como gargalo o
tempo chuvoso, que impossibilita a execução de diversos serviços. Isso não acontece
na montagem e execução do LSF, o que traz maior celeridade para o processo;
Segurança: o aço possui a característica de ser um material incombustível, trazendo
assim uma maior segurança para a estrutura contra a ocorrência de incêndios.

Custos de energia: os custos de energia para o aquecimento ou refrigeração


do imóvel são bem mais baratos quando comparados ao sistema convencional, ou
seja, a construção consegue permanecer mais tempo na mesma temperatura que se
deseja, implicando em um menor consumo de energia.

Já as desvantagens apresentadas por esse sistema construtivos são:

Mão-de-obra: como esse sistema ainda não é amplamente conhecido e


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utilizado, em especial no Brasil. Sendo assim, é difícil encontrar mão-de-obra


especializada para operar nesse tipo de construção.

Custos: A baixa oferta de mão-de-obra qualificada também faz com que os


custos aumentem. Além disso, por se tratar de uma construção rápida, o custo inicial
é bem elevado, pois muitas vezes é necessário a compra de todos os materiais logo
no início da obra.
Além disso, o LSF possui um custo mais alto quando comparado a alvenaria
convencional. Hass e Martins (2011) fizeram uma comparação orçamentária de uma
residência de Padrão Interesse Social (PIS), onde mostrou que o 𝑚2 do LSF saiu a
R$ 981,36, enquanto que o do sistema de alvenaria convencional saiu a R$ 964,02,
sendo o 𝑚2 da alvenaria convencional R$ 17,34 mais barato. Oliveira e Lopes (2014)
fizeram a mesma comparação com uma residência PIS, onde o 𝑚2 do LSF saiu a R$
980,00, enquanto que o da alvenaria convencional saiu a R$ 748,63, sendo o metro
quadrado do LSF R$ 231,37 mais caro.
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5 CONCLUSÃO

Diante do exposto, é evidente que o sistema construtivo Light Steel Frame


(LSF) se posiciona como uma alternativa viável e ambientalmente sustentável para a
construção de edifícios residenciais, comerciais e industriais. Os inúmeros benefícios
associados ao LSF, como a rapidez e facilidade de montagem, flexibilidade
arquitetônica, facilidade de manutenção e sustentabilidade ambiental, tornam-no
uma opção atraente no cenário da construção civil. Entretanto, de disseminação bem-
sucedida do LSF requer a superação de desafios significativos, incluindo a
necessidade de ampliar o conhecimento e familiaridade entre os profissionais da
área. Abordar esses obstáculos exige a realização de pesquisas aprofundadas, a
capacitação e qualificação dos envolvidos, juntamente com o desenvolvimento de
regulamentações e certificações apropriadas.

Portanto, compreender o Light Steel Frame e seus aspectos técnicos,


econômicos e ambientais é essencial para a evolução do setor da construção civil. A
disseminação das informações apresentadas contribui para a conscientização e
disseminação do conhecimento junto à comunidade acadêmica, profissionais do setor
da construção e ao público em geral, fortalecendo a importância do Light Steel Frame
como uma opção construtiva sustentável e eficiente.
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REFERÊNCIAS

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oportunidades do aço na habitação em série. Revista Construção metálica, ed. 97
São Paulo: 2010.
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Arquitetura. Rio de Janeiro: IBS/CBCA, 2006.
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SANTIAGO, Alexandre Kokke; FREITAS, Arlene Maria Sarmanho; CRASTO, Renata
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