Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DO CONCEITO À OPERACIONALIZAÇÃO
NAS COMPRAS PÚBLICAS
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA
LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
Jair Santana
Prefácio
CREDENCIAMENTO
DO CONCEITO À OPERACIONALIZAÇÃO
NAS COMPRAS PÚBLICAS
Belo Horizonte
2022
© 2022 Editora Fórum Ltda.
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,
inclusive por processos xerográficos, sem autorização expressa do Editor.
Conselho Editorial
Técnica. Empenho. Zelo. Esses foram alguns dos cuidados aplicados na edição desta
obra. No entanto, podem ocorrer erros de impressão, digitação ou mesmo restar
alguma dúvida conceitual. Caso se constate algo assim, solicitamos a gentileza de
nos comunicar através do e-mail editorial@editoraforum.com.br para que possamos
esclarecer, no que couber. A sua contribuição é muito importante para mantermos a
excelência editorial. A Editora Fórum agradece a sua contribuição.
CDD 341.3
2022-1413 CDU 342.9
1
XVII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración
Pública. Pensamentos linear‐cartesiano, sistêmico e complexo aplicados à governança pública: as
aquisições governamentais. 2012. (Congresso).
2
Faço alusão ao pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão
e, depois algum tempo, ressurgia das próprias cinzas.
PREFÁCIO 15
Novembro/2021.
Jair Santana
Mestre em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP). Advogado, parecerista
e professor. Presta consultoria e assessoramento técnico
para entidades públicas e privadas. Conferencista e
palestrante atuante em todos os Estados brasileiros e no
Exterior, sempre tratando de temas ligados ao Direito
Público e à Governança.
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
[...] ao contrário dos particulares, os quais podem fazer tudo o que a lei
não proíbe, a Administração só pode fazer o que a lei antecipadamente
autorize. Donde, administrar é prover aos interesses públicos, assim
caracterizados em lei, fazendo-o na conformidade dos meios e formas
nela estabelecidos ou particularizados segundo suas disposições.
Segue-se que a atividade administrativa consiste na produção de decisões
1
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Princípio da legalidade. Enciclopédia jurídica da PUC-SP.
Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire (coord.).
Tomo: Direito Administrativo e Constitucional. Vidal Serrano Nunes Jr., Maurício Zockun,
Carolina Zancaner Zockun, André Luiz Freire (coord. de tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, 2017. Disponível em: https://enciclopediajuridica.
pucsp.br/verbete/86/edicao-1/principio-da-legalidade. Acesso em: 30 mar. 2021.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
18 CREDENCIAMENTO
2
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 32. ed. São Paulo:
Malheiros, 2015. p. 108.
3
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Contratação direta sem licitação. 8. ed. Belo Horizonte:
Fórum, 2009. p. 540.
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
19
CONCEITO
4
NIEBUHR, Joel de Menezes. Dispensa e inexigibilidade de licitação pública. 2. ed. Belo Horizonte:
Fórum, 2008. p. 388-369.
CAPÍTULO 2
CONCEITO
23
ANEXO I
DEFINIÇÕES
(...)
IV – CREDENCIAMENTO: ato administrativo de chamamento público
destinado à pré-qualificação de todos os interessados que preencham
os requisitos previamente determinados no ato convocatório, visando
futura contratação, pelo preço definido pela Administração.
3. Do credenciamento:
5
FRANÇA, Ludimila de Oliveira. O Sistema de Credenciamento no âmbito da Administração
Pública como hipótese de inexigibilidade de licitação: Ausência de previsão expressa, Aplicação da
Lei 8.666/93 e Implicações práticas nas contratações. Artigo Científico apresentado à Escola
da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, como exigência para obtenção do título de
Pós-Graduação. Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
6
FERRAZ, Luciano. Licitações, estudos e práticas. 2. ed. Rio de Janeiro: Esplanada, 2002.
7
DALLARI, Adilson Abreu. Credenciamento. Revista Eletrônica de Direito do Estado, Salvador,
Instituto de Direito Público da Bahia, n. 5, p. 14, jan./mar. 2006. Disponível em: http://www.
direitodoestado.com.br. Acesso em: 10 out. 2014.
CAPÍTULO 2
CONCEITO
25
8
Art. 79. O credenciamento poderá ser usado nas seguintes hipóteses de contratação:
(...)
Parágrafo único. Os procedimentos de credenciamento serão definidos em regulamento
[...]
9
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 15. ed. São
Paulo: Dialética, 2008.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
26 CREDENCIAMENTO
[...] embora não esteja previsto nos incisos do art. 25 da Lei nº 8.666/1993,
o credenciamento tem sido admitido pela doutrina e pela jurisprudência
como hipótese de inexigibilidade inserida no caput do referido dispositivo
legal, porquanto a inviabilidade de competição configura-se pelo fato de
a Administração dispor-se a contratar todos os que tiverem interesse e
que satisfaçam as condições por ela estabelecidas, não havendo, portanto,
relação de exclusão10.
10
BRASIL, Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 351/2010, TC- 029.112/2009-
9. Plenário. Relator: Min-Subst. Marcos Bemquerer Costa, Sessão de 03/03/2010.
Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/*/
NUMACORDAO%253A351%2520ANOACORDAO%253A2010/DTRELEVANCIA%
2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520. Acesso em: 30 abr. 2021.
11
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 3567/2014. Plenário. Relator: Ministro
José Múcio Monteiro. Sessão de 09/12//2014. Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.
br/#/redireciona/acordao-completo/%22ACORDAO-COMPLETO-1328478%22. Acesso em:
14 out. 2020.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
28 CREDENCIAMENTO
12
BRASIL. Advocacia-Geral da União. Parecer nº 07/2013/CPLC/DEPCONSU/PGF/AGU.
Disponível em: https://www.gov.br/agu/pt-br/composicao/procuradoria-geral-federal-1/
arquivos/PARECERN072013CPLCDEPCONSUPGFAGU.pdf. Acesso em: 30 abr. 2021. p. 4.
13
Ibid., p. 7.
14
Ibid., p. 6.
CAPÍTULO 2
CONCEITO
29
15
PARANÁ. Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Acórdão 1605/2021 do Tribunal Pleno.
Tribunal Pleno, Relator: José Durval Mattos do Amaral; Sessão de 05/07/2021. Disponível
em: https://www1.tce.pr.gov.br/multimidia/2021/7/pdf/00358229.pdf. Acesso em: 25 ago.
2021.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
30 CREDENCIAMENTO
DIFERENÇAS ENTRE O
CREDENCIAMENTO E OUTROS
PROCEDIMENTOS AUXILIARES
DAS LICITAÇÕES
3.1 Pré-qualificação
A pré-qualificação encontra respaldo no artigo 114 da Lei Federal
nº 8.666/93, nos artigos 63 e 64 da Lei Federal nº 13.303/16 – Lei das
Estatais (pré-qualificação permanente), e artigo 80 da Nova Lei de
Licitações. Na realidade, não configura uma forma de contratação
pública, mas sim uma fase anterior ao procedimento licitatório. A
pré-qualificação consiste em uma identificação prévia de possíveis
16
O art. 78 da Nova Lei de Licitações define como procedimentos auxiliares das contratações
públicas: I – credenciamento; II – pré-qualificação; III – procedimento de manifestação de
interesse; IV – sistema de registro de preços; V – registro cadastral.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
32 CREDENCIAMENTO
17
JUSTEN FILHO, Marçal. A pré-qualificação como procedimento auxiliar das licitações do
RDC (Lei 12.462/11). Informativo Justen, Pereira, Oliveira e Talamini, Curitiba, n. 56, outubro
de 2011. Disponível em: http://justen.com.br/informativo. Acesso em: 30 abr. 2020.
18
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2017. p. 525.
CAPÍTULO 3
DIFERENÇAS ENTRE O CREDENCIAMENTO E OUTROS PROCEDIMENTOS AUXILIARES DAS LICITAÇÕES
33
19
Ibid., p. 525.
20
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Sistema de registro de preços e pregão presencial e eletrônico.
2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2006.
CAPÍTULO 4
REQUISITOS LEGAIS
21
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 5178/2013. Plenário. Relator: Ministro
Augusto Sherman. Sessão de 30/07/2013. Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/
redireciona/acordao-completo/%22ACORDAO-COMPLETO-1279341%22. Acesso em: 14
out. 2020.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
36 CREDENCIAMENTO
22
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2504/2017. Plenário. Relator: Ministro
Augusto Sherman. Sessão de 02/05/2017. Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/
redireciona/acordao-completo/%22ACORDAO-COMPLETO-1717842%22. Acesso em: 14
out. 2020.
23
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Contratação direta sem licitação. 8. ed. Belo Horizonte:
Fórum, 2009.
24
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratações Administrativas: Lei
14.133/2021. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2021. p. 1130.
CAPÍTULO 4
REQUISITOS LEGAIS
37
25
NIEBUHR, Joel de Menezes. Licitação pública e contrato administrativo. 2. ed. rev. e ampl.
Belo Horizonte: Fórum, 2011. passim.
26
Ibid., passim.
27
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Contratação direta sem licitação. 8. ed. Belo Horizonte:
Fórum, 2009.
28
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
p. 68.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
38 CREDENCIAMENTO
Note que o caput do art. 79 deixa claro que rol das hipóteses
de credenciamento é taxativo, não se admitindo a criação de outras
(numerus clausus), diferentemente do que ocorre com a hipóteses de
inexigibilidade, em que a lista é exemplificativa (caput, do art. 74).
Ademais, merece destaque o parágrafo único do art. 79, que
deixa a cargo dos regulamentos a serem editados pelos entes públicos o
detalhamento da operacionalização do credenciamento, observando-se
as regras insertas nos incisos I a VI do mesmo artigo.
Percebe-se que os incisos I a VI do artigo 79 são balizas obriga-
tórias que deverão ser respeitadas por todos os regulamentos a
serem editados sobre o credenciamento. Por isso, acredita-se que,
ao regulamentarem o credenciamento, os entes públicos largarão do
mesmo ponto de partida, porém, terão a oportunidade de chegar a
resultados e soluções diferentes. Certamente, algumas mais sofisticadas
e interessantes do que outras. Mas o fundamental, sem dúvida, será a
efetividade de cada regulamento e a satisfação do interesse público de
cada Administração.
Lado outro, a Nova Lei trata ainda do credenciamento no inciso
IV do art. 74, ao disciplinar a inexigibilidade:
29
NÓBREGA, Marcos; TORRES, Ronny Charles Lopes de. A Nova Lei de Licitações, Credenciamento
e E-marketplace: o turning point da inovação nas compras públicas. 2021. p. 21. Disponível
em: https://ronnycharles.com.br/wp-content/uploads/2021/01/A-nova-lei-de-licitacoes-
credenciamento-e-e-marketplace-o-turning-point-da-inovacao-nas-compras-publicas.pdf.
Acesso em: 27 abr. 2021.
30
Ibid., p. 8.
31
Ibid., p. 11.
CAPÍTULO 4
REQUISITOS LEGAIS
41
Contudo, uma dúvida resta pendente, não foi respondida pelo legislador,
será definida pelo regulamento e pode ser crucial para que possamos
responder à provocação suscitada pelo título deste escrito: o que seria
um mercado fluido, para fins de aplicação do credenciamento?
Caso a interpretação de mercado fluido, dada pelo regulamento, seja
ampliativa, e este instrumento seja adaptado ao ambiente virtual,
podemos ter a utilização do credenciamento para variadas pretensões
contratuais. O potencial é enorme e significativo, criando bases para
que possamos ter a implantação de e-marketplace para o atendimento
de demandas em que este formato se demonstrará muito mais eficiente
que a modelagem licitatória tradicional32.
32
Ibid., p. 23.
33
BRASIL. TRF4. AC 5013222-35.2014.404.7202, TERCEIRA TURMA, Relator p/ Acórdão
Fernando Quadros da Silva, juntado aos autos em 15/04/2016. Disponível em: https://
jurisprudencia.trf4.jus.br/pesquisa/inteiro_teor.php?orgao=1&documento=8183413. Acesso
em: 23 ago. 2021.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
42 CREDENCIAMENTO
34
BRASIL. TRF1. AC 0015571-06.2015.4.01.3400, Desembargador Federal Souza Prudente,
juntado aos autos em 15/04/2016. Disponível em: https://juristas.com.br/wp-content/
uploads/2018/03/Acórdão-passagens-aéreas.pdf. Acesso em: 23 ago. 2021.
35
BRASIL. Controladoria-Geral da União. Secretaria Federal de Controle Interno. Relatório de
Avaliação – Avaliação da Política de Emissão de Passagens Aéreas adotada pelos órgãos e entidades
da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Federal. Brasília: 2020.
36
BRASIL. Controladoria-Geral da União. Secretaria Federal de Controle Interno. Relatório de
Avaliação – Avaliação da Política de Emissão de Passagens Aéreas adotada pelos órgãos e entidades
da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Federal. Brasília: 2020. p. 4.
37
BRASIL. Controladoria-Geral da União. Secretaria Federal de Controle Interno. Relatório de
Avaliação – Avaliação da Política de Emissão de Passagens Aéreas adotada pelos órgãos e entidades
da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Federal. Brasília: 2020. p. 16.
CAPÍTULO 4
REQUISITOS LEGAIS
43
38
BRASIL, Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 1094/2021, Processo 000.530/2021-
2. Plenário. Relator: Min-Subst. Weder de Oliveira, Sessão de 12/05/2021. Disponível
em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/1094/%2520/
DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/2/%2520. Acesso
em: 30 jul. 2021.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
44 CREDENCIAMENTO
39
DALLARI, Adilson Abreu. Credenciamento. Revista Eletrônica de Direito do Estado, Salvador,
Instituto de Direito Público da Bahia, n. 5, p. 14, jan./mar. 2006. Disponível em: http://www.
direitodoestado.com.br. Acesso em: 10 out. 2014.
40
Ibid., p. 14-15.
CAPÍTULO 4
REQUISITOS LEGAIS
45
41
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Sistema de registro de preços e pregão presencial e eletrônico.
2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2006. p. 503.
42
BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Instrução Normativa nº 05
de 26 de maio de 2017. Dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de
serviços sob o regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública federal direta,
autárquica e fundacional. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/
Kujrw0TZC2Mb/content/id/20239255/do1-2017-05-26-instrucao-normativa-n-5-de-26-de-
maio-de-2017-20237783 . Acesso em: 30 abr. 2021.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
48 CREDENCIAMENTO
43
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Riscos e controles nas aquisições (RCA). Brasília, DF:
TCU, 2014. Disponível em: http://www.tcu.gov.br/arquivosrca/ManualOnLine.htm. Acesso
em: 14 dez. 2020.
44
BRASIL., Ministério da Economia. Instrução Normativa 40/2020. Art. 1, parágrafo único.
Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-40-de-22-de-
maio-de-2020-258465807. Acesso em: 30 abr. 2021.
CAPÍTULO 5
PRÁTICA – QUANDO FAZER? COMO FAZER?
49
45
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Riscos e controles nas aquisições (RCA). Brasília, DF:
TCU, 2014. Disponível em: http://www.tcu.gov.br/arquivosrca/ManualOnLine.htm. Acesso
em: 14 dez. 2020.
46
Cf. https://www.gov.br/compras/pt-br/centrais-de-conteudo/manuais/manual-etp-digital.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
50 CREDENCIAMENTO
47
COSTA, Antonio França da; BRAGA, Carlos Renato Araujo; ANDRIOLO, Luiz Gustavo
Gomes. Estudo técnicos preliminares: o calcanhar de Aquiles das aquisições públicas. Revista
do TCU, ano 49, n. 139, p. 38-51, 2017.
48
MINAS GERAIS. Tribunal de Contas do Estado. Como elaborar Termo de Referência ou Projeto
Básico. Disponível em: https://www.tce.mg.gov.br/img/2017/Cartilha-Como-Elaborar-Termo-
de-Referencia-ou-Projeto-Basico2.pdf. Acesso em: 30 abr. 2021.
CAPÍTULO 5
PRÁTICA – QUANDO FAZER? COMO FAZER?
51
49
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão de Relação nº 3.031/2008. 1ª Câmara. Relator:
Min. Guilherme Palmeira, 23/09/2008. Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/
redireciona/acordao-completo/%22ACORDAO-COMPLETO-129961%220. Acesso em: 30
abr. 2021
CAPÍTULO 5
PRÁTICA – QUANDO FAZER? COMO FAZER?
55
5.2.2.6 Prazos
O termo de referência deve definir todos os prazos relevantes
para a contratação, sendo particularmente importante o prazo para
execução do contrato, que deve ser compatível com o cronograma
físico-financeiro. Outros prazos importantes são: prazo de pagamento,
prazos de garantia e validade de bens envolvidos na contratação, prazo
para início da execução dos serviços, e, quando for o caso, prazo das
entregas parceladas.
5.2.2.7 Sanções
As sanções contratuais devem ser definidas de forma objetiva,
suficiente e clara pela Administração no Termo de Referência. Este item
deve definir as condutas típicas com suas respectivas consequências
negativas, nos contornos do princípio da proporcionalidade, ou seja,
deve-se levar em consideração a gravidade da conduta do infrator e o
dano causado à Administração, com o objetivo de definir uma sanção
compatível e adequada para cada conduta típica.
Antes da aplicação de qualquer sanção, deve a Administração
promover um processo administrativo que garanta ao particular o
contraditório e ampla defesa, com prazos razoáveis para manifestação
e eventuais recursos.
São sanções comuns em contratos administrativos:
a) Advertência
A advertência é uma das sanções mais leves em contratos
administrativos, apropriada para infrações de menor relevância, ou seja,
em falhas que não resultam em prejuízo significativo para a execução
do contrato. Suas principais funções são preventiva e educativa, no
sentido de advertir o particular para prevenir que sua conduta cause
maior impacto negativo na prestação.
b) Multas
A multa é uma sanção de natureza pecuniária que atinge o
patrimônio do particular contratado, geralmente estabelecida em função
de uma porcentagem do valor da contratação. Pode possuir natureza
moratória ou compensatória, podendo ambas as modalidades serem
cumuladas. Quando moratória, sua incidência se dá devido ao não
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
56 CREDENCIAMENTO
ESTUDOS DE CASOS
SEÇÃO I – DO OBJETO
1. O presente Edital tem por objeto o credenciamento de pessoas físicas e
jurídicas para a prestação de serviços de tradução de textos do português
para os idiomas inglês, espanhol, francês, alemão e árabe, e versão
desses idiomas estrangeiros para português, bem como tradução de
qualquer dos idiomas estrangeiros listados para outro também listado,
conforme demanda.
SEÇÃO VI – DO DESCREDENCIAMENTO
14. A Administração pode, a qualquer momento, solicitar um descre-
denciamento se:
CAPÍTULO 6
ESTUDOS DE CASOS
67
Versão
50
O Município de Belo Horizonte, nos termos do art. 4º da referida norma municipal, deverá
subscrever ao menos 51% das ações com direito a voto, possuindo no ano de 2020 participação
acionária de 98,68%.
51
BARCELOS Dawilson; TORRES, Ronny Charles L. de. Licitações e contratos nas empresas
estatais: regime licitatório e contratual da Lei 13.303/2016. Salvador: Jus Podivm, 2018. p. 267.
52
EMPRESA DE TRANSPORTES E TRÂNSITO DE BELO HORIZONTE S/A – BHTRANS.
Estatuto Social. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-
governo/bhtrans/2020/estatuto-social-aprovado-assembleia-geral-21_05_20_0.pdf. Acesso
em: 30 abr. 2021.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
78 CREDENCIAMENTO
Do Credenciamento
Art. 106. O credenciamento, hipótese de contratação em razão da invia-
bilidade de competição, realizado por meio de chamamento público, será
o instrumento adequado quando, no caso concreto, houver pluralidade
de interessados e, ao mesmo tempo, indeterminação do número de
fornecedores suficientes para o pleno e satisfatório atendimento das
necessidades da BHTRANS.
Art. 107. A condução dos procedimentos do chamamento público
compete à Comissão de Licitação.
Art. 108. O credenciamento seguirá, no que couber, o procedimento
interno previsto no Capítulo II deste Regulamento.
Parágrafo único. O edital de chamamento público de credenciamento
conterá, no mínimo:
I. explicitação do objeto a ser contratado;
II. fixação de critérios e exigências mínimas à participação dos inte-
ressados;
III. possibilidade de credenciamento a qualquer tempo pelo interessado,
pessoa física ou jurídica, caso haja interesse da BHTRANS;
IV. manutenção de tabela de preços dos diversos serviços a serem
prestados, dos critérios de reajustamento e das condições e prazos para
o pagamento dos serviços;
V. estabelecimento das hipóteses de descredenciamento, assegurados,
previamente, o contraditório e a ampla defesa;
VI. possibilidade de descredenciamento pelo credenciado, a qualquer
tempo, mediante notificação à BHTRANS com a antecedência fixada
no termo;
VII. previsão de os usuários denunciarem irregularidades na prestação
dos serviços.
Art. 109. Após a publicação do aviso contendo o resumo do edital de
chamamento público no Diário Oficial do Município – DOM o mesmo
será disponibilizado no site da BHTRANS.
CAPÍTULO 2 OBJETO
2.1 – OBJETO
2.1.1 – Credenciamento de empresa(s) para a distribuição do Rotativo
Digital, na modalidade aplicativo (APP) aos usuários do sistema de
estacionamento rotativo nas vias, logradouros e áreas públicas do
município de Belo Horizonte, utilizando tecnologia digital.
2.1.1.1 – As especificações e detalhamentos das condições de prestação
dos serviços estão descritos no Termo de Referência – Anexo I e nos
demais anexos deste Edital.
admitindo-se, por hora, declaração (modelo Anexo VII) por parte do(s)
profissional(is) de que integrará(ão) o quadro da PROPONENTE em
eventual credenciamento. Deverá ser apresentado uma declaração para
cada profissional indicado.
4.3.8 – Caso o(s) profissional(is) indicado(s) para integrar(em) a equipe
técnica tenha(m) vínculo com a PROPONENTE, deverá(ão) ser com-
provado(s) por meio de:
4.3.8.1 – Caso o profissional indicado seja proprietário/sócio da
PROPONENTE, deverá comprovar o vínculo por meio de “Certidão
Simplificada”, emitida pela Junta Comercial do Estado, Cartório ou
órgão competente, ou, ainda, por contrato social ou alteração contratual
em vigor.
4.3.8.2 – Caso o profissional indicado não seja proprietário/sócio da
PROPONENTE, deverá comprovar o vínculo por meio do registro na
Carteira de Trabalho (CTPS), consistindo na apresentação das partes
referentes à identificação do profissional e do contrato de trabalho; ou
contrato de prestação de serviços firmado com a PROPONENTE, pessoa
física ou jurídica de que o profissional (gerente ou consultor técnico)
seja parte integrante.
4.3.9 – Nos termos do §10 do art. 30 da Lei nº 8.666/93, os profissionais
indicados pela PROPONENTE para fins de comprovação da capacita-
ção técnico-profissional deverão participar dos serviços objeto deste
Chamamento Público, admitindo-se a substituição por profissionais de
experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela BHTRANS.
4.3.10 – Caso a PROPONENTE seja consórcio os documentos exigidos
no item 4.3 e seus subitens poderão ser apresentados por qualquer uma
de suas integrantes.
CAPÍTULO 6
DO TESTE DE CONFORMIDADE
6.1 – Obedecendo a ordem cronológica do protocolo de entrega da
documentação técnica (manual com as instruções de utilização das
funcionalidades do aplicativo), prevista no item 5.5 deste Edital, a
Comissão procederá à análise desta documentação.
6.2 – Aprovada a documentação técnica do aplicativo da(s) PROPONEN-
TE(S) será(ão) publicado(s) no Diário Oficial do Município (DOM) ato(s)
no(s) qual(is) constará(am): i) aprovação da documentação técnica e; ii)
data para a apresentação/disponibilização do aplicativo e realização do
Teste de Conformidade.
6.3 – Reprovada a documentação técnica do aplicativo da PROPONENTE
será concedido prazo de 10 (dez) dias úteis para que a PROPONENTE
proceda a sua regularização e submeta a nova avaliação da Comissão.
6.4 – A análise da documentação técnica do aplicativo da PROPONENTE e
o Teste de Conformidade serão realizados conjuntamente pela BHTRANS
e PRODABEL, por meio de Comissão instituída especificamente para
este fim.
6.5 – O aplicativo fornecido para o teste de conformidade deverá ser
idêntico ao que consta da documentação técnica apresentada.
6.6 – É de responsabilidade da PROPONENTE fornecer os elementos
necessários para os testes, incluindo conectividade.
6.7 – É de responsabilidade da PRODABEL disponibilizar o acesso ao
Sistema de Gestão do Rotativo Digital para execução dos testes.
6.8 – As condições e descrições quanto ao Teste de Conformidade
encontram-se descritos no ANEXO IV deste edital, bem como no Termo
de Referência (Anexo I).
6.9 – Caso a PROPONENTE seja reprovada no Teste de Conformidade,
será concedido prazo de 15 (quinze) dias úteis para que a PROPONENTE
proceda a sua regularização e submeta a nova avaliação da Comissão.
6.10 – A divulgação do resultado do Teste de Conformidade será feita
mediante publicação do Diário Oficial do Município (DOM).
ANEXO IV
PROCEDIMENTOS DO TESTE DE CONFORMIDADE
1 – DIRETRIZES GERAIS
1.1 – Durante a realização do Teste de Conformidade a BHTRANS irá
verificar as funcionalidades do aplicativo bem como validar as transações
trocadas entre a avaliada e o Sistema de Gestão do Estacionamento
Rotativo Digital.
1.2 – Todos os testes da prova de conceito serão registrados em formulário
próprio, apresentado no item 3 deste Anexo.
1.3 – A BHTRANS poderá revisar ou rever o formulário durante a
execução do teste.
1.4 – A avaliação deverá verificar se a documentação técnica da proposta
e o seu uso atendem aos requisitos apresentados no Termo de Referência.
1.5 – No final da avaliação, caso pelo menos um item não atenda o
requisito, será devidamente registrado no formulário e concedido à
avaliada única oportunidade para que seja providenciada, em até 15
(quinze) dias úteis, a correção da(s) pendência(s). A BHTRANS irá realizar
novamente a avaliação na íntegra e não apenas nos itens pendentes.
1.6 – Mesmo sendo um aplicativo funcionalmente igual, os procedimentos
serão realizados para cada Sistema Operacional (Android e iOS).
53
Cf. BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2763/2013. Plenário. Relator: Ministro Weder
de Oliveira. Sessão de 09/10/2013. Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/docu-
mento/acordao-completo/*/NUMACORDAO%253A2763%2520ANOACORDAO%253A2013/
DTRELEVANCIA%2520desc%252C%2520NUMACORDAOINT%2520desc/0/%2520. Acesso
em: 14 out. 2020.
54
Sobre isso, Cf. BARCELOS, Dawison; TORRES, Ronny Charles Lopes; Licitações e contratos
nas empresas estatais: regime licitatório e contratual da Lei 13.303/2016. Salvador: JusPodivm,
2018. p. 368-369.
CAPÍTULO 6
ESTUDOS DE CASOS
87
2 – AVALIAÇÃO
2.1 – Os seguintes processos serão testados no aplicativo e no portal
web da avaliada (quando aplicável):
2.1.1 – Cadastramento do usuário: avaliação das telas de cadastramento
e validação das informações, bem como a consulta e alteração desse
cadastro. Verificação de que o armazenamento dos dados foi realizado
em sistema central.
2.1.2 – Cadastramento de veículos (placas) e verificação da possibilidade
de exclusão de veículos.
2.1.3 – Transação de Compra: avaliação do processo de aquisição do
Rotativo Digital pelo usuário final, desde o pedido feito pelo usuário
até a sua efetivação com o recebimento das informações no APP,
inclusive a autenticação da transação fornecida pelo Sistema de Gestão
do Estacionamento Rotativo Digital.
2.1.4 – Consultas de saldo e extratos de movimentações, avaliação
da disponibilização ao usuário final das informações financeiras das
transações.
2.1.5 – Transação de Ativação: avaliação do processo de ativação do
Rotativo Digital pelo usuário final, desde o pedido feito pelo usuário
até a sua efetivação com o recebimento das informações no APP,
inclusive a autenticação da transação fornecida pelo Sistema de Gestão
do Estacionamento Rotativo Digital.
2.1.6 – Transação de Ativação (Bônus): avaliação do processo de ativação
do bônus pelo usuário final, desde o pedido feito pelo usuário até a
sua efetivação com o recebimento das informações no APP, inclusive
a autenticação da transação fornecida pelo Sistema de Gestão do
Estacionamento Rotativo Digital.
2.1.7 – Consultas de saldo e extratos de movimentações; avaliação da
disponibilização ao usuário final as informações relacionadas à ativação
de Rotativo Digital e ativação de bônus.
2.1.8 – Processo de cancelamento: cancelamento de transação de aquisição
de Rotativo Digital pelo usuário final que deverá ser registrada no
Sistema de Gestão do Estacionamento Rotativo Digital e que após
autorização da BHTRANS deverá ser concluída pela empresa avaliada
e comunicado ao usuário final.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
88 CREDENCIAMENTO
55
A PRODABEL – Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte
S.A. é a companhia de processamento de dados da prefeitura de Belo Horizonte, criada pela
Lei nº 2.273/74, de 10 de janeiro de 1974. Seu core business é o desenvolvimento de soluções
de tecnologia da informação para o município.
CAPÍTULO 6
ESTUDOS DE CASOS
89
8.3 – O prazo previsto no item 8.1 poderá ser prorrogado, por igual
período, se solicitado durante o seu transcurso pela PROPONENTE e
desde que decorra de motivo justificado, aceito pela BHTRANS.
8.4 – A convocação para assinatura do Termo de Credenciamento obede-
cerá à ordem cronológica da(s) publicação(ões) da(s) PROPONENTE(S).
8.5 – A recusa injustificada em assinar o Termo de Credenciamento dentro
do prazo previsto no item 8.1, sujeitará a PROPONENTE à penalidade
de multa, no percentual de 20% (vinte por cento) do valor equivalente
à de aquisição de 25.000 (vinte e cinco mil) Rotativos Digitais, sem
prejuízo das demais sanções legalmente estabelecidas, em observância
ao disposto no art. 81 da Lei nº 8.666/93.
56
SEBRAE. Resolução CDN nº 361/2021, de 11 de fevereiro de 2021. Diário Oficial da União, de
19 de fevereiro de 2021. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/
CAPÍTULO 6
ESTUDOS DE CASOS
91
Anexos/Resolução_CDN_Nº_361-2021_-_Regulamento_de_Licitações_e_de_Contratos_
do_Sistema_SEBRAE.pdf. Acesso em: 02 jun. 2022.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
92 CREDENCIAMENTO
6.3.1 Objeto
O Edital define o objeto do credenciamento nos seguintes termos:
1. OBJETO
Este Edital tem como objeto o Credenciamento de Pessoas Jurídicas
para integrar o Cadastro de Pessoas Jurídicas Prestadoras de Serviços
de Consultoria e Instrutoria do SEBRAE, que poderão ser chamadas
para prestar serviços quando houver demanda, em regime de não
exclusividade. O credenciamento não gera para as pessoas jurídicas
qualquer direito de contratação. (grifos nossos)
QUADRO 1
ITEM DOCUMENTO TIPO OBSERVAÇÕES
Documento original,
O documento estará
impresso após o
disponível após a conclusão
preenchimento
da inscrição no Sistema, por
Comprovante de completo do
B. meio do botão Visualizar,
inscrição cadastro no sistema
no campo “Impressão dos
do SEBRAE, até
dados cadastrais e relato de
a data final de
experiência da empresa”
inscrição
O objeto social da pessoa
Ato constitutivo, jurídica deve ser compatível
estatuto ou contrato com o foco de atuação
social e respectivas escolhido no momento do
alterações ou conso- cadastro (área / subárea de
lidação contratual, conhecimento (Anexo 1)
C. Cópia simples
inscrito ou registrado e natureza da prestação de
no órgão competente serviços, se consultoria e/ou
na Junta Comercial instrutoria).
ou no Conselho Não será aceito extrato do
Seccional da OAB. contrato social (certidão de
breve relato ou simplificada).
QUADRO 2
Edital de credenciamento de pessoas jurídicas prestadoras
de serviços de consultoria e instrutoria - SEBRAE-PE
12.4. A pessoa jurídica credenciada terá 5 (cinco) dias úteis para apresentar
defesa prévia, contados a partir da notificação formal de suspensão ou
descredenciamento.
12.5. O SEBRAE/PE analisará a defesa prévia apresentada pela pessoa
jurídica credenciada e a alçada competente designada para este fim pelo
SEBRAE/PE decidirá sobre a aplicação da penalidade.
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE NORMATIVOS
DE CREDENCIAMENTO
Capítulo II
DO FUNDAMENTO LEGAL
Art. 2º O credenciamento é justificado nos casos em que o interesse
público possa ser melhor atendido através da contratação prevista no
§1º do artigo anterior, podendo ser por região ou não.
Art. 3º O credenciamento obedecerá aos princípios da isonomia, da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publi-
cidade, da probidade administrativa, da economicidade, da vinculação
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e da celeridade.
(Grifos nossos)
Seção I
Da pré-qualificação para o credenciamento
Art. 5º O Edital de credenciamento conterá objeto específico, exigências
de habilitação, em conformidade com o art. 73 da Lei Estadual nº
15.608/07, exigências específicas de qualificação técnica (condições e
requisitos mínimos de prestação para cada tipo de serviço), regras da
contratação, valores fixados para remuneração por categoria de atuação,
minuta de termo contratual e modelos de declarações.
Parágrafo único. O certificado de registro cadastral emitido por órgão ou
entidade pública, substitui os documentos enumerados nos arts. 75 a 77
da Lei Estadual nº 15.608/07 quanto às informações disponibilizadas em
sistema informatizado de consulta direta do órgão ou ente contratante,
desde que essa possibilidade esteja prevista no Edital de Credenciamento.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
110 CREDENCIAMENTO
CAPÍTULO IV
DA DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS
Seção I
Da definição das necessidades de contratação – As demandas
Art. 23. A demanda ou a quantidade estimada de trabalho a ser contratada
pelo órgão ou entidade contratante poderá variar de acordo com o tipo
de serviço a ser contratado ou a localidade onde será executado o serviço.
Art. 24. A área técnica do órgão ou entidade contratante deverá emitir
documento que apresente, para cada demanda específica, pelo menos:
I – descrição da demanda;
II – razões para a contratação;
III – tempo e valores estimados de contratação, incluindo os elementos
técnicos sobre os quais estiverem apoiados e o Memorial de Cálculo;
IV – número de credenciados necessários para a realização do serviço;
V – cronograma de atividades, com previsão das datas de início e de
conclusão dos trabalhos;
VI – localidade/região em que será realizada a execução do serviço.
Parágrafo único. As demandas deverão seguir, necessariamente, os
parâmetros de serviços e exigências de qualificação definidos pelo Edital
de Credenciamento às quais se referem.
Seção II
Da alocação das demandas
Art. 25. Caso não se pretenda a convocação, ao mesmo tempo, de todos
os credenciados para a realização do serviço, ocasião em que se realizará
uma convocação geral dos credenciados, será realizado sorteio para se
alocar cada demanda, distribuída por padrões estritamente impessoais
e aleatórios, observando-se sempre o critério de rotatividade.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
112 CREDENCIAMENTO
CAPÍTULO V
Da contratação
Art. 43. Expedido o Termo de Homologação emitido pelo órgão ou enti-
dade contratante ou após a convocação geral de todos os credenciados,
dar-se-á início ao processo de contratação através da emissão da ordem
de serviço ou instrumento contratual equivalente.
Art. 44. O fato do credenciado ter sido sorteado na sessão pública de
sorteio ou convocado para o atendimento de demanda não garante sua
efetiva contratação pelo órgão ou entidade interessada na contratação.
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE NORMATIVOS DE CREDENCIAMENTO
113
Seção I
Das obrigações
Art. 58. São obrigações do credenciado contratado:
I – executar os termos do instrumento contratual ou da ordem de serviço
em conformidade com as especificações básicas constantes do Edital;
II – ser responsável, em relação aos seus técnicos e ao serviço, por
todas as despesas decorrentes da execução dos instrumentos contra-
tuais, tais como: salários, encargos sociais, taxas, impostos, seguros,
seguro de acidente de trabalho, transporte, hospedagem, alimentação
e outros que venham a incidir sobre o objeto do contrato decorrente do
credenciamento;
III – responder por quaisquer prejuízos que seus empregados ou pre-
postos vierem a causar ao patrimônio do órgão ou entidade contratante
ou a terceiros, decorrentes de ação ou omissão culposa ou dolosa,
procedendo imediatamente aos reparos ou indenizações cabíveis e
assumindo o ônus decorrente;
IV – manter, durante o período de vigência do credenciamento e do
contrato de prestação de serviço, todas as condições que ensejaram
o Credenciamento, em especial no que tange à regularidade fiscal e
capacidade técnico-operacional;
V – justificar ao órgão ou entidade contratante eventuais motivos de
força maior que impeçam a realização dos serviços, objeto do contrato,
apresentando novo cronograma para a assinatura de eventual Termo
Aditivo para alteração do prazo de execução;
VI – responsabilizar-se integralmente pela execução do contrato, nos
termos da legislação vigente, sendo-lhe expressamente proibida a
subcontratação da prestação do serviço;
VII – manter disciplina nos locais dos serviços, retirando no pra-
zo máximo de 24 (vinte e quatro) horas após notificação, qualquer
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE NORMATIVOS DE CREDENCIAMENTO
115
Seção II
Das sanções
Art. 60. O não cumprimento de quaisquer das cláusulas e condições
pactuadas no instrumento contratual ou documento congênere ou a sua
inexecução parcial ou total, poderá ensejar na aplicação de penalidade
financeira e rescisão contratual, independentemente de interpelação
judicial ou extrajudicial, conforme dispõe os artigos 128 a 131 da Lei
Estadual nº 15.608/07.
§1º O credenciado contratado ficará sujeito, no caso de atraso injustificado,
assim considerado pelo órgão ou entidade contratante, execução parcial
ou inexecução da obrigação, sem prejuízo das responsabilidades civil e
criminal, assegurada a prévia e ampla defesa, às seguintes penalidades:
a) advertência;
b) multa moratória e/ou indenizatória, de acordo com os valores ou
percentuais incidentes sobre o valor do serviço, conforme previsão no
Edital;
c) suspensão temporária do direito de participar de licitação e impedi-
mento de contratar com o Estado do Paraná, através de seus órgãos e
entes, pelo prazo de até dois anos;
d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Admi-
nistração Pública.
§2º O valor da multa, aplicada após o regular processo administrativo,
será descontado da garantia acaso exigida no Edital, momento em que
deverá ser reposta na conformidade do artigo 52 deste Regulamento,
ou, caso não tenha sido exigido, do pagamento eventualmente devido
pelo órgão ou entidade contratante ao credenciado/prestador do serviço
ou, ainda, cobrado judicialmente através de executivo fiscal.
§3º As sanções previstas nas alíneas “a”, “c” e “d” do §1º deste artigo
podem ser aplicadas, cumulativamente ou não, à pena de multa.
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
118 CREDENCIAMENTO
§4º As penalidades previstas nas alíneas “c” e “d” do §1º deste artigo
também poderão ser aplicadas ao credenciado/prestador do serviço,
conforme o caso, que tenha sofrido condenação definitiva por fraudar
recolhimento de tributos, praticar ato ilícito visando frustrar os objetivos
da licitação ou demonstrar não possuir idoneidade para contratar com
o Estado do Paraná, através de seus órgãos ou entes.
§5º A aplicação das penalidades acima enumeradas não afasta a possi-
bilidade de órgão ou entidade contratante encaminhar representação ao
Ministério Público Estadual para a adoção das providências criminais
competentes contra o credenciado.
Art. 61. As penalidades previstas em instrumento contratual ou edi-
talício são independentes entre si, podendo ser aplicadas isoladas ou
cumulativamente, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, garantida
a ampla defesa e o contraditório.
Art. 62. Além dos motivos previstos em lei poderão ensejar a rescisão
do contrato de prestação de serviço:
I – alteração social, contratual ou modificação de finalidade ou estrutura
que, a juízo da contratante, prejudique o cumprimento do contrato;
II – envolvimento do contratado, por qualquer meio, em protesto de
títulos, execução fiscal e emissão de cheques sem a suficiente provisão
de fundos ou qualquer outro fato que desabonem ou comprometam a
sua capacidade econômico-financeira ou caracterize a sua insolvência;
III – não repor a garantia utilizada no prazo previsto no artigo 52 deste
Regulamento;
IV – violar o sigilo das informações recebidas para a realização dos
serviços;
V – utilizar, em benefício próprio ou de terceiros, informações não divul-
gadas ao público e às quais tenha acesso, por força de suas atribuições
contratuais e outras que contrariarem as condições estabelecidas pelo
órgão ou entidade contratante;
VI – venha a ser declarado inidôneo ou punido com proibição de licitar
com qualquer órgão da Administração Pública, direta ou indireta,
Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal;
VII – na hipótese de ser anulado o credenciamento, a adjudicação e a
contratação, em virtude de ferimento a qualquer dispositivo legal ou
normativo ou ainda por força de decisão judicial;
VIII – o desempenho insatisfatório na execução do serviço contratado.
Art. 63. Caberá pedido de reconsideração, no prazo de 5 (cinco) dias
úteis, a contar da data da intimação do ato de rescisão do contrato, à
autoridade máxima do órgão ou entidade contratante, salvo quando
for decorrente de cumprimento de ordem judicial.
(Grifos nossos)
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE NORMATIVOS DE CREDENCIAMENTO
119
CAPÍTULO VII
DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E CONTROLE DE QUALIDADE
Art. 64. Os credenciados contratados deverão executar os serviços com a
devida diligência e observação dos padrões de qualidade exigidos, cum-
prindo prazos e acordos de confidencialidade de dados e informações.
Art. 65. O órgão ou entidade contratante poderá, a seu critério, proceder
à avaliação do desempenho dos credenciados, que serão dela informados.
Art. 66. Verificado o desempenho insatisfatório, o credenciado contratado
será notificado e deverá apresentar justificativa formal no prazo de 2
(dois) dias úteis.
Art. 67. O desempenho insatisfatório na avaliação poderá implicar na
restrição ou alteração do pagamento do serviço realizado, assim como
na rescisão do contrato e aplicação das penalidades previstas no art. 60
e 62 deste Regulamento.
(Grifos nossos)
(...)
Art. 2º – A Administração Pública Estadual pode adotar o instituto do
credenciamento para as contratações em que o objeto possa ser realizado
simultaneamente por diversos contratados e cuja execução seja mais
bem atendidas por meio do maior número possível de fornecedores/
prestadores de serviço.
§1º Para fins deste Decreto, entende-se por credenciamento a forma
de contratação direta de todos os interessados, fundamentada no
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE NORMATIVOS DE CREDENCIAMENTO
121
No que diz respeito ao art. 3º, entendemos que a busca por maior
eficácia, segurança e eficiência nas contratações públicas mediante o
credenciamento demanda alguns elementos adicionais para a instrução
do procedimento, tais como a elaboração do DOD, do ETP e da Matriz
de Riscos, conforme estudado no capítulo 5 da presente obra.
O art. 4º, por sua vez, apresenta um excelente rol de elementos
necessários ao edital de credenciamento. Entendemos que a definição
precisa e suficiente de requisitos para o edital em regulamento é
salutar para as contratações públicas, uma vez que minimiza os riscos
relacionados a lacunas e imprecisões no instrumento convocatório.
Outro ponto de destaque é o §2º do mesmo artigo, que apresenta
previsão normativa expressa de três métodos diversos para a distribuição
da demanda entre os credenciados. Como vimos nos estudos de caso,
os três métodos aqui apresentados vêm sendo empregados com sucesso
nas contratações de entidades de referência, consistindo em formas
simples, eficientes e eficazes para a escolha de credenciados para os
casos em que não for possível a contratação imediata e simultânea de
todos os particulares aprovados.
O Decreto traz ainda outras disposições que merecem destaque:
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE NORMATIVOS DE CREDENCIAMENTO
123
Capítulo IV
DO CREDENCIAMENTO
Art. 425 O Credenciamento na inexigibilidade de licitação é o pro-
cedimento administrativo por meio do qual a Conab credenciará,
FELIPE JOSÉ ANSALONI BARBOSA, LEONARDO DE OLIVEIRA THEBIT
126 CREDENCIAMENTO
SEÇÃO V. DO CREDENCIAMENTO
Art. 39. O Credenciamento é procedimento adotado com base no art.
30, da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, quando:
I. o interesse público for melhor atendido com a contratação do maior
número possível de prestadores simultâneos, devidamente justificado
pela autoridade competente;
II. for possível a contratação de todos os interessados que atendam
aos requisitos técnicos exigidos para a execução do contrato, mediante
critério isonômico, sem exclusão;
III. a capacidade de fornecimento de todos os eventuais interessados na
contratação for inferior à demanda.
Art. 40. O Credenciamento será realizado por meio da publicação de
edital, destinado a disciplinar a contratação junto àqueles que satisfaçam
previamente os requisitos exigidos, precedido de ampla divulgação,
mediante aviso publicado no Diário Oficial e no Portal Eletrônico de
Compras.
Parágrafo único. O processo de Credenciamento conterá os preços ou
percentuais de remuneração fixos e previamente definidos, consideradas
as peculiaridades de mercado e as pesquisas preliminares da fase interna.
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE NORMATIVOS DE CREDENCIAMENTO
129
Decisão:
O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator, DECIDE:
1 – receber a presente minuta de Regulamento de Licitações e Contratos
das entidades integrantes do Sistema “S”, mencionadas no item 4 supra,
tendo em vista a Decisão Plenária/TCU nº 907/97, prolatada na Sessão
de 11/12/97, que concluiu que os Serviços Sociais Autônomos não estão
sujeitos à observância aos estritos procedimentos estabelecidos na Lei nº
8.666/93, e sim aos seus regulamentos próprios devidamente publicados,
consubstanciados nos princípios gerais do processo licitatório;
2 – informar à Confederação Nacional da Indústria que:
2.1 – cabe aos próprios órgãos do Sistema “S” aprovar os regulamentos
internos de suas unidades;57
57
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Decisão 461/98. Plenário – Ata 28/98. Processo nº
TC 001.620/98-3. Relator Min. Lincoln Magalhães da Rocha. Disponível em: http://www.
tcu.gov.br/Consultas/Juris/Docs/judoc%5CDec%5C19991007%5CGERADO_TC-19430.pdf.
Acesso em: 30 abr. 2021.
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE NORMATIVOS DE CREDENCIAMENTO
131
CONSIDERAÇÕES FINAIS