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ESCOLA BAIANA
DE DIREITO DO
TRABALHO
Valdemir Paiva Paula Zettel
EDITOR-CHEFE DESIGN DE CAPA
Katlyn Lopes
DIREÇÃO EXECUTIVA
Vitor Batista
COORDENAÇÃO EDITORIAL
CDD 344.01
(22.ed)
CDU 331.16
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Organizadores
Edilton Meireles
Silvia Teixeira do Vale
Presidente do TRT-5
Desembargadora Débora Maria Lima Machado
Vice-Presidente do TRT-5
Desembargador Alcino Barbosa de Felizola Soares
Corregedora Regional
Desembargadora Luíza Aparecida Oliveira Lomba
Vice-Corregedora Regional
Desembargadora Léa Reis Nunes
Coordenadora Acadêmica
Juíza Silvia Isabelle Ribeiro Teixeira do Vale
Vice-Coordernadora Acadêmica
Juíza Andréa Presas Rocha
Núcleo de Cursos
Chefia: Lucila Borges Smarcevscki
Assistente: Maurício Borges Farias
Seção de Educação a Distância e Tecnologia
Chefia: Carlos Adroaldo Santiago Lima
Assistente: Vânia Pina
Seção Técnico-Pedagógica
Chefia: Ana Carina Varela Martins Maia
Assistente: Cláudia Valéria Moés Galvão
Seção de Vitaliciamento e Formação Inicial (Logística)
Chefia: Valdicéa Costa do Val
SUMÁRIO
A FIGURA DO EMPREGADO
HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17:
UMA ANÁLISE DA INCONVENCIONALIDADE
E INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 444,
PARÁGRAFO ÚNICO DA CLT. . . . . . . . . . . . 9
Adriana Wyzykowski
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS
INTERNACIONAIS COMO FORMA DE EFETIVAÇÃO
DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO
DECENTE NO BRASIL . . . . . . . . . . . . . . . . 245
Felipe Macêdo Pires Sampaio
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM:
A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM . . . . . . . . . . 411
Rosangela Rodrigues Dias de Lacerda
Silvia Teixeira do Vale
A FIGURA DO EMPREGADO
HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA
LEI 13.467/17: UMA ANÁLISE
DA INCONVENCIONALIDADE
E INCONSTITUCIONALIDADE
DO ART. 444, PARÁGRAFO
ÚNICO DA CLT
Adriana Wyzykowski1
Resumo
A análise da figura do empregado hipersuficiente foi o mote desta pesquisa, em
especial por conta da mudança de paradigmas que esta proporciona dentro do
sistema protetista trabalhista. A hipossuficiência do empregado fez com que se
criasse uma rede protetora no mundo do trabalho, tolhendo negociações individuais
que fossem prejudiciais a este sujeito. No entanto, a Lei 13.467/17, conhecida como
Reforma Trabalhista, pareceu mudar este paradigma, uma vez que equiparou os
poderes negociais do empregado hipersuficiente aos poderes dos sindicatos, não
levando em consideração o direito fundamental à igualdade. Utilizou-se o método
dedutivo proposto por René Descartes, além da utilização do método de Karl
Popper. Partiu-se de premissas gerais para premissas específicas, realizando-se
uma análise crítica da doutrina, legislação e jurisprudência, com experimentação
das propostas aprioristicamente formuladas. Como resultados, vislumbrou-se que
não há como se falar em exercício de liberdade em relações desequilibradas, de
sorte a ser necessário tratamento desigual que permita uma verdadeira liberdade
de escolha. Dessa forma, o art. 444, parágrafo único da CLT, padece de vício de
inconvencionalidade e inconstitucionalidade por ofensa ao princípio da isonomia.
Palavras-chave: Liberdade Negocial. Direito do Trabalho. Empregado Hipersuficiente.
Isonomia.
1. INTRODUÇÃO
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A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
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10 MAIOR, Jorge Luiz Souto; SEVERO, Valdete Souto. Manual da Reforma Trabalhista:
pontos e contrapostos. São Paulo: Sensus, 2017, p. 17.
11 A supressão das chamadas horas in itineri seria um exemplo de desregulamentação
implementada pela reforma trabalhista. Antes, para o tempo de deslocamento do
empregado ser computado como jornada de trabalho, deveria ser o percurso de difícil
acesso ou não servido por transporte público, sendo necessário o fornecimento do
veículo pelo empregador, conforme o antigo art. 58, §2º da CLT. Após a Lei 13.467/17,
o tempo de deslocamento não será computado na jornada de trabalho, por não ser
tempo à disposição do empregador. OLIVEIRA, Leandro Antunes de. A supressão das
horas in itinere. In: MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique (org.). A reforma trabalhista e
seus impactos. Salvador: Editora Juspodivm, 2018, p. 387.
12 DELGADO, Maurício Godinho; DELGADO, Gabriela Neves. A reforma trabalhista no
Brasil: com os comentários à Lei 13.467/17. São Paulo: LTr, 2017, p. 52.
13 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal - STF, deferiu liminar
na Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI 5938 para suspender norma que admite
a possibilidade de trabalhadoras grávidas e lactantes desempenharem atividades
insalubres em algumas hipóteses em 30 de abril de 2019. Em 29 de maio de 2019, o STF, por
maioria dos votos, julgou procedente a ADI 5938. Cf. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI
5938. Min. Relator: Alexandre de Moraes. DJ 29 maio 2019. Disponível em: http://portal.stf.
jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5447065, acesso em 03 jun. 2019.
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23 Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II - banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas
superiores a seis horas;
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19
de novembro de 2015;
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do
empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções
de confiança;
VI - regulamento empresarial;
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado,
e remuneração por desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das
autoridades competentes do Ministério do Trabalho;
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26 NAHAS, Thereza Cristina. Novo Direito do Trabalho: institutos fundamentais. Impactos
da reforma trabalhista. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017, p. 142-143.
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32 Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior
a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem,
desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa,
nos termos previstos na Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
33 DALLEGRAVE NETO, José Affonso. GARCIA, Phelippe Henrique Cordeiro. Arbitragem
em dissídios individuais de trabalho. Revista eletrônica do Tribunal Regional do Trabalho
da 9ª Região, Curitiba, PR, v. 8, n. 73, p. 26-42, nov. 2018, p. 27.
34 MATTOS, Felipe Montenegro. Formas alternativas de solução de conflitos trabalhistas:
arbitragem e acordo extrajudicial. In: MANNRICH, Nelson (coord.). Reforma trabalhista:
reflexões e críticas. 2. ed. São Paulo: LTr, 2018, p. 17.
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35 MUKNICKA, Rosana. Arbitragem Trabalhista. In: MARTINE NETO, Aldo Augusto,
BURMANN, Márcia Sanz; LACERDA, Nadia Demoliner; GALO, Thais (coord.). Reforma
Trabalhista brasileira em debate. São Paulo: LTr, 2019, p. 91. Georgenor de Souza
Franco Filho entende que a cláusula compromissória pode ser instituída a qualquer
tempo, inclusive para aqueles empregados que foram contratados antes da
Reforma Trabalhista. Discorda-se da posição do autor por se entender que, diante
da subordinação jurídica que é inerente ao vínculo empregatício, o empregado se
encontra em posição de vulnerabilidade que faria com que tal assunção não fosse
válida. FRANCO FILHO, Georgenor. Reforma Trabalhista em pontos. De acordo com a
Lei n. 13.467/17. 2. ed. São Paulo: LTr, 2018, p. 48.
36 MOURA, Alessandra Christiane Bittencourt Ambrogi. Livre estipulação contratual
entre empregado e empregador. Solução do litígio por meio da arbitragem. In:
CREMONESI, André; NAKANO, Silvia (coor). Reforma Trabalhista: avanço ou retrocesso?
São Paulo: LTr, 2018, p. 93.
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4. INCONVENCIONALIDADE E INCONSTITUCIONALIDADE
DA NOÇÃO DE HIPERSUFICIÊNCIA ADOTADA PELA CLT:
UMA ANÁLISE À LUZ DO PRINCÍPIO DA IGUALDADE
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48 LIMA, José Edmilson de Souza; SILVA, Marcos Alves da; LIMA, Erick Alan de. O
empregado hipersuficiente sob a perspectiva do direito fundamental da igualdade e
da Convenção 111 da OIT. Anais do V Congresso Luso-brasileiro de Direitos Humanos
na Sociedade da Informação. vol. 3, n°.26, p. 452-475. Curitiba, 2018, p. 471.
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53 DINIZ, Ana Paola Santos Machado; VARELA, Maria da Graça Antunes. O
hipersuficiente e a presunção de invulnerabilidade (análise do parágrafo único do art.
444 À luz do princípio da igualdade. In: PAMPLONA FILHO, Rodolfo; LUDWIG, Guilherme
Guimarães; VALE, Silvia Teixeira do. (coord). Interpretação e aplicação da reforma
trabalhista no direito brasileiro. São Paulo: LTr, 2018, p. 87.
54 MURADAS, Daniela. A reforma Trabalhista e o Mito da Classe Média Esclarecida:
Capital Cultural e dependência dos fatores os organizados da produção. In:
PAMPLONA FILHO, Rodolfo; LUDWIG, Guilherme Guimarães; VALE, Silvia Teixeira do.
(coord). Interpretação e aplicação da reforma trabalhista no direito brasileiro. São
Paulo: LTr, 2018, p. 50.
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5. CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
ALVES, Amauri Cesar; ALVES, Roberto das Graças. Reforma Trabalhista e o Novo
“Direito do Capital”. Revista Síntese Trabalhista e Previdenciária, São Paulo, v. 338,
p. 61- 63, ago. 2017.
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BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 6787/16. Disponível em: https://
www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2122076;
acesso em: 08 de jan. de 2019.
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BRASIL. Senado Federal. Projeto de lei da Câmara n. 38, de 2017 - Reforma Traba-
lhista. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/
materia/129049, acesso em 08 de jan, de 2019.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 5938. Min. Relator: Alexandre de Moraes.
DJ 29 maio 2019. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?inci-
dente=5447065, acesso em 03 jun. 2019.
CESARINO JÚNIOR, Antônio Ferreira. Direito Social. São Paulo: LTr, 1980.
DINIZ, Ana Paola Santos Machado; VARELA, Maria da Graça Antunes. O hipersufi-
ciente e a presunção de invulnerabilidade (análise do parágrafo único do art. 444 À
luz do princípio da igualdade. In: PAMPLONA FILHO, Rodolfo; LUDWIG, Guilherme
Guimarães; VALE, Silvia Teixeira do. (coord). Interpretação e aplicação da reforma
trabalhista no direito brasileiro. São Paulo: LTr, 2018.
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LIMA, José Edmilson de Souza; SILVA, Marcos Alves da; LIMA, Erick Alan de. O em-
pregado hipersuficiente sob a perspectiva do direito fundamental da igualdade e da
Convenção 111 da OIT. Anais do V Congresso Luso-brasileiro de Direitos Humanos
na Sociedade da Informação. vol. 3, n°.26, p. 452-475. Curitiba, 2018.
MAIOR, Jorge Luiz Souto; SEVERO, Valdete Souto. Manual da Reforma Trabalhista:
pontos e contrapontos. São Paulo: Sensus, 2017.
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A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
OLIVEIRA, Leandro Antunes de. A supressão das horas in itinere. In: MIESSA, Élisson;
CORREIA, Henrique (org.). A reforma trabalhista e seus impactos. Salvador: Editora
Juspodivm, 2018.
SEVERO, Valdete Souto; MAIOR, Jorge Luiz Souto. Manual da reforma trabalhista:
pontos e contrapontos. São Paulo: Sensus, 2017.
SILVA, Homero Batista Mateus da. Comentários à reforma trabalhista. Análise da lei
13.467/2017 - artigo por artigo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017.
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A LGPD E A PROTEÇÃO
DOS DADOS PÚBLICOS
(OU TORNADOS PÚBLICOS)
NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES
DE TRABALHO
1. INTRODUÇÃO
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(OU TORNADOS PÚBLICOS) NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
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(OU TORNADOS PÚBLICOS) NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
8 MENEZES, Joyceane Bezerra de; COLAÇO, Hian Silva. Quando a Lei Geral de
proteção de Dados não se aplica? In TEPEDINO, Gustavo; FRAZÃO, Ana; OLIVA; Milena
Donato. Lei geral de proteção de dados pessoais e suas repercussões no direito
brasileiro. São Paulo: Thomson Reuters, Revista dos Tribunais, 2019. p. 16.
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12 PINHEIRO, Iuri; BOMFIM, Vólia. A lei geral de proteção de dados e seus impactos
nas relações de trabalho. In MIZIARA; Raphael; MOLLIXONE, Bianca; PESSOA, André.
Reflexos da lgpd no direito e no processo do trabalho. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2020. p. 54.
13 VAINZOF, Rony. Comentário ao art. 5º. In MALDONADO, Viviane Nóbrega; BLUM,
Renato Opice (Coord.). LGPD - Lei geral de proteção de dados comentada. 3ª ed.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2021. p. 97.
14 Idem, op. cit., p. 97-98.
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16 VAINZOF, Rony. Comentário ao art. 1º. In MALDONADO, Viviane Nóbrega; BLUM,
Renato Opice (Coord.). LGPD - Lei geral de proteção de dados comentada. 3ª ed.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2021. p. 30.
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(...)
17 SOUZA, Eduardo Nunes; SILVA; Rodrigo da Guia. Direitos do titular de dados pessoais
na lei 13.709/2018: uma abordagem sistemática. In TEPEDINO, Gustavo; FRAZÃO, Ana;
OLIVA; Milena Donato. Lei geral de proteção de dados pessoais e suas repercussões
no direito brasileiro. São Paulo: Thomson Reuters, Revista dos Tribunais, 2019. p. 262.
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(OU TORNADOS PÚBLICOS) NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
18 VAINZOF, Rony. Comentário ao art. 6º. In MALDONADO, Viviane Nóbrega; BLUM,
Renato Opice (Coord.). LGPD - Lei geral de proteção de dados comentada. 3ª ed.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2021. p. 145.
19 Idem, ibidem.
20 Idem, ibidem.
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(OU TORNADOS PÚBLICOS) NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
21 SARLET, Ingo W; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Curso de Direito
Constitucional. São Paulo: Ed. RT, 2014. pp. 433-434.
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24 LIMA, Caio César Carvalho. Comentário ao art. 7º. In MALDONADO, Viviane
Nóbrega; BLUM, Renato Opice (Coord.). LGPD - Lei geral de proteção de dados
comentada. 3ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2021. p. 199 - com destaques.
25 TAVARES, Giovanna Milanez. Op. cit., p. 62 – grifos postos.
26 Idem, op. cit., p. 95.
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33 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. MC-ADI 6387/DF, Relatora Ministra Rosa Weber,
Pleno, DJe 12/11/2020. Disponível em: <https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?-
classeNumeroIncidente=%22ADI%206387%22&base=acordaos&sinonimo=true&plu-
ral=true&page=1&pageSize=10&sort=_score&sortBy=desc&isAdvanced=true>. Acesso
em: 23 jun. 2022.
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5. CONCLUSÃO
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(OU TORNADOS PÚBLICOS) NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. MC-ADI 6387/DF, Relatora Ministra Rosa We-
ber, Pleno, DJe 12/11/2020. Disponível em: <https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/
search?classeNumeroIncidente=%22ADI%206387%22&base=acordaos&sinoni-
mo=true&plural=true&page=1&pageSize=10&sort=_score&sortBy=desc&isAdvan-
ced=true>. Acesso em: 23 jun. 2022.
MENEZES, Joyceane Bezerra de; COLAÇO, Hian Silva. Quando a Lei Geral de prote-
ção de Dados não se aplica? In TEPEDINO, Gustavo; FRAZÃO, Ana; OLIVA; Milena
Donato. Lei geral de proteção de dados pessoais e suas repercussões no direito
brasileiro. São Paulo: Thomson Reuters, Revista dos Tribunais, 2019.
PINHEIRO, Iuri; BOMFIM, Vólia. A lei geral de proteção de dados e seus impactos
nas relações de trabalho. In MIZIARA; Raphael; MOLLICONE, Bianca; PESSOA,
André. Reflexos da lgpd no direito e no processo do trabalho. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2020.
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UMA ANÁLISE NA REGIÃO
NORDESTE ACERCA DA
INCONSTITUCIONALIDADE
E INEFICÁCIA DO ARTIGO
444 DA CLT PÓS-REFORMA
TRABALHISTA
Resumo
A lei nº 13.417 de 2017 da Reforma Trabalhista trouxe mudanças significativas à
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e dentre as diversas alterações, inseriu a
categoria do trabalhador hipersuficiente modificando o artigo 444, possibilitando a
flexibilização quanto à proteção do trabalhador quando o equipara ao empregador
apenas pelo fato de possuir diploma de ensino superior e perceber salário igual ou
superior a duas vezes o teto de benefícios do Regime Geral da Previdência Social
(RGPS). Neste teor, tem-se que o objetivo deste trabalho é analisar o artigo 444
da CLT verificando se os requisitos caracterizadores de hipersuficiência justificam
a criação dessa nova categoria e se encaixam na realidade social. Por certo, tem-
se como hipótese norteadora demonstrar que ante análise das estatísticas, no
que diz a respeito à renda e escolaridade dos trabalhadores formais sobretudo na
região nordeste, houve um equívoco do legislador em viabilizar a possibilidade de
o trabalhador negociar os seus direitos trabalhistas não levando em consideração
os fatores sociais e históricos existentes na relação de trabalho o que, por
consequência, não justifica a criação desta categoria. Á vista disso, a pesquisa se
utilizará da legislação; princípios e normas que norteiam o Direito do Trabalho,
doutrinadores jurídicos e dados estatísticos da Pesquisa Nacional Por Amostra de
Domicílios Contínua (PNAD) no ano de 2021, elaborada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), que se fundamentam na Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS). Busca-se, portanto, evidenciar o desacerto do legislador quanto a
constitucionalidade do referido dispositivo e a ineficácia aparente ante a análise
dos dados que demonstraram, considerando a região nordeste, e pensando na
segregação realizada entre hipossuficientes e hipersuficientes, que mais de 90%
desta região seria caracterizada como hipossuficiente. Além disso, esse novo caráter
atribuído ao trabalhador surgiu em contraponto à existência de entendimento
majoritário da doutrina jurídica, em que a relação trabalhista, na sua ideia prática,
é assimétrica e o trabalhador, independente do seu nível de escolaridade e renda,
juridicamente, é a parte hipossuficiente da relação.
Palavras-chave: Lei nº 13.417. CLT. Trabalhador Hipersuficente. Região Nordeste.
Abstract
Law No. 13,417 of 2017 on the Labor Reform brought significant changes to the
Consolidation of Labor Laws (CLT), and among the various changes, it inserted the
category of the hypersufficient worker, modifying article 444, enabling flexibility in
terms of worker protection when equating it to the employer simply because they
have a higher education degree and receive a salary equal to or greater than twice
the benefit ceiling of the General Social Security System (RGPS). In this regard, the
objective of this work is to analyze article 444 of the CLT, verifying whether the
requirements that characterize hypersufficiency justify the creation of this new
category and fit into social reality. Certainly, the guiding hypothesis is to demonstrate
that, in view of the analysis of the statistics, with regard to the income and education
of formal workers, especially in the northeast region, there was a mistake on the part
of the legislator in enabling the possibility of the worker to negotiate his labor rights
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E INEFICÁCIA DO ARTIGO 444 DA CLT PÓS-REFORMA TRABALHISTA
not taking into account the social and historical factors existing in the employment
relationship, which, consequently, does not justify the creation of this category. In view
of this, the research will make use of legislation; principles and standards that guide
Labor Law, legal scholars and statistical data from the Continuous National Household
Sample Survey (PNAD) in 2021, prepared by the Brazilian Institute of Geography and
Statistics (IBGE), which are based on the Annual Report of Social Information (RAIS).
Therefore, we seek to highlight the legislator’s mistake regarding the constitutionality
of the aforementioned device and the apparent ineffectiveness in the face of the
analysis of the data that showed, considering the northeast region, and thinking about
the segregation carried out between the hyposufficient and hypersufficient, that
more than 90% of this region would be characterized as hyposufficient. In addition,
this new character attributed to the worker emerged in counterpoint to the existence
of a majority understanding of legal doctrine, in which the labor relationship, in its
practical idea, is asymmetric and the worker, regardless of their level of education and
income, is legally the under-sufficient part of the relationship.
Keywords: Law No. 13,417. CLT Hypersufficient Worker. Northeast Region.
1. INTRODUÇÃO
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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5 “Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”
(BRASIL, 1943).
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6 “Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia” (BRASIL, 1943).
7 “Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: I - pacto quanto à jornada de
trabalho, observados os limites constitucionais ;II - banco de horas anual; III - intervalo
intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a
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seis horas; IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189,
de 19 de novembro de 2015 ; V - plano de cargos, salários e funções compatíveis
com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos
que se enquadram como funções de confiança; VI - regulamento empresarial; VII -
representante dos trabalhadores no local de trabalho; VIII - teletrabalho, regime de
sobreaviso, e trabalho intermitente; IX - remuneração por produtividade, incluídas as
gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho; XI - troca do dia de feriado; XII -
enquadramento do grau de insalubridade; XIII - prorrogação de jornada em ambientes
insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho;
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em
programas de incentivo; XV - participação nos lucros ou resultados da empresa. § 1º
No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do
Trabalho observará o disposto no § 3º do art. 8º desta Consolidação. § 2º A inexistência
de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um
vício do negócio jurídico. § 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a
jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a
proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do
instrumento coletivo. § 4º Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula
de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, quando houver a cláusula
compensatória, esta deverá ser igualmente anulada, sem repetição do indébito. § 5º
Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho
deverão participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva,
que tenha como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos” (BRASIL, 1943).
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3. METODOLOGIA
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4. RESULTADOS
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Gráfico 1- Dispersão das variáveis: trabalhadores com nível superior X faixa salarial
de 10 e 20 a mais salários mínimos (SM) no NE
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Gráfico 2- Dispersão das variáveis: trabalhadores com nível superior X faixa salarial
de 10 e 20 a mais salários mínimos (SM) no NE, excluindo as capitais
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Teste
Hipótese nula 1 - =0
Hipótese 1 - 0
Alternativa
Valor – T GL Valor – p
3,08 95 0,003
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5. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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UMA ANÁLISE NA REGIÃO NORDESTE ACERCA DA INCONSTITUCIONALIDADE
E INEFICÁCIA DO ARTIGO 444 DA CLT PÓS-REFORMA TRABALHISTA
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ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do trabalho. / Carla Teresa Martins Romar;
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121
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122
O DIREITO DE GREVE NA
INICIATIVA PRIVADA: UMA
ANÁLISE COMPARATIVA
DO INSTITUTO À LUZ DA
LEGISLAÇÃO, DOS PRINCÍPIOS
DA OIT, E DA JURISPRUDÊNCIA
DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
1. INTRODUÇÃO
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E que:
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Nesse sentido:
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[...]
[...]
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A Lei de Greve, salvo melhor juízo, por outro lado, não estabe-
lece quais os interesses podem ser defendidos através da greve. É o
que se vislumbra do que diz o art. 1º., da Lei 7.783/89: “É assegurado o
direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a opor-
tunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele
defender” (BRASIL,1988), se atendo apenas a tratar da forma como o
direito será exercido (parágrafo único, do art. 7.783/89).
Já o Comitê de Liberdade Sindical e a Comissão de Peritos
da OIT defendem que o direito de greve não se limita à interrupção
típica de tarefas, admitindo outras modalidades de greve, desde
que se revistam de caráter pacífico. Entendem pela possibilidade da
greve política, que tem consequências imediatas para os trabalhado-
res “em matéria de emprego, de proteção social e de nível de vida”
(GERNIGON; ODERO; GUIDO, 2002) mas não a puramente política,
assim como referendam a possibilidade da greve de solidariedade,
desde que seja legal a greve inicial apoiada pela organização dos tra-
balhadores, deixando claro “que se trata de um direito do qual devem
gozar as organizações de trabalhadores (sindicatos, federações e
confederações)” (GERNIGON; ODERO; GUIDO, 2002).
Na contramão das posições acima ressaltadas, o TST vem
limitando os interesses que podem ser defendidos pelo direito de
greve, entendendo pela abusividade do exercício do direito de greve
deflagrada como forma de protesto dirigida contra o Poder Públi-
co, e com objetivos direcionados à proteção de interesses que não
possam ser atendidos pelo empregador, inviabilizando o que vem
chamando de greve política.
Quanto à greve de solidariedade, o TST admite a sua não abu-
sividade, porém quando legal a greve inicial que está sendo apoiada.
Em momento algum o art. 9º., da Constituição Federal exclui
outros tipos de manifestação coletiva de pressão, que não impliquem
a suspensão coletiva da prestação de serviços pelos trabalhadores.
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6. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. MI 670 / ES, Mandado de Injunção. Órgão julga-
dor: Tribunal Pleno, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Redator(a) do acórdão:
164
O DIREITO DE GREVE NA INICIATIVA PRIVADA
GOMES, Ana Virgínia Moreira; PINTO, Flavia Aguiar Cabral Furtado; PINTO, Carlos
Eduardo Furtado. O direito de greve como manifestação do exercício da democracia:
Análise da decisão do TST sobre a legitimidade da greve política. Revista chilena
de derecho del trabajo y de la seguridad social. vol. 11 núm. 21, págs. 47-64 • doi
165
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral
dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional / Ingo Wolfgang Sarlet.
11. ed. rev. atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2012.
166
MANDADO DE INJUNÇÃO
E AS DISPOSIÇÕES
TRANSITÓRIAS MAIS DE 30
ANOS DEPOIS DA CF/88. O
CASO DA PROTEÇÃO CONTRA
DESPEDIDA ARBITRÁRIA OU
SEM JUSTA CAUSA1
Edilton Meireles2
Resumo
O presente trabalho é fruto da pesquisa quanto a possibilidade de impetração do
mandado de injunção para tornar viável o exercício do direito à proteção contra
a despedida arbitrária ou sem justa causa. Analisou-se a jurisprudência do STF
a respeito desta questão em face da existência da regra transitória do art. 10 do
ADCT. Ao final se conclui que, transcorrido mais de 30 anos desde a promulgação
da CF de 1988, revela-se viável a impetração do mandado de injunção diante do
abuso moratório do legislador constitucional. Na pesquisa foi utilizado o método
dedutivo, com revisão da doutrina, análise da jurisprudência e interpretação de
textos normativos.
Palavras-chave: Mandado de injunção. Omissão constitucional. Despedida arbitrária.
Despedida sem justa causa. Disposição transitória.
Abstract
The present work is the result of the research regarding the possibility of impetration of
injunction for the protection order to make viable the exercise of the right to protection
against arbitrary dismissal or without just cause. The case law of the Supreme Court
was analyzed on the subject in view of the existence of the transitional rule of art.
10 of ADCT. At the end, it is concluded that, more than 30 years after the enactment
of the 1988 Constitution, it is possible to impose an injunction in the face of the
moratorium of the constitutional legislator. In the research was used the deductive
method, with revision of the doctrine, analysis of jurisprudence and interpretation of
normative texts.
Keywords: injunction. constitutional omission. arbitrary dismissal. dismissal without
just cause.
1. INTRODUÇÃO
168
MANDADO DE INJUNÇÃO E AS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS MAIS DE 30 ANOS DEPOIS DA CF/88.
O CASO DA PROTEÇÃO CONTRA DESPEDIDA ARBITRÁRIA OU SEM JUSTA CAUSA
2. DO DIREITO À INJUNÇÃO
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O CASO DA PROTEÇÃO CONTRA DESPEDIDA ARBITRÁRIA OU SEM JUSTA CAUSA
5 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de injunção n. 114. Rel. Min. Octavio
Gallotti. Julgado em 04 abr. 1991.
6 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de injunção n. 278. Redª. Minª. Ellen
Gracie. Julgado em 03 out. 2001.
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7 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de injunção n. 487. Rel. Min. Celso de
Mello. Julgado em 22 jun. 1995.
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8 Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a
despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho,
comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob
pena de ser condenado a reintegrar o empregado. BRASIL. Decreto-lei n. 5.452, de
1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário Oficial. Rio
de Janeiro. 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/
Del5452.htm>. Acesso em: 13 nov. 2018. Também aqui, essa referência serve para todas
as demais nas quais são citados dispositivos da CLT, de modo a se evitar repetições
desnecessárias relativas à mesma fonte normativa.
9 BRASIL. Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá
outras providências.
10 Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da
mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de
gravidez.
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seja, talvez, o impacto que causa nas contas nacionais. De fato, seja
pela sonegação ou pela ausência de legislação, ela impacta de forma
significativa o PIB”27.
Ou seja, a regra transitória de proteção contra a despedida
arbitrária ou sem justa causa (pagar 40% dos depósitos do FGTS)
sequer, no mundo dos fatos e da atual realidade socioeconômica bra-
sileira, transcorrido mais de 30 anos da promulgação da Constituição
de 1988, não se revela capaz e eficiente ao fim que busca atingir, isto
é, proteger o trabalhador em seu posto de trabalho, valorizando o
trabalho humano e buscando o pleno emprego.
A nova realidade brasileira e os dados estatísticos revelam
que, com o passar do tempo, a regra transitória criada com o objetivo
de proteger, ainda que provisoriamente, a relação de emprego contra
a despedida arbitrária ou sem justa causa, tornou-se insuficiente ao
que se propõe, isto é, a proteger o direito social fundamental (ao
emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa).
A partir desse entendimento se pode, então, ter que o legis-
lador infraconstitucional se revela omisso, modificadas as condições
socioeconômicas brasileira, ao não regular de modo eficiente o
direito fundamental à proteção da relação de emprego contra a des-
pedida arbitrária e sem justa causa, violando o princípio da proibição
de proteção insuficiente ao direito fundamental28.
Pode-se, ainda, nesta mesma trilha, afirmar que a própria re-
gra transitória, hoje, revela-se inconstitucional, por regular de modo
ineficiente, considerando a mudança das condições históricas, ainda
que de forma temporária, a proteção ao direito fundamental29.
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30 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de injunção n. 487. Rel. Min. Celso de
Mello. Julgado em 22 jun. 1995.
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O CASO DA PROTEÇÃO CONTRA DESPEDIDA ARBITRÁRIA OU SEM JUSTA CAUSA
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9. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de injunção n. 114. Rel. Min. Octavio
Gallotti. Julgado em 04 abr. 1991. Brasília. Diário de Justiça. 1991. Disponível em:
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BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de injunção n. 278. Redª. Minª. Ellen
Gracie. Julgado em 03 out. 2001. Brasília. Diário de Justiça. 2001. Disponível em:
<http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=81765>.
Acesso em: 27 jun. 2022.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de injunção n. 487. Rel. Min. Celso de
Mello. Julgado em 22 jun. 1995. Brasília. Diário de Justiça. 1995. Disponível em: < ht-
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MANDADO DE INJUNÇÃO E AS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS MAIS DE 30 ANOS DEPOIS DA CF/88.
O CASO DA PROTEÇÃO CONTRA DESPEDIDA ARBITRÁRIA OU SEM JUSTA CAUSA
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 8 ed. São Paulo:
Malheiros, 2012.
193
194
O FGTS E O VALOR
DA INDENIZAÇÃO
COMPENSATÓRIA NA
DESPEDIDA SEM JUSTA CAUSA
OU ARBITRÁRIA
Edilton Meireles1
1. INTRODUÇÃO
2. DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA
196
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
197
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
198
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
3. DO FGTS
199
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
200
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
201
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202
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
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204
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SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
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206
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
10 CARBONELL, Miguel. Los objetos de las leyes, los reenvíos legislativos y las
derogaciones tácitas. Notas de técnica legislativa. Boletín Mexicano De Derecho
Comparado, n. 89, 1997, p. 438.
11 SALVADOR CODERCH, Pablo. La Disposición Final Tercera de la Compilación
catalana y la técnica legislativa de las remisiones estáticas, p. 985.
12 CORDEIRO, Menezes António. “Anotação” à sentença do Tribunal Administrativo
de Círculo de Lisboa de 15 de Março de 1987, p. 192.
13 SALVADOR CODERCH, Pablo. La Disposición Final Tercera de la Compilación
catalana y la técnica legislativa de las remisiones estáticas, p. 986.
14 CORDEIRO, Menezes António. “Anotação” à sentença do Tribunal Administrativo
de Círculo de Lisboa de 15 de Março de 1987, p. 194.
207
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
208
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
209
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210
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
211
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212
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
5. CONCLUSÃO
213
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
214
O FGTS E O VALOR DA INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA NA DESPEDIDA
SEM JUSTA CAUSA OU ARBITRÁRIA
REFERÊNCIAS
CARBONELL, Miguel. Los objetos de las leyes, los reenvíos legislativos y las deroga-
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215
216
GERENCIAMENTO
ALGORÍTMICO NAS
PLATAFORMAS DIGITAIS DE
TRABALHO: UMA LEITURA DA
RELAÇÃO DE TRABALHO SOB
A ÓTICA DOS PODERES DO
EMPREGADOR
Resumo
O artigo tem por proposta analisar o gerenciamento algorítmico de trabalho a partir
dos poderes do empregador consagrados na doutrina majoritária trabalhista. Tem-
se, por hipótese, que as técnicas de controle, organização e gestão de trabalho por
meio de algoritmos possui elementos análogos aos poderes diretivo, regulamentar
e disciplinar dos empregadores, viabilizando-se, portanto, o reconhecimento da
chamada subordinação algorítmica. O estudo se propõe a partir da necessidade
de vislumbrar a possível configuração de relação empregatícia a partir da figura
do empregador, de forma a agregar a produção científica que o faz baseado no
sujeito empregado. Para tanto, pretende-se analisar, aprioristicamente, a figura do
empregador a partir das teorias normativas da relação de trabalho, passando-se à
digressão dos poderes patronais consagrados, tipicamente, na doutrina juslaboral.
Por fim, busca-se analisar a organização decorrente do gerenciamento algorítmico
à luz dos poderes do empregador, para fins de possível constatação da subordinação
a partir das plataformas digitais.
Palavras-Chave: Gerenciamento Algorítmico, Empregador, Plataformas Digitais,
Subordinação, Contrato de Trabalho.
Abstract:
The article aims to analyze the algorithmic management of work from the employer’s
powers enshrined in the majority labor doctrine. We hypothesize that techniques of
control, organization and management of work through algorithms have elements
similar to the directive, regulatory and disciplinary powers of employers, thus enabling
the recognition of the so-called algorithmic subordination. The study proposes itself
from the need to envision the possible configuration of employment relationship, on
digital platforms, from the figure of the employer, in order to add the vast scientific
production that makes it based on the employed subject. In order to do so, it is
intended to analyze, a priori, the figure of the employer from the normative theories of
the work relationship, moving on to the digression of the employers’ powers typically
enshrined in the labor law doctrine. Finally, we seek to analyze the organization
resulting from algorithmic management in the light of the employer’s powers, for the
purpose of possible verification of subordination from digital platforms.
Keywords: Algorithmic Management, Employer, Digital Platforms, Subordination,
Employment Contract.
1. INTRODUÇÃO
218
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
219
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
220
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
221
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
11 LÓPEZ, Manuel Carlos Palomeque. Direito do trabalho e ideologia. Trad. Antonio
Moreira. Coimbra: Almedina, 2001, p. 17.
222
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
12 SUPIOT, Alain. Crítica do direito do trabalho. Trad. António Monteiro Fernandes.
Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2016, p. 16.
13 BAYLOS, Antonio. Direito do trabalho: modelo para armar. Trad. Flávio Benites
Cristina Schultz. São Paulo: LTr, 1999, p. 64.
223
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
14 MESQUITA, Luiz José de. Direito disciplinar do trabalho. São Paulo: Saraiva, 1950, p. 14.
15 MEIRELES, Edilton. A persistente interpretação institucionalista (positivista-
nazifascista) no Direito do Trabalho brasileiro. In: NEMER NETO, Alberto et al. 80 anos
da Justiça do Trabalho: a democracia e a cidadania à luz da tutela jurisdicional
trabalhista. São Paulo: LEX ; OAB Nacional, 2021. p. 343.
16 BAYLOS, Antonio. Direito do trabalho: modelo para armar. Trad. Flávio Benites
Cristina Schultz. São Paulo: LTr, 1999, 66-76.
17 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 16 Ed. São Paulo: LTr,
2017, p. 337.
224
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
18 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 16 Ed. São Paulo: LTr,
2017, p. 492.
225
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
226
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
227
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
228
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
229
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
29 LIMA, Francisco Meton Marques de. Elementos de Direito do Trabalho e Processo
Trabalhista. 12 Ed. São Paulo: LTr, 2007, p. 155.
30 MEIRELES, Edilton. A persistente interpretação institucionalista (positivista-
nazifascista) no Direito do Trabalho brasileiro. In: NEMER NETO, Alberto et al. 80 anos
da Justiça do Trabalho: a democracia e a cidadania à luz da tutela jurisdicional
trabalhista. São Paulo: LEX ; OAB Nacional, 2021. p. 355.
230
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
31 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 16 Ed. São Paulo: LTr,
2017, p. 782.
32 MESQUITA, Luiz José de. Direito disciplinar do trabalho. São Paulo: Saraiva, 1950, p.
37.
33 MEIRELES, Edilton. A persistente interpretação institucionalista (positivista-
nazifascista) no Direito do Trabalho brasileiro. In: NEMER NETO, Alberto et al. 80 anos
da Justiça do Trabalho: a democracia e a cidadania à luz da tutela jurisdicional
trabalhista. São Paulo: LEX ; OAB Nacional, 2021. p. 358.
231
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
232
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
233
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
234
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
235
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
50 ILO. International Labour Office. World Employment and Social Outlook: The Role of
Digital Labour Platforms in Transforming the World of Work. Geneva, 2021, p. 21.
51 DUARTE, Fernanda da Costa Portugal; GUERRA, Ana Gonçalves. Plataformização
e trabalho algorítmico: contribuições dos Estudos de Plataforma para o fenômeno da
uberização. Eptic On-Line (UFS), v. 22, 2020, p. 51.
236
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
237
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
238
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
4. CONCLUSÃO
56 ILO. International Labour Office. World Employment and Social Outlook: The Role
of Digital Labour Platforms in Transforming the World of Work. Geneva, 2021, p. 216-217.
239
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
240
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
REFERÊNCIAS
BAYLOS, Antonio. Direito do trabalho: modelo para armar. Trad. Flávio Benites
Cristina Schultz. São Paulo: LTr, 1999.
241
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 16 Ed. São Paulo: LTr,
2017.
ILO. International Labour Office. World Employment and Social Outlook: The Role
of Digital Labour Platforms in Transforming the World of Work. Geneva, 2021.
242
GERENCIAMENTO ALGORÍTMICO NAS PLATAFORMAS DIGITAIS DE TRABALHO:
UMA LEITURA DA RELAÇÃO DE TRABALHO SOB A ÓTICA DOS PODERES DO EMPREGADOR
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vol. 221. ano 48. p. 59-90. São Paulo: Ed. RT, jan./fev. 2022.
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244
A FISCALIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA DO
CUMPRIMENTO DOS TRATADOS
INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO
DIREITO FUNDAMENTAL AO
TRABALHO DECENTE NO BRASIL
Resumo
O presente trabalho buscou analisar a disciplina sobre os tratados internacionais de
direitos humanos no Brasil, concedendo um enfoque à visão constitucional sobre
o assunto, em especial o tratamento conferido à temática pelo Supremo Tribunal
Federal. Após, buscou-se analisar a competência administrativa da Inspeção do
Trabalho para a fiscalização desses instrumentos, enfocando também a prática da
fiscalização. Por fim, investigou-se se esse órgão fiscalizatório exerce fiscalização
efetiva dos tratados internacionais sobre direitos humanos em matéria trabalhista
ratificados pelo Brasil, com foco na análise do ementário da Inspeção do Trabalho
utilizado para a lavratura de Autos de Infração.
Palavras-chave: Direitos humanos; Inspeção do Trabalho; controle de
convencionalidade
Abstract
The present work sought to analyze the discipline on international human rights
treaties in Brazil, focusing on the constitutional view on the subject, especially
the treatment given to it by the Supreme Court. After that, sought to analyze the
administrative competence of the Labor Inspection for the fiscalization of these
instruments, also focusing on the practice activities of inspection. Finally, it was
investigated whether this institution exercises effective supervision of international
treaties on human rights in labor matters ratified by Brazil, focusing on the analysis
of the Labor Inspection manual used for the issuance of Infraction Notices.
Key words: Human rights; Labor Inspection; conventionality control
1. INTRODUÇÃO
246
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
247
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
248
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
249
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
6 PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional. 9 ed. São Paulo: Saraiva,
2019, p. 64.
7 DELGADO, Gabriela Neves. Os direitos sociotrabalhistas como dimensão dos direitos
humanos. Revista do Tribunal Superior do Trabalho, v. 79, p. 199-219, 2013, p. 200.
8 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. 8 ed. São Paulo: Método,
2021, p. 23.
250
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
9 Ibid, p. 22.
251
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
10 MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. 8 ed. São Paulo: Método,
2021, p. 189.
252
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
253
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
254
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
255
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
256
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
257
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
(…)
258
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
259
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
260
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
261
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
No Ag-AIRR-24335-36.2015.5.24.0076, o Ministro
Relator Mauricio Godinho Delgado, em decisão pu-
blicada em 21/06/2019, mantendo a compreensão de
impossibilidade de despedida de empregado doente,
262
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
(GRIFOS NO ORIGINAL)
263
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
264
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
22 BRASIL. Norma Regulamentadora N.º 03. Embargo e Interdição. Brasília, DF,
Última modificação: Portaria SEPRT 1068, de 23/09/2019. Disponível em: < https://
www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs>. Acesso em: 27 jun. 2022.
23 BRASIL. DECRETO-LEI Nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das
Leis do Trabalho. Brasília, DF, 1º mai. 1943. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto-lei/Del5452compilado.htm>. Acesso em: 05 jun. 2022.
265
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
266
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
ementa tem um código; além disso, toda ementa tem uma capitula-
ção como base jurídica.
Dessa forma, é possível perceber que o ementário é um ponto
norteador para a lavratura de Autos de Infração e que é um documen-
to de tamanho considerável, já que busca abarcar toda a legislação
trabalhista, inclusive as normas regulamentadoras. Sendo assim,
o exame deste ementário é um bom parâmetro a ser utilizado para
verificar se há ou não a fiscalização direta acerca do cumprimento das
normas internacionais pela Inspeção do Trabalho.
Até o momento da presente pesquisa, esse ementário não está
publicamente disponibilizado por completo em versão atualizada. O
ementário de segurança e saúde no trabalho está disponibilizado na
Norma Regulamentadora nº 2825, de forma atualizada. Já o restante
do ementário, relacionado à legislação geral do trabalho, não está
disponibilizado de forma atualizada, já que a última versão pública
encontrada é de 200826. Há uma versão atualizada em tempo real,
contudo disponível apenas para a carreira de auditoria.
No âmbito da presente pesquisa analisou-se tanto o ementá-
rio da NR 28 quanto o de legislação de 2008. Além disso, tomou-se
o cuidado de analisar também o ementário atualizado que não está
público. Como resultado de tal pesquisa, chegou-se à conclusão
de que não há qualquer ementa desenvolvida com capitulação em
normas internacionais. Vale dizer, não foi encontrada sequer uma
ementa desenvolvida com base em convenções internacionais e
capitulada nesses diplomas. Além disso, durante a análise, não foram
25 BRASIL. Norma Regulamentadora N.º 28. Fiscalização e Penalidades. Brasília, DF,
Última modificação: Portaria SEPRT n.º 9.384, de 06 de abril de 2020. Disponível em:
< https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs>. Acesso em: 27 jun. 2022.
26 BRASIL. Ementário. Elementos para Lavratura de Autos de Infração.
Brasília, DF, 2008. Disponível em: < http://acesso.mte.gov.br/data/files/
FF8080812BCB2790012BCFB3F0F26BE5/pub_ementario_2008.pdf>. Acesso em: 27 jun.
2022.
267
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
268
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
27 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2020,
p. 477.
269
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
28 BRASIL. Lei 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do
Trabalho(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452,de 1o de maio de 1943, e as Leis
nos 6.019,de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho
de 1991, a fim de adequar a legislação às novasrelações de trabalho. Disponível em: <
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março 2022.
29 DELGADO, Maurício Godinho; DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista
no Brasil: com os comentários à Lei n. 13.467/2017. 2. ed. São Paulo: LTr, 2018.
30 Ibidem.
31 PAMPLONA FILHO, Rodolfo; ROCHA, Matheus Lins. O controle de convencionalidade
como mecanismo efetivador do direito humano fundamental ao trabalho: a sua
aplicação no âmbito da reforma trabalhista. Revista eletrônica do Tribunal Regional
do Trabalho da Bahia, Salvador, v. 7, n. 10, p. 210-236, out. 2018.
32 SEVERO, Valdete Souto. O Tribunal Superior do Trabalho e a Importância da
Aplicação das Normas da Organização Internacional do Trabalho em Tempos de
Exceção. In: ROCHA, Cláudio; PORTO, Lorena; ALVARENGA, Rúbia; Pires, Rosemary.
A organização internacional do trabalho: sua história, missão e desafios. Vol. 1. São
Paulo: Tirant lo Blanch, 2020.
33 BELTRAMELLI NETO, Silvio. A reforma trabalhista e o retrocesso na proteção
jurídica da saúde e segurança no trabalho. Revista do Tribunal Regional do Trabalho
da 15ª Região, n. 51, 2017. Disponível em: < https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/
handle/20.500.12178/125458/2017_beltramelli_neto_silvio_reforma_trabalhista.
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270
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
271
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
272
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
36 HITTERS, Juan Carlos. La responsabilidad del Estado por violación de tratados
internacionales. El que “rompe” (aunque sea el Estado) “paga”. Estudios
Constitucionales, v. 5, n. 1, junio, 2007, p. 203-222. Centro de Estudios Constitucionales
de Chile, Universidad de Talca, Santiago, Chile. ISSN 0718-0195. Disponível em: https://
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273
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
5. CONCLUSÃO
274
A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
FORMA DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO DECENTE NO BRASIL
275
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
REFERÊNCIAS
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Silva. São Paulo: Malheiros, 2011.
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A FISCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CUMPRIMENTO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS COMO
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280
TELETRABALHO E GÊNERO:
SEGUNDO UMA ÓTICA
INTERDISCIPLINAR E JURÍDICA
Resumo
O artigo detém como objetivo principal analisar a regulação do teletrabalho pela
reforma trabalhista de 2017 observando as consequências jurídicas dessa nova
legislação, já que o recorte mais aparente para a autora é relativo às condições
ambientais e sanitárias para a tele-empregada, utilizando-se uma perspectiva de
direito comparado e das relações de gênero, considerando o seu respectivo caráter
sui generis e demais implicações no âmbito da COVID-19 nesta forma específica
de trabalho para as mulheres trabalhadoras. Dessa forma, ainda foi necessário
abordar brevemente o contexto político, de forma comparativa e comparada,
quanto ao controle deste Vírus nas distintas nações; Assim, os resultados parciais
desta pesquisa envolveram a avaliação das diferentes normas e diretrizes dos EUA,
União Europeia, e América Latina e Brasil quanto ao telework e ao “manejo do
Covid” pelas Distintas instituições Governamentais; Os resultados parciais relatam
ainda “assimetrias” entre os países quanto às condições de tele-emprego, no
“direcionamento” da crise de 2019/2020 no seio da gestão das políticas públicas,
e primordialmente quanto às desigualdades laborais de gênero, e às políticas de
acesso e inclusão feminina no trabalho enquanto questão e matéria de relevância
pública, demonstrando as diferenças constantes e existentes a partir dos sistemas
políticos desses Estados-nações; A metodologia usada foi a revisão sistemática
e bibliográfica, de cunho descritivo e concomitantemente exploratório, visando-
se atingir os objetivos e resultados interdisciplinares da pesquisa, pelo que foram
utilizados trabalhos teóricos e conceituais acerca do teletrabalho, relações públicas
e políticas, feminismo, e das desigualdades laborativas de gênero.
Palavras-chave: Desigualdades laborais de gênero; Telework; Impactos e
implicações;
1. INTRODUÇÃO
282
TELETRABALHO E GÊNERO
2 Por fim, na esfera do direito internacional sobre o teletrabalho, cabe ainda relatar
as observações de Vera Loureiro Winter, quando aborda o tema do trabalho a domi-
cílio , “Na Alemanha, considera-se trabalho a domicílio quando uma pessoa ocupa
exclusivamente pessoas de sua família em trabalho industrial ou quando uma ou várias
pessoas executam trabalho industrial, sem serem dirigidas por um empregador em
uma oficina”, pelo que a autora não dispõe especificamente quanto à existência ou
a regulação do teletrabalho no direito alemão. (WINTER, V. R. L. Teletrabalho: uma
forma alternativa de emprego. Editora LTr: São Paulo. 2005, pg. 43).
3 Ainda, João Leal Amado comenta em seu livro, referindo-se ao artigo 167 do Có-
digo do Trabalho, que “naquele caso, porém, a lei mostra-se mais cautelosa quanto
a faculdade de as partes modificarem o contrato de trabalho, convertendo-o num
contrato para prestação subordinada de teletrabalho, dado que não permite que
283
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
tal modificação opere a título definitivo, antes estabelecido como limite máximo o
período inicial de três anos, decerto por uma questão de prudência, desta forma
permitindo que o teletrabalhador retome a prestação “normal” de trabalho caso
alguma das partes assim o deseje no termo do prazo acordado (art. 167).” (AMADO, J.
L. Contrato de Trabalho. Coimbra Editora: Coimbra. 2013, pg. 162).
284
TELETRABALHO E GÊNERO
285
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
3. REGULAÇÃO E TELETRABALHO
5 “Não se nega que o contrato verbal também pode ser expresso e especificar
as atividades que serão realizadas. No entanto, aqui parece que a intenção do
legislador foi a de exigir contrato escrito nesse sentido. Ademais, o § 1º fala em
“aditivo” contratual, o que é mais utilizado para contratos escritos”. (MIZIARA, Rafael.
O novo regime jurídico do teletrabalho no Brasil. Disponível em:<https://juslaboris.tst.
jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/116314/2017_miziara_raphael_novo_regime.
pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 01. Mar. 2019.)
286
TELETRABALHO E GÊNERO
287
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
288
TELETRABALHO E GÊNERO
6 E ademais, nesse mesmo sentido, encerra a autora acima que, “Cabe entender
que os riscos no trabalho são associados, frequentemente, à tomada de medidas de
segurança. Em certo modo, a determinação de patamares mínimos de exposição
(standards, nível de tolerância, limites legais etc.) a agentes agressivos tem como base
o estabelecimento de mensuração do risco a que deve ser submetido o trabalhador e
o próprio ambiente de trabalho.” (WINTER, V. R. L. Teletrabalho: uma forma alternativa
de emprego. Editora LTr: São Paulo. 2005, pg. 105.).
289
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
5. ANÁLISES INTERNACIONALISTAS
290
TELETRABALHO E GÊNERO
291
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292
TELETRABALHO E GÊNERO
293
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
294
TELETRABALHO E GÊNERO
295
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
estão cada vez mais presentes no contexto atual e que possuem difi-
culdades majoradas de alinhamento das metodologias para aferição/
mensuração da eficiência dessas políticas públicas;
Enfim, tem-se também o quesito do desconhecimento e falta
de preparo “administrativo” por parte dos representantes políticos
eleitos no que que tange às metodologias de impacto e avaliação,
que em geral, não são gestores especializados em políticas públicas,
e ao comporem suas equipes e Secretarias conjuntas, geralmente não
consideram prioridade em ter como integrante da sua equipe, um
especialista em métodos de avaliação e impacto de políticas; Neste
esteio, a incapacidade no sistema político em comportar uma con-
tinuidade no projeto de metodologias e políticas públicas conforma
uma dificuldade de complicada resolução a curto prazo; Além disso,
especialmente no contexto latino, crises políticas contemporâneas
contribuem para uma variação no posicionamento e opção políticos,
dificultando e impactando especialmente a “observância” de progra-
mas políticos mais compostos, plurais e abrangentes;
Finalmente, não se pode esquecer também da discrepância em
relação à causalidade presente no ciclo de políticas públicas, metodo-
logias e avaliação do impacto dessas; Ultimamente, a quantificação
do “retorno social” dessas metodologias de políticas públicas é uma
“característica” a ser pontualmente considerada já que a aferição
do aproveitamento social desses fatores é de difícil mensuração na
prática.
REFERÊNCIAS
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300
A RESPONSABILIDADE DO
SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES
TRABALHISTAS APÓS A LEI
13.467/2017
Resumo
O presente artigo busca analisar os fundamentos legais para a responsabilização
do sócio pelas obrigações trabalhistas contraídas pela empresa, sob a ótica dos
princípios constitucionais da livre iniciativa e valorização do trabalho humano, com
seus respectivos desdobramentos, examinando desde a teoria da desconsideração da
personalidade jurídica até outras hipóteses legais que estabelecem a responsabilidade
pessoal dos sócios, com observância da evolução legislativa mais recente.
PALAVRAS-CHAVE: Autonomia patrimonial. Desconsideração da personalidade
jurídica. Responsabilidade do sócio. Direito do Trabalho.
ABSTRACT: This article analyzes the legal grounds for the liability of the partner
for the labor obligations contracted by the company, from the perspective of the
constitutional principles os livre iniciativa e valorização do trabalho humano, with
their respective developments, examining from the theory of disregard of legal
entity to other legal possibilities of personal liability of the partners, observing
recent legislative amendments.
KEY-WORDS: Autonomy of equity companies. Disregard of legal entity doctrine.
Partner’s liability. Labor law.
SUMÁRIO: Introdução; 1. A livre iniciativa na ordem econômica da Constituição
Federal de 1988; 2. Pessoa jurídica e a sua autonomia patrimonial como instrumento
de fomento à atividade econômica; 3. Desconsideração da personalidade
jurídica; 3.1. Fundamentos; 3.2. Previsão legal no ordenamento jurídico brasileiro;
4. Responsabilidade patrimonial do sócio; 5. Responsabilidade do sócio e
desconsideração da personalidade jurídica na justiça do trabalho; Conclusão.
INTRODUÇÃO
302
A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
303
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
304
A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
305
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
5 SILVA NETO, Manoel Jorge e. Direito Constitucional Econômico. São Paulo: LTr, 2001,
p. 96.
6 TAVARES, André Ramos. Direito Constitucional Econômico. São Paulo: Editora Méto-
do, 2003, p. 248.
7 BRASIL. Constituição (1988). Brasília, DF: Senado, 1988.
306
A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
8 TAVARES, André Ramos, Direito Constitucional Econômico. São Paulo: Editora Méto-
do, 2003, p. 249.
9 TAVARES, André Ramos, Direito Constitucional Econômico. São Paulo: Editora Méto-
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307
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
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A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
10 GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 19ª ed. rev. atual. e aum. por Edvaldo
Brito e Reginalda Paranhos de Brito. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p. 167.
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11 RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil – Parte Geral. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002, v. 1,
p. 86.
12 PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de Direito Civil, volume 1. 24ª ed. Rio de
Janeiro: Editora Forense, 2011, p. 248.
310
A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
13 FARIAS, Cristiano Chaves de. Curso de Direito Civil: parte geral e LINDB. Cristiano
Chaves de Farias, Nelson Rosenvald. 17ª ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2019, v. 1, p.
486.
14 COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, volume 2: direito de empresa.
21ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017, p. 30.
311
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
312
A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
313
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
3.1. FUNDAMENTOS
314
A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
315
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
316
A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
317
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
19 Lei 8.078/90. Art. 28: O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da
sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso
de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato
social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado
de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má
administração.
318
A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS APÓS A LEI 13.467/2017
20 COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, volume 2: direito de empresa.
21ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017, p. 71.
319
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
320
A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
24 Lei nº 12.52/2011. Art. 34. A personalidade jurídica do responsável por infração
da ordem econômica poderá ser desconsiderada quando houver da parte deste
abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos
estatutos ou contrato social. Parágrafo único. A desconsideração também será efe-
tivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade
da pessoa jurídica provocados por má administração.
25 Lei nº 9.605/98. Art. 4º: Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que
sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade
do meio ambiente.
321
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
322
A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
323
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
30 DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual Civil: execução/ Fredie Didier Jr.,
Leonardo Carneiro da Cunha, Paula Sarno Braga, Rafael Alexandria de Oliveira. 9ª ed.
rev. ampl. e atual. Salvador: Ed. Juspodivm, 2019, p. 337.
324
A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
31 Decreto nº 3.708/19. Art. 10: Os sócios-gerentes ou que derem o nome à firma
não respondem pessoalmente pelas obrigações contraídas em nome da sociedade,
mas respondem para com esta e para com terceiros solidária e ilimitadamente pelo
excesso de mandato e pelos atos praticados com violação do contrato ou da lei.
325
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
32 CTN. Art. 135: São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a
obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou
infração de lei, contrato social ou estatutos:
[...] III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
33 Lei nº 6.404/76. Art. 117: O acionista controlador responde pelos danos causados
por atos praticados com abuso de poder.
34 Lei nº 6.404/76. Art. 158: O administrador não é pessoalmente responsável pelas
obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de
gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder:
I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo;
II - com violação da lei ou do estatuto.
35 GONÇALVES, Oksandro, Desconsideração da Personalidade Jurídica. Curitiba:
Juruá, 2008, p. 90.
326
A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
36 CPC/2015. Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas
da sociedade, senão nos casos previstos em lei. [...]
37 CC/2002. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que
contratou pela sociedade.
38 CC/2002. Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade
em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas
obrigações sociais.
39 CC/2002. Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de
duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitada-
mente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de
sua quota.
327
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
328
A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
40 CLT. Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações
trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente
em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato,
observada a seguinte ordem de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
329
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
330
A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
331
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332
A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
333
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
334
A FIGURA DO EMPREGADO HIPERSUFICIENTE CRIADA PELA LEI 13.467/17
6. CONCLUSÃO
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TRABALHO NO BRASIL
Murilo C. S. Oliveira1
1. INTRODUÇÃO
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JOSÉ MARTINS CATHARINO:
PROFESSOR DA FDUFBA E CONSTRUTOR DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
341
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
342
JOSÉ MARTINS CATHARINO:
PROFESSOR DA FDUFBA E CONSTRUTOR DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
Ronad Souza dizia sobre o estilo de Zezé que “Há em sua obra
como eram em suas lições orais, um poder de sintetizar a mensagem
sem perda do conteúdo. Sua vasta obra evidencia a profundeza do
conhecer e a lucidez do raciocínio sempre exposta com clareza e
competência”3. Marcilio Krieger anota que a linguagem de Catha-
rino “assemelha-se não a de doutrinadores acadêmicos, mas à dos
verdadeiros comunicadores: dominando a matéria, são capazes de
transmiti-la de forma simples, direta, com propriedade”4.
343
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
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JOSÉ MARTINS CATHARINO:
PROFESSOR DA FDUFBA E CONSTRUTOR DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
345
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JOSÉ MARTINS CATHARINO:
PROFESSOR DA FDUFBA E CONSTRUTOR DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
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JOSÉ MARTINS CATHARINO:
PROFESSOR DA FDUFBA E CONSTRUTOR DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
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JOSÉ MARTINS CATHARINO:
PROFESSOR DA FDUFBA E CONSTRUTOR DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
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ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
5. O LEGADO
352
JOSÉ MARTINS CATHARINO:
PROFESSOR DA FDUFBA E CONSTRUTOR DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
REFERÊNCIAS
______. Tratado Elementar de Direito Sindical: Doutrina, Legislação. São Paulo : LTr.
1982.
MAIOR, Jorge Luis Souto. Quem é quem no Direito do Trabalho: um estudo sobre
a evolução histórica da doutrina trabalhista no Brasil. 2016. Disponível em: <http://
www.jorgesoutomaior.com/blog/seminario-quem-e-quem-no-direito-do-traba-
lho>. Acesso em: 07 dez. 2016.
353
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
354
CRISE ECONÔMICA COMO
POLÍTICA DE DESMANCHE DE
DIREITOS SOCIAIS
Resumo
O artigo se propõe a apresentar um panorama das relações de trabalho diante
da perenização do status de alerta global econômico nas últimas três décadas –
amplificado pela mídia corporativista – atrelada ao declínio da pauta do welfare state
e a ascensão de governos conservadores no ocidente inauguram um novo termo
da engenharia do capital – que sempre se reinventa em movimentos autofágicos.
Em nações democraticamente mais pueris como o Brasil surge o cenário perfeito
para justificar o avanço demolitório sobre conquistas sociais que sequer se
materializaram numa malograda tentativa de manter altos índices de produtividade
diante do cenário geopolítico e econômico – muitas vezes empregando medidas que
não lograram êxito a médio prazo em nações europeias ou nossos vizinhos latino-
americanos, especialmente no que tange a reformas legislativas açodadas sob o
discurso da austeridade.
Palavras-chave: trabalho, direitos sociais, economia, ciências sociais, capitalismo
Abstract
The article aims to present an overview of labor relations in the face of the
perenization of the status of global economic alert in the last three decades –
amplified by the emporious media – tied to the decline of the welfare state agenda
and the rise of conservative governments in the West inaugurate a new term of
capital engineering – which always reinvents itself in autophagic movements. In
democratically more puethe nations such as Brazil, the perfect scenario emerges
to justify the demolition advance on social achievements that have not even
materialized in a failed attempt to maintain high productivity rates in the face of
the geopolitical and economic scenario – often employing measures that have not
succeeded in the medium term in European nations or our Latin American neighbors,
especially with regard to legislative reforms under the austerity discourse.
Keywords: labor, social rights, economics, social sciences capitalism.
1. INTRODUÇÃO
356
CRISE ECONÔMICA COMO POLÍTICA DE DESMANCHE DE DIREITOS SOCIAIS
de que esta serviria aos detentores dos meios de produção até sub-
conscientemente, buscando com o suor bíblico de suas frontes não
só a exaustão em face do labor excessivo, mas em um fim genérico o
bem estar das classes opressoras, seu nêmese travestido de benfei-
tor.2 LAFARGUE não estava exposto à ultradifusão contemporânea
e julgamento sumário através da internet, sua obra foi certamente
criticada à exaustão ao longo do tempo, mas recepcionada como
documento valioso ao retratar o dogma da subserviência através
do trabalho, sempre empregado como instrumento de dominação
pelas classes abastadas, que em pleno século XXI, sem abarcar uma
crítica consciente da universalidade abstrata da forma mercadoria
não compreendem que no atual estágio da crise estrutural do capital,
com a ressalva de alguns se beneficiarem mais do que outros, não há
sujeição no processo de dominação por parte do sujeito3.
Esse espírito do tempo nos parece mais irrequieto na segun-
da década do milênio. Manuel Castells4, em seus estudos sobre
a proteção social, nos apresenta ao conceito de ânsia dos tempos.
Uma era de informação pulverizada na qual os estudos de tempos e
movimentos estão superados: o indivíduo bem sucedido é aquele in-
serido, conectado ao labor até mesmo após o encerramento de uma
penosa e extenuante jornada de trabalho efetiva, mas que se perpe-
tua, principalmente com o emprego de dispositivos de comunicação
contemporâneos. Seu aperfeiçoamento humanístico e intelectual
está relegado ao segundo plano ante a necessidade de conexão
constante ao efêmero, raso e circunstancial, porém essencial à ma-
nutenção de relações modernas, nas quais o empregado é inclinado
a assumir o risco da atividade econômica sob pena de não contribuir
357
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CRISE ECONÔMICA COMO POLÍTICA DE DESMANCHE DE DIREITOS SOCIAIS
359
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7 CATTANI, Antônio (Org). Trabalho: horizonte 2021. Trabalho sem fim, tempo sem
tempo – Silvia Maria de Araújo (fls. 61-82). Porto Alegre: Escritos, 2014
8 CATTANI, Antônio (Org). Trabalho: horizonte 2021. Trabalho sem fim, tempo sem
tempo – Silvia Maria de Araújo (fls. 68-69). Porto Alegre: Escritos, 2014
360
CRISE ECONÔMICA COMO POLÍTICA DE DESMANCHE DE DIREITOS SOCIAIS
361
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
362
CRISE ECONÔMICA COMO POLÍTICA DE DESMANCHE DE DIREITOS SOCIAIS
12 POLANYI, Karl. A Grande Transformação – As Origens da Nossa Época. RJ: Ed.
Compus, 2000.
13 CARDOSO, Adalberto. A Construção da Sociedade do Trabalho no Brasil: uma
investigação sobre a persistência secular das desigualdades. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2010.
363
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
364
CRISE ECONÔMICA COMO POLÍTICA DE DESMANCHE DE DIREITOS SOCIAIS
365
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
14 FARIAS, Ángela I. Peña, HERNANDEZ, Rosa María Voghon. Crítica y Emancipación
Año VI Nº 11. La reconfiguración de la Política de Empleo y Seguridad Social. Horizontes
para pensar la relación igualdad-ciudadanía en el contexto cubano actual www.
clacso.org
15 https://michaelllange.com/2015/11/14/margaret-thatcher-a-sociedade-nao-
existe-reflexao/, acesso em 29/06/2022
366
CRISE ECONÔMICA COMO POLÍTICA DE DESMANCHE DE DIREITOS SOCIAIS
16 http://www.fiesp.com.br/sietex/noticias/consolidacao-das-leis-do-trabalho-faz-70-
anos-com-186-milhoes-na-ilegalidade/, acesso em 29/06/2022
367
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CRISE ECONÔMICA COMO POLÍTICA DE DESMANCHE DE DIREITOS SOCIAIS
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380
CRISE ECONÔMICA COMO POLÍTICA DE DESMANCHE DE DIREITOS SOCIAIS
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Ricardo. Riqueza e miséria do trabalho no Brasil III. São Paulo: Boitempo,
2014.
CATTANI, Antônio (Org). Trabalho: horizonte 2021. Trabalho sem fim, tempo sem
tempo – Silvia Maria de Araújo (fls. 61-82). Porto Alegre: Escritos, 2014
381
382
SUJEITOS COLETIVOS
INTERSECCIONAIS?
UMA INTERPELAÇÃO AO
DIREITO DE GREVE
Resumo
Nesse artigo tratou-se do direito de greve e do paradigma do sujeito coletivo
grevista que se afirmou nos imaginários sociais, acadêmicos e, também, jurídicos,
a partir da figura hegemônica do trabalhador masculino, branco e empregado, que
em um primeiro momento histórico do contexto brasileiro foi também o imigrante.
Em contraponto, foram resgatadas experiências históricas e, também, experiências
contemporâneas mobilizadas por sujeitos que não se encaixam nesse padrão,
porque atravessados por interseccionalidades de gênero, raça e geração, bem
como por modalidades de inserção no trabalho precários e por formas de trabalho
socialmente desconsideradas como tal. O manejo da greve por esses e essas sujeitas
revelou-se disruptivo quanto aos limites clássicos do direito de greve, mas também
política e democraticamente potente, considerado o conjunto de reivindicações
mais amplas que endereçam a uma agenda de transformação social, sempre
articuladas em torno da centralidade política do trabalho. Nesse sentido, projetam-
se horizontes para um aprofundamento do sentido constitucional da greve, com o
necessário estilhaçamento dos limites subjetivos e objetivos postos pela legislação
infraconstitucional e pela tradição jurídica que a interpreta.
Palavras-chave: Direito de Greve, Interseccionalidades, Democracia.
Abstract
This article deals with the right to strike and the paradigm of the striking collective
subject that asserted itself in the social, academic and also legal imaginaries, based on
the hegemonic figure of the male, white and employed worker, who in a first historical
moment was also the immigrant. In contrast, historical experiences were rescued, as
well as contemporary experiences mobilized by subjects who do not fit this pattern,
because they are crossed by intersectionalities of gender, race and generation, as well
as by precarious forms of insertion in work and by forms of work that are socially
disregarded. as such. The handling of the strike by these subjects proved to be
disruptive in terms of the classical limits of the right to strike, but also politically and
democratically powerful, considering the set of broader demands that address social
transformation, always articulated around the political centrality of the job. In this
sense, horizons are projected for a deepening of the constitutional meaning of the
strike, with the necessary shattering of the subjective and objective limits set by the
infra-constitutional legislation and the legal tradition that interprets it.
Keywords: right to strike, intersectionalities, Democracy
384
SUJEITOS COLETIVOS INTERSECCIONAIS? UMA INTERPELAÇÃO AO DIREITO DE GREVE
1. INTRODUÇÃO
385
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
(Tese de Doutorado). PPGD-USP. 2018; PEREIRA, Flávia Máximo; NICOLI, Pedro Augusto
Gravatá. Segredos epistêmicos do direito do trabalho. Revista brasileira de políticas
públicas. V. 10, n. 2. Ago, 2020.
5 ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: Ensaio sobre a afirmação e a negação
do trabalho. 2 Ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 1999.
6 LOURENÇO FILHO, Ricardo. Entre continuidade de ruptura: uma narrativa sobre as
disputas de sentido da Constituição de 1988 a partir do direito de greve. 2014. 293 f.
Tese (Doutorado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
7 Consultar, por todos: ALVES, Raíssa Roussenq. Entre o silêncio e a negação: uma
análise da CPI do trabalho escravo a ótica do trabalho “livre” da população negra.
Dissertação de Mestrado defendida perante o Programa de Pós-graduação em Direito
da Universidade de Brasília. Orientação: Gabriela Neves Delgado. 2017; MARQUES DA
SILVA, João Victor. O déficit racial do direito do trabalho no Brasil / The racial deficit
of labor law in Brazil. Revista Direito e Práxis, [S.l.], dez. 2021. ISSN 2179-8966. Disponível
em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/60495>.
Acesso em: 16 maio 2022.
386
SUJEITOS COLETIVOS INTERSECCIONAIS? UMA INTERPELAÇÃO AO DIREITO DE GREVE
387
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
9 PEREIRA, Flavia S. Máximo. Para além da greve: diálogo ítalo brasileiro para a
construção de um direito de luta. Belo Horizonte: Casa do Direito, 2020.
388
SUJEITOS COLETIVOS INTERSECCIONAIS? UMA INTERPELAÇÃO AO DIREITO DE GREVE
ritmado por outro modelo interposto entre essas duas etapas, como
ocorreu nos países europeus com o feudalismo.
Para além disso, a experiência de uma sociedade colonizada e
na qual estabeleceu-se a escravização específica a um grupo raciali-
zado enraíza na cultura política e jurídica a dependência e o racismo
como particularidades que não podem ser ignoradas10.
Ao negligenciar tais elementos na construção da narrativa a
respeito da organização coletiva dos trabalhadores e, também, do
exercício do direito de greve, a tendência dessa perspectiva teórica
hegemônica é superestimar o papel do imigrante na construção de
um sentido da greve no país e, sobretudo, como a face relevante da
classe trabalhadora brasileira11. A essa superestimação, que Negro
e Gomes denominam de que “mito do imigrante radical”12, corres-
ponde uma perspectiva de apassivamento da população formada
por negros africanos e seus descendentes, escravizados ou libertos,
sobretudo nas disputas relacionadas ao trabalho livre exercido por
esses sujeitos.
Para além desse aspecto, há ainda uma desconsideração do
fato de que as experiências de trabalho livre e trabalho escravizado
não foram separadas por uma linha histórica estanque, mas que
coexistiram por anos e foram comunicadas pelo convívio de gera-
ções de trabalhadores. A pesquisa cuidadosa de Badaró Mattos, por
exemplo, informa o compartilhamento de práticas de solidariedade
e de insurgência entre escravizados e trabalhadores livres, a exemplo
das caixas de solidariedade e de algumas estratégias de luta no início
389
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
13 MATTOS, Marcelo Badaró. Trabalhadores e sindicatos no Brasil. São Paulo: Expressão
Popular, 2009.
14 REIS, João José. Ganhadores: a greve negra de 1857 na Bahia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2019.
15 : PINTO, Ana Flávia Magalhães. Trabalhadores negros anteciparam imigrantes na
luta trabalhista no Brasil. Uol Notícias. 12 mai 2022. Disponível em https://noticias.uol.
com.br/opiniao/coluna/2022/05/12/trabalhadores-negros-antenciparam-imigrantes-
na-luta-trabalhista-no-brasil.htm Acesso em 14 mai 2022.
16 ALVES, Raíssa Roussenq. Entre o silêncio e a negação: uma análise da CPI do
trabalho escravo a ótica do trabalho “livre” da população negra. Dissertação
de Mestrado defendida perante o Programa de Pós-graduação em Direito da
Universidade de Brasília. Orientação: Gabriela Neves Delgado. 2017.
390
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SUJEITOS COLETIVOS INTERSECCIONAIS? UMA INTERPELAÇÃO AO DIREITO DE GREVE
397
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32 DUTRA, Renata Q; FESTI, Ricardo C. A resistência dos entregadores: reflexões sobre
os breques dos apps. In: Edson TELES; Marília O. CALAZANS. (Org.). A pandemia e a
gestão das mortes e dos mortos. 1ed.São Paulo: Universidade Federal de São Paulo:
Centro de Antropologia e Arqueologia Forense, 2021, v. 1, p. 120-129.
398
SUJEITOS COLETIVOS INTERSECCIONAIS? UMA INTERPELAÇÃO AO DIREITO DE GREVE
33 Para essa analogia, consultar: DUTRA, Renata Q; FESTI, Ricardo C. A resistência
dos entregadores: reflexões sobre os breques dos apps. In: Edson TELES; Marília O.
CALAZANS. (Org.). A pandemia e a gestão das mortes e dos mortos. 1ed.São Paulo:
Universidade Federal de São Paulo: Centro de Antropologia e Arqueologia Forense,,
2021, v. 1, p. 120-129; CARVALHO, F. S. E., PEREIRA, S. dos Santos, & SOBRINHO, G. S.
(2020). #BrequeDosApps e a organização coletiva dos entregadores por aplicativo no
Brasil. Revista Jurídica Trabalho E Desenvolvimento Humano, 3. https://doi.org/10.33239/
rjtdh.v3.85. Para perspectivas quanto à pauta ampliativa do movimento, consultar:
LOURENÇO FILHO, Ricardo. Disputas sobre o direito e a constituição: breque dos apps,
entregadores antifascistas e a greve política. Revista Processus de Políticas Públicas e
Desenvolvimento Social, [S.l.], v. 3, n. 6, p. 41-62, set. 2021.
34 ALIANÇA BIKE. Relatório. Disponível em http://aliancabike.org.br/wpcontent/
uploads/2020/04/relatorio_s2.pdf Acesso em 1/2/2021, 17h18 min
35 Para perspectivas quanto à pauta ampliativa do movimento, consultar:
LOURENÇO FILHO, Ricardo. Disputas sobre o direito e a constituição: breque dos apps,
entregadores antifascistas e a greve política. Revista Processus de Políticas Públicas e
Desenvolvimento Social, [S.l.], v. 3, n. 6, p. 41-62, set. 2021; e DELGADO, Gabriela Neves;
CARVALHO, Bruna V. de. O Movimento coletivo dos entregadores de plataformas
digitais no contexto pandêmico. Revista Eletrônica de Direito do Centro Universitário
Newton Paiva | Belo Horizonte | n.42 | p. 396-410 | set./dez. 2020 | ISSN 1678 8729 |
revistas.newtonpaiva.br/redcunp
399
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
36 https://apublica.org/2022/04/a-maquina-oculta-de-propaganda-do-ifood/
37 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO TRABALHO. Nota pública sobre as
condutas antissindicais praticadas pela empresa iFood. 8/4/2022. Disponível em http://
400
SUJEITOS COLETIVOS INTERSECCIONAIS? UMA INTERPELAÇÃO AO DIREITO DE GREVE
abet-trabalho.org.br/nota-publica-sobre-as-condutas-antissindicais-praticadas-pela-
empresa-ifood/ Acesso em 16 mai 2022.
38 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO TRABALHO. Nota pública sobre as
condutas antissindicais praticadas pela empresa iFood. 8/4/2022. Disponível em http://
abet-trabalho.org.br/nota-publica-sobre-as-condutas-antissindicais-praticadas-pela-
empresa-ifood/ Acesso em 16 mai 2022.
39 CRENSHAW, Kimberle. Documento para o encontro de especialistas em aspectos
da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, 10 (1): 171-188, 2002,
401
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
p. 177.
40 CRENSHAW, Kimberle. Documento para o encontro de especialistas em aspectos
da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, 10 (1): 171-188, 2002,
p. 177.
402
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41 PEREIRA, Flavia S. Máximo. Para além da greve: diálogo ítalo brasileiro para a
construção de um direito de luta. Belo Horizonte: Casa do Direito, 2020, p. 485-486.
42 PEREIRA, Flavia S. Máximo. Para além da greve: diálogo ítalo brasileiro para a
construção de um direito de luta. Belo Horizonte: Casa do Direito, 2020.
43 PEREIRA, Flavia S. Máximo. Para além da greve: diálogo ítalo brasileiro para a
construção de um direito de luta. Belo Horizonte: Casa do Direito, 2020.
403
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
404
SUJEITOS COLETIVOS INTERSECCIONAIS? UMA INTERPELAÇÃO AO DIREITO DE GREVE
48 PEREIRA, Flavia S. Máximo. Para além da greve: diálogo ítalo brasileiro para a
construção de um direito de luta. Belo Horizonte: Casa do Direito, 2020, p. 491.
49 GOMES, Ana Virgínia M; PINTO, Flávia Aguiar Cabral Furtado; PINTO, Carlos Eduardo
Furtado. O direito de greve como manifestação do exercício da democracia: Análise
da decisão do TST sobre a legitimidade da greve política. Revista Chilena de Derecho
del Trabajo y de la Seguridad Social. Vol. 11, Núm 21 (2020) • Págs. 47-64.
50 A expressão tem sido trabalhada por Flávia Máximo Pereira.
405
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
5. CONCLUSÃO
406
SUJEITOS COLETIVOS INTERSECCIONAIS? UMA INTERPELAÇÃO AO DIREITO DE GREVE
REFERÊNCIAS
ALVES, Raíssa Roussenq. Entre o silêncio e a negação: uma análise da CPI do traba-
lho escravo a ótica do trabalho “livre” da população negra. Dissertação de Mestrado
defendida perante o Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade de
Brasília. Orientação: Gabriela Neves Delgado. 2017.
407
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FLEURY, Flávio Malta. NICOLI, Pedro Augusto. POR QUE SE RESISTE À RESIS-
TÊNCIA? NOTAS SOBRE SEXISMO, RACISMO E LGBTFOBIA NO SINDICALISMO
A PARTIR DA PERSPECTIVA DE “FURA-GREVES”. Revista Libertas. Direito UFOP,
Ouro Preto, v. 4, n. 1, pp. 7-16, jul./ago. 2018.
408
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GOMES, Ana Virgínia M; PINTO, Flávia Aguiar Cabral Furtado; PINTO, Carlos Eduardo
Furtado. O direito de greve como manifestação do exercício da democracia: Análise
da decisão do TST sobre a legitimidade da greve política. Revista Chilena de Derecho
del Trabajo y de la Seguridad Social. Vol. 11, Núm 21 (2020) • Págs. 47-64.
NEGRO, Antonio Luigi; GOMES, Flávio dos Santos. As greves antes da “grève”: as
paralisações do trabalho feitas por escravos no século XIX. Disponível em http://
cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v65n2/23.pdf Acesso em 14 mai 2022.
PEREIRA, Flavia S. Máximo. Para além da greve: diálogo ítalo brasileiro para a cons-
trução de um direito de luta. Belo Horizonte: Casa do Direito, 2020.
409
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
REIS, João José. Ganhadores: a greve negra de 1857 na Bahia. São Paulo: Companhia
das Letras, 2019.
SILVA, Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da; GUEIROS, Daniele Gabrich; LIMA,
Henrique Figueiredo de. Greve e direito: estudo de casos judiciais envolvendo mo-
vimentos coletivos de trabalho contra as reformas institucionais de austeridade. In:
RDRST, Brasília, Volume 5, n 1, 2019, p 220-254,Jan-Abr/2019.
410
TERCEIRIZAÇÃO EM
ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO
AINDA SEM FIM
Resumo
O presente ensaio objetiva discutir os argumentos utilizados pelo Supremo Tribunal
Federal para possibilitar a terceirização em atividade-fim, analisando questões ainda
em aberto, a despeito da fixação da tese.
Palavras-chave: terceirização – atividade-fim – distinguishing – inexigibilidade do
título judicial.
Abstract
The present essay aims to discuss the arguments used by the Supreme Federal Court
to enable outsourcing in core activity, analyzing issues still open, despite the thesis
fixation.
Keywords: outsourcing - core activity - distinguishing - unenforceability of the judicial
title.
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
412
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM
413
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
414
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM
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ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
416
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM
7 Sobre a normatividade dos princípios: ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais.
Tradução de Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, 2008 e DWORKIN, Ronald.
Levando os Direito a sério. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
8 ARE 908.144-AgR, rel. min. Edson Fachin, j. 17-8-2018, 2ª T, DJE de 27-8-2018.
9 ADI 1.931, rel. min. Marco Aurélio, j. 7-2-2018, P, Informativo 890.
417
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
10 Por todos: ABRAMOVICH, Victor; COURTIS, Christian. Direitos sociais são exigíveis.
Trad. Luis Carlos Stephanov, Porto Alegre: Ed. Dom Quixote, 2011. p. 70.
418
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM
11 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE 590415. Relator Ministro Luis Roberto Barroso;
Órgão julgador: Plenário; Data de julgamento: 30.04.2015; Data de publicação:
29.05.2015.
419
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
12 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE 895.759/PE. Relator Ministro Teori Zavascki;
Órgão julgador: 2ª Turma; Data de julgamento: 08.12.2016; Data de publicação:
22.05.2017.
420
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM
421
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
422
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM
423
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
17 Idêntica análise já foi elaborada de forma mais aprofundada em: VALE, Silvia
Teixeira do. As decisões trabalhistas no STF: a nossa Era Lochner. In: Revista do TST, vol.
86, nº 2, abr/jun. 2020, p. 362-382.
424
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM
425
ESCOLA BAIANA DE DIREITO DO TRABALHO
426
TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIM: A DISCUSSÃO AINDA SEM FIM
21 Há, inclusive, uma passagem muito curiosa no voto do Ministro Barroso, que, com
todas as vênias possíveis, caminham no sentido da boa apuração dos fatos que,
sequer, figuram como matéria apta a ensejar análise de uma Corte constitucional:
“Eu estive recentemente no aeroporto de Guarulhos, um funcionário me atendeu e
me contou a vida dele, e disse: “Eu trabalhava para a empresa tal, que passou por
uma crise financeira. Eu tive sorte e fui contratado por uma empresa terceirizada do
aeroporto. E agora a minha antiga empresa está em dificuldade, mas eu presto serviço
a diferentes empresas. E, portanto, para mim, foi melhor estar numa terceirizada e
poder circular em diferentes empresas do que ter permanecido na minha empresa
antiga e ter sido demitido. Agora eu estaria sem emprego algum.” Portanto, acho que
esta lógica de que a terceirização vai prejudicar a empregabilidade é uma lógica que
não tem sustentação econômica”. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de
Inconstitucionalidade n. 324/ DF. Relator Ministro Luis Roberto Barroso; Órgão julgador:
Plenário; Data de julgamento: 30.08.2018; Data de publicação: 22.02.2019.
22 Eis o extrato do voto: “Apreciando o mercado brasileiro, estudo recente elaborado
pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGVEESP)
estimou o diferencial de salários entre a mão de obra terceirizada e os trabalhadores
contratados diretamente pelas empresas tomadoras de serviços. A pesquisa constatou
que “características não observáveis exercem um papel relevante na seleção e na
determinação da remuneração dos terceirizados”, motivo pelo qual o comparativo
deve levar em consideração não apenas outras características observáveis dos
trabalhadores e das firmas além da terceirização (v. g., idade, escolaridade e ramo de
atividade), mas também o “efeito fixo dos indivíduos” (v. g., motivação, dedicação,
capacidade de comunicação e maturidade emocional). Uma ênfase semelhante a
características não observáveis como fatores determinantes para explicar diferenças
salariais já era proposta por Gary Becker (BECKER, Gary S. Economic Theory. 2. printing
(2008, Transaction Publishers, New Brunswick, NJ). Original: New York: Knopf, 1971. p.
177). Apurou-se no estudo brasileiro, por exemplo, que “os trabalhadores das atividades
de Segurança/vigilância recebem, em média, 5% a mais quando são terceirizados”,
bem como que “ocupações de alta qualificação e que necessitam de acúmulo de
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wcms_369023.pdf>. Acesso em: 01 out. 2020.
24 https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/02/27/desemprego-sobe-para-12-
em-janeiro-diz-ibge.ghtml. Acesso em 01 out. 2020.
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4. O DISTINGUISHING
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6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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instrumento de promoção de cidadania e de resistência à precarização, in.: Revista
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Revista do TST, vol. 86, nº 2, abr./jun. 2020, p. 362-382.
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