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TG-006 – Tecnologia de Produção de Revestimentos

Revestimentos
Pós-Graduação Lato Sensu – Tecnologia e Gestão da Produção de Edifícios
PECE – Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica

Verticais
Tecnologia de Produção de Conjunto de camadas que cobrem
Revestimentos a superfície da estrutura ou do
vedo (alvenaria, gesso
Fernando Henrique Sabbatini
acartonado, paredes maciças de
Mercia Maria Bottura de Barros
concreto), desempenhando
3o. período de 2003 funções específicas

Revestimentos de Argamassa
classificação
ou emboço
! revestimentos de parede, de forro, de
piso (contrapiso) (vertical ou
horizontal);
! internos (áreas úmidas ou secas) ou
exteriores (fachadas);
! aderentes (aderência física ou físico-
química);
! monolíticos: superfície contínua camada de acabamento

Caracterização da
Vedação Horizontal

contrapiso racionalizado

1
Revestimento de argamassa em forros
G IA
O LO S
I N N T O
RM M E
TE E S TI I S D E
REV RTICA ASSA
VE GAM
AR

Revestimentos de Argamassa CAMADAS DO REVESTIMENTO DE


ARGAMASSA
REVESTIMENTOS DAS VEDAÇÕES
VERTICAIS DE EDIFÍCIOS
CONSTITUÍDOS POR UMA OU MAIS • EMBOÇO (MASSA-GROSSA)
CAMADAS DE ARGAMASSA Camada de base para a camada
ENDURECIDA de acabamento de outros tipos
são incluídos nestes revestimentos: os de revestimentos
emboços de regularização de outros tipos de
revestimentos; os que constituem a camada
final para recebimento do sistema de pintura e
os monocamada

camada de acabamento ou reboco Acabamento para revestimento com “tilolo cerâmico:


“vassorurado”.
ou emboço

Revestimento de argamassa

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REVESTIMENTOS VERTICAIS
REVESTIMENTO TRADICIONAL DE
ARGAMASSA
• SISTEMA EMBOÇO e REBOCO
Emboço + camada de acabamento,
também de argamassa, denominada
genericamente de reboco
TIPOS DE REBOCO
"Massa fina, com ou sem sistema de
pintura e
"“Fulget”; travertino; massa raspada;
massa batida; (todas estas sem
Revestimentos verticais no edifício: pintura), etc..
revestimento exterior – pastilha cerâmica sobre emboço (argamassa)

Revestimento decorativo: travertino

Revestimento
decorativo:
massa raspada

Argamassa de
emboço

Revestimento de argamassa: “massa única”


REVESTIMENTO DE ARGAMASSA – ˆemboço ou
“MASSA ÚNICA” reboco paulista˜

“EMBOÇO PAULISTA”
Revestimento de argamassa
aplicado em camada única,
acabado, sem proteção de outro
revestimento, usualmente
protegido por película de menos
de 1mm (sistema de pintura)

3
REVESTIMENTO DE ARGAMASSA – REVESTIMENTO DE ARGAMASSA –
“MASSA ÚNICA” “MASSA ÚNICA”

Revestimento de argamassa: “monocamada”


REVESTIMENTO DE ARGAMASSA –
ˆMonocamada˜
“MONOCAMADA”

Revestimento acabado, inclusive


com pigmentação, usualmente
aplicado sem ”camada” de
preparo de base e com pequena
espessura (até 15mm)

REVESTIMENTOS VERTICAIS Novos sistemas de revestimentos

Revestimentos verticais no edifício:


revestimento exterior – argamassa pigmentada REVESTIMENTO MONOCAMADA

4
Revestimentos de Argamassa Sistema de revestimento de
classificação
argamassa
! revestimentos de parede, de forro, de
piso (contrapiso) (vertical ou Conjunto de camadas
horizontal); perfeitamente inter-relacionadas e
integradas por um específico
! internos (áreas úmidas ou secas) ou
processo de produção
exteriores (fachadas);
! aderentes (aderência física ou físico- # tecnologia de produção definida
química); # projeto do produto e da produção
# organização da produção
! monolíticos: superfície contínua # definição de procedimentos de controle

REVESTIMENTOS
O que considerar
COMPATÍVEIS COM:
para definir um
! exigências do usuário:
revestimento de desempenho funcional, vida útil,
argamassa? custo inicial e de manutenção
! condições de exposição
! características da base
! condições de execução

DESEMPENHO ESPERADO PARA


OS REVESTIMENTOS É necessário conhecer
NÃO APRESENTE PROBLEMAS
as propriedades
Não desplaque dos revestimentos de
Não fissure argamassa!
Não manche
SEJA DURÁVEL
Não desagregue
Não se degrade precocemente
CUMPRA SUAS FUNÇÕES

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Propriedades do revestimento Propriedades do revestimento
RESISTÊNCIA MECÂNICA DEFORMABILIDADE
– RESILIÊNCIA - capacidade de
– DE ADERÊNCIA (à tração e ao absorver deformações prórpias do
cisalhamento) revestimento (intrínsecas) e induzidas
– DE CORPO (à tração e coesão pelo substrato (extrínsecas), sem fissurar
de corpo)
– ESTABILIDADE DIMENSIONAL
– SUPERFICIAL (à abrasão, de comportamento na expansão e retração
riscamento e coesão superficial) higrotérmica do próprio revestimento

Propriedades do revestimento Propriedades do revestimento


GEOMÉTRICAS - espessura e
LID A DE
I
URAB
dimensões do pano
DE SUPERFÍCIE - tipo e uniformidade D
da rugosidade superficial, planicidade, RESISTÊNCIA À
porosidade DEGRADAÇÃO - frente à ação
de agentes agressivos
ESTANQUEIDADE - à água de chuva,
quando for de fachada e em áreas MANUTENÇÃO DO
DESEMPENHO - ao longo do
molhadas internas
tempo

Resistência de aderência Resistência de aderência


Propriedades do revestimento

Capacidade de resistir às MECANISMO DE ANCORAGEM: FÍSICO


tensões normais e tangenciais ! ANCORAGEM MECÂNICA DA PASTA NOS
atuantes na interface base- POROS DA BASE
! ANCORAGEM MECÂNICA DA ARGAMASSA
camada de argamassa NAS REENTRÂNCIAS E SALIÊNCIAS
MACROSCÓPICAS DA BASE
RESISTÊNCIA À
TRAÇÃO DIRETA
EXTENSÃO
RESISTÊNCIA AO
DE ADERÊNCIA
CISALHAMENTO

6
Resistência de aderência Resistência de aderência

MECANISMOS DE ADERÊNCIA Resistência de aderência


• RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À O QUE INTERFERE ?
TRAÇÃO
– depende principalmente da ancoragem 1. CARACTERÍSTICAS DA
mecânica da pasta nos poros da base
ARGAMASSA
• RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA AO
CISALHAMENTO 2. CARACTERÍSTICAS DA BASE
– depende tanto da ancoragem mecânica da
pasta nos poros da base, quanto da 3. TÉCNICA DE EXECUÇÃO
ancoragem mecânica da argamassa na
rugosidade superficial da base 4. CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO

Resistência de aderência Resistência de aderência


O QUE INTERFERE ? O QUE INTERFERE ?

1. CARACTERÍSTICAS DA ARGAMASSA 1. CARACTERÍSTICAS DA ARGAMASSA


A
TRABALHABILIDADE TRABALHABILIDADE A AUL
# granulometria e teor de finos dos agregados XIM dos agregados
# granulometria e teor deÓfinos
R
# relação água/aglomerante P
# relação água/aglomerante
O NA
# relação aglomerante/agregado # relaçãoSaglomerante/agregado
Ã
U Se teor dos aglomerantes
# natureza e teor dos aglomerantes ISC
#Dnatureza
# presença de aditivos # presença de aditivos

7
Aderência: influência das juntas de argamassa
Resistência de aderência

2. CARACTERÍSTICAS DA BASE
• diâmetro e natureza dos poros
• limpeza da base

Aderência: influência das juntas de argamassa


Resistência de aderência

Resistência de aderência Resistência de aderência

8
Resistência de aderência Resistência de aderência

Resistência de aderência Resistência de aderência

Base com elevada sucção

Película de desmoldante impediu a aderência Película de desmoldante impediu a aderência

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POTENCIAL DE ADERÊNCIA
Deficiente extensão de aderência

• QUALIDADE DA ARGAMASSA
– RETENÇÃO DE ÁGUA
– TRABALHABILIDADE
– CONTEÚDO DE AR
– RESISTÊNCIA MECÂNICA
• QUALIDADE DO SUBSTRATO Argamassa de cimento e areia (1:3), aplicada sobre substrato
– SUCÇÃO INICIAL cerâmico tipo I seco – retenção de água papel filtro = 90%;
funil de Buchner 35%.
– CONDIÇÕES SUPERFICIAIS Imagem obtida de lupa estereocópica com ampliação de 20
vezes – (fonte CARASEK, Helena, 1996).

Melhoria na extensão de aderência Piora na extensão de aderência

Vazios na Vazios na
argamassa: argamassa:
diminui a diminui a
resistência resistência
mecânica mecânica

Argamassa de cimento e areia (1:3), aplicada sobre substrato Argamassa de cimento e areia (1:3), aplicada sobre substrato
cerâmico tipo I umedecido – retenção de água papel filtro = cerâmico tipo II seco – retenção de água papel filtro = 90%;
90%; funil de Buchner 35%. funil de Buchner 35%.
Imagem obtida de lupa estereocópica com ampliação de 20 Imagem obtida de lupa estereocópica com ampliação de 20
vezes – (fonte CARASEK, Helena, 1996). vezes – (fonte CARASEK, Helena, 1996).

Piora na extensão de aderência Melhora na extensão de aderência


Diminuição dos
Vazios na vazios da
argamassa: argamassa pela
diminui a adição de cal
resistência
mecânica
Melhoria da
trabalhabilidade e
Ampliação da
aumento da extensão
imagem anterior
de aderência

Argamassa de cimento e areia (1:3), aplicada sobre substrato Argamassa de cimento:cal:areia (1:1/4:3), aplicada sobre
cerâmico tipo II seco – retenção de água papel filtro = 90%; substrato cerâmico tipo II seco – retenção de água papel filtro
funil de Buchner 35%. = 92%; funil de Buchner 66%.
Imagem obtida de lupa estereoscópica com ampliação de 60 Imagem obtida de lupa estereoscópica com ampliação de 20
vezes – (fonte CARASEK, Helena, 1996). vezes – (fonte CARASEK, Helena, 1996).

10
Melhora na extensão de aderência
Aumento dos Resistência de aderência
vazios da
argamassa devido
ao ar incorporado-
24%
3. TÉCNICA DE EXECUÇÃO
• tempo adequado de sarrafeamento
redução da extensão
de aderência • compactação e prensagem da
argamassa
• compatibilidade com as espessuras
Argamassa industrializada, aplicada sobre substrato cerâmico do revestimento
tipo II seco – retenção de água papel filtro = 96%; funil de
Buchner 88%.
Imagem obtida de lupa estereoscópica com ampliação de 20
vezes – (fonte CARASEK, Helena, 1996).

Execução dos Revestimentos Execução dos Revestimentos


SARRAFEAMENTO COMPACTAÇÃO DA CAMADA
DE REVESTIMENTO

Potencial de resistência de
Resistência de aderência
aderência
4. CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO AVALIAÇÃO:
# arrancamento por
cisalhamento (maior
dispersão nos resultados)
# ensaios de arrancamento
por tração

11
Resistência de aderência Resistência de aderência

Ensaio de avaliação da
resistência ao
Corpos de prova prontos para avaliação da resistência de cisalhamento
aderência à tração e ao cisalhamento

Resistência de aderência
Resistência de aderência

Ensaio de avaliação da resistência ao cisalhamento

12
Avaliação da resistência de aderência RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA

CUIDADO!!!!

CARACTERÍSTICAS DE
REALIZAÇÃO DO ENSAIO

Resultados de ensaios feitos em obra Resultados de ensaios feitos em obra


cp painel 1 painel 2 painel 3 painel 4 painel 5 painel 6
cp painel 1 painel 2 painel 3 painel 4 painel 5 painel 6
1 0,24 0,23 0,23 1,05 0,47 0,30
1 0,21 0,20 0,24 0,52 0,34 0,49
2 0,28 0,20 0,30 0,17 0,10 0,31
2 0,18 0,20 0,28 0,44 0,37 0,51
3 - 0,12 0,06 0,54 0,14 0,29
3 0,18 0,18 0,24 0,52 0,21 0,50
4 0,47 0,20 0,24 0,10 0,59 0,57 4 0,23 0,11 0,24 0,59 nd 0,54
5 0,37 0,06 0,08 0,70 - 0,55 5 0,21 0,17 0,21 nd 0,32 0,42
6 0,17 0,10 0,31 0,61 0,19 0,57 6 nd 0,20 0,19 nd 0,28 0,55

7 0,11 0,38 0,24 0,56 0,32 0,18


Corpos de prova quadrados e macaco hidráulico
Corpos de prova cilíndrico e dinamômetro de traçao

Resistência de aderência à base Resistência de aderência à base


EXIGÊNCIAS VARIÁVEIS EM FUNÇÃO DAS EXIGÊNCIAS VARIÁVEIS EM FUNÇÃO DAS
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO: ?
???
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO:
A
MMPa
OR
Fachadas e forros – 0,2 a 0,4 MPa Fachadas e forros – 0,2 a 0,4
N
A – 0,15 a 0,25 MPa
Revestimentos internos – 0,15 a 0,25 MPa
IZ
Revestimentos internos

U ED
OQ

13
Resistência de aderência à base
EXIGÊNCIAS DA NBR 13749:1996 Resistência de aderência
superficial
- para emboço e camada única
EXIGÊNCIAS VARIÁVEIS EM FUNÇÃO DAS
Local Acabamento Ra CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO:

parede interna Pintura ou base para reboco > 0,20


Fachadas e forros – 0,4 a 0,7 MPa
parede interna Cerâmica ou laminado > 0,20
Revestimentos internos – 0,20 a 0,30 MPa
parede externa Pintura ou base para reboco > 0,30
parede externa Cerâmica > 0,30
teto > 0,20

Resistência de aderência Etapa prévia de definição da


superficial argamassa de emboço

???DAS
EXIGÊNCIAS VARIÁVEIS EM FUNÇÃO
?
A
RM
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO:

N O
Fachadas e forros A
IZ – 0,4 a 0,7 MPa

U E D internos – 0,20 a 0,30 MPa


Revestimentos
OQ
Não há referência sobre a resistência de
aderência superficial

Painéis de revestimento

Diferentes tipos de chapisco Verificação de outros parâmetros da argamassa: fissuração


Diferentes bases

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Proposta: painéis maiores e em condições
Capacidade de absorver
de emprego da argamassa deformações
Propriedade do revestimento que
lhe permite absorver

RESILIÊNCIA
deformações intrísecas
(retrações térmicas e
higroscópicas) e deformações da
base de pequena amplitude,
sem apresentar fissuração
visível e sem desagregar-se

CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES


Capacidade de absorver
deformações
σta = limite de resistência
ε=
Eta módulo de deformação
Baixos Módulos: baixa rigidez TENSÔES

Maior Capacidade de Deformação

Altos Módulos: elevada rigidez.


Menor Capacidade de Deformação

CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES CAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES

FATORES FATORES
““ Propriedade equacionada pela INTRÍNSECOS EXTRÍNSECOS

resistência à tração e módulo de Condições de


deformação do revestimento. Composição
da Mistura
Exposição e de
solicitação

Esta propriedade permite o revestimento


deformar-se sem ruptura ou através de Espessura da
Camada Características
microfissuras imperceptíveis quando os de
deformabilidade
esforços atuantes ultrapassam o limite de da Base
resistência à tração do material.” TENSÕES

(Sabbatini) Movimentação
térmica e FISSURAÇÃO
higroscópica REVESTIMENTO

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Capacidade de absorver Capacidade de absorver
deformações deformações
SE OCORRER INCAPACIDADE DE DO QUE DEPENDE??
RESISTIR ÀS TENSÕES DEVIDAS: # CARACTERÍSTICAS DA BASE
• DEFORMAÇÕES INTRÍSECAS
• DEFORMAÇÕES DA BASE # DOSAGEM DA ARGAMASSA
# ESPESSURA DA CAMADA
FISSURA: # TÉCNICA DE EXECUÇÃO
ALÍVIO DE TENSÕES
# CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO

Capacidade de absorver Capacidade de absorver


deformações deformações
$ CARACTERÍSTICAS DA BASE $ CARACTERÍSTICAS DA BASE

Deformações da base
de grande amplitude Deformações
de grande
amplitude

Capacidade de absorver
deformações
$ CARACTERÍSTICAS DA BASE

Pequenas
amplitudes

16
Capacidade de absorver Capacidade de absorver
deformações deformações
$ DOSAGEM DA ARGAMASSA $ DOSAGEM DA ARGAMASSA

Argamassas Argamassas
fortes fracas

Capacidade de absorver Capacidade de absorver


deformações deformações
$ ESPESSURA DA CAMADA $ ESPESSURA DA CAMADA

pequenas
espessuras grandes
espessuras

Capacidade de absorver Capacidade de absorver


deformações deformações
$ TÉCNICA DE EXECUÇÃO $ TÉCNICA DE EXECUÇÃO

grau de grau de
compactação e compactação e
tempo de tempo de
sarrafeamento sarrafeamento
e desempeno e desempeno

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O que ocorre nas primeiras idades? FISSURAS RESULTANTES DE
Velocidade de perda de água da DEFORMAÇÕES INTRÍNSECAS –
argamassa RETRAÇÃO NA SECAGEM
• condições ambientais
• capacidade de sucção da base
• capacidade de retenção de água

TENSÕES NO REVESTIMENTO
Se maiores que
resistência
mecânica do
FISSURA Mecanismo de formação de fissuras de retração

revestimento

FISSURAS de RETRAÇÃO FISSURAS de RETRAÇÃO

Capacidade de absorver Capacidade de absorver


deformações deformações
$ CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO $ CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO

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FISSURAÇÃO EXCESSIVA COMO OBTER UM REVESTIMENTO
COMPROMETE SEM FISSURAS?

! capacidade de aderência Baixa Quantidade de Vazios


granulometria contínua
! estanqueidade estrutura granular fechada
! durabilidade Argamassa “Compactada”
! acabamento superficial aperto após emboço e desempeno

Baixo índice de fissuras = tolerável, Desempeno no Momento Adequado


desde que a aderência não esteja minimizar o volume de vazios
comprometida

COMO OBTER UM EMBOÇO Estanqueidade


SEM FISSURAS? Propriedade do revestimento
Argamassa de baixo módulo relacionada com a
mantendo aderência e conglomeração PERMEABILIDADE da camada
interna (às vezes com adição de polímeros) de argamassa endurecida.
Permeabilidade à água:
Painéis de pequenas dimensões
juntas evitam que as tensões sejam Capacidade de absorção capilar da
propagadas estrutura porosa ou fissurada da
camada de argamassa

Estanqueidade Estanqueidade
Resistência oferecida pela Define o nível de proteção
fachada à penetração de água que o revestimento oferece
para o meio interno
à base contra a ação da
água de chuva ou de
exigência básica do usuário
lavagem

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Estanqueidade Estanqueidade
O que interfere?? O que interfere??
Composição e dosagem da Natureza da base
argamassa porosidade
trabalhabilidade deformabilidade (fissuras)
capacidade de retenção de água
Quantidade e tipo de fissuras
Técnica de execução
existentes
compactação da argamassa
em geral
características superficiais
fissuras de até 1mm não comprometem
Espessura e número de camadas de
revestimento

Estanqueidade Estanqueidade
Método de Ensaio
Objetivo

Determinar a estanqueidade à
água de chuva em paredes, tanto
em laboratório como em obra ou
edificação em uso.

Estanqueidade Estanqueidade
Métodos de avaliação Equipamentos
ASTM: câmara com aspesor de água e pressão de ar % Câmara de ensaio - simuladora de chuva incidente
(Área de ensaio: 70 x 70 cm)
Tabela: Ensaio de Permeabilidade
Bloco Espessura Início 1a. % Interface entre a câmara e o corpo-de-prova ou a
revest (mm) mancha parede: vedada com perfil de borracha,
concreto celular
5 50 empregando-se selante
10 275
5 375 % Estrutura da câmara: metálica e fechamento
prensil vedação frontal em material transparente (policarbonato ou
10 415
prensil estrutural 5 190 acrílico), para permitir visualização

concreto vedação 5 345 % Parafusos de fixação: fixar a câmara ao corpo-de-


concreto estrutural 5 85 prova ou à parede

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Dispersão de água
Aplicação de pressão " O sistema constituído de bomba centrífuga,
medidor de vazão, tubulações e registros deve
O sistema bomba centrífuga, manômetro,
ser dimensionado de forma a conduzir uma
registros e tubulações devem ser
vazão de 1,13 dm3/min
dimensionados de forma que se tenha uma
pressão constante de 500 Pa (50 mmca) dentro " O tubo de aspersão de água deverá ter 19 mm

da câmara simuladora de chuva incidente de diâmetro, além de possuir furos de 1 mm de


diâmetro espaçados de 25 mm. Este deve ser
posicionado com pelo menos 75 mm abaixo do
topo da câmara

12Sistema de medição de vazão (rotâmetro ou tubo de Venturi)

Válvula para controle da vazão de entrada de água na câmara


Câmara simuladora de chuva incidente
6
Tubulação de Válvula para regulagem da 13 Corpo-de-prova ou parede
alimentação de
11 pressão de saída da bomba
água Manômetro
Tubulação de alimentação
10 14
de ar pressurizado diferencial para
5 controle da
Bomba centrífuga pressão dentro
de água 9 Tubulação de2
da câmara
15 aspersão de água

Bomba centrífuga de ar Tubulação para


controle da
16Tubulação 4 pressão dentro
de Câmara simuladora
1 da câmara
controle de chuva incidente
da pressão
de saída 3 Válvula para
da bomba controle da pressão
Reservatório
8 dentro na câmara
de água
Tubulação
de7 saída de
água

Medidores
Materiais
Termômetro $ precisão de 0,5ºC
Higrômetro $ precisão de 1% Corpos-de-prova ou Paredes:

Equipamento para medir pressão $ precisão de " a serem avaliados: precisam ter pelo menos 28
5 Pa (0,5 mmca) dias de cura e as revestidas 21 dias a partir da
Equipamento para medir vazão $ precisão execução do revestimento
equivalente a 1% do fundo de escala
" a serem ensaiados: devem possuir pelo menos
Drenagem de água da câmara $ Consiste em uma 200 mm de área desobstruída a partir das faces da
tubulação sifonada com saída na base da câmara. O sifão câmara instalada
deve possuir um selo hídrico mínimo de 5 cm de altura

21
Procedimento de ensaio Dados a serem coletados
" Posicionar a câmara de ensaio, fixando-a contra o Deverão ser observados:
corpo-de-prova ou o corpo da parede, de forma que a
interface dos dois fique devidamente vedada " Tempo de aparecimento de umidade na face
oposta de ensaio
" Regular os equipamentos para 1,13 dm3/min de água
" Tempo de aparecimento de água na face
" Simultaneamente à aplicação de água, aumentar a oposta de ensaio
pressão de ar na câmara até que atinja 500 Pa
" Área de umidade na face oposta de ensaio
" Manter as condições do ensaio por pelo menos 7 fim do o período de 4 horas de ensaio, expressa
horas como porcentagem em função da área testada

OUTROS ENSAIOS OUTROS ENSAIOS


PRINCIPAIS MÉTODOS DE ENSAIO
QUANTO À ESTANQUEIDADE À ÁGUA
(POLlSSENI, 1986), (PEREZ, 1986)

Estanqueidade do Revestimento Ensaios de permeabilidade à água


DIMENSÕES PARÂMETROS
MÉTODOS
REGISTROS
DE ENSAIO CÂMARA
(m)
C.P. (m) Q
P
(Pa)
t
(H) Procedimento de ensaio:
Estanqueidade à água de a) Tempo de aparecimento da primeira
2,7-3,3 mancha;
paredes externas 1,10X1,80 1 ,05X1 ,35 29,5-30,5 7 b) Percentagem da mancha de umidade em
(I/min)
(IPT, 1981) relação a área do C. P., no final do ensaio.

Permeabilidade "in situ" à água a) Verificar nlver d'água na bureta nos


# Monta-se o dispositivo
de fachadas e divisórias
(IPT,1981)
0,34xO,16 - - - 24 tempos: 1/2,1, 2, 4, 6 e 24 horas;
b) Volume de água infiltrado nestes tempos. sobre uma área de
Fundação de Ciência e
1.83 a) Cronometra-se o tempo necessário para
revestimento aplicado ao
Tecnologia
(CIENTEC, 1980)
- 1,21XO,83
(m3/h)
- 12 formação de manchas de umidade;
b) Compara ao painel padrão. substrato
Centre Scientifique et a) Peso da parede antes e depois do ensaio;
24
Technique,du Batiment =C. P. 1 ,5X1 ,5 100 24 b) Tempo e local do vazamento;
(I/m/h) c) Quantidade d'água que infiltrou e escorreu
(CSTB, s.d.)

American Society for


3.21
a) Alterações nas 3 primeiras horas;
b) Após esse tempo verificar: b.1) primeira # Resultados: Traça-se as
Testing and Materiais =C. P. 1,21XO,92 479 24 mancha; b.2) tempo de vazamento; b.3)
(ASTM,1980)
(IIm2.min) tempo para escorrer (vazão maior que 0,05
I/h); b.4) área úmida. curvas de alimentação x o
British Standards
- 1X1
25
500 48
A) Método A: time-Iapse; B) Método B:
absorção d'água; C) Método C: medição tempo
Institution (BSI, 1970) (ml/min) d'água que escorreu

A) 0-6130
a) Cada troca de pressão/aspersão d'água,
deve-se medir a quantidade que vazou e Método proposto pelo CSTB
(Cahier 2669-4, 1993)
escorreu; b) Classificação: 1. se ocorrer
Building Research 4 l/m2.min B) inicio P - vazamento classifica-se na classe cuja
2X2XO,66 -
Institute (BRI, 1970) 4 l/m2.min vazamento 5' pressão de ar é imediatamente inferior a que
de A). provocou o vazamento, 2. se não ocorrer,
classifica-se na classe de pressão a que foi
submetido

22
Ensaios de permeabilidade à água Estanqueidade
Avaliação através da propriedade de
absorção de água sob uma pressão
inicial de 92 mm de coluna de água
= ação estática de um vento de 140
km/h
# Fixar o cachimbo com mastique
# Preencher com água até referência
do nível
# Registrar as leituras cada min. (até
15’ ou até o nível atingir 4 cm³)
# 3 pontos de ensaio $ distanciados
Método do cachimbo
em no mínimo 1 m
proposto pelo CSTC
(NIT nº140, 1982) # Resultados: Nível da água x tempo

Características Geométricas Características Geométricas


Rugosidade superficial: lisa a áspera
Propriedade do revestimento Varia com: granulometria do agregado
relacionada com as funções técnica de execução
ESTÉTICAS da camada de Função do acabamento final
argamassa endurecida e previsto
adequação ao acabamento final
(sistemas de pintura ou outro Compatível com os
acabamentos finais e
revestimento). Planeza tolerâncias previstas no
processo de produção

Durabilidade Durabilidade

Fatores que comprometem o


Propriedade do desempenho:
revestimento relacionada movimentações intrísecas e extrínsecas
com a capacidade de manter (fissuras, desagregação e descolamento)

o desempenho de suas espessura inadequada dos revestimentos


funções ao longo do uso cultura e proliferação de microorganismos

qualidade da argamassa

23
Comparação qualitativa das
características exigíveis dos
revestimentos de argamassas
Interno Fachada
Propriedades Forro
Pintura Cerâmica Pintura Cerâmica
Capacidade
1 2 5 3 4
de aderência
Absorver
3 1 3 4 2
deformações
Restrição a
3 1 3 4 2
fissuras
Resistência
1 2 1 3 4
tração/comp
Resist. desg.
3 1 1 2 1
superficial
Durabilidade 2 2 1 4 3

Obs: O nível de exigência cresce de 1 para 5

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