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O Arrependimento de Deus 1

O A RREPENDIMENTO DE D EUS

Prof. Filipe Dunaway

I. A INTRODUÇÃO1

O arrependimento de Deus é um dos mais negligenciados temas na história dos


estudos bíblicos. Pouco tem sido escrito sobre este tópico. Entretanto, este é um
conceito chave, sem o qual não se pode compreender precisamente a linguagem
veterotestamentária sobre Deus. A negligência deste tema é aparentemente devida a
vários fatores: (1) a palavra “arrependimento” sugere a muitas pessoas que Deus, que
por definição é moralmente perfeito, fez algo errado; 2 (2) ela também implica em que
Deus, que, se alega, é absolutamente imutável, mude de alguma maneira; e (3) esta
noção entra diretamente em choque com uma das fontes principais do teísmo clássico,
a saber, o pensamento dos antigos gregos (especialmente Aristóteles) sobre Deus e o
mundo. De qualquer forma, parece que somente agora a igreja cristã está começando a
desenvolver a capacidade e perícia teológica necessárias para compreender e utilizar a
concepção bíblica de um Deus que se arrepende.

II. A TERMINOLOGIA E DEFINIÇÃO

Há duas palavras hebraicas no Antigo Testamento que são traduzidas por nosso
termo “arrependimento”. Uma delas é empregada principalmente para se falar do
arrependimento humano do pecado, mas, de vez em quando, ela se refere ao
arrependimento divino. Esta palavra é shuv (bWv), que quer dizer, ao pé da letra,
“voltar” ou “virar para trás.” A segunda palavra, que é o termo principal para denotar o
arrependimento de Deus, é nicham (~x;ni), que significa “sentir pesar” acerca de algo.

1Este artigo está fundamentado principalmente nas pesquisas do professor de Antigo


Testamento Terence E. Fretheim, “The Repentance of God: A Key to Evaluating Old
Testament God-Talk,” Horizons in Biblical Theology, Vol. 10 (June 1988): 47-70. Contudo, ela
deve muito também, mas mais indiretamente, aos escritos dos filósofos Charles Hartshorne e
Alfred North Whitehead e do teólogo Karl Barth.
2O preconceito contra a idéia de mutabilidade no mundo helenístico se expressa bem
claramente na obra do filósofo pagão Salustio (grego: Σαλουστιος), Sobre os Deuses e o
Universo, escrito entre 363 e 394 d.C. para encorajar o revivamento do paganismo no Império
Romano. Salustio disse que seus leitores “devem ter conhecimento das opiniões universais,
pelas quais eu quero dizer aquelas com as quais todos os homens, se questionados
corretamente, concordariam; tais opiniões são que todo deus é bom e impassivo e imutável,
porque tudo que muda, muda ou para o melhor ou para o pior; se para o pior, ele se torna mal;
se para o melhor, ele se mostra como tendo sido mal no princípio).” Uma resposta “Bíblica” a
este argumento seria rejeitar o seu pressuposto que “tudo que muda, muda ou para o melhor ou
para o pior.” No AT, Iahweh muda de uma posição correta para outra que também é correta
(mas mais apropriada no novo contexto que havia surgido). Esta tradução portuguesa do texto
de Salustio está baseada na tradução inglesa da obra por A. D. Nock, imprimido em F. C.
Grant, He"enistic Religions (1953), p.179.
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Ela pode também ser traduzida: “sentir remorso,” “ter compaixão,” “revogar,”
“arrepender-se,” ou “mudar de opinião.”

Os estudiosos Hans Walter Wolff e Terence Fretheim dizem que o sentido básico
destes dois termos é duplo: (1) eles assinalam uma mudança completa de uma
direção já tomada ou de uma decisão já feita, e (2) eles apontam para uma mudança
numa pessoa que é comovida pela nova situação social em que ela se encontra.
Consequentemente, podemos concluir que shuv e nicham se referem a uma reviravolta
no comportamento de uma pessoa, a qual é instigada por sua reação emocional a uma
nova situação.

Repudiamos a prática de descartar tais palavras ou metáforas bíblicas como sendo


meramente antropomorfismos que não precisam ser utilizadas em nossas teologias de
hoje. Pelo contrário, argumentamos que devemos tomá-las bem seriamente como
termos que descrevem algo real e importante sobre Deus. Com certeza, o termo
“arrependimento” e outros semelhantes não deveriam ser interpretados como se eles
tivessem exatamente o mesmo sentido quando usados sobre Deus que eles têm quando
usados com respeito ao homem. Por exemplo, o fato de que o arrependimento
humano na Bíblia indica que o homem pecador está mudando sua vida, voltando a
Deus, não significa que as afirmações sobre o arrependimento divino estão atribuindo
pecado a Deus. Entretanto, ao interpretarmos metáforas como esta, é mister
preservarmos sua direção fundamental. Aqui isto quer dizer que Deus, embora Ele
nunca peque (Núm 23:19; 1 Sm 15:29), às vezes, à luz da nova situação que acaba de
surgir, muda de opinião com respeito a Suas declarações ou ações passadas (cf. Os
11:8-9).

Vamos considerar agora um texto do livro de Jeremias em que Iahweh, o Deus de


Israel, se dirige ao profeta assim:

7Se em qualquer tempo eu falar acerca duma nação, e acerca dum reino, para
arrancar, para derribar e para destruir, 8e se aquela nação, contra a qual falar,
se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que
intentava fazer-lhe. 9E se em qualquer tempo eu falar acerca duma nação e
acerca dum reino, para edificar e para plantar, 10 se ela fizer o mal diante dos
meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então me arrependerei do bem
que lhe intentava fazer. (Jer 18:7-10)

Este texto é muito instrutivo. Observe em primeiro lugar que Deus é apresentado aqui
usando duas vezes, na primeira pessoa do singular, o verbo “arrepender-se”: “eu me
arrependerei.” Segundo, neste texto Deus usa duas sentenças condicionais, as quais se
referem as ações possíveis tanto por parte de Deus quanto por parte de seres humanos.
Deus está dizendo que, em certas situações, Ele alterará seu modo de procedimento e o
que determinará esta mudança é o comportamento de uma nação humana. Em outras
palavras, depois de anunciar sua intenção de julgar (vs. 8) ou de abençoar (vs. 10) uma
nação, Deus ficará observando seu comportamento e, caso haja uma mudança
significativa neste comportamento, Ele modificará sua própria decisão prévia sobre o
que iria fazer a esta nação. Tudo isso sugere que Deus não somente conhece o que
seres humanos fazem, Ele também é movido pelos atos humanos a alterar Suas intenções
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e ações concernente a estes homens. Em outras palavras, Deus é sensível, afetado,


influenciado e comovido por aquilo que as pessoas fazem.

É notável que o arrependimento seja uma idéia que assume a realidade do tempo,
pois aquele que se arrepende está se modificando a si mesmo de um momento para
outro. Outrora ele teve certas caraterísticas ou atitudes, mas agora não as tem mais.
Portanto, as afirmações bíblicas sobre o arrependimento divino implicam em que o
tempo seja, de alguma forma, real na vida de Deus e que Ele realmente participe, junto
conosco, do processo histórico-temporal. Na realidade, o conceito do arrependimento
de Deus é um só de um grupo grande de conceitos empregados no Antigo Testamento
para falar sobre Deus, todas das quais pressupõem que o tempo é real para Ele. Este
grupo de conceitos incluem as idéias de que: Deus tem planos; Deus faz promessas;
Deus convive com seu povo num pacto; Deus se revela na história de Israel; e Deus é
receptivo às orações das pessoas.

III. A IMPORTÂNCIA DO “ARREPENDIMENTO DIVINO”


NO ANTIGO TESTAMENTO

Para demonstrar quão importante este conceito é nos escritos que compõem nosso
Antigo Testamento, Fretheim apresenta os seguintes resultados de suas pesquisas:

A. A freqüência da idéia do arrependimento de Deus: O termo hebraico


principal nicham (~x;ni) é utilizado para expressar esta doutrina quase 40 vezes no
Antigo Testamento.3 A outra palavra, shuv (bWv), é usada para indicar mudanças na
atitude ou comportamento divinos pelo menos 20 vezes.4

B. Sua representação em muitas tradições teológicas do Antigo Testamento:


O conceito do arrependimento divino se encontra nas tradições do sul (Judá) e da norte
(Israel), na tradição javista e na elohista do pentateuco, na tradição sobre Davi e Sião,
na história Deuteronomista, nos salmos e nos profetas (desde o século XIII até a época
pós-exílica). Em outras palavras, é uma idéia espalhada em quase todos os
componentes de Bíblia hebraica.

C. Sua presença em muitos tipos de literatura: Nos hinos Deus é louvado


porque se arrepende (Sl 106:45). Nos oráculos proféticos, o ensino de que Deus muda
de opinião ou atitude é frequentemente achado no discurso direto divino, assim
mostrando que é considerado um aspecto do auto-entendimento de Deus (Jer 26:3;
18:7-10, citado acima). Finalmente, nos credos ou confissões de fé no AT, o

3Alguns exemplos do emprego de nicham (~x;ni) concernente a Javé se acham em Gn 6.6, 7; Êx


32.12; Jer 18.8; 26.3, 13, 19; 42.10; Am 7.3, 6; Jonas 3.9, 10; 4.2. [veja Francis Brown, S. R. Driver e
Charles A. Briggs, A Hebrew and English Lexicon of the Old Testament. Oxford: The Clarendon
Press, 1968), pág. 636-637.]

4Exemplos do uso de shuv (bWv), em vários sentidos, com respeito a Javé, se encontram em Êx
32.12; Dt 13.17 [heb. 13.18]; Jos 7.26; 2 Reis 23.26; Jonas 3.9; Os 14.5; Jer 2.35; 4.8; 23.20; 30.24;
Núm 25.4; 2 Cr 12.12; 29.10; 30.8; Is 5.25; 9.12, 17, 21 [heb. Is 9.11, 16, 20]; Jó 14.13; Dn 9.16. [Veja
Brown, Driver e Briggs, A Hebrew and English Lexicon of the Old Testament, pág. 996-997.]
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arrependimento de Deus é considerado tão característico de Deus como Sua


misericórdia, graça e benignidade (Joel 2:13; Jonas 4:2); portanto, ele assim se torna um
dos padrões para avaliar toda fala sobre Deus entre os antigos israelitas.

IV. A RELEVÂNCIA TEOLÓGICA DO


“ARREPENDIMENTO DE DEUS”

Conseqüentemente, porque o conceito do arrependimento divino é tão predominante


nos textos que compõem os livros das Sagradas Escrituras, devemos começar a
incorporar este conceito em nosso próprio pensamento sobre Deus. Tendo refletido
sobre esta questão por muitos anos, gostaria de sugerir uma maneira de fazer
exatamente isto. Com certeza, deve haver outras maneiras de desenvolver as
implicações desta verdade bíblica para o contexto brasileiro, mas estou bastante
confiante de que a posição apresentada aqui merece a atenção cuidadosa, simpática e
também crítica dos que fazem teologia no mundo da língua portuguesa. Podemos
resumir nossa reflexão teológica acerca deste ensino do Antigo Testamento com cinco
teses:

1. Criaturas Livres e Passividade Divina. Os textos que expressam este


conceito, como Jer 18:7-10 citado acima, pressupõem que as criaturas são parcialmente
autodeterminantes e, consequentemente, podem, mediante suas decisões e atos, afetar
a maneira pela qual Deus reage a elas. Isto, por sua vez, implica em que Deus seja em
parte passivo ou sensível, capaz de ser influenciado e comovido por estes atos
criaturais. Então, Deus não somente age nas criaturas, Ele também recebe algo delas.
E as criaturas não apenas recebem de Deus, mas também agem de tal forma que afetam
a atitude divina. Com certeza, esta não é uma relação entre iguais, mas é realmente
uma relação recíproca que afeta tanto Deus quanto a criatura. [Há outros conceitos no
AT que mostram que o Deus de Israel é passivo ou afetado pelas criaturas: Deus é
provocado a ter raiva, se regozija sobre sua criação, se entristece por causa da rebelião
de seu povo, sofre devido à miséria de seus filhos e responde às suas súplicas. Talvez o
melhor exemplo desta passividade divina se encontra em Oséias 11, especialmente nos
versos 8-9.]

2. O Futuro Aberto. A noção de que Deus se arrepende pressupõe que o futuro


não está predeterminado em todos os seus detalhes mas, pelo contrário, está aberto e
indefinido. Deus toma a iniciativa, se aproximando dos seres humanos, e em seguida
aguarda a reação livre deles. Dependendo daquilo que os homens fazem, Deus, por sua
vez, reage a eles e assim o processo histórico vai se desdobrando por meio desta
interação entre Deus e as criaturas. Portanto, o futuro é o grande campo da verdadeira
ação recíproca entre Deus e as criaturas; ele não é concreto ou definido agora, mas o
será feito por meio das decisões tanto das criaturas quanto de Deus. Mesmo que as
criaturas sejam claramente sujeitas a Ele, elas realmente determinam alguns dos
pormenores de cada novo momento na história e assim participam com Deus na
construção de cada nova fase da realidade histórica.

3. A Fidelidade Flexível de Deus. O conceito do arrependimento de Deus


expressa a determinação, constância e fidelidade d’Ele na execução do Seu plano
salvífico em qualquer situação que surja. Antes de mais nada, Deus quer salvar Israel e
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fará tudo que puder para alcançar este fim, mesmo voltar-se para trás e repudiar alguns
de Seus decretos. Porque Deus visa a salvação de Israel, Ele espera que Seu anúncio de
julgamento não tenha que ser cumprido. Na sua fidelidade à aliança, Deus prefere que
Israel se arrependa de seu pecado, de tal modo que Ele não tenha que cumprir suas
ameaças de juízo. Deus não é morto e estático, mas vivo e flexível. Por isso, a fim de
permanecer fiel ao Seu propósito inalterável de manter Sua aliança de graça com Israel,
Deus espera que possa voltar-se para trás revogando Seu decreto de condenação devido
à mudança na vida de Seu povo (cf. Joel 2:12-17).5 [Não é difícil compreender esta
posição teológica. Pense num pai que, antes de mais nada, quer o que é o bom para seu
filho amado. Mas, às vezes, o pai tem que disciplinar o filho rebelde, mesmo fazendo
ameaças ou, pelo menos, advertências. Contudo, se o filho melhora radicalmente seu
comportamento, que pai responderia castigando-o de acordo com suas advertências
prévias? Pelo contrário, o pai mudaria seu plano “provisório” de castigar, porque agora
contrariaria frontalmente seu desejo básico de fazer o melhor possível para seu filho.
Nas relações mais íntimas entre pessoas, flexibilidade apropriada à situação é
valiosíssima.]

4. O Deus Mutável-Imutável: O Teísmo Bipolar. Esta doutrina bíblica sobre o


arrependimento divino aponta a necessidade de afirmarmos tanto a mutabilidade
divina quanto a Sua imutabilidade (cf. Mal 3:6-7, que coloca as duas idéias lado ao lado).
(1) Sem dúvida alguma, Deus é imutável ou impassível em alguns aspectos: Ele jamais
muda na Sua essência, caráter moral ou nos Seus propósitos fundamentais. (2) No
entanto, Deus é, ao mesmo tempo, mutável ou afetado em outros aspectos: Na Sua
relação com o mundo mutável que Ele conhece e ama, Deus é comovido por nosso
sofrimento, influenciado por nossos atos, entristecido por nosso pecado, agradado por
nossas alegrias e obediências. Em outras palavras, em cada nova situação que apareça,
Deus é livre de expressar, das mais diversas maneiras, Seu caráter e propósitos
inabaláveis.

5. A Concepção Social da Perfeição. Finalmente, o conceito bíblico do


arrependimento divino exige de nós uma nova concepção de perfeição. No mundo
ocidental, a concepção dominante da perfeição se deriva dos antigos gregos. Eles tiveram um
preconceito muito forte contra qualquer tipo de mudança, que era considerada como
sendo inferior à permanência. Então, para os gregos, o perfeito era o imutável ou
impassível e, por isso, não é por acaso que Aristóteles concebeu Deus como sendo
impassivelmente desvinculado do fluxo do mundo. Todavia, há evidência de que, para
os antigos hebreus, o que é absolutamente impassível não é identificado com o divino
mas, pelo contrário, é considerado como sendo um deus falso (veja Sl 115:4-7; Jer

5 O teólogo conservador metodista John Oswalt descreve o Deus do Pentateuco assim: “desde
o início Ele é mostrado ser absolutamente fidedigno. Pode-se depender d’Ele. Há uma só
situação em que não se pode depender d’Ele para não guardar Sua palavra: se Ele havia
anunciado a destruição por causa do pecado e é dado qualquer boa razão para mudar de
opinião, o fará alegremente. A melhor das razões é o arrependimento por parte do pecador,
mas outra é a intercessão (Gn 18.16-33; Êx 32.11-14).” Veja John N. Oswalt, “Theology of the
Pentateuch,” no Dictionary of the Old Testament: Pentateuch (Downers Grove, Illinois:
InterVarsity Press, 2003), pág. 849.
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10:4-5). No lugar de tal Deus totalmente transcendente, sem qualquer relação interna6
com o mundo, os israelitas tinham sua concepção de Iahweh, o Deus que ouviu seus
gemidos, pessoalmente tomou conhecimento de sua situação e os libertou da opressão
(Êx 2:23-25; 6:2-8).

Consequentemente, se definirmos a perfeição divina de acordo com a mentalidade


hebraica, devemos empregar concepções pessoais e socais. Então, um ser perfeito não
seria morto, inativo ou desligado dos outros, mas, sim, ele seria vivo, atuante e
intimamente social ou relacionado com os outros. Que Deus é perfeito deveria
significar para nós que apenas Ele pode interagir igualmente com todos os seres
existentes, guiando todos e sendo aberto à influência de todos (como no caso dos
israelitas). O único Ser Perfeito não é um eremita celestial que se isola dos outros; antes, Ele
é o ser eminentemente social que se relaciona especificamente com todos os seres que existem. Caso
contrário, Ele não poderia servir como modelo por nós, que, em nossa religião baseada
na Bíblia, temos muitas obrigações sociais ou interpessoais.

http://www.teologiaocidental.com

6 Uma pessoa tem uma “relação interna” com outra quando ela é afetada por esta relação. Por
exemplo, visto que eu vejo o presidente do Brasil na televisão, leio sobe ele, etc., estou
influenciado por ele e, por isso, posso dizer que tenho um relação “interna” para com ele.
Contudo, porque ele não me conhece nem me vê na televisão, ele não é afetado por mim e,
consequentemente, não tem relação interna comigo; antes, do ponto de vista dele esta relação é
puramente “externa.” [Para os antigos hebreus, Iahweh claramente teve relações internas com
eles!]

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