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Matemática
Eduardo YUDI Tamaki
Física
JOÃO CÉSAR Carvalho Souza
João Pascoal M. PIMENTA
Química
SAULO Theodoro da Silva Júnior
Biologia
Rogério RIGHI
Felipe Leite MANTOVANI
Língua Portuguesa
RICHARD Mascara
Literatura
DYLAN Frontana
História
Marcelo FERRARO
JOÃO Ivo da Fonseca
Geografia
Márcio SAMPAIO
FASE
ÍNDICE
1151 • M Prof. ................................................................
tema 1 .......... AD .......... TM .......... TC .......... 5
tema 2 .......... AD .......... TM .......... TC .......... 10
tema 3 .......... AD .......... TM .......... TC .......... 17
tema 4 .......... AD .......... TM .......... TC .......... 23
1. CONCEITO
A porcentagem é um conceito muito utilizado no
nosso dia a dia, e tem como principal aplicação a
representação de quantidades em relação ao todo,
ou seja, partes de um todo. Vamos a um exemplo
prático:
Exemplo 1:
Consideremos uma sala de aula em que 11 dos 25
alunos são do sexo masculino. Qual a porcentagem
de alunos do sexo masculino dessa sala? Revista Veja, 26/03/2008
3 para 10
7 para 20
2
=
5
31
=
50
0,99
149%
0,01%
2. Calcule:
a) 60% de R$ 80
b) 75% de 72 kg
b)
c)
d)
e)
Gráfico 2
RESUMO TEÓRICO
• PLANO CARTESIANO
Um plano cartesiano é um conjunto de pontos que
estão associados a pares ordenados de números,
sendo que, por convenção, a notação é P (xP, yP), em
que xP é a abscissa e yP é a ordenada. Na figura
abaixo estão representados dois pontos P e Q no
plano cartesiano.
Gráfico 3
• GRÁFICOS E APLICAÇÕES
Um gráfico num plano cartesiano corresponde a um
conjunto de pontos (e, portanto, pares ordenados
de números) que podem ser isolados ou podem for-
mar uma linha contínua. Veja abaixo alguns exem-
plos de gráficos:
Exemplo:
ANOTAÇÕES
1. (Enem) O gráfico a seguir apresenta o gasto militar dos Estados Unidos, no período de 1988 a 2006.
Com base no gráfico, o gasto militar no início da guerra no Iraque foi de:
a) U$ 4.174.000,00
b) U$ 41.740.000,00
c) U$ 417.400.000,00
d) U$ 41.740.000.000,00
e) U$ 417.400.000.000,00
2. (Enem) Um desfibrilador é um equipamento utilizado em pacientes durante parada cardiorrespiratória com ob-
jetivo de restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco. O seu funcionamento consiste em aplicar uma corrente
elétrica intensa na parede torácica do paciente em um intervalo de tempo da ordem de milissegundos. O gráfico
seguinte representa, de forma genérica, o comportamento da corrente aplicada no peito dos pacientes em fun-
ção do tempo.
d)
De acordo com o gráfico, os meses em que ocorre-
ram, respectivamente, a maior e a menor venda ab-
solutas em 2011 foram:
a) março e abril.
b) março e agosto.
c) agosto e setembro.
d) junho e setembro.
e)
e) junho e agosto.
RESUMO TEÓRICO
Na figura 1 o conjunto domínio é {5, 3, 1, 22, 45} e o contra-domínio é {K, J, I, L, H, M, N}. O conjunto formado
pelos elementos do contra-domínio que estão relacionados a elementos do domínio é chamado de conjunto
imagem. Na figura 1 o conjunto imagem é {K, J, I, H}.
Logo, na figura 2, sendo X o conjunto domínio, Y o conjunto contra-domínio, e f a função que relaciona os ele-
mentos de X com os elementos de Y, usamos a notação: f: X → Y, e sendo I o conjunto imagem temos:
X = {A, B, C, D, E}, Y = {33, 2, 3, 4, 22, 5, 45, 1} e I = {2, 3, 4, 45}.
Geralmente usamos a letra x para indicar os elementos do domínio de uma função, y para indicar os elementos
do contra-domínio e f(x) para os elementos da imagem. Logo, na figura 1 temos que para x = 5, y = K, ou ainda,
f (5) = K. Então, na figura 2, f (D) = 4 e f (E) = 45.
A notação f (x ) é utilizada também quando há um padrão de cálculo para, dado um x, determinarmos o y corres-
pondente. O padrão de cálculo é também chamado de lei da função.
x−4
Exemplo: Seja f : A ℜ uma função de variável real dada por f (x) =
1−x
a) Calcule f (0) e f (2).
1
b) Determine x tal que f (x) = .
3
c) Obtenha A (ou seja, o domínio da função).
Resolução:
x−4 x−4
a) Usando a lei da função f (x) = : b) Usando novamente a lei da função f (x) = :
1−x 1−x
0−4 −4 x−4 1
f (0) = = ⇒ f (0) = −4 f (x) = = ⇒ (x – 4) ∙ 3 = 1 − x ⇒
1−0 1 1−x 3
2−4 −4 13
f (2) = = ⇒ f (2) = 2 3x − 12 = 1 – x ⇒ 4x = 13 ⇒ x =
1−2 −1 4
Resposta: f (0) = −4 e f (2) = 2 13
Resposta: x = .
4
ANOTAÇÕES
• FUNÇÃO DO 1º GRAU
É toda função f : ℜ ℜ cuja lei pode ser expressa
por f (x) = ax + b, com a ∈ ℜ* e b ∈ ℜ (dizemos que
as constantes reais a e b são os coeficientes da fun-
ção).
x 7
As funções dadas por f (x) = 3x + 1, f (x) = +
2 5
5x
e f (x) = − − 1 são exemplos de funções do 1º
2
1
grau, com coeficientes a = 3 e b = 1; a = eb=
2
7 5
;ea=− e b = −1, respectivamente.
5 2
Toda função do 1º grau tem como gráfico uma reta,
que pode ser crescente (se a > 0) ou decrescente
(se a < 0). Perceba, portanto, que o conjunto ima-
gem da função do 1º grau é ℜ.
O conjunto imagem de f é:
a) {−30,−20,−10,0,10,20,30}
b) {100,200,500,1000}
c) {300,400,600,700,800,900}
d) {100,200,300,400,500,600,700,800,900,1000}
e) conjunto vazio
e) Esboce seu gráfico no plano cartesiano abaixo.
x
2. Seja f : ℜ ℜ dada por f (x) = + 3.
2
a) Calcule o valor de f (2) + f (4)
profundidade
10 42
(metros)
temperatura da água
15 11,8
(°C)
RESUMO TEÓRICO
• CONCEITO
É toda função f : ℜ ℜ cuja lei pode ser expressa
por f (x) = ax2 + bx + c, com a ∈ ℜ*, b ∈ ℜ e c ∈ ℜ.
Resolução:
Resolvendo por etapas: Do gráfico temos que o conjunto imagem I é
1) Inicialmente observamos o sinal do coeficiente dado por: I = {y ∈ ℜ / y ≤ 4}. Dizemos, portanto,
a. Se a > 0 teremos uma parábola de “boca que o valor máximo da função é 4, e isso ocorre
para cima”. Caso a < 0 teremos uma parábola para x = −1.
de “boca para baixo”. Como a = −1, essa pará-
bola é de “boca para baixo”.
ANOTAÇÕES
2) Obtemos o vértice da parábola:
b −2
xV = − ⇒ xV = − ⇒ xV = −1
2a 2 ∙ (−1)
{ ∆ (−2)2 −4 ∙ (−1) ∙ 3
yV = − ⇒ yV = − ⇒ yV = 4
4a 4 ∙ (−1)
V = (−1,4)
2. (Vunesp)
1. Esboce o gráfico, com pelo menos 5 pontos, e dê o 1. (Fuvest) Os pontos (0, 0) e (2, 1) estão no gráfico de
conjunto imagem de cada função abaixo: uma função quadrática f. O mínimo de f é assumido
1
a) f (x) = 3x2 − 6x − 9 no ponto de abscissa x = − . Logo, o valor de f (1)
4
b) f (x) = −x2 + 2x + 3 é:
c) f (x) = 5x2 − 6x + 1 1
a)
d) f (x) = −x2 + 9 10
2
e) f (x) = 2x − 6x 2
b)
10
f) f (x) = 2x2 + 1
3
c)
10
2. Em cada item identifique se a função possui um va- 4
lor máximo ou mínimo, e determine esse valor. Es- d)
10
creva também o conjunto imagem de cada uma 5
dessas funções. e)
10
a) f (x) = 1 − 5x + x2
b) f (x) = −3x2 + 7x − 7 3 25
2. (MACKENZIE) Se f ( )= é o máximo de uma
x x 2 4
c) f (x) = ( 2 − 1) (1 − 3
) função quadrática f e se (–1, 0) é um ponto do grá-
d) f (x) = 1 − 16x 2 fico de f, então f (0) é igual a:
e) f (x) = (2 − x)2 a) 5
f) f (x) = x2 + 5 b) 4
c) 3
d) –1
e) –2
t 0 1 2 3 4
s 0 32 128 288 512
Hora da
Investidor Hora da Compra
Venda
1 10:00 15:00
2 10:00 17:00
3 13:00 15:00
4 15:00 16:00
5 16:00 17:00
1 4
14. (Fvuest) Se f (x) = , quanto vale f ( √7)? 17. (Fuvest) Seja f a função que associa, a cada número
x2 +1 real x, o menor dos números x + 3 e –x + 5. Assim,
a) 4√7
o valor máximo de f (x) é:
b) √7
4 a) 1 b) 2 c) 4 d) 6 e) 7
√7 − 1
c)
6
√7 − 1 18. (FGV) Atualmente, o valor de um computador novo
d) é R$ 3.000,00. Sabendo que seu valor decresce line-
6
√7 + 1
armente com o tempo, de modo que daqui a 8 anos
e) seu valor será zero, podemos afirmar que daqui a 3
6
anos (contados a partir de hoje) o valor do compu-
15. (FGV) O custo médio, Cm, de produção de q unida- tador será:
des de um artigo, é obtido dividindo-se o custo C a) R$ 1.875,00
C b) R$ 1.800,00
pela quantidade q, ou seja, Cm = . Sendo
q c) R$ 1.825,00
C = 2q2 – 3q + 20 o custo, em milhares de reais,
para a produção de q milhares de unidades de gar- d) R$ 1.850,00
rafas plásticas, considere as seguintes afirmações: e) R$ 1.900,00
I. A função custo médio será dada por
20 19. (Fuvest) A figura a seguir representa o gráfico de
Cm = 2q − 3 + .
q x+a
II. O custo total para a produção de 5000 garrafas uma função da forma f (x) = , para −1 ≤ x ≤ 3.
bx + c
plásticas é R$ 55000,00.
III. Quando 10 000 garrafas plásticas são produzi-
das, o custo por unidade é R$ 19,00.
Associando V ou F a cada afirmação, conforme seja
verdadeira ou falsa, tem-se:
a) V, V, V
b) V, V, F
c) V, F, F
d) F, V, V
e) V, F, V
Tarefa Mínima
1. a) 9
b) 1 e 3
c) 0 e 4
d) −3 e 9
e) 1,7 ≤ x ≤ 3
f) 0 ≤ x ≤ 1,7 e ,3 ≤ x ≤ 14
2. C
3. E
4. E
Tarefa Complementar
1. A
2. D
3. C
4. C
Tarefa Mínima
1. a) b)
Im = − 4 5 ;+ Im = −;9
e) f)
c) d)
Im = −5;+ Im = 1;+
Im = −12;+ Im = −;4
Resolução:
RESUMO TEÓRICO Como a razão entre a quantidade de café cru e a de
café torrado deve ser sempre a mesma, sendo x a
1. CONCEITO quantidade pedida, temos a seguinte proporção:
A razão entre dois números nada mais é do que a 8 x 8 ∙ 27
= 8 ∙ 27 = 6 ∙ x x = = 36 kg
divisão (que pode ser representada na forma de fra- 6 27 6
ção) entre eles. Por exemplo, a densidade é a razão Resposta: 36 kg
entre a massa e o volume de um corpo. Logo, se a
massa de uma barra de metal é 2,5 kg e seu volume
é 2 litros, então a densidade dessa barra é a razão
2,5 ANOTAÇÕES
, ou seja, 1,25 kg/l. Um outro exemplo é a veloci-
2
dade, que é a razão entre a distância e o tempo.
Quando duas ou mais razões são idênticas, dizemos
que temos uma proporção. Se Alberto leu um livro
de 100 páginas em 4 dias e Bruno leu outro livro de
150 páginas em 6 dias, então as razões entre o nú-
mero de páginas lidas e o número de dias, são iguais
para Alberto e Bruno:
100
Alberto: = 25 páginas por dia
4
150
Bruno: = 25 páginas por dia
6
100 150
Temos, portanto a proporção: =
4 6
(lê-se: “100 está para 4, assim como 150 está para
6”)
Note que se multiplicarmos ambos os membros da
sentença por 24, teremos:
100 150 100 150
= 24 ∙ = 24 ∙ 6 ∙ 100 = 4 ∙ 150
4 6 4 6
O que nos leva à famosa “regra de três”: o produto
dos extremos é igual ao produto dos meios:
a c
= a∙d=b∙c
b d
Exemplo:
Sabe-se que com 8 kg de café cru obtém-se 6 kg de
café torrado. Quantos quilos de café cru devem ser
levados ao forno para obter-se 27 kg de café tor-
rado?
Número de
parcelas
4a2x2 + 4abx = −4ac n (n – 3) (n – 5)
• somando-se b2 em ambos os membros:
4a2x2 + 4abx = −4ac
4a2x2 + 4abx + b2= −4ac + b2
Valor de cada
4a2x2 + 4abx + b2= b2 −4ac
parcela
• note que o primeiro membro é um produto no- x (x + 60) (x + 125)
tável. Logo:
4a2x2 + 4abx + b2= b2 −4ac
(2ax + b)2 = b2 – 4ac
geladeira
Valor da
• para que a sentença seja verdadeira, temos
duas possibilidades: nx (n – 3) (x + 60) (n – 5) (x + 125)
b) 3x − 5 = −2 ∙ (x − 1)
c) x2 − 2x − 3 = 0
d) 30 = 12x – 2x2
5x − 3 5x + 3
2. (FGV) A equação − = 0 tem uma raiz
x−2 x+2
que é um número:
a) Maior que 2
b) Menor que – 2
c) Par
d) Primo
e) Divisor de 10
Resolução:
RESUMO TEÓRICO Desenhando os triângulos ABC e DEC separadamente:
SEMELHANÇA
Duas figuras são semelhantes quando os lados corres-
pondentes são proporcionais e os ângulos correspon-
dentes congruentes, como nas figuras:
Dizemos então que: ∆ABC ~ ∆DEF, e existe uma relação Logo, eles são semelhantes pelo caso ângulo-ângulo.
entre ângulos e lados: Usando a proporcionalidade:
CD DE AC − AD DE 12 − 4 DE
• ângulos correspondentes (homólogos) são congru- = = = ⇒ = = 14 cm
entes: CA AB AC AB 12 21
AB̂ C ≅ DÊ F Resposta: 14 cm.
{AĈ B ≅ DF̂E
̂ C ≅ ED
BA ̂F NOTA: lembre-se que, num triângulo, a soma das medi-
das dos ângulos internos é sempre igual a 180°!
• lados correspondentes (homólogos) proporcionais:
AB AC BC
= = = razão de semelhança TEOREMA DE PITÁGORAS
DE DF EF
Observe a figura abaixo, onde temos representados
̅̅̅̅ paralelo a AB
Exemplo: Na figura temos DE ̅̅̅̅, AD = 4 cm, dois quadrados ABCD e MNPQ, de lados medindo a + b
AC = 12 cm e AB = 21 cm. Calcule DE. e c, e os vértices do quadrado menor pertencem aos la-
dos do quadrado maior:
ANOTAÇÕES
y
15
12 x
5
15
b)
8 6
x y
4
6
O valor de CD é:
17
a)
12
19
b)
12
23
c)
12
25
d)
12
29
3. Determine o valor de x em cada uma das figuras e)
12
abaixo:
a)
1. Os triângulos da figura são semelhantes. Calcule x e 1. (Vunesp) Um observador situado num ponto O, lo-
y. calizado na margem de um rio, precisa determinar
sua distância até um ponto P, localizado na outra
margem, sem atravessar o rio. Para isso marca, com
estacas, outros pontos do lado da margem em que
se encontra, de tal forma que P, O e B estão alinha-
dos entre si e P, A e C também. Além disso, ̅̅̅̅
OA é
̅̅̅, OA = 25 m, BC = 40 m e OB = 30 m,
paralelo a BC
conforme figura.
b) d)
a) 0,95
b) 0,85
c) 0,80
5. Qual a medida da diagonal de um quadrado de lado d) 0,75
2 cm? e) 0,70
ANGLOVINCI VESTIBULARES Matemática ∣ Setor 1152 ∣ 49
3. (FGV – Economia) No quadriculado a seguir, está re-
presentado o caminho percorrido por uma joaninha
eletrônica, em que o menor quadrado tem lado
cujo comprimento representa 1m.
A distância real entre o ponto de partida C da joani-
nha e o de chegada A é:
a) 2√10 m
b) 2√5 m
c) 2√2 m
d) 2 m
2√2
e) m
3
• Trapézio
RESUMO TEÓRICO
FORMULÁRIO (B + b) ∙ h
Área =
2
• Quadrado
• Círculo
Área = a2
Área = π ∙ R2
• Retângulo
ANOTAÇÕES
Área = b ∙ h
3. Paralelogramo
Área = b ∙ h
• Triângulo
b∙h
Área =
2
2. Determine a área de um triângulo eqüilátero de pe- 5. (Fuvest) Na figura seguinte, estão representados
rímetro 30 cm. um quadrado de lado 4, uma de suas diagonais e
uma semicircunferência de raio 2.
9
d) 9 − cm2
8
2. (Fuvest) Dois irmãos herdaram um terreno com a
seguinte forma e medidas: 9
e) 9 − cm2
4
a) 20 min d) 30 min
3. As idades de dois irmãos estão na razão 2:5. Se da-
b) 25 min e) 40 min
qui a 14 anos a razão entre essas idades passará a
ser 3:4, qual a soma das idades atuais? c) 35 min
a) 7 b) 9 c) 11 d) 14 e) 18
6. (Vunesp) Todos os possíveis valores de m que satis-
fazem a desigualdade 2x2 − 20x + 2m ≠ 0, para todo
4. (Enem) O esporte de alta competição da atualidade
x pertencente ao conjunto dos reais, são dados por:
produziu uma questão ainda sem resposta: Qual é o
limite do corpo humano? O maratonista original, o a) m > 10
grego da lenda, morreu de fadiga por ter corrido 42 b) m > 25
quilômetros. O americano Dean Karnazes, cruzando c) m > 30
sozinho as planícies da Califórnia, conseguiu correr
d) m<5
dez vezes mais em 75 horas.
e) m < 30
Um professor de Educação Física, ao discutir com a
turma o texto sobre a capacidade do maratonista
americano, desenhou na lousa uma pista reta de 60 7. (FGV) Um artesão fabrica pulseiras de prata de um
centímetros, que representaria o percurso referido. único tipo e as vende na feira dominical do MASP
por R$ 120,00 a unidade. A esse preço, consegue
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 25 jun. 2011 (adaptado).
vender 400 pulseiras por mês. Empiricamente, o ar-
Se o percurso de Dean Karnazes fosse também em tesão avalia que, para cada redução de R$ 15,00 no
uma pista reta, qual seria a escala entre a pista feita preço da pulseira, venderá 24 pulseiras de prata a
pelo professor e percorrida pelo atleta? mais por mês. Para vender 452 pulseiras, é neces-
a) 1:700 sário que o preço por unidade seja:
b) 1:7.000 a) R$ 101,50
c) 1:70.000 b) R$ 87,50
d) 1:700.000 c) R$ 90,60
e) 1:7.000.000 d) R$ 80,00
e) R$ 102,50
Se EP = 1, então a é:
2 √2
a)
2 − 1 √2 − 1
2
Qual deve ser o valor do comprimento da haste EF? b)
√3 − 1
a) 1 m √2
b) 2 m c)
2
c) 2,4 m d) 2
2
d) 3 m e)
√2 − 1
e) 2√6 m
17. (Fuvest) Um lateral L faz um lançamento para um
15. (Fuvest) Uma folha de papel ABCD de formato re- atacante A, situado 32 m à sua frente em uma linha
tangular é dobrada em torno do segmento ̅̅̅
EF, de paralela à lateral do campo de futebol. A bola, en-
maneira que o ponto A ocupe a posição G, como tretanto, segue uma trajetória retilínea, mas não
mostra a figura. paralela à lateral e quando passa pela linha de meio
Se AE = 3 e BG = 1, então a medida do segmento do campo está a uma distância de 12 m da linha que
̅̅̅ é igual a:
AF une o lateral ao atacante.
3√5
a)
2
7√5
b)
8
3√5
c)
4
3√5
d)
5
√5
e)
3 Sabendo-se que a linha de meio do campo está à
mesma distância dos dois jogadores, a distância mí-
nima que o atacante terá que percorrer para encon-
trar a trajetória da bola será de:
a) 18,8 m
b) 19,2 m
c) 19,6 m
d) 20 m
e) 20,4 m
Tarefa Mínima
1. A 2. B 3. E 4. A
Tema 3
25. (Fuvest) A figura representa um retângulo ABCD,
com AB = 5 e AD = 3. O ponto E está no segmento
̅̅̅
CD̅ de maneira que CE = 1, e F é o ponto de inter- Tarefa Mínima
̅̅̅̅ com o segmentoBE
seção da diagonal AC ̅̅̅. 1. x = 72 e y = 132
2. 20 metros
Então a área do
3. 204
triângulo BCF vale:
4. a) 13
a) 6/5
b) 15
b) 5/4
c) 8
c) 4/3
d) 6
d) 7/5
5. 2√2 cm
e) 3/2
Tarefa Complementar
1. E 2. C 3. A 4. 4 dm
Tarefa Mínima
1. 72 cm2
2. D
3. 39 cm2
4. E
5. B
Tarefa Complementar
1. C
2. B
3. C
4. B
Exercícios Extras
CONCEITOS
• Espaço: Valor numérico que indica a posição de um corpo em uma trajetória orientada.
• Deslocamento escalar: Valor numérico que indica a mudança de posição que um corpo realizou.
• Velocidade escalar média: Grandeza que indica a rapidez que um corpo muda de posição.
• Velocidade escalar instantânea: Velocidade média em um intervalo de tempo muito pequeno (instante).
• Aceleração escalar média: Grandeza que indica a rapidez que um corpo muda de velocidade escalar instantânea.
• Aceleração escalar instantânea: Aceleração média em um intervalo de tempo muito pequeno (instante).
RESUMO
• a = ∆V/∆T
∆S Área da figura
ou
∆Y
= Constante ≠ 0
∆X
ou
∆S
s = espaço
= Constante ≠ 0 MU v = velocidade
∆t
a = aceleração
corpo em repouso
corpo em MU
Calcule:
a) o módulo das velocidades escalares médias de
A e de B, em m/s, durante os 120 s.
a) de 0 a T1
b) de T1 a T2
c) de T2 a T3
d) de T3 a T4
e) de T4 a T5
68 ∣ Física ∣ Setor 1251 ANGLOVINCI VESTIBULARES
9. (Fuvest) Um carro se desloca numa trajetória retilí-
nea e sua velocidade em função do tempo, a partir LEITURA
do instante t = 10 s, está representada no gráfico.
1. A MECÂNICA E A CINEMÁTICA
A Mecânica estuda os movimentos. A Cinemática é
a parte da Mecânica que descreve os movimentos
sem apresentar suas causas.
Todas as unidades de grandezas utilizadas no es-
tudo da Cinemática podem ser expressas em função
de unidades que expressam duas grandezas funda-
mentais: comprimento e tempo. No Sistema Inter-
nacional de Unidades (SI) estas unidades são o me-
tro (m) e o segundo (s).
2. PONTO MATERIAL
Se o carro partiu do repouso e manteve uma acele- É todo corpo cujas dimensões não interferem no es-
ração constante até t = 15 s, a distância percorrida, tudo de seu movimento.
desde sua partida até atingir a velocidade de 6 m/s,
vale: Atenção: despreza-se somente as dimensões do
corpo, sem desprezar-se sua massa.
a) 12,5 m
b) 18,0 m Exemplos:
c) 24,5 m a) A Terra, em seu movimento de translação ao re-
dor do Sol.
d) 38,0 m
b) Um corpo que se movimenta de maneira tal,
e) 84,5 m
que um segmento qualquer pertencente ao
corpo, mantém sempre a mesma direção, como
10. (ITA) Um motorista pretende realizar uma viagem é o caso de um trem em movimento retilíneo:
de 20 km com velocidade média de 80 km/h. A pri- pode-se estudar o seu movimento, analisando
meira metade do percurso foi realizada a 20 km/h. o movimento de um ponto qualquer perten-
Qual a velocidade média na segunda metade para cente a ele.
que ele realize seu objetivo.
6. DESLOCAMENTO ESCALAR
Observe a figura abaixo que indica o caminho tra-
çado entre São Paulo e Rio de Janeiro, cidades cuja
distância é de aproximadamente 430 km pela Rodo-
via Presidente Dutra:
5. ESPAÇO
Sobre a trajetória de um móvel, previamente conhe-
cida, pode-se associar uma orientação positiva e a
cada um de seus pontos um número real. A um desses Um automóvel, que se dirige de São Paulo ao Rio,
pontos é arbitrariamente associado o “zero” (origem). passa pela cidade de Queluz às 10 h e por Piraí às
Aos outros pontos associam-se números positivos 12 h.
crescentes a partir da origem, no sentido da orienta- Entre essas duas localidades, houve uma variação
ção escolhida e números negativos decrescentes no de espaço de 100 km [(330-230) km]. Matematica-
sentido contrário da orientação escolhida. mente, chamamos esta variação deslocamento es-
Em cada instante, durante o movimento, o corpo calar:
ocupa uma posição diferente. O número associado a
∆s = s – s0
esta posição, acompanhado da unidade da medida,
denomina-se espaço (s) do móvel. onde: s = espaço final e s0 = espaço inicial
Cuidado: a função S(t) não representa a equação da Num intervalo de tempo:
trajetória. Para um movimento bidimensional (duas
dimensões), por exemplo, a equação da trajetória se- ∆t = t – t0
ria dada pela função Y(x). Para um movimento tridi- Graficamente, temos:
mensional teríamos uma função do tipo Z(y,x). Por
exemplo: Uma partícula que executa um MCU (Movi-
mento Circular Uniforme) teria uma função do espaço
S(t) linear (espaço varia de forma constante), já a fun-
ção da trajetória desta partícula seria uma equação do
tipo (x − a)2 + (y − b)2 = r2 (trata-se da equação re-
duzida de uma circunferência, com (a;b) sendo as co-
ordenadas do centro e r é o raio da trajetória).
70 ∣ Física ∣ Setor 1251 ANGLOVINCI VESTIBULARES
Obs.: O deslocamento escalar não pode ser confun- 8. VELOCIDADE ESCALAR INSTANTÂNEA
dido com distância percorrida. É apenas um indica- Muitas vezes é necessário calcular a rapidez com
tivo global do movimento de um ponto material en- que a posição de um ponto material está mudando
tre dois instantes. em um determinado instante t. Para isto calcula-se
a velocidade escalar média entre os instantes t1 e t2,
Cuidado: quando o deslocamento de um corpo for em que t2 é um instante muito próximo de t1. Esta
zero não podemos afirmar que o corpo permane- velocidade média dá uma informação tanto mais
ceu em repouso, pois o mesmo pode ter avançado precisa a respeito de como muda a posição com o
e retrocedido a mesma distância tempo no instante t1, quanto mais próximo t2 está
de t1.
7. VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA Matematicamente:
Se considerarmos o deslocamento escalar de um ∆s
automóvel, ∆s = 100 km e o seu correspondente in- v = lim
∆t
tervalo de tempo ∆t = 2 h, teremos que o desloca- ∆t → 0
mento escalar (100 km) dividido pelo intervalo de
tempo (2 h) caracteriza a velocidade escalar média
do automóvel: 9. ACELERAÇÃO ESCALAR MÉDIA
Um movimento pode ser classificado observando
100 km
vm = = 50 km/h sua velocidade escalar: Se ela é constante, o movi-
2h mento é uniforme. Se varia, o movimento é variado.
Um caminhão que efetuasse o mesmo desloca- Um movimento variado pode apresentar num dado
mento escalar em 4 h, teria a velocidade escalar intervalo de tempo, um aumento ou uma diminui-
média de: ção da velocidade, que podem ocorrer com maior
ou menor rapidez. A aceleração escalar média nos
100 km
v´m = = 25 km/h indica se houve variação da velocidade escalar e
4h mede a rapidez desta variação (variação da veloci-
Fazendo uma generalização, podemos dizer que dade instantânea em função do tempo).
para qualquer móvel, a velocidade escalar média é
dada pela relação:
s − s0 ∆s
vm = =
t − t0 ∆t
∆v = v – v0
∆t = t – t0
∆v
am =
∆t
m/s m
Unidade: SI → =
Obs.: s s2
1) No Sistema Internacional, a unidade de veloci-
dade é m/s (metro por segundo).
2) A Velocidade média não nos fornece nenhuma
informação sobre o movimento da partícula ou
corpo num determinado instante, por exemplo
se dizemos que um corpo parte de São Paulo,
às 10 h, e se desloca até 200 km, às 12 h. Não
podemos afirmar que as 11 h sua velocidade é
de 100 km/h (valor da velocidade média), pois
o mesmo pode estar por exemplo parado neste
instante. A velocidade que nos fornece infor-
mação sobre o movimento acaba instante é de-
nominada velocidade instantânea.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Física ∣ Setor 1251 ∣ 71
4. (PUCSP) Os gráficos na figura representam as posi-
TAREFA MÍNIMA ções de dois veículos, A e B, deslocando-se sobre
uma estrada retilínea, em função do tempo.
1. (Fuvest) Um automóvel e um ônibus trafegam em
uma estrada plana, mantendo velocidades constan-
tes em torno de 100 km/h e 75 km/h, respectiva-
mente. Os dois veículos passam lado a lado em um
posto de pedágio. Quarenta minutos (2/3 de hora)
depois, nessa mesma estrada, o motorista do ôni-
bus vê o automóvel ultrapassá-lo. Ele supõe, então,
que o automóvel deve ter realizado, nesse período,
uma parada com duração aproximada de:
a) 4 minutos A partir desses gráficos, é possível concluir que, no
b) 7 minutos intervalo de 0 a t,
c) 10 minutos a) a velocidade do veículo A é maior que a do veí-
d) 15 minutos culo B.
e) 25 minutos b) a aceleração do veículo A é maior que a do veí-
culo B.
c) o veículo A está se deslocando à frente do veí-
2. (UFC) Um motorista realizou uma viagem com velo-
culo B.
cidade média de 32 km/h. Os primeiros 100 km fo-
ram percorridos com velocidade média de 50 km/h d) os veículos A e B estão se deslocando um ao
e o restante com velocidade média de 20 km/h. lado do outro.
Qual o intervalo de tempo da viagem toda? e) a distância percorrida pelo veículo A é maior
que a percorrida pelo veículo B.
3. (Enem) Uma empresa de transportes precisa efe-
tuar a entrega de uma encomenda o mais breve 5. (UFSCAR) Um terremoto normalmente dá origem a
possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o dois tipos de ondas, s e p, que se propagam pelo
trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela solo com velocidades distintas. No gráfico a seguir
verifica que o trajeto apresenta dois trechos de dis- está representada a variação no tempo da distância
tâncias diferentes e velocidades máximas permiti- percorrida por cada uma das ondas a partir do epi-
das diferentes. No primeiro trecho, a velocidade centro do terremoto.
máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser
percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo
comprimento vale 60 km, a velocidade máxima per-
mitida é 120 km/h. Supondo que as condições de
trânsito sejam favoráveis para que o veículo da em-
presa ande continuamente na velocidade máxima
permitida, qual será o tempo necessário, em horas,
para a realização da entrega?
a) 1,5
b) 1,4 a) Qual a razão entre as velocidades da onda mais
c) 0,7 rápida e a mais lenta?
d) 2,0 b) Com quantos minutos de diferença essas ondas
e) 3,0 atingirão uma cidade situada a 1500 km de dis-
tância do ponto 0?
7. (UFPR) Uma formiga movimenta-se sobre um fio de 9. (UFU) O gráfico ilustra a distância S em função do
linha. Sua posição (S) varia com o tempo, conforme tempo T que um som produzido por uma pessoa
mostra o gráfico. atinge um obstáculo e, após a reflexão, retorna ao
local onde a pessoa se encontra. A distância do obs-
táculo à pessoa e o valor da velocidade de propaga-
ção do som vale respectivamente:
4. (UFMG-Adaptado) O gráfico abaixo mostra a acele- 8. (Unicamp) A figura abaixo mostra o esquema sim-
ração em função do tempo de uma composição do plificado de um dispositivo colocado em uma rua
metrô que parte do repouso no instante zero, de para controle de velocidade de automóveis (dispo-
certa estação e 50 s depois atinge a próxima esta- sitivo popularmente chamado de radar).
ção, novamente parando. A trajetória é sempre ho-
rizontal e retilínea.
b) e)
10. (Fuvest) Um carro viaja com velocidade de 90 km/h
(ou seja, 25 m/s) num trecho retilíneo de uma rodo-
via quando, subitamente, o motorista vê um animal
parado na sua pista. Entre o instante que o moto-
rista avista o animal e aquele em que começa a
frear, o carro percorre 15 m. Se o motorista frear o
carro à taxa constante de 5 m/s², mantendo-se em c)
sua trajetória retilínea, ele só evitará atingir o ani-
mal, que permanece imóvel durante todo o tempo,
se o tiver percebido a uma distância de, no mínimo,
a) 15 m d) 77,5 m
b) 31,25 m e) 125 m
c) 52,5 m
15. (Unesp) O gráfico na figura mostra a posição x de 17. (UFF) Manteve-se a velocidade de 60km/h em 40%
um objeto, em movimento sobre uma trajetória re- do tempo de um percurso. No restante do tempo, o
tilínea, em função do tempo t. corpo esteve ora parado, ora em movimento, com
uma velocidade de 100 km/h. Sabe-se que a veloci-
dade média total do percurso foi 40 km/h. O per-
centual do tempo total em que o corpo esteve pa-
rado foi:
a) 16 b) 20 c) 44 d) 21 e) 12
⃗⃗⃗v
⃗⃗⃗
ac
∆φ
∆S ∆S
∆φ =
∆φ R
CARACTERÍSTICAS DO MCU
I) A intensidade da velocidade é constante e não nula.
Em símbolos: V = constante ≠ 0
II) A direção e o sentido do vetor velocidade são vari-
áveis no tempo.
Em símbolos:
⃗⃗⃗v é variável
DEFINIÇÕES
a) 1,62 x 10−6
b) 1,8 x 106
c) 64,8 x 108
d) 1,08 x 108
Considere π ≈ 3
ANGLOVINCI VESTIBULARES Física ∣ Setor 1251 ∣ 83
4. (UPF) Recentemente, foi instalada, em Passo
Fundo, uma ciclovia para que a população possa an- LEITURA
dar de bicicleta. Imagine que, em um final de se-
mana, pai e filho resolveram dar uma volta, cada
um com sua respectiva bicicleta, andando lado a 1. MOVIMENTO CIRCULAR E UNIFORME
lado, com a mesma velocidade. Admitindo-se que o Os primeiros estudos sobre modelo de compreen-
diâmetro das rodas da bicicleta do pai é o dobro do são do cosmos foram realizados por Pitágoras (571
diâmetro das rodas da bicicleta do filho, pode-se a.C. – 496 a.C.), na antiga Grécia. Embora muitos
afirmar que as rodas da bicicleta do pai, em relação historiadores afirmem que Pitágoras absorveu e re-
às da bicicleta do filho giram com: elaborou tudo que apreendeu em suas viagens pela
a) o dobro da frequência e da velocidade angular. Babilônia, Egito, Síria, Pérsia, Fenícia e Índia, é a ele
que devemos os primeiros registros de como funci-
b) a metade da frequência e da velocidade angu- ona o universo.
lar.
Segundo Pitágoras, a natureza era regida por núme-
c) a metade da frequência e a mesma velocidade ros inteiros e figuras geométricas perfeitas. Essas fi-
angular. guras representariam a perfeição divina. Para Pitá-
d) a mesma frequência e a metade da velocidade goras os corpos celestes realizavam movimentos
angular. circulares e uniformes, pois o círculo é a figura per-
e) a mesma frequência e o dobro da velocidade feita e o movimento uniforme mostra a regulari-
angular. dade e a constante presença divina nos céus. Esse
conceito recebeu o nome de “divindade do círculo”
e acompanhou a astronomia por aproximadamente
5. Em um antigo projetor de cinema, o filme a ser pro-
2000 anos. Conforme estudaremos nas próximas
jetado deixa o carretel F, seguindo um caminho que
aulas, somente no século XVI, o físico Johannes Ke-
o leva ao carretel R, onde será rebobinado. Os car-
pler mudou esse conceito.
retéis são idênticos e se diferenciam apenas pelas
funções que realizam. Hoje o movimento circular e uniforme está pre-
sente em muitas situações do dia a dia, como em
Pouco depois do início da projeção, os carretéis
engrenagens, caixas de câmbio, satélites, etc.
apresentam-se como mostrado na figura, na qual
observamos o sentido de rotação que o aparelho Vamos estudar os principais conceitos do movi-
imprime ao carretel R. mento circular e uniforme (MCU).
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Já estudamos nas aulas anteriores que, nesse tipo
de movimento, a velocidade escalar é constante e
diferente de zero, mas a velocidade vetorial muda
ponto a ponto de direção. Esse é o motivo pelo qual
um corpo, em MCU, possui aceleração centrípeta.
a) 9 m/s
b) 15 m/s
c) 18 m/s
d) 60 m/s
Considere π ≈ 3
a) 2s b) 3s c) 4s d) 5s e) 6s
5. (PUCCAMP) Na última fila de poltronas de um ôni- 8. (ITA) Um avião voa numa altitude e velocidade de
bus, dois passageiros estão distando 2 m entre si. módulos constantes, numa trajetória circular de
Se o ônibus faz uma curva fechada, de raio 40 m, raio R, cujo centro coincide com o pico de uma mon-
com velocidade de 36 km/h, a diferença das veloci- tanha onde está instalado um canhão. A velocidade
dades dos passageiros é, aproximadamente, em tangencial do avião é de 200 m/s e a componente
m/s, horizontal da velocidade da bala do canhão é de
a) 0,1 b) 0,2 c) 0,5 d) 1,0 e) 1,5 800 m/s. Desprezando-se efeitos de atrito e movi-
mento da Terra e admitindo que o canhão está di-
6. (UNITAU) Uma esfera oca feita de papel tem diâme- recionado de forma a compensar o efeito da atra-
tro igual a 0,50 m e gira com determinada frequên- ção gravitacional, para atingir o avião, no instante
cia f0, conforme figura adiante. Um projétil é dispa- do disparo o canhão deverá estar apontado para
rado numa direção que passa pelo equador da es- um ponto à frente do mesmo situado a:
fera, com velocidade v = 500 m/s. Observa-se que, a) 4,0 rad
devido à frequência de rotação da esfera, a bala sai b) 4,0π rad
pelo mesmo orifício feito pelo projétil quando pe- c) 0,25R rad
netra na esfera. A frequência f0 da esfera é:
d) 0,25π rad
a) 200 Hz
e) 0,25 rad
b) 300 Hz
c) 400 Hz
d) 500 Hz
e) 600 Hz
a) wA > wB e TA = TB
b) wA < wB e TA < TB
c) wA = wB e TA = TB
d) wA > wB e TA > TB
e) wA = wB e TA > TB
a) varia de 0,32 a 0,80 rps.
b) varia de 0,96 a 2,40 rps. 12. (UECE) A figura mostra um disco que gira em torno
c) varia de 1,92 a 4,80 rps. do centro O. A velocidade do ponto X é 50 cm/s e a
d) permanece igual a 1,92 rps. do ponto Y é de 10 cm/s.
e) varia de 11,5 a 28,8 rps. A distância XY vale 20 cm. Pode-se afirmar que o va-
lor da velocidade angular do disco, em radianos por
segundo, é:
10. (UFPE) Em um determinado instante t0 de uma
competição de corrida, a distância relativa ao longo a) 2,0
da circunferência da pista, entre dois atletas A e B, b) 5,0
é 13 metros. Os atletas correm com velocidades di- c) 10,0
ferentes, porém constantes e no mesmo sentido d) 20,0
(anti-horário), em uma pista circular. Os dois pas-
sam lado a lado pelo ponto C, diametralmente
oposto à posição de B no instante t0, exatamente 20
segundos depois. Qual a diferença de velocidade
entre eles, medida em cm/s?
Determine, em função de g, m, r e R:
a) a velocidade angular ω do motor elétrico.
b) a força elástica Felástica do fio extensível.
CONCEITOS
ANOTAÇÕES
b)
c)
d)
e)
1. GRANDEZAS ESCALARES
São aquelas grandezas que ficam perfeitamente de-
terminadas a partir de um número real mais uma
unidade de medida. Essa junção do número mais a
unidade de medida é denominada intensidade da
grandeza escalar. Observe que não há restrições
quanto ao sinal desse número, podendo ser posi-
tivo ou negativo.
Como exemplo, pense nessa frase: “Olha lá o Pedro
transportando um garrafão com 5 litros de água!”
Essa mensagem já está bem entendida com o nú-
mero mais a unidade de medida. Nesse caso a gran-
deza escalar envolvida é o volume.
Sentido para
Direção
direita
horizontal É possível classificar os movimentos segundo dois
critérios.
I) Quanto à trajetória
Sentido para • Retilíneo
esquerda
• Curvilíneo
Para representar as grandezas vetoriais, necessita- II) Quanto ao módulo da velocidade
mos o auxílio de uma representação geométrica de- • Se ∣V∣ é constante movimento uniforme
nominada vetor. • Se ∣V∣é crescente movimento acelerado
• Se ∣V∣ é decrescente movimento retar-
dado
• Aceleração tangencial
1. Para uma partícula com aceleração 3 m/s2 em uma 1. (CESGRANRIO) Um móvel se desloca, com veloci-
trajetória curva de raio R = 24 m, que no instante dade constante, numa trajetória plana e curvilínea
t = 0 possui velocidade igual a 6 m/s, determine a de raio R. O gráfico que melhor representa a relação
aceleração centrípeta para o tempo t = 2 s. entre o módulo da resultante F das forças que agem
a) 12 m/s2 sobre o corpo e o raio da trajetória é:
b) 5 m/s2
c) 9 m/s2
d) 3 m/s2
e) 6 m/s2
Série Desafio
1. X 2. E 3. X 4. D 5. X
Tema 3
Exercícios Complementares
1. B
2. C
3. B
4. B
5. D
6. 5 m/s2
7. 4 m/s
Tarefa Mínima
1. E
2. R = 0,5 m
3. C
4. w = 0,3 rad/s
5. a) f = 0,1 Hz T = 10s
b) w = 0,2 π rad/s ou substituindo π por 3, temos:
w = 0,6 rad/s
c) v = 3,0 cm/s
d) ac = 1,8 cm/s2.
Tarefa Complementar
1. C
2. D
3. B
4. B
5. B
6. B
7. E
8. B
106 ∣ Física ∣ Setor 1251 ANGLOVINCI VESTIBULARES
QUÍMICA
1 ESTADOS FÍSICOS E MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
CONCEITOS
ESTADOS FÍSICOS
A matéria pode se apresentar em 3 estados físicos.
Sólido → Estrutura organizada e compacta com forma
e volume próprio.
Líquido → Estrutura desorganizada e compacta com vo-
lume próprio e forma variada, podendo se adequar a
forma do recipiente no qual está contido.
Gasoso → Estrutura desorganizada com partículas
muito distante uma das outras não apresentado forma
e nem volume próprio, podendo se adequar a forma do
recipiente no qual está contido e apresenta uma alta
taxa de compressão.
*Naftalina (C10H8), Gelo-seco (CO2) e Iodo (I2) são exemplos de substâncias que sublimam a pressão ambiente.
A vaporização, pode ocorrer de 3 formas diferentes:
Ebulição → Requer energia adicional, ou seja, é um processo induzido. A transformação ocorre com aparecimento
de bolhas.
Exemplo: Água sob fervura.
Evaporação → É um processo espontâneo. A transformação ocorre na superfície do líquido.
Exemplo: Evaporação de uma poça d'água.
Calefação → É um processo muito rápido. A transformação é instantânea.
Exemplo: Jogar gotas d'água em uma superfície ultra-aquecida.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Química ∣ Setor 1351 ∣ 107
CICLO DA ÁGUA
O ciclo da água é a circulação constante de água sobre o planeta.
ANOTAÇÕES
b) Cite pelo menos um desses processos (de 1 a 6) a) Que mudanças de estado ocorrem com a água,
que, apesar de ser de pequena intensidade, dentro do "aparelho"?
ocorre no sul do Brasil. Qual o nome da mu-
dança de estado físico envolvida nesse pro-
cesso?
Com base no texto, selecione na tabela a seguir o metal que é empregado em cada um dos tipos de lâmpada.
Justifique cada escolha com base em uma ou mais propriedades citadas no texto.
CONCEITOS
ALÓTROPOS DO CARBONO
http://quimica-dicas.blogspot.com/2010/05/alotropia.html
Mistura
Quartzo
3 componentes
Granito Feldspato
três fases
Mistura: Durante as mudanças de estado físico as tem- Mica
peraturas variam.
Açúcar
2 componentes
+
duas fases
Sal
Ouro } 75%
Ouro 18 3 componentes
Prata
quilates 25% uma fase
Mistura Eutética: Apresenta temperatura de fusão Cobre
constante.
Exemplo: Solda comum (chumbo + estanho) • Mistura entre líquidos: Não há uma regra estabele-
cida.
2 componentes
uma fase
1 componente
duas fases
a) I.
b) e)
b) II, III, IV.
c) IV.
d) II e III.
e) Todas as alternativas estão corretas.
6. (UFRJ)
a) Indique quantos elementos diferentes e quan-
tas substâncias simples diferentes existem nos
balões.
b) Classifique o tipo de sistema de cada balão
quanto à homogeneidade.
ÍONS
CONCEITOS Íons são cargas, e são formados quando o número de
prótons é diferente do número de elétrons.
MODELO ATÔMICO CLÁSSICO
Exemplos:
Próton 1 1+ A = 27 A = 16
27 3+ P = 13 16 2− P = 8
Nêutron 1 Zero 13Al {
n = 14 8O {
n=8
Elétron 1/1836 ≈ Zero 1− e = 10 e = 10
Representação: Exemplos:
1 2 3 35 37
1H 1H 1H 17Cl 17Cl
=A
Isóbaros { ≠ P
≠n
Exemplos:
40 40
20Ca 19K
O átomo é eletricamente neutro → P = e
=n
Exemplos: Isótonos {≠ A
A = 56 A = 35 ≠P
56 P = 26 35 P = 17
26Fe {n = 30 17Cl {n = 18 Exemplos:
e = 26 e = 17
- 31H - 42He
2 2
A sequência correta de preenchimento dos parên- 7. (UFF) Alguns estudantes de Química, avaliando seus
teses, de cima para baixo, é: conhecimentos relativos a conceitos básicos para o
a) 2 − 1 − 4 − 5 estudo do átomo, analisam as seguintes afirmati-
vas:
b) 3 − 2 − 4 − 1
I. Átomos isótopos são aqueles que possuem
c) 3 − 5 − 1 − 2
mesmo número atômico e números de massa
d) 4 − 1 − 3 − 5 diferentes.
e) 4 − 3 − 2 − 1 II. O número atômico de um elemento corres-
ponde à soma do número de prótons com o de
nêutrons.
III. O número de massa de um átomo, em particu-
lar, é a soma do número de prótons com o de
elétrons.
IV. Átomos isóbaros são aqueles que possuem nú-
meros atômicos diferentes e mesmo número
5. (Unesp) Com a frase "Grupo concebe átomo 'mági- de massa.
co' de silício", a edição de 18.06.2005 da "Folha de V. Átomos isótonos são aqueles que apresentam
S. Paulo" chama a atenção para a notícia da produ- números atômicos diferentes, números de
ção de átomos estáveis de silício com duas vezes massa diferentes e mesmo número de nêu-
mais nêutrons do que prótons, por cientistas da trons.
Universidade Estadual da Flórida, nos Estados Uni-
dos da América. Na natureza, os átomos estáveis Esses estudantes concluem, corretamente, que as
deste elemento químico são: 14Si28 14Si29 e 14Si30. afirmativas verdadeiras são as indicadas por:
Quantos nêutrons há em cada átomo "mágico" de a) I, III e V
silício produzido pelos cientistas da Flórida?
b) I, IV e V
a) 14
c) II e III
b) 16
d) II, III e V
c) 28
e) II e V
d) 30
e) 44
Espécie Z Nêutrons
K 19 22
K+ 19 22
Ca2+ 20 22
S2− 16 18
I II III IV
Símbolo Ca2+ Cℓ–
Prótons 20 53 16 17
Nêutrons 20 74 16
Elétrons 53 16 18
Sobre essa representação, afirma-se, correta- Carga +2 0 0 −1
mente, que:
a) possui um núcleo neutro. a) 20, I, S, 17
b) apresenta carga total negativa. b) 18, I, S, 18
c) representa a estrutura de um cátion. c) 20, I–, O2–, 17
d) contém partículas positivas na eletrosfera. d) 22, I, O, 18
e) 18, I–, S2–, 18
132 ∣ Química ∣ Setor 1351 ANGLOVINCI VESTIBULARES
10. (UFRGS) Entre as espécies químicas a seguir, assi- 14. (UFSM) O elemento presente na crosta terrestre
nale aquela em que o número de elétrons é igual ao em maior percentagem é o oxigênio (em torno de
número de nêutrons. 46% em massa). Sabendo que esse elemento é
a) 2
H+ composto de três isótopos 8O16, 8O17 e 8O18, analise
13 as afirmativas:
b) C
I. O número de prótons de cada oxigênio é 8, 9 e
c) 16
O–2
10, respectivamente.
21
d) Ne
II. Os números 16, 17 e 18 correspondem à massa
e) 35
Cℓ– de cada isótopo, respectivamente.
III. O número de nêutrons de cada oxigênio é igual
11. (UFC) Na tentativa de montar o intrincado quebra- a 8.
cabeça da evolução humana, pesquisadores têm
utilizado relações que envolvem elementos de Está(ão) correta(s):
mesmo número atômico e diferentes números de a) apenas I.
massa para fazer a datação de fósseis originados em b) apenas II.
sítios arqueológicos. Quanto a estes elementos, é c) apenas III.
correto afirmar que são:
d) apenas I e II.
a) isóbaros
e) apenas I e III.
b) isótonos
c) isótopos
15. (MACKENZIE) A molécula D2O, chamada de água pe-
d) alótropos sada, é formada por átomos de hidrogênio, que
e) isômeros possuem 1 próton, 1 elétron e 1 nêutron, e de oxi-
gênio, que tem 8 prótons, 8 elétrons e 8 nêutrons.
12. (PUCRS) Um cátion de carga 3+ possui 10 elétrons e A soma dos números de massa na molécula D2O é:
14 nêutrons. O átomo que o originou apresenta nú- a) 9
mero atômico e de massa, respectivamente, b) 10
a) 3 e 14 c) 20
b) 7 e 24 d) 27
c) 10 e 14 e) 30
d) 13 e 27
e) 14 e 28 16. (UFSM) Analise as seguintes afirmativas:
I. Isótopos são átomos de um mesmo elemento
13. (Unesp) O elemento químico B possui 20 nêutrons, que possuem mesmo número atômico e dife-
é isótopo do elemento químico A, que possui 18 rente número de massa.
prótons, e isóbaro do elemento químico C, que tem II. O número atômico de um elemento corres-
16 nêutrons. Com base nessas informações, pode- ponde ao número de prótons no núcleo de um
se afirmar que os elementos químicos A, B e C apre- átomo.
sentam, respectivamente, números atômicos iguais III. O número de massa corresponde à soma do nú-
a: mero de prótons e do número de elétrons de
a) 16, 16 e 20 um elemento.
b) 16, 18 e 20
Está(ão) correta(s)
c) 16, 20 e 21
a) apenas I.
d) 18, 16 e 22
b) apenas II.
e) 18, 18 e 22
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
• Subníveis de energia
CONCEITOS
Subníveis Número máximo de elétrons
POSTULADO DE BOHR s 2
• Um elétron em um átomo se move em órbita circu- p 6
lar ao redor do núcleo. d 10
• Um elétron se move apenas em uma camada, man- f 14
tendo sua energia.
• Diagrama de Linus Pauling
• Um elétron ao receber energia, pode passar para
um nível posterior. Ao retornar para camada de ori-
gem libera essa energia na forma de uma onda ele-
tromagnética.
ELETROSFERA
Exemplos:
+ –
1H → 1p = 1e
Camadas K L M N O P Q
Níveis 1 2 3 4 5 6 7
OUTROS ÁCIDOS
CONCEITOS
ÁCIDOS
• Apresentam sabor azedo
• Fenolftaleína = Incolor
H2O
HxA xH+ + Ax− (Ionização)
BASES
Exemplos:
• Apresentam sabor adstringente (“amarram a
HCℓ H+ + Cℓ−
Hidrácidos boca”)
H2S 2H+ + S2−
• Fenolftaleína = Vermelho (róseo)
H2SO4 2H+ + SO42−
Oxiácidos H2O
H3PO4 3H+ + PO43− C(OH)x Cx+ + xOH− (Dissociação Iônica)
HIDRÁCIDOS Exemplos:
Nomenclatura: terminação ídrico. NaOH Na+ + OH− Metais com
HCl → Ácido clorídrico (suco gástrico) 2+ − carga fixa
Ca(OH)2 Ca + 2OH
HF → Ácido fluorídrico (corrói vidros)
Fe(OH)2 Fe2+ + 2OH− Metais com
HCN → Ácido cianídrico (câmara de gás)
H2S → Ácido sulfídrico (cheiro de ovo podre) Fe(OH)3 Fe3+ + 3OH− carga variável
HBr → Ácido bromídrico
HI → Ácido iodídrico METAIS COM CARGA FIXA
(IA, IIA, Al3+, Zn2+ e Ag+)
OXIÁCIDOS
Nomenclatura: Hidróxido de nome do elemento
Nomenclatura: terminação ico.
NaOH → Hidróxido de sódio (soda cáustica)
H2SO4 → Ácido sulfúrico
• Produção de sabão
• Presente na água de baterias de automóveis;
• Forte desidratante; Mg(OH)2 → Hidróxido de magnésio (leite de magnésia)
• Presente na chuva ácida. • Antiácido
H3PO4 → Ácido fosfórico • Laxante
• Conservante (acidulante). Ca(OH)2 → Hidróxido de cálcio (cal hidratada)
HNO3 → Ácido nítrico • Pintura (caiação)
• Usado na produção de explosivos;
Al(OH)3 → Hidróxido de alumínio
• Presente na chuva ácida.
• Antiácido
H2CO3 → Ácido carbônico
• Presente nas bebidas gaseificadas;
• Presente na chuva ácida natural.
<H2CO3> = CO2 + H2O
HClO3 → Ácido clórico
CASO PARTICULAR
NH4OH → Hidróxido de amônio (amoníaco)
• Produtos de limpeza doméstica (tipo Ajax)
Produção:
NH3(g) + H2O(l) = < NH4OH(aq)> = NH4+(aq) + OH−(aq)
ANOTAÇÕES
b) Ácido Fluorídrico →
c) Ácido Sulfúrico →
d) Ácido Fosforoso →
e) Ácido Carbônico →
f) Ácido Hipocloroso →
b) H2S →
c) H3PO4 →
d) H2SO3 →
e) HNO3 →
f) HCℓO4 →
CONCEITOS ANOTAÇÕES
NEUTRALIZAÇÃO TOTAL
ÁCIDO + BASE → SAL + ÁGUA
H+(aq) + OH−(aq) → H2O(l) (Neutralização)
Na+(aq) + Cl−(aq) → NaCl (s) (salificação)
Forma simplificada: HCl + NaOH → NaCl + H2O
Nomenclatura dos ânions:
Sufixo (ácido) Sufixo (ânion)
ídrico eto
ico ato
oso ito
Exemplos:
H2SO4 + 2NaOH → Na2SO4 + 2H2O
Ác. Sulfúrico Sulfato de sódio
1. Complete as reações entre ácidos e bases com seus 1. (PUCRS) No mar existem vários sais dissolvidos, tais
respectivos balanceamentos: como CLORETO DE SÓDIO, CLORETO DE MAGNÉ-
a) HCℓ + KOH → SIO, SULFATO DE MAGNÉSIO e outros. Também se
encontram sais pouco solúveis na água, como o
CARBONATO DE CÁLCIO, que forma os corais e as
conchas. As fórmulas químicas das substâncias des-
b) HNO3 + Mg(OH)2 → tacadas estão reunidas, respectivamente, em:
a) NaCℓ, MgCℓ2, MgS e CaCO3
b) NaCℓ2, MgCℓ2, MgSO4 e Ca2C
c) HNO2 + Al(OH)3 → c) NaCℓ2, MgCℓ, Mg2SO4 e Ca(CO3)2
d) NaCℓ, MgCℓ2, MgSO4 e CaCO3
e) NaCℓ, Mg2Cℓ, MgS e Ca2CO3
d) H3PO4 + Ba(OH)2 →
2. (PUCMG) Qual das reações a seguir não é uma rea-
ção de neutralização?
2. Dê os nomes aos seguintes sais: a) KOH(aq) + HCℓ(aq) → KCℓ(aq) + H2O(ℓ)
a) NaCℓ → b) NH3(g) + HCℓ(g) → NH4Cℓ(s)
c) Ca(OH)2(aq) 2 + 2 HF(aq) → CaF2(aq) + 2
H2O(ℓ)
b) K2SO4 →
d) CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(g)
c) Na2SO3 →
3. (UFPR) A nomenclatura de um sal inorgânico pode
ser derivada formalmente da reação entre um ácido
d) NaClO → e uma base. Assinale a coluna 2 (que contém as fór-
mulas dos sais produzidos) de acordo com sua cor-
e) CaCO3 → respondência com a coluna 1 (que contém os pares
ácido e base).
______________________________________ Coluna 2
c) Escreva a equação balanceada da reação repre- ( ) NaNO3
sentada no item a: ( ) Fe(NO3)3
( ) Fe(NO2)3
______________________________________
( ) Fe(NO3)2
( ) NaNO2
4. (FGV) A reação: x Ca(OH)2 + yH2SO4 → zA + wB,
depois de corretamente balanceada, resulta para a Assinale a alternativa que apresenta a sequência
soma x + y + z + w o número: correta da coluna 2, de cima para baixo.
a) 6 b) 5 c) 4 d) 7 e) 10
⎯⎯
Cl2 + 2NaOH ⎯→ NaClO (A) + NaCl (B) + H2O
⎯
Nem todos os compostos classificados como sais apre- 8. (UFRN) As substâncias puras podem ser classifica-
sentam sabor salgado. Alguns são doces, como os eta- das, por exemplo, de acordo com sua composição e
noatos de chumbo e berílio, e outros são amargos, como sua estrutura. Essas características determinam as
o iodeto de potássio, o sulfato de magnésio e o cloreto diversas funções químicas.
de césio.
As substâncias NaOH, HCℓ e MgCℓ2 são classifica-
das, respectivamente, como:
5. (UERJ) A alternativa que apresenta apenas fórmulas
de sais com gosto amargo é: a) ácido, sal e hidróxido.
a) KI, MgSO4, CsCℓ b) sal, ácido e ácido.
b) K2I, MgSO3, CsCℓ c) sal, sal e hidróxido.
c) KI, MgSO3, CsCℓ2 d) hidróxido, ácido e sal.
d) K2I, MgSO4, CsCℓ2
3. D
4. E
5. Nas lâmpadas incandescentes: O metal é o tungstê-
nio, tem T.F. elevado. Nas lâmpadas fluorescentes:
O metal é o mercúrio, que é líquido em condições
ambientes, pois apresenta baixa T.F.
6. B
Tema 2
Tarefa Mínima
1. C
2. E
3. B
4. A
5. E
6. a) Balão I: 1 elemento e 1 substância simples. Balão
II: 4 elementos e 2 substâncias simples.
b) Balão I e II são sistemas homogêneos.
7. D
8. C
9. A
10. A
11. D
Tema 3 Tema 5
Tarefa Mínima
1. D
2. D
3. A
4. A
5. A
6. B
7. D
8. D
Tarefa Complementar
1. - nitrato de sódio
- ácido sulfúrico
2. B
3. B
4. a) Hipoclorito de sódio e hipoclorito de cálcio
b) NaClO e Ca(ClO)2
c) O cloro gasoso (Cl2)
5. a) Cálcio
b) Um elemento da família IIA
c) x = 2
6. C
7. Clorato de alumínio
ANOTAÇÕES
1. MATÉRIA INORGÂNICA
1.1. ÁGUA
1.2. MINERAIS
Potássio Peixe, carnes, leite, frutas Constituinte celular Desequilíbrio interno do meio celular
Hemoglobina, respira-
Ferro Fígado, feijões, hortaliças Anemia
ção
Sal refinado, moluscos,
Iodo Crescimento Nanismo, deficiência intelectual
peixes, lagostas, ostras
3. VITAMINAS
Carboidratos Mitocôndrias
Energético
Lipídeos Cloroplastos
Proteínas Ribossomos
De Controle
Ácidos Nucléicos Cromatina
INFORMAÇÂO NUTRICIONAL
Porção de 30 g (1 colher de sopa) 1. (UECE 2018) A intolerância à lactose pode causar
Requeijão Requeijão grande desconforto aos seus portadores e provocar
tradicional light quadros de diarreia. Com relação à intolerância à
Valor calórico 90 kcal 55 kcal lactose, é correto afirmar que:
Carboidratos 1,0 g 1,0 g a) o leite de cabra é o alimento indicado para
Proteínas 3,2 g 3,2 g
substituir o leite de vaca.
Gorduras totais 8,2 g 4,2 g
b) se trata de uma alergia desenvolvida pela inges-
Gorduras saturadas 5g 2,8 g
Gorduras trans 0g 0g tão de proteínas presentes nos alimentos que
Sódio 194 mg 160 mg contêm leite de vaca.
c) se desenvolve somente em recém-nascidos e
De acordo com essas informações e conhecimentos perdura pela vida inteira do indivíduo.
sobre o assunto, assinale o que for correto. d) alguns pacientes podem tolerar pequenas
01) Gorduras saturadas são compostas de ésteres quantidades de lactose presentes nos alimen-
de ácidos graxos que apresentam apenas liga-
tos.
ções simples entre os átomos de carbono.
02) O consumo do requeijão tradicional e do light é
altamente recomendável para indivíduos hiper- 2. (FGV 2018) A opção por uma dieta excludente de
tensos, pois ambos não contêm gorduras trans. qualquer produto de origem animal é totalmente
04) Com base em uma dieta diária de 2.000 kcal ao possível, porém, implica em uma reeducação ali-
ingerir uma porção de requeijão tradicional, um mentar cujo objetivo é manter a fisiologia do orga-
indivíduo consome 4,5% do valor calórico total. nismo a mais equilibrada possível, e, assim, evitar a
08) O requeijão light apresenta um valor calórico carência nutricional de:
menor que o requeijão tradicional devido à re- a) vitaminas do complexo B.
dução da quantidade de lipídios.
b) nucleotídeos essenciais.
16) O sódio é encontrado nos alimentos na forma c) colesterois de baixa densidade.
de sódio metálico que, por ser um metal pe-
d) minerais como o ferro e o cálcio.
sado, não pode ser consumido por indivíduos
diabéticos. e) vitaminas A e K.
ANOTAÇÕES
4. (UPF 2017) Analise a figura e assinale a alternativa que indica o que é representado nela.
3. A CÉLULA EUCARIÓTICA
4. TEORIA ENDOSSIMBIÓTICA
A organela celular descrita de forma poética no 2. (UECE 2018) Atente ao que se diz a respeito de ví-
texto é o(a): rus, e assinale com V o que for verdadeiro e com F
a) centríolo o que for falso.
b) lisossomo ( ) Um vírus que se aproxima da célula hospedeira
c) mitocôndria injeta seu material genético e multiplica-se
com a ajuda das organelas da célula infectada
d) complexo golgiense
tem ciclo lisogênico.
e) retículo endoplasmático liso ( ) Todo vírus possui uma cápsula proteica prote-
tora denominada capsídeo que encerra um ge-
noma de DNA ou RNA.
( ) No ciclo lítico, o vírus invade a célula hospe-
deira e agrega seu material genético ao ge-
noma da mesma.
( ) Apesar de poder ser causada por fungos e bac-
térias, a pneumonia também pode ter origem
viral.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) V, V, F, F
b) F, V, F, V
c) F, F, V, V
d) V, F, V, F
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
Com base na charge e nos conhecimentos sobre evolução biológica é correto afirmar:
a) O evento descrito acima se refere ao processo de seleção natural, no qual o indivíduo com maior necessidade
de permanecer no ambiente sobrevive.
b) A charge ilustra a seleção artificial, uma vez que é realizada sob ação antrópica.
c) A necessidade de sobreviver faz com que algumas presas corram e por isso conseguem transmitir essas ca-
racterísticas aos descendentes.
d) A charge indica o evento de seleção natural, proposto por Darwin no século XIX, o qual indica que grupos
mais aptos tendem a ter mais chances de sobrevivência no meio ambiente.
e) O indivíduo que correu mais transmitirá essa condição aos descendentes e a cada geração subsequente será
observada indivíduos mais rápidos.
2. (Mackenzie 2017) O avanço da medicina é respon- 3. (IFSP 2016) Sapos e rãs são anfíbios, apresentam
sável pelo aumento da expectativa de vida de mui- dependência de ambientes terrestres úmidos ou
tas pessoas portadoras de genes que causam doen- aquáticos, apresentam na sua pele as glândulas de
ças graves. muco para conservá-la úmida e favorecer trocas ga-
sosas, além de poder exibir glândulas de veneno
Assim, podemos dizer que a medicina: que eliminam substâncias para combater microrga-
a) vai contra a seleção natural, prejudicando a nismos e afugentar animais predadores. A explica-
permanência da espécie humana. ção para essas características nos anfíbios, forne-
b) vai contra a seleção natural, favorecendo a per- cida pela Teoria da Evolução de Charles Darwin é
manência da espécie humana. apresentada em:
c) vai contra o processo de mutação, prejudi- a) seleção de adaptações positivas devido à ação
cando a permanência da espécie humana. do meio ambiente.
d) tem sido favorável à seleção natural, sendo po- b) lei do uso e desuso.
sitiva para a permanência da espécie humana. c) a existência de pulmão atrofiado devido à res-
e) tem sido favorável à ocorrência da mutação, fa- piração cutânea.
vorecendo a permanência da espécie humana. d) a transmissão de características adquiridas para
os descendentes.
e) a destruição dessas espécies porque estão mal
adaptadas.
Coluna I
1. Lamarkismo 2. Darwinismo
3. Mutacionismo 4. Neodarwinismo
Coluna II
( ) Postula que a evolução prossegue em grandes
saltos por meio de macromutação, uma
grande mudança entre progenitor e prole que
é herdada geneticamente.
( ) ) Postula que devido à seleção natural, formas
mais adaptadas à sobrevivência deixam uma
descendência maior enquanto as menos adap-
tadas terão sua frequência diminuída.
( ) Primeira teoria proposta para explicar a evolu-
ção biológica. Postula que as características C
adquiridas pelo uso intenso ou pelo desuso
Tipo de macho Capacidade da cópula
dos órgãos poderiam ser transmitidas à des-
P 70
cendência.
M 85
( ) Teoria que incorpora as explicações genéticas
G 100
para a origem da diversidade das característi-
Capacidade de cópula de cada tipo de macho (% de
cas nos indivíduos de uma população, assim
como os conhecimentos de sistemática, em- encontros com uma fêmea que resultam em cópula)
briologia, paleontologia e morfologia. Darwin acreditava que diferenças entre animais
A sequência correta, de cima para baixo, é: machos e fêmeas como as mostradas na figura A
surgem durante a evolução como consequência da
a) 2, 1, 4, 3 seleção sexual, um tipo especial de seleção natural.
b) 4, 3, 2, 1 Defina seleção natural. Utilizando os dados forneci-
c) 1, 4, 2, 3 dos acima, explique por que a característica mascu-
d) 3, 2, 1, 4 lina dimórfica do besouro-hércules é uma adapta-
ção, fruto da seleção natural.
FERREIRA, F. A.; CRUZ, R. S.; FIGUEIREDO, A. M. S. Superbactérias: o problema mundial da resistência a antibióticos. Ciência Hoje, n. 287, nov. 2011 (adaptado).
Qual figura representa o comportamento populacional das bactérias ao longo de uma semana de tratamento
com um antibiótico comum?
a) d)
b) e)
c)
8. (Santa Marcelina-Medicina 2016) Lamarck, Darwin e Wallace foram importantes evolucionistas que contribuíram
para esclarecer a transformação dos seres vivos ao longo do tempo.
a) Cite as duas leis que norteavam o princípio evolutivo de Lamarck.
b) O meio ambiente desempenha um papel preponderante na adaptação dos seres vivos. Entretanto, para os
evolucionistas citados, o meio exerce papéis diferentes. Como o meio atua sobre os seres vivos de acordo
com o lamarckismo e de acordo com a teoria de Darwin-Wallace, respectivamente?
INTRODUÇÃO ANOTAÇÕES
Glossário
• População: Conjunto de indivíduos de uma mesma
espécie que compartilham de uma mesma área em
um mesmo período.
• Comunidade (Biocenose ou Biota): Conjunto de
populações que compartilham de uma mesma área
em uma mesma época.
• Biótopo: Área ocupada por uma comunidade.
• Ecossistema: Interação entre a comunidade e os fa-
tores abióticos do meio.
• Fatores abióticos: Fatores não vivos do ambiente
que influenciam os seres vivos. Exemplos: tempera-
tura, incidência solar, pH, salinidade, etc.
• Fatores abióticos podem ser divididos em físicos
(luz, umidade) e químicos (nutrientes).
• Bioma: Conjunto de ecossistemas semelhantes,
apresentam características muito parecidas quanto
a clima, temperatura, regime de chuvas e vegeta-
ção
• Ecótone: A região que localiza-se entre dois ecossis-
temas, contendo algumas características dos dois
ao mesmo tempo. Ex.: Zonas de Transição.
• Biosfera: Conjunto de todos os ecossistemas do
planeta Terra. Toda a faixa onde contém vida.
Abrange uma grande variedade de ecossistemas
aquáticos e terrestres.
• Habitat: É o local onde um organismo vive.
• Nicho Ecológico: Engloba diferentes aspectos dessa
espécie, dentre os quais o habitat, o alimento utili-
zado, assim como a forma de obtenção do mesmo,
a temperatura do meio ambiente, por quem é pre-
dado, quais as táticas de defesa, as formas de re-
produção e os rituais de acasalamento.
• Cadeia Trófica: Representação de uma sequência
de relações de alimentação entre os seres vivos.
• Teia Trófica: Representação esquemática da intera-
ção entre diferentes cadeias tróficas.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Biologia ∣ Setor 1451 ∣ 185
186 ∣ Biologia ∣ Setor 1451 ANGLOVINCI VESTIBULARES
3. (UEPG 2017) Na ecologia, é possível representar os
EXERCÍCIOS níveis tróficos de um ecossistema por meio de re-
tângulos superpostos, que formam as chamadas pi-
râmides ecológicas. Abaixo são apresentadas qua-
1. (Fuvest 2019) Nas margens de um rio, verificava-se
tro pirâmides ecológicas. Sobre elas, assinale o que
a seguinte cadeia trófica: o capim ali presente ser-
for correto.
via de alimento para gafanhotos, que, por sua vez,
eram predados por passarinhos, cuja espécie só
ocorria naquele ambiente e tinha exclusivamente
os gafanhotos como alimento; tais passarinhos
eram predados por gaviões da região.
A lama tóxica que vazou de uma empresa minera-
dora matou quase totalmente o capim ali existente.
É correto afirmar que, em seguida, o consumidor
secundário:
a) teve sua população reduzida como consequên-
cia direta do aumento da biomassa no primeiro
nível trófico da cadeia.
b) teve sua população reduzida como consequên-
cia indireta da diminuição da biomassa no pri-
meiro nível trófico da cadeia.
c) não teve sua população afetada, pois o efeito 01) As pirâmides A e B são pirâmides de números.
da lama tóxica se deu sobre o primeiro nível tró- As pirâmides de números são utilizadas para
fico da cadeia e não sobre o segundo. indicar a quantidade de indivíduos existentes
d) não teve sua população afetada, pois a lama tó- em cada nível trófico de uma cadeia alimentar.
xica não teve efeito direto sobre ele, mas sim 02) A pirâmide B é considerada uma pirâmide in-
sobre um nível trófico inferior. vertida. Isso ocorre quando a base é menor
e) teve sua população aumentada como conse- que o ápice. Neste exemplo, uma árvore é ca-
quência direta do aumento da biomassa no se- paz de sustentar pulgões que, por sua vez, sus-
gundo nível trófico da cadeia. tentam protozoários.
04) Uma pirâmide de biomassa é representada na
2. (Fuvest 2018-adaptada) O tapiti é um coelho nativo letra C. A quantidade de matéria orgânica pre-
do Brasil, habitante típico de campos, cerrado ou, sente no corpo dos seres vivos de determinado
mesmo, bordas das matas. Tem hábitos noturnos e, nível trófico é chamada de energia. Com fre-
durante o dia, fica escondido em meio à vegetação quência, ela é expressa em peso seco (para
ou em tocas. Alimenta-se de vegetais, especial- descontar a água) por unidade de área por
mente brotos e raízes. A quantidade desses animais exemplo) ou de volume em todas as represen-
está cada vez menor pela presença da lebre euro- tações, a biomassa aumenta ao longo da ca-
peia, que foi introduzida no Brasil. A lebre europeia deia.
também se alimenta de vegetais, e tanto o tapiti
como a lebre são caças apreciadas por jaguatiricas 08) As pirâmides de números apresentadas em A
e onças. e B são as únicas capazes de indicar a produti-
vidade de um ecossistema.
Represente esquematicamente a teia alimentar
16) Em D, é representada uma pirâmide de ener-
mencionada no texto.
gia. Nestas, representamos, em cada nível tró-
fico, a quantidade de energia acumulada por
unidade de área ou de volume e por unidade
de tempo.
Pirâmide de Quantidades
Pirâmide de Biomassa
6. (Enem Libras 2017) A figura mostra o fluxo de ener- 8. (FAMERP 2017) De acordo com alguns conceitos
gia em diferentes níveis tróficos de uma cadeia ali- ecológicos, uma cidade como São José do Rio Preto
mentar. e uma reserva ecológica são ecossistemas. Esta afir-
mação é:
a) incorreta, porque na cidade existem muitos se-
res vivos que não interagem com a parte não
viva do ambiente.
b) incorreta, porque a reserva ecológica é um am-
biente natural, onde alguns seres vivos intera-
gem com a parte não viva do ambiente.
c) incorreta, porque a reserva ecológica é um am-
biente artificial, onde há seres vivos que foram
introduzidos para interagir com a parte não viva
do ambiente.
d) correta, porque nos dois locais existe uma po-
pulação de seres vivos interagindo com a parte
não viva do ambiente.
Entre os consumidores representados nessa cadeia e) correta, porque nos dois locais existe uma co-
alimentar, aquele cujo nível trófico apresenta me- munidade de seres vivos interagindo com a
nor quantidade de energia disponível é o(a): parte não viva do ambiente.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Biologia ∣ Setor 1451 ∣ 191
3. (UEFS 2016) Os organismos vivos e seu ambiente
TAREFA COMPLEMENTAR não vivo ou abiótico estão inseparavelmente inter-
relacionados e interagem entre si. Denomina-se de
sistemas ecológicos ou ecossistemas qualquer uni-
1. (Fuvest 2016) Em relação ao fluxo de energia na bi- dade, biossistema, que abranja todos os organis-
osfera, considere que mos que funcionam em conjunto, a comunidade bi-
• A representa a energia captada pelos produto- ótica, em uma dada área, interagindo como ambi-
res; ente físico de tal forma que um fluxo de energia pro-
• B representa a energia liberada (perdida) pelos duza estruturas bióticas claramente definidas e
seres vivos; uma ciclagem de materiais entre as partes vivas e
• C representa a energia retida (incorporada)
não vivas.
pelos seres vivos. ODUM, Eugene P. Ecologia. São Paulo: Guanabara, 2008, p. 9.
A relação entre A, B e C na biosfera está represen- Analisando-se as informações do texto e com base
tada em: nos conhecimentos a respeito dos ecossistemas,
em geral, é correto afirmar:
a) A < B < C
a) Os fatores abióticos são prescindíveis à manu-
b) A < C < B
tenção da vida.
c) A = B = C
b) A ação dos decompositores é fundamental para
d) A = B + C a reciclagem da energia.
e) A + C = B c) Os heterótrofos, normalmente, são encontra-
dos em estratos desprovidos de energia lumi-
2. (SANTA MARCELINA-MED 2016) Analise a teia eco- nosa.
lógica. d) Os componentes bióticos autotróficos têm
como objetivo produzir alimentos para todos os
outros níveis tróficos do ecossistema.
e) Em sua estrutura, há um estrato autotrófico
constituído de organismos clorofilados que po-
dem ser encontrados em reinos distintos.
Explique por que a reintrodução dos lobos provoca redução das espécies A e B.
Pesquisadores observaram que, em menos de dez anos, diminuiu a erosão do solo no parque. Indique o efeito
da reintrodução dos lobos sobre as populações de alces, veados e plantas de que estes se alimentam. Aponte,
ainda, de que forma essas plantas atuam na redução da erosão do solo.
Com base nessas informações, é correto afirmar A pirâmide de biomassa, a pirâmide de energia e a
que a drósera: barra que representa as joaninhas são:
a) e a larva da mosca são heterotróficas; a larva da a) I, II e 3.
mosca é um decompositor. b) II, II e 3.
b) e a larva da mosca são autotróficas; a drósera é c) I, II e 2.
um produtor. d) II, III e 1.
c) é heterotrófica e a larva da mosca é autotrófica; e) III, III e 2.
a larva da mosca é um consumidor.
d) é autotrófica e a larva da mosca é heterotrófica; 11. (UFRGS 2018) Observe o diagrama abaixo que re-
a drósera é um decompositor. presenta uma teia alimentar.
e) é autotrófica e a larva da mosca é heterotrófica;
a drósera é um produtor.
Tarefa Mínima
1. D 2. B 3. A 4. A 5. B 6. D 7. A
b) A ingestão das formigas fornece proteínas como
Tarefa Complementar
fonte de energia. No estômago humano, as proteí-
1. E 2. C 3. B 4. C 5. D nas são hidrolisadas e desdobradas em peptídeos
6. A seleção natural é o fator evolutivo que age sobre menores, sob a ação da enzima pepsina.
as variações, preservando aquelas que são favorá- 8. E
veis para a sobrevivência e reprodução das espé-
9. a) Pirâmide I: ecossistema terrestre
cies. Os machos com os "chifres" maiores, designa-
Pirâmide II: ecossistema aquático
dos por G, obtêm maior sucesso na cópula e trans-
mitem esse traço para a maioria dos descendentes Na pirâmide II a biomassa dos produtores P é me-
machos, configurando a ação da seleção sexual. nor do que a biomassa dos consumidores primários,
porém os produtores se reproduzem mais rapida-
7. B
mente e suprem as necessidades alimentares dos
8. a) Segundo Lamarck as transformações evolutivas
consumidores primários.
ocorriam por modificações de órgãos devido ao uso
b) Em ambos os ecossistemas a pirâmide de energia
e desuso. Essas modificações adquiridas passariam
é a mesma:
para as próximas gerações hereditariamente.
b) Para Lamarck, o meio ambiente impõe a necessi-
dade para a mudança de órgãos. Segundo a de Dar-
win e a de Wallace, o meio seleciona as variações
mais vantajosas que permitem melhor capacidade
de sobrevivência e reprodução. 10. B
11. A
PROPOSTA DE AULA
ANOTAÇÕES
1. (UFRRJ) Esparadrapo
Há palavras que parecem exatamente o que que-
rem dizer. “Esparadrapo”, por exemplo. Quem que-
brou a cara fica mesmo com cara de esparadrapo.
No entanto, há outras; aliás, de nobre sentido, que
parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo,
“incunábulo”.
QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro,
Globo. 1987. p.83.
A Semântica é a parte da Linguística que estuda o “Devido à forte _______, os passageiros do avião
significado, o sentido das palavras que compõem o _______ o passo, atravessaram a pista do aero-
léxico (vocabulário) de uma língua. porto, mas não puderam escolher os _______;
_______ logo as cortinas, para não ver a embaçada
ORIENTAÇÕES tarde.”
Signo linguístico: unidade linguística (palavra) que
possuí um significante (a sua forma. É o que se vê; a) cerração, apressaram, assentos, cerraram
o que se ouve); um significado (o seu conteúdo. É o b) serração, apressaram, acentos, cerraram
que significa). c) cerração, apreçaram, assentos, serraram
Polissemia: do grego “polýssemos, “que tem mui- d) cerração, apressaram, assentos, serraram
tos significados”. O Vocabulário português é, por e) serração, apreçaram, acentos, cerraram
natureza, polissêmico. Assim, uma palavra haverá
de apresentar o sentido “denotativo”; ou seja, real, 3. (PUCSP) Identifique a alternativa que propõe a
literal, objetivo e o sentido “conotativo”; qual seja, substituição dos termos ou das expressões em des-
virtual, figurado, subjetivo, contextual. taque, sem que haja alteração do sentido da sen-
tença apresentada a seguir:
a) efervescência, discussões
b) efervescência, discuções
c) efervessência, discussões
d) efervecência, discussões
e) efervecência, discuções
PROPOSTA DE AULA
ANOTAÇÕES
2. Leia o texto de Manuel Bandeira e responda ao que 5. Preencha as lacunas com a forma verbal adequada:
se pede: • As empresas mineradoras _______ os direitos
“O Bicho de prospecção da área assinalada no mapa.
Vi ontem um bicho • O problema _______ de sua errática postura.
Na imundície do pátio • _______ que sejas muito prudente diante de tal
Catando comida entre detritos. situação.
Quando achava alguma coisa, • A família inteira _______ do nordeste do país.
Não examinava nem cheirava: a) detêm, advém, convém, provém
Engolia com voracidade. b) detém, advêm, convém, provêm
O bicho não era um cão, c) detém, advém, convêm, provém
Não era um gato, d) detêm, advêm, convém, provêm
Não era um rato. e) detêm, advém, convém, provêm
O bicho, meu Deus, era um homem.”
(Manuel Bandeira)
(Gramática da Língua Portuguesa – Roberto Melo Mesquita. Ed. Saraiva. 6. Ed.
1997, p.118).
PROPOSTA DE AULA
ANOTAÇÕES
3. OUTROS PROCESSOS:
a) hibridismo: Associam-se palavras de origem lin- 4. (UEL-PR) Identifique a alternativa que contenha pa-
guística diferente. Ex: alcoômetro lavras formadas exclusivamente por derivação sufi-
(árabe/grego), burocracia (francês/grego), mo- xal:
nóculo (grego/latim), goiabeira (tupi/portu- a) gotícula, folhagem, amanhecer.
guês), sociologia (latim/grego) ... b) abotoar, envernizar, subterrâneo.
b) abreviação: Reduzem-se as palavras. Ex: moto c) caldeirão, chuvisco, povaréu.
(motocicleta), pornô (pornográfico), Rio (Rio de d) rendeira, aguardente, sonolento.
Janeiro), auto (automóvel), extra (extraordiná-
rio) ... e) entristecer, península, democracia.
Obs. Não confundir abreviação vocabular com
abreviatura (siglas, símbolos). Assim, FUVEST, 5. A palavra “imexível” foi proferida por um ex-Minis-
DETRAN, IBOPE, IML, IBGE ... tro do Trabalho. À época, o termo não constava em
c) onomatopeia: Criam-se palavras visando à re- dicionário; porém, hoje, está registrada no VOLP.
produção de sons ou ruídos. Ex: zunzum, cata- Sua criação pode ser referendada por princípios
pimba, reco-reco, tique-taque, matraquear, que regem a formação de palavras? Por quê?
psiu.
210 ∣ Língua Portuguesa ∣ Setor 1551 ANGLOVINCI VESTIBULARES
TAREFA COMPLEMENTAR
( ) desenredo
( ) narrador
( ) infinitamente
( ) o voar
( ) pão de mel
a) 3,4,2,5,1
b) 2,4,3,1,5
c) 4,1,5,3,2
d) 2,4,3,5,1
e) 4,1,5,2,3
PROPOSTA DE SALA
ANOTAÇÕES
2. (Enem)
Carnavália
O repique tocou
O surdo escutou
E o meu coração corasamborim
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou
Por
mim?
(...) ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalista, 2002 (fragmento)
III) Número:
São dois os números dos substantivos. O singular e
o plural. Embora haja inúmeras formas de distinção
entre singular e plural; geralmente, indica-se o plu-
ral com a consoante “s”. Assim, amigo/s, amante/s,
cadeira/s. Outras formas: gás/ gases, ardil/ardis, jú-
nior/juniores, cristal/cristais, limão/limões, via-
gem/viagens, bênção/bênçãos, anel/anéis, cate-
ter/cateteres, cânon/cânones.
1. Aponte a alternativa em que o substantivo em des- 1. Aponte a alternativa que apresenta forma de plural
taque foi empregado de forma genérica: incorreta:
a) Aquele homem contundente lançou, como um a) ureter/ureteres
vulcão, sua ira já incrustada nas paredes do es-
b) rincão/rincões
tômago.
c) tabelião/tabeliães
b) Instrumento de força e energia pacífica, um ho-
mem de fé e coragem pertinaz, aquele pai ob- d) limão/limões
teve o reconhecimento dos filhos. e) guarda-civil/guarda-civis
c) Todo homem necessita de segurança, não só
para dominar a própria vida, como também 2. Observe a sequência de palavras e a correspon-
para desvendar os mistérios do universo exte- dente forma de plural. Indique as formas corretas e
rior. corrija as incorretas: decreto-lei/decretos-leis;
d) Com nove páginas, o laudo da Justiça acusou mapa-múndi/mapas-múndis; chefe de seção/che-
Mário de vários crimes e o considerou como ho- fes de seçãos; joão-de-barro/joão-de-barros; pão
mem devasso. de ló/pães de ló.
e) O novo marco implantado na geografia humana
de Paris deve-se a um artista americano, ho-
mem de origem chinesa, considerado um dos 3. Qual a alternativa que apresenta forma feminina in-
mais bem-sucedidos arquiteto da atualidade. corretamente declinada:
a) papa/papisa.
2. Há substantivos que são do gênero masculino ou fe- b) primeiro-ministro/primeira-ministra.
minino conforme o sentido em que são emprega- c) o sacerdote/ a sacerdote.
dos. Aponte a alternativa em que isso ocorre: d) patriarca/matriarca.
a) czar, marajá, rã. e) páter-família/máter-família.
b) capital, moral, coma.
c) indivíduo, criatura, esqueleto.
d) pernilongo, onça, apóstolo. 4. Aponte a alternativa cujo plural da palavra está in-
correto:
e) ídolo, artista, monge.
a) hífen, hifens ou hífenes
3. Aponte a alternativa em que há erro na flexão de b) gérmen, germens ou gérmenes
plural da palavra. c) espécimen, espécimens ou especímenes
a) o tique-taque; os tique-taques. d) dólmen, dolmens ou dólmenes
b) o bem-estar; os bem-estares. e) Éden, Edens ou Edênes
c) o zé-ninguém; os zés-ninguém.
d) o vaga-lume; os vaga-lumes.
e) o reco-reco; os recos-recos.
Tema 2 Tema 4
d)
1. (Enem) Atualmente, os artistas apropriam-se de de-
senhos, charges, grafismo e até de ilustrações de li-
vros para compor obras em que se misturam perso-
nagens de diferentes épocas, como na seguinte
imagem:
a)
e)
b)
1. AS MANIFESTAÇÕES DA ARTE
Poesia, pintura, arquitetura, música, escultura são
algumas manifestações da arte. Cada manifestação
artística tem sua própria maneira de se expressar e
sua matéria-prima. O pintor se exprime pelas cores
e pelas formas; o escultor, pelas formas construídas
pela tridimensionalidade; o músico, pelo som e
ritmo; e o escritor se exprime pela palavra oral ou
escrita. Quando o homem faz arte, ele cria um ob-
jeto artístico que não precisa ser uma representa- Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808, de Goya, 1814.
3. FUNÇÕES DA ARTE
Utilitária: finalidade religiosa, política ou social;
Naturalista: representação da realidade e da imagi-
nação;
INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS
• Trabalho de catequese
• Ensino religioso
• Teatro pedagógico
• Poesias de devoção
OBRAS E AUTORES
• Poema à Virgem, Arte da gramática da língua mais
usada na costa do Brasil e Na festa de São Lourenço,
de José de Anchieta
• Cartas do Brasil e Diálogo sobre a conversão do gen-
Fac-símile da Carta de Pero Vaz de Caminha.
tio, de Manuel da Nóbrega.
CARACTERÍSTICAS
• Literatura feita por viajantes
• Meramente descritiva
• Profundo valor histórico
• Levantamento da “terra nova”
OBRAS E AUTORES
• Carta a El-Rei D. Manuel sobre o achamento do Bra-
sil, de Pero Vaz de Caminha
• Tratado da Terra do Brasil, de Gabriel Soares de
Sousa
228 ∣ Literatura ∣ Setor 1552 ANGLOVINCI VESTIBULARES
TEXTOS ANOTAÇÕES
A terra
Esta terra, Senhor, me parece que, da ponta que
mais contra o sul vimos até outra ponta que contra o
norte vem, de que nós deste ponto temos vista, será ta-
manha que haverá nela bem vinte e cinco léguas por
costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes, gran-
des barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a
terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvo-
redos. De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito
chã e muito formosa.(...)
Nela até agora não pudemos saber que haja ouro,
nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem
lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, as-
sim frios e temperados como os de Entre-Douro e Mi-
nho.(...)
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é gra-
ciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo
bem das águas que tem.(...)
O índio
A feição deles é serem pardos, maneira de averme-
lhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. An-
dam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor
caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas, e nisso
têm tanta inocência como em mostrar o rosto. (...)
Os cabelos seus são corridos. E andavam tosquiados,
de tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa gran-
dura e rapados até por cima das orelhas.
Carta do Descobrimento, Pero Vaz de Caminha
Texto I
Texto II
A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelha-
dos, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam
nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma
cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão
acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar
o rosto.
CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2009.
Texto II
CARACTERÍSTICAS
INTRODUÇÃO • Tentativa de unir valores opostos: Dualismo
• Antropocentrismo X Teocentrismo
Contexto histórico: Séc. XVII • Arte sinuosa → labiríntica
• Absolutismo • Ornamentalismo → figuras de linguagem:
• Capitalismo mercantilista - Antítese
• Crise de Portugal (União Ibérica) - Hipérbato
• Colonialismo - Ciclo da cana de açúcar - Hipérbole
- Sinestesia
O Barroco é a arte da Contrarreforma: Escultura, Pin- - Metáfora
tura, Arquitetura, Música e Literatura
OS ESTILOS BARROCOS
• Conceptismo: esforço dialético no sentido de de-
senvolver um conceito (jogo de ideias/argumenta-
ção)
• Cultismo: esforço construtivo no sentido de produ-
zir um texto repleto de agudezas sensoriais (jogo de
palavras/metáfora)
O êxtase de Santa Teresa (1647-1652), de Bernini.
ANOTAÇÕES
Analise as assertivas.
I. Pode-se depreender que o soneto apresentado
pertence à temática lírica-filosófica. No soneto,
afloram o pessimismo e a angústia que cerca o
mundo.
II. De acordo com os versos do soneto apresen-
tado, a beleza e a alegria são transitórias e pas-
sageiras.
III. As incertezas, a fugacidade do nosso espaço-
tempo e os demais desconcertos e dúvidas
acerca do mundo são considerados no soneto
apresentado. Pode-se perceber que, no soneto,
Gregório de Matos deixa evidente suas dúvidas
e questionamentos acerca do mundo.
IV. Pode-se depreender que o uso de frases inter-
rogativas faz o leitor refletir quanto à incerteza
e à dúvida do homem barroco e a ordem in-
versa das frases traduz como se estrutura o ra-
ciocínio do homem barroco, remetendo à falta
de clareza diante do mundo que o cerca.
CARACTERÍSTICAS
INTRODUÇÃO • racionalismo
• busca da simplicidade
Contexto histórico: Séc. XVIII (Arte ligada ao Iluminismo • imitação dos clássicos
e com recusa ao sistema Barroco) • retorno a natureza
• Iluminismo • pastoralismo
• Revolução Industrial • bucolismo
• Revolução Francesa • amor galante
• Inconfidência Mineira • temáticas latinas:
- fugere urbem (fugir da cidade)
O Arcadismo surgiu em oposição ao excesso de religio-
- locus amoenus ( lugar ameno)
sidade e obscurantismo do Barroco, buscando restaurar
o equilíbrio do Classicismo. O tema central é o buco- - carpe diem (aproveitar o dia)
lismo ou pastoralismo que procura imitar a vida simples - inutila trucat (cortar o inútil)
do campo.
TEXTOS
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
que viva de guardar alheio gado,
de tosco trato, de expressões grosseiro,
dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite,
e mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela.
graças à minha Estrela!
Tarefa Mínima
1. A
2. B
3. A
Tarefa Complementar
1. E
2. B
3. B
Tema 2
Tarefa Mínima
4. B
5. A
Tarefa Complementar
4. A
5. D
6. C
7. D
Tema 3
Tarefa Mínima
1. B
2. D
Tarefa Complementar
1. A
2. C
3. A
Tema 4
Tarefa Mínima
1. E
2. E
ANOTAÇÕES
(Unesp 2017)
Texto 1
A distribuição da riqueza é uma das questões mais vivas
e polêmicas da atualidade. Será que a dinâmica da acu-
mulação do capital privado conduz de modo inevitável
a uma concentração cada vez maior da riqueza e do po-
der em poucas mãos, como acreditava Karl Marx no
século XIX? Ou será que as forças equilibradoras do cres-
cimento, da concorrência e do progresso tecnológico le-
vam espontaneamente a uma redução da desigualdade
e a uma organização harmoniosa da sociedade, como
pensava Simon Kuznets no século XX?
(Thomas Piketty. O capital no século XXI, 2014. Adaptado.)
Texto 2
Já se tornou argumento comum a ideia de que a me-
lhor maneira de ajudar os pobres a sair da miséria é per-
mitir que os ricos fiquem cada vez mais ricos. No en-
tanto, à medida que novos dados sobre distribuição de
renda são divulgados*, constata-se um desequilíbrio as-
sustador: a distância entre aqueles que estão no topo
da hierarquia social e aqueles que estão na base cresce
cada vez mais.
A obstinada persistência da pobreza no planeta que
vive os espasmos de um fundamentalismo do cresci-
mento econômico é bastante para levar as pessoas
atentas a fazer uma pausa e refletir sobre as perdas di-
retas, bem como sobre os efeitos colaterais dessa distri-
buição da riqueza.
Uma das justificativas morais básicas para a econo-
mia de livre mercado, isto é, que a busca de lucro indivi-
dual também fornece o melhor mecanismo para a busca
do bem comum, se vê assim questionada e quase des-
mentida.
ANOTAÇÕES
(FAMERP 2017)
Texto 1
O respeitabilíssimo Dicionário Oxford, o mais extenso da
língua inglesa, anunciou que um novo verbete passaria
a figurar em suas páginas: selfie, que reúne o substan-
tivo “self” (eu, a própria pessoa) e o sufixo “-ie”. Eis sua
definição: “Fotografia que alguém tira de si mesmo, em
geral com smartphone ou webcam, e carrega em uma
rede social.”
(Rafael Sbarai. “Selfie é a nova maneira de expressão e autopromoção”.
veja.abril.com.br, 23.11.2013. Adaptado.)
Texto 2
O professor de psicologia da Universidade da
Geórgia, nos Estados Unidos, Keith Campbell, sugere
que um dos motivos que nos fazem amar selfies é por-
que elas são uma forma de expressão criativa. Ele
afirma que a selfie é uma variação moderna dos autor-
retratos dos artistas.
As selfies também nos permitem exercer um nível de
controle maior sobre como os outros nos enxergam on-
line, e isso é um grande apelo. Graças às câmeras dos
celulares localizadas na frente, podemos tirar inúmeras
fotos de nós mesmos até conseguir a imagem que nos
mostra exatamente como queremos – uma imagem a
qual nos sentimos felizes de compartilhar com o mundo
online. Curioso notar que uma pesquisa sugere que essa
“auto representação seletiva” pode na verdade aumen-
tar nossa autoestima e confiança.
E os benefícios potenciais da selfie não param aí. As
selfies têm uma característica espontânea e íntima que
vem mudando a maneira com que documentamos,
compartilhamos e celebramos eventos. Quando encon-
tramos uma celebridade, não buscamos mais um
autógrafo impessoal, nem precisamos usar cartões pos-
tais para dividir as memórias de uma viagem bacana.
Pelo contrário, capturamos esses momentos únicos e
compartilhamos com nossos amigos imediatamente. A
Dra. Andrea Letamendi explica que “psicologicamente,
podem haver benefícios em se compartilhar selfies por-
que essa prática está impregnada em nossa cultura e é
uma maneira de se interagir socialmente com outros.”
(“O que seu selfie diz sobre você? A ciência por trás da nossa obsessão”. www.shut-
terstock.com. Adaptado.)
» As diferenças salariais entre homens e mulheres 3. PROPOSTA DE REDAÇÃO: É desejável e possível li-
afastam as mulheres do mercado de trabalho, o que mitar o poder do dinheiro?
as torna dependentes dos maridos (I).
TESE:
» O fato de a mulher ser vista como uma figura ma-
terna, a obriga cumprir o papel de mãe e a afasta A reificação das relações sociais tem por conse-
do controle econômico do lar (I). quência uma sociedade segregada e frustrada, ge-
rando a necessidade de limitação do poder do di-
» O homem agride a mulher pois crê que ela é seu ob- nheiro.
jeto, sua propriedade (II).
» A objetificação do corpo da mulher pode ser vista POSSÍVEIS ARGUMENTOS:
na mídia, comerciais e programas de TV. Cabe regu- » Bens essenciais à vida são mercantilizados: di-
lação (II). reitos não são mercadoria (saúde, educação,
transporte, lazer e moradia).
4. CONCLUSÕES:
» Defender a tese é o objetivo principal de seu
texto. TODOS os argumentos só cabem no texto
se comprovam a tese.
» Não se começa nenhum texto dissertativo sem
a escolha da tese e planejamento.
» Teste sua tese pensando em possíveis argu-
mentos, e teste seus argumentos pensando se
defendem a tese.
ANOTAÇÕES
(FAMEMA 2019)
Texto 1
Primeira jogadora transexual a atuar na Superliga
feminina, Tifanny Abreu marcou 39 pontos em um
mesmo jogo nesta terça-feira (30.01.2018) e quebrou o
recorde da principal competição nacional de vôlei – que
antes pertencia a Tandara, com 37 pontos. Tal fato
atiçou ainda mais o questionamento sobre a permissão
de atletas trans atuarem em esportes de alto rendi-
mento.
Ao entrar em quadra por uma liga profissional, Ti-
fanny carrega com ela a representatividade de toda
uma minoria social, que busca abrir oportunidades de
inserção em vários âmbitos da sociedade, inclusive no
mercado de trabalho. Então não seria diferente no es-
porte, que vem se profissionalizando cada vez mais nas
últimas décadas.
(Maíra Nunes. “Caso Tifanny: Proibir transexuais no esporte é solução?”.
http://blogs.correiobraziliense.com.br, 31.01.2018. Adaptado.)
Texto 2
Aos 33 anos, Tifanny Pereira de Abreu é a primeira tran-
sexual a disputar a Superliga feminina de vôlei. Mas, de-
pois de completar a transição de gênero, incluindo duas
cirurgias de mudança de sexo, e ser liberada pela Co-
missão Nacional Médica (Conamev) da Confederação
Brasileira de Vôlei (CBV), a atacante do Bauru (SP) tem
a condição feminina discutida. Isso porque a ciência
ainda não é capaz de determinar quanto tempo o corpo
precisaria para se adaptar à nova realidade, com testos-
terona compatível ao corpo de uma mulher. É por esta
razão que João Granjeiro, coordenador da Conamev,
responsável pela liberação da atleta para a disputa da
competição mais importante do vôlei nacional, acredita
que Tifanny não deveria atuar entre as mulheres: “Ela
nasceu homem e construiu seu corpo, músculos, ossos,
articulações com testosterona alta. Nenhuma mulher, a
não ser que tenha usado testosterona de origem ex-
terna ao organismo, conseguiria formar o mesmo
corpo. É só olhar para a atleta, alta e muito forte.”
(Carol Knoploch e João Pedro Fonseca. “Médicos que liberaram Tifanny acham que ela
não deveria atuar no feminino”. https://oglobo.globo.com, 03.01.2018. Adaptado.)
Texto 4
LEITURA
Para uma transexual entrar no mercado de trabalho, é
uma verdadeira via crucis. Elas enfrentam preconceito,
desconfiança e muita rejeição. Mas o desafio pode ser Em sua redação do ENEM você será avaliado em cinco
ainda pior para aquelas que sonham em seguir carreira competências distintas, cada uma delas valendo entre
como atleta. O esporte ainda é muito fechado para a 0 e 200. Sua nota total poderá, portanto, totalizar 1000
diversidade sexual e poucas esportistas chegam ao nível pontos. Ao longo das próximas aulas iremos estudar o
de alto rendimento. De acordo com a pesquisadora Joa- que fazer e o que não fazer no seu texto e como alcan-
nna Harper, do Providence Portland Medical Center, nos çar a nota máxima em cada uma destas competências.
Estados Unidos, “terapia hormonal para mulheres trans Os exemplos aqui utilizados foram, em sua maioria, ex-
normalmente envolve um bloqueador de testosterona e postos pelo próprio INEP em sua cartilha do partici-
um suplemento de estrógeno. Quando os níveis do pante.
‘hormônio masculino’ se aproximam do esperado para
a transição, a paciente percebe uma diminuição na
SITUAÇÕES QUE LEVAM À NOTA ZERO!
massa muscular, densidade óssea e na proporção de
células vermelhas que carregam o oxigênio no corpo”, 1. Qualquer texto que contenha partes desconecta-
diz Joanna. Ainda conforme pontuou a especialista, en- das do tema!
quanto isso, o estrógeno aumenta as reservas de gor- a) Bilhetes:
dura, principalmente nos quadris. Juntas, essas mu- “Obrigado, quero muito passar no ENEM, me
danças levam a uma perda de velocidade, força e re- ajude!”.
sistência — todos componentes importantes de um
atleta. Durante a terapia hormonal, Tifanny perdeu “Fiz o melhor que pude, favor compreender, sou
toda a potência e explosão. Se saltava 3,50 m quando péssimo em redação”.
homem, agora pula, no máximo, 3,25m.
(Juliana Contaifer. “Afinal, atletas transexuais têm mais força que as jogadoras
“Obrigado pela correção”.
cisgênero?”. www.metropoles.com, 11.03.2018. Adaptado.)
b) Orações;
Com base nos textos apresentados e em seus próprios
conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando c) Trechos de música ou poemas sem relação
a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: com a dissertação;
ATLETAS TRANSEXUAIS DEVEM PARTICIPAR DE ES-
PORTES COMPETITIVOS SOB O NOVO GÊNERO?
262 ∣ Entendimento e Produção de Texto ∣ Setor 1553 ANGLOVINCI VESTIBULARES
d) Reflexões sobre a prova ou o próprio desem- “Mas aí pergunto: é correto isto?”.
penho:
“Parabéns às autoridades que se preocupam com a
“Prova muito bem elaborada, parabéns”. população”.
“Algumas partes ficaram confusas, mas fiz o “Só assim, caro leitor, teremos uma efetiva lei
melhor que pude” seca”.
“A publicidade infantil, a meu ver nem deveria 2. Recados sobre rasuras.
ser tema de redação proposto pelo ENEM, te-
mos muitas outras coisas mais importantes 3. Cópia dos trechos motivadores.
para discutir como saúde, educação e segu- 4. Trechos de citações com palavrões ou ofensas.
rança”.
5. Marcas de outras tipologia textual: assinatura
e) Qualquer trecho na argumentação que não te- (carta), uso de travessão para falas (narração) e
nha relação com o assunto! etc.
“Sabe-se que, contemporaneamente, a suple- 6. Clichês:
mentação alimentar tem sido cada vez mais uti-
“Só sei que nada sei”.
lizada por jovens, sem orientação médica ou nu-
tricional”. “O brasileiro não desiste nunca”.
No excerto acima, o tema proposto era propa- “Caminhando sempre à frente, avante brasileiros!”
ganda destinada ao público infantil, caracteri-
7. Desrespeito aos direitos humanos:
zando fuga do tema.
• ideias de violência ou de perseguição contra se-
“Eu achei uma falta de respeito as pessoas que guidores de qualquer religião, filosofia, dou-
ia fazer as prova do ENEM por que ficamos o sol trina, seita, inclusive o ateísmo ou quaisquer
quente quando em nós a cabeça estava doendo outras manifestações religiosas (desde que es-
muito. No próximo ano faça melhor atendi- tas respeitem os direitos humanos);
mento com nós pobre”. • ideias que possam ferir o princípio de igualdade
entre as pessoas, atacando grupos religiosos,
f) Qualquer trecho em outro idioma!
bem como seus elementos de devoção, deuses
2. Texto insuficiente: 7 linhas ou menos. e ritos;
• ideias que levam à desmoralização de símbolos
3. Texto com palavras de baixo calão ou desenhos. religiosos;
“Pois como diz a música, povo ignorante nunca faz • ideias que defendam a destruição de vidas,
REVOLUÇÃO. E é isso que as crianças vem apren- imagens, roupas e objetos ritualísticos;
dendo ultimamente, é isso que o governo quer: • ideias de cerceamento da liberdade de ter ou
gente mal idealizada, que perdeu sua vontade de adotar religião ou crença de sua escolha e da li-
pensar. É samba mal feito, mulher com shorts enfi- berdade de professar religião ou crença, de
ado no cu e tudo isso é passado para a criança no forma individual ou coletiva, pública ou pri-
início da vida, que manipulada cai em tentações”. vada, por meio de culto ou celebração de ritos;
4. Fuga do tema. • ideias que difundem propostas de proibição de
fabricação, comercialização, aquisição e uso de
5. Fuga da modalidade dissertativa-argumentativa. artigos e materiais religiosos adequados aos
costumes e às práticas fundadas na respectiva
INSERÇÕES INDEVIDAS QUE LEVAM A PERDA DE religiosidade, ressalvadas as condutas vedadas
NOTA: por legislação;
1. Vocativos: • ideias que estimulem a violência contra infrato-
res da lei e/ou contra indivíduos intolerantes,
“Muito obrigado aos legisladores pela efetivação da
tais como: linchamento público, tortura, execu-
lei seca”.
ção sumária, privação da liberdade por agentes
“E quanto à você que lê essa redação, vai um conse- não legitimados para isso.
lho: se beber não dirija!”.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Entendimento e Produção de Texto ∣ Setor 1553 ∣ 263
Exemplos: • Uso de expressões informais como “pegou
“Por conseguinte, gera-se um ciclo interminável e que mal”, “não dá para acreditar”, “mas não é pos-
só terá fim caso pegarmos esses donos de empresas e sível”, “desde que o mundo é mundo”, “abrir o
colocarmos todos no mesmo lugar, reunidos, e assim, jogo”, “baixar a bola”, “arregaçar as mangas”,
explodirmos uma bomba, matando todos estes capita- “playboy” ou “mauricinho”, “bater na mesma
listas gananciosos com sede de lucro”. tecla”, “bater boca”, “com a faca e o queijo na
mão”, “fazer vista grossa”, “mudar da água
“Portanto, o governo e 90% dessas ONGs, ao ficar reo- para o vinho”.
cupado com o mínimo, deveriam era tornar essas leis • Uso de gírias: “TOP”, “Topper”, “Topíssimo”,
mais rigorosas punido as empresas que exploram o tra- “Topzera”.
balho infantil, castrando ou aplicando injeção nos pedó-
filo para que não tenham mais prazer sexual, e proibir 2. Precisão vocabular;
sim esses programas abusivos pornográficos em horá- Dica: evite procurar palavras no dicionário para ex-
rios impróprios em que a família está assistindo”. pandir seu vocabulário. O dicionário é um parceiro
“para combater a intolerância religiosa, deveria acabar importante para uma ortografia correta e para au-
xiliar no entendimento de expressões e palavras ad-
com a liberdade de expressão”.
quiridas por meio da LEITURA. O caráter polissê-
“podemos combater a intolerância religiosa acabando mico de algumas palavras pode fazer com que você
com as religiões e implantando uma doutrina única”. incorra em imprecisão vocabular.
“o Estado deve paralisar as superexposições de crenças Exemplo: A violência tem se tornado cada vez mais
e proibir as manifestações religiosas ao público”. comum no meio societário.
“que o indivíduo que não respeitar a lei seja punido com 3. Obediência às regras de:
a perda do direito de participação de sua religião, que • concordância nominal e verbal;
ele seja retirado da sua religião como punição”.
• regência nominal e verbal;
“por haver tanta discriminação, o caminho certo que se • pontuação;
tem a tomar é acabar com todas as religiões”. • flexão de nomes e verbos;
“que a cada agressão cometida o agressor recebesse na
• colocação de pronomes oblíquos (átonos e tô-
mesma proporção, tanto agressão física como mental”.
nicos);
• grafia das palavras (inclusive acentuação grá-
“o governo deveria punir e banir essas outras “crenças”, fica e emprego de letras maiúsculas e minúscu-
que não sejam referentes a Bíblia”. las); e
• divisão silábica na mudança de linha (transline-
ação).
COMPETÊNCIA 1: DEMONSTRAR DOMÍNIO DA MODA-
LIDADE ESCRITA FORMAL DA LÍNGUA PORTUGUESA
ANOTAÇÕES
Texto I
Às segundas-feiras pela manhã, os usuários de um ser-
viço de música digital recebem uma lista personalizada
de músicas que lhes permite descobrir novidades. Assim
como os sistemas de outros aplicativos e redes sociais,
este cérebro artificial consegue traçar um retrato auto-
matizado do gosto de seus assinantes e constrói uma
máquina de sugestões que não costuma falhar. O sis-
tema se baseia em um algoritmo cuja evolução e usos
aplicados ao consumo cultural são infinitos. De fato,
plataformas de transmissão de vídeos online começam
a desenhar suas séries de sucesso rastreando o big data
gerado por todos os movimentos dos usuários para ana-
lisar o que os satisfaz. O algoritmo constrói assim um
universo cultural adequado e complacente com o gosto
do consumidor, que pode avançar até chegar sempre a
lugares reconhecíveis. Dessa forma, a filtragem de in-
formação feita pelas redes sociais ou pelos sistemas de
busca pode moldar nossa maneira de pensar. E esse é o
problema principal: a ilusão de liberdade de escolha que
muitas vezes é gerada pelos algoritmos."
VERDÚ, Daniel. O gosto na era do algoritmo. Disponível em: https://brasil.elpais.com.
Acesso em: 11 jun. 2018 (adaptado).
Texto II
Nos sistemas dos gigantes da internet, a filtragem de
dados é transferida para um exército de moderadores
em empresas localizadas do Oriente Médio ao Sul da
Ásia, que têm um papel importante no controle daquilo
que deve ser eliminado da rede social, a partir de sinali-
zações dos usuários. Mas a informação é então proces-
sada por um algoritmo, que tem a decisão final. Os al-
goritmos são literais. Em poucas palavras, são uma opi-
nião embrulhada em código. E estamos caminhando
para um estágio em que a máquina decide qual notícia
deve ou não ser lida.
PEPE ESCOBAR. A silenciosa ditadura do algoritmo. Disponível em: http://outraspala-
vras.net. Acesso em: 5 jun. 2017. (adaptado).
Internet no Brasil em 2016. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 18 jun. 2018 (adaptado).
Texto IV
Mudanças sutis nas informações às quais somos expos- OLHO DA REDAÇÃO
tos podem transformar nosso comportamento. As redes
têm selecionado as notícias sob títulos chamativos
como 'trending topics' ou critérios como “relevância”. Enem 2018: “Manipulação do comportamento do usuá-
Mas nós praticamente não sabemos como isso tudo é rio pelo controle de dados na internet”
filtrado. Quanto mais informações relevantes tivermos » Pense no aspecto econômico: como suas buscas,
nas pontas dos dedos, melhor equipados estamos para acessos e preferências podem induzir anúncios para
tomar decisões. No entanto, surgem algumas tensões você?
fundamentais: entre a conveniência e a deliberação; en- » Outro aspecto relevante é o político: em que me-
tre o que o usuário deseja e o que é melhor para ele; dida a difusão de notícias para um grupo específico
entre a transparência e o lado comercial. Quanto mais pode influenciar seu comportamento?
os "sistemas" souberem sobre você em comparação ao
» A proteção de dados também não pode ser igno-
que você sabe sobre eles, há mais riscos de suas esco-
rada. Reflita sobre aspectos legislativos e até crimi-
lhas se tornarem apenas uma série de reações a "cutu-
nais!
cadas" invisíveis. O que está em jogo não é tanto a ques-
tão "homem versus máquina", mas sim a disputa "deci- » Você precisa elaborar uma proposta de interven-
são informada versus obediência influenciada. ção! Qual o papel das provedoras de conteúdo
CHATFIELD, Tom. Como a internet influencia secretamente nossas escolhas. Disponí- como o Google, Facebook, Instagram e Whatsapp?
vel em: www.bbc.com. Acesso em: 3 jun. 2017 (adaptado). Como envolver a sociedade civil na resolução do
problema?
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua for-
mação, redija um texto dissertativo-argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre
o tema “Manipulação do comportamento do usuário
pelo controle de dados na internet”, apresentando pro-
posta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e co-
esa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Entendimento e Produção de Texto ∣ Setor 1553 ∣ 269
LEITURA
O que é coerência?
A coerência se estabelece com base nas ideias apresentadas no texto e nos conhecimentos dos interlocutores, ga-
rantindo a construção do sentido de acordo com as expectativas do leitor. A inteligibilidade de sua redação depende,
portanto, dos seguintes fatores:
• relação de sentido entre as partes do texto;
• seleção de argumentos;
• progressão temática adequada ao desenvolvimento do tema, revelando que a redação foi planejada e que as
ideias desenvolvidas são pouco a pouco apresentadas, em uma ordem lógica;
• apresentação clara da tese e seleção dos argumentos que a sustentam;
• encadeamento das ideias, de modo que cada parágrafo apresente informações novas, coerentes com o que foi
apresentado anteriormente, sem repetições ou saltos temáticos;
• adequação entre o conteúdo do texto e o mundo real.
I. Apresentar uma tese, desenvolver TESE – É a ideia que você vai defender no seu texto. Ela deve estar relaci-
justificativas para comprová-la e onada ao tema e deve estar apoiada em argumentos ao longo da redação.
uma conclusão que dê fecho à dis-
cussão elaborada no texto, com- ARGUMENTOS – É a justificativa para convencer o leitor a concordar com
pondo o processo argumentativo. a tese defendida. Cada argumento deve responder à pergunta “por quê?”
em relação à tese defendida.
II. Utilizar estratégias argumentati- ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS – São recursos utilizados para desen-
vas para expor o problema discu- volver os argumentos, de modo a convencer o leitor:
tido no texto e detalhar os argu- • exemplos;
mentos utilizados.
• dados estatísticos;
• pesquisa;
• fatos comprováveis;
• citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto;
• pequenas narrativas ilustrativas;
• alusões históricas; e
• comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos.
COMPETÊNCIA 4: DEMONSTRAR CONHECIMENTO DOS d) elipse ou omissão de elementos que já tenham sido
MECANISMOS LINGUÍSTICOS NECESSÁRIOS PARA A citados anteriormente ou sejam facilmente identifi-
CONSTRUÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO cáveis.
Os aspectos a serem avaliados nesta competência di- 1. Nossas cidades têm se tornado cada vez mais
zem respeito à estruturação lógica e formal entre as caóticas e desorganizadas. Precisamos repen-
partes da redação. A organização textual exige que as sar nossas cidades para criarmos cidades cada
frases e os parágrafos estabeleçam entre si uma relação vez mais democráticas e saudáveis.
que garanta a sequenciação coerente do texto e a inter- 2. Nossas cidades têm se tornado cada vez mais
dependência das ideias. Esse encadeamento pode ser caóticas e desorganizadas. Precisamos re-
expresso por conjunções, por determinadas palavras, pensá-las para que sejam cada vez mais demo-
ou pode ser inferido a partir da articulação dessas cráticas e saudáveis.
ideias.
80 Pontos Tese: "É dever do Estado assegurar a todos o direito à moradia, garantindo
Elabora, de forma insuficiente, pro- moradia digna com saneamento básico."
posta de intervenção relacionada Intervenção: "Desta forma, é preciso assegurar um emprego digno a todos
ao tema ou não articulada com a dis- de modo que consigam de maneira honrada ou pagar um aluguel, ou , o que
cussão desenvolvida no texto seria ideal, comprar e realizar o sonho da casa própria".
120 Pontos "Assim, é fundamental que o Estado resolva o problema da habitação. Não
Elabora, de forma mediana, pro- é aceitável que no século XXI pessoas não tenham onde morar. Para resolver
posta de intervenção relacionada ao o problema, o Estado precisa ampliar seus programas de habitação popular
tema e articulada à discussão desen- e financiamento da casa própria. Só assim teremos uma sociedade justa e
volvida no texto. igualitária".
"Assim, é fundamental que o Estado resolva o problema da habitação. Não
160 Pontos é aceitável que no século XXI pessoas não tenham onde morar. Para resolver
Elabora bem proposta de interven- o problema, o Estado precisa fazer valer a função social da propriedade (de-
ção relacionada ao tema e articu- sapropriando imóveis desocupados). Além disso, é essencial que se amplie
lada à discussão desenvolvida no os programas de habitação pública seja com auxílio ao financiamento da
texto. casa própria ou criação de moradias estatais. Só assim teremos uma socie-
dade justa e igualitária".
Tese: moradia é direito e não mercadoria.
200 Pontos Intervenção: "Assim, é fundamental que o Estado resolva o problema da ha-
Elabora muito bem proposta de in- bitação tratando-a como direito e não mercadoria. É preciso pensar o pro-
tervenção, detalhada, relacionada blema coletivamente e assegurando o caráter social da propriedade: IPTU
progressivo no tempo e desapropriações em massa. O Estado não precisa
ao tema e articulada à discussão de- necessariamente financiar a casa própria, mas fundamentalmente, assegu-
senvolvida no texto. rar moradia: seja com alugueis sociais ou com moradias estatais. Só assim
garantimos uma sociedade justa e igualitária"
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
Norma e padrão
Uma das comparações que os estudiosos de variação
linguística mais gostam de utilizar é a da língua com a ves-
timenta. Esta, como sabemos, é bastante variada, indo da
mais formal (longo e smoking) à mais informal (biquíni e
sunga, ou camisola e pijama). A ideia dos que fazem essa
comparação é a seguinte: não existem, a rigor, formas lin-
guísticas erradas, existem formas linguísticas inadequa-
das. Como as roupas: assim como ninguém vai à praia de
smoking ou de longo, também ninguém casa de biquíni e
de sunga, ou de camisola e de pijama (sem negar que estas
sejam vestimentas, e adequadas!), assim ninguém diz “me
dá esse troço aí” num banquete público e formal nem
“faça-me o obséquio de passar-me o sal” numa situação
de intimidade familiar.
1
Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu
viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pe-
las pessoas representativas de uma sociedade. Os gramá-
ticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão,
2
nem recomendando-o de fato. Recomendam uma norma,
uma norma ideal. Vou dar uns exemplos: se o padrão é o
usado pelos figurões, então deveriam ser considerados pa-
drões o verbo “ter” no lugar de “haver”; a regência de
“preferir x do que y”, em vez de “preferir x a y”; o uso do
anacoluto (A inflação, ela estará dominada quando...); a
posição enclítica dos pronomes átonos. O que não significa
proibir as mais conservadoras. Algumas dessas formas
“novas” aparecem em muitíssimo boa literatura, em auto-
res absolutamente consagrados, que poderiam servir de
base para que os gramáticos liberassem seu uso – para os
que necessitam da licença dos outros.
3
Vejam-se esses versos de Murilo Mendes: “Desse lado
tem meu corpo / tem o sonho / tem a minha namorada na
janela / tem as ruas gritando de luzes e movimentos / tem
meu amor tão lento / tem o mundo batendo na minha me-
mória / tem o caminho pro trabalho. Do outro lado tem
outras vidas vivendo da minha vida / tem pensamentos sé-
rios me esperando na sala de visitas / tem minha noiva de-
finitiva me esperando com flores na mão / tem a morte, as
colunas da ordem e da desordem.”.
4
Faltou ao poeta acrescentar: tem uns gramáticos do
tempo da onça / de antes do tempo em que se começou a
andar pra frente.
Não vou citar Drummond de Andrade, com seu por de-
mais conhecido “Tinha uma pedra no meio do caminho...”,
nem o Chico Buarque de “Tem dias que a gente se sente /
como quem partiu ou morreu...”.
276 ∣ Entendimento e Produção de Texto ∣ Setor 1553 ANGLOVINCI VESTIBULARES
Mas acho que vou citar “Pronominais”, do glorioso Os- 2. O autor defende no texto a seguinte tese:
wald de Andrade: Dê-me um cigarro / Diz a gramática / Do a) a norma gramatical, para ser coerente, deve ser
professor e do aluno / E do mulato sabido / Mas o bom baseada no padrão de uso de uma língua.
negro e o bom branco / Da nação brasileira / Dizem todos
b) a língua é variável e multiforme, razão pela qual
os dias / Deixa disso camarada / Me dá um cigarro.
as pessoas podem usá-la como quiserem.
Quero insistir: 5ao contrário do que se poderia pensar
c) as normas de bom uso da língua garantem a
(e vários disseram), não sou anarquista, defensor do tudo
quem fala e/ou escreve sucesso comunicativo.
pode, ou do vale tudo. Nem estou dizendo que “Nós vai” é
igual a “Tem muito filho que obedece os pais”. O que estou d) as formas linguísticas consideradas corretas são
fazendo é cobrar coerência, um pouquinho só: 6se o pa- aquelas usadas na língua escrita formal.
drão vem da fala dos bacanas, se os mais bacanas são os e) o padrão de uso de uma língua deve ser cuida-
poetas consagrados, por que, antes das dez, numa aula de dosamente preservado pelos gramáticos.
literatura, podemos curtir seu estilo e em outra aula, de-
pois das onze, 7dizemos aos alunos e aos demais interessa-
Texto para as próximas 2 questões:
dos: viram o Drummond, o Murilo, o Machado, o Guima-
rães Rosa? Que criatividade!!! Mas vocês não podem fazer
Leia a letra da canção e observe a pintura a seguir para
como eles.
responder à(s) questão(ões).
POSSENTI, Sírio. A cor da língua e outras croniquinhas de linguística.
Campinas: Mercado de Letras, 2001. p. 111-112. (Adaptado).
Metamorfose ambulante
Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracte- Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou
rização da atividade dos gramáticos. Para isso, o au- Se hoje eu lhe odeio amanhã lhe tenho amor
tor: Lhe tenho amor
a) define a sociolinguística como uma área da lin- Lhe tenho horror
guística que visa estudar as formas linguísticas
Lhe faço amor
ideais e as formas linguísticas que de fato os fa-
lantes usam. Eu sou um ator
b) faz uma comparação entre a atividade proposta É chato chegar a um objetivo num instante
e a atividade efetivamente realizada, que con-
siste na recomendação de uma norma ideali- Quero viver nessa metamorfose ambulante
zada. Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
c) apresenta diversos exemplos de usos cotidianos
da língua que demonstram, de forma evidente, Vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes
o fato de que as línguas são inerentemente va- Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
riáveis. Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
d) cita uma autoridade acadêmica da área dos es-
tudos da linguagem a fim de validar as propostas Vivi a viver a vida no segundo e no instante
teóricas e analíticas relativas à variação linguís- Prefiro ser essa metamorfose ambulante
tica. Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
e) insere um quadro de definição dos vocábulos
SEIXAS, Raul. Metamorfose ambulante. Disponível em: <http://www.le-
técnicos relacionados à área de estudos socio- tras.com.br/#!raul-seixas/metamorfose-ambulante>. Acesso em: 02 set. 2015.
linguísticos a fim de facilitar a compreensão do
leitor.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Entendimento e Produção de Texto ∣ Setor 1553 ∣ 277
5. (UEG) É informação contida nos gráficos:
a) o número de chineses que não sabe ler nem es-
crever é maior do que o de brasileiros analfabe-
tos.
3. Em relação à letra da música, a pintura retrata uma b) entre 2000 e 2003, a queda do analfabetismo
cena foi maior do que a que se verificou entre 2004
e 2007.
a) discrepante, na medida em que faz referência
ao caráter estável de tudo quanto existe. c) no ano de 2010, o total da população conside-
rada analfabeta no Brasil era maior do que o de
b) complementar, na medida em que corrobora a
2006.
noção de que o ser humano é decidido e linear.
d) a diferença entre o porcentual de analfabetos
c) discrepante, na medida em que o trabalho com
no Brasil e na Argentina equivale ao porcentual
luzes e sombras simboliza a imutabilidade da
de analfabetos no Chile.
alma humana.
d) complementar, na medida em que alude, por
meio de jogos de luz, à passagem do tempo,
que tudo transforma.
Analfabetismo persistente
Com baixa taxa de eficiência, os atuais cursos de alfabe-
tização não conseguiram cumprir a meta de erradicar o
analfabetismo. O país ainda tem 14 milhões de jovens e
adultos que não sabem ler e escrever.
https://www.asomadetodosafetos.com/2016/05/melhores-tirinhas-da-mafalda.html
http://eduqescola.blogspot.com/2017/03/variedade-linguistica-em-tirinhas-com.html
5. (UEG 2015)
4. (UEG)
Senhora, que bem pareceis!
Se de mim vos recordásseis
que do mal que me fazeis
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então
que eu vos visse e agradasse.
1. (Fuvest)
São Paulo gigante, torrão adorado
Estou abraçado com meu violão
Feito de pinheiro da mata selvagem
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante.
a) Na tira, o que cada um dos dois grupos de pes- 2. (INSPER) Paralimpíadas é a mãe
soas representa?
Certamente eu descobriria no Google, mas me deu
b) Em português, empregamos a seguinte expres-
preguiça de pesquisar e, além disso, não tem impor-
são: “o tiro saiu pela culatra”. Explicite o sentido
tância saber quem inventou essa palavra grotesca,
dessa expressão e a relacione com a crítica vei-
que agora a gente ouve nos noticiários de televisão
culada pela tira.
e lê nos jornais. O surpreendente não é a invenção,
pois sempre houve besteiras desse tipo, bastando
lembrar os que se empenharam em não jogarmos
futebol, mas ludopédio ou podobálio. O impressio-
nante é a quase universalidade da adoção dessa pa-
lavra (ainda não vi se ela colou em Portugal, mas
tenho dúvidas; os portugueses são bem mais ciosos
de nossa língua do que nós), cujo uso parece ter sido
objeto de um decreto imperial e faz pensar em por
que não classificamos isso imediatamente como
uma aberração deseducadora, desnecessária e ina-
ceitável, além de subserviente a ditames saídos não
se sabe de que cabeça desmiolada ou que interesse
obscuro. Imagino que temos autonomia para isso e,
se não temos, deveríamos ter, pois jornal, telejornal
e radiojornal implicam deveres sérios em relação à
língua. Sua escrita e sua fala são imitadas e tidas
como padrão e essa responsabilidade não pode ser
encarada de forma leviana.
Rita Lee cantava uma música que dizia "o resto que
O que motivou a indignação do autor com a palavra se exploda, feito Bomba H". Será que na língua culta
“paralimpíadas” foi o(a): existe "exploda"? Explodir é verbo defectivo, ou
a) imposição da palavra, formada por um meca- seja, não tem conjugação completa. No presente do
nismo que dispensa elementos conhecidos da indicativo, deve-se conjugá-lo a partir da segunda
língua. pessoa do singular (tu explodes, ele explode etc.).
b) aceitação irrestrita do termo por parte da mí- Muita gente não sabe da existência dos defectivos
dia, especialmente pela televisão. e os "conjuga" em todas as pessoas.
c) fato de que, ao contrário do neologismo “imexí- (Pasquale Cipro Neto, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/10/10/fo-
vest/8.html)
vel”, a palavra não foi incorporada aos dicioná-
rios.
A alternativa que exemplifica o que foi expresso no
d) tentativa de resgatar palavras arcaicas tal como último período é:
se fossem decretos imperiais.
a) Houveram dificuldades na resolução da ques-
e) recusa à adoção do neologismo pelos portugue- tão.
ses, cuja atitude revela-se conservadora.
b) Ficaremos felizes se vocês mantiverem a calma.
c) É preciso fazer contas para que a prestação
3. (Enem) Gripado, penso entre espirros em como a caiba no orçamento.
palavra gripe nos chegou após uma série de contá-
d) Empresário reavê judicialmente a posse de seu
gios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epide-
imóvel.
mia de gripe que disseminou pela Europa, além do
vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o ita- e) Polícia deteu quase 60 torcedores nas imedia-
liano influenza e o francês grippe. O primeiro era ções do Morumbi.
um termo derivado do latim medieval influentia,
que significava “influência dos astros sobre os ho-
mens”. O segundo era apenas a forma nominal do
verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fi-
zesse referência ao modo violento como o vírus se
apossa do organismo infectado.
RODRIGUES, S. “Sobre palavras”. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
Texto II
A body art põe o corpo tão em evidência e o sub-
mete a experimentações tão variadas, que sua in-
fluência estende-se aos dias de hoje. Se na arte
atual as possibilidades de investigação do corpo pa-
recem ilimitadas – pode-se escolher entre represen-
tar, apresentar, ou ainda apenas evocar o corpo –
isso ocorre graças ao legado dos artistas pioneiros.
SILVA, P. R. Corpo na arte, body art, body modification; fronteiras. II. Encontro
de História da Arte: IFCH-Unicamp. 2006 (adaptado).
Considerando os sentidos produzidos pela tirinha, é correto afirmar que o autor explora o fato de que palavras
como “ontem”, “hoje” e “amanhã”:
a) mudam de sentido dependendo de quem fala.
b) adquirem sentido no contexto em que são enunciadas.
c) deslocam-se de um sentido concreto para um abstrato.
d) evidenciam o sentido fixo dos advérbios de tempo.
3. (Enem 2018) Encontrando base em argumentos supostamente científicos, o mito do sexo frágil contribuiu histo-
ricamente para controlar as práticas corporais desempenhadas pelas mulheres. Na história do Brasil, exatamente
na transição entre os séculos XIX e XX, destacam-se os esforços para impedir a participação da mulher no campo
das práticas esportivas. As desconfianças em relação à presença da mulher no esporte estiveram culturalmente
associadas ao medo de masculinizar o corpo feminino pelo esforço físico intenso. Em relação ao futebol feminino,
o mito do sexo frágil atuou como obstáculo ao consolidar a crença de que o esforço físico seria inapropriado para
proteger a feminilidade da mulher “normal”. Tal mito sustentou um forte movimento contrário à aceitação do
futebol como prática esportiva feminina. Leis e propagandas buscaram desacreditar o futebol, considerando-o
inadequado à delicadeza. Na verdade, as mulheres eram consideradas incapazes de se adequar às múltiplas difi-
culdades do “esporte-rei”.
TEIXEIRA, F. L. S.; CAMINHA, I. O. Preconceito no futebol feminino: uma revisão sistemática. Movimento, Porto Alegre, n. 1, 2013 (adaptado).
Consultoria PC Speed
A pergunta “o que é um texto?” possui repostas varia-
Sr. Pedro Alberto
das de acordo com os autores ou linhas de pesquisa
Assunto: Consultoria adotados. No entanto, algumas particularidades persis-
tem a todas as concepções, a saber:
Prezado Senhor, » Texto tem origem na radical latino textum, o
Manifestamos nossa apreciação pelo excelente mesmo que deriva palavras em português como
trabalho executado pela equipe de consultores têxtil, tecido. Isso pressupõe que texto é uma tessi-
desta empresa na revisão de todos os controles in- tura, um arranjo organizado de elementos.
ternos relativos às áreas administrativas. » O texto, não importando qual seja, pressupõe um
As contribuições feitas pelos membros da equipe sentido global, em outras palavras, ao final da lei-
serão de grande valia para o aperfeiçoamento dos tura espera-se que haja entendimento de tudo o
processos de trabalho que estão sendo utilizados. que foi utilizado na composição do texto (gênero,
vocabulário, recursos estéticos, implícitos etc), as-
Queira, por gentileza, transmitir-lhes nossos sim como de todas as ideias que são sugeridas pela
cumprimentos. composição que se está lendo (valores sociais,
Atenciosamente, ideias filosóficas, valores de representatividade
etc).
Rivaldo Oliveira Andrade
Levando isso em conta, percebe-se que um texto, se-
Diretor Administrativo e Financeiro gundo José Luiz Fiorin em Da necessidade da distinção
Disponível em: www.pcspeed.com.br. Acesso em: 1 maio 2012 (adaptado). entre texto e discurso, (Texto e Discurso, 2012) comenta
que o texto “não é uma grande frase nem é um amon-
A carta manifesta reconhecimento de uma empresa toado de frases, mas se constitui de processos específi-
pelos serviços prestados pelos consultores da PC cos de composição. É um todo organizado de sentido
Speed. que é composto de procedimentos linguísticos pró-
prios”. Assim, entendemos aqui que Texto é o resultado
Nesse contexto, o uso da norma-padrão: de uma tessitura de palavras e outros recursos, inclu-
a) constitui uma exigência restrita ao universo fi- indo visuais, que comporta um ou alguns sentidos pre-
nanceiro e é substituível por linguagem infor- viamente arquitetados pelo autor.
mal.
Dessa maneira, devemos levar em consideração no ato
b) revela um exagero por parte do remetente e de leitura uma série de fatores, tais como autoria, gê-
torna o texto rebuscado linguisticamente. nero textual usado, vocabulário empregado, finalidade
c) expressa o formalismo próprio do gênero e atri- do gênero, assim como as articulações entre períodos e
bui profissionalismo à relação comunicativa. parágrafos no interior do texto (contexto) e teor do que
d) torna o texto de difícil leitura e atrapalha a com- está sendo dito para que possamos nos acercar de ele-
preensão das intenções do remetente. mentos, se não essenciais ao menos importantes na
e) sugere elevado nível de escolaridade do diretor construção de sentido.
e realça seus atributos intelectuais. Em outras palavras, estamos falando de Contexto.
CAPÍTULO 8
AS EXTREMIDADES
8.4 OS PÉS
https://minilua.com/simplesmenteae-ironia/
2. O limpador de para-brisas
Quando se atenta à pergunta do primeiro persona- Posição: sentada com os braços atrás do corpo e as
gem “Você se lembra em que votou nas últimas elei- mãos apoiadas no chão
ções?”, num primeiro momento, pensamos ser uma − Gire os tornozelos para dentro e para fora;
intervenção comum e cotidiana que aciona o senso
comum sobre o brasileiro de que ninguém se lem- − Levante e abaixe os calcanhares mantendo as bar-
bra do candidato em quem se votou e de que o voto rigas das pernas no chão (os dois juntos; depois um
não possui muita importância. No entanto, a expec- de cada vez).
tativa mais séria é quebrada no segundo quadrinho,
quando a primeira personagem pede que o depu-
tado saia do carro, já que o segundo personagem
não se lembrava em quem havia votado, a situação
se torna então favorável à saída do deputado. Esse
final cômico nos leva ao contexto de que os políti-
cos no brasil têm fama de serem ladrões e corrup-
tos. Portanto, a atitude do deputado deve ser vista
como resultado de uma confirmação dessa opinião
geral.
Texto II
Assim, é fundamental que o leitor entenda a impor-
tância de se observar as informações contextuais, RECEITA DE ARROZ DOCE TRADICIONAL
sejam as pistas dadas pelo próprio texto, sejam as
referências que auxiliam o leitor a compor o sentido
INGREDIENTES
final do que lê.
1 litro e meio de leite
O leitor/ouvinte espera sempre um texto dotado de 2 xícaras de arroz branco (já lavado)
sentido e procura, a partir da informação contextu- 3 xícaras de açúcar
almente dada, construir uma representação coe-
rente, por meio da ativação de seu conhecimento Canela em pau (uso e quantidade a gosto)
de mundo e/ou deduções que o levam a estabele- 1 lata de leite condensado
cer relações de temporalidade, causalidade, oposi-
ção etc. Como diz a linguista Vanda Maria Elias MODO DE PREPARO
“para que duas ou mais pessoas possam compreen- Cozinhar o arroz no leite, juntamente com a canela.
der-se mutuamente, faz-se preciso que seus con-
20 minutos depois, mexer de tempos em tempos,
textos socio-cognitivos sejam, pelo menos, parcial-
acrescentar o açúcar, deixar mais 20 minutos e logo
mente semelhantes. É isso também me permite
em seguida acrescentar o leite condensado e deixar
afirmar que o contexto socio-cognitivo engloba to-
mais 20 minutos.
dos os outros tipos de contexto.” (Koch&Elias,
2015) Colocar em uma linda travessa.
Tarefa Complementar
1. E
2. A
3. E
4. D
5. D
6. D
7. C
8. D
9. C
10. E
11. B
12. C
13. E
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
com pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou Acerca do processo de imigração para o Brasil, re-
mesmo praticamente impedia, o acesso à terra para gistrado no século XIX, é correto afirmar:
os trabalhadores escravos que conquistavam a li-
berdade. a) O Brasil tornou-se o destino preferencial dos
imigrantes europeus graças à possibilidade de
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. L. S.
Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.
se constituírem pequenos proprietários rurais
devido à promulgação da Lei de Terras em
O fato legal evidenciado no texto acentuou o pro- 1850.
cesso de: b) Desde a proclamação da independência do Bra-
a) reforma agrária. sil, a imigração europeia foi estimulada pelo go-
b) expansão mercantil. verno central como uma maneira de atender às
pressões inglesas pelo fim da escravidão no
c) concentração fundiária.
país.
d) desruralização da elite.
c) O fluxo imigratório só deslanchou no Brasil após
e) mecanização da produção. as alterações nas leis trabalhistas que garanti-
ram condições de trabalho análogas àquelas
2. (UECE) Entre 7 de abril de 1831 e 24 de julho de oferecidas no continente europeu.
1840, o Brasil foi governado por regentes. Isso de- d) A partir da década de 1870, com as iniciativas
veu-se à abdicação de D. Pedro I ao trono brasileiro do governo de São Paulo, intensificou-se o fluxo
em favor de seu filho que tinha então cinco anos e imigratório de europeus para a província pau-
quatro meses de idade. Esse Período regencial, de lista destinados, sobretudo, à produção cafe-
pouco mais de 9 anos, teve inicialmente duas re- eira.
gências trinas, e após um ato adicional, em 1834, e) A modernização das atividades agrícolas brasi-
que alterou o modelo de regência previsto na Cons- leiras iniciou-se a partir do declínio da produção
tituição Imperial de 1824, teve, também, duas re- canavieira e com o desenvolvimento do com-
gências unas. plexo cafeeiro na região do Recôncavo Baiano e
Essa época da história brasileira foi marcada por: do Sul da Bahia.
a) várias rebeliões em províncias do norte, nor-
deste e sul do país, algumas delas com objetivos 4. (UFRRJ) "O Acontecimento mais sério de que o Brasil
separatistas e outras com caráter de defesa da participou na América Latina foi também na Amé-
monarquia. rica Meridional envolvendo o Paraguai fortemente
b) grandes avanços nos direitos sociais e uma militarizado e Solano Lopez contra a Tríplice Aliança
maior unificação e pacificação interna, se com- (Brasil, Argentina e Uruguai). Conflito sangrento ini-
parada aos períodos de governo dos dois impe- ciado em 1865, só terminou cinco anos depois com
radores. a derrota do Paraguai".
(José Ribeiro Jr. 'O Brasil Monárquico em face das Repúblicas Americanas'. In:
c) acentuar o espírito republicano do povo brasi- Motta, Carlos Guilherme (org.). "Brasil em Perspectiva". São Paulo: DIFEL, 1968.
leiro, o que levou à crise e queda imediata da
monarquia e à adoção da república como forma a) Aponte duas razões para a eclosão da "Guerra
de governo. do Paraguai".
d) efetivar o consenso entre restauradores e tra- b) Explique uma consequência da guerra para a
balhistas que se mantiveram no poder alterna- vida política do Império brasileiro.
damente, mas não realizaram nenhuma inova-
ção federalista no modelo monárquico brasi-
leiro.
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
1. (UERJ)
STORNI, 1927. In: LEMOS, Renato. Uma história do Brasil através da caricatura.
Rio de Janeiro: Bom Texto, Letras e Expressões, 2001.
Identifique, nos itens abaixo, as principais mudan- Analisando o contexto histórico mencionado no
ças do período. texto, é correto afirmar que a CLT:
a) Os direitos trabalhistas concedidos permitiam a) evidenciou as relações estreitas do governo
plena liberdade de organização da classe traba- Vargas com o comunismo soviético.
lhadora sem nenhum controle do governo so-
b) contribuiu para a divulgação de uma imagem de
bre os sindicatos.
“pai dos pobres” para Getúlio Vargas.
b) Entre os direitos trabalhistas estavam o Décimo
c) ampliou a participação da classe operária em
Terceiro Salário, licença maternidade por 90
movimentos grevistas e comunistas.
dias e o adicional de um terço do salário no mês
de férias. d) proporcionou uma rebelião nas Forças Arma-
das, dando início às ditaduras militares.
c) A Constituição de 1934 adotou medidas demo-
cráticas e criou as bases da legislação traba- e) prejudicou as atividades produtivas do setor ca-
lhista. Além disso, sancionou o voto secreto e o feeiro, que se encontrava no auge.
voto feminino.
d) Houve a extinção do Ministério do Trabalho e
dos tribunais do trabalho, medidas que visavam
cortes nos gastos públicos para estabilizar o
país, que ainda sofria reflexos da Crise de 1929.
e) foi provocada pelas desavenças entre as oligar- A década de 1930, quando a tela Operários foi pin-
quias de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. tada, caracterizou-se pela deflagração do processo
de industrialização na sociedade brasileira.
5. (Enem) Em 1943, Getúlio Vargas criou o Departa- Nessa tela, por meio da representação proposta
mento de Propaganda e Difusão Cultural junto ao pela artista, pode-se observar o seguinte aspecto
Ministério da Justiça, esvaziando o Ministério da do operariado nacional na época:
Educação não só da propaganda, mas também do a) defasagem salarial
rádio e do cinema. A decisão tinha como objetivo
b) diversidade cultural
colocar os meios de comunicação de massa a ser-
viço direto do Poder Executivo, iniciativa que tinha c) associação sufragista.
inspiração direta no recém-criado Ministério da d) disparidade educacional
Propaganda alemão.
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. Rio 7. (Unesp) “A questão social é um caso de polícia” –
de Janeiro: FGV, 1999.
esta frase, atribuída a Washington Luís, presidente
No contexto citado, a transferência de funções en- da República de 1926 até a sua deposição em 1930,
tre ministérios teve como finalidade o(a): é geralmente apontada como o sintoma de como as
a) desativação de um sistema tradicional de co- questões relativas ao trabalho (a “questão social”)
municação voltado para a educação. eram descuidadas pelo Estado durante o período da
b) controle do conteúdo da informação por meio chamada República Velha (1889-1930). E, de fato, a
de uma orientação política e ideológica. questão social era um caso de polícia.
c) subordinação do Ministério da Educação ao Mi- (Kazumi Munakata. A legislação trabalhista no Brasil, 1981.)
nistério da Justiça e ao Poder Executivo.
Explique a frase final do texto, exemplificando-a, e
d) ampliação do raio de atuação das emissoras de
indique a principal alteração que ocorreu no trata-
rádio como forma de difusão da cultura popu-
mento da questão social pelo Estado, após 1930.
lar.
e) demonstração de força política do Executivo di-
ante de ministérios herdados do governo ante-
rior.
ANGLOVINCI VESTIBULARES História ∣ Setor 1651 ∣ 329
4 A REPÚBLICA DO BRASIL II
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
tempo de abertura. Vivemos sob o signo da anistia A partir do texto acima e de seus conhecimentos so-
que é esquecimento, ou devia ser. Tempo que pede bre a Nova República no Brasil, assinale a alterna-
contenção e paciência. Sofremos todo ímpeto tiva correta.
agressivo. Adocemos os gestos. O tempo é de per- a) A concentração de renda gerada pelo milagre
dão. (...) Esqueçamos tudo isto, mas cuidado! Não econômico, as bolhas especulativas no mer-
nos esqueçamos de enfrentar, agora, a tarefa em cado financeiro brasileiro, as flutuações no
que fracassamos ontem e que deu lugar a tudo isto. preço do petróleo e a alta internacional dos ju-
Não nos esqueçamos de organizar a defesa das ins- ros ao longo da década de 1970 foram elemen-
tituições democráticas contra novos golpistas mili- tos decisivos para a superação da crise econô-
tares e civis para que em tempo algum do futuro mica dos anos de 1980.
ninguém tenha outra vez de enfrentar e sofrer, e de- b) No Brasil dos anos de 1980, a desaceleração
pois esquecer os conspiradores, os torturadores, os econômica, o descontrole inflacionário e o de-
censores e todos os culpados e coniventes que be- sarranjo nas contas públicas foram acompanha-
beram nosso sangue e pedem nosso esquecimento. dos pelo silenciamento dos movimentos pelas
Darcy Ribeiro. “Réquiem”, Ensaios insólitos. Porto Alegre: L&PM, 1979.
Diretas Já e dos direitos civis, sendo essa dé-
cada conhecida como a “década perdida”.
O texto remete à anistia e à reflexão sobre os im- c) A crise econômica que se instalou no Brasil a
passes da abertura política no Brasil, no período fi- partir de meados dos anos de 1970 gerou pres-
nal do regime militar, implantado com o golpe de são sobre o governo militar do General Figuei-
1964. Com base nessas referências, escolha a alter- redo, que, em resposta, aprovou a Lei da Anistia
nativa correta. e a Lei Orgânica dos Partidos, incentivou o mo-
a) A presença de censores na redação dos jornais vimento grevista e garantiu a realização de elei-
somente foi extinta em 1988, quando promul- ções de forma lenta, gradual e segura.
gada a nova Constituição. d) A chamada década perdida no Brasil foi mar-
b) O projeto de lei pela anistia ampla, geral e irres- cada por grave crise econômica, pela transição
trita foi uma proposta defendida pelos militares para o regime democrático, pela gradual nor-
como forma de apaziguar os atos de exceção. malização das instituições políticas próprias da
democracia, pelo fortalecimento dos movimen-
tos sociais e civis e pela efervescência cultural.
336 ∣ História ∣ Setor 1651 ANGLOVINCI VESTIBULARES
7. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre o
fim da ditadura civil-militar brasileira, nos anos GABARITO
1980.
I. Entre as principais consequências da ditadura, Tema 1
estão os altos índices de inflação, de endivida-
mento externo e de concentração de renda. Tarefa Mínima
II. Com o sucesso da política social elaborada pelo 1. E 2. E 3. A
governo Sarney, houve um processo de apazi- 4. a) Monopólio colonial ou exclusivo metropolitano
guamento dos conflitos rurais, que marcou a significa que a colônia era exclusividade da metró-
chamada “paz no campo”. pole não possuindo vida própria, sua função era
III. Com a função de elaborar uma nova constitui- complementar a economia metropolitana. No final
ção para o país, a Assembleia Nacional Consti- da Idade Média e início da Idade Moderna surgiram
tuinte foi formada por cidadãos que não ocupa- os Estados Nacionais Modernos que necessitavam
vam mandatos legislativos. de muitos recursos para montar e equipar exérci-
tos, montar e equipar a marinha bem como manter
Quais estão corretas? a burocracia estatal. A política econômica denomi-
a) Apenas I. nada de “Mercantilismo” tinha a função de gerar re-
b) Apenas II. cursos para o Estado, daí a colonização e o mono-
c) Apenas III. pólio colonial.
b) Antigo Regime é uma expressão utilizada para
d) Apenas I e II.
denominar a política na Idade Moderna (absolu-
e) I, II e III. tismo) e a economia (mercantilismo). O comércio
foi de fato a mola propulsora neste contexto cha-
8. (UEL) A letra da canção O Bêbado e o Equilibrista, mado de capitalismo comercial mercantil.
composta por João Bosco e Aldir Blanc, foi lançada 5. A 6. B 7. C
em 1978 e eternizada na voz de Elis Regina. A letra,
que tem os versos “Chora a nossa Pátria mãe gen- Tarefa Complementar
til/Choram Marias e Clarisses / No solo do Brasil”, 1. C 2. A 3. A 4. A 5. E 6. B 7. B
trata do período da redemocratização, já no final da
Ditadura Militar. Considerada como um hino da Tema 2
anistia, fala de personagens que ficaram conheci-
das, como as viúvas de presos políticos (Maria, es-
Tarefa Mínima
posa de Manuel Fiel Filho, e Clarisse, esposa de Vla-
1. A 2. D 3. A 4. B 5. B 6. B 7. C
dimir Herzog), e do retorno do exílio de militantes
políticos, como o sociólogo Betinho.
Tarefa Complementar
Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre 1. C 2. A 3. D
o tema, discorra sobre os marcos históricos do Bra- 4. a) As disputas pela navegação nos rios da bacia pla-
sil do período conhecido como redemocratização tina; a existência de territórios fronteiriços em lití-
pós-1964. gio; as alianças e contra-alianças entre os países da
região (a intervenção do Brasil na política interna do
Uruguai, apoiando o Partido Colorado em oposição
ao Blanco; a aproximação entre Brasil e Argentina
de Mitre e o isolamento político do Paraguai de So-
lano López)
b) O fortalecimento da identidade nacional, atra-
vés dos voluntários e a valorização do hino e da
bandeira imperiais; a consolidação do Exército bra-
sileiro, até então desprestigiado frente ao poder da
Guarda Nacional; o avanço da questão abolicionista
pelo emprego de libertos e escravos na guerra.
5. C 6. A 7. E 8. B
Tarefa Mínima
1. C 2. D 3. C 4. D 5. C 6. B 7. B
Tarefa Complementar
1. C 2. C 3. A 4. A 5. B 6. B
7- Durante a República Velha, as reivindicações popu-
lares a favor de reformas sociais e políticas eram trata-
das com violência por parte do governo. Quem pusesse
em risco os interesses dos grupos conservadores seria
perseguido, preso ou até morto.
A partir de 1930, Vargas inicia uma política Populista em
que uma parte da elite assume a defesa das reivindica-
ções populares, controlando o movimento popular.
Dessa maneira, são atendidas apenas as necessidades
que não prejudiquem a elite.
Tema 4
Tarefa Mínima
1. E 2. C 3. E 4. B 5. D 6. C 7. D
Tarefa Complementar
1. A 2. A 3. C 4. D 5. D 6. D 7. A
8. Entre os anos de 1980 e 1985, alguns dos mecanis-
mos do Regime Militar – tortura, censura e repres-
são – começam a perder força devido à movimen-
tação e ao apelo popular. Nesse contexto, podemos
destacar como marcos da transição ditadura-demo-
cracia: (1) a aprovação da Lei da Anistia (1979), (2)
a campanha pelas Diretas Já (1985) e a escritura da
Constituição Cidadã (1988).
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
*projeção
Brasil. MAPA. Projeções do Agronegócio: 2017/18 a 2027/28. 2018. Adaptado.
5. CONEXIDADE
As mudanças nos ambientes são constantes. Os fa-
tos são dinâmicos e é importante observar o pas-
sado para se entender melhor o presente. A relação
*projeção
Brasil. MAPA. Projeções do Agronegócio: 2017/18 a 2027/28. 2018. Adaptado.
Texto II
3. (UECE) Atente para as seguintes estrofes do poema
O objetivo principal era encontrar e matar Osama
de Cecília Meireles intitulado Província.
Bin Laden. Onde ele se esconde? Não podemos es-
quecer a dificuldade de ocupação do país, que pos- Província
sui um relevo montanhoso, cheio de cavernas, onde
Cidadezinha perdida
fica fácil, para quem está acostumado com esse re-
levo, esconder-se. no inverno denso de bruma,
que é dos teus morros de sombra,
OLIVEIRA, M. G.; SANTOS, M. S. Ásia: uma visão histórica, política e econômica
do continente. Rio de janeiro: E-Papers, 2009 (adaptado) do teu mar de branda espuma
As situações apresentadas atestam a importância (...)
da relação entre a topografia e o(a): Pela curva dos caminhos,
a) construção de vias terrestres. cheirava a capim e a orvalho
b) preservação do meio ambiente. e muito longe as harmônicas
c) emprego de armamentos sofisticados. riam, depois do trabalho
d) intimidação contínua da população local. (...)
e) domínio cognitivo da configuração especial. Que é feito de tua prosa,
onde a morena sorria
com toda noite nos olhos
2. (Fuvest) "Hoje, a civilização só parece progredir e na boca, todo dia.
onde existe um clima estimulante. Uma civilização MEIRELES, Cecília. Viagem.
de primeira categoria pode ser transportada de um
lugar para outro mas só pode crescer com vigor As estrofes acima exemplificam uma estreita rela-
onde o clima der energia aos homens." ção entre Geografia e Literatura. Em Província,
pode-se observar a presença de dois conceitos geo-
(Huntington, 1915)
gráficos. Assinale a opção que corresponde a esses
Na atualidade, considerando as linhas de pensa- dois conceitos.
mento geográfico mais modernas, a afirmação con- a) território e lugar
tida no texto pode ser: b) paisagem e lugar
a) confirmada em numerosas áreas de coloniza- c) região e território
ção europeia da África que não conseguiram se
d) paisagem e território
desenvolver em virtude dos climas áridos e se-
miáridos.
b) contestada em sua essência, pois não são exclu-
sivamente as condições naturais que justificam
o grau de desenvolvimento de uma região.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Geografia ∣ Setor 1751 ∣ 347
4. (UEPB) [...] Essa manifestação musical é um exemplo do pro-
Inté mesmo asa branca cesso de globalização da cultura que envolve o con-
ceito de lugar, conforme definido pelo geógrafo
Bateu asa do sertão
Milton Santos. Considerando essas referências e o
Entonce eu disse adeus Rosinha exemplo citado, é correto afirmar que o conceito de
Guarda contigo meu coração lugar é:
I. objeto, ao mesmo tempo, de uma razão global
Hoje longe muitas légua
e de uma razão local, convivendo dialetica-
Numa triste solidão mente;
Espero a chuva cai de novo II. sujeito de uma mentalidade, ao mesmo tempo,
Prá mim vortá pro meu sertão. tecnológica e com tendências à autonomia e
[...] isolamento;
(“Asa Branca” — Composição de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)
III. processo de interconexão entre saberes tradici-
onais do campo e saberes científicos de me-
O Sertão, na forma como os compositores utilizam trópoles regionais.
nas estrofes transcritas acima, pode ser definido
como: Está correto o que se afirma em:
a) Paisagem, pois nos remete a cenários distintos: a) I, apenas.
o cinza e a desolação da estação seca, que afu- b) II, apenas.
genta a asa branca e o verde e vivaz do período c) I e III, apenas.
chuvoso das plantações e que traz de volta o d) II e III, apenas.
migrante.
e) I, II e III.
b) Território, pois remete a um espaço de controle
das elites políticas e econômicas que se utilizam
do discurso da seca para tirar proveito em be- 6. (Fuvest-Transferência 2019) De certo modo, acabou
neficio dos seus interesses e continuar a exer- a natureza. Bem, dizer que a natureza acabou é
cer o poder sobre este espaço. uma forma de provocar uma discussão mais acesa.
c) Região, delimitada pelo critério exclusivamente Na realidade, a natureza, hoje, é um valor, ela não
econômico, que tem na divisão territorial do é natural no processo histórico. Ela pode ser natural
trabalho o papel de fornecedora de mão de na sua existência isolada, mas, no processo
obra desqualificada para o Centro-Sul do país. histórico, ela é social. Quer dizer, eu a valorizo em
função de uma história. Isso já ocorria antes, mas
d) Região, pois se refere à área delimitada pelo hoje é muito mais evidente. O valor da natureza
clima semiárido de ocorrência da caatinga e su- está relacionado com a escala de valores estabele-
jeita às secas periódicas, mas também tem o cida pela sociedade para aqueles bens que antes
sentido de Lugar, pois, ao se referir ao “meu eram chamados de naturais. Hoje, quando a econo-
sertão”, o autor demonstra o sentimento de mia e a mais valia se globalizam, a natureza globa-
pertencimento e de identidade para com esta lizada pelo conhecimento e pelo uso é tão social
parcela do espaço. como o trabalho, o capital, a política... .
e) Espaço, pois a dinâmica populacional está pre-
Território e Sociedade: entrevista com Milton Santos. Editora Fundação Perseu
sente através da migração do sertanejo que vai Abramo. São Paulo, 2000.
para outras regiões produzir bens e transfor-
mar as paisagens distantes, mas também se re- O texto refere se à:
produzir enquanto força de trabalho. a) idealização da natureza.
b) destruição da natureza provocada pela ação
5. (Fuvest-Transferência 2017) A banda Arandu Ara- humana.
kuaa, “saber dos ciclos dos céus” em tupi-guarani, c) mercantilização da natureza.
formou-se em 2008, com uma musicalidade que d) contradição entre condição humana e condição
mescla vertentes do rock pesado à música indígena natural.
e regional brasileira.
e) transformação da natureza pelos povos ori-
ginários.
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
1. (PUC-RJ 2017)
Tendo em vista o processo da formação territorial ( ) Nos estados unitários, as leis fundamentais
do País, considere as ocorrências e as representa- são estabelecidas pela constituição nacional,
ções abaixo: inexistindo constituições próprias das unida-
des político-administrativas.
Ocorrências:
( ) Nos estados federais, o presidencialismo é ne-
I. Tratado de Madrid (1750); cessário para preservar a unidade do território
II. Tratado de Petrópolis (1903); nacional.
III. Constituição da República Federativa do Brasil
(1988) / consolidação da atual divisão dos Esta-
dos. ( ) A característica fundamental do presidencia-
lismo é a concentração das funções de chefe
Representações: de estado e chefe de governo no cargo de pre-
sidente.
( ) A divisão do território em grandes regiões de
planejamento é a característica definidora do
sistema federativo.
c) C B E
d) A B D
e) C A D
5. CIDADANIA
Na Constituição Federal de 1988 estão indicados os
mecanismos que organizam o Estado Brasileiro,
além de estarem definidos os direitos e as garantias
daqueles que habitam o país. Tais direitos podem
ser classificados da seguinte forma:
Direitos Individuais ou Coletivos: englobam a invi-
olabilidade do direito à vida, à liberdade, à igual-
dade, à segurança e à propriedade;
Direitos Sociais: ligados à educação, à saúde, à ali-
mentação, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segu-
rança, à previdência social, à proteção à materni-
dade e à infância, à assistência aos desamparados;
Direitos Políticos: ligados à manutenção da sobera-
nia popular exercida através do voto direto, secreto
e de igual valor para todos.
354 ∣ Geografia ∣ Setor 1751 ANGLOVINCI VESTIBULARES
c) Gerou uma malha rodoviária, que dela parte e
TAREFA MÍNIMA que permitiu a melhor integração das diversas
regiões brasileiras e do conjunto do território
nacional.
1. (UTFPR 2016) Baseando-se no mapa do Brasil a se-
guir, e com os seus conhecimentos sobre as formas d) Valorizou espaços como os do sul de Goiás, Tri-
de orientação no espaço, assinale a única alterna- ângulo Mineiro, leste de Mato Grosso, que de-
tiva correta. senvolveram suas cidades e sua produção.
e) Facilitou, a longo prazo, a ocupação agrícola das
áreas dos cerrados, hoje um dos novos espaços
incorporados a uma agricultura mais moderna.
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
4. (Fuvest)
A partir do exposto no texto, a mudança nos dados
demográficos apresentados no gráfico entre 2000 e
2010 está associada à seguinte atitude:
a) promoção da permanência de grupos nativos
nas áreas de reserva
b) adoção da autodeclaração como critério de
pertencimento étnico
c) aprimoramento do controle jurídico nos pro-
cessos de demarcação de terras
d) ampliação do processo de preservação das tra-
dições das comunidades da floresta
3. (Unesp 2019) Na análise dos movimentos mi- a) O que são as Terras de Negros no Brasil?
gratórios ao Brasil, o gráfico expressa os impactos
1. A MATRIZ DA POPULAÇÃO
1.1. Os Indígenas
Estima-se em 1 milhão de habitantes a população in-
dígena no início do momento da instalação dos colo-
nizadores portugueses no Brasil, contingente este
que chegou a mais de 2,5 milhões no decorrer do Sé-
culo XVI, mas que decaiu a longo dos séculos seguin-
tes num processo que pode ser descrito como “des-
povoamento”.
Com base nos números apresentados na tabela Os últimos dados dos censos demográficos do IBGE
acima, identifique e explique o fator determinante indicam que a população indígena teve um grande
para o aumento populacional registrado entre: acréscimo nas duas últimas décadas, passando de
294 mil indivíduos, em 1991, para 817 mil indivíduos,
a) 1700 e 1770.
em 2010.
b) 1920 e 1970.
1.2. Os Portugueses
Os portugueses compõem o principal grupo de imi-
grantes que se dirigiram para o Brasil ao longo da his-
tória, porém, seu fluxo foi bastante irregular no de-
correr dos anos. Entre os Séculos XVI e XVII, cerca de
700 mil portugueses emigraram para outras regiões
do Império Português, sendo que apenas 100 mil
destes se direcionaram para a América Portuguesa.
Nos sessenta anos seguintes (de 1701 a 1760), o
fluxo de lusitanos para o Brasil aumentou considera-
velmente, chegando a 600 mil imigrantes, motivados
pela economia da mineração que se desenvolvia na-
quele período.
Um novo impulso à imigração para o Brasil ocorre
entre 1850 e 1930, quando mais de 1 milhão de por-
tugueses ingressam no país, naquilo o que se con-
vencionou chamar de período da “imigração de
massa”.
1.3. Os Africanos
Acredita-se que, entre os Séculos XVI e XIX, 12 mi-
lhões de homens mulheres e crianças foram retira-
dos do continente africano a partir de um tráfico in-
ter-oceânico de mão-de-obra destinada à escravi-
dão. Coube ao Brasil ser o destino de mais de um
terço deste contingente e, assim, se tornar o princi-
pal “importador“ de mão-de-obra escrava das Amé-
ricas.
Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro
concentravam mais de 70% da população escrava do
país em 1864, quando a soma total dessa população
era de 1,7 milhão de pessoas e constituía uma par-
cela bastante considerável dentre os aproximada-
mente 9 milhões de brasileiros que habitavam o país
naquele momento.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Geografia ∣ Setor 1751 ∣ 365
2. AS MIGRAÇÕES O extrativismo é a principal atividade que desempe-
nham essas populações. Existem como povos indí-
2.1. Migrações Externas genas, seringueiros, quilombolas, varjeiros, ribeiri-
Alguns momentos são importantes para explicar as nhos, babaçueiros, quebradeiras de côco, casta-
grandes ondas imigratórias que se dirigiram ao Bra- nheiros, faxinalenses, marisqueiros, caiçaras, pan-
sil a partir do Século XIX: a Independência do Brasil taneiros, entre outros.
(1822); a expansão da cultura cafeeira (1850-1930)
e a intensificação da urbanização (a partir do início
4. COR DE PELE OU RAÇA DA POPULAÇÃO
do Século XX).
O IBGE classifica a população brasileira em suas pes-
O primeiro momento se relaciona à busca de uma
quisas utilizando o conceito de cor ou raça que seria
construção de identidade nacional e afastamento
“característica declarada pelas pessoas de acordo
da influência portuguesa buscando um novo mo-
com as seguintes opções: branca, preta, amarela,
delo econômico, em regiões mais remotas (princi-
parda ou indígena”.
palmente no sul do país), baseado em pequenas
propriedades, aliado a um ideal racista de “embran- Brasil: Populaçăo residente, por cor ou raça
quecimento da população”.
O desenvolvimento da cafeicultura traz a imigração Cor de pele 1991 2010
em massa, especialmente de italianos e japoneses ou raça População % População %
para o Estado de São Paulo.
Branca 75.704.923 51,6 91.051.646 47,7
A urbanização por sua vez, diversifica bastante a
Preta 7.335.139 5,0 14.517.961 7,6
imigração para o Brasil, pois algumas cidades brasi-
leiras recebem importantes grupos de portugueses, Parda 62.316.060 42,4 82.277.333 43,1
espanhóis, árabes, judeus, japoneses, entre outros. Amarela 630.659 0,4 2.084.288 1,1
Indígena 294.131 0,2 817.963 0,4
2.2. Migrações Internas
Sem
As principais migrações dentro do território brasi- 526.870 0,4 6.608 0,0
declaração
leiro variam de acordo com o momento histórico e
podem ser explicadas principalmente por motiva- Total 146.828.788 100 190.755.799 100
ções econômicas. O principal tipo de migração que
ocorre no país até a década de 1980 é de tipo rural- PARA SABER MAIS
urbano e de longa distância. Grandes reservatórios
O tópico “Índios no Brasil / Quem são” do website da
de mão-de-obra, tais quais Minas Gerais e o Nor-
Funai (Fundação Nacional do Índio) é uma importante
deste fornecem um grande número de trabalhado-
fonte de informações sobre os indígenas brasileiros
res para as regiões mais dinâmicas do Sudeste, em
(http://goo.gl/VT37Ro). O IBGE também possui um web-
especial São Paulo.
site temático sobre indígenas que conta com muitos da-
A partir dos anos 1980, a migração de longas distân- dos numéricos e principalmente territoriais que também
cias perde parte de sua importância e os movimen- podem ser úteis (http://indigenas.ibge.gov.br).
tos migratórios passam a ser cada vez mais regio-
Consulte alguns termos relacionados à escravidão e à
nais, com destaque para o maior crescimento de ca-
abolição na obra “Vocabulário Controlado sobre escra-
pitais e centros regionais, em detrimento das gran-
vidão, abolição e pós-abolição: a representação dos con-
des metrópoles.
ceitos” de Isabel Cristina Borges de Oliveira, vinculada
`Fundação Casa de Rui Barbosa. Disponível em:
3. AS POPULAÇÕES TRADICIONAIS http://goo.gl/Nf2Aow
As populações tradicionais são aquelas que se esta-
beleceram em regiões geralmente mais remotas e
cuja cuja relação econômica com o ambiente natu-
ral é bastante intensa. Assim se estabelece um forte
componente de identidade cultural com o espaço
em que se inserem, incluindo práticas conservacio-
nistas.
Com base no mapa e em seus conhecimentos sobre Está correto o que se afirma em:
migrações, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em a) III apenas.
cada afirmativa a seguir. b) II e III apenas.
c) I apenas.
d) I, II e III.
Hotel Rolândia tinha a finalidade de atender aos a) Tomando como referência o texto apresen-
inúmeros interessados em adquirir terras nessa tado, discuta o significado do reconhecimento
região. O hotel cumpriu sua função complementar de territórios quilombolas como possibilidade
à Companhia de Terras e à estrada de Ferro. Era a de manutenção das tradições culturais africa-
“casa dos de fora”, daqueles que se interessavam nas.
em comprar lotes para posteriormente se fixarem
b) As populações quilombolas são consideradas
no local.
tradicionais, tais como as indígenas e as caiça-
(Adaptado de: CERNEV, J. (org.) Memória e cotidiano: cenas do norte do Paraná.
Londrina: IPAC/MEC-SESU, 1995. p.24-25.)
ras. Identifique duas características em comum
entre quilombolas e caiçaras.
Em relação ao texto e aos conhecimentos sobre as c) Que tradições trazidas pelos antepassados afri-
migrações internas e as imigrações para o Brasil, no canos foram mantidas nas comunidades rema-
século XX, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às nescentes de quilombos?
afirmativas a seguir.
ANGLOVINCI VESTIBULARES Geografia ∣ Setor 1751 ∣ 373
13. (FGV) Dezenas de milhares de migrantes sul-ameri- Caracterize o que são população tradicionais, ci-
canos chegaram ao Brasil a partir dos anos 1990, de tando exemplos e aponte as razões do aumento da
forma lenta e contínua. Ou talvez centenas, não se violência relacionada a essas populações.
sabe bem. Deles ouvimos falar pouco e, em geral,
pejorativamente [...]. Com a crise econômica no Ve-
15. (Unicamp) A foto A mostra famílias de colonos
lho Continente, nos últimos anos, cresceu igual-
imigrantes alemães que participaram do
mente a migração de europeus. Mas foi a recente
povoamento do Paraná e a foto B mostra colonos
chegada de alguns milhares de migrantes negros
italianos na cidade de Caxias do Sul (RS).
que levou a política migratória brasileira à pauta
das grandes redações, quase sempre apresentando
a migração como "problema" ou "crise" a solucio-
nar.
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/divida-historica-uma-lei-de-migra-
coes-para-o-brasil-9419.html
Fluxos migratórios brasileiros mais importantes na segunda metade do século XX e no início do século XXI
Identifique, no conjunto dos três mapas, a macrorregião do país com os maiores fluxos emigratórios e a
macrorregião com os maiores fluxos imigratórios. Em seguida, indique um fator de atração e um de repulsão para
o fluxo da região Sul para as regiões Norte e Centro-Oeste, observado no mapa 3.
INTRODUÇÃO
ANOTAÇÕES
Local 2017
África 29,8%
América Laina 9,8%
Ásia 6,9%
América Setentrional e Europa 1,4% a) Como se deu, em 2013, a distribuição regional
Mundo 10,2% da Segurança Alimentar no país? Considere, em
FAO. El estado de la seguridad alimentaria y la nutrición en el mundo. 2018. sua análise, a situação do domicílio (urbano e
Adaptado. rural).
*pessoa que está sem alimento e/ou que ficou um
dia todo sem comer várias vezes ao ano.
1. INDICADORES SOCIAIS
Segundo o IBGE, Indicadores Sociais são estatísticas sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto,
retratam o estado social dessa nação e permitem conhecer o seu nível de desenvolvimento social. Os Indicadores
Sociais constituem um sistema, isto é, para que tenham sentido, é preciso que sejam vistos uns em relação aos
outros, como elementos de um mesmo conjunto.
1. (UFAC) A esperança (ou expectativa) de vida, ao nascer, juntamente com a taxa de mortalidade infantil, são im-
portantes indicadores da qualidade de vida da população de um país.
2. (UFAC) Ainda com relação à tabela anterior, pode- 3. (FATEC) Enquanto países europeus como a Bélgica
mos afirmar que: e a Suíça apresentam taxas de mortalidade infantil
a) A esperança de vida dos homens se mostra in- inferiores a 5 por mil, países como Serra Leoa, An-
ferior a das mulheres em todas as regiões bra- gola e Somália, na África, apresentam taxas de mor-
sileiras. talidade infantil acima de 100 por mil.
b) É possível observar maiores diferenciações en- A comparação entre essas taxas nos revela que:
tre as regiões dentro do indicador esperança de a) as condições climáticas temperadas são mais
vida do que em relação ao indicador mortali- favoráveis à vida humana que as tropicais.
dade infantil. b) países de povoamento muito antigo tiveram
c) As regiões Sudeste e Sul apresentam sempre os mais condições de superar os problemas demo-
melhores indicadores entre todas as regiões. gráficos que os países novos.
d) A região brasileira que mais se aproxima dos in- c) os efeitos dos avanços alimentares e médico-
dicadores nacionais é o Centro-Oeste. sanitários não atingem de forma semelhante os
e) As regiões brasileiras mostram um aspecto ho- vários países do mundo.
mogêneo em relação à esperança de vida e à d) apesar das diferenças na mortalidade infantil, a
mortalidade infantil. expectativa de vida aumenta na mesma propor-
ção nos dois grupos de países.
e) as taxas de mortalidade mais elevadas tornam
a estrutura da população dos países africanos
semelhante à dos países europeus.
6. (Unicamp) O índice de mortalidade infantil é um dos indicadores do grau de desenvolvimento de um país, junta-
mente com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sendo este composto pelos índices de expectativa de
vida, escolaridade e PNB per capita. Observe os gráficos a seguir e responda às questões.
Índice de Mortalidade Infantil, PNB Per Capita e IDH de países da América, 2006
a) Além dos índices que compõem o IDH, indique outros dois fatores que exercem uma influência positiva na
queda dos índices de mortalidade infantil.
b) Compare, analisando os dados de IDH e PNB per capita, as taxas de mortalidade infantil de Cuba e Bolívia.
» O PRONOME IT
O pronome it substitui o nome de
• coisas
• animais
• lugares
• sexo indeterminado
Vocabulary
1. whether:
2. although:
3. rashes:
4. fevers:
5. likely:
4. Qual é a conotação da fala do tigre Haroldo no úl-
timo quadrinho? Justifique.
1. Onde foi o primeiro lugar em que o Zika vírus apa-
receu?
to overreact - exagerar;
É importante destacar que uma palavra pode ter um
to overestimate - superestimar.
prefixo e um sufixo em sua composição:
uselessness - inutilidade;
De modo geral, temos os seguintes sufixos em Inglês:
likelihood - propensão, probabilidade.
happiness - felicidade;
childhood - infância;
relationship - relacionamento; Abertos!
information - informação; O sufixo -ly pode formar tanto adjetivos quanto ad-
vérbios.
laughter - risada;
development - desenvolvimento; A palavra fast pode tanto ser o adjetivo "rápido"
quando o advérbio "rapidamente". No entanto,
savior - salvador;
"quick" é rápido e "quickly" rapidamente.
behavior - comportamento.
(Unicamp)
Vocabulary
1. laughter:
2. to share:
3. in addition to:
4. to strenghten:
1.
a) O texto considera o riso mais contagioso do que
outras manifestações físicas. Indique duas des-
sas outras manifestações.
RESUMO TEÓRICO
» POSSESSIVE ADJECTIVES
Abertos!
My – meu(s); minha(s)
Your – seu(s); sua(s) É importante lembrar que em referências anafóricas
o referente sempre se encontra antes do pronome
His – dele
utilizado. Às vezes, ele se encontra até mesmo em pe-
Her - dela+ NOUN ríodos anteriores.
Its – dele(a)
Our – nosso(s); nossa(s)
Their – deles; delas
ANOTAÇÕES
Os Possessive Adjectives (P.A) têm a mesma função
de um adjetivo, por isso devem sempre ser segui-
dos por um substantivo.
Ex.: my friend
your money
their children
P.A. NOUN
» POSSESSIVE PRONOUNS
Mine - meu(s); minha(s)
Yours – seu(s); sua(s)
His - dele
Hers - dela
Its – dele(a)
Ours – nosso(s); nossa(s)
Theirs – deles; delas
Os Possessive Pronouns (P.P) servem para substi-
tuir o substantivo, o nome.
Ex.: - Is this your car?
- No, it’s not mine. (= my car) It’s my father’s.
Double Possessives (A friend of…, a teacher of...)
Os double possessives devem ser seguidos pelos
possessive pronouns.
Ex.:
She’s a friend of mine.
John is a teacher of hers.
Márcia is a cousin of his.
Renato is an uncle of ours.
Jorge is a nephew of theirs.
Vocabulary
1. artfully:
2. tastefully: Fonte: http://www.gocomics.com. Acesso em 13/01/2016.
3. however:
4. as long as: 4. Que palavra encontra-se subentendida pelo posses-
5. mean-spirited: sivo yours no último quadrinho?
6. nasty: a) nicer
7. demeaning: b) fact
8. weakness(es): c) sweater
9. quirk(s): d) dog
10. foible(s): e) clothes
Exercício Resolvido
RESUMO TEÓRICO
Exercício Resolvido
1. O que causa o efeito de humor da tirinha? 2. O que causa o efeito de humor da tirinha?
O paciente queixa-se de possuir perda auditiva. No primeiro quadrinho, o rapaz diz que irá adotar
Quando o médico pergunta sobre qual seria o ou- uma atitude mais positiva perante a vida. No se-
vido (ear) afetado, o paciente entende que a per- gundo quadrinho, o silêncio entre as personagens
gunta havia sido sobre o ano (year) presente. Assim, mostra certa tensão entre elas. Por fim, no terceiro
o efeito de humor é causado pelo fato de ear (ou- quadrinho o rapaz diz que tomará tal atitude ape-
vido) e year (ano) terem o mesmo som. sar do gato, isto é, o gato não atrapalhará os planos
do rapaz mesmo com sua má vontade. O gato ter-
mina o diálogo dizendo que aceita o desafio. Assim,
o efeito de humor é causado pelo uso da conjunção
in spite of (apesar de), mostrando que o gato Garfi-
eld traz negatividade à vida do rapaz.
ANOTAÇÕES
“When the light turns green, this horn will honk so driv-
ers look up from their phones”.
Fonte: http://www.gocomics.com/ Acesso em 12/01/2016
3.
a) O verbo do está substituindo qual verbo da
frase?