Você está na página 1de 20

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/367241570

Mapa de Evidências sobre a Efetividade Clínica da Ventosaterapia: informe


executivo.

Technical Report · January 2023


DOI: 10.13140/RG.2.2.13421.67048

CITATION READS

1 863

5 authors, including:

Alan Kornin Mariana Schveitzer


Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSin) Universidade Federal de São Paulo
19 PUBLICATIONS 0 CITATIONS 85 PUBLICATIONS 0 CITATIONS

SEE PROFILE SEE PROFILE

Caio Fábio Schlechta Portella Ricardo Ghelman


CABSIN - Consorcio Academico Brasileiro de Saúde Integrativa Brazilian Academic Consortium for Integrative Health
38 PUBLICATIONS 0 CITATIONS 48 PUBLICATIONS 0 CITATIONS

SEE PROFILE SEE PROFILE

All content following this page was uploaded by Alan Kornin on 18 January 2023.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


Mapa de Evidências
sobre a Efetividade Clínica
da Ventosaterapia

INFORME EXECUTIVO

Setembro 2022

Tradicional,
segura e
eficiente.
2 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Sumário 3 Introdução

4 O método

5 Principais achados

9 Intervenções para os grupos de desfechos


9 Grupo 1 - Dor
10 Grupo 2 - Doenças crônicas não transmissíveis
10 Grupo 3 - Bem-estar, vitalidade e qualidade de vida
11 Grupo 4 - Doenças não transmissíveis
12 Grupo 5 - Doenças Infectocontagiosas

14 Implicações para a prática e a pesquisa

14 Implicações para a gestão

15 Referência dos estudos incluídos

16 Referência bibliográfica

17 Sobre este Mapa de Evidências

17 Sobre este Informe Executivo

18 Grupo de trabalho
18 Coordenação
18 Elaboração
18 Colaboração

18 Como citar

VOLTA AO SUMÁRIO
3 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Introdução O mapa apresenta uma visão geral das evidências sobre os efeitos da Ven-
tosaterapia para desfechos de dor, doenças crônicas, doenças não trans-
missíveis, doenças infectocontagiosas e bem-estar e qualidade de vida.
A terapia com ventosas envolve uma sucção na pele por meio de um copo,
que pode ser de vidro, cerâmica, bambu ou plástico. A pressão negativa
(“vácuo”) é criada no copo ao se remover o ar de seu interior, e isso pode ser
feito pelo calor ou por um dispositivo de sucção.
De forma sucinta, são dois os tipos mais comuns de ventosas: úmida e
seca. Na “ventosa úmida” (wet cupping), a pele é primeiramente perfura-
da, e então a partir da sucção o sangue flui para o copo. Na chamada “ven-
tosa seca” (dry cupping) não há perfuração da pele, apenas sua sucção. A
“ventosa seca” também pode ser “móvel” (moving cupping), em que é fei-
to um deslizamento do copo na superfície do corpo. Há outras variações,
como a utilização de soluções herbais dentro do copo e a ventosa feita em
cima de um ponto de acupuntura agulhado.
A Ventosaterapia é uma prática utilizada em várias partes do mundo, cuja
origem é desconhecida. Sua referência mais antiga é o egípcio Papiro de
Ébers, escrito em hieróglifos e datado de 1.550 a.C. Foi utilizada na medi-
cina hipocrática da Grécia antiga, por Galeno e outros praticantes. É am-
plamente empregada nas Medicinas Tradicionais Árabe e Chinesa.
Na chinesa, sua referência mais antiga remonta ao livro Wu Shi Er
Bing Fang (“Prescrições para cinquenta e duas doenças”), um ma-
nuscrito encontrado no sítio arqueológico Mawangdui (Mawang-
dui Boshu – “livro de seda de Mawangdui”) que remonta à Dinas-
tia Han (202 a.C. - 220 b.C.). Em árabe denomina-se hijama, sendo
extensamente utilizada na medicina greco-arábica Unani. A Ven-
tosaterapia é largamente utilizada na “medicina profética”, em
que seu uso é recomendado por Maomé no Alcorão (século VII), e
foi citada do Cânone de Medicina de Avicena (ano 1.020).

VOLTA AO SUMÁRIO
4 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

O método O estudo foi baseado na aplicação da metodologia Mapa de Evidências,


que consiste em representar graficamente as características e achados
das evidências analisadas em estudos de revisão sistemática, associando
intervenções aos desfechos analisados nestes estudos, além de vincular
com os efeitos reportados das intervenções, com a população e país foco
dos estudos primários incluídos nas revisões.
No Mapa, a representação das associações é por meio de bolhas de dife-
rentes cores que representam o nível de confiança da evidência reportada
(alto, moderado, baixo ou criticamente baixo), cujo tamanho da bolha é
equivalente ao número de estudos que analisou a associação. Todas as
bolhas levam aos títulos dos estudos com o link para o texto completo.
Foram elegíveis para a inclusão neste Mapa de Evidências, os estudos de
revisão sistemática, com ou sem metanálise, que poderiam responder à
seguinte pergunta da pesquisa:
Qual a efetividade clínica da Ventosaterapia para desfechos em saúde?

VOLTA AO SUMÁRIO
5 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Principais A partir de uma ampla busca bibliográfica realizada na BVS, PUBMED, EM-
achados BASE e CINAHL foram selecionados e incluídos no Mapa 25 estudos de re-
visão (16 sistemáticas com metanálise, 5 revisões sistemáticas de estudos
controlados randomizados, 3 revisões sistemáticas, e 1 metanálise) publi-
cados entre 2010 e 2020, sendo a maioria (n=13) nos últimos 3 anos.
Com base na avaliação da qualidade metodológica (ferramenta AMSTAR
2) os estudos foram classificados por nível de confiança para os resultados
reportados: Alto (n = 2), Moderado (n=1), Baixo (n=12) e Criticamente Baixo
(n=10). Todos os estudos foram avaliados, caracterizados e categorizados
por um grupo de pesquisadores da área de Ventosaterapia.
Os 25 estudos incluídos no Mapa avaliaram o efeito de 5 técnicas de ven-
tosa: dry cupping, mista, moving cupping, wet cupping e inespecífica. A
Ventosaterapia mista, cuja revisão sistemática agrupou diferentes técni-
cas de ventosa, foi o tipo de ventosa mais associada aos desfechos (n=24).

DESFECHOS DE SAÚDE

Figura 1 Mista
Intervenções com
VENTOSATERAPIA

Ventosaterapia por Wet cupping


grupo de Desfechos
Dry cupping
Dor
Doenças crônicas
não transmissíveis Inespecífica

Bem-estar, vitalidade
e qualidade de vida Moving cupping
Doenças não
transmissíveis 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

Doenças NÚMERO DE ASSOCIAÇÕES


infectocontagiosas

N total = 40

VOLTA AO SUMÁRIO
6 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Ainda, as ventosas foram incluídas nas revisões sistemáticas consideran-


do-se 4 modalidades de intervenção: aplicação de Apenas Ventosa; Ven-
tosa Multimodal com outros recursos da Medicina Tradicional Chinesa
(MTC); Ventosa Multimodal com recursos que não fazem parte da MTC;
Ventosa Multimodal com recursos da MTC e não-MTC. A intervenção na
modalidade Ventosa Multimodal com MTC e não-MTC foi a mais investiga-
da (n=22), seguida da Ventosa Multimodal com não-MTC (n=14).

DESFECHOS DE SAÚDE
Figura 2 Ventosa
multimodal com
Intervenções com MTC e não-MTC
Ventosaterapia por
VENTOSATERAPIA

Ventosa
Grupos de Desfechos. multimodal com
não-MTC

Dor Apenas ventosa


Doenças crônicas
não transmissíveis Ventosa
Bem-estar, vitalidade multimodal com
e qualidade de vida MTC
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Doenças não
transmissíveis NÚMERO DE ASSOCIAÇÕES
Doenças
infectocontagiosas
Estas formas de intervenção foram associadas a 19 desfechos de saúde dis-
N total = 40
tribuídos em 5 grupos: Dor, Doenças Crônicas, Doenças Não Transmissíveis,
Doenças Infectocontagiosas e Bem-Estar e Qualidade de Vida. No total fo-
ram 40 associações entre intervenções e desfechos, considerando que uma
mesma intervenção pode ser aplicada a mais de um desfecho e vice-versa.
Dentre os grupos de desfechos, o grupo Dor recebeu a metade das asso-
ciações (n=20), seguido pelo grupo de Doenças Crônicas Não Transmissí-
veis (n=10). Dentre todos os desfechos, destaque para: dor cervical (n = 6),
dor lombar (n = 4), alívio da dor (n = 4), dor muscular (n = 3), herpes zoster
(n = 3), e acne vulgar (n = 3).

VOLTA AO SUMÁRIO
7 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Figura 3 20

Intervenções com 18
Ventosaterapia
associadas aos
16
Desfechos de Saúde.

14
NÚMERO DE ASSOCIAÇÕES

12

10

0
Dor Doenças Bem-estar, Doenças Doenças não
crônicas não vitalidade e infecto- transmissíveis
Dor cervical transmissíveis qualidade contagiosas
de vida Acidente
Alívio da dor vascular
DESFECHOS

Acne vulgar Herpes zoster


Dor lombar cerebral
Capacidade
Hipertensão funcional
Dor muscular arterial Paralisia
de Bell
Dor crônica Função
Osteoartrite motora
Dor Psoríase
neuropática Mobilidade
Urticária Qualidade
Artrite de vida

N Total = 40

A maior parte dos estudos reportou efeito positivo (n=14) ou potencial-


mente positivo (n=20) para as intervenções/desfechos analisados. Para o
restante das associações (n=6) foi reportado efeito inconclusivo.

VOLTA AO SUMÁRIO
8 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Com relação ao país em foco, que indica onde os estudos primários incluí-
dos nas revisões foram conduzidos, houve 67 citações totais. Três países
aparecem indicados na maior parte dos 25 estudos incluídos no Mapa:
China, com 15 citações, e Irã e Alemanha com 10 citações cada. Sete (07)
estudos não informaram o país em foco.
Quanto à população investigada nos estudos, a maior parte ocorreu em
“indivíduos com dor” (16 estudos) e “pacientes” (15 estudos).

DE
10

1
GR
2 2
US TR

1 1
CU MA

10 4 8 1
TW KR JP
1 IR
5 AE
1 SA
2 2 15
JO
EG IN CN

1
AU

Figura 4
Número de estudos
por países foco.
(N total = 67)

VOLTA AO SUMÁRIO
9 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Intervenções Os 25 estudos incluídos no Mapa avaliaram o efeito de intervenções com a


para os grupos Ventosaterapia para 19 desfechos de saúde distribuídos em 5 grupos: Dor,
de desfechos Doenças Crônicas, Doenças Não Transmissíveis, Doenças Infectocontagio-
sas e Bem-Estar, Vitalidade e Qualidade de Vida. No total foram 40 associa-
ções entre intervenções e desfechos considerando que uma mesma inter-
venção pode ser aplicada a mais de um desfecho e vice-versa.
Veja a seguir os principais achados para cada um dos 5 grupos de desfechos.

Grupo 1 - Dor

Os 6 desfechos do grupo Dor receberam 20 associações (a metade das as-


sociações), uma boa parte com o tipo de ventosa mista, em intervenção
multimodal com MTC e não-MTC (n=8). Destas 20 associações, oito repor-
taram efeito positivo (nível de confiança: 4 criticamente baixo, 2 moderado
e 2 baixo). Nove reportaram efeito potencial positivo (nível de confiança: 5
criticamente baixo, 3 baixo e 1 alto). E três reportaram efeito inconclusivo
(nível de confiança: 2 criticamente baixo e 1 baixo). Os principais desfe-
chos desta categoria foram dor lombar com seis associações e dor cervical
com quatro associações.

Figura 5 VENTOSATERAPIA

Nível de confiança e Dry Moving Wet


efeito de intervenções cupping Inespecífica Mista cupping cupping
com Ventosaterapia
para grupo de Alívio
Desfechos Dor. 1 1 1
da dor
N total = 20
Dor
Alto 1 1 1 2 1
cervical
Moderado
DESFECHOS DOR

Baixo Dor
1 1
Criticamente crônica
baixo
Dor
Positivo 1 1 1 1
lombar
Potencialmente
positivo
Dor
Inconclusivo muscular
1

Dor
1
neuropática

VOLTA AO SUMÁRIO
10 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Grupo 2 - Doenças crônicas não transmissíveis

Os 6 desfechos deste grupo receberam 10 associações, sendo que 3 repor-


taram efeito positivo (nível de confiança: 2 baixo e 1 criticamente baixo);
seis reportaram efeito potencial positivo (nível de confiança: 4 baixo e 2
criticamente baixo); e uma reportou efeito inconclusivo (nível de confian-
ça alto).
Os principais desfechos desta categoria foram acne vulgar com três asso-
ciações, e com duas associações cada hipertensão arterial e osteoartrite.

VENTOSATERAPIA
Figura 6
Nível de confiança e efeito Dry Moving Wet
de intervenções com cupping Inespecífica Mista cupping cupping
Ventosaterapia para grupo
de Desfecho Doenças Acne
DESFECHOS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Crônicas Não Transmissíveis. 1 1


vulgar
N total = 10

Artrite 1
Alto
Baixo
Hipertensão
Criticamente 1 1
baixo arterial

Positivo
Osteoartrite 1 1
Potencialmente
positivo
Inconclusivo
Psoríase 1

Urticária 1

Grupo 3 - Bem-estar, vitalidade e qualidade de vida

Os 4 desfechos deste grupo receberam 5 associações, das quais quatro re-


portaram efeito potencial positivo (nível de confiança: 1 alto, 2 baixo e 1
criticamente baixo), e uma reportou efeito inconclusivo (nível de confian-
ça criticamente baixo).
O principal desfecho desta categoria foi capacidade funcional, com 2 as-
sociações com efeito potencial positivo, sendo uma com alto nível de con-
fiança e outra baixo.

VOLTA AO SUMÁRIO
11 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Figura 7 VENTOSATERAPIA
Nível de confiança e efeito
de intervenções com Vento­ Dry Moving Wet
saterapia para grupo de cupping Inespecífica Mista cupping cupping
desfecho Bem-Estar,
Vitalidade e Qualidade Capacidade
VITALIDADE E QUALIDADE DE VIDA 1 1
de Vida. funcional
DESFECHOS BEM-ESTAR,

N total = 05
Função
1
Alto motora
Baixo
Criticamente Mobilidade
baixo

Qualidade
Potencialmente 1
positivo de vida

Inconclusivo

Grupo 4 - Doenças não transmissíveis

Este grupo apresentou dois desfechos com uma associação cada e ambas
com nível de confiança baixo. Para Paralisia de Bell foi reportado efeito po-
sitivo da intervenção; e acidente vascular cerebral efeito inconclusivo.

Figura 8 VENTOSATERAPIA

Nível de confiança e Dry Moving Wet


efeito de intervenções cupping Inespecífica Mista cupping cupping
com Ventosaterapia para
grupo de desfecho Doenças
DESFECHOS DOENÇAS

Acidente
NÃO TRANSMISSÍVEIS

Não Transmissíveis.
vascular
N total = 02 cerebral

Baixo
Paralisia
1
Positivo de Bell
Inconclusivo

VOLTA AO SUMÁRIO
12 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Grupo 5 - Doenças Infectocontagiosas

No grupo Doenças Infectocontagiosas houve apenas um desfecho: herpes


zoster, associado 3 vezes. Em 2 associações foi reportado efeito positivo
(nível de confiança: 1 baixo e 1 criticamente baixo) e em uma associação
reportado efeito potencial positivo (nível de confiança baixo).
Figura 9
Nível de confiança e efeito VENTOSATERAPIA
de intervenções com
INFECTOCONTAGIOSAS
DESFECHOS DOENÇAS

Ventosaterapia para grupo Dry Moving Wet


de desfecho Doenças cupping Inespecífica Mista cupping cupping
Infectocontagiosas.
N total = 03
Herpes
1 1 1
Zoster
Baixo
Criticamente
baixo

Positivo
Potencialmente
positivo

Encontre a seguir, na Figura 10, o Mapa de Evidências de Ventosaterapia


completo, apresentando os 19 desfechos, intervenções (tipos de ventosas
e modalidades de aplicação), efeitos e níveis de confiança.

VOLTA AO SUMÁRIO
13 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

VENTOSATERAPIA
Dry Moving Wet
cupping Inespecífica Mista cupping cupping

Ventosa Ventosa Ventosa Ventosa Ventosa Ventosa Ventosa Ventosa


multimodal multimodal Ventosa multimodal multimodal multimodal multimodal multimodal multimodal
DESFECHOS com MTC e com multimodal com Apenas com MTC e com com MTC e com MTC e com
DE SAÚDE não MTC não MTC com MTC não MTC ventosa não MTC não MTC não MTC não MTC não MTC

Capacidade
funcional
1 1
Bem-estar, vitalidade
e qualidade de vida

Função
motora
1

Mobilidade

Qualidade
de vida
1
infectocon-
Doenças
tagiosas

Herpes
zoster
1 1 1

Acne vulgar 1 1

Artrite 1
não transmissíveis
Doenças crônicas

Hipertensão
arterial
1 1

Osteoartrite 1 1

Psoríase 1

Urticária 1
Acidente
transmissíveis
Doenças não

vascular
cerebral
Paralisia
de Bell
1

Alívio da dor 1 1 1

Dor cervical 1 1 1 1 1 1

Dor crônica 1 1
Dor

Dor lombar 1 1 1 1

Dor muscular 1
Dor
neuropática
1

Figura 10 Alto Positivo


Mapa de Evidências Moderado Potencialmente
de Ventosaterapia. positivo
Baixo
N total = 40 Inconclusivo
Criticamente
baixo

VOLTA AO SUMÁRIO
14 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Implicações A Ventosaterapia parece ser benéfica para diversos desfechos em saúde,


para a prática e com destaque para o alívio das dores cervical, lombar e crônica.
a pesquisa Dentre as associações (intervenções/desfechos) com efeito positivo, des-
tacam-se os desfechos: dor cervical (n = 3), dor lombar (n = 3), dor crônica
(n = 1), alívio da dor (n = 1), acne vulgar (n = 2), herpes zoster (n = 2), psoría-
se (n = 1), e paralisia de Bell (n = 1).
Dentre os desfechos com efeito inconclusivo (n = 6, 15%), destacam-se dor
muscular, alívio da dor, mobilidade, acne vulgar e acidente vascular cere-
bral. Não houve estudos com efeitos negativos, tampouco sem efeito.
Ainda que o efeito para as 40 associações de intervenções para os desfe-
chos tenha sido majoritariamente potencial positivo ou positivo, reco-
menda-se o aperfeiçoamento metodológico dos estudos, em vista de me-
lhorar a qualidade da evidência para a efetividade da Ventosaterapia.

Implicações para Espera-se que as associações identificadas possam promover a imple-


a gestão mentação da Ventosaterapia por gestores e profissionais de saúde nos
serviços de saúde do Sistema Único de Saúde, especialmente para os des-
fechos que apresentaram efeito positivo e potencialmente positivo.

VOLTA AO SUMÁRIO
15 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Referência 1. Charles D, Hudgins T, MacNaughton J, Newman E, Tan J, Wigger M. A systematic review of


manual therapy techniques, dry cupping and dry needling in the reduction of myofascial pain
dos estudos and myofascial trigger points. J Bodyw Mov Ther [Internet]. 2019;23(3):539–46. Available from:
incluídos https://doi.org/10.1016/j.jbmt.2019.04.001
2. Wang YL, An CM, Song S, Lei FL, Wang Y. Cupping Therapy for Knee Osteoarthritis: A Synthesis
of Evidence. Complement Med Res. 2018;25(4):249– 55.
3. Al Bedah AMN, Khalil MKM, Posadzki P, Sohaibani I, Aboushanab TS, Alqaed M, et al. Evalua-
tion of Wet Cupping Therapy: Systematic Review of Randomized Clinical Trials. J Altern Com-
plement Med. 2016;22(10):768–77.
4. Azizkhani M, Ghorat F, Soroushzadeh SMA, Karimi M, Yekaninejad S. The effect of cupping ther-
apy on non-specific neck pain: A systematic review and meta-analysis. Iran Red Crescent Med
J. 2018;20(6).
5. Bridgett R, Klose P, Duffield R, Mydock S, Lauche R. Effects of Cupping Therapy in Amateur and
Professional Athletes: Systematic Review of Randomized Controlled Trials. J Altern Comple-
ment Med. 2018;24(3):208–19.
6. Cao H, Li X, Liu J. An updated review of the efficacy of cupping therapy. PLoS One. 2012;7(2).
7. Cao H, Li X, Yan X, Wang NS, Bensoussan A, Liu J. Cupping therapy for acute and chronic pain
management: a systematic review of randomized clinical trials. J Tradit Chinese Med Sci [In-
ternet]. 2014;1(1):49–61. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jtcms.2014.11.003
8. Cao H, Yang G, Wang Y, Liu JP, Smith CA, Luo H, et al. Complementary therapies for acne vul-
garis. Cochrane Database Syst Rev. 2015;2017(6).
9. Cao H, Zhu C, Liu J. Wet cupping therapy for treatment of herpes zoster: a systematic review of
randomized controlled trials. Altern Ther Health Med. 2010;16(6):48–54.
10. Cao HJ, Yang GY, Wang YY, Liu JP. Acupoint stimulation for acne: A systematic review of ran-
domized controlled trials. Med Acupunct. 2013;25(3):173–94.
11. Cramer H, Klose P, Teut M, Rotter G, Ortiz M, Anheyer D, et al. Cupping for Patients With Chronic
Pain: A Systematic Review and Meta-Analysis. J Pain. 2020;21(9–10):943–56.
12. Kim S, Lee SH, Kim MR, Kim EJ, Hwang DS, Lee J, et al. Is cupping therapy effective in patients
with neck pain? A systematic review and meta-analysis. BMJ Open. 2018;8(11):1–13.
13. Lee MS, Choi TY, Shin BC, Han C ho, Ernst E. Cupping for stroke rehabilitation: A systematic re-
view. J Neurol Sci [Internet]. 2010;294(1–2):70–3. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.
jns.2010.03.033
14. Lee MS, Choi TY, Shin BC, Kim JI, Nam SS. Cupping for hypertension: A systematic review. Clin
Exp Hypertens. 2010;32(7):423–5.
15. Lee MS, Kim JI, Lee DH, Boddy K, Ernst E. Cupping for treating pain: A systematic review. Evi-
dence-based Complement Altern Med. 2011;2011(January 2009).
16. Li JQ, Guo W, Sun ZG, Huang QS, Lee EY, Wang Y, et al. Cupping therapy for treating knee osteo-
arthritis: The evidence from systematic review and metaanalysis. Complement Ther Clin Pract
[Internet]. 2017;28:152–60. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.ctcp.2017.06.003
17. Lu S, Du S, Fish A, Tang C, Lou Q, Zhang X. Wet cupping for hypertension: a systematic review
and meta-analysis. Clin Exp Hypertens [Internet]. 2019;41(5):474–80. Available from: https://
doi.org/10.1080/10641963.2018.1510939
18. Ma S yu, Wang Y, Xu J qi, Zheng L. Cupping therapy for treating ankylosing spondylitis: The evi-
dence from systematic review and meta-analysis. Complement Ther Clin Pract [Internet].
2018;32(March):187–94. Available from: https://doi.org/10.1016/j.ctcp.2018.07.001
19. Moura C de C, Chaves É de CL, Cardoso ACLR, Nogueira DA, Corrêa HP, Chianca TCM. Cupping
therapy and chronic back pain: Systematic review and meta-analysis. Rev Lat Am Enferma-
gem. 2018;26.
20. Pei W, Zeng J, Lu L, Lin G, Ruan J. Is acupuncture an effective postherpetic neuralgia treat-
ment? A systematic review and meta-analysis. J Pain Res. 2019;12:2155–65.

VOLTA AO SUMÁRIO
16 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

21. Wang YT, Qi Y, Tang FY, Li FM, Li QH, Xu CP, et al. The effect of cupping therapy for low back
pain: A meta-analysis based on existing randomized controlled trials. J Back Musculoskelet
Rehabil. 2017;30(6):1187–95.
22. Wood S, Fryer G, Tan LLF, Cleary C. Dry cupping for musculoskeletal pain and range of motion:
A systematic review and meta-analysis. J Bodyw Mov Ther [Internet]. 2020;24(4):503–18. Avail-
able from: https://doi.org/10.1016/j.jbmt.2020.06.024
23. Xiao X jun, Zhang L xiao, Shi Y zhou, Yao J peng, Cao W, Liu Y, et al. Cupping therapy for pa-
tients with chronic urticaria: A systematic review and metaanalysis. J Integr Med [Internet].
2020;18(4):303–12. Available from: https://doi.org/10.1016/j.joim.2020.05.004
24. Xing M, Ding X, Zhang J, Kuai L, Ru Y, Sun X, et al. Moving cupping therapy for plaque psoriasis:
A PRISMA-compliant study of 16 randomized controlled trials. Medicine (Baltimore).
2020;99(41):e22539.
25. Yuan QL, Guo TM, Liu L, Sun F, Zhang YG. Traditional chinese medicine for neck pain and low
back pain: A systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2015;10(2):1–37.

Qureshi NA, Ali GI, Abushanab TS, El-Olemy AT, Alqaed MS, El-Subai IS, Al-Bedah AMN. History
Referência of cupping (Hijama): a narrative review of literature. J Integr Med. 2017;15(3):172-181, 2017.
bibliográfica

VOLTA AO SUMÁRIO
17 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Sobre este Mapa Este Mapa de Evidências é parte de uma série de Mapas de Evidências so-
de Evidências bre aplicação clínica das Práticas Integrativas e Complementares da Saú-
de (PICS), que estão na Política Nacional de Práticas Integrativas e Com-
plementares (PNPIC).
Foi desenvolvido no âmbito do projeto “Produção de Síntese de Evidên-
cias em Práticas Integrativas e Complementares Prioritárias”, financiado
pelo TED nº 53/2019, firmado com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
sob demanda do Departamento de Saúde da Família da Secretaria de
Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (DESF/SAPS/MS).
Com o apoio de um grupo de trabalho, o Consórcio Brasileiro de Saúde In-
tegrativa (CABSIN) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informa-
ção em Saúde (BIREME/OPAS/OMS) conduziram o desenvolvimento deste
Mapa de Evidências tendo como principal referência metodológica o Evi-
dence Gap Map 3iE – International Initiative
O Mapa de Evidências da Ventosaterapia está disponível na BVS MTCI Américas
em: https://mtci.bvsalud.org/mapa-de-evidencia-de-la-terapia-con-ventosas/

Sobre este Este informe consolida as principais evidências sobre as intervenções e


Informe desfechos de saúde analisados nos estudos incluídos no Mapa de Evidên-
Executivo cias Ventosaterapia.
O conteúdo deste informe é de responsabilidade exclusiva dos autores e
não representa as opiniões da Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS/OMS) e do Ministério da Saúde do Brasil. Quaisquer erros e omis-
sões também são de responsabilidade exclusiva dos autores.

VOLTA AO SUMÁRIO
18 MAPA DE EVIDÊNCIAS SOBRE A EFETIVIDADE
CLÍNICA DA VENTOSATERAPIA
INFORME EXECUTIVO

Grupo de Coordenação
trabalho
Ricardo Ghelman, geral
Raquel de Luna Antonio, temática
Mariana Cabral Schveitzer, metodológica
Caio Fábio Schlechta Portella, técnica

Elaboração

Raquel de Luna Antonio


Alan Kornin

Colaboração

Maristela Takeda - Busca Bibliográfica


Verônica Abdala - Suporte Metodológico

Como citar Antonio RL, Kornin A, Schveitzer MC, Portella CFS, Ghelman R. Mapa de Evi-
dências sobre a efetividade clínica da Ventosaterapia: informe executivo.
[Internet]. São Paulo: BIREME/OPAS/OMS; 2022 Julho 15.

VOLTA AO SUMÁRIO
paho.org/bireme

cabsin.org.br

mtci.bvsalud.org

https://public.tableau.com/app/profile/bireme/viz/ventosaterapia-pt/evidence-map

VOLTA AO SUMÁRIO
View publication stats

Você também pode gostar