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AUDITORIA MÉDICA E DE
ENFERMAGEM

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Auditoria Médica e de Enfermagem
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Saldanha, Zélia, 2019.


Auditoria Médica e de enfermagem - Jupiter Press - São Paulo/SP
31 páginas.

Palavras-chaves: 1. Auditoria; 2. médica; 3. enfermagem; 4. sistema de saúde

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Auditoria Médica e de Enfermagem
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................3
1. HISTÓRICO E CONCEITO DA AUDITORIA...................................................................................4
2. AUDITORIA MÉDICA E DE ENFERMAGEM - ATRIBUIÇÕES E
COMPETÊNCIAS............................................................................................................................................10

s
3. AUDITORIA MÉDICA E DE ENFERMAGEM EM OPERADORA DE PLANOS
DE SAÚDE............................................................................................................................................................17
4. PRONTUÁRIO E AS ANOTAÇÕES PARA AUDITORIA..........................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................28

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INTRODUÇÃO

A auditoria em saúde é uma atividade indispensável para qualquer tipo de


sistema de saúde, seja ele público ou privado. Para que possa acontecer, tem que
existir uma equipe multiprofissional, sendo o Médico; Enfermeiro; Farmacêutico;
Odontólogo; Epidemiologista; Fisioterapeuta; administrativo, entre outros,
para que possam trabalhar juntos de forma que todos devem realizar serviços
adequados e de boa qualidade, assim auditoria possa conseguir dados completos
e obter resultados satisfatórios (DORNE; HUNGARE, 2013). De uma forma geral,
observa-se que a auditoria é uma técnica contábil com procedimentos específicos
que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções,
na obtenção de informações e confirmações, relacionados com o controle de
uma entidade. A auditoria é parte de um todo, uma das etapas do processo de
gerenciamento de serviços de saúde, que possibilita uma avaliação sistemática
da assistência, com vistas a mensurar os resultados da assistência, bem como
analisar os seus custos; tem potencial para fornecer informações que subsidiem a
reafirmação de medidas exitosas e a reordenação de ações inadequadas, tanto no
âmbito assistencial quanto no financeiro. E durante este módulo iremos abordar
sobre aspectos que traduzem os processos que envolvem a auditoria médica e
de enfermagem.

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1. HISTÓRICO E CONCEITO DA AUDITORIA

O termo Auditoria, se originou do latim “audire”, tem sua origem na área


contábil, cujos fatos e seus registros datam do ano 2600 a.C., porém é a partir do
século XII d. C. que esta técnica passa a receber o nome de auditoria, constatando-
se na Inglaterra o seu maior desenvolvimento. Com a Revolução Industrial
no século XVII, a prática da auditoria recebe novas diretrizes, na busca de se
atenderem às necessidades das grandes empresas. Na área da saúde, a auditoria
aparece pela primeira vez no trabalho realizado pelo médico George Gray Ward,
nos Estados Unidos, em 1918, nesse trabalho, era feita a verificação da qualidade
da assistência prestada ao paciente através dos registros em seu prontuário.
(DORNE; HUNGARE, 2013).

No Brasil não existem registros da data correta do início da auditoria em


saúde. Mezomo (2001) informa que, em 1952, foi criada a Lei Alípio Correia Netto
na qual era dever dos hospitais filantrópicos arquivar a documentação das histórias
clínicas completas de todos os pacientes. Outros autores apontam que, no Brasil,
a necessidade de auditoria ocorreu com a vinda de empresas estrangeiras, com
o crescimento das empresas brasileiras e fortalecimento do mercado de capitais.

As duas últimas décadas foram marcadas por intensas transformações no


sistema de saúde brasileiro, intimamente relacionadas com as mudanças ocorridas
no âmbito político-institucional. E um conjunto de fatores, como problemas
ligados ao financiamento, ao clientelismo, à mudança do padrão epidemiológico
e demográfico da população, aos crescentes custos do processo de atenção, ao
corporativismo dos profissionais da saúde, entre muitos outros, se constituíam
em obstáculos expressivos para avanços maiores e mais consistentes, resultando
em uma sensação de inviabilidade do SUS.

Diante de tais fatos, surgiu a grande necessidade de um sistema de


informações que permitisse ao Estado exercer seu papel regulatório, em particular
para gerar ações com capacidade de discriminação positiva, buscando eliminar
as causas que sempre colocaram o SUS sob questionamento.

Pautado nessa nova realidade do sistema de saúde, a figura do auditor


ganhou papel relevante, como agente de promoção da qualidade da assistência
por meio de padrões previamente definidos, atuando em programas de educação

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permanente, bem como em ações de diagnóstico de desempenho de seus


processos, incluindo as atividades de cuidado direto ao paciente e aquelas de
natureza administrativa, cuja evolução será discutida no decorrer deste capítulo.

Atualmente, um grande número de hospitais, predominantemente privados,


possui serviços de auditoria em saúde. A auditoria em saúde, entre outros
conceitos, é a avaliação sistemática da qualidade da assistência ao cliente (PAIM;
CICONELLI, 2007). É realizada pela análise dos prontuários e verificação da
compatibilidade entre procedimentos realizados e os itens que compõem a
conta hospitalar cobrada, garantido um pagamento justo mediante a cobrança
adequada. Ainda, trata-se de um método de avaliação voluntário, periódico e
reservado, dos recursos institucionais de cada hospital para garantir a qualidade
da assistência por meio de padrões previamente definidos (LIMA; ERDMAN,
2006).

O processo de auditoria ocorre em todas as instituições prestadoras de


serviços de saúde do setor público e privado conveniado ao SUS. As estratégias
de ações são utilizadas de forma contínua sobre as estruturas organizacionais
e funcionais de forma a dimensionar a eficácia e a eficiência das atividades de
saúde, cujos resultados são apresentados à administração do sistema de saúde.
Ao lado dessas estruturas e organizações burocráticas funcionais da produção
de serviços e controle do equilíbrio financeiro, os auditores executam em seus
planos, a avaliação do desempenho na rede de serviço como forma de buscar um
feedback junto ao usuário e a sociedade de um modo geral (COSTA et al., 2004).

As atividades de auditoria que envolvem o campo operacional usualmente


executadas são: acompanhamento das unidades de saúde, verificação de
denúncias de irregularidades, vistorias nos projetos de credenciamento de novos
serviços e (descredenciamento desses), internamentos hospitalares, exames
especializados, entre outros. Em face da corresponsabilidade que as operadoras
de planos de saúde têm em oferecer serviços de saúde de qualidade (Lei 9659/98),
criou-se a necessidade de auditar as instituições de saúde com foco na qualidade
dos processos funcionais e estrutura física (COSTA et al., 2004).

A auditoria é parte de um todo, uma das etapas do processo de gerenciamento


de serviços de saúde, que possibilita uma avaliação sistemática da assistência,
com vistas a mensurar os resultados da assistência, bem como analisar os seus
custos; tem potencial para fornecer informações que subsidiem a reafirmação

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de medidas exitosas e a reordena-ção de ações inadequadas, tanto no âmbito


assistencial quanto no financeiro.

E também pode ser classificada como uma atividade realizada por pessoa
qualificada e independente que consiste em analisar, mediante a utilização de
técnicas de revisão e verificação idôneas, a informação econômico- financeira
deduzida de documentos contábeis, tendo por objetivo a emissão de relatórios
dirigidos, manifestando opiniões responsá-veis sobre a viabilidade da informação
com a intenção de que esta informação possa ser conhecida e valorizada por
terceiros.

TEMPORALIDADE

• Regular ou Ordinária – realizada em caráter de rotina, periodicamente, sistematica-


mente e previamente programada, com vistas à análise e verificação das fases espe-
cíficas de uma atividade, ação ou serviço.
• Especial ou Extraordinária – realizada para atender a apuração de denúncias, indí-
cios, irregularidades ou por determinação de autoridades competentes para verifi-
cação de atividade específica.

EXECUÇÃO

• Auditoria Prospectiva ou Auditoria Prévia – com caráter preventivo, procura de-


tectar situações de alarme para evitar problemas.
• Auditoria Retrospectiva – visa avaliar resultados e corrigir as falhas (fechamento de
contas).
• Auditoria Concorrente ou Auditoria operacional – acontece durante um fato ou
processo para acompanhar a execução das atividades e garantir a qualidade da as-
sistência prestada ao beneficiário.

TIPO
• Analítica – conjunto de procedimentos especializados que consistem na análise de
relatórios, processos e documentos. Tem por objetivo avaliar se os serviços ou siste-
mas de saúde atendem às normas e padrões previamente definidos.
• Auditoria Operativa – consiste na verificação de processos e documentos compa-
rados aos requisitos legais/normativos que regulamentam a Instituição e atividades
relativas à área de Saúde através do exame direto dos fatos, documentos e situa-
ções.
• Auditoria de Gestão - conjunto de atividades que abrangem áreas de controle, fis-
calização orçamentária, financeira e contábil, avaliação técnica da atenção à saúde,
avaliação de resultados e comprovação de qualidade, desempenhadas junto aos
gestores, conforme requisitos mínimos estabelecidos pela legislação vigente.
• Auditoria Contábil – pode ser definida como o levantamento, o estudo e a avaliação

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sistemática de transações, procedimentos, rotinas e demonstrações contábeis de


uma entidade, com o objetivo de fornecer a seus usuários uma opinião imparcial e
fundamentada em normas e princípios sobre sua adequação.

FORMA DE INTERVENÇÃO

• Auditoria Interna ou de 1ª parte – executada por auditores habilitados da própria


organização auditada.
• Auditoria Externa ou de 2ª parte – executada por auditores contratados para verifi-
car as atividades e resultados de uma determinada organização ou sistema.
• Auditoria de 3ª parte – avaliação aplicada por uma entidade certificadora.

PROCESSO DE AUDITORIA

A auditoria pode ser dividida em três fases interdependentes

ETAPAS DE UMA AUDITORIA

Planejamento Execução Resultado

Consiste no estabelecimento dos objetivos da auditoria,


na definição da linha de atuação, na determinação dos re-
Planejamento cursos necessários à realização da auditoria e do alcance
desses objetivos, bem como no detalhamento do programa
de auditoria, incluindo a determinação de como, quando e

Ocorre a coleta, análise, interpretação e documen-


tação de informações suficientes para fundamentar
os resultados da auditoria. O processo de execução
Execução da auditoria deve ser levado a cabo obedecendo aos
seguintes momentos: reunião de abertura, auditoria e

É comunicado através de relatório, elaborado após


a conclusão das etapas indicadas na fase de execu-
Resultado ção da auditoria, aos representantes da administração
para discutir conclusões e recomendações. O relatório

Fonte: (BRASIL, 2017)

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CARACTERÍSTICAS DE UM AUDITOR

O profissional de auditoria deve ter uma conduta sem restrições e ética para
que possamos ter confiança plena em seu trabalho. Sendo assim, podemos definir
o auditor como àquele que dá opiniões sobre as demonstrações financeiras e
que também contribui para a continuidade operacional de uma organização. São
profissionais que possuem conhecimentos específicos nas áreas em que atuam
e conhecem muito bem a legislação, e opinam sobre a situação da organização
através de pareceres.

Atenção...
Competências necessárias para um
bom auditor:

Independência
Conhecimento de técnicas de audito-
ria
Julgamento criterioso
Capacidade de ouvir
Envolvimento com o mercado
Visão generalista
Prudência
Objetividade
Imparcialidade
Atualização
Cautela e zelo profissional
Comportamento ético
Sigilo e discrição
Fonte: (BRASIL, 2017)

Alguns atributos pessoais quanto ao comportamento do auditor são


apresentados por Santos e Pagliato (2007):

• Tato: capacidade de se evitar situações embaraçosas e de manter um clima de mú-


tuo respeito e simpatia para com aqueles que estão sendo auditados;
• Discrição: dos comentários e observações sobre dados coletados e avaliações for-
muladas.
• Expressão escrita e verbal: é importante o saber comunicar-se de forma clara, con-
cisa e correta. Os auditores devem ter atributos profissionais específicos, que são
conhecimentos relacionados ao tipo de auditoria a ser realizada e ao processo espe-
cífico da organização.

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OBJETIVOS

O auditor não tem função de fiscal e sim de orientador, pacificador, agente


de mudança, de efetividade, de economicidade e de eficiência. Á Auditoria
em Serviços de Saúde tem como objetivo básico conhecendo os contratos
estabelecidos entre as partes, a exigência do fiel cumprimento do que foi
acordado, e assim:

• Fazer respeitar o estabelecido em contrato entre as partes envolvidas,


ou seja: Usuário X Plano de Saúde X
• Prestadores de Serviços;
• Manter o equilíbrio do sistema, possibilitando a todos o direito ‡ saúde;
• Garantir a qualidade pelos serviços de saúde oferecidos e prestados;
• Fazer cumprir os preceitos legais ditados pela legislação brasileira ou
pelo código de ética de sua categoria e de defesa do consumidor
• Atuar desenvolvendo seu papel nas fases de: Pré-Auditoria, Auditoria
Operativa, Auditoria Analítica e Auditoria Mista.
• Revisar, avaliar e apresentar subsídios, visando o aperfeiçoamento dos
procedimentos administrativos, controles internos, normas, regulamen-
tos e relações contratuais.
• Promover o andamento justo, adequado e harmonioso dos serviços mé-
dicos e hospitalares pelos credenciados.
• Promover o processo educativo com vistas ‡ melhoria da qualidade do
atendimento, a um custo compatível com os recursos financeiros dispo-
níveis, e pelo justo valor do serviço prestado.
• Participar do credenciamento/contratação de serviços ou de profissio-
nais, pois nesse momento deve-se atentar para detalhes como: normas
claras, o contrato deve ser completo, claro e não deixar dúvidas quanto
aos serviços credenciados, preços, tabelas, apresentação e cronograma
de encaminhamento dascontas.

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2. AUDITORIA MÉDICA E DE ENFERMAGEM -


ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

A auditoria em saúde pode ser desenvolvida em vários setores da saúde


e por diferentes profissionais. Destacam-se entre eles a auditoria médica e a
auditoria em enfermagem. Ambas as auditorias dispõem de áreas específicas
de atuação, sendo que a característica do serviço é que destinará o papel do
auditor, lembrando que seus objetivos são sempre os mesmos, ou seja, garantir
a qualidade no atendimento ao cliente, evitar desperdícios e auxiliar no controle
dos custos (PAIM; CICONELLI, 2007). A seguir, serão discutidas as atribuições
e competências especificas para a auditoria médica e de enfermagem, e suas
normas e rotinas no ambiente hospitalar.

AUDITORIA MÉDICA

A Auditoria Médica caracteriza-se como ato privativo do médico, exatamente


por exigir conhecimento técnico especializado, pleno e integrado da profissão.
A figura do auditor médico surge com a função de monitorar e controlar o
processo administrativo da área de saúde, tanto em instituições públicas como
em empresas privadas. Sua função não é policialesca, mas apenas de análise de
conformidade entre aquilo que é solicitado e a correta indicação técnica médica
prevista na literatura (WEERSMA et al, 2015).

O tema auditoria médica tem ganhado destaque após os anos 70, sendo o
assunto relativamente novo. A nível mundial, a auditoria médica teve seu marco
inicial com o relatório Flexner, que avaliou a qualidade das escolas médicas
americanas. No Brasil, a implantação de processos de auditoria no Sistema
Único de Saúde – SUS visou assegurar a qualidade dos serviços profissionais e
institucionais, além de preservar o uso adequado dos recursos públicos destinados
à saúde, em outras palavras, visava a efetividade (WEERSMA et al, 2015).

Com a crescente massificação da Medicina, aumento da demanda dos


pacientes e a evolução tecnológica, as instituições de saúde, operadoras de saúde
e o Poder Público se viram em um mercado que, para sua auto sustentação era
necessário, cumulativamente, incrementar suas receitas, minimizar seus custos e
melhorar a qualidade da prestação de serviços.

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A auditoria possui como objetivo maior garantir a qualidade da assistência


médica prestada e o respeito às normas técnicas, éticas e administrativas
previamente estabelecidas, incluindo aspectos de avaliação técnica de apuração
de resultados. Dessa forma a auditoria médica detém uma importante tarefa, o de
manter o equilíbrio da relação custo- benefício de todo o sistema.

Nos planos e seguros de saúde o médico atua como orientador (interpretando


normas acordadas nos contratos), ordenador, (conhecendo os direitos e deveres
para autorização de procedimentos a serem realizados), fiscalizador, (verificando
a finalidade e a indicação dos procedimentos), controlador (evitando desperdício
e mantendo a qualidade da assistência, como também respeitando os direitos
do paciente). Existem outras colocações para a atuação da Auditoria Médica
classificando-a como Preventiva, Corretiva e Gerencial, porém, exercendo
sempre a mesma função de perícia, operacional e avaliação do serviço de saúde.
Já no Sistema/ Único de Saúde, a atuação da Auditoria é voltada para o plano
assistencial, na análise de fichas e prontuários, gestões de sistema na análise
de indicadores e programação. Engloba também a parte financeira/contábil e
patrimonial, que incluem os convênios instituídos.

Na análise de contas médicas, a atuação da Auditoria está voltada para


verificação de códigos solicitados, autorizados ou não, corrigindo eventuais
distorções, evitando cobrança incorreta e a consequente glosa. O Auditor tem
como atribuição subsidiar os setores de análise com informações relevantes para
o correto pagamento das contas e ser um elemento de ligação entre os usuários
e a empresa patrocinadora do evento agilizando a parte técnica e dando suporte
administrativo.

No elenco de atribuições do cargo e função, suas ações tem caráter


eminentemente administrativo, embora que se faça necessário o conhecimento
técnico médico e os preceitos da doutrina ética, possibilitando atuar como
mediador entre as partes envolvidas, ordenando, controlando e racionalizando
os custos, sem comprometer a qualidade dos serviçoss prestados e dos materiais
e medicamentos usados.

De uma maneira geral, podem ser consideradas atribuições do médico


auditor:

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• Fazer análise dos documentos: fatura; prescrição médica e evolução diária; relatório
cirúrgico; boletim de anestesia; exames complementares e solicitações de serviços;
número de diárias autorizadas ecobradas;
• Acompanhar a evolução clínica, o horário de entrada e a alta hospitalar;
• Analisar e autorizar os pedidos de prorrogação de internações;
• Analisar a cobrança de Honorários;
• Analisar e autorizar a utilização de OPME;
• Atentar para a coerência entre diagnóstico, o procedimento proposto e orealizado;
• Verificar a compatibilidade do diagnóstico com hospitalização e o tempo deperma-
nência;
• Atentar para o número de cirurgias por meio da mesma via de acesso ou viasdiferen-
tes;
• Analisar e fazer ajustes de cobrança indevida de auxiliares que não participaram da
cirurgia;
• Analisar e fazer ajustes quando ocorrer cobrança de horários de urgência emcirur-
gias;
• Analisar e fazer ajustes quando ocorrer cobrança de vários procedimentos cirúrgicos
numa mesma cirurgia;
• Analisar e fazer ajustes quando ocorrer cobrança de vários procedimentos cirúrgi-
cos separados, na existência de código
• único que contempla todas as cirurgias;
• Analisar e verificar se o código de cobrança utilizado é compatível com o procedi-
mento;
• Observar acomodações conforme contrato com o prestador; Analisar e fazer ajustes
da manutenção de pacientes internados em UTI sem indicação pertinente (ex: falta
de leito nas unidades abertas);
• Analisar e relatar quando ocorrer solicitação em excesso de pareceres e acompa-
nhamento por várias especialidades; Realizar perícia médica quando necessário.

AUDITORIA DE ENFERMAGEM

A evolução dos custos de assistência à saúde vem se transformando em um


fator preocupante, sabendo-se que são vários os fatores (internos e externos)
que contribuem para os altos custos, sendo um deles a falta de controle mais
atuante, efetivo e até mesmo sistematizado no que diz respeito à auditoria dos
serviços prestados. A participação do enfermeiro nessa área, além de constituir
um crescente campo de trabalho, vem somar-se à qualidade e observações
específicas que vinham sendo exigidas no desempenho desta função. (DORNE;
HUNGARE, 2013)

O papel da enfermagem na auditoria é avaliar a assistência que o paciente


está recebendo, assim como a integralidade e exatidão da documentação dessa
assistência no prontuário. Limita-se à avaliação dos cuidados de enfermagem
prestados ao paciente, demonstrando a importância de uma ação integrada com
o auditor médico, para se ter uma visão da assistência global prestada ao paciente.

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Atualmente, nos hospitais onde vem se desenvolvendo, a Auditoria de


Enfermagem tem dois grandes objetivos: mensurar a assistência prestada
(qualidade), e compatibilizar o nível dessa assistência com a necessidade de
controle dos custos hospitalares.

Podemos então inferir, que a auditoria de enfermagem é o conjunto de ações


utilizadas na avaliação e fiscalização dos prestadores de serviços de saúde e na
conferência de contas relativas aos procedimentos executados, do atendimento
ao gasto, do custo à qualidade a ser alcançada.

Observa-se que para a enfermagem em auditoria, destaca-se dois tipos de


auditoria:

• Auditoria de Cuidados: empregada para mensurar a qualidade da assistência em


enfermagem constatada por meio dos registros no prontuário do cliente e das pró-
prias condições que este se encontra, e a auditoria de custos que tem por intenção
conferir e controlar o faturamento correspondente aos planos de saúde, quanto aos
procedimentos feitos , visitas de rotina, comparando e fazendo cruzamento das in-
formações auferidas com as que fazem parte no prontuário.
• Auditoria de Custos: confere e controla o faturamento enviado para os planos de
saúde, através dos registros de procedimentos realizados, visitas de rotina e cruza-
mento das informações recebidas com as que constam no prontuário.

Segundo Moraes; Golçalves; Amaral (2017), no âmbito hospitalar, por exemplo,


a enfermagem é responsável pela maior parte do consumo de recursos materiais,
devendo ter um controle nos custos envolvidos no processo de assistência, a fim
de garantir a provisão e adequação dos materiais de uso e, principalmente, da
qualidade da assistência de enfermagem.

Assim, por meio da auditoria em enfermagem é possível avaliar


sistematicamente a qualidade da assistência utilizando as anotações de
enfermagem no prontuário do paciente e identificar os problemas contidos
neles. Assim, o enfermeiro auditor, por meio de seus relatórios gera um importante
contributivo, tanto financeiro quanto educativo. (BARRETO; LIMA; XAVIER, 2016)

Podem ser consideradas atribuições do enfermeiro auditor em dois cenários


distintos:

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No convênio:

• Avaliar a assistência de enfermagem prestada ao cliente através do prontuáriomédi-


co;
• Verificar a observância dos procedimentos frente aos padrões e protocolosestabe-
lecidos;
• Adequar o custo por procedimento;
• Elaborar relatórios/planilhas através das quais se define o perfil do prestador: custo
por dia, custo por procedimento, comparativos entre prestadores por especialidade;
• Participar de visitas hospitalares;
• Avaliar, controlar (com emissão de parecer) as empresas prestadoras de serviços,
fornecendo dados para a manutenção/continuidade do convênio (assessoria ao
credenciado);
• Elo entre as partes = parceria.

No Hospital

• Análise do Prontuário Médico, verificando as informações e preenchimento nos


campos tanto médico como de enfermagem, como por exemplo: história clínica,
registro diário da prescrição e evolução médica e de enfermagem, checagem dos
serviços, relatórios de anestesia e cirurgia;
• Avaliar e analisar a conta hospitalar, se condiz com o evento realizado;
• Fornecer subsídios e participar de treinamentos do pessoal de enfermagem;
• Analisar contas e glosas, além de estudar e sugerir reestruturação das tabelas utiliza-
das, quando necessário;
• Fazer relatórios pertinentes: glosas negociadas, aceitas ou não, atendimentos feitos,
dificuldades encontradas e áreas susceptíveis de falhas e sugestões;
• Manter-se atualizado com as técnicas de enfermagem, com os serviços e recursos
oferecidos pelo hospital, colocando- se a par (inclusive) de preços, gastos e custos
alcançados;
• Utilizar, quando possível, os dados coletados para otimizar o Serviço de Auditoria:
saber apontar custos de cada setor, locais onde pode ser feita a redução nos gastos,
perfil dos profissionais envolvidos e dados estatísticos.

Segundo a Resolução COFEN 266/2001, dispõe sobre as atividades do


Enfermeiro Auditor. Podemos destacar:

1. É da competência privativa do Enfermeiro Auditor no exercício de suas atividades:


organizar, dirigir, planejar, coordenar e avaliar, prestar consultoria, auditoria e emissão
de parecer sobre os serviços de Auditoria de Enfermagem.
2. Quanto integrante de equipe de Auditoria emSaúde:
• Atuar na elaboração de contratos e adendos que dizem respeito à assistência de en-
fermagem e de competência do mesmo;
• Atuar em bancas examinadoras, em matérias específicas de enfermagem, nos con-
cursos para provimentos de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal técnico
de enfermagem, em especial Enfermeiro Auditor, bem como de provas e títulos de
especialização de auditoria e enfermagem, devendo possuir o título de especializa-
ção em auditoria de enfermagem;

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• O Enfermeiro Auditor, em sua função, dever· identificar-se fazendo constar o núme-


ro de registro no COREN sem,
• contudo, interferir nos registros do prontuário do paciente;
• O Enfermeiro Auditor tem autonomia em exercer suas atividades sem depender de
prévia autorização por parte de outro membro auditor, Enfermeiro, ou multiprofis-
sional;
• O Enfermeiro Auditor para desempenhar corretamente seu papel, tem direito de
acessar os contratos e adendos
• pertinentes ‡ Instituição a ser auditada

FERRAMENTAS DE TRABALHO

Fotografia 1: Site AMB


Fonte: amb.org.br

Fotografia 2: CBHPM
Fonte: setorsaude.com.br

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O auditor para desenvolver suas atividades profissionais necessita de um


conjunto de elementos classificados como ferramentas de trabalho, elementos
indispensáveis para o bom desenvolvimento da tarefa.
• Diagnostico da doença em código ( CID - 10 )
• Tabelas de honorários médicos (Tabelas Associação Médica Brasileira - ABM, Classi-
ficação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos médicos- CBHPM, etc.);
• Tabela de negociação adotada (Taxas e Diárias);
• Tabela de materiais descartáveis;
• Tabela de Órteses e próteses e materiais especializados (OPME);
• Tabelas de valores BRASÍNDICE;
• Tabelas revista SIMPRO
• Resoluções ANVISA
• Dicionários de especialidades farmacêuticas e de genéricos;
• Conta hospitalar;
• Prontuários clínicos com os relatórios médicos e de enfermagem;
• Boletins, fichas de atendimentos médicos, e laudos médicos;

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3. AUDITORIA MÉDICA E DE ENFERMAGEM EM


OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE

A saúde suplementar no Brasil consolidou-se por meio da Constituição


Federal de 1988, sendo seu marco regulatório principal representado pela Lei n.
9.656 de 1998. O setor apresenta-se como alternativa ao SUS para obtenção de
serviços assistenciais para a população. Este referido setor vem ganhando espaço
não apenas pela quantidade de serviços prestados, mas também pela percepção
da boa qualidade dos atendimentos aos seus beneficiários. A saúde suplementar
possui mais de 50 milhões de vínculos de planos de saúde, e está se estabelecendo
como uma das bases de sustentabilidade do sistema de saúde. Assim, tornou-se
bastante relevante para o Estado que, possivelmente, não suportaria a inserção
dos gastos da área no orçamento público (ZIROLDO, GIMENES & CASTELO,
2013).

Por outro lado, observa-se que a regulamentação do setor tem mostrado um


cenário desafiador para a manutenção das operadoras que participam da saúde
suplementar, cujos obstáculos são expressos por seus dados econômicos e por
suas dificuldades na adaptação a ações regulatórias mais intensas. Favorecendo
com que a auditoria torne-se uma importante estratégia na saúde suplementar,
conferindo ao serviço a redução de custos do setor e a melhoria da qualidade
da atenção prestada nos serviços de saúde (ZIROLDO, GIMENES & CASTELO,
2013).

Alguns planos de saúde realizam nas instituições hospitalares auditoria dois


tipos de auditoria: Retrospectiva e Concorrente. A auditoria retrospectiva, ou seja,
após à alta do paciente o auditor médico ou auditor enfermeiro analisa a conta
hospitalar para deferir ou indeferir o pagamento dos gastos. Quanto à auditoria
concorrente, se faz enquanto o cliente está hospitalizado, os auditores analisam
diariamente a conta hospitalar já efetuando as glosas.

RELEMBRANDO

No capítulo 1, falamos a respeito da classificação de auditoria, aqui vamos


reforçar quanto a forma de execução Já que esta abordagem configura-se
intimamente relacionada a forma de utilização nos ambientes hospitalares.

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Fique atento!

Auditoria Retrospectiva – avalia resultados e corrige as falhas. Auditoria


Operacional – acontece durante um fato ou processo para acompanhar a
execução das atividades e garantir a qualidade do produto.

Quando retratamos sobre a classificação dos tipos de auditoria, é importante


relembrar também que, tanto as operadoras de planos de saúde e os hospitais,
apresentam uma forma de executar sua auditoria, sendo classificada como auditoria
interna (executada por auditores habilitados da própria organização auditada)
e externa (executada por auditores ou empresa independente contratada para
conferir as atividades e resultados de uma determinada organização ou sistema).
Cabe salientar neste tópico aspectos concernentes as características desse
auditor interno e externo.

Fique atento!

Auditor Interno: É um empregado da empresa; Não deve estar subordinado


àqueles cujo trabalho examina; e não deve desenvolver atividades que ele possa
vir um dia examinar (como por exemplo, elaborar lançamentos contábeis).
Auditor Externo: Deve examinar as demonstrações contábeis de acordo com as
normas de Auditoria; Não é seu objetivo principal detectar irregularidades (rou-
bos, erros propositais, etc.); Tem acesso a muitas informações confidências da
empresa (salários, sistema de apuração de custos, sistema de produção, política
de vendas, etc.); e, deve manter sigilo das informações.

Para Zunta e Lima (2017), a auditoria de contas hospitalares é imprescindível


para a comprovação da realização dos procedimentos aos pacientes, por meio da
documentação constante em prontuário, pois fornece subsídios para viabilizar a
cobrança junto às fontes pagadoras.

As instituições hospitalares, sejam elas públicas ou privadas, que prestam


serviços às operadoras de planos de saúde têm investido na auditoria de contas
visando à adequada remuneração do atendimento prestado. A auditoria pode
ser realizada por diferentes profissionais, entretanto vem se consolidando, cada
vez mais, como uma área de importante atuação dos enfermeiros. (ZUNTA; LIMA,
2017)

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Além de verificar a compatibilidade entre os procedimentos realizados e a


cobrança dos itens componentes das contas hospitalares, o enfermeiro auditor
tem potencial para atuar de forma educativa na equipe de saúde contribuindo,
com seus conhecimentos, para a obtenção de resultados financeiros positivos,
evitando a ocorrência de glosas, e preservando relações éticas entre o contratado
e o contratante. Para tanto, deve estar informado e constantemente atualizado
quanto às mudanças na prática assistencial, sejam elas relativas a medicamentos
ou materiais, para que possa abordar os erros/falhas de registros com propriedade
e, também, orientar aos colaboradores quanto aos problemas/deficiências
encontrados e apontar alternativas corretivas e/ou preventivas.

E sobre a prática das operadoras de planos de saúde da glosa, falaremos no


item a seguir.

GLOSAS HOSPITALARES

Após o envio das despesas médicas a Operadora de Plano de Saúde como


forma de cobrança dos insumos gastos pelo cliente, pode haver recusa parcial
ou total do pagamento das cobranças realizadas pelo prestador de serviço; essas
recusas são consideradas como glosas hospitalares. Segundo alguns autores esse
tipo de evento pode ser feito após o envio das despesas, durante a hospitalização
do paciente ou enquanto a conta estiver sobre o domínio do setor de contas
médicas.

Segundo Pellegrini (2004) as glosas,

É o cancelamento ou recusa, parcial ou total, de orçamento, conta, verba


por serem considerados ilegais ou indevidos, ou seja, refere-se aos itens
que o auditor da operadora (plano de saúde) não considera cabível para
pagamento.

Normalmente as glosas nos serviços médicos são utilizadas pelas operadoras


de planos de saúde para impugnação parcial ou total dos valores cobrados,
relativos a prestação de serviços médicos-hospitalares aos usuários.

Segundo Rodrigues et al (2018), geralmente as glosas ocorrem, por


desconhecimentos tanto dos profissionais envolvidos no processo de faturamento,

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como também das operadoras de planos de saúde, das bases contratuais


negociadas, razão pela qual acabam fazendo cobranças não acordadas e glosas
sem justificativas. Para a área de saúde suplementar, de modo geral, se aplica dois
tipos de glosas: Administrativas e Técnicas.

GLOSAS ADMINISTRATIVAS:

Geralmente decorrem de falhas operacionais no momento da cobrança, de


falta de interação entre o plano de saúde e o prestador de serviço, ou, ainda, de falha
no momento da análise da conta do prestador. Existem vários fatores que podem
ocasionar glosas administrativas, sendo as mais comuns: validade da carteira; uso
inadequado de tabela e CH (Coeficiente de Honorário); falta de autorização prévia
e senhas; atendimento de especialidade diferente da contratada; falta de extensão
de contratos para serviços e exames; carências e serviços não cobertos; erros de
cálculos e digitação; médicos não cadastrados; ausência de folha despesa e/ou
similares; preenchimento formulários/identificação incompleta e/ou incorreta;
utilização inadequada de guias; credenciamento usado por terceiros.

Como se pode observar, as glosas administrativas ocorrem por falha muitas


vezes, na comunicação entre os internamente das organizações. Portanto, faz-
se necessário que todas as informações recebidas das operadoras de Plano
de Saúde, sejam ramificadas para os setores envolvidos. Desde a recepção ao
faturamento, com a finalidade de todos conhecerem os procedimentos e normas
dos convênios credenciados na organização.

Segundo Filho; Henrique (2006) existem várias maneiras de resolver esse


tipo de glosa, são elas: Conhecendo contratos e tabelas; melhorando processos;
elaborando manuais; treinando pessoal envolvido no processo; informatizando;
controlando; adequando fluxo de informação e melhorando comunicação
interno-externa.

GLOSAS TÉCNICAS:

Decorrentes da equipe de enfermagem ou médica, onde está atrelada


a falta de justificativas ou fundamento que se apliquem à indicação de certo
procedimento, e a deficiência ou falta de anotação de enfermagem durante à
assistência oferecida ao cliente. Geralmente esse tipo de glosa está diretamente

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relacionado à realização dos eventos, decorrentes de cobranças indevidas de


itens que compõem as contasassistenciais.

Filho; Henrique (2006) citam alguns exemplos que ocorrem geralmente


com esse tipo de glosa: Quantidade seções de fisioterapia; Exames solicitados
e sua indicação; Tratamento adotado X Autorização; Tempo de permanência;
Medicamentos prescritos; Relatórios inexistentes ou incompletos; Prontuários
incompletos e Divergências de diagnósticos.

Existem várias maneiras de resolver esse tipo de glosa, são elas: Conhecendo
contratos e tabelas; organizando prontuários e seus anexos; melhorando
prescrição e evolução médica; envolvendo recepção, enfermagem, etc; criando
pré-auditoria; registro de enfermagem completo; bom relacionamento (médico,
diretor clinico, pré-auditoria e auditoria externa); treinamento pessoal. Para que
esses problemas sejam solucionados, são necessários conhecimentos técnicos
tanto da enfermagem, médicos e faturistas, para que possíveis glosas não venham
a acontecer. (Filho; Henrique, 2006)

As instituições de saúde ao terem suas contas hospitalares glosadas pelas


operadoras de planos de saúde podem lançar mão dos recursos de glosas com
a finalidade de recuperar seus prejuízos econômicos. A este fato denominamos
de recurso de glosa, que é um meio de readquirir descontos indevidos e corrigir/
detectar falhas de faturamento.

Para o hospital, é de extrema necessidade um setor de Recurso de Glosa,


que além de efetuar os recursos, também é função deste setor: realizar um
apontamento do que a operadora está glosando e por quais motivos, fazer um
controle dos recebimentos das glosas, para saber o quanto do que foi recursado
foi efetivo, e o saldo que a operadora está devendo, podendo por fim abrir
negociações com as operadoras para a quitação deste saldo.

São inúmeros os benefícios que este setor traz para o hospital, e não somente
para a área financeira, que a principio é a maior interessada na recuperação da
quantia glosada, mas traz informações e apontamentos para as correções dos
problemas, para ir na raiz dele e evitar futuras glosas pelos mesmos motivos. Assim,
promove uma segurança ao faturamento, que poderá efetuar as cobranças sem
ter os mesmo erros do passado, ao setor comercial do Hospital, onde mostrará

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possíveis erros nos contratos que ocasionam as glosas, ao cadastramento, que


pode ter cadastrado código inválidos, e demais setores.

O resultado final do hospital claro que depende de todos os setores, o setor


de Recurso de glosa é mais um dos setores que fazem o hospital girar, porém, se
for dada a devida atenção e suporte para este setor, todas as áreas envolvidas, nos
processos de cobranças de contas para as operadoras serão beneficiados com os
apontamentos e controles que este setor efetua.

COBRANÇA HOSPITALAR

Médicos e enfermeiros responsáveis pela veiculação de auditoria em


ambientes hospitalares, devem estar atentos para os itens que são passiveis de
cobrança. Devem observar as características de cada local, de cada procedimento
e a forma de execução dos mesmos. Inicialmente as contas devem chegar ao
auditor completas e em conjunto, não é orientado que sejam aceitas as contas de
forma separadas.

A conta hospitalar, os honorários médicos, os materiais especiais, os serviços


auxiliares de diagnóstico e a terapia são alguns itens que devem ser analisados, e
estes precisam ser conferidos em conjunto e de maneira completa;

Os documentos devem estar em ordem cronológica:

• guias, faturas, diagnóstico(s) e história clínica;


• descrição(ões) de cirurgia(s) (se houver), boletim(ns) de anestesia(s), se
houver;
• prescrição médica (incluindo medicações de alto custo, hemoderivados
e sessões de hemodiálise previamente autorizadas) e de enfermagem;
• evolução médica e de enfermagem, prescrição e evolução dos demais
membros da equipe multidisciplinar,
• pareceres de especialidades médicas, e
• exames complementares;

VISTORIA TÉCNICA

Dentre as atribuições do auditor, uma das atividades é a realização de vistorias


técnicas. As vistorias técnicas são atividades de constatação de um fato, mediante

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exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem.


E quando falamos desta prática na prática hospitalar, o auditor ao realizar estas
vistoria técnicas, sejam elas à instalações ou setores específicos do prestador,
deve ter a finalidade de controle de qualidade da assistência prestada.

Para à operacionalização deste momento, o auditor deve priorizar a observação


do paciente/procedimento de alto risco; deve analisar prontuários, exames e
prescrições; ter contato direto com a equipe médica e posterior a essa analise,
deve emitir relatórios. Estes constituem-se na forma pela qual os resultados dos
trabalhos realizados são levados ao conhecimento do setor administrativo.

Os relatórios, são uma forma do auditor comunicar os resultados de seu


trabalho. Deve ser confidencial e apresentado diretamente a pessoa ou superior
autorizado, redigido de forma clara e imparcial. Sua estrutura é composta por:

• Início: abertura pequena, direta e de fácil entendimento, dizendo do que setrata


• Meio ou corpo: seleção de fatos, resultados, análise interpretação dasevidências
• Fim: conclusões e recomendações.

Este documento visa trazer alguns benefícios para as operadoras de saúde e


prestadores de serviço, como: redução do tempo médio de internação, redução
do volume de glosas e de recursos e revisões e indicações de clientes para à
internação domiciliar.

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4. PRONTUÁRIO E AS ANOTAÇÕES PARA AUDITORIA

A definição de prontuário para o Conselho Federal de Medicina (CFM), pela


resolução nº 1.638/02, é:

um documento único, constituído de um conjunto de informações, sinais


e imagens registrados e gerados a partir de fatos, acontecimentos e situa-
ções sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter
legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros
da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao
indivíduo.

O prontuário deve ser organizado para prestar serviços ao paciente, às equipes


multiprofissionais, à instituição de saúde e à sociedade. Serve como instrumento
de consulta, avaliações, ensino, pesquisa, auditoria, estatística médico-hospitalar,
sindicâncias, prova de que o doente foi ou está sendo tratado convenientemente,
investigação epidemiológica, processos éticos e legais, comunicação entre os
profissionais de assistência ao paciente, defesa e acusação. (ROSA et al, 2012)

A importância das anotações contidas no prontuário vai além de possibilitar e


facilitar as decisões e condutas no que diz respeito à assistência ao cliente. Auxilia
também os setores administrativos, como o faturamento, planejamento e custos;
e fornece dados para investigações e estatísticas. É ainda instrumento para
educação profissional e suporte legal quando questionamentos jurídicos e/ou
processuais são feitos acerca de condutas multiprofissionais (CAMPOS; SOUZA;
SAURUSAITIS, 2008)

E quando observamos os aspectos relacionados a auditoria, a analise dos


prontuários permite uma analise das conformidade das informações registradas,
tendo como base a padronização estabelecida pela instituição. Assim, para as
organizações em saúde, a auditoria tem surgido como uma importante ferramenta
na transformação dos processos de trabalho que vêm ocorrendo em hospitais e
operadoras de planos de saúde.

Todos os procedimentos e ações de uma equipe multiprofissional geram


custos e uma das formas que podem ser utilizadas para averiguar e garantir
o pagamento ao prestador de saúde e as operadoras de saúde, é por meio das

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anotações no prontuário do paciente. Para a ANVISA (2000), o fundamental é


manter registrados todos os atendimentos realizados aos pacientes no prontuário.
Boa parte das glosas é justificada por ausência de anotações, principalmente
ações de enfermagem.

A anotação de enfermagem é um dos principais instrumentos de apoio


para a análise das contas hospitalares na auditoria, além de ser um importante
instrumento de prova de qualidade da atuação da enfermagem. Cianciarullo
(2008) traz que as anotações de enfermagem devem “registrar as condições do
paciente” e sua atividade, transmitir informações do paciente, prover uma base de
integração e continuidade do plano total de cuidados, mostrar que as prescrições
médicas foram cumpridas em relação à medicação e aotratamento.

Dessa forma, os erros nos valores cobrados geram prejuízos financeiros às


unidades de saúde, e tais fatos estão relacionados à falha de registros de recursos
materiais e medicamentos utilizados, tanto pela equipe de enfermagem quanto
pela equipe médica. Portanto, a auditoria pode sinalizar as falhas e as deficiências na
assistência prestada e, consequentemente, decisões corretivas e/ou preventivas
podem ser tomadas (MORAES; GOLÇALVES; AMARAL, 2017).

É importante que a equipe de enfermagem, por ser a equipe de profissionais


que passa 24h ao lado do paciente, conseguem gerar um relato contendo todas as
ações realizadas com os pacientes, fornecendo informações a todos da equipe e
permitindo uma continuidade aos cuidados de enfermagem. Assim, os registros,
podem ser considerados como respaldo legal e segurança, pois se constitui num
documento que descreve todas as atividades desenvolvidas.

Os registros de enfermagem são as principais fontes de informação para o


processo de auditoria, pois fornecem informações dos cuidados prestados, do
consumo dos materiais e também conhecimento para o ensino e a pesquisa.
Devem relatar o maior número de informações possíveis sobre as condições
de saúde dos pacientes, devem ser incluídos os aspectos relacionados aos
procedimentos e também as necessidades, queixas e evolução dos paciente.
Devem enfatizar a anotações com escritas de forma clara, siglas padronizadas e
letras legíveis que evitem a dupla interpretação.

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Alguns itens podem ser relacionados aos principais erros nos registros, que
podem ser configurados como motivos para glosa:

• Ausência de identificação e carimbo com numero do COREN do profis-


sional que realizouassistência
• Letras não legíveis;
• Rasuras;
• Anotações incompletas;
• Ausência de horário da prescrição realizada;
• Ausência de checagem de medicações e procedimentos;
• Ausência de anotações a respeito de admissão, transferência, saída ou
óbito depacientes;

Em função dessa realidade, a auditoria tem sido vista como aliada para
melhorar a qualidade da assistência, pois ao detectar falhas apresentadas nos
prontuários, permite por meio de seus relatórios de avaliação, que as equipes e a
instituição sejam orientadas quanto ao registro correto das ações profissionais e
o respaldo ético e legal (MORAES; GOLÇALVES; AMARAL, 2017).

Em virtude dos avanços e desafios da assistência a saúde, a área médica


vem incorporando diferentes ferramentas da tecnologia da Informação em sua
dinâmica de trabalho. E as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) vem
sendo utilizadas na auditoria em enfermagem como uma ferramenta informatizada
para facilitar, agilizar e otimizar os processos da auditoria. Uma das principais é o
Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), esse tipo de prontuário é uma proposta
para atender as demandas dos novos modelos de atenção e de gerenciamento
dos serviços de saúde.

O prontuário eletrônico proporciona inúmeras vantagens, entre as quais:


agilidade no acesso à informação, intercâmbio de informações, economia de
espaço, redução de consumo com impressos, informações gerenciais rápidas e
precisas e aumento de tempo para os profissionais se dedicarem aos pacientes.
Há que se considerar também algumas desvantagens, como o custo elevado na
implantação (equipamentos e treinamentos), a possibilidade do sistema ficar
inoperante e a resistência da equipe. No entanto, a literatura registra que os
benefícios são mais evidentes para a instituição de saúde, sendo que promove um
atendimento seguro, eficiente e rápido para o paciente (MARTINS; LIMA, 2014)

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Alguns estudos já trazem resultados que as TIC’s na prática profissional do


enfermeiro auditor, na área em saúde suplementar, já está sendo utilizada para
auxiliar na codificação de honorários médicos, medicamentos, materiais como
também no uso de novos sistemas para análise de contas hospitalares e na própria
análise da auditoria junto ao Prontuário Eletrônico do Paciente.

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Desenho Instrucional: Veronica Ribeiro


Supervisão Pedagógica: Laryssa Campos
Revisão pedagógica: Carley Pinheiro
Design editorial/gráfico: Trayce Melo

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