Você está na página 1de 24

UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES

ÁREA DAS CIÊNCIAS DA VIDA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS COM


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Luisa Migliavacca Bresolin

Lajeado/RS, Novembro de 2023


Luisa Migliavacca Bresolin

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS COM


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Projeto de pesquisa
apresentado na disciplina de
Trabalho de Conclusão de
Curso I, do curso de
Fisioterapia, da Universidade
do Vale do Taquari –
Univates, para obtenção do
título bacharel em
Fisioterapia.

Orientadora: Profª. Dra. Magali Grave

Lajeado/RS, Novembro 2023


Luisa Migliavacca Bresolin

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS COM


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

A banca examinadora abaixo aprova o Trabalho de Conclusão apresentado ao curso de Fisioterapia


Bacharelado da Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES, como parte da exigência para a
obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia, na área de Ciências da Saúde.

Profa. Magali Teresinha


Quevedo grave - orientadora
Universidade do Vale do
Taquari –UNIVATES

Profa. Lydia Koetz Jaeger -


Banca examinadora
Universidade do Vale do
Taquari –UNIVATES

Profa. Elisangela Zanelatto -


Banca examinadora
Universidade do Vale do
Taquari –UNIVATES

Lajeado/RS, 20 de Novembro de 2023


Avaliação do desempenho motor de crianças com transtorno
do espectro autista

Evaluation of motor performance in children with autism spectrum disorder

Valoración del desempeño motor en niños con trastorno del espectro


autista

Luisa Migliavacca Bresolin1


Magali Teresinha Quevedo Grave2

RESUMO
O transtorno do espectro autista (TEA) apresenta uma sequência de circunstâncias que
se relacionam ao dano no desenvolvimento neurológico, caracterizando-se por
comportamentos repetitivos, comprometimento nas habilidades sociais, na comunicação
não verbal e na fala. O reconhecimento de atrasos no desenvolvimento, o
encaminhamento para intervenções comportamentais, diagnóstico adequado e apoio
educacional precoce levam a melhores resultados para o aprendizado a longo prazo,
considerando a neuroplasticidade cerebral. O objetivo do presente estudo foi avaliar o
desenvolvimento motor de crianças com transtorno do espectro autista que frequentam
uma instituição para pessoas com deficiência, no município de Guaporé-RS/Brasil. Trata-
se de uma pesquisa exploratória, descritiva e transversal, de análise quantitativa; cuja
coleta dos dados foi realizada através da escala de desenvolvimento motor (EDM).
Participaram 8 crianças com diagnóstico médico de TEA, nível de suporte 1 e 2, gênero
masculino, com idades de 6 à 8 anos (média 6,62; DP: 0,696). Resultados: O repertório
motor amplo e fino das crianças participantes é inferior às habilidades esperadas para a
suas idades cronológicas (IC). Das áreas comprometidas, segundo a EDM, destaca-se
equilíbrio e linguagem, sendo que, para 50% (04) das crianças o equilíbrio ficou em
inferior comparado à IC; 37,5% (03) apresentaram equilíbrio normal, e apenas 12,5% (01)
estava acima da IC; no quesito linguagem, 87,5% (07) das crianças apresentaram
1 Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade do Vale do Taquari – Univates – E-mail:

luisa.bresolin@universo.univates.br
2 Professora Dra. do Curso de Fisioterapia da Universidade do Vale do Taquari – Univates – E-

mail: mgrave@univates.br

atrasos. Conclusão: Observou-se atraso significativo nas áreas motoras avaliadas pela
EDM nas crianças com TEA, níveis de suporte l e ll, participantes deste estudo, com
maior enfoque no equilíbrio e linguagem.

Palavras-chave: Transtorno do espectro autista; TEA; Desenvolvimento motor;


Comportamento; Crianças.
ABSTRACT
Autism spectrum disorder (ASD) presents a sequence of circumstances that are related
to damage to neurological development characterized by repetitive behaviors,
impairments in social skills, non-verbal communication and speech. Recognition of
developmental delays, referral of behavioral interventions, appropriate diagnosis and
early educational support lead to better long-term learning outcomes, considering brain
neuroplasticity. The objective of the present study is to evaluate the motor development
of children with autism spectrum disorder who attend an institution for people with
disabilities, in the city of Guaporé - RS/ Brazil. This is an exploratory, descriptive and
transversal research, with quantitative analysis; data collection was carried out in an
institution that serves people with disabilities in the municipality of Guaporé - RS/ Brazil.
This is an exploratory, descriptive and transversal research, with quantitative analysis;
whose data collection was carried out using the motor development scale (EDM). Eight
children with a medical diagnosis of ASD, support level 1 and 2, male, aged 6 to 8 years
participated (mean 6,62; SD: 0,696). Results: The broad and fine motor repertoire of the
participating children is inferior to the skills expected for their chronological ages (CI). Of
the compromised areas, according to EDM, balance and language stand out, and for 50%
(4) of children, balance was inferior compared to CI; 37.5% (03) had normal balance, and
only 12.5% (01) were above the CI; in terms of language, 87.5% (07) of the children were
delayed. Conclusion: A significant delay was observed in the motor areas assessed by
EDM in children with ASD, support levels l and ll, participating in this study, with a greater
focus on balance and language.

Keywords: Autism spectrum disorder; ASD; Motor development; Behavior; Children.

RESUMEN

El trastorno del espectro autista (TEA), presenta una serie de circunstancias que se
relacionan al daño en el desarrollo neurológico. Caracterizándose por comportamientos
repetitivos, así como compromiso en las habilidades sociales, en la comunicación verbal
y no verbal. El reconocimiento de los atrasos en el desarrollo, re para intervenciones
comportamentales, el diagnóstico adecuado y apoyo educacional precoz, llevan a
mejores resultados para el aprendizaje a largo plazo, considerando la neuroplasticidad
cerebral. El objetivo del presente estudio fue valorar el desarrollo motor de niños con
trastorno del espectro autista que frecuentan una institución para personas con
discapacidad, en el municipio de Guaporé, RS, Brasil. Se trata de una investigación
exploratoria, descriptiva y transversal, de análisis cuantitativa: cuya colecta de datos fue
realizada a través de la Escala de Desarrollo Motor (EDM). Participaron 8 niños con
diagnóstico médico de TEA, nível de apoyo l, ll, del género masculino, edad de entre 6 a
8 años (média 6,62; PD:0,696). Resultados: El repertorio motor, amplio y fino de los niños
participantes, es inferior a las habilidades esperadas para las respectivas edades
cronológicas (EC). De las áreas comprometidas, según la EDM, se destacan el equilibrio
y el lenguaje, siendo que, en el 50% (N=4) de los niños, el equilibrio resultó inferior
comparado a EC; en términos del lenguaje el 87,5% (N=7) de los participantes, presentó
retraso. Conclusión: Se observó un retraso significativo en las áreas motoras valoradas
por la EDM en los niños con TEA, de los niveles l y ll de apoyo, que participaron de este
estudio, con un mayor enfoque en el equilibrio y el lenguaje.

Palabras clave: Trastorno del espectro autista; TEA; Desarrollo motor; Comportamiento;
niños.
3

Introdução

Segundo Seize (2021), o transtorno do espectro autista (TEA) é uma circunstância


no neurodesenvolvimento, tendo como características comuns, dificuldades resistentes
na conversação e interação social, exibindo padrões comportamentais repetitivos e
estereotipados, que, de acordo com a American Psychiatric Association (2013), a
disfunção interfere no empenho da atitude afetiva, na fala e interação social.

De acordo com Dias (2021), a organização Pan - Americana da Saúde (OPAS,


2017) a cada 160 crianças, 1 apresenta TEA. A OPAS, após estudos epidemiológicos
dos últimos 10 anos, aponta que o predomínio do TEA está crescendo significativamente
no mundo.

Côrtes e Gusman (2020), enfatizam que, atualmente, o diagnóstico do TEA é


clínico, envolvendo análise do paciente, obtenção de dados com os familiares e aplicação
de escalas e protocolos, o Manual de Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e
o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), da American
Psychiatric Association que estão sendo empregados para definição diagnóstica.
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-V) os 2
sinais mais importantes com associação ao TEA são comportamentos repetitivos e
restritivos, englobando as áreas da comunicação e interação social.

No TEA, as dificuldades neuromotoras apresentam-se constantemente.


Igualmente, as estereotipias motoras, como por exemplo, a marcha atípica e falta de
coordenação motora, favorecendo o atraso na aquisição de habilidades mais complexas,
com o avanço da idade. O desenvolvimento neuromotor, segundo Rosa Neto et al.,
(2002) é um método linear, referente à idade cronológica. De acordo com Gusman et al.,
(2020), as vivências das habilidades motoras propiciam um grande comando do corpo
em inúmeras atividades relacionadas ao desenvolvimento da percepção corporal,
temporal e espacial, criando componentes de comando básico para a aquisição motora.
Ao dominar um bom controle motor, as crianças podem adquirir discernimentos básicos
para um melhor desenvolvimento.

Segundo Santos (2019), a escala de desenvolvimento motor (EDM) foi


desenvolvida pelo professor Francisco Rosa Neto (2002), sendo publicada como um
Manual de Avaliação Motora em 3º edição; é considerada uma das escalas de avaliação
motora mais utilizadas para crianças, incluindo a análise de áreas fundamentais da
psicomotricidade como a coordenação, percepção e propriocepção, compostas por seis
dimensões: motricidade global, motricidade fina, equilíbrio, esquema corporal,
organização espacial e organização temporal. Após a avaliação, a criança recebe seu
perfil motor, evidenciando assim, as necessidades específicas de cada área que foi
testada, estabelecendo a idade motora das áreas avaliadas e idade motora geral (IMG),
podendo ser calculada da somática de idades motoras em meses, sendo divididas por 6
(representando o número das áreas avaliadas).

A pontuação da EDM, protocolo utilizado para a avaliação do desenvolvimento dos


participantes descrita por Rosa Neto (2002), avalia diversas áreas do desenvolvimento
4

motor como: motricidade fina (IM1), motricidade global (IM2), equilíbrio (IM3), esquema
corporal (IM4), organização espacial (IM5), linguagem/organização temporal (IM6) e
lateralidade. Para o autor, os seguintes itens devem ser observados no decorrer da
avaliação: 1) Motricidade fina: Exige movimentos de coordenação óculo motor e
movimentos de precisão, apresentando 10 tarefas motoras progressivas de dificuldade e
de acordo com a faixa etária; 2) Motricidade Global: Depende da coordenação motora
sendo a capacidade de usar diferentes grupos musculares, apresentando 10 tarefas
motoras progressivas de dificuldade e de acordo com a faixa etária; 3) Equilíbrio: Exige
que a criança tenha uma boa noção corporal e controle postural através do equilíbrio
estático, apresentando 10 tarefas motoras progressivas de dificuldade e de acordo com
a faixa etária; 4) Esquema Corporal: Ter consciência do corpo por meio de comunicação
consigo mesmo. Os testes estão divididos em 2 etapas seguindo o desenvolvimento
neuropsicomotor. Primeira etapa (2 a 5 anos) - controle do próprio corpo. Segunda etapa
(6 a 11 anos) - prova de rapidez; 5) Organização espacial: Percepção de espaço, noção
de direita e esquerda, localização de objetos. Os testes estão divididos em 2 etapas
seguindo o desenvolvimento neuropsicomotor. Primeira etapa (2 a 5 anos) - forma
geométricas. Segunda etapa (6 a 11 anos) - conhecimento de direita e esquerda; 6)
Linguagem/Organização Temporal: Compreende noções de percepção de tempo,
memória e atenção. Os testes são divididos em 2 etapas seguindo o desenvolvimento
neuropsicomotor. Primeira etapa (2 a 5 anos) - linguagem expressiva. Segunda etapa (6
a 11 anos) - estruturas temporais; Para testagem do item lateralidade, é exigido o uso
das mãos, olhos e pés. Constata-se que: DDD - destro completo; EEE - sinistro completo;
DED/EDE/DDE - lateralidade cruzada e DDIEEI/EID - lateralidade indefinida. A EDM
classifica as habilidades motoras, a partir da soma total dos resultados de cada criança
em: muito superior (130 ou mais), superior (120-129), normal alto (110-119), normal
médio (90-109), normal baixo (80-89), inferior (70-79) e muito inferior (69 ou menos).

Para Alves (2022), o funcionamento de crianças que apresentam TEA é afetado


com transtornos do desenvolvimento neuromotor. O controle da postura necessita um
nível apto de estabilidade e, em autistas, a estabilidade apresenta-se diminuída,
relacionando-se com conflitos sensoriais.

Transtorno do espectro autista

Viana (2020) e Volkmar (2019), destacam que o termo foi citado pela primeira vez
em 1906, tendo com o tempo, sua classificação diversificada pelo Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), atualmente denominado Transtorno do
Espectro Autista.

De acordo com Viana (2020), o TEA é um transtorno invasivo do desenvolvimento


infantil anormal, manifestado antes de 3 anos com funcionamento incomum em todas as
áreas da interação social, comunicação, comportamento restrito e repetitivo, levando a
problemas gerais, tanto na adaptação quanto na aprendizagem. Volkmar (2019) e Soares
(2023) destacam que no final da década de 1970, chegou-se a um consenso de que o
autismo tinha como características: 1 - Déficits no desenvolvimento social ; 2 - déficit em
5

habilidades de comunicação e na linguagem; 3 - resistência à mudança ou insistência


nas mesmas coisas, conforme refletido na adesão inflexível a rotinas, estereotipias e
outras excentricidades comportamentais; e 4 - início nos primeiros anos de vida.

Para Ribeiro e Albuquerque (2022), em média se apresenta um número de 46,26


em 10.000 para crianças pré-escolares, 48,94 em 10.000 para já escolares e 22,34 em
10.000 para adolescentes. Segundo o autor Evangelho (2021), a principal ocorrência do
autismo é acima de tudo, genética, pelos pais apresentarem características incomuns.
Pesquisas afirmam ser muitas as vias neurais relacionadas na patogênese do TEA, tendo
como exemplos, infecções maternas de maior predominância para ocorrências de
desregulações nas respostas imunes, sendo capaz de provocar prejuízos para o
desenvolvimento cerebral do feto, conforme relato dos autores Santos e Passos (2022).
Para os autores supracitados, os medicamentos em uso no período da gestação podem
causar alterações neurológicas, estabelecendo relações com o distúrbio no
neurodesenvolvimento.

Freitas e Albuquerque (2022), confirmam que são inicialmente os pais das crianças
com autismo que detectam comportamentos diferentes em seus filhos referente aos
sinais que normalmente aparecem nos primeiros anos de vida, podendo ser manifestados
também em recém nascidos, sendo percebidos como a ausência do contato visual da
criança, ou até mesmo a ausência do sorriso social.

Desenvolvimento motor

Delgado e Rebelo (2020), mencionam que o desenvolvimento motor é um


processamento constante, onde se adquire incontáveis habilidades psicomotoras; as
mesmas evoluem de movimentos desorganizados e simples para habilidades mais
complexas, esse processamento relaciona-se à idade, envolvendo alterações
sequenciais e com mais complexidade.

Delgado, Gusman et al., e Rebelo (2020), referem que as habilidades motoras são
separadas em dois tópicos: habilidade motora fina e global, as habilidades globais são
responsáveis pelos grandes músculos, sendo estes, fundamentais para a realização de
movimentos como saltar, andar e correr, em contraponto, as habilidades motoras finas
são de responsabilidade de pequenos grupos musculares, sendo realizados por
movimentos com as mãos como desenhar, digitar e pegar.

Para Gallahue (2013) e Silva (2022), o alcance de habilidades motoras essenciais


proporciona para a criança uma exploração a seu corpo, movimentando-se de diferentes
formas. Durante este processo de desenvolvimento motor, as crianças passam por fases
variadas como a fase do movimento rudimentar, fase do movimento reflexo, fase do
movimento fundamental e do movimento especializado.
6

Metodologia

Estudo exploratório, descritivo e transversal, de análise quantitativa, realizado em


uma Instituição que atende pessoas com deficiência, no Município de Guaporé - RS/
Brasil. Foram selecionadas 8 crianças com diagnóstico clínico de TEA, com idades de 6
à 8 anos (média: 6,62; DP: 0,696; V: 0,4844), que estão em atendimento na respectiva
instituição, mediante aplicação da EDM.

A avaliação foi realizada, conforme descrito a seguir: Inicialmente coletou-se os


dados das crianças avaliadas, onde, por ordem de avaliação, foram denominadas como
“Criança A (C A)”, “Criança B (C B)”, e assim, sucessivamente. Após a definição dos
participantes, foram feitos os cálculos necessários para a aplicação da escala de
desenvolvimento motor, pois, de acordo com critérios da EDM, calcula-se a idade
cronológica (IC), baseada na idade da criança multiplicada por 12; a idade motora (IM),
baseada na pontuação obtida nos testes e multiplicado por 12; o quociente motor (QM),
baseado na relação entre a IM de cada teste aplicado e da IC multiplicada por 100; a
idade motora geral (IMG), baseada na média das IMs obtidas nos testes multiplicada por
100; o quociente motor geral (QMG), baseado na média dos QMs obtidos nas relações
para cada teste e, por fim, a idade positiva ou negativa de cada criança avaliada.

As equações utilizadas para os cálculos supracitados, estão apresentadas no


Quadro 1, juntamente com a numeração de cada equação.
7

Quadro 1 - Equações utilizadas para os cálculos de IC, IM, QM, IMG, QMG e idade positiva ou negativa

Fonte: Rosa Neto (2002).

IC: Idade Cronológica; IM: Idade Motora; QM: Quociente Motor; IMG: Idade Motora Geral; QMG: Quociente
Motor Geral.

Finalizado os cálculos, utilizando o Quadro 2, que apresenta a classificação dos


resultados, aplicou-se a escala para identificar o perfil motor da criança, evidenciando as
necessidades específicas de cada área testada, conforme orientações da EDM.

Quadro 2 - Classificação dos resultados

Pontuação Classificação

130 ou mais Muito superior

120 - 129 Superior

110 - 119 Normal alto

90 - 109 Normal médio

80 - 89 Normal baixo

70 - 79 Inferior

69 ou menos Muito inferior

Fonte: Rosa Neto (2002).


8

Aspectos éticos

A pesquisa teve seu início com a apresentação do projeto para a responsável pela
instituição que atende crianças com TEA, através da Carta de Anuência e autorização
dos responsáveis legais dos participantes do estudo, através da assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), o qual segue acompanhado dos princípios
éticos dispostos nas diretrizes da Resolução nº 466 de 2012, que envolve pesquisas com
seres humanos, destacando que a presente pesquisa passou por aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa da UNIVATES (COEP) sob parecer nº 6.217.023.

Resultados

Participaram 8 crianças, com idades de 6 à 8 anos (média: 6,62; DP: 0,696; V:


0,4844) anos com diagnóstico médico de TEA, níveis de suporte 1 e 2, de acordo com os
critérios de inclusão, conforme descrito na Tabela 1.

Tabela 1 - Apresentação da população selecionada para a aplicação da EDM em relação ao sexo, data
de nascimento, idade e a data de realização do exame

Identificação Sexo Nascimento Idade Data do exame

Criança A Masculino 15/05/2017 6 anos 19/08/2023

Criança B Masculino 06/04/2017 6 anos 19/08/2023

Criança C Masculino 24/06/2015 8 anos 19/08/2023

Criança D Masculino 17/02/2017 6 anos 19/08/2023

Criança E Masculino 24/07/2016 7 anos 24/08/2023

Criança F Masculino 19/12/2016 7 anos 24/08/2023

Criança G Masculino 14/01/2017 7 anos 24/08/2023

Criança H Masculino 14/08/2017 6 anos 24/08/2023


Fonte: Da autora (2023).

Definida a população e a data de realização dos testes previstos pela EDM, os


mesmos foram aplicados. Na Tabela 2, estão descritos os resultados para motricidade
fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez, organização espacial e
linguagem/organização temporal.
9

Tabela 2 - Resultados dos testes de motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema
corporal/rapidez, organização espacial e linguagem/organização temporal

Testes/anos CA CB CC CD CE CF CG CH

Motricidade fina 5 4 9 6 7 9 5 11

Motricidade global 5 6 7 6 7 9 5 11

Equilíbrio 4 5 8 6 6 7 4 8

Esquema corporal/rapidez 6 6 7 6 8 7 2 8

Organização espacial 3 5 9 6 7 7 2 7

Linguagem/organização temporal 5 5 6 5 6 6 2 9
Fonte: Da autora (2023).

C A: Criança A; C B: Criança B; C C: Criança C; C D: Criança D; C E: Criança E; C F: Criança F; C G:


Criança G; C H: Criança H.

Finalizados os testes, foi calculada a idade motora (IM) para cada teste realizado
com a Equação 2. Assim, na Tabela 3 apresenta-se as idades cronológicas dos
participantes e os resultados da IM, considerando a motricidade fina, motricidade global,
equilíbrio, esquema corporal/rapidez, organização espacial, linguagem/organização
temporal.
10

Tabela 3 - Idade cronológica das crianças participantes, resultados da IM nos testes de motricidade fina,
motricidade global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez, organização espacial, linguagem/organização
temporal

Idade motora (IM) CA CB CC CD CE CF CG CH

Idade cronológica 72 72 96 72 84 84 84 72
meses meses meses meses meses meses meses meses

IM Motricidade fina 60 48 108 72 84 108 60 132


meses meses meses meses meses meses meses meses

IM Motricidade global 60 72 84 72 84 108 60 132


meses meses meses meses meses meses meses meses

IM Equilíbrio 48 60 96 72 72 84 48 96
meses meses meses meses meses meses meses meses

IM Esquema 72 72 84 72 96 84 36 96
corporal/rapidez meses meses meses meses meses meses meses meses

IM Organização espacial 36 60 108 72 84 84 24 84


meses meses meses meses meses meses meses meses

IM 60 60 72 60 72 72 24 108
Linguagem/organização meses meses meses meses meses meses meses meses
temporal
Fonte: Da autora (2023).

Feito isso, calculou-se o quociente motor (QM) de cada teste realizado com a
Equação 3. A Tabela 4 apresenta os resultados do QM calculados para os testes de
motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal/rapidez, organização
espacial, linguagem/organização temporal.
11

Tabela 4 - Resultados obtidos de QM para os testes de motricidade fina, motricidade global, equilíbrio,
esquema corporal/rapidez, organização espacial, linguagem/organização temporal

Quociente motor (QM) CA CB CC CD CE CF CG CH

QM Motricidade fina 83 66 112 100 100 128 71 183


meses meses meses meses meses meses meses meses

QM Motricidade global 83 100 87 100 100 128 71 183


meses meses meses meses meses meses meses meses

QM Equilíbrio 66 83 100 100 85 100 57 133


meses meses meses meses meses meses meses meses

QM Esquema 100 100 87 100 114 100 42 133


corporal/rapidez meses meses meses meses meses meses meses meses

QM Organização 50 83 112 100 100 100 28 116


espacial meses meses meses meses meses meses meses meses

QM 83 83 75 83 85 85 28 150
Linguagem/organização meses meses meses meses meses meses meses meses
temporal
Fonte: Da autora (2023).

Após tomar nota dos resultados obtidos da IM e do QM, calculou-se a IMG a partir
da Equação 4; a IC utilizando a Equação 1 e o QMG com auxílio da Equação 5. Com
isso, foi possível determinar se a criança avaliada possuía idade positiva ou negativa, a
partir da Equação 6. Por fim, aplicou-se a escala para classificação do grau de
desenvolvimento motor, comparando os resultados obtidos, ao Quadro 2.

Na Tabela 5 estão descritas as pontuações para IMG, IC, QMG, idade positiva,
idade negativa e a escala do desenvolvimento motor dos participantes.
12

Tabela 5 - Pontuação para IMG, IC, QMG, idade positiva, idade negativa e a escala do desenvolvimento
motor
Resumo de pontos CA CB CC CD CE CF CG CH

Idade motora geral 56 62 92 70 82 90 42 108


(IMG) meses meses meses meses meses meses meses meses

Idade cronológica 72 72 96 72 84 84 84 72
(IC) meses meses meses meses meses meses meses meses

Quociente motor 77 86 95 97 97 107 50 150


geral (QMG) meses meses meses meses meses meses meses meses

Idade positiva (+) - - - - - 6 - 36


meses meses

Idade negativa (-) - 16 - 10 -4 -2 -2 - - 42 -


meses meses meses meses meses meses

Escala de Inferior Normal Normal Normal Normal Normal Muito Muito


desenvolvimento baixo médio médio médio médio inferior superior

Fonte: Da autora (2023).

Discussão

Levando em consideração os resultados obtidos neste estudo, entende-se que


protocolos de avaliação como a EDM (Rosa Neto, 2002) são importantes para a detecção
das potencialidades e dificuldades apresentadas no repertório motor de crianças que
estão no espectro do TEA, uma vez que, além da classificação do nível de desempenho
motor, também auxiliam na elaboração de atividades que possam maximizar o potencial
individual destas crianças.

No presente estudo, constatou-se que o repertório motor amplo e fino das crianças
participantes no geral, é inferior às habilidades esperadas para suas idades cronológicas.
As áreas mais comprometidas, segundo a EDM, são as do equilíbrio e
linguagem/organização temporal.

Com relação ao desenvolvimento da linguagem de crianças com TEA, segundo o


DSM-V American Psychiatric Association (2013) os sintomas mais evidentes são a
comunicação e a interação social, corroborando com nossos resultados. O estudo
descrito por Wolff (2021), realizado com 32 crianças com TEA, com média de idade de
4,6 a 6,7 anos, utilizando o protocolo de Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA)
para a avaliação da linguagem, com a intenção de observar as possibilidades do uso de
símbolos como uma estratégia de comunicação para crianças com TEA com
necessidades na linguagem observou grandes limitações de linguagem, coincidindo com
os resultados encontrados nesta pesquisa, onde, o resultado médio obtido para o
parâmetro da linguagem das crianças foi de 5,5 anos, sendo inferior a IC média que
13

classificou-se em 6,63 anos.

Estudo de Arvigo (2021), que avaliou 4 meninos, sendo 2 com TEA e 2 com
Transtorno do Movimento Estereotipado (TME), nas faixas etárias de 30 aos 36 meses,
com queixa inicial de atraso na linguagem, através de observação clínica com base no
Sistema de Avaliação de Suspeita do TEA e da aplicação do instrumento de Avaliação
do Desenvolvimento da Linguagem (ADL), observou que, tanto as as crianças com TME,
quanto as com TEA apresentam atraso na aquisição da linguagem. Estes achados
reforçam os encontrados em nosso estudo, em que 87,5% das crianças apresentam
atraso na linguagem.

Com relação ao desenvolvimento motor, devido a grande incidência de déficits


motores em crianças com TEA, enfatizando a avaliação do equilíbrio, Cadore (2022)
realizou um estudo com 11 crianças e adolescentes diagnosticadas com autismo níveis
de suporte 1 e 2, entre 3 e 14 anos, utilizando a bateria psicomotora (BPM), o Timed-up
Go Test e o Tinetti. Os resultados apontam que 45,5% da amostra apresentou-se
dispráxica: as crianças apresentaram alteração no equilíbrio, com um baixo risco de
quedas, mas com comprometimento na praxia global correlacionando com déficit de
equilíbrio, noções do corpo e estruturação do espaço temporal, semelhante aos dados
encontrados no presente estudo, onde a EDM evidenciou que em 50% das crianças, o
equilíbrio é inferior à sua IC, em 37,5% das crianças, o equilíbrio é condizente a sua IC
e, em apenas 12,5% das crianças avaliadas, o equilíbrio está acima de sua IC.

Machado (2022) realizou uma revisão integrativa da literatura através das


plataformas de dados: Pubmed, Literatura Latino-America e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS), Google Scholar, Researchgate e Psycinfo no que diz respeito ao
desempenho motor em crianças com TEA. Os estudos abordados, deveriam ter como
inclusão o seguinte critério: crianças com TEA entre 0 à 15 anos, sendo encontrados 976;
destes, 61 foram selecionados. Quanto ao desempenho motor, os resultados referem, de
forma geral, que as crianças com TEA apresentam alterações da coordenação motora
grossa e fina, sendo classificadas em um desempenho motor inferior ao esperado para
suas faixas etárias. Dentre as principais alterações motoras descritas na maioria dos
estudos analisados, o comprometimento no equilíbrio foi o que mais se destacou.

No estudo desenvolvido por Valler et al. (2023) com 10 crianças diagnosticadas


com TEA, com idades entre 34 e 71 meses (média: 53,8 meses; DP: 12,94) a fim de
verificar o desenvolvimento motor grosso e fino de crianças participantes de uma ONG
(organização não governamental) pró-autista, através do teste de Triagem do
Desenvolvimento Denver ll, observou que nenhuma das crianças avaliadas apresentou o
resultado final “normal”. Na área “motor fino adaptativo”, 9 (90%) das crianças
apresentaram atrasos e 7 (70%) apresentaram cautelas; na “área motor grosso”, 4 (40%)
apresentaram atrasos e 6 (60%) apresentaram cautelas. Os resultados do estudo de
Valler e colaboradores aproximam-se aos resultados obtidos no presente estudo.

Anjos et al., (2017) realizaram um estudo com uma amostra de 30 crianças, entre
2 e 11 anos, com o intuito de verificar o perfil psicomotor de crianças com TEA através
da EDM. Após a realização do cálculo do QM (quociente motor) de cada área motora, o
14

escore do QMG (quociente motor geral) foi classificado como inferior; para a IMG (idade
motora geral) foi calculada a média obtida na avaliação das criança, sendo de 70 meses,
o que apresenta um resultado inferior à IC (idade cronológica) que foi de 88,5 meses. De
acordo com o estudo, 30% dos participantes foram classificados em muito inferior, 26,7%
em inferior, 20% classificados em normal baixo e somente 3,3% em normal alto,
denotando um perfil psicomotor alterado para menos, em crianças autistas. Os resultados
são semelhantes aos obtidos nesta pesquisa, onde a média da IMG das crianças ficou
em 62,5 meses, ou seja, resultado inferior à IC que foi de 79,5 meses.

Estudo de Ataíde e colaboradores (2023) comparou as habilidades motoras de 20


crianças neurotípicas com 20 crianças com TEA nível de suporte l e idades de 4 à 11
anos, utilizando o Teste de Desenvolvimento da Integração Visomotora Beery VMI e a
escala EDM. A idade média para crianças neurotípicas foi de 92,95 meses e para
crianças com TEA, foi de 85,70 meses. Na IMG foi verificado que crianças com TEA
ficaram com 61 meses e o grupo de crianças neurotípicas com 90,30 meses, ratificando
nossos resultados e ampliando o conjunto de estudos que apontam atrasos motores em
crianças com TEA.

Leite (2023) realizou um estudo com 20 crianças de 2 a 9 (média de 61,5 meses),


sendo 60% meninos e 40% meninas, para avaliar a lateralidade e a coordenação motora
de crianças com TEA através da EDM. Os resultados demonstraram que 90% dos
participantes estavam com atraso no desenvolvimento motor: 40% com desenvolvimento
muito inferior, 30% com desenvolvimento inferior e 20% com desenvolvimento normal
baixo. Na mesma linha de investigação, Gusman et al. (2020), ao avaliarem 20 crianças,
sendo 10 com diagnóstico de TEA e 10 com desenvolvimento típico, com idades de 6 à
8 anos, com o objetivo de testar a aplicabilidade da EDM na aquisição motora de crianças
autistas, verificou que crianças que apresentam TEA, quando comparadas a crianças
neurotípicas, estão abaixo da média normal do índice do desempenho motor: seis das
crianças com TEA apresentaram resultados negativos para as habilidades motoras, duas
apresentaram resultado inferior e duas apresentaram resultado positivo, o que de fato,
correlaciona-se com os achados desta pesquisa, uma vez que apenas duas (25%)
crianças apresentaram resultado positivo nos testes realizados.

Conclusão

O presente estudo, que buscou verificar o desempenho motor de crianças com


TEA, considerando habilidades de motricidade global, motricidade fina, equilíbrio,
esquema corporal, organização espacial e linguagem/organização temporal, através da
escala de desenvolvimento motor (EDM), de crianças autistas nível l e II de suporte,
observou atraso significativo nas áreas motoras avaliadas, com maior defasagem no
equilíbrio e linguagem.

Considerando o tamanho reduzido de nossa amostra, os resultados aqui


apresentados não podem ser generalizados, entretanto, assemelham-se a literatura
científica consulta, bem como, alertam para a importância da avaliação do desempenho
15

motor em crianças autistas, precocemente, a fim de maximizar o potencial individual de


crianças com TEA. Dada a relevância do tema e o aumento expressivo no número de
crianças diagnosticadas com TEA nos últimos anos, sugere-se a continuidade de estudos
que abordem esta temática, com avaliação e acompanhamento fisioterapêutico ao longo
de um período de tempo, com um número maior de participantes.

Referências

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, D. et al. Diagnostic and statistical


manual of mental disorders: DSM-5. Washington, DC: American psychiatric
association, 2013.

ARVIGO, Maria Claudia; SCHWARTZMAN, José Salomão. Transtorno do movimento


estereotipado associado ao atraso da linguagem–dados de estudos de caso que
contribuem para o diagnóstico diferencial. Distúrbios da comunicação, São Paulo, SP,
v.33, n.3, p.462-472, 2021. 28 set. 2021. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/50674 Acesso em: 12 out. 2023.

ATAIDE, Carlos Eduardo Ramos et al. Estudo comparativo acerca do desempenho


motor entre grupo controle e crianças com Transtorno do Espectro Autista
(TEA)/Comparative study on motor performance regarding control group and children
with Autism Spectrum Disorder (ASD). Revista Interinstitucional Brasileira de
Terapia Ocupacional-REVISBRATO, Belém, PA, v.7, n.1, p.1558-1574, 2023.
Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/56598/pdf Acesso
em:07 nov. 2023.

CORDEIRO, Erika Suenya Gomes et al. Análise bibliométrica da literatura sobre


equilíbrio postural em crianças com Transtorno do Espectro Autista. Revista Cefac,
Natal, RN, v. 22, 2020. 26 mai. 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rcefac/a/dBSHnSX9H8977mcWsc5zK8Q/?lang=pt&format=pdf
Acesso em: 15 out. 2023.

CÔRTES, Maria do Socorro Mendes; DE ALBUQUERQUE, Alessandra Rocha.


Contribuições para o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista: de Kanner ao
DSM-V. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, Brasília, DF, v. 3, n. 7, p. 864-880,
2020. 27 dez. 2020. Disponível em: https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/248
Acesso em: 17 set. 2023.

DELGADO, Daiane Alves et al. Avaliação do desenvolvimento motor infantil e sua


associação com a vulnerabilidade social. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, SP, v.
27, p. 48-56, 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/fp/a/VwhrhTc3VYStmN6P3hp63TP/abstract/?lang=pt# Acesso
em: 14 out. 2023.
16

DIAS, Adelaide Alves; SANTOS, Isabelle; DE ABREU, Adams Ricardo Pereira.


Crianças com transtorno do espectro autista em tempos de pandemia: contextos de
inclusão/exclusão na educação infantil. Zero-a-seis, Florianópolis, SC, v. 23, p. 101-
124, 2021. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/zeroseis/article/download/79005/45377/287980
Acesso em: 14 out. 2023.

DOS ANJOS, Clarissa Cotrim et al. Perfil psicomotor de crianças com Transtorno do
Espectro Autista em Maceió/AL. Revista Portal: Saúde e Sociedade, Maceió, AL, v. 2,
n. 2, p. 395-410, 2017. 15 out. 2017. Disponível em:
https://www.seer.ufal.br/index.php/nuspfamed/article/view/3161 Acesso em: 12 out.
2023.

EVANGELHO, Victor Gustavo Oliveira et al. Autismo no Brasil: uma revisão sobre
estudos em neurogenética. Revista Neurociências, São Paulo, SP, v. 29, p. 1-20,
2021. 11 nov. 2021. Disponível em:
https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/12440 Acesso em: 15
out. 2023.

GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C.; GOODWAY, Jackie D. Compreendendo o


desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 7. ed. AMGH: Porto
Alegre, 2013.

GUSMAN, Silvia et al. Aplicação da escala de desenvolvimento motor em crianças com


transtorno do espectro autista: um estudo exploratório. Cadernos de Educação, Saúde
e Fisioterapia, [internet], v. 7, n. 15, 2020. 16 set. 2020. Disponível em:
http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/cadernos-educacao-saude-
fisioter/article/view/3036 Acesso em: 16 set. 2023.

LEITE, Ana Maria Mamede et al. Avaliação da lateralidade e coordenação motora de


crianças com Transtorno do Espectro Autista. Observatório de la Economía
Latinoamericana, [internet], v. 21, n. 10, p. 17871-17886, 2023. 23 out. 2023.
Disponível em:
https://ojs.observatoriolatinoamericano.com/ojs/index.php/olel/article/view/1870 Acesso
em: 16 set. 2023.

MACHADO, Camila Fagundes et al. Desempenho motor em crianças e adolescentes


com Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma revisão integrativa da literatura.
Research, Society and Development, [internet], v. 11, n. 4, p. e1011426692-
e1011426692, 2022. 16 fev 2022. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/26692/23734/317383 Acesso em:
10 out. 2023.

REBELO, Miguel et al. Desenvolvimento motor da criança: relação entre habilidades


motoras globais, habilidades motoras finas e idade. Cuadernos de Psicología del
Deporte, Murcia, Espanha, v. 20, n. 1, p. 75-85, 2020. 29 jun. 2020. Diponível em:
17

https://scielo.isciii.es/scielo.php?pid=S1578-
84232020000100007&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em: 30 ago. 2023.

RIBEIRO, Tatiane Cristina. Epidemiologia do transtorno do espectro do autismo:


rastreamento e prevalência na população. 2022. Tese (Doutorado em Psiquiatria) - .
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2022. 23 set. 2022. Disponível em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-22092022-170809/pt-br.php
Acesso em: 29 set. 2023.

ROSA NETO, Francisco et al. Motor development of children with attention deficit
hyperactivity disorder. Brazilian Journal of Psychiatry, Rio de Janeiro, RJ, v. 37, p.
228-234, 2015. Set. 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbp/a/SNfs6Yzbxt5qK4MJ7Gwsmbr/ Acesso em: 20 ago. 2023.

SANTOS, Hione Tavares; DE SOUZA, Laiane Pinheiro; PASSOS, Adelaide da


Conceição Fonseca. Fatores de risco gestacional em mães de crianças diagnosticadas
com autismo. Research, Society and Development, [internet], v. 11, n. 15, p.
e558111537837-e558111537837, 2022. 11 nov 2022. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/37837/31286/413371 Acesso em:
12 out. 2023.

SANTOS, Maria Cecilia Souza et al. Uso da Escala de Desenvolvimento Motor: uma
revisão integrativa. Revista CEFAC, Natal, RN, v. 21, 2019. 05 mai. 2019. Disponível
em:
https://www.scielo.br/j/rcefac/a/HwRMc79hcMDNNqdqtZmxYdw/?format=pdf&lang=pt
Acesso em: 17 out. 2023.

SEIZE, Mariana de Miranda; BORSA, Juliane Callegaro. Questionário para Rastreio de


Sinais Precoces do Transtorno do Espectro Autista: evidências de validade e
consistência interna. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, RJ, v. 71, p.
176-185, 2022. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/h66FRPSd6kp963Tmp4WGWwd/abstract/?lang=pt#
Acesso em: 27 set. 2023.

SILVA, Giovanna Marques Ferreira et al. Reconhecimento dos sinais e sintomas do


autismo pelos acadêmicos de medicina: uma revisão de literatura. Revista Científica
do Tocantins, Porto Nacional, TO, v. 1, n. 1, p. 1-10, 2021. 06 dez. 2022. Disponível
em:
https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Bun0fU61UNIJ:https://itpacp
orto.emnuvens.com.br/revista/article/download/34/35&hl=pt-BR&gl=br&client=firefox-b-d
Acesso em: 30 set. 2023.

SOARES, Júlia Carolina. Análise da organização da atenção ao autismo no âmbito


do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais. 2023. Monografia (Graduação em
Administração Pública) - Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho da
Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, MG 2023. Disponível em:
http://monografias.fjp.mg.gov.br/handle/123456789/2964 Acesso em: 08 nov. 2023.
18

SOUZA, Liz Passos Nascimento. Diagnóstico diferencial entre transtorno do espectro autista (TEA) e
distúrbio específico de linguagem (DEL). Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e
Educação, Criciúma, SC, v. 7, n. 7, p. 1465-1482, 2021. 23 ago. 2023. Disponível em:
https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/1891 Acesso em: 07 nov. 2023.

VALLER, Fernanda Carolina et al. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS COM


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. Brazilian Journal of
Implantology and Health Sciences, [internet], v. 5, n. 4, p. 2292-2303, 2023. 19 set. 2023. Disponível
em: https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/553 Acesso em:07 nov. 2023.

VIANA, Ana Clara Vieira et al. Autismo. Saúde Dinâmica, [internet], v. 2, n. 3, p. 1-18, 2020. 18 nov.
2020. Disponível em:
http://www.revista.faculdadedinamica.com.br/index.php/saudedinamica/article/view/40 Acesso em: 02
nov. 2023.

VITO, Rossana de Vasconcelos Pugliese; SANTOS, Darlan. O desenvolvimento motor e a aquisição de


habilidades motoras em autistas. Biológicas & Saúde, Campos de Goytacazes, RJ, v. 10, n. 34, p. 1-15,
2020. 18 ago. 2020. Disponível em:
https://ojs3.perspectivasonline.com.br/biologicas_e_saude/article/view/2010 Acesso em:12 out. 2023.

WOLFF, Luciana Maria Galvão; CUNHA, Maria Claudia. Instrumento de avaliação de


linguagem na perspectiva da CSA: aplicação em crianças com TEA. Distúrbios da
comunicação, São Paulo, SP, v. 33, n. 3, p. 365-374, 2021. 28 set. 2021. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/50253 Acesso em: 15 out. 2023.

Você também pode gostar