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e Gestão de Recursos
LINK:
Vamos ver um relatório de auditoria sobre as demonstrações da Fundação
Assistencial e Previdenciária da Ematerce – FAPECE disponível em .
A partir deste pressuposto o analista deverá estudar a empresa para encontrar detalhes
que auxiliarão nos ajustes para análise.
REFLEXÃO
Você deve estar se questionando: se as demonstrações são confiáveis, pois
foram elaboradas de acordo com os princípios e normas contábeis e foram
auditadas, porque preciso de informações adicionais sobre a empresa e devo
ajustar as demonstrações contábeis para fins de obter uma análise
confiável?
APROFUNDANDO
Antes que eu comente sobre essa sua possível pergunta, quero que você veja ou
reveja os princípios contábeis, para isso acesse a Resolução CFC nº 1.282/2010 em:
. que atualiza e consolida os princípios contábeis.
Para buscarmos uma resposta à pergunta de reflexão, vamos ver graficamente por
meio de o desenho a seguir, quais são os pressupostos básicos para uma análise
confiável, onde será possível perceber a necessidade de ajustes e informações
complementares.
Bom, agora que você reviu os princípios contábeis, deve ter percebido que as
demonstrações contábeis elaboradas com base nestes princípios estão perfeitamente
corretas para efeitos fiscais ou societários, mas merecem atenção especial pelo menos
em três pontos: o princípio do registro pelo valor original, o princípio da competência e
o princípio da prudência. Com base no conhecimento da empresa é possível avaliar se
há necessidade de ajustar as demonstrações para fins de análise ou não.
APROFUNDANDO:
Para aprofundar os conhecimento faça um estudo do TCC disponível em:
.
Exemplificando
Vamos considerar que os dados a seguir foram extraídos das demonstrações publicadas
por uma determinada companhia, elaboradas de acordo com os princípios e normas
contábeis e auditado, portanto correto.
Com base nas informações adicionais da empresa podemos chegar a seguinte
conclusão: as despesas antecipadas não tem nenhum valor de negociação, os créditos
com pessoas ligadas correm o risco de não serem recebidos. Como não foi possível
saber qual é a formação dos “outros” do Ativo Circulante, vamos excluir também.
Nas contas de resultado, vamos somente fazer o ajuste das contas de receitas e
despesas financeiras para Resultado Não Operacional, por considerarmos que as
despesas e receitas financeiras ocorrem por falta ou sobra de recursos financeiros,
portanto isto não é operacional, pois não decorrem da atividade empresarial.
REFLEXÃO
Considerando a necessidade de adequação das demonstrações, qual deverá ser a
formação acadêmica do analista?
Caso o analista considere que somente estas contas precisam ser ajustadas, teríamos
o seguinte “novo ativo”:
Neste exemplo, o analista não viu nenhuma necessidade de ajustar contas do passivo.
Então o “novo” lado direito do balanço (Passivo e Patrimônio Líquido) terá os seguintes
valores:
Se você comparar com os valores originais irá constatar que, despesas antecipadas,
“outros” do ativo circulante e créditos com pessoas ligadas, por serem desconsiderados
como ativos, para fins de análise deveriam estar no resultado como despesas, por isso
eliminamos estas contas do ativo com reflexo direto no Patrimônio Líquido, assim
teremos o Balanço Patrimonial ajustado para análise.
É bom lembrar que não existem regras rigorosas para o ajuste das demonstrações,
pois isso depende da observação e critérios do analista, dependendo do objetivo da
análise.
VÍDEO AULA 1
TÉCNICAS DE ANÁLISE
O analista desenvolve técnicas para análise desde as mais subjetivas até as puramente
objetivas com base em cálculos. A busca pela melhor análise envolve alguns
procedimentos e técnicas:
UNIVERSO DA ANÁLISE
Muito embora seja considerada por muitos profissionais como análise de balanços, as
análises não consideram apenas os balanços, pois todas as demonstrações contábeis
são importantes para uma boa análise, inclusive complementadas pelas notas
explicativas e relatório da administração, pois dão mais qualidade e detalhamento das
demonstrações. Além desses “documentos” publicados a melhor análise é resultado
também de entrevistas para conhecimento da empresa, podendo assim, o analista,
analisar além dos números.
BP - Balanço patrimonial;
DRE - Demonstração do resultado do exercício;
DMPL - Demonstração das mutações do patrimônio líquido;
DFC - Demonstração dos fluxos de caixa; e
DVA - Demonstração do valor adicionado.
ANÁLISE VERTICAL
Muitas vezes a análise vertical esclarece, mas na maioria das vezes aguça ainda mais
a necessidade de se aprofundar a análise.
Acessando <https://www.youtube.com/watch?v=vpqYJxxFIbM> vamos
ver o conteúdo de análise vertical
Nas contas do passivo e patrimônio líquido acima, fica evidente que os empréstimos a
longo prazo em 31/12/2011 é menor do que os empréstimos a curto prazo, é um ponto
a ser considerado em outros pontos da análise, pois o perfil da dívida está mudando.
Poderíamos calcular a análise vertical em duas etapas, considerando o total do passivo
como referencial para as contas do passivo circulante e não circulante e o valor do
patrimônio líquido como referencial para as contas do patrimônio líquido.
Nas contas de resultado tomamos como valor referencial a Receita Operacional Líquida,
por isso nesta conta o percentual na análise será sempre 100%. Lembrar também que
o reflexo dos ajustes das receitas e despesas financeiras já começa a aparecer.
ANÁLISE HORIZONTAL
Quando temos vários exercícios podemos comparar todos tomando como referencial o
primeiro deles, ou podemos tomar como referencial sempre o exercício anterior. A
forma mais comum é considerar sempre o exercício anterior como referência, desta
forma teremos sempre o percentual de variação de uma para o outro exercício social.
No Passivo, o que chama atenção é o aumento das provisões do Não circulante, pois
houve um aumento de 250% de 2009 para 2010 e de 507% de 2010 para 2011.
enquanto o total do Passivo + Patrimônio Líquido teve aumento de 7% e depois
diminuição de 12%.
Na DRE percebe-se que as principais contas tiveram variação negativa de 2009 para
2010 se recuperando um pouco para 2011.
ÍNDICE PADRÃO
Silva (2008) diz que o referencial padrão deverá ser constituído a partir da análise de
um conjunto de empresas que representem características de comparação para a
empresa em análise. Considera também que para se eleger as empresas deve-se levar
em conta a região geográfica, o segmento de atuação e o porte, para não comparar os
índices do “supermercado da cidade” que possui uma pequena loja com os do
“hypermercado global” com muitos estabelecimentos em diversos países do mundo.
Se considerarmos uma média simples, teremos 1,21, para isto basta somar todos os
índices e dividirmos por 8.
Vamos estudar o giro dos recursos por meio dos prazos médios. O grau de utilização
dos ativos na geração das receitas refletem na rotação ou giros dos recursos, quanto
mais eficiente o uso dos ativos maior benefício trará a liquidez e a rentabilidade da
empresa. O critério de avaliação é “quanto menor, melhor”.
Prazos médios
Este grupo está intimamente ligado ao giro dos recursos com a diferença de que
naquele se calcula quantas vezes girou o recurso em um determinado período e neste
quantos dias, em média, o recurso foi renovado. É com base nos prazos médios, que
calculamos o Ciclo Operacional e Financeiro da empresa.
O Prazo Médio de Renovação dos Estoques – PMRE indica a média do número de dias
para venda dos estoques. É calculada pela divisão do valor dos estoques (média do
período) pelo custo das vendas do período.
É o prazo efetivo e não o prazo para pagamento concedido por ocasião da venda, se
houver atrasos ou antecipação do recebimento, o prazo médio será diferente da política
de prazos da empresa. O critério de análise é “quanto menor, melhor”, pois quanto
antes receber as vendas mais capital de giro a empresa terá.
o Ciclo operacional - CO
É o período desde a compra até o recebimento das vendas. Considera-se então o prazo
médio de estocagem somado ao prazo médio de cobranças das duplicatas de vendas a
prazo.
Fonte: do autor
o Ciclo financeiro - CF
É o período que compreende o prazo entre o pagamento das compras aos fornecedores
e o recebimento das vendas dos clientes. Quanto mais prazo a empresa obtiver dos
fornecedores e quanto menos prazos conceder aos clientes, menor será o Ciclo
financeiro, podendo inclusive ser negativo, caso o prazo de estocagem e cobrança,
somados, seja menor do que o prazo de pagamento ao fornecedor.
O Ciclo financeiro pode ser positivo ou negativo. O Ciclo financeiro negativo é observado
quando o volume e o prazo das fontes espontâneas de recursos excedem a duração do
ciclo operacional. Quando o Ciclo financeiro é positivo, a empresa deve buscar
estratégias que o minimizem, sem perder receita ou prejudicar seu crédito no mercado.
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RESUMO
A análise das demonstrações contábeis é imprescindível para a avaliação
de uma empresa. Muitos são os enfoques e objetivos dados pelos
analistas, enquanto um dará mais evidência a um tipo de análise, para
outro pode não ser tão importante.
É fácil concluir que uma empresa está ruim se os índices forem abaixo do
padrão, mas é difícil concluir que uma empresa está boa, apenas pelo fato
dos índices estarem acima do padrão. Além disso, encontraremos alguns
índices abaixo do padrão e outros acima, por isso é necessário uma
análise além dos números.
LINK:
Leia o artigo A Análise das Demonstrações Contábeis e sua Importância
para Evidenciar a Situação Econômica e Financeira das Organizações
disponível em
<http://www.facsaoroque.br/novo/publicacoes
/pdfs/ricardo_alessandro.pdf>
DISCUSSÃO NO FÓRUM
Agora que você estudou os conteúdos desta web aula, vamos ao fórum
para discutirmos a seguinte questão: é importante termos indicador
padrão como parâmetro, qual é o melhor padrão, o estabelecido por
entidades do setor ou o padrão calculado pelo próprio analista
considerando um conjunto de empresas?