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VI SECEB – SEMINÁRIO DE ENGENHARIA CLÍNICA E ENGENHARIA BIOMÉDICA

INSTITUTO NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – INATEL


ISSN 2358-338X
SETEMBRO DE 2017

O Impacto dos artefatos na produtividade dos


exames de Ressonância Magnética
Bruno José Santos de Faria Costa & Crishna Irion

Abstract— Image quality is directly related to the productivity Este artigo tem como objetivo, esclarecer como ocorre
of a clinic with respect to competitiveness, profitability and determinados artefatos, quais formas de inibí-los e o impacto
patient comfort. Within this topic, the evaluation of the artifacts causado na produtividade de um estabelecimento prestador de
and the work to eliminate them, is a matter of extreme serviços de diagnóstico por imagem.
importance, which for their better understanding, should be
A metodologia utilizada, se embasa em uma revisão literária
attentive to the principles of image formation and the
characteristics intrinsic to the system that in adverse events can e um estudo de caso aplicado em uma pequena clínica de
Interfere with the system, impairing the quality of service. imagem, utilizando um equipamento de 1,5 T e levando em
Index Terms— Artifacts, Magnetic Resonance. consideração os custos de exames tabelados por planos de
Resumo— A qualidade de imagem, está diretamente saúde coorporativos.
relacionada a produtividade de uma clínica no que diz respeito a
competitividade, lucratividade e conforto do paciente. Dentro II. CONCEITO
desse tópico, a avaliação dos artefatos e o trabalho para
eliminação dos mesmos, é um assunto de extrema importância, A ressonância magnética, é um fenômeno físico estudado há
que para seu melhor entendimento, deve-se atentar aos princípios muito tempo e que inicialmente tinha como proposta, ser uma
de formação de imagem e as características intrínsecas ao sistema ferramenta analítica no estudo de estruturas moleculares,
que em eventos adversos podem interferir no sistema configuração e processos de reação química. Comercialmente,
prejudicando a qualidade do serviço. consolidou-se como modalidade diagnóstico por imagem em
Palavras chave—Artefatos, Ressonância Magnética. meados de 1982, 10 anos após a tomografia computadorizada,
sendo introduzida no Brasil no ano de 1986. [1]
I. INTRODUÇÃO É um fenômeno físico de troca de energia entre força
Assim como acontece em todas as modalidades de aquisição periódica (Ondas Eletromagnéticas) e corpos em movimento,
de imagens, sejam elas por Raio X convencional, Tomografia no caso da ressonância magnética nuclear aplicada a medicina,
e Ultrassonografia, a Ressonância Magnética também é baseia-se na troca de energia entre núcleos de átomos de
vulnerável a interferências que prejudicam o diagnóstico do hidrogênio e ondas de campos magnéticos oscilatórios. [1]
paciente, deve-se saber reconhecer as mesmas para distinguí-
las de variantes anatômicas ou processos patológicos, bem III. FORMAÇÃO DA IMAGEM
como separá-los por artefatos de aquisição, artefatos de A obtenção da imagem a partir do Hidrogênio se deve ao
manipulação do exame e artefatos pertinentes ao sistema fato deste ser um elemento abundante nos tecidos biológicos, o
fisiológico do paciente. mesmo é composto por uma carga positiva em seu núcleo
As imagens são afetadas de várias maneiras, o fator que (próton +) e uma carga negativa em sua eletrosfera (elétron -).
mais evidencia a sua percepção é a presença de granulação nas Apresenta movimento de rotação em torno do seu próprio
imagens ou ausência de sinal. eixo (spin nuclear), este quando sofre ação de um campo
Por muitas vezes, antes de definir o problema como tal, se magnético externo, altera suas características, passando a
faz necessário pela experiência do operador, certificar-se do descrever um movimento conhecido como precessão. [1]
correto posicionamento do paciente e outras variáves inerentes
a execução do exame.
Uma vez que se garanta o correto manuseio do equipamento
e posicionamento do paciente, é de extrema importância que se
conheça os tipos de artefatos para identificar as causas do
mesmo com a finalidade de minimizar o lucro cessante.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de


Telecomunicações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado
de Pós-Graduação em Engenharia Clínica e Engenharia Biomédica.
Orientador: Profa. Crishna Irion. Trabalho aprovado em 05/2017. Fig. 1. Spin nuclear magnético dos átomos de Hidrogênio [2]
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Quando sob ação de campo magnético externo, é conferido Na busca da condição de equilíbrio, os prótons que
ao núcleo do hidrogênio uma força magnética própria absorveram energia no processo de excitação passam a liberá-
representada pela letra “(u), a somatória das forças la para o meio e assumem o estado de menor energia, os
microscópicas da grande quantidade de hidrogênios alinhados hidrogênios ligados aos diversos tecidos apresentam
ao campo magnético, resulta em uma força maior chamada de
comportamentos diferentes quanto ao retorno à condição de
Magnetização Longitudinal representada pela notação
equilíbrio, hidrogênios ligados à água apresentam tempos
(MZ).[1] Sob efeito do campo magnético, uma grande
longos de recuperação longitudinal, enquanto os ligados à
quantidade de átomos de hidrogênio são orientados conforme
as linhas do campo magnético principal, alinhando-se paralelo gordura recuperam rapidamete esta condição. Tal
e anteparalelamente no mesmo sentido, um fenômeno característica possibilita um estudo por contraste influenciado
chamado de precessão em fase. Constituindo-se na população pela relaxação longitudinal produzindo imagens ponderadas
de hidrogênios de baixa energia, enquanto que uma quantidade em T1. Considera-se o T1 de um tecido o tempo necessário
menor de átomos de hidrogênio se orientam na direção oposta, para recuperação de aproximadamente 63% da magnetização
constituindo-se na população de hidrogênios de alta energia, longitudinal dos prótons deste tecido. [1]
os átomos de baixa energia as vezes absorvem energia do meio
e pulam para o lado mais energético, enquanto que alguns
átomos de alta energia fazem o contrário, e este fenômeno é
conhecido como equilíbrio dinâmico.[1]

Fig.4. Relaxação Longitudinal T1. [5]

Quando um pulso de RF é emitido, apenas os hidrogênios


de mesma ferquência e com as mesmas fases absorve energia
dessas ondas, com o deslocamento da população que absorve
Fig.2. Equilíbrio dinâmico. [3]
energia para o lado de alta energia, uma magnetização
O fenômeno da ressonância, consiste em perturbar o resultante surge no plano transversal. Após algum tempo, os
equilíbrio dinâmico de tal forma que a resultante MZ mude a átomos excitados alteram suas fases, resultado da interação
sua orientação no espaço e vá preferencialmente assumir uma com átomos vizinhos e da falta de homogeneidade do campo
posição no plano transversal (X, Y), para que isso ocorra, se magnético principal ocasionando uma redução na amplitude
faz necessário a aplicação de ondas eletromagnéticas de do vetor magnetização transversal, no entanto, é possível obter
radiofrequencia, a resultante dessa magnetização, é capaz de contraste dos tecidos nesse momento. A principal
induzir corrente elétrica em condutores dispostos na forma de característica da imagem T2 é que os líquidos se apresentam
bobinas, projetadas para captar o sinal de forma anatômica. [1] claros, tecidos e músculos dão pouco sinal e se apresentam
Uma vez obtidas as magnetizações por pulsos de 45º ou 90º, escuros. O tempo de relaxação trasnversal (T2) de um tecido é
observa-se que a amplitude das correntes geradas vão o tempo necessário para que o vetor magnetização transversal
decrescendo com o tempo, e a esse fenômeno, se dá o nome de desse tecido caia até aproximadamente 37% do seu valor
FID (Free Induction Decay), que indica que o sinal vai original. [1]
diminuindo sua intensidade em função do tempo. [1]

Fig.5. Relaxação Transversal T2. [6]

Fig.3. FID (Free Induction Decay). [4]


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A forma como os pulsos de RF são aplicados e a obtenção radiofrequencia aplicada. [1]


dos sinais influenciam o contraste das imagens. Uma sequência A esses campos, da-se o nome de campos gradientes. Os
se diferencia de outra por TE (Tempo de Eco) TR (Tempo de mesmos ocupam os eixos físicos X, Y e Z, respectivamente,
Repetição). É possível, a partir da aplicação de pulsos de horizontal, vertical e longitudinal. Campos gradientes são
diferentes ângulos, obter diferentes contrastes entre os tecidos, adicionados ao campo magnético principal, para diferenciar a
o componente que ajusta o ângulo desses pulsos com o sinal frequência com que prótons de diferentes regiões do corpo
de RF é a bobina de gradiente, a mesma orienta o campo precessionam. [1]
magnético principal de acordo com plano a ser examinado e Para obter imagens de regiões específicas do paciente, é
expessura de corte. [1] necessário codificar espacialmente os prótons, esta codificação
Porém, em alguns tipos de exames, pode –se acionar mais
é obtida a partir da aplicação de campos magnéticos que
de uma bobina ao mesmo tempo, dependendo do tipo de
variamde intensidade numa certa direção, alterando as
exame desejado.
frequências de precessão dos prótons de hidrogênio na direção
do campo de gradiente. Uma vez codificados espacialmente,
torna-se possível a excitação seletiva de uma região ou corte a
partir da aplicação de pulsos de RF direcionados. [1]
O sistema apresenta três eixos físicos:
- Eixo Z – Longitudinal
- Eixo Y – Vertical
- Eixo X – Horizontal
Os mesmos possuem as funções de corte (Z), fase (Y) e
frequência (X). [1]
As informações obtidas no processo de codificação do sinal
são enviadas para uma área do processador de imagens
Fig.6. Bobinas de Gradiente X, Y e Z. [7] definida como espaço “K”, onde são armazenados as
informações dos dados brutos que formarão a imagem, os
IV. RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM dados são processados matematicamente pela transformação
A frequência com que o próton de hidrogênio precessiona bidimensional de Fourier e convertidos numa escala de
depende: cinza.[1]
- Da razão giromagnética “γ”.
- Do campo magnético a que ele é submetido. V. ARTEFATOS
Artefatos são tudo e qualquer coisa que ou altera a imagem
original, ou prejudica a visualização da imagem original, ou
acrescenta informações a imagem original.[9]
A ocorrência dos mesmos, pode implicar em necessidade de
repetição do exame, baixa da produtividade da clínica devido
ao número de repetições do exame, bem como a invalidade do
laudo devido a possibilidade de falsos resultados.[9]
Fig.7. Equação de Larmor. [8] Os artefatos podem ser provenientes de movimentos, corpos
estranhos, interferências, etc, conforme alguns citados abaixo,
W0 = Frequência de Precessão. bem como as melhores formas de eliminá-los ou mesmo
B0 = Campo Magnético Principal. minimizá-los.[9]
γ = Constante Giromagnética do Hidrogênio: 45,28 x 10^6
A. Spike
Hertz/s. [1]
O nome “Spike”, vem do fato de que há pontos brancos
Definida a frequência de precessão de um próton, pode-se visíveis no “raw data”, antes da imagem ser processada.
excitá-lo por ressonância a partir da aplicação de uma força A busca pelo mesmo se dá inicialmente por uma sequência
periódica externa de mesma frequência. [1] de testes, onde através de aplicação de pulsos, se identifica
Para realização de imagens por ressonância de diferentes qualquer variação e após isso, se inicia a busca pela evidência
regiões do corpo, é preciso fazer variar o campo magnético física da fonte.[9]
numa certa direção, provocando assim diferentes frequências Uma imagem não afetada por spike, tem comportamento
de precessão dos prótons de hidrogênio ao longo deste campo similar a imagem abaixo:
magnético, a obtenção da imagem de cada área em particular
do paciente dependerá da grandeza do pulso de
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aperto como conexões, aterramentos, ou até mesmo partes


metálicas do mesmo não estão soltas. [9]

Fig.3. Raw Data [9]

Uma imagem afetada por spike, tem comportamento similar


a imagem abaixo:

Fig.5. Fonte de Spike [9]

Lâmpadas incandescêntes também podem gerar “Spike” se


queimadas, o filamento mesmo estando rompido, fica
energizado, e quando é submetido a pulsos de gradiente,
podem tocar-se, gerando picos de energia que alteram o campo
magnético ao redor do equipamento. [9]

Fig.4. Raw data afetado por spike [9]

O ruído é proveniente de interferência elétrica de banda


larga em um sistema de MRI.[9]
As suas causas são divididas em dois grupos:
Descarga eletrostática: É um fluxo repentino de eletricidade
entre dois objetos e pode ser causado por contato direto ou
pode ser induzida por um campo eletrostático. Fig.6. Possível fonte de Spike [9]
Quanto menor a umidade relativa, maior a chance de
Shim rails, utilizados para homogeneizar o campo,
descarga eletrostática.
recebem chapas metálicas e são presos por parafusos ou
Ruído de contato: Alguns exames utilizam pulsos de
canaletas internamente no equipamento, com o decorrer dos
gradientes muito fortes que podem movimentar conexões ou
anos expostos a pulsos de gradiente, podem se soltar e gerar
vibrar tão fortemente que o ruído de contato ocorre.[9]
interferência na imagem. Deve ser fazer uma análise minuciosa
O efeito de “Spikes”em uma imagem de MRI pode ser:
em outras partes, antes de partir para o shim rail, pois este é
- Aumento do nível de ruído
um componente que interage com o campo magnético, e para
- Padrões ondulados
sua verificação, é necessário baixar o campo, este processo
- Linhas horizontais, verticais ou oblíquas
implica em perda mínima de hélio e necessidade de após
ainserção dos mesmos, aguardar por pelo menos 12 horas até a
estabilização completa do campo magnético.[9]

Fig.5. Imagem reconstruída com spike [9]

Algumas das formas de prevenir o spike por vibração, é Fig.7. Fonte de Spike [9]
verificar se componentes do equipamento que são passíveis de
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Tubulações utilizadas para evacuar o hélio em casos de B. Spurious


“Quench” também merecem atenção, as mesmas ficam sob o
teto e possuem conexões e abraçadeiras que são passíveis de Entende-se por “Spurious” qualquer interferência de radio
vibração.[9] frequência externa que ultrapasse a blindagem da gaiola de
faraday e interfira na qualidade dos exames.[10]
É importante difrenciar “Spurious” de “Spike” para saber
como eliminá-los, e principalmente se atentar as suas causas e
comportamentos.[10]
Conforme demonstrado abaixo, o “Spurious” apresenta
manchas características:

Fig.8. Fonte de Spike [9]

Linhas de gas, que ligam o compressor a Cold Head também


merecem atenção, pois quando tocam o magneto, podem
causar Spike. [9]
Fig.11. RM de crânio afetada por Spurious. [10]

Podem apresentar pontos distribuídos na imagem.

Fig.9. Fonte de Spike [9]

Fig.12. RM de coluna afetada por Spurious. [10]


A porta de uma sala de ressonância magnética possui
“fingers” que são utilizados para realizar a blindagem Podem apresentar linhas paralelas.
eletromagnética da gaiola, e por sua vez quando os mesmos
quebram, podem causar Spike e Spurious. [9]

Fig.13. RM de perna afetada por Spurious. [10]

Podem apresentar linhas perpendiculares.


Fig.10. Fonte de Spike [9]
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A busca pelos mesmos não são feitas da mesma forma, por


isso deve se conhecer a origem e identificá-las.
C. Blurring
Este artefato, diferentemente dos anteriores, não é causado
por fatores externos e muito menos causado por componentes
do equipamento.[11]
O Blurring é um artefato o qual é necessário lidar em todos
exames e prover meios de inibí-los, pois são artefatos gerados
pelo próprio corpo, através de movimentos fisiológicos que
são classificados em dois tipos:
Movimentos periódicos: Contração cardíaca, dilatação da
caixa toráxica por inspiração e expiração, fluxo sanguíneo e
Fig.14. RM de abdômem afetada por Spurious. [10] etc.
Movimentos não periódicos: Movimentos peristáticos,
Ou podem aparecer no interior da imagem. deglutição, piscar de olhos e etc.[11]
Para os movimentos não periódicos, não há necessidade de
Outro fator importante a ser considerado, é observar o
dispositivos de sincronização ou algo do gênero, para esses
comportamento do “Spurious” no raw data conforme casos, sequências de pulsos pré definidas com TE e TR pré
demonstrado abaixo: determinados, além de intervalos e orientação ao paciente
quanto aos movimentos permitidos ou até mesmo sedação,
consegue se inibí-los e não perceber essas interferências nos
exames.[11]

Fig.15. Raw Data afetado por Spurious. [10]

A busca por “Spurious” é bastante minuciosa, pois assim


como a busca por “Spyke”, se faz necessário utilizar uma Fig.16. RM de abdomem afetada por expiração/inspiração. [11]
frequência específica e as bandas próximas a mesma, com o
intuito de identificar a presença de “Spurious”, uma vez As imagens podem se multiplicar na vertical.
identificado, busca-se a evidência física da fonte, lembrando
que a intereferência externa só entra se houver alguma falha na
blindagem da gaoila de faraday.[10]
É importante também, saber que “Spurious” e “Spikes”,
além de origens diferentes, comportamentos diferentes,
possuem frequências distintas de acordo com o sistema
utilizado conforme demonstrado na tabela abaixo:

TABELA I
SPYKE X SPURIOUS

SPYKE SPURIOUS
Causa Descarga eletrostática RF proveniente de Fig.17. RM de coluna afetada por expiração/inspiração. [11]
Ruído de contato fonte externa.
Na horizontal e próximas ao órgão em movimento.
Faixa de Frequência Acima de 1500 Hz 1.0T: 42.576 MHz
1.5T: 63.864 MHz
3.0T: 127.728 MHz
7.0T: 298.032 MHz
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Fig.18. RM cardíaca afetada por batimentos cardíacos. [11] Fig.21. Sensor de sincronismo respiratório. [11]

Para movimentos periódicos, utiliza-se sequência de pulsos Ou mesmo um dispositivo mecânico acoplado ao Tórax
sincronizadas com um dispositivo durante o exame conforme do paciente.
exemplos abaixo:

Fig.22. Dispositivo de sincronismo respiratório. [11]

É importante também, salientar que os dispositivos são


compatíveis com o sistema e comunicam via wireless.
Fig.19. Dispositivo de sincronismo cardíaco ECG. [11]
Atualmente existem também recursos de software capazes
Utiliza-se um disposivo acompado a um cabo de ECG. de diminuir este tipo de artefato, através do uso de bandas de
saturação ou mesmo fazendo a inversão da direção da fase da
sequência de pulso.

VI. IMPACTO DOS ARTEFATOS


Os artefatos, prejudicam a produtividade de uma clínica,
visto que além da baixa produtividade, implica em insatisfação
do paciente, uma vez que o mesmo pode ser submetido ao
mesmo exame por várias vezes.
Mas o fator principal do problema citado, é o lucro
cessante, pois um equipamento parado, deixa de produzir, e os
custos para se manter uma clínica são elevados. Segue uma
planilha demonstrando o preço médio dos principais exames
realizados em uma clínica de pequeno porte e a capacidade
Fig.20. Dispositivo de sincronismo cardíaco SPO2. [11]
diária do mesmo utilizando um equipamento com campo
magnético de 1,5 T, lembrando que o preço varia de região
Ou pode usar um dispositivo acoplado a um cabo de SPO2.
para região.
TABELA II
EXAME X PREÇO X PRODUTIVIDADE

EXAME PREÇO CAPACIDADE


OMBRO R$ 885,00 30/DIA
CRÂNIO R$1095,00 30/DIA
JOELHO R$1095,00 30/DIA
PELVE R$ 885,00 15/DIA
MAMA R$ 1356,00 10/DIA
CARDÍACA R$ 1542,00 10/DIA
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Os protocolos de exame podem variar de equipamento para Inatel em 2005 e obteve o título de Mestre em Ciência da Linguagem na
Universidade do Vale do Sapucaí em 2012. Na área de Tecnologia da
equipamento, levando em conta a capacidade do campo Informação desde 1999, atuou como analista de sistemas e de suporte. Desde
magnético, o número de canais do equipamento e até mesmo a 2005 é professora do curso superior, ministrando disciplinas das áreas de
forma da aquisição de dados, visto que hoje no mercado computação, gestão e sistemas de informação e atuando na graduação e pós-
existem equipamentos que utilizam a captação digital direto na graduação, com metodologia científica, pesquisas em desenvolvimento,
implantação, serviços, gestão de TI e projetos.
bobina.

VII. CONCLUSÕES
Com o estudo de artefatos, o profissional de saúde pode
buscar meios de inibi-los e gerenciá-los com a finalidade de
minimizar o impacto financeiro reduzido, uma vez que o
cliente fica refém do fabricante quanto ao conhecimento e
manutenção do mesmo.
Os artefatos de RM podem ser evitados ou corrigidos à
medida que o radiologista e os operadores do equipamento
familiarizam-se com os tipos mais comuns. Um entendimento
das causas de tais artefatos permitirá inclusive fazer alterações
racionais nas técnicas de imagem, para eliminá-los ou reduzi-
los sem a neecessidade de parada do equipamento.

REFERÊNCIAS
[1] Nóbrega, A.I:; Daros, K.A.C. (org) Técnicas em Ressonância
Magnética Nuclear (livro). 1ª Reimpressão da 1ª Edição, São Camilo –
SP, 2006. – (Série Tecnologia em Radiologia Médica), pp 1-6.
[2] Princípios físicos da Ressonância Magnética parte I. Disponível em:>
http://radiologiamedicatnl.blogspot.com.br/2012/03/3.html. Acesso em
mai. 2017.
[3] Princípios físicos da Ressonância Magnética parte II. Disponível em:
http://radiologiamedicatnl.blogspot.com.br/2012/03/principios-fisicos-
da-ressonancia.html. Acesso em mai. 2017.
[4] Ressonância. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nmr_fid_good_shim.svg.
Acesso em Mai. 2017.
[5] Princípios físicos. Disponível em:
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/ressonancia-
magnetica/principios-fisicos-resso/retorno-da-magnetizacao-
longitudinal-t1. Acesso em mai. 2017.
[6] Realização do exame. Disponível em:
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/ressonancia-
magnetica/principios-fisicos-resso/decaimento-da-magnetizacao-
transversal-tempo-t2. Acesso em mai. 2017.
[7] Frequência de Larmor. Disponível em:
http://leonardoflor.blogspot.com.br/2011/09/frequencia-de-larmor.html.
Acesso em mai. 2017.
[8] Medical Battlefield MRI. Disponível em:
https://www.hdiac.org/node/1910. Acesso em: mai. 2017.
[9] Phillips. Manual do equipamento Achieva. 2016.
[10] Phillips. Manual do equipamento IQT Achieva. 2016.
[11] Phillips. Manual do equipamento IQTAchieva/Multiva. 2016.

Bruno José Santos de Faria Costa nasceu em Santa Rita do Sapucaí, MG,
em 13 de abril de 1990. Possui os títulos: Técnico em Eletrônica (ETE
“FMC”, 2009) e Engenheiro de Produção (UNIVAS, 2014). De 2009 a 2015
exerceu atividades de manutenção no setor de Engenharia Clínica do Hospital
das Clínicas Samuel Libânio. Desde junho de 2015, atua como Field Service
Engineer nas áres de Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e
Raio X Digital e Telecomandado pela Philips.

Crishna Irion nasceu em Santa Maria, RS. Graduou-se Bacharel em Ciência


da Computação pela Universidade de Alfenas (1999), bem como
especializou-se em Informática Empresarial e Gestão de Projetos pela
Universidade Federal de Itajubá (2003). Cursou disciplinas de mestrado no

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