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Abstract— Image quality is directly related to the productivity Este artigo tem como objetivo, esclarecer como ocorre
of a clinic with respect to competitiveness, profitability and determinados artefatos, quais formas de inibí-los e o impacto
patient comfort. Within this topic, the evaluation of the artifacts causado na produtividade de um estabelecimento prestador de
and the work to eliminate them, is a matter of extreme serviços de diagnóstico por imagem.
importance, which for their better understanding, should be
A metodologia utilizada, se embasa em uma revisão literária
attentive to the principles of image formation and the
characteristics intrinsic to the system that in adverse events can e um estudo de caso aplicado em uma pequena clínica de
Interfere with the system, impairing the quality of service. imagem, utilizando um equipamento de 1,5 T e levando em
Index Terms— Artifacts, Magnetic Resonance. consideração os custos de exames tabelados por planos de
Resumo— A qualidade de imagem, está diretamente saúde coorporativos.
relacionada a produtividade de uma clínica no que diz respeito a
competitividade, lucratividade e conforto do paciente. Dentro II. CONCEITO
desse tópico, a avaliação dos artefatos e o trabalho para
eliminação dos mesmos, é um assunto de extrema importância, A ressonância magnética, é um fenômeno físico estudado há
que para seu melhor entendimento, deve-se atentar aos princípios muito tempo e que inicialmente tinha como proposta, ser uma
de formação de imagem e as características intrínsecas ao sistema ferramenta analítica no estudo de estruturas moleculares,
que em eventos adversos podem interferir no sistema configuração e processos de reação química. Comercialmente,
prejudicando a qualidade do serviço. consolidou-se como modalidade diagnóstico por imagem em
Palavras chave—Artefatos, Ressonância Magnética. meados de 1982, 10 anos após a tomografia computadorizada,
sendo introduzida no Brasil no ano de 1986. [1]
I. INTRODUÇÃO É um fenômeno físico de troca de energia entre força
Assim como acontece em todas as modalidades de aquisição periódica (Ondas Eletromagnéticas) e corpos em movimento,
de imagens, sejam elas por Raio X convencional, Tomografia no caso da ressonância magnética nuclear aplicada a medicina,
e Ultrassonografia, a Ressonância Magnética também é baseia-se na troca de energia entre núcleos de átomos de
vulnerável a interferências que prejudicam o diagnóstico do hidrogênio e ondas de campos magnéticos oscilatórios. [1]
paciente, deve-se saber reconhecer as mesmas para distinguí-
las de variantes anatômicas ou processos patológicos, bem III. FORMAÇÃO DA IMAGEM
como separá-los por artefatos de aquisição, artefatos de A obtenção da imagem a partir do Hidrogênio se deve ao
manipulação do exame e artefatos pertinentes ao sistema fato deste ser um elemento abundante nos tecidos biológicos, o
fisiológico do paciente. mesmo é composto por uma carga positiva em seu núcleo
As imagens são afetadas de várias maneiras, o fator que (próton +) e uma carga negativa em sua eletrosfera (elétron -).
mais evidencia a sua percepção é a presença de granulação nas Apresenta movimento de rotação em torno do seu próprio
imagens ou ausência de sinal. eixo (spin nuclear), este quando sofre ação de um campo
Por muitas vezes, antes de definir o problema como tal, se magnético externo, altera suas características, passando a
faz necessário pela experiência do operador, certificar-se do descrever um movimento conhecido como precessão. [1]
correto posicionamento do paciente e outras variáves inerentes
a execução do exame.
Uma vez que se garanta o correto manuseio do equipamento
e posicionamento do paciente, é de extrema importância que se
conheça os tipos de artefatos para identificar as causas do
mesmo com a finalidade de minimizar o lucro cessante.
Quando sob ação de campo magnético externo, é conferido Na busca da condição de equilíbrio, os prótons que
ao núcleo do hidrogênio uma força magnética própria absorveram energia no processo de excitação passam a liberá-
representada pela letra “(u), a somatória das forças la para o meio e assumem o estado de menor energia, os
microscópicas da grande quantidade de hidrogênios alinhados hidrogênios ligados aos diversos tecidos apresentam
ao campo magnético, resulta em uma força maior chamada de
comportamentos diferentes quanto ao retorno à condição de
Magnetização Longitudinal representada pela notação
equilíbrio, hidrogênios ligados à água apresentam tempos
(MZ).[1] Sob efeito do campo magnético, uma grande
longos de recuperação longitudinal, enquanto os ligados à
quantidade de átomos de hidrogênio são orientados conforme
as linhas do campo magnético principal, alinhando-se paralelo gordura recuperam rapidamete esta condição. Tal
e anteparalelamente no mesmo sentido, um fenômeno característica possibilita um estudo por contraste influenciado
chamado de precessão em fase. Constituindo-se na população pela relaxação longitudinal produzindo imagens ponderadas
de hidrogênios de baixa energia, enquanto que uma quantidade em T1. Considera-se o T1 de um tecido o tempo necessário
menor de átomos de hidrogênio se orientam na direção oposta, para recuperação de aproximadamente 63% da magnetização
constituindo-se na população de hidrogênios de alta energia, longitudinal dos prótons deste tecido. [1]
os átomos de baixa energia as vezes absorvem energia do meio
e pulam para o lado mais energético, enquanto que alguns
átomos de alta energia fazem o contrário, e este fenômeno é
conhecido como equilíbrio dinâmico.[1]
Algumas das formas de prevenir o spike por vibração, é Fig.7. Fonte de Spike [9]
verificar se componentes do equipamento que são passíveis de
VI SECEB – SEMINÁRIO DE ENGENHARIA CLÍNICA E ENGENHARIA BIOMÉDICA
INSTITUTO NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – INATEL
ISSN 2358-338X
SETEMBRO DE 2017
TABELA I
SPYKE X SPURIOUS
SPYKE SPURIOUS
Causa Descarga eletrostática RF proveniente de Fig.17. RM de coluna afetada por expiração/inspiração. [11]
Ruído de contato fonte externa.
Na horizontal e próximas ao órgão em movimento.
Faixa de Frequência Acima de 1500 Hz 1.0T: 42.576 MHz
1.5T: 63.864 MHz
3.0T: 127.728 MHz
7.0T: 298.032 MHz
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SETEMBRO DE 2017
Fig.18. RM cardíaca afetada por batimentos cardíacos. [11] Fig.21. Sensor de sincronismo respiratório. [11]
Para movimentos periódicos, utiliza-se sequência de pulsos Ou mesmo um dispositivo mecânico acoplado ao Tórax
sincronizadas com um dispositivo durante o exame conforme do paciente.
exemplos abaixo:
Os protocolos de exame podem variar de equipamento para Inatel em 2005 e obteve o título de Mestre em Ciência da Linguagem na
Universidade do Vale do Sapucaí em 2012. Na área de Tecnologia da
equipamento, levando em conta a capacidade do campo Informação desde 1999, atuou como analista de sistemas e de suporte. Desde
magnético, o número de canais do equipamento e até mesmo a 2005 é professora do curso superior, ministrando disciplinas das áreas de
forma da aquisição de dados, visto que hoje no mercado computação, gestão e sistemas de informação e atuando na graduação e pós-
existem equipamentos que utilizam a captação digital direto na graduação, com metodologia científica, pesquisas em desenvolvimento,
implantação, serviços, gestão de TI e projetos.
bobina.
VII. CONCLUSÕES
Com o estudo de artefatos, o profissional de saúde pode
buscar meios de inibi-los e gerenciá-los com a finalidade de
minimizar o impacto financeiro reduzido, uma vez que o
cliente fica refém do fabricante quanto ao conhecimento e
manutenção do mesmo.
Os artefatos de RM podem ser evitados ou corrigidos à
medida que o radiologista e os operadores do equipamento
familiarizam-se com os tipos mais comuns. Um entendimento
das causas de tais artefatos permitirá inclusive fazer alterações
racionais nas técnicas de imagem, para eliminá-los ou reduzi-
los sem a neecessidade de parada do equipamento.
REFERÊNCIAS
[1] Nóbrega, A.I:; Daros, K.A.C. (org) Técnicas em Ressonância
Magnética Nuclear (livro). 1ª Reimpressão da 1ª Edição, São Camilo –
SP, 2006. – (Série Tecnologia em Radiologia Médica), pp 1-6.
[2] Princípios físicos da Ressonância Magnética parte I. Disponível em:>
http://radiologiamedicatnl.blogspot.com.br/2012/03/3.html. Acesso em
mai. 2017.
[3] Princípios físicos da Ressonância Magnética parte II. Disponível em:
http://radiologiamedicatnl.blogspot.com.br/2012/03/principios-fisicos-
da-ressonancia.html. Acesso em mai. 2017.
[4] Ressonância. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nmr_fid_good_shim.svg.
Acesso em Mai. 2017.
[5] Princípios físicos. Disponível em:
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/ressonancia-
magnetica/principios-fisicos-resso/retorno-da-magnetizacao-
longitudinal-t1. Acesso em mai. 2017.
[6] Realização do exame. Disponível em:
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/ressonancia-
magnetica/principios-fisicos-resso/decaimento-da-magnetizacao-
transversal-tempo-t2. Acesso em mai. 2017.
[7] Frequência de Larmor. Disponível em:
http://leonardoflor.blogspot.com.br/2011/09/frequencia-de-larmor.html.
Acesso em mai. 2017.
[8] Medical Battlefield MRI. Disponível em:
https://www.hdiac.org/node/1910. Acesso em: mai. 2017.
[9] Phillips. Manual do equipamento Achieva. 2016.
[10] Phillips. Manual do equipamento IQT Achieva. 2016.
[11] Phillips. Manual do equipamento IQTAchieva/Multiva. 2016.
Bruno José Santos de Faria Costa nasceu em Santa Rita do Sapucaí, MG,
em 13 de abril de 1990. Possui os títulos: Técnico em Eletrônica (ETE
“FMC”, 2009) e Engenheiro de Produção (UNIVAS, 2014). De 2009 a 2015
exerceu atividades de manutenção no setor de Engenharia Clínica do Hospital
das Clínicas Samuel Libânio. Desde junho de 2015, atua como Field Service
Engineer nas áres de Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e
Raio X Digital e Telecomandado pela Philips.