Você está na página 1de 52

Awo-Ifá

Glossário

Sistema do Ifá.
Ikofá

Ese.
Itòn
Odu 5
Orikí 6
Gbadúrá 7
lyàmiEleye 8

Igba - odú 9
Introdução

Conceito Yorúbá

A religião dos Òrisà é um culto tradicionalista, vindo da República da Nigéria e


República de Benin, países vizinhos no Oeste Africano.
É uma doutrina monoteísta ( possui somente um Deus Supremo - Olóòrun) e
várias outras divindades, que auxiliam o Supremo Criador em sua obra.

É um culto direcionado para as forças da Natureza, representada pelos Òrisà, cada


um deles como elementos de um todo, o Òrun ( Universo).

Para cada elemento desta Naturez


Naturezaa Divina fo
foii criado um arquétipo, uma
personalidade, um caráter, uma forma humana, simplesmente para que fosse mais
fácil sua compreensão e entendimento. Estes elementos são os Òrisà. Porém os
Òrisà nunca existiram na Terra como seres humanos.

Exceção feita àSòngó, divindade do Trovão e dos Raios, que foifoi Re


Reii ( Àlàáfin)
em Òyó, Nigéria, aproximadamente em 1450 a C, e poster
posteriorme nte divinizado pelos
iormente
seus feitos.

O homem fa fazz part


partee de uma totalidade (Òrun - Universo), onde coexistem o
humano e o divino. Ao contrário do paraíso cristão, que está situado em uma esfera
somente acessível após a morte. Na religião dos Òrisà o homem e as divindades
estão integrados e se complementam. Os Òrisà são os intermediários, como eloelo da
ligação entre os dois estágios de vibração, o visível e o invisível.
Portanto nesta visão "o Paraíso, ou o inferno , podem ser vividos aqui e agora.

Um provérbio Yorubá diz: bi o slenia, imolè_ o si , se a humanidade não existisse,


as divindades não existiriam.

Quando se cultua as águas, para simbolizá-las, são realizados rituais para Òsun,
Yemoja, Obà e outros. Todas elas divindades que representam as águas em vários
de seus habitat natural. As águas doces dos rios, as águas salgadas do mar, ou as
águas das lagoas respectivamente. São
São rituais de agradecimento à Deus que nos
tiu a existência delas, ou para que delas possamos extrair suas forças e
permitiu
permi
energias em benefício de um objetivo pretendi do. Não podemos esquecer que o
pretendido.
corpo humano é, em sua maioria, composto por líquidos, e o globo terrestre é 3/4
água. Ninguém é inimigo da água.!!!

Quando são feitos cultos para Ògún, é aos metais que se louva.
Deus concedeu ao homem os metais e hoje eles estão contidos em quase tudo para
facihtar a vida no planeta. Nas construções, nos veículos, nas máquinas operatrizes,
nos instrumentos cirúrgicos, enfim, o que seria do homem sem os metais?

Òòsàálá é o ar,
ar, a atmosfera que envolve o Mundo, e que a todo instante o homem
coloca para dentro de si pelos movimentos da respiração.

E por que não citar o mais polêmico dos Òrisà. Sim, é de Èsú a quem me refiro. Em
nosso País ele é tão mal visto, e divulgado pelos ignorantes, como sendo um
demônio. Devo salientar que a Doutrina dos Òrisà não possui demônios , pois crê
que tudo o que Deus criou foi foi para o bem estar do homem, e não para sua
destruição. Èsú é a divindade do movimento, da ação da vida. Nada acontece sem
ele. Para que possamos caminhar, ou seja, dar um passo à diante, esta ação é
tida por Èsú. O coração bombeia sangue durante toda vida para nosso corpo.
permitida
permi
Esta ação é possível pela força de Èsú. O movimento das marés, que não permit
permitee a
deterioração das águas dos Oceanos, é um movimento de Èsú. Note que tudo iria
ar se não houvesse o movimento causado por Èsú. Ele foi
parar
par foi o primeiro ser criado
por Deus, assim como para os católicos foifoi criado Adão. Nasceu do sopro Divino
de Qlóòrun sobre um monte de barro.

Qualquer outra interpretação dada par


paraa esta divindade é criação de ignorantes, ou
daqueles que prete ndem deturpar a verdadeira Religião dos Òrisà.
pretendem
È claro que não posso aqui explicar toda esta bela Religião cheia de metáforas e
dotada de uma mitologia milenar composta de 4096 lendas, mas posso tentar
mostrar que ela é a mais ecológica Doutrina religiosa que o homem jáj á conheceu.
Nela a Natureza é a Divindade Maior que Deus legou ao homem em seu benefício
benefício..
Preservar, manter, equilibrar, honrar, cultuar a Natureza é o que a Religião dos
Orisas tem como princípio básico, pois se tomamos estes atos como objetivo de
vida, automaticamente estaremos agradando a Deus.
Cultuar a natureza é preservar a Vida.

Além dos rituais para a natureza, a religião dos Yorubás cultua os Ancestrais ( awon
Àgbá - Egúngún) através de uma enorme gama de procedimentos.
Eles sim são seres espirituais que vivem no Òrun e que à nós se apresentam como
nossos conselheiros, trazendo -nos suas experiências e conhecimentos como seres
que já passa ram por várias reencarnações.
passaram
Casa homem que resnasce sobre a terra é regido por um elemento da Natureza
(òrisà).

Aqueles que perte ncem às águas são pessoas dóceis, carinhosas, perseverantes,
pertencem
constantes, lutadoras, que tem objetivos certos e sabem muito bem o que querem,
mas escondem sobre esta aparência tranquila uma enormidade de sentimentos,
turbilhões e revoltas, porta nto, irados são extremamente perigosos
portanto, perigosos..
Conhecer o Orisa que nos rege tem a finalidade de busca
buscarr o auto conhecimento,
saber o que devemos, ou não ser ou fazer. É saber em qual força da natureza
encontra-se nossa fonte de recarga, de equilíbrio e estabilidade.Todas estas
riquezas de conhecimentos estão contidas nas lendas que compõem a religião dos
Orisás, e cada ser humano está enquadrado dentro de uma delas.
Quando se fala em Candomblé e Umbanda não se está referindo à Religião dos
Orisás. Ambas são adaptações da Religião Africana parparaa uma sociedade brasileira.
Infelizmente esta adaptação foi
foi feita por escravos oprimidos pelos Senhores de
Engenho e Padres Jesuitas. O que levou a Religião ao sincretismo católico,
caminhando para um pat amarr ridículo, sem origem ou base sólida,chegando aonde
patama
se encontram atualmente e não posso negar que a maioria daqueles que se
intitulam " Sacerdotes" destes cultos afro-brasileiros ,mal sabem ler ou escrever,
somados a outros deturpados em sua sexualidade, que encontram nos Orisà
amparo para fazer deles meio de vida.
Já afirmei: Os Orisà são os elementos da Natureza. Portanto ir as
florestas, cachoeiras e praias e crivá-las de velas acesas, garrafas,para copos, matas,
taças,
alguidares e um sem número de lixo, não é preservação, mas sim destruição.
Portanto, tais atitudes são totalmente contrárias à Religião dos Orisà.

Um verdadeiro Sacerdote da Religião do Orisa, tem muito a estudar, e


sua formação requer vinte e um anos de preparo, no convívio com outros
Sacerdotes também formados assim.

Se você é um daqueles que respeita, e preserva a Natureza ao seu redor.Você já é


um dos prati cantess da Religião do Orisa. Preservar a Natureza não é só se
praticante
par com o ar que se respira, com os desmatamentos, com a poluição das
preocupar
preocu
águas, com a extinção animal, mas é, princ
principalm
ipalmente,
ente,respei tar e amar o homem seu
respeitar
semelhante , entendendo-o como a maior obra da Natureza e da Criação de Deus.

Bàbálòrisà kekere Awo Ifágbòàlà Èsú


1 - Sistema d o Ifá
If á
De acordo com as crenças Yorúbá , Ifá - Òrúnmilà, faz par te das quatrocentos e
parte
umaa divindades que vieram do céu ( òrun ) pa
um ra a terra (ayé ) .Olódúmare, o Deus
para
supremo, encarregou cada um umaa destas divindades com um umaa missão par
partic
ticul ar a ser
ular
realizada na terra
Por exemplo:
- Ògún foi encarregado de todas as coisas relacionadas com a guerra e a caça com o
implemento do uso do aço.
- Òòsàálá foi encarregado de ser o responsável de moldar o corpo humano com
argila.
- Esu é o policial do universo e o curador do à�, o pod er divino com o qual
poder
Olódúmaré criou o universo e mantém suas leis.
- Ifá ficou encarregado pela orientação ,por sua grande sabedoria,resultado da sua
presen
pre ça ao lado de Olódúmare, quando criou o universo Ifá sempre esteve ao seu
sença
lado. Portanto sabe os segredos que no universo foram embutidos.
Òrúnmilà é também conhecido como Akéréfinúsogbón que quer dizer o Pequeno
Sábio.
Os Yorúbá crêem que , Ilè Ifè foi a primprimeir
eiraa part
partee do mundo a ser habitada por
seres humanos.
Os filhos de Odúdúwa tornaram - se os mais importantes poli politi
ticame
camente
nte e eles
formaram a parparte
te prin
principa
cipall da dinastia de governantes do mais poderos
pode rosoo Império
Yorúbá.
O marco da História de pod er desses governantes divinos se deu na organização
poder
imperial do antigo império de Oyo.
A origem do sistema

Em Ifè , Òrúnmilà mudou - s e pa ra Òkè Igètí e lá viveu po


para porr muitos anos , teve oito
filhos homens ,mudando - s e então pa parara Adó onde se acredita que vive até hoje ,
por isso o dito Adó ni lé Ifá (Adó é a casa de Ifá)
Enquanto esteve na terra Òrúnmilà aplicou seus conhecimentos divinos e sua
sabedoria pa ra organizar a vida dos seres humanos de forma ordeira.
para
Vendo também a necessidade de deixar seus ensinamentos , Òrúnmilà escolheu
alguns discípulos e pass ou a ensina - l os os segredos e mistérios de Ifá.
passou
Mas , assim como aconteceu com todas as divindades Òrúnmilà retornou ao òrun
(céu), após ter
te r se desentendido com seu filho caçula, este feito se encontra no itan
- ifá do Iwòri Méji.
Vou relatar um trecho deste importante fato:
Um dia, Òrúnmilà convidou seus oito filhos pa ra realizarem um festival, tudo
para
conforme cada um deles chegaram, ou seja , respeitando a hierarquia dos mais
velhos aos mais novos.
Sendo assim , quando foram chegando , conforme a educação, foram deitando no
chão e dizendo Àború , Àboyè , Abosise , como sinal de respeito e obediência .
Chegando a vez do caçula, Olówò , ele per perman eceuu de pé e não disse nada. Então
manece
seu o ordenou fizesse a mas Olówò recusou - se dizendo
pai que saudação , que
como ele ,também usava coroa , e sendo filho de Òrúnmilà era degradante se
abaixar diante de alguém.
Quando Òrúnmilà ouviu isto , ficou muito triste e decidiu voltar para o òrun (céu).
Assim com a parparti da de Òrúnmilà ,a terra se tornou em caos e completa confiisão ,
tida
o ciclo de fertilidade e regeneração , tanto da natureza quanto humano
desapareceu.
A sociedade humana se tornou uma anarquia e desordem , conforme relata o
seguinte èse (poema).
ABOYÚNÒBÍMÓ

ÀGÀNÒ TOWÓÀLÀ BO
BOSÜN

ÒKÜNRÜN Ò D
DÍÍ DÉ

A
AKK E R E M O D Ó Ò WÈWÜÍRÀWÉ

À T Ò G B E M Ó OMOKÜNRIN N
NÍÍ ÍÍD

OBINRIN Ò R
RÍÍ À S É E RÈ
RÈ M
MÓÓ.

ISÚPEYINÒ TA;

À
ÀGG B À D Ó TÀPÉ Ó GB Ó
ERÈÉ
ER ÈÉ YOJÚ ÒPÒLÓ.

ÓJ Ó P
PÁÁ Á PÁ Á PÁ Á KÁ
KÁNSÍLÈ,
ADIÉSÀÁMI.
ADIÉSÀ ÁMI.

APÓNÒBESÍLÈ

E
EWW Ú R É MÚ U M JE
JE .
Tradução
As mulheres não podiam ter filhos
As mulheres continuavam inférteis
Pequenos rios foram cobertos por folhas
Não existia sêmem no testículo do homem
A
Osinhame
mulheresnãonão
se tinham menstruação
desenvolvia
O milho não crescia
Chovia apenas gotas
As galinhas tentavam devorá-las
facas estavam plant adas no chão
plantadas
E os cabritos tentaram devorá-las.

Quando a terra não tinha mais paz , foi


foi decidido que os filhos de Òrúnmilà
deveriam ir para o Òrun pedir ao seu pai à voltar para o aiyé (terra) .

Ao chegar no Òrun , os oito filhos de Òrúnmilà tentaram convencê-lo à


retornar ,mas ele enão
nozes de palmeira aceitou e em vez disso deu a cada um deles dezesseis
disse:

BÉ E BÁ DÉLÉ

BÉ E BÁ FÓWÓÓ NÍ

ENI TÉÉ MOO BI NÜUN

BÉ E BÁ DÉLÉ

BÉ E BÁ FÁYAÁNÍ

ENI TÉÉ MOO BI NÜUN

BÉ E BÁ DÉLÉ

BÉ E BÁ FÓMOÓ BÍ

ENI TÉÉ MOO BI NÜUN


Tradução
Quando chegarem e m casa . s e quiserem dinheiro ,
AÍ ESTA QUEM DEVE SE
SERR CONSULTADO

quando chegarem e m casa , s e quiserem t e r esposas ,


AÍ ESTA QUEM DEVE SE
SERR CONSULTADO.

Quando chegarem e m casa , s e quiserem t e r fílhos ,


AÍ ESTA QUEM DEVE SE
SERR CONSULTADO .

Qualquer coisa qu e vocês desejarem t e r n a terra ,


É a m i m q u e vocês devem consultar.

Quando os filhos de Òrunmilà retornaram a terra , eles prati caram o que seu pai os
praticaram
havia ensinado usando os dezesseis nozes de palmeira para orienta - loslo s e como
instrumento de divinação na comunicação com as divindades , sendo desta forma ,
Òrunmilà repôs sua presen ça na terra tornando este método o mais importante
presença
divinação de Ifá.
Ikin é considerado o mais antigo e o mais importante instrumento de Ifá.
Ele
Ele consiste em dezesseis nozes de palmeir
palmeiraa , conhecida como òpè - Ifá (palmeira
de Ifá)
Cada fruto possui quatro olhos , o Yorúbá acredita que este tipo de noz
noz de palmeira
é sagrada para Ifá e por isso não pode ser usada para fabricar o dendê (epó ) .

Os
específico da guardados
ikin são casa denominado
em umaIlè tijela
- de louça ousãomadeira
Ifá,raramente retiradase deste
fica em umexceto
local, lugar
para serem lavadas ou para purificação , o que ocorre ocasionalmente tanto para
limpeza quanto para potencializar seu . Mas , quando o sacerdote falece , o ikin
pode ser removido do seu local e transferido para um pare nte , a transferência
parente
sempre envolve um ètútú e outras cerimônias de purificação .

Algumas pessoas , preferem enterrar os ikin com o sacerdote para livrarem - s e de


ter que fazer as cerimônias , muitas vezes por conta de se tornar um rito muito
caro.
Outro instrumento de muita importância para Ifá é o yèròsún ,um pó amarelo
retirado de um cupinzeiro. O pó divinatório é mantido dentro do opón ( um
tabuleiro de madeira), fixado a frente do sacerdote que mantém as dezesseis nozes
dentro de uma mão e sempre tenta remove-las de uma mão para outra.
Se duas restarem
quantidade impar em
,ele sua mãotraços.
faz dois uma quantidade par , ele fa
fazz um traço, se for uma
Se ele por ventura conseguir tirar todas de uma mão para outra ,ele não fa fazz
nenhuma marcação.
Essa combinação será repetida por oito vezes ,ou seja ,quatro vezes da direita e
quatro vezes da esquerda.
Tendo em vista assim o odú correspondente ao consulente.

Òpèlè - If
Ifáá ( corrente d e If
Ifáá ).
Outro sistema muito importante de Ifá , esta corrente possui duas terminações na
base , é feita tanto de metal quanto de barban
barbante
te de algodão. Quatro meias nozes do
fruto òpèlè são presas em cada metade da corrente ,sendo lado direito de esquerdo .

O sacerdote lança o òpèlè para o lado oposto de seu corpo obtendo assim o odú
correspondente para o consulente .

Para compreender este sistema o sacerdote tem de saber décor os èsè - Ifá ,ou seja
os poemas de Ifá que corresponde ao odú determinante
Essas possibilidades serão abordadas mais a frente no tema Ikofá.
Cada uma dessas possibilidades são denominadas Odú , tendo como um total de
25
2566 possibilidades iniciais.
2 - Ikòfá

Yorúbá - voltamos a insistir nesse assunto de real interesse para aqueles que
desejam conhecer a Cultura Religiosa Yorúbá. São os passos da caminhada ao
sacerdócio na vida de um Babaláwo.
Ele começa, aos seis anos de idade como Omo-awo / o filho do segredo ou Kékeré-
awoo /pequeno no segredo. Co
aw Com m a opção pela vida sacerdotal feita, os Pais da
criança vão consultar Ifá parparaa que seja indicado o melhor Mestre para ela.
Identificado o Mestre os Pais levam a criança até ele. Entregam-lhe quatro obí
obí para
feita a nova consulta a Ifá. Sendo aceito o Babaláwo dirá:
que seja
"Láti àsikò y í l o i w o ( )
orno (..... ) (....... ) r n í iwájú m i láti k ó Ifá If á
dídá. È m i nfé, gégébi Olúkó re re,, kl i w o g b a i m ò àti,
wipé léhin è k ó re re,, k i i w o l è l o i m ò i s é y i í b i ó ti
tó àti
àt i b í ó tiye."
Tradução
A part ir desse momento (nome) filho de (nome do Pai)
partir
e (nome da Mãe) está diante de mim par
paraa aprender
o Jogo de Ifá. Desejo, como seu Mestre, que ele
absorva os conhecimentos e, ao terminar seus
estudos, possa fazer bom proveito do aprendizado."

A par tir daí serão providenciados os ritos de iniciação. O Omo-awo não poderá ser
partir
ensinado, ou aprender e parti cipar de outros ritos sem que tenha sido devidamente
participar
iniciado, tenha recebido seu ígbá Odú e seu Òpèlè Kàrágbá que "não tem valor
litúrgico", este último servindo somente para o estudo e aprendizado.
Na maioria dos casos o Omo-awo passa a residir em uma Ègbé-Babaláwo/
Sociedade dos Babaláwo. Cada cidade Yorúbá tem uma dessas sociedades
comandada por um Sacerdote do maior nível hierárquico que é o Olúwo-Ifá, líder
pleno. Senhor de Todos os Segredos. Imediatamente inferior a ele está o Sacerdote
Balógun, homem poderoso no àse da palavra, deve ser saudável, ter boas condições
econômicas, nesse caso sempre mantém várias esposas. Subordinados aos Balógun
estão os Àsíwájú-Babaláwo que representam a Sociedade pera nte a Comunidade.
perante
Encontramos
babaláwo, tambéme tesoureiros;
secretários os Asipa-Babaláwo, os relações
abaixo destes os outros públicas;
cargos sãoosocupados
Akápò-
pelos Omo-awo. Às sucessões hierárquicas são feitas pela consulta ao oráculo
e posterior
poste rior prova de capacidade dentre os escolhidos.
Periodicamente são realizadas reuniões presididas pelo Olúwo e Balógun
recebendo o comparecimento de outros Sacerdotes Lideres Comunitários de
cidades vizinhas. Inicialmente são realizadas oferendas para Ifá e distribuída
farta alimentação aos presentes
presentes.. São discutidos os problemas e todos sugerem
soluções.
Construções de Templos e Santuários; soluções par paraa problemas de ordem sociais;
destino do dinheiro recebido em doações; realização de Jogos de Òpèlè Ifá ou Jogo
de Ikin. SãSãoo realizados a pedido dos Qba em busca de orientação; troca de
informações sobre os sistemas de Ifá; Odun Awo o festival anual em homenagem a
Ifá;
A Òsè Ifádea semana
o longo dezesseisdevotada
anos dea Ifá são alguns dos motivos das eg / assembléias.
aprendizado o Omo-awo poderá vir a ser um
Babaláwo se houver adquirido o conhecimento da natureza humana. Nesse período
o Omo-awo vai aprender a obedecer a uma hierarquia rígida submetida a seu
Mestre.
O Omo-awo deverá ser Humilde, devoto, paciente, perseverante, incansável,
solidário, cooperativo,ético, seguindo a conduta dos mais velhos, aprendendo
a ser responsável e desenvolvendo a capacidade comunicativa. É impedido à ele a
mentira, o roubo, a ganância, o adultério e o convívio com as esposas do Mestre,
sendo vetado que o Aprendiz sente-se onde a esposa acabou de levantar, deve
sempre trata-la pelo Título de íyàwó / Esposa ou eg / Mãe.
Uma das coisas que pode acarretar a "expulsão" do convívio com o Mestre será o
envolvimento, assédio ou o fato do Aprendiz manter relações sexuais com a pessoa
que venham busca buscarr orientação ou o conselho do Babaláwo.
É no contato diário com seu Mestre que ele aprende a trocar informações, a recitar
ítòn / /lendas, Oríki / evocações, Ofò / encantamentos, Àdúrà,
Gbàdúra / suplicas , íjalá, Orin / cantigas, íyerè /cantigas de dor e júbilo para Ifá, a
conhecer os segredos das ewéé
ew e fazer os rituais todos.
Sujeita-se a inúmeros ritos iniciáticos periódicos, inclusive o rito do Ide-Odú,
indispensável para que possa iniciar outras pessoas e que o fa fazz adquirir os
conhecimentos de tratar e cuidar ritualisticamente do ígbá Odú.
Aperfeiçoa
ativar o odom dapoder
palavra, o domínio
dos daElementos
oralidade, força da
fundamental para
Natureza.
O Omo-awo deve ser "solteiro" até ser ordenado Sacerdote, para que não venha a
ser atrapalhado no seu aprendizado pelos afazeres do casamento.
Isso não implica em abstinência sexual ou mesmo que ele não venha a namorar,
mas o casamento só poderá ser celebrado após sua consagração.
Durante o período de dois anos o Omo-awo vai aprender a usar o Òpèlè Kàrágbá, só
depois disso podendo estudar os Ikin. Nesse período ele vai aprender os dezesseis
Odú Principais e, dependendo de sua capacidade de memorização irá aprender de
dois a dezesseis Èsé / contos sobre cada um deles.
Tendo memorizado os Odú Principais e seus Èsé ele deverá iniciar os estudos e
memorização dos Ilé Odú, os menores, na seguinte seqüência:

De Ogbè - Òyèkú a Ogbè - Òfún


De Òyèkú- Ogbè a Òyèkú - Òfun
De Íwòri - Ogbè a Íwòri - Òfún
De Òdíí - Ogbè a Òd
Òd Òdíí - Òfún
De Íròsún - Ogbè a Íròsún - Òfun
De Òwòrín - Ogbè a Òwòrín - Òfun
De Òbàrà - Ogbè a Òbàrà - Òfun
De Òkònròn - Ogbè a Òkònròn - Òfún
De Ògúndá - Ogbè a Ògúndá - Òfún
De Òsáá - Ogbè a Òs
Òs Òsáá - Òfun
De Íkáá - Ogbè a Í ká - Òfún
Ík
De Òtúrúpòn - Ogbè a Òtúrúpòn - Òfún
De
De Òtura - Ogbè a Òtura - Òfún
Írètè - Ogbè a Írètè - Òfún
De Òséé - Ogbè a Òs
Òs Òséé - Òfun
De Òfún - Ogbè a Òfún - Òs Òséé

Devendo memorizar no mínimo dois Èsé de cada um destes acima citados


formando um total mínimo de 512 Èsé, além de seus sinais gráficos, os conselhos e
Etútú relativo a cada um dos versos. Para tão grande memorização o Aprendiz
rá pelo ritual do ísòyè a fim de ter aumentado sua capacidade de memória.
passará
passa
Em posse dos conhecimentos sinteticamente relatados acima será possível
proceder ao ritual Íkó-Àte, demonstração pública de domínio dos Odú, consentida
pelo Mestre que da independência ao Babaláwo recém-formado, tornando -o
Sacerdote.
Desejamos que o estudante CECY se intere muito bem quanto aos Rituais de
Iniciação nos Cultos de Òrúnmilà. Para isso mostraremos uma das rezas principais
do Ritual de Iniciação:

A t é O náá.
Hee, a t é o náá.
Kí o t ú n a ra e t é o.
Awoo ki n l é ikún.
Aw
Awoo ki n l é ej
Aw ejòò o.
A t é o n á á k í o t ú n a ra e té
té..
Awoo ki nsúré g u n igi
Aw ig i òkókó o
A t é o n á á k í o t ú n a ra e té
té..
Kí o m á fi ibibáá n t é o d e w o n i d i w ò .
A t é o n á á k í o t ú n a ra e té
té..
Bi o d ò b a k ú n kí o m á m á w ó w ò o.
A t é o n á á k í o t ú n a ra e té
té..
Bí igbá b aj á k í o m á m à w ó w ò o.
A t é o n á á k í o t ú n a ra e té
té..

N ó s te iniciamos.
N ó s te iniciamos.
Quee você faça s u a própria iniciação.(tenha consciência de seus
Qu
próprios limites)
U m iniciado n ã o s e atreve a caçar ikún s e m armas.
U m iniciado n ã o s e atreve a caçar cobra s e m armas.
N ó s te iniciamos para qu e você tenha consciência de seus hmites.
U
e mm uiniciado n ã odes eÒkókó.
m a árvore atreve a subir correndo
N ó s te iniciamos para qu e v c tenha consciência de seus hmites.
U m iniciado n ã o s e atreve a caçar s e m s e r um b o m caçador.
N ó s te iniciamos para qu e v c tenha consciência de seus hmites.
Quando o ri o estiver muito cheio n ã o s e atreva a mergulhar s e m saber
nadar.
N ó s te iniciamos para qu e v c tenha consciência de seus limites.
Se a corda estiver rompida n ã o suba n a árvore.
N ó s te iniciamos para qu e v c tenha consciência de seus limites.
Podemos perceber nesta canção (orín ) , a insistência no conselho que adverte para
os perigos de uma falsa representação de poder , pois como ocorre o noviço pode
ser levado a julga
julgarr - se onipotente .

Além da iniciação o noviço deve se submeter ao ritual de ide - odú , onde adquire o
elemento principal e indispensável para que ele possa iniciar outras pessoas .

Neste ritual se obtém a condição para ver o símbolo de Igbá - Odú, sem isso , ao
olhar par
paraa o símbolo poderá perde
perderr a visão ou mesmo o equilíbrio mental.
-
A s responsabilidades
remuneradas, ajudamdoemomo
todos awawo
osoètútú
são inúmeras e em suarealizarem
que os Bàbálawo maioria não, por
indicação de Ifá serão assistentes do mais velho.
Devem , por exemplo , oferecer auxílio para o consulente de que se realizará o
ètútú, e recitar longos trechos dos esse - ifá (poemas de ifá) ,junto com seu Bàbá
Tanto para memorizar como para dar ritimo aos iyere ( cânticos de dor e júbilo a
Ifá)
Realizam também a entrega dos ètútú onde seu Bàbálawo por orientação de Ifá
determinar.
O relacionamento entre mestre e discípulo deve ser de honra e lealdade , devendo
se manter sempre leal ao seu Bàbálawo , uma vez vez que sua relação com ele é de
extrema cumplicidade , selada sob forte jur jurame nto de ambas as partes.
amento
O noviço é instruído a não ser ganancioso e a não roubar .

A o acordar
mefá o noviço louva
( assentamento de ifá)a Ifá tocando o solo
e comprimenta seucom suadacabeça
Bàbá diante
seguinte formado : ojugbò

ÒRUNMÍLÀ IBORU
ÒRUNMÍLÀ IBOYE

ÒRUNMÍLÀ IBOSISE

Tradução
Orunmila bom dia, tudo que eu faça se concretize!
Orunmila
Orunmila ,, tudo
tudo oo que eu
eu faça,tenha
faça por esse
inteiro !
realize como desejo!
que faça à�

No qual o Bàbálawo responde :

O gb o o t o !

Quee significa longevidade para você , que sua vida se mantenha prosp
Qu prospera
era .

Nesta saudação , podemos observar a importância da disciplina para consecução de


objetivos que inclui obediência às regras prescrit as para os discípulos Yorúbá.
prescritas
De muitas destacar o mais causa conflito as se diz
regras (esposa)
respeito à lyawo quero do sacerdote
que .
pessoas ,no que
As relações dos aprendizes com ela tende ser limitadas par
paraa evitar problemas e o
respeito devido ao sacerdote deve - s e estender a ela. Não podendo chama - la pelo
nome mas somente de íyá ou seja mãe. A desobediência de quaisquer regras
compete a expulsão do indivíduo.
As esposas dos sacerdotes são responsáveis em fazer toda comida do àsé quando o
Bàbá estiver recluso em suas obrigações ( osè). Sã
Sãoo delas também a
responsabilidade de entoar os iyere, sendo consideradas sagradas guardiãs desses
orin
Quanto(canções).
às relações com os colegas de aprendizado é instruído a jamai
jamaiss usar seus
conhecimentos para prejudic
prejudicarar um companheiro.
Nas relações com clientes , é proibido assediar qualquer pessoa que busca
orientação ou manter um relacionamento amorosos com elas.
Durante o aprendizado a alegria e o bom ânimo constituem sinais de reverencia a
Ifá e de respeito pelo Bàbá.
O noviço só poderá passa
passarr algum conhecimento, quando for considera adulto, ou
seja, quando ele realmente obter todo o conhecimento ou boa part partee dele
transmitidos pelo seu Bàbá.
Daíí a necessidade de passa
Da passarr por todos os estágios de aprendizado, sendo qualquer
omissão ofensiva.
O culto Yorúbá é determinante de responsabilidade, pois se tem conhecimento que,
quandoretirado
sendo um Bàbá da ou lyádessa
vida esta pessoa
entoando em um
recairá ètútú
sobre para alguém,
o sacerdote todo mal que
no momento que esta
forem invocadas as divindades a quem se solícita proteção contra inimigos e
adversários.
Embora cada bàbá desenvolva seu próprio, a estrutura básica não se altera.

O processo de iniciação

O processo de iniciação em Ifá ocorre diferentemente dos processos de iniciação


em outros òrisà ( orixá). Essa diferença consiste em que as evocações,
acompanhadas dos sons dos ilú (atabaques), não induzem ao transe e nem a
incorporação, assim bem vista na situação com os òrisà.
É fundamental notar que a iniciação em Ifá, se da única e exclusivamente pelo
processo de busca de conhecimento no que se diz respeito as condições físicas e
espirituais, isto significa a tomada de consciência a respeito da própri
própriaa
responsabilidade pelo curso existencial,sem estimular comportamentos de ilusões e
fantasias ,nem ao fanatismo, como ocorre com freqüência em outras religiões.
O processo ocorre; ritos sagrados de conhecimento exclusivo dos Bàbálawo e dos
awoo - ifá que possuam Igba - odú.
aw
Sendo assim, descrevo apenas o que estou autorizado a descrever.
Sua prime ira parte tem o nome de igbadú, a ñoresta do odú.
primeira
O espaço físico para sua realização é um quarto da casa do bàbá ou uma mata
considerada sagrada pelos bàbálawo.
Sua entrada é revestida de màriwò, roupa usada por Òrúnmilà, assim como palmas
de dendezeiro, os ikin são símbolos de Ifá.
o bàbá ao pre
prepar
pararar o igbadu, grava sobre o oko, tábua ritualística para Ifá, os 16
odu principais, o odu Qsetura. será o responsável pela indicação e condução do
ètútú.
Essa marcação obedece a sua ordem de chegada, tendo como inicio Eji Eji - ogbe e
encerrando - s e com Qsetura. Bem, terminada essa marcação, o Bàbá distribui
sobre o ok
okoo os ikin que farão part
partee do ojugbò do iniciado.
Tudo isso acompanhado de orin , oriki e gbadura a Ifá, sobre a orientação do bàbá,
são colocados
assim o sobre o oko, obí, orogbó, atare, isú, ga entre outros
.

Segue atos secretos


Logo, são energizado o igbadu e os ikin , podemos nesta fase, fazermos duas
observações:
A primeira, referente a o s segredos (awo), e m q u e s e fa z um
jjuu r a m e n t o , onde e m hipótese alguma s e pode revelar o q u e f o i visto e
oferecido a o s a w o - ifá.
Assim, o qu e constitui e m mistério a o s ogberi (leigos) permanecera
e m segredo.

A segunda observação consiste e m n ã o s e falar sobre sacrifícios para


assim n ã o atrair Arikú para si
si..

Depois de tudo prepara do o noviço segue em direção ao osú, bastão sagrado, onde
preparado
o bàbá fa
fazz os oriki á Òrúnmilà, lyàmi agbá e aos Ègúngún. Pedindo que tanto a
morte quanto as doenças, assim também quanto ao fracasso não mais acompanhe
a vida desse awawoo (iniciado).
Neste momento apenas os iniciados devem se fazer presente s, por conta da forte
presentes,
carga negativa ali evocada.
Tudo isso, devidamente acompanhado de orin (canção) como se segui em
exemplo:

Qgege igi ig i agunla


Qgege igi ig i agunla
Enii g ú n Qgege
En
Igii ol á l o g ú n o
Ig
Qgege igi ig i agunla
Enii t e Ifá,
En
Ifáá o l á l o t e o
If
Qgege igi ig i agunla

Tradução
Ogege é a arvore da sobrevivência
Ogege é a arvore da sobrevivência
Quem sobe na arvore Ogege
Sobe na arvore da prosper
prosperidad
idadee
Ogege é a arvore da sobrevivência
Ifá vê com alegria
Ifá da prospe
prosperidad
ridadee
Ogege é a arvore da sobrevivência.
A cantiga que acompanha esse processo refere-se ao fato de estar sendo retirados
todo o mal que vinha atrapalhando o noviço.
O rito agora se segue lavando os ikin que serão colocados no ojugbó-mefá .

É neste momento
nascimento, que oseiniciado
para que realiza apossa
consulta
entãoà Ifá para as
receber se orientações
obter o Odudedeseu ewo, ou
seja, proibições de Ifá.
O bàbá então começa à recitação e evocação do odú, acompanhado dos aw awoo - ifá,
começa as instruções sobre o rito de sacrifício à Ifá.
Os òrisà em que o noviço também foi foi iniciado receberão suas oferendas, a fim de
apaziguar todo o ritual.
Entre as recomendações, pede-se para colocar um facão atrás da porta de entrada
à frente da casa, pen durarr anzóis, colocar o Irukere -Ifá dentro de casa, por um
pendura
preá na parte da frente e um peixe na part partee de traz.
Após tudo pronto o noviço irá descansar para que se torne os rituais ao
amanhecer.
Logo pela manhã o noviço é banhado
banhado,, são entoadas novas orin (canções) cujo
conteúdo
conscienteenfatiza,
dos seusentre outros conselhos, que se respeite os ew
limites: ewoo e se perma
permaneça
neça
Ou seja, n ã o s e pode orgulhar - s e daquilo q u e n ã o s e domina.
Ao retornar do osu, o bàbá enrola o oko oko em uma eni (esteira), perma necendo o
permanecendo
noviço de costas, para que os acontecimentos ruins e as forças negativas fiquem
para trás. O bàbá entoa uma orin (canção) ordenando que tudo de ruim fique par paraa
traz, e se torne passado.
O ok
okoo permanece no centro do quarto e os iniciados postam-se em frente a ele, em
pé, um ao lado do outro.
Cada um dos iniciados, dirige-se para jun to do oko
junto oko e, andam em volta dele, os
homens darão nove voltas em torno do tronco, e as mulheres sete.
Depois aproximam -se do bàbá, onde ele os toca com os ikin, os demais elementos
ofertados à Ifá serão colocados em cima do oko oko que será conduzido pelos
iniciados,
Assim apoiados
se encerra em sua
o rito cabeça ao som de uma orin entoada pelo bàbá.
de Ikofá.

3 - Ese-Ifá (poema d e Ifá)

Temos o conhecimento de que, cada Odú contém sua própri


própriaa história, conhecida
entre os Yorúbá de ese, poema, alguns destes poemas são longos enquanto que
outros bem curtos, mas, sendo longos ou curtos eles seguem uma lógica no seu
raciocínio em cada poema de Ifá.
Essa seqüência lógica dos elementos é o que chamamos de domínio de estrutura.
Cada poema de Ifá tem um máximo de oito e um mínimo de quatro partes
estruturais.
Os poe mas que tem
poemas te m quatro par tess são geralmente curtos, são chamados pelo
parte peloss
Bàbá de If
Ifáá kéékèèkéé, ou seja, pequ
pequenos
enos poe mas, q u e n a verdade trata - s e
poemas,
de resumo de poemas mais longos.
Sendo a maioria dos poema
poemas,s, retentores de mais de quatro par tes, em um
partes, umaa outra
categoria, pod emoss encontrar em alguns casos, nas par
podemo tes quatro e cinco um
partes
certo alongamento em certas pro pronún
núncia s, sendo neste caso conhecidas como Ifá
cias,
nláálá (poemas alongados de Ifá).
Todo
como verso
formadedeifá tem
te mpa
base inicio o nome do sacerdote que no pas
ra o poema.
para passad
sadoo consultou Ifá,
Geralmente são nomes de louvor dos sacerdotes de Ifá, na pri primei
meirara par te (I) da
parte
estrutura do verso é muito observado pelo Bàbá, pois se não evocar os nomes
corretamente destas autoridades espirituais, o poe ma fica destituído de sua
poema
importância mística, esta par te do verso por, tanto, dá a legitimidade a cada
parte
poema
poe ma em um fato histórico autentico e real que ocorreu no passad passado.o.
Os nomes variam de acordo com os fatos, pod podendendoo ser nomes de tas,, animais
plantas
plan
ou mesmo de um ser humano comum, enfatizando desta forma que os acertos e os
erros se repetem desde do inicio dos tempos.
Então quando o bà bàbá
bá entoa o nome de um sacerdote do pass ado nesta par
passado te do
parte
poema,, pode
poema podemosmos compreender seu louvor como verdadeiro, mas só no sentido
espiritual e simbólico.
J á na segunda parte
par te (II) do poe
poema
ma se mencionaefetuouos nomes dos consulentes de Ifá,
ra quem os sacerdotes da (I) pr
para
pa prim
imei
eira
ra par
parte
te a consulta à Ifá.
O consulente neste caso pode ser apenas um como também toda um comunidade,
Igual o ocorrido na pr prim
imeieira
ra par te, estes nomes são reais e também místicos, tanto
parte,
de pessoa
pessoass como de lugares.
Nestaa par
Nest te do poe
parte ma aclamada pelo bàbá, tem
poema te m como resultado o fortalecimento
pa ra o seu propó
para propósito.
sito.
A terceira par
partete (III) do poema passado.. Esta par
poema,, trata da razão ou situação do passado parte
te
da aclamação do bàb bàbáá trata do motivo que trouxe o consulente até Ifá.
A quarta par
partete (IV), aponta o que se deve fazer pa ra a solução de todos os
para
proble
pro mas anteriormente mencionados, detalhes como qual sacrifício de ser feito,
blemas
ewo, clareza no que se diz respeito ao erro cometido e a orientação pa ra que se não
para
cometa o mesmo erro novamente.
Além disso, ele deve pre prescre
screver
ver pa
parara seu consulente tudo o que lhe foi
aconselhado po porr Ifá.
Esta par
parte
te just
justifi ca também, quando se dá lista par
ifica paraa o consulente, demonstrando
assim, que a pes soa tem
pessoa te m de pas sar por este teste de compromisso pa
passar para
ra realização
do ètútú.
A quinta par
partete (V), esclarece ao bàb bàbáá se o consulente seguiu as determinações de
Ifá ou não, tratando do tipo de pess pessoaoa com quem se esta lidando.
J á na sexta par
partete (VI), indica o que aconteceu com o consulente após ele te terr se
submetido a todas as orientações de Ifá. Os resultados e conseqüências, caso o
consulente não obteve êxito e tenha cometido mais erros.
A sétima par
partete (VII), nos mostra a reação do bà bàbá
bá ao desfecho da consulta,
obtendo um bom resultado com o consulente o bà bàbá
bá demonstrará feliz, mas se for
negativa ele ira reagir com arrependimento e tristeza.
Esta parte do poema é muito importante, pois nos revela se o consulente é digno
de se efetuar o ètútú e de perman ecer como filho ou apenas consulente.
permanecer
O pacto de confiança se da na responsabilidade com que o consulente trata toda
situação.
A oitava parte (VIII), se trata da conclusão, não só de resultados mas de todo o
histórico, esta parte pode ressaltar o tamanho da importância de um ato de
sacrificio.
Esta parte
suma tambémdiante
importância serve de
dosavaliação
fatos. para o bàbá, no que ele possa considerar de
Quero deixar bem claro que, os poemas de Ifá são de caractere histórico, toda
poesia te
temm por objetivo orientar os seres humanos à não terem mau
comportamento, e que todo malefício que, por ventura ocorra em sua vida, é em
virtude de seus próprios erros.
Ao narrar esses poemas o consulente se identifica com seus próprios problemas,
vinculando -se ao personagem da narrativa.
Oriento aos estudiosos desta forma de culto a Ifá, que, tem de saber o que é mais
importante de se observar no ese- ifá.
Por tanto o que posso lhes orientar em relação a isso, é que as parte I, III e VIII,
são de muita importância para o êxito da acertação do problema. Sendo essas
partes também consideradas obrigatórias por muitos sacerdotes.
Enquanto
V as parte
ou descreverpartes
um spoema
IV e VIemsão opcionais.
caráter de exemplo, para melhor compreensão de
todos:

(I) Gbónkólóyo;

(II) A di a f u n o d e

(III) Ti nregbé 'je, Élújú'je.


(IV) Wo n n i kó rúbo àlo, kó rúbo àb ò .
W ó n n i pipo n i iségún f ú n n.
(V)) Ó s i rúbo
(V

(VI) ígbá t o rúbo tan, ó según s i òtún,


ó según s i òsi.
Ó k ó erú, ó s i kó erú.

(VII) Ó n i b é è gégé, n i à wo ò ú n nsenu rereé p e 'Fá.


(VIII) E s e o d e ni hiin, o d e hiin, h à à h i n o.
Tradução

(I
(I)) Consultou
(II) O bàbálàwoIfá If áchamado Gbónkólóyo;
para o caçador.
Quee Estava indo caçar n a s sete florestas e desertos.
(Ill) Qu
(IV) Fo i aconselhado ètútú para proteção da expedição.
(V)) El
(V Elee f e z o ètútú
(VI) Após t e r realizado
(VII) El
Elee relata q u e ocorreu exatamente o q ue s e Bàbá havia orientado
através da v o z de Ifá If á .
(VIII) B e m vindo caçador aclamado.
b e m vindo caçador de louvor,
Caçador,nós t e saudamos,
N ó s t e damos boas vindas e t e aceitamos.

A poesia
Uma de Ifá
relação é muito de
detalhada ricatodas
em linguagem e formas
as características dede estilos. em gêneros.
estilos,rica
Existem cinco maneiras de repetição encontradas nas poesias de Ifá,a saber:
Estruturais.
Temática.
Linear.
Silábica.
Aliteração e assonância.
Para maior compreensão explicaremos separadamente cada caso citado a cima:
Estrutural
Uma das formas mais comuns é a de repetição das partes da estrutura dos
poemas.
A repetição estrutural envolve as parte
partess I,II e III ,e em alguns casos podendo
envolver as parte
partess IV e V.
Sendo assim entende-se que essa estrutura envolve a repetição de algumas ou de
todas as seis primeiras partes.
Por isso, se é aconselhado a não tentar se utilizar desta prati ca sem total e não
pratica
parcial do conhecimento ,para não causar danos na vida do sacerdote ou do
consulente.
Temática;
Nesta práti ca a repetição se concentra no assunto propri
prática amentee dito.
propriament
Vista de forma expressiva no poema Ifá nlánlá,onde são de forma longa e
separada tanto em part es quanto em todo seu conteúdo.
partes
O valor da temática consiste na repetição constante, de forma que , tanto o
Bàbálawo , quanto o consulente ficam sem sombra de dúvidas o que se diz a
mensagem de Ifá e qual ètútú a ser realizado pelo seu consulente.
Esta repetição ocorre nos termos (IV) e (VI) do Ese_(poema) por se tratar das
partes dinâmicas e criativas do cada poema.

Linear
Sem sombra de dúvida a mais importante repetição encontrada.
Podemos encontrar dois tipos distintos de repetição linear:
A linear completa:
Quee trata em repetir uma ou mais linhas estruturais
Qu
Alinear parcial:
Usada tanto para a ênfase quanto para investigar o que se esta revelando no
mundo espiritual em caráter afirmativo da descrença do consulente no que se diz
respeito as coisas espirituais.
A explicação completa deste vasto assunto será posta na próxima edição.

4 - Itòn

Assim como descrito acima, um Itòn também retrata o histórico dos Imole
(divindades),cada uma delas tem seu próprio itòn.
O que se fa
fazz diferente é que os Itòn são História e os ese são poemas.
Muitas pessoas
parecidas do culto aos distintas
são completamente òrisà confundem as duas citações, que , embora
umas das outras.
Por se tratar do idioma Yorubá , se fa
fazz necessário a interpretação adequada para o
idioma traduzido, sendo assim se explica tantas heresias e difamações descritas
por diversos autores de livros deste assunto.
Cito como exemplo, e para maior compreensão, o fato de alguns pesqui pesquisadores
sadores
afirmarem erroneamente o histórico de Don ( òsòmàre) ,que declaram sua dupla
sexualidade, (seis meses são homens e seis meses se tornam mulheres)
Assim também acontece com Inlè_e Osòyin.
Para nós Yorúbá não passa de heresia e blasfêmia ,pois se trata de uma grande
ofensa aos Irúnmole.
É assim que nos ensina Ifá, os seres humanos aos olhos de Olodúnmàré nascem
Qkorin e assim sempre serão vistos ,igualmente com quem nasce Obirin.
Pois Òrúnmilà nos ensina que, filho de peixe não nasce pato.
Outro fato, que corre com freqüência , é no que se diz qualidades de òrisà , outra
maneira de justifi car um grave erro de alguns religiosos, que com certeza são
justificar
desprovidos de conhecimento.
Como todo filho de Òsóòsí, sou contestador e também, bem teimoso com relação às
minhas idéias, mesmo que contrariando tudo ou a todos. Se
Se,, é positivo ou negativo,
não sei. Deixo para que as outras pessoas decidam.
Não desejo
ar a afrontar
particular
particul respeito ninguém, quero"Qualidades
das tão faladas tão somente colocar aquique
de òrisà", o meu pensamento
pensam
eu friso ento
, para
ressaltar minhas dúvidas sobre isso, no bom sentido, para dar motivos para que
outras pessoas pense
pensemm a respeito.�
Segundo os conceitos Yorúbá, o Òrisà é uno, par paraa eles não existem as tão
chamadas "qualidades" que temos aqui no Brasil.
Se tem conhecimento que, o Bàbálòrisà Altair t'ogun segue com o mesmo propósito
e conhecimento assim ele descreve o que pensa das chamadas qualidades.
Vamos da
darr alguns exemplos;

rá , que não é qualidade de Sàngó; Ògunte, que não é qualidade de Yemonja;


�rá,
Òpàrà, que não é qualidade de Qsún: Erinle, que não é qualidade de Òsóòsí:
etc que não é qualidade de Ògún; Gbálè e Oníra, que não são qualidades de
Sòrókè,
Oya;
Alguns desses òrisà tinham cultos semelhantes aos destes outros, então, o
brasileiro os inseriu como iguais e assim ficou. Ou que ainda é simplesmente um
oríki pelo qual o òrisà é chamado, e pelo desconhecimento da língua Yorúbá,
acabaram virando mais "qualidades".
Poderíamos citar inúmeros exemplos, mas, citaremos os mais comuns dentre nós,
como "Qualidades", falando de Èsú.
Èsúú é um òrisà quiçá, o mais importante no panteã
Ès panteãoo Yorúbá. Tudo e todos
necessitam da intervenção de Èsú, par
paraa executarem "n"
"n" tarefas. É aí que entram
com as tais qualidades, mas, que não passam apenas de funções diversas exercidas
por Èsú. Temos algumas como:
Ès
Èsúú Elégbára;
Significa literalmente, Èsú Senhor da força ou do poder, o qual ele detém
incontestavelmente, de quem todos os demais òrisà necessitam para executarem
seus feitos. Não é qualidade, é um oríki pelo qual ele é chamado.
Ès
Èsúú L'ònòn;
Èsú no caminho, local onde ele mora, na orítà (encruzilhada).
Ès
Èsúú Ònòn o u Olóònòn
Èsú do caminho. Senhor dos caminhos, o Senhor das estradas, função em que ele
abre ou fecha os caminhos; a quem pedimos licença para transitar tudo o que
desejamos, inclusive a nós mesmos. El
Elee é o Oníbodè (O Porteiro), Oníbodè -
òrun (O Porteiro do Céu); ou Olútójú (O guardião, o Vigia), que revista a
todos que transitam por aquela port
portaa onde ele está de guarda.

Ès
Èsúú Elébo;
O Senhor das oferendas, função em que ele é o dono das oferendas recebidas ou
que as transporta aos demais òrisà, com os nossos pedidos de bênçãos e beneces.
Ès
Èsúú Òdára;
A função exercida quando ele nos traz tudo de bom, bem como as respostas dos
òrisà aos nossos rogos, sempre é mensageiro de coisas e notícias boas.
Ès
Èsúú Òjíse;
O Mensageiro, função em que ele faz a comunicação entre o ayé
ay é e o òrun, entre
os seres humanos e os ar
araa - òrun. Também levando os nossos pedidos e retornando
com as respostas dos òrisà. É também chamado de Òjí � Eb Eboo (O Mensageiro
das
da s Oferendas).
Ès
Èsúú Elérú;
O Senhor do carrego, quando ele despacha tudo aquilo que não queremos, para
que vá para longe
negatividades, etc.de nós, os males diversos como: morte, ruína, doenças, perdas,
Estas e muitas outras denominações de Èsú são apenas parparaa especificar qual a
função que ele exerce naquele momento, ou em definitivo.

Admite-se até que existe o Èsú


Ès ú Bára (Èsu do Corpo), o ÈsÈsúú
individual que mora dentro de cada pessoa. Neste caso, no fundo é o mesmo Èsú,
que de acordo com a lenda do nascimento de Èsú, parido por Yèmòwò esposa de
Oòsààlà, e que logo ao nascer come todos os seres vivos do ayé, e quando tudo se
acaba, ele ainda continua com fome e tanto faz, que termina por comer sua própri
própriaa
mãe, que se deixa devorar apenas para alimentar o filho.

Òòsààlà,
enfurecido puxa seu pai eneste itàn, ao vê-lomatá
de sua espada comer
-lo. aAprópr
própriaia mãe, Òòsààlà
o alcançá
persegue-o para -lo,
desfere um golpe e part
partee Esú
Es ú ao meio. Ao invés de morrer, ele se transforma de
dois. Então, Òòsààlà desfere outro golpe cortando os dois; que se transformam em
quatro, e assim sucessivamente, até serem tantos que ocuparam quase todo o
espaço do aj�é. Então, para que aquilo terminasse, Ès Èsúú fe
fezz acordo em que
prometeu
promet eu a Òòsààlà, que restituiria tudo o que fora comido. Tudo aquilo que ele
recebera como oferenda, seria restituído em forma de retribuição a estas oferendas
por ele recebidas. Nesse itàn ele comeu todas as criaturas vivas, todas as frutas,
todas as sementes, todos os vegetais e bebeu toda a água, otí, emu; daí lhe ser
"
atribuído o termo: boca que tudo come", e é por isso também, que ele recebe
qualquer coisa como oferenda.
E, como Èsú
Ès ú se dividira tanto, tanto; ficou também com a
incumbência de cada um umaa de suas "cópias" ficar como pr prote
oteto ra do corpo de cada
tora
ser humano que fosse moldado por Òòsààlà. Portanto, o nosso Bára é ao mesmo
tempo o nosso Ès ú individual, por que vive dentro de nós. Mas, ele também é
porque
apenas um
umaa par te do todo de Ès
parte Èsúú que foi dividido; sendo assim, o pri
primogên
mogênito
ito que
se dividiu "n" vezes, mas que, cada subdivisão é apenas um umaa pe
peque
quena
na par te de um
parte
todo, que é o pró prioo Èsú.
própri

.5 - Odü
A pal avra de idioma Yorúbá e que esta ligada ao destino de todo ser, não se trata de
palavra
um signo assim como tentam afirmar alguns pesq pesquisa
uisadore s. Pois ao me
dores. meuu ver nossa
cultura não tem nada haver com o zodíaco , não somos cópias e sim copiados por
outras religiões.
Não existe tradução pa ra nomes pró
para própri os ,por isso , afirmo que, Odú esta ligado ao
prios
destino , mas isso não se faz entender que sua tradução seja essa.
Existem como já sabemos 256 Odú - Ifá, cada Odú , traz a interpretação dos fatos e
ocorrências obtidas dos consulentes.
Os Odú - I f á fazem par te da crença Yorúbá em que Odú se trata como um
parte umaa
divindade e igualmente aos Irúnmòle vieram do Òrun ( céu) pa ra cidade de Ifè .
para
Enviado poporr Olódúmaré (Deus onipotente) pa ra substitui Òrúnmilà na terra após
para
retornar pa ra o Òrun.
para
Cada Odú possu
possuii (600) seiscentos ese (poemas) que caracteriza o destino de cada
um, demonstrando ao Bàbálawo o motivo do sofrimento do seu consulente.
Esta sabedoria faz par te do aprendizado do sacerdote de Ifá, sendo assim, se faz ,
parte
de suma importância o aprendiz se aprofundar nos estudos literários pa para
ra que
realmente pos sa dar suporte aos que necessitam de ajuda e orientação espiritual.
possa
Cada Odú estabelece um umaa hierarquia por ordem de chegado do Òrun par paraa o Ayé.
A leitura se faz da direita pa ra esquerda, assim também se faz a marcação no opon.
para
Darei a seguir alguns exemplos ,respeitando sua ordem Hierárquica.

1 - OGBÈ
I
I
I
I

2 - ÒYÊKÚ
II
II
II
II
3 - ÍWÒRI
II
I
I
II

4-ÒDÍ

I
II
II
I

5 -ÍRÒSÜN
I
I
II
II

6 - ÒWÓRÍN
II
II
I
I

7-ÒBÀRÀ

I
II
II
II

8 - ÒKÀNRÀN

II
II
II
I
9 -ÒGÚNDA
I
I
I
II

lo - ÒS
ÒSÁÁ

II
I
I
I

11 -ÍKÁ

II
I
II
II

12 - ÒTÚRÚPÒN
II
II
I
II

13 - ÒTÚA
I
III
I

14 - ÍRETÈ
I
I
II
I
15-ÒSÉ
I
II
I
II

16 - ÒFÚN
II
I
II
I
Os 256 Odú derivam dos 16 principais , se organizam em dois grupos distintos.
O primeiro grupo e com certeza o mais importante é o Ojú Odú.
Baseando-se na duplicação de cada um,sendo assim, a palavra èji ou no mais
popular
popula
E assimr temos
méji que significa
então o Èji -dois acompanha cada um.
Ogbè.
Eles se tornam méji por possuírem dois lados iguais , lembrando que isso só ocorre
nos 16 principais ou seja Ojú - Odú.
O segundo grupo denomina-se de Omo - Odú ou Àmúlú , ou seja, aquilo que sofreu
uma mistura.
Ou seja, se misturado entre si ,dando origem a outros Odú.
Igualmente jáj á descrito todos seguem sua ordem cronológica , sendo assim
descreverei abaixo a ordem dos 30 Odú mais velhos.

Cada Odú tem sua prescrição específica , por exemplo , no Odú Èji - ogbè que é o
primeiro
todos Odúe eosenhor
mais importante , que serelacionado
das cabeças),esta trata do Bàbá
a boaOdú gbogbo e olo'orí ( pai de
sorte.

Já o 14 (décimo quarto) Odú írettè Méji esta relacionado com a morte.


É de conhecimento dos Bàbálawo que , cada um dos 256 Odú tem uma relação
direta e indireta com os Irúnmòle ( divindades).
De forma que muitos ese - Odú contenha nomes ou trate de um trecho da vida de
um Imole ou seja divindade.

Exemplo:

Quando ocorrer essa situação, o Bàbálawo orienta seu consulente a realizar o ètútú
para este ou aquele òrisà.

Dando um melhor exemplo , quando sair no Ifá de um consulente Ògúndá - méji,


acredita -se que, este Odú trata do histórico de Ògún , sendo assim o consulente
deve ofertar reverendas a este òrisà , pois trata - se de guerras e conflitos onde só
um general pode nos encaminhar pa ra vitória.
para
Além disso, ligando cada Odú a umumaa divindade Irúnmòle , a estrutura religiosa
Yorúbá torna - se complexa de modo que , cada Irúnmòle do panpante ão da mitologia
teão
Yorúbá pode orientar consulente através do Odú que lhe per
pertenc
tence.
e.
Tornando assim Ifá a voz dos Imole.
Reflexão;
Obtendo esta informação se conclui que:

Odú não se obtém através de um calculo matemático e sim através da consulta com
Ifá.
Datas de nascimento de nada nos servem a não ser pa ra marcar nosso tempo de
para
vida neste ou naquele mundo.

6. - Oríki

A tradição oral faz par te da cultura africana de forma intensa e significativa. Dessa
parte
maneira grande par te das histórias, mitos, contos e cantos são transmitidos
parte
oralmente de geração pa ra geração. Desde a Antigüidade, o conto sempre teve um
para
lugar especial dentro do universo africano. Ele é concebido pelo grupo e para o
grupo, sendo o veículo por excelência da sabedoria tradicional.
Oriki significa observação, conhecimento e sabedoria sobre nossos ancestrais, e
condensa informações de toda umumaa linhagem. A tradição do oriki surge par
paraa
manter as informações sobre algum evento, repassada oralmente através de poesipoesias
as
rítmicas que falam sobre a origem de determinada pes soa ou família, bem como
pessoa
suas realizações mais importantes.

O oriki mistura harmonicamente as informações com o ritmo da fala, como a


maneira de se expressar pa ra atingir intimamente e diretamente aos ouvintes.
para
Estes entram em contato com seus sentimentos mais pro profun dos,, sensibilizando -se
fundos
e refletindo sobre o atual momento.
Na cultura yorubá. o conhecimento é umumaa herança transmitida pelos ancestrais e
latentes em cada indivíduo como umumaa pot ênciaa viva e criadora. Esta noção de
potênci
tradição oral se distingue da noção ocidental, que se limita a estórias, lendas ou
relatos mitológicos.

É a grande escola da vida, relacionando, recuperando e revelando a cultura vivida a


cada momento nos mais diferentes campos das atividades humanas como a
religião, a ciência, as artes, o trabalho, a família e o lazer, dentre outros.
Cada detalhe é importante, pois permi te remontar a linhagem à qual pertence o
permite
homem.
Esta tradição busca a todo momento propiciar uma reflexão mais profund
profundaa sobre a
filosofia da sociedade yorubá. Desta forma, o conhecimento profundo do oriki é
indispensável. Para este pov
povoo africano, é de vital importância apreender o máximo
de informações mais relevantes sobre cada situação, bem como repassá-las aos
seus descendentes.
No Brasil atualmente todos aqueles que se identificam com a cultura afro-brasileira
utilizam-se tanto da língua quanto práticas vorubás Isto inclui a tradição oral do
.

oriki, usado para louvar e evocar as divindades.

É importante que esta evocação seja feita da maneira correta, incluindo a


ia rítmica das palavras, pois, para os Yorubás a palavra é considerada sete
pronúncia
pronúnc
vezes mais poderosa que qualquer rito ou preparo. Uma vez vez pronunciada,
desencadeia resultados por vezes imprevisíveis. Grande importância é atribuída aos
nomes de pessoas, objetos, cidades e seres. Nada existe até ser nomeado, e os
nomes não são apenas termos abstratos, escolhidos ao acaso, e sim palavras
carregadas de significado.
A importância de se estudar o oriki relaciona-se diretamente com a identificação
das diferentes línguas e culturas africanas que parti
participar am da formação da
ciparam
sociedade brasileira. Neste sentido, definir o que é, como é, e o porquê desta
cultura contribuirá para o fortalecimento da identidade afro-brasileira.

Temos dois tipos de louvor aos òrisà :


Oriki ou Pipé , podendo usar ambas pois pipé quer dizer chamar.

Exemplo :

Oriki SÒNGÓ ouSÒNGÓPIPÈ.


Em alguns casos somente o Oriki deve ser ultilizado ,como no caso de Yemowó ,
Qsún, Oba.
É claro que se trata de apenas alguns exemplos , pois temos várias maneiras de
recitar um Oriki ou seja, um para cada tipo de cerimônia.
Outro exemplo de Oriki é o oriki - oríle , que trata - s e a denominação de linhagem,
Tanto podem pert encer a uma família como a um de seus descendentes , com a
pertencer
finalidade de louvar seus ancestrais .

Muitas vezes , a homenagem se completa recitando este tipo de Oriki


Da mesma fora e função temos o Oriki - Amutorunwa , muito usado em louvores
de recém nascidos ; sendo que para gêmeos se utiliza mais o orile seguido do
Amutorunwa.
Oríki Odüdúwa

Odüdúwa ibá
Bàbá mi a dá íwa
Odúà , a n iwa gun
Olóotu ife
Jagun Jagun , a fí wò oju ojo
bàbá mi jí lòwúrò kütükütü
O be e , yeri yerí
Lòde Ife
Odúà
A jagu
jagunn ségun
O gbo gbaa ibon lójú ogun , kó saa
Odüdúwa o furu bi oyé lóke
O Jagun kó erú
Orisà eni nwa ire
Aláá �, a wi be se be
Al
A ro be rí be
Ológun gbege
Odüdúwa gbéra nle ko dide
ki o dide owo
Ki o tún dide olá fún mi o!!!!

Tradução

Oduduwa sadações!!
Meu pa i , que cria o comportamento
Odua, que faz as pesso as term boa conduta
pessoas
O harmonizador da cidade de Ife
O guerreiro que, ao acordar pela manhã anda ativamente por toda cidade de Ife
O benfei
benfeitor
tor que não deixa as pess
pessoas
oas pass arem fome
passarem
O próspe
prósperoro que semeia a prospe ridade na vida dos outros
prosperidade
O bom jui
juizz que jul ga a favor e contra
julga
O senhor do àsé da cidade de Ife
Odua , ovitorioso que guerreia e vence
Ele ouviu o som da espingarda na guerra e não fugiu
Oduduwa no ar com uma nuvem
Ele guerreouquee trouxe
aparecemuitos escravos
Òrisà dos que procu ram sorte
procuram
Tudo que ele fala acontece. O senhor do àsé
Tudo que ele pens
pensaa acontece
Aquele que poss uiu magia ativa
possuiu
Oduduwa , levante da terra
Que você levante com dinheiro e que também com prosper idade para mim.
prosperidade

7. - Gbadúrá

Este tipo de louvação é o mais apreciado entre os Yorúbá, por se tratar de uma
excelente veículo de transmissão do àsé, que traz o poder de realização.
Equivalente ao Oriki, visam propicia
propiciarr as graças enviadas pelos òrisà por se
direcionar aos elementos que cada um deles dominam.
Sua diferença é que todo gbadúrá é cantado ou seja, recitado como uma canção
poética, é através deste tipo de louvor, que se consegue obter, prosperida
prosperidade,
de, saúde,
proteção, paz, perdão, ou seja, tudo o que se desejar obter em sua jorna
jornada.
da.
Enquanto o bàbá vai recitando, os demais vão acompanhando e falando à�ü!
Para
Outroque seja realmente consagrado tudo que se pede por todos.
tipo de louvor muito conhecido é denominado Ibá, que significa, saudação.
Esta categoria é uma forma fantástica de saudar, de uma maneira bem especial os
òrisà, Bàbálawo, idilè, ègúngún entre todos os Irúnmolè.
Sendo assim, antes de se realizar os ètútú - oferendas, aos Irúnmolè tem de se
ciar um Ibá.
pronunciar
pronun
O que se espera com este gesto, é favorecer o acesso à força vital.
Quando direcionado aos agbá, constituem um sinal de respeito, quamdo são
direcionados aos Esa, estamos na verdade pedindo permissão par paraa se dar inicio ao
culto.
Assim como se descreve o exemplo abaixo:

GBADÚRÁ TI EGÚNGÚN
Ilè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do mònríwo
Ilè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Egúngún o
Ó Egúngún!
lié mo pè o

Terra, eu vos chamo!

Gbogbo mònríwo
Todos os espirito do mònriwo
Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Egúngún o
Ó Egúngún!

Egúngún a yè,
yè , kíi
kí i s é b o òrun
Egúngún para nós sobrevive, a ele saudamos e cultuamos
Mo jjúú b à rè Egúngún mònríwo

Apresento-vos meus respeitos, ó espirito do mariwo


Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Gbogbo mònríwo
Todos os espirito do m ò nriwo
Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Egúngún o
Ó Egúngún!
kíii d é w a 6, a kí
A kí kíii é Egúngún

Nós vos saudamos quando chegais até nós, vos


vos saudamos Egúngún
Wo n gbogbo ar
aráá asíwájú a w o

A todos os ancestrais do culto


Wo n gbogbo aráalé asíwájú m i

A todos os ancestrais da minha família


Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Gbogbo mònríwo
Todos os espíritos do mònríwo
Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!

Egúngún o
Ó Egúngún!
Mo p è gbogbo ènyin

Todos os espírito do maríwo


Si f u n m i ààbò àti
àt i irònlówó
Eu chamo a todos vós
vós para virem dar -me proteção e ajuda

Agó, kii
ki i ngbó ekún o m o rè

Agó ao ouvir o choro dos filhotes,


Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Gbogbo mònríwo
Todos os espírito do m ò nriwo
Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Egúngún o
Ó Egúngún!
Ki o m a t a e t í wéré

Responde rapidamente
Bàbá a w a orno re ni a n p è o

Ó pai, somos teus filhos e te chamamos


lié mo pè o

Terra, eu vos chamo!


Gbogbo mònríwo
Todos os espirito do m ò nriwo

lié mo pè o
Terra, eu vos chamo!
Egúngún o
Ó Egúngún!
Ki o sare w á jjéé w a o

Vem logo nos ouvir


Ki o gb ó iwúre w á

Ouve nossas rezas


Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Gbogbo mònríwo
Todos os espirito do m ò nriwo
Il
Ilèè m o p è o

Terra, eu vos chamo!


Egúngún o
Ó Egúngún!
Má jjéé a ríkú è w e

Livra-nos da mortalidade "infantil"


Má jjéé a ríjà Ès
Èsúú

Proteja-nos da ira de È s ú
Má jjéé a ríjá Ògún

Proteja-nos da ira de Ògún


Má jjéé a rija o m i

Proteja-nos da ira das águas

Má jjéé a rija Soponná


Proteja-nos da ira de So p o nná
lié mo pé o

Terra eu vos chamo!

Gbogbo mònríwo
Todos os espirito do m ò nriwo
lié mo pé o

Terra eu vos chamo!

Egúngún o
Ó Egúngún
Mo Júbá, bábá Egúngún

Eu vos peço abenção, Pais Espíritos


Asé
8 . - lyàmi Eleye
Por se tratar de um assunto de muito respeito, quero orientar ao leitor que, se
mantenha nele o devido tratamento de um Awo - segredo.
Por se tratar de seres extremamente intolerantes aos seres humanos tudo que se lê
ou se fale sobre elas deve se manter em silêncio absoluto em forma de reverencia e
respeito, para que elas não se volte contra nós.
A posição das lyà agbá no sistema espiritual esta atribuídas como seres de grande
malevolência, que atuam durante a noite para puni
punirr os falsos e mentirosos, todo
mau é ferido com sua própri
própriaa maldade. Veremos no odú Osa - meji, como elas
vieram fazer parte do nosso universo e entenderemos todo esse processo de poder
se estabeleceu ao ponto de nenhum Irúnmolè conseguir derrotá-las.
Esta nas mãos delas a responsabilidade do mais just
justoo sistema de justiça. Não há
condenação sem um julgam
julgamento
ento apropriado e imparcial. Se alguém apresenta uma
acusação contra outra pessoa, elas considerarão todos os lados antes de chegar ao
veredicto final.
Também existe um pacto feito entre Orúnmilá, Obátàlá e as lyàmi Eleye, pacto este
que, as impedem de matar, amaldiçoar, aterrorizar ou machucar qualquer
age de bom caráter e que tenha bom coração, de acordo com a
discípulo que age
proclamação dos direitos recitados por Olodúnmàré (Deus).
Veremos também que, toda ação sofre uma reação, pois foram os seres humanos
que as ofenderam primeiro, matando seu único filho. Acontece que as lyà agbá de
nome Ogborí veio ao mundo em forma mortal e suas irmãs chegaram ao mesmo
A mortal teve dez filhos sua irmã
tempo.
um. Ogborí enquanto que Òsòròngà apenas
Um dia Ogborí necessitava de ir ao único mercado disponível de nome Oka
Ajigbomekon Akota, que se localizava, na fronteira do Òrún com o Àiyé, de modo
que, Ogborí pediu a sua irmã Òsòròngà que cuidasse de seus dez filhos até que ela
retornasse do mercado. Òsòròngà super os protejei de modo não acontecer nada
com as crianças de Ogborí.
Então é chegada a vez de Òsòròngà ir ao mercado e por se tratar de um longo
percurso, também pediu a sua irmã Ogborí que cuidasse de seu único filho,
enquanto Òsòròngà part ia para o mercado, os filhos de Ogborí à atormentava
partia
dizendo que estavam com vontade de comer a carne de passari nho. Ogborí então já
passarinho.
irritada com a situação diz aos filhos que buscari
buscariaa o pássaro para eles comerem,
mas com uma condição, que eles, não deveriam tocar se quer no filho de sua irmã
Osòròngà.
Enquanto Ogborí fo foii ao mato atrás do pássaro para alimentar seus dez filhos, eles
se ju
junt
ntar am com ira em cima do filho de Òsòròngà, o matarão, assaram sua carne e
aram
a devoraram. A medida que os filhos de Ogborí agrediam o único filho de
Òsòròngà, seus poderes à avisaram, e já press pressentin do o pior
entindo pior,, ela retorna
rapidamente
filho, ela nãoa casa de suacompreender
conseguia irmã Ogborí, ao chegar
aquela constatou
situação, a morte
ficou de seu único
desesperada. Sua
cólera foi imensa, chorou muito e part iu para a floresta para viver com seu irmão
partiu
lókò, irmão este que não gosta de ser incomodado por ninguém e por esse motivo
fe
fezz da floresta sua moradia.
Irókò ouviu o choro de sua irmã e quis que ela revelasse o motivo de tanta ira e
tristeza. Então ela o contou como os filhos de Ogborí torturou e matou seu único
filho, sem que Ogborí fosse capaz de impedi-los.
Irókó por sua vez a consolou, e lhe garantiu que parti ndo dos fatos relatados por
partindo
sua irmã Òsòròngà, ele mesmo se alimentaria dos filhos de Ogborí.

É por isso
recorre a que não se entrega crianças
Orúnmilà para Irókò, e até os dias de hoje os Yorúbá
quando a mortalidade infantil se torna fora de controle,
acreditando-se que Irókò e sua irmã Òsòròngà, estariam por traz destas mortes.
Foii Òrúnmilà que apelou por Irókò e para Òsòròngà, afim de que aceitassem o
Fo
ètútú e parass em com a mortalidade dos filhos dos leigos.
parassem
Utilizando-se de eyin, agoro, púpò epó entre outros itens. Da mesma forma que
Èsú, não podemos cultuar essas divindades sem profundo conhecimento, par paraa não
sermos lesados ou acabar lesando a vida de outras pessoas. O sacerdote tem de ter
te r
a exata noção de seus limites e conhecimentos.
Bi a b á perí akoni, á fi o w ó lalè

Se falamos de um espírito de caráter violento, fazemos uma marca no solo; as


pessoas sentadas se levantam, por um breve momento em sinal de respeito.
E é assim que devemos agir ao mencionar as iyàmi Èyèlè.
O relato descrito neste livro, é um resumo da imagem transmitida pelas tradições
Yorúbá.
Seu primeiro aspecto se da, em mencioná-las como mulheres velhas e sábias; tendo
como símbolo o igbá (cabaça) e um èyè èyè (pássaro), usando do profundo
conhecimento mágico e transformando -se elas mesmas em pássaros para
realizarem assembléias noturnas, ou ainda, vigiar suas futuras vítimas.
Seu segundo aspecto, talvez o menos explorado, se da ao fato de Òlódúnmaré a
transformar no Odú lógbóje , aquela que recebe o po derr do páss
pode pássaro
aro..
Recebe também um igbá que simboliza o aiyé, mas por abusar de seus pode res, lhe
poderes,
foi tirado e transferido ao Obátala, é ele que exercerá seu pod er que, embora esteja
poder
com ele ainda é controlado por elas. Existindo feiticeiros homens denominados de
osó, que são menos violentos que as aje. Os dois casos são de extremo pod er de
poder
magia, sendo que só as aje os usam contra seus pró
própri
prios
os familiares.
Um pode neutralizar o feitiço do outro, tendo em vista que o código de conduta dos
Osó , não os per mitee à enfrentar uns aos outros, sendo que as aje não respeitam
permit
este código pod endoo enfrentar um
podend umaa outra irmã ou filho.

Outra diferença, se da ao fato de, um Osó cultuar apenas ikú e seus discípulos,
quanto as aje� pos
possue m seu pró
suem prioo culto, independente de se tratar deste ou aquele
própri
clã.

9. - Igbá - Od
Odúú

Assim
iniciar com já descrito,e todo
outras iniciado de
deve passar
pas sar
seu pelo ide -odú ,para que ele poss
possaa
pessoass ter
pessoa te r condições olhar Igba'dú sem ficar cego ou per
perder
der
seu equilíbrio.

O babal
babaláwo
áwo irá a um
umaa feira pa ra adquirir os matériais necessários ao pr
para prepa ro de
eparo
umaa mistura na qual ele irá pas
um sar em sua orí em defesa de toda energia qual será
passar
evocada.
Todos os elementos serão moídos e separados, ju junt os formam um
ntos umaa mistura que
somente os iniciados pod em vê-la, ou seja, pessoa
podem pessoass que já pos
possua m seu Igbá'dú.
suam

possuii todos os Ifá, esta divindade esta representada


Igbá-Odú significa aquele que possu
por um
umaa ou várias cabaças, contendo objetos sagrados e de alto custo, seu nome é
raramente pro
pronun
nuncia
ciado;
do; po
porr se tratar de espíritos dos babalá
babaláwo.
wo.
Seus Orúnkó são inúmeros, assim como exemplo abaixo:

Odúlogboje; aquele que é feito de chumbo e não madeira.

Ajerereabojuojo; aquele que seus olhos estão voltados em todas as direções.


Adakinikinikara; juí za suprema distingue o bem e o mau.
juíza

Alaburaja; que am
amaa o sangue e dele se alimenta.

tira o de acordo com sua ou


Okalekotogowo;
a iyàgbá, Igbá - Iwaaquela
a cabaça
queda existência.
que quer vontade, seja,
porr um
Representada po umaa grande cabaça que contem quatro menores contendo vários
objetos sagrados e de alto custo.

Representa o misterioso oculto, aquilo que jama is pode ser revelado.


ja mais
Odúú w ala
Od al a n p e l'odú!!!!!!

Odú que não


detentora conhecemos
suprema de todo salva -nos, símbolo do céu e da terra em união fecunda,
conhecimento.

Igba nlá a grande cabaça, simboliza a união do céu e a terra, não sendo permit
per mitido
ido
em pret extoo algum a remoção de sua tampa.
pretext
O igbá nlá diferenciada das outras é confeccionada de i cabaça grande e 15
menores, onde cada um
umaa receberá um nome específico.

A prim
pr imei ra cabaça menor é chamada de Adesi, de ordem feminina é aquela que vai
eira
e volta ( opa ra).

A segunda é Alesesi, de origem masculina;

A terceira é Alaola, origem feminina;

A quarta é Akalè, origem feminina guardião da casa.

A quinta é Bàbá aja. Osó retentor de todo o mau.

A sexta denomina -se Paya, de origem masculina é quem pun


punii as mulheres
adulteras;
A sétima é í y à agbá, de origem feminina mãe de todos filhos do clã;

A oitava é Akama, de origem feminina é a guardiã das crianças;

A nona é Agaganigogodo, de origem masculina domina o mundo animal;

A décima é Folè, de origem masculina é quem destrói os culpados;

A décima prim
pr imei ra é Olorimerin, de origem feminina é guardiã dos pon
eira pontos
tos
cardeais;
A décima segunda é Elesemafa, de ordem feminina é quem da o destino as
crianças;
A décima terceira Adabidalè, de origem masculina retentor do bem e do ma
mauu é o
guardião dos arredores da casa;
Décimo quarto é Olo, de origem desconhecida o qual nada se sabe;
Décimo quinto é Ofiin, de origem masculina comanda o desconhecido para que o
sagrado não seja violado.
Igbá - Odú, aquela que é grande e mora nos fundos da casa, onde ninguém transita
e cabe exclusivamente aos Bàbálawo cuidar de seus cultos e conservação.

Igbá -nlá, a grande cabaça representa o mundo e tudo que nele habita, sua
composição consiste em
em;;
Granizo que representa o ar
ar,, efún que representa a terra e folhas de fogo e tutu para
representar a água.
Quem manipula essa energia tem de possuir um profundo conhecimento de cada
propriedade,, suas finalidades, saber quais representam cada um dos Irúnmolè, os
propriedade
feitos de uma sobre as outras para que essa manipulação não se torne destrutiva e
nociva aos seres humanos.
Nossoo objetivo é de incentivar aos leitores e amantes do culto aos òrisà, um motivo
Noss
para que não se cansem de busca
buscarem
rem e obterem o conhecimento.
Pois assim se sabe que, é só através de conhecimento , respeito e humildade que se
fa
fazz prese nte no espírito de ÒRÚNMÍLÀ
presente
Ifá a gb
gbee w a o!!!!

IO.- Curiosidades:

Àwon Àjo Àfiyèsí ti Òsun


Festejos d e Oxum
A festa d e Òsun Òsogbo é um
umaa festa internacional q u e
s e realiza no m ê s d e agosto.

-
Nesta festa comemora s e o aniversário da cidade d e
Òsogbo na Nigéria e também o "pacto" firmado entre
o Rei Laroye fundador e p rime iro r ei da cidade e a

divindade do r i o Òsun. Todo a n o a festa tem seu


se u início
às dezessete horas no momento e m q u e se acende a

lâmpada d e Òsónyín c o m dezesseis bocas,


a "o ló ju mé rín d in lo g u n ", q u e fica assim a t é a madrugada.

Di
Dizz a lenda q u e os primeiros moradores d e Òsogbo

viéram d e u m a cidade q u e hoje é chamada "ípolé"

(sul d e llésà) também na Nigéria. Eles saíram d e sua


su a

cidade p o r causa da seca e depois d e muitos dias d e

viagem, chegaram à ma rg e m d e um rio. Felizes, eles


decidiram instalar - s e no local e começaram a c o rta r

árvores para a construção d e suas casas. A


Acc o n t e c e u

q u e u m a d as árvores caiu se m querer no r i o e, de

repente, eles ouviram um a pessoa em v o z alta dizendo:

Òsó Igbó (d
(dee onde também pode t e r vindo o
nome Òsogbo) pèlé o, gbogbo ikòkò mi lé t í fo tan.
Feiticeiro da Floresta faça devagar,

já quebrou todos os meus vasos.

Nas antigas c o mu n id a d e d os Yorúbá, os vasos eram

usados para guardar água para beber.


Como sinal d e paz,
pa z, Larooye, sentado em urna rocha,
ofereceu jjuu n t a m e n t e co
comm seu
se u po vo,, sacrifício à Divindade.
povo
Esta rocha fica a t é hoje como u ma referência simbólica
e d e grande significado na festa d e Òsun.

Hoje a cidade d e Òsogbo é u ma cidade moderna é a


capital do Estado d e Òsun na região ocidental d a Nigé
Ni géri
ria,
a,
distante cerca d e duzentos e cinqüenta quilômetros d e
Lagos, a antiga capital. Além d a festa d e Òsun. a cidade
p e l a s suas várias obras e galerias d e arte.
é notável pe

Reconhecidos internacionalmente os artistas ppar


ar tic
ti c ipa
ip a m
n a s exposições locais e internacionais. Lá estão milhares
d e obras d e escultura d e bat ik,, obras d e tintura tradicional,
b atik
contas, entalhe, mosaico, pi tu r a , etc. Dentre a s galerias
p i n tur
p o d e m o s citar a Heritafwe RT Gallery, Nike Centre for
po fo r Arts

a n d Culture, Odi Olowo, Dade Estarte e a Casa d a Susan


Wenger a Adunni Olórísá, sacerdotiza austríaca naturalizada
nigeriana.
Floresta Sagrada d e Òsun

No dia
di a d a festa d e Òsun. todo o povo
po vo da cidade, os
sacerdotes, adeptos, noviços, espectadores, bbee m como
os visitantes reúnem - s e no Palácio d e Atáója (título do rei)
e d a í saem em pro p a r a o "Ojúbo Òsun" (Altar d e
p rocc i s s ã o pa
Òsun), co
comm a Arugbá Òsun (a menina carregadora d a
Noo Ojúbo, o At
igbá - a cabaça) à frente. N á�a faz
Atá fa z o s
j u n t o co
sacrifícios necessários ju com íy á Òsun e o
m a íyá
Bàbá Òsun.

A íyá
íy á Òsun é a sacerdotiza d e Òsun. Ela
Ela cuida do sacrifício
diário à Òsun e também d o s festejos. Cabe a íyá
íy á Òsun
invocar a divindade pa
p a r a d a r a "água santa" q u e t e m
poder d e cura a o s fiéis. Ela sabe o segredo completo d e
Òsun e pode comunicar - s e co
comm ela. Ela
Ela canta também
o s "oríkí" e louvores à divindade:

Saleru agbo
Agbara agbo
L' Òsun fi n w o mo re
Ki "dokita" o t o d e
A - b i - m o - m a - d a - n aa - l e
í wo lá n powe - m o
Ore yèyé Òsun o.

Há também o "Àwòrò Òsun" o Bàbá Òsun (sacerdote d e


Òsun ). Ele também participa d o s sacrifícios ju
junta ment e
co
comm a "íyá Osun". Ele pode comunicar - s e co
comm a divindade
e canta seus louvores:

Òsogbo orólí àsálà, Onílé o b í


Òsogbo refúgio da riqueza, senhora da terra do ob
obíí
Òsogbo ilü àro, àro dèdè bi oicún
Òsogbo cidade d o s peixes, peixe grande gerado no
oceano.

Òsogbo oròlcí Orno yèyé Òsun


quee é riqueza, filha da M â e idosa Òsun
Òsogbo palavra qu
Yèè yé àtéwogbéja, a ní lábebe
Y
M âe idosa a palma da mâ
mâoo qu
quee abençoa o peixe na beira
do riacho.

Òsun Òsogbo, rere ni o sun fü


fünn mi.
Òsun Òsogbo, faça fluir coisas boas para mim.

"
A "Arugbá Òsun é um
umaa mocinha q ue dedica toda sua

vida ao serviço de Òsun. Ela deve ser


se r solteira, virgem

e assim permanecerá a t é o di
diaa em que
qu e deixar o cargo

para se casar.

di a da festa, a Arugbá Òsun carrega a igbá


No último dia

quee contém as figuras sagradas e outros objetos


sagrada qu
do ritual e lidera a procissão de A t á �a do Palácio para o

terreiro d e Òsun onde ocorrerão os sacrifícios e, em

a volta ao Palácio.
seguida,

Cumprimentos
A Cultura Tradicional do Povo Yorübá é muito rígida no

tocante a educação e respeito.

Os mais jjoo ve n s s ã o ensinados a manter todo o respeito

pe lo s mais velhos. Compreendendo q ue a idade é sinal

de p o s s e de experiência e sabedoria.

O cumprimento d o s mais jjov


ov en s pa ra co m o s mais velhos

é um sinal de demonstração desse respeito.

O dòbálè

(tradução literal = pe ito na terra vindo de dübúlè qu e é deitar)


peito

é o cumprimento feito "somente pe los


lo s homens", nã o cabendo

a mulher a atitude de deitar em respeito.

Oiiíodn jT nk i n-'p
'pnn-

Para a s mulheres cabe tomar a po


p o s tu ra chamada de kúniè

(literal = jo el ho na terra) ou seja, simplesmente "ajoelhar" e


elho

pe dirr a bbêê n ç ã o daqueles qu e s ã o merecedores de respeito.


pedi
Apesar de pol
poligâmi ca, e às vezes extremamente machista,
igâmica,
essa Cultura mantém um extremo cuidado para
pa ra com as

crianças e mulheres. Nos cumprimentos, as mulheres não

expõem ao per
perigo
igo seus seios ou ventre, para
pa ra o caso da
dass
gestantes, deitando - se sobre eles no chão como é o ato do

dòbálè.

Esse costume de cumprimentar deitando - se ou ajoelhando - se

foi mantido nas


na s llé Òrisà por ém com o grave erro, o de fazer as
porém

mulheres deitarem - se colocando os seios no chão, que saliento,

não é do costume do Povo Yorübá.

O cumprimento, não está relacionado com o Òrisà Olorí

(Dono da Cabeça), mas


ma s está diretamente relacionado com a

Boa Educação e com os cuidados com as mulheres. Portanto

que se compreenda que, é dever do s que


qu e mantém a s Tradições

do Povo Yorübá exigir o respeito a quem de direito, mas é dever

do s mais velhos zelar pel


peloo bem estar daqueles que se submentem

à ele.

1
Kúniè é o que as mulheres devem fazer para cumprimentar.

" Gè/è
"

Nós sabemos q u e o Candomblé é um culto matriarca,


ou seja, as mulheres escravas mantiveram os costumes

religiosos africanos, dada as maiores facilidades que


qu e
tinham para esses afazeres em relação aos escravos
homens pois estes labutavam na lavoura.

Esse fato nâ
nâoo pode ju
j u s t i f i c a r que, nos dias atuais, alguns
"enganos" ainda sejam cometidos e mantidos. Hoje o
Homem é mais ilustrado e encontra ricas fontes onde
buscar informações.

Se continuam errando é porque sâo preguiçosos e nâ


nâoo

desejam evoluir em seus conhecimentos. Mudar, naquilo


q u e s e ju
j u l g a importante mudar, é sinônimo d e Evolução!

Vejamos o fato:

g¿l¿! 'hi'HÜ - líí:

Os pr
p r a t i c a n t e s d a s Doutrinas Afro - bbrr a s i l e i r a s afirmam
p r a t i c a m um Culto d e Origem Africana e alguns
q u e pr
deles sendo d a origem do Povo Yorúbá, m a s n â o adotam
verdadeiramente o s costumes desses ppoo v o s . O fato do
Candomblé t e r sido, no pa
p a s s a d o , mantido ppee l a s
mulheres,
n â o obriga a o s homens usarem trajes femininos. O q u e
p a r a quem chega d o s
causa larga estranheza irônica pa

Territórios
br ei r o . Africanos e v ê esse tipo d e costume
b r a s i l eir
o gèlè / turbante é acessório d a vestimenta feminina "
"

para a cabeça, q u e aqui ficou conhecido como torso ou


oja.
Homem "não usa" gèlè !
Homem usa, na cabeça, fílà, àketè /t
/ t i p o s d e chapéu
ainda elétíajá, filà òfi ou a � òkè.

nià 'cap'
Esta obra é fruto d e dominio público n ão dando direitos especiais ou autorais a que m
quer q u e seja.

Po r se tratar d e u m a cultura transmitida oralmente este projeto visa proteger e


esclarecer os leitores e amantes do culto Yorúbá a Òrúnmilà - Ifá.

Bàbálòrisà kekere Awo


Aw o Ifágòàlà Ès ú Monteiro

Você também pode gostar