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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX

Lenilson Tenório de Souza - Matricula n° 202200016766


Data: 28 DE MARÇO de 2024.
Disciplina: Direito Ambietal
Docentes: Prof. Esp. Pedro Fernando Borba Vaz Guimarães
Turma: DIRN9A (Campus Capim Macio)
Periodo: 9°

Assunto: Elaboração de uma resenha crítica acerca dos Princípios Constitucionais


Ambientais, utilizando como base o texto "O meio ambiente na Constituição Federal
de 1988: Um olhar sobre os princípios constitucionais ambientais"

Justificativa

Este trabalho tem por fundamento realizar de forma crítica uma resenha do texto "O
meio ambiente na Constituição Federal de 1988: Um olhar sobre os princípios
constitucionais ambientais" de autoria da Dr. Fabiano César Petrovich Bezerra,
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFRN.

Resenha:

O texto inicia sua introdução externando que é de fundamental importância a todo e


qualquer estudo buscar “analisar o meio ambiente na Constituição Federal de 1988,
com um enfoque especial acerca dos princípios constitucionais ambientais”, Apesar
de ser difícil conceituar o meio ambiente, como se pode notar, o legislador brasileiro
assumiu essa responsabilidade, conforme o inciso I do artigo 3° da Lei nº 6.938/81,
sendo assim, devemos compreender o meio ambiente de acordo com esse
dispositivo como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas”
Observamos que o texto em estudo faz um paralelo entre tais princípios e como são
estabelecidos diante do tema meio ambiente “modernidade e a evolução da
tecnologia” e como isso impactou na mudança do conceito de bens, tendo em vista a
valoração econômica dos direitos intelectuais, que por vezes, são mais valiosos que
os próprios bens corpóreos ou físicos.

Assim o texto ora estudado e aqui resumido, traz à baila a Lei n.º 6.938/81 e que o
legislador não foi claro o suficiente, o que dificulta o entendimento do conceito por
parte do leitor que desconhece os termos técnicos usados. Com isso entendo ao ler
o texto em estudo que proteger o meio ambiente tem o significado mais amplo, com
isso, na hermenêutica textual, podemos afirmar, segundo o texto o “proteger”
inserido no artigo significa “proteger o espaço, o lugar, o recinto que abriga, que
permite e que conserva todas as formas de vida”, isso nos dar realmente uma ideia
de amplitude sobre o tema.

Assim o meio ambiente e sua proteção ganha força, com advento da constituição
federal de 1988 em especial o art. 5º, LXXIII, o qual determina que “qualquer
cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
meio ambiente” tendo como estabelece o art. 23, por sua vez, atribui competência
comum à União, Estados, Distrito Federal e Municípios para “proteger o meio
ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas”.

A Carta Magna de 1988 em se tratando de matéria ambiental, vem destacar em seu


art. 170, talvez segundo o autor a maior evolução com o advento do CF, qual seja,
“a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da
justiça social”, devendo-se observar para tanto alguns princípios, dentre os quais
apontamos a “defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de
elaboração e prestação”

Assim, através do estudo do texto em apreço podemos afirmar “as atividades


econômicas, balizadas que são na propriedade privada, deixam de cumprir sua
função social, quando estas passam a afrontar o meio ambiente.”
O direito de propriedade é o poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar, e
dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, em sua plenitude e dentro dos limites
estabelecidos na lei, bem como de reivindicá-lo de que injustamente o detenha
segundo Segundo Gonçalves (2019 p. 208)

Quando o proprietário reúne todos os poderes listados acima, diz-se que tem
propriedade plena. O direito de propriedade recai tanto sobre coisas corpóreas como
incorpóreas, ou seja, temos o direito de propriedade material ou imaterial.

Com isso, merece destaque através do estudo crítico do presente texto é que o
constituinte foi responsável pela criação de um direito “fundamental ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, considerado pela doutrina como pertencente à
terceira geração dos direitos fundamentais.”

Contudo, aprendemos que “os princípios são normas imediatamente finalísticas,


primariamente prospectivas e com pretensão de complementaridade e de
parcialidade, para cuja aplicação se demanda uma avaliação da correlação entre o
estado de coisas a ser promovido e os efeitos decorrentes da conduta havida como
necessária à sua promoção”.

Adiante vemos em destaque com é fundamental a implementação dos princípios


ambientais, sendo eles Principio da Ubiqüidade, Princípio do Poluidor-Pagador,
Princípio do Desenvolvimento Sustentável, Princípio da Participação, Princípio da
Educação Ambiental, Princípio da Precaução, Princípio da Prevenção, Princípio da
Reparação e Princípio da celeridade.

Olhando para tais princípios destacados no texto em questão denota que se


necessita de gestão adequada dos recursos naturais e o aperfeiçoamento coletivo
para assegurar a igualdade de recursos disponíveis para as gerações futuras
tornaram-se fatores-chave na política ambiental brasileira, por esse motivo, a
legislação vem se aperfeiçoando para dar mais proteção, sem deixar de lado a
economia sustentável. No entanto, ainda há uma grande controvérsia quanto à
viabilidade de tal conceito inserido em um sistema econômico dominado pelo
capitalismo, cujo objetivo é a obtenção de lucros através do estímulo ao consumo, o
que implica a produção de bens comercializáveis e a exploração dos recursos
naturais disponíveis.

Para compreender em qual contexto jurídico e político tal está inserido, é preciso
analisar as relações diárias que ocorrem entre o Estado, meio ambiente e a
economia.

REFERENCIAIS:
As referencias utilizadas no resumo destacaram algumas citações abaixo.

https://br.linkedin.com/in/matheus-gomes-rocha-8a275a127

file:///C:/Users/LICITACAO/Downloads/Direitos%20virtuais.pdf

https://hevilachaves.jusbrasil.com.br/artigos/474797223/a-tutela-dos-direitos-
autorais-no-ambito-digital#:~:text=No%20artigo%207%C2%BA%2C%20tem
%2Dse,judicial%2C%20na%20forma%20da%20lei%3B

https://www.migalhas.com.br/depeso/374231/a-tutela-do-direito-ao-esquecimento-
em-ambiente-virtual
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 2. ed.Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.

FINK, Daniel Roberto; ALONSO JÚNIOR, Hamilton; DAWALIBI, Marcelo. Aspectos


Jurídicos do Licenciamento Ambiental. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 4. ed. São
Paulo: Saraiva, 2003.

GOMES, Luís Roberto. Princípios constitucionais de proteção ao meio ambiente. In:


Revista de Direito Ambiental n. 16- Ano 04. São Paulo: Revista dos Tribunais,
OutubroDezembro, 1999.

HAMMERSCHIDMIDT, Denise. O risco na sociedade contemporânea e o princípio da


precaução no direito ambiental. In: Revista de Direito Ambiental n. 31- Ano 08. São Paulo:
Revista dos Tribunais, Julho-Setembro, 2003.

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