Você está na página 1de 44

3.1.

A Sul: Tartessos e as
comunidades púnicas
Cronologias

Pré-colonização XI-X a.C.


Período fenício IX-VI a.C.
Fase Púnica V-III a.C.
Fase Tardopúnica II-I a.C.

Transição do período fenício para o púnico é caracterizada pela passagem de uma sociedade
colonial para uma sociedade pós-colonial e pela conformação de cidades-estado independentes.
Integração nos finais do século III a.C. destes microestados em duas formações estatais em plena
expansão territorial: primeiro Cartago e depois Roma.
Geografia
História da investigação de Tartessos
✘ Tartesso foi concebida como uma grande cidade

✘ G. E. Bonsor, de forma pouco consciente, é o primeiro a aproximar-se da cultura Tartéssica ao escavar várias necrópoles perto
de Sevilha, mas não associa os materiais a esta cultura

✘ Ainda no inicio do século XX, Adolf Schulten, motivado pelas descobertas de Tróia, Micenas ou Tirinto, tentou encontrar a
“cidade de Tartessos” que se localizaria na embocadura de um rio. Perante as falhas sucessivas, esboçou algumas ideias que
ainda hoje ecoam fora do âmbito científico, lançando a hipótese de que Tartessos deveria ser a cidade perdida da Atlântida

✘ A procura da cidade de Tartessos só parou em meados dos anos 50 do século passado, quando Maluquer De Motes concebe
Tartessos como uma cultura indígena, enriquecida pelas contribuições Fenícias e Mediterrânicas

✘ Desde a descoberta casual do Tesouro de Carambolo (1958) e as escavações posteriores dirigidas por Juan Matra Carriazo, a
informação disponível foi aumentando

✘ Investigações recentes realizadas por Férnandez Flores e Rodríguez Azogue (2007), mostram que a cultura Tartéssica se inicia
com uma forte componente indígena

✘ A Arqueologia passou a ter primazia sobre as Fontes escritas que geram demasiada confusão...
A terminologia
Quando procuramos dar nome a estas populações, surgem várias dificuldades porque foram várias as designações
usadas por escritores gregos e la:nos.
A raiz do problema está no facto de não sabermos como é que estas comunidades se autodenominavam
(cananeos, Chanaani?- termo usado mais tarde pelas populações desta região para se dis:nguirem dos cristãos).

Tartessos Fenícios Púnicos Cartagineses

Termo latino
Termo grego Karchedonioi
derivado do grego
Tartessos Phoïnix, phoenices
Poenus (poeni no
Termo usado por
helenos e latinos.
plural)

Os gregos usavam o termo “fenício” com um valor étnico, de povo, e cartagineses com um valor político, como
habitantes da cidade norte-africana, sendo que estes últimos se incluíam nos primeiros.
Os latinos empregaram três termos étnicos: Phoenix, Poenus e Karchedonioi. Poenus é a forma mais antiga, deriva
do grego e é sinónima de fenício. Mas quando Roma entrou em contacto com Cartago, recorreu à designação
Phoenix para distinguir os habitantes da Fenícia dos poeni (seus interlocutores norte-africanos). Mas esta não foi
uma norma, sendo que alguns autores usam poenicum como equivalente de fenícios.
Fenícios/Púnicos

✘ Os primeiros colonizadores eram de Tiro, na Fenícia (franja sírio-palestina), cidade debaixo da proteção do poderoso
Império Assírio. Necessidade de aumentar transações comerciais para pagar ao império Assírio e manter a sua soberania.
Cada cidade fenícia era independente.
✘ 535 a.C. Batalha de Alalia (Gregos vs. Fenícios/Etruscos), Tartesso desaparece das fontes escritas e Cartago cria a sua
hegemonia para resistir aos Gregos.
Tartessos
✘ Referimo-nos a Tartessos como uma entidade sociopolítica e cultural, bem como a um território
que se configura com elementos indígenas e fenícios
A chegada dos Fenícios à Península Ibérica
✘ Atraídos pela riqueza mineral (cobre, estanho, ouro, prata) da Península
Ibérica

✘ Necessidade de contribuir para a tributação ao Império Assírio

✘ Os primeiros contactos limitaram-se a intercâmbios comerciais


(comércio silencioso ou invisível)

✘ Uma vez regulado esse comércio os Fenícios edificaram pequenos


templos e estabeleceram feitorias em ilhas ou pequenas penínsulas junto
do con:nente que serviam como lugar de encontro

✘A par:r do século VIII, estes pequenos enclaves transformaram-se em


auten:cas colónias: ocupação de territórios conYguos para abastecimento,
construção de cidades amuralhadas com templos, portos e caminhos. A
manutenção do poder polí:co só era possível com a par:cipação indígena.
Depósito da ría de Huelva, 1000 a.C., 397 peças
Organização do território

✘Dificuldade na definição territorial

✘As fontes clássicas sugerem que também os


gregos tinham contactos, Rei Argantonio

✘Profunda alteração geomorfológica da zona


(Carambolo, junto à costa)

São três os principais focos de povoamento do


“núcleo tartéssico”:

Huelva (população sobretudo indígena)

Interior do Guadalquivir (vocação agropecuária)

Cádiz (população fenícia)


Mapa de Estrabão (segundo Cruz Andreotti, 2010)
Organização do território

O mais antigo dos locais costeiros é Huelva, sendo por vezes identificada como a cidade de Tartessos.
Local sempre considerado importante, mas a sua relevância foi confirmada quando um tesouro de armas
de Bronze Final foi descoberto junto com uma dúzia de fíbulas: estes foram reconhecidos como
pertencentes a um 'Atlântico' em vez de um grupo 'mediterrâneo' e assim, acredita-se que pertençam a um
período anterior ao advento dos fenícios.

Mais recentemente, uma escavação de emergência identificou um esconderijo de materiais importados que
datam do século IX e, dos 8.000 fragmentos de cerâmica estudados, mais de 3.000 são fenícios, e 33 são
gregos.

Huelva deve ter sido o primeiro ponto importante de contato entre os Tartessos e o Oriente.
Organização do território

O outro sítio costeiro importante era Cádiz, frequentemente conhecido pelo nome romano de Gades ou
Gadir fenício.

Mas enquanto Huelva era essencialmente tartéssica, Gades era essencialmente fenícia.

Localizava-se numa pequena ilha no meio do porto, hoje assoreado, de modo que a cidade moderna
implanta-se numa península, unida ao continente. Essa ilha costeira estava numa posição estratégica,
pois era protegida de ataques e, ao mesmo tempo, não ameaçava os nativos. Parece ter sido a
principal cidade da qual a riqueza dos metais tartéssicos foi exportada para o Oriente em troca de
produtos e joias que os mercadores fenícios podiam fornecer.
Organização do território

O coração de Tartessos ficava no interior.

O primeiro local importante a surgir (1958), é o famoso tesouro de Carambolo. 20 artefatos de ouro
foram recolhidos durante os trabalhos de reforma de um clube de tiro ao pombo em El Carambolo,
perto de Sevilha.

Os artefactos em ouro foram depositados num vaso de cerâmica do século VI, embora a maioria
dos objetos seja mais tardia, século VIII.

Trabalhos subsequentes (Férnandez Flores e Rodríguez Azogue, 2007) demonstraram que fazia
parte de um conjunto de estruturas complexas que foram interpretadas como templos. Entre estas
estruturas, foi escavado um templo consistindo em duas salas oblongas com bancos em redor do
lado de fora. Estava situado nos dois lados de um pátio e rodeado por uma série de quartos
menores.
A economia

De acordo com as fontes clássicas, o interesse por Tartesso deveu-se sobretudo à


riqueza mineral, mas outros recursos foram também muito explorados:

✘Exploração agrícola e pecuária

✘Exploração de recursos marinhos


A economia

Exploração mineira:

✘Já na Idade do Bronze eram exploradas para o ouro as Minas de Riotinto e as minas da zona da
Serra Morena. O Estanho encontrava-se mais para o interior

✘Apesar do estanho ter funcionado como principal atrativo, a descoberta de minas de prata mudou
o foco de exploração

✘As inovações fenícias permitiram em pouco tempo melhorar os métodos extrativos e multiplicar a
exportação

✘Possível utilização de mão escrava


A economia

Exploração agropecuária:

✘Constituiu a base económica da Idade do Bronze Final

✘Aumento da exploração de cabras e ovelhas em detrimento de bovídeos

✘Introdução da vinha e da oliveira

✘Novas tecnologias
A economia

Exploração de recursos marinhos:

✘Sal- para fomentar o comércio com o interior peninsular

✘Pesca do Atum

✘Industria da salga (auge no período púnico)


A cultura material

✘ A chegada dos Fenícios foi acompanhada de grandes avanços tecnológicos: roda de oleiro, novos processos de
extração de minério, novas técnicas de ourivesaria, novas técnicas decorativas e trabalho em marfim

✘ O avanço mais significativo é na produção cerâmica


(pastas mais finas e resistentes)

✘ Continuidade das pastas manuais sobretudo para formas


usadas na cozinha

✘A forma que ganha mais importância é a ânfora

Bronze Carriazo, Museu Arqueológico de Sevilha


A cultura material
✘ As cerâmicas mais Ypicas são as pintadas com decoração geométrica, as “:po Carambolo”, as cerâmicas pintadas
a vermelho e negro com mo:vos vegetais e zoomorfos (pithoi de grandes dimensões) e as cerâmicas “Cruz del
Negro”

Cerâmica pintada Cerâmica tipo Carambolo (até sec. VII) Pithoi pintada “Cruz del negro”
Vaso dos grifos
A cultura material

✘ Os bronzes foram amplamente usados para definir a cultura material Tartéssica, devido à sua quantidade e
qualidade
✘Os objetos em prata, ao contrário do que nos dizem as fontes escritas, são pouco significativos
✘Jarros e braseiros, encontrados sobretudo em enterramentos e santuários, estão entre os objetos mais típicos.
A cultura material

✘ Objetos realizados em marfim mostram uma enorme riqueza iconográfica (pentes, placas...)
✘Expressão genuinamente tartéssica: leões, cervos, esfinges, grifos, mo:vos vegetais e formas em zig-zag. Mo:vos
guerreiros
✘Descobertas em dis:ntas necrópoles

Marfim de Bencarrón, Carmona, Sevilha


A cultura material
✘ Na ourivesaria são introduzidas novas técnicas, destacando-se o trabalho “em oco”, a filigrana e o granulado

Tesouro de Aliseda, Cáceres


O mundo funerário

✘ A melhor documentação sobre Tartessos encontra-se no mundo funerário, onde percebemos


comportamentos culturais e podemos analisar a cultura material

✘ Por oposição ao Bronze Final, com a colonização Fenícia começamos a detetar no registo
arqueológico algumas necrópoles, sobretudo a partir do séc. VIII

✘ O rito generalizado é o da cremação, apesar de se registarem também algumas inumações

✘ Localizavam-se junto ao mar, longe dos centros urbanos

✘As urnas aparecem com os restos cremados selecionados, geralmente tapadas com pratos e
enterradas em fossas, por vezes sinalizadas por estelas em pedra
O mundo funerário: necrópole de Setefilla
✘ A Necrópole de Setefilla proporcionou dados valiosos sobre a
organização social em Tartessos

✘ No túmulo B foram escavadas várias cremações depositadas em urnas,


distribuídas de forma hierárquica

✘ Os enterramentos com espólio mais rico localizavam-se no centro do


túmulo, todos de homens adultos, rodeados de outros enterramentos
femininos também com espólio

✘ Afastando-se do centro o espólio diminui e por vezes encontramos


enterramentos de nonatos

✘A idade média não ultrapassava os 30 anos. Três gerações depois passou


para os 40 anos (estabilização dos povoados tartéssicos em torno da
agricultura, da pesca e da exploração do sal, bem como consumo de novos
Túmulo B de Setefilla, Lora del Río, Sevilha
produtos introduzidos pelos Fenícios)

✘Curiosidade: ausência quase total de armas nos enterramentos


A religião e os santuários
Existem poucos dados sobre esta temática, mas presume-se que tal como os outros povos do mediterrâneo, também tinham
uma religião politeísta.
Acredita-se que poderiam adorar uma deusa, produto da aculturação fenícia comparável a Astarte ou Potnia. Também pode
ter havido uma divindade masculina, o deus Baal fenício ou Melkart.
Encontraram-se santuários de estilo fenício no sitio arqueológico de Castulo (Linares, Jaén). Foram descobertas várias
oferendas votivas em diversos pontos da Andaluzia e noutras partes mais distantes, como Salamanca, de proveniência
desconhecida.
O que o registo arqueológico nos diz é que no aspeto religioso a aculturação fenícia apenas parece ter-se verificado em
alguns sítios.
A religião e os santuários
Baal- esposo de Astarte, deus da fertilidade e protetor dos navegantes.
Figura relacionada com o touro

Astarte- deusa relacionada com a esfera celeste e o crescente lunar.


Também vinculada aos ciclos da vida e protetora dos navegantes.
Uma das figuras mais representadas na arte Tartéssica, representada no
Carambolo e Cancho Roano.

Estatueta sentada da Deusa Astarte encontrada no sítio de Carambolo.


A base do banquinho apresenta uma inscrição fenícia onde se agradece à deusa por ter
ouvido suas súplicas.

"Este (voto) fez Baalytn


filho de D'mlk e filho de Abdabaal
de D'mlk filho de Yš'l para
'Astarté da colina onde
Ele ouviu a voz de suas orações."

* Orientalizante- termo da História da Arte. Conceito que define uma tendência artística
presente na Grécia no séc. VII a.C. onde se imitam produções do Próximo Oriente.
A generalização do termo “orientalizante” na Península Ibérica desvirtuou o seu significado
cultural e cronológico. Alguns autores optam por usar a denominação de “cultura
tartéssica” em vez de “orientalizante”.
A religião e os santuários
A religião e os santuários: Carambolo
O tesouro de Carambolo

Encontrado casualmente em 1958.


Inicialmente supôs-se que poderiam ser peças de ornamentação de um individuo associado à realeza (?).
Ultimamente, as hipóteses de trabalho apontam para elementos litúrgicos a serem usados por vítimas de sacrificios
(bovinos) e/ou por “sacerdotes” que estariam encarregues desses actos.

Em que consiste?

Um conjunto de 21 peças de ouro de 24 quilates, com um peso de 2.770gramas.


Duas braceletes
Dois peitorais
Um pendente
16 placas rectangulares.

Datação:
Entre 725 e 500 a.C.
Encontram-se ligeiras diferenças nas peças que poderá corresponder a distintos joalheiros.
A influência oriental é evidente, e o pendente poderá ser um artigo de importação.
A religião e os santuários: Carambolo

As escavações do inicio do século XXI, confirmaram que o espaço onde apareceu o tesouro terá sido
um espaço religioso/templo.

Os últimos trabalhos sobre o tesouro referem a possibilidade de ter sido pintado com azul, cinzento,
branco e ocre.

Confirmou-se igualmente que no interior das cápsulas/selos existiram pequenos elementos esféricos
não metálicos (pedras ou contas de marfim) para, talvez, produzir sons.

Existem outros tesouros tartéssicos encontrados em Alísenla (Cáceres) e em Belvis de Jara (Toledo).
A religião e os santuários: Carambolo
A religião e os santuários: Carambolo
A religião e os santuários: Carambolo

Vista aérea do
edifício do
templo /
santuário E.

“Santuário E”
A religião e os santuários: Carambolo

Compartimento interior. Em segundo plano o possível Possível altar circular.


altar circular. Ao fundo, temos o um acesso escalonado
e forrado a conchas.
A religião e os santuários: Carambolo

“Santuário D”
A religião e os santuários: Carambolo

Santuário D Altar com vestigios de combustão


A religião e os santuários: Carambolo

Planta do Complexo A da fase Carambolo I.


A religião e os santuários: Carambolo

Forno relacionado com a produção


de bronze
e trabalho de cobre.
Os sedimentos que cobrem o chão
têm coloração vermelha intensa e
encontram-se totalmente
compactados pela ação do fogo.

As descargas associadas a estas


estruturas, são compostas de cinzas,
cobre e escórias de bronze, bocais,
cadinhos e moldes, que também se
encontram presentes.
A religião e os santuários

No entanto, o sítio mais conhecido é provavelmente Cancho Roano, que fica na orla norte da
área tartéssica, 80 Km a sudeste de Mérida. Foi escavado de 1978 a 2001 e parece ter sido
algum tipo de templo ou local ritual - a sua funcionalidade é, ainda hoje, bastante debatida.

O registo arqueológico parece sugerir um final de ocupação muito interessante; foi


destruído, aparentemente numa grande cerimónia ritual de 'encerramento' na qual mais de 60
animais foram sacrificados, incluindo 17 cavalos de uma raça local que não tinha sido usada
para trabalho ou para montar. Coloca-se a hipótese de aqueles animais serem o rebanho
ritual ligado ao templo. Quando a “cerimónia” terminou, todo o local foi queimado e coberto
com solo.
A religião e os santuários: Cancho Roano
Durante os trabalhos de escavação, os arqueólogos foram capazes de determinar três fases de ocupação, entre
os anos de 600 a 350 a.C.

Na fase mais recente e mais bem preservada, foi detetada uma estrutura retangular circundada por um fosso de 5
m de profundidade e preenchido com os resíduos da cerimónia. No interior havia uma estrutura retangular com
uma única entrada estreita. A soleira era formada por uma “Estelas de Guerreiro”, que, provavelmente santificava
o local. Na câmara de entrada que conduzia a um pátio havia um impressionante pavimento vermelho e paredes
caiadas de branco. Do outro lado ficava a sala principal com um altar no centro.
A religião e os santuários: Cancho Roano
A religião e os santuários: Cancho Roano
A religião e os santuários: Cancho Roano
A religião e os santuários: Cancho Roano
A crise
No século VI a.C., a sociedade de Tartessos sofreu uma crise.

O seu sucesso sempre foi alimentado pelo comércio de prata: os assírios absorviam grandes
quantidades de prata, que exigiam como tributo de Tiro, e para Tiro a melhor fonte de prata era
Tartessos.

No entanto, em 612 a.C. os assírios foram derrotados pelo poder crescente dos Medes, e estes
não tinham a mesma necessidade de prata que os assírios.

Em 572 a.C., a própria Tiro foi capturada após um longo cerco e o elo crucial no comércio de
prata foi quebrado. Ao mesmo tempo, um grande realinhamento de poder ocorria no
Mediterrâneo entre as potências emergentes dos etruscos e dos cartagineses e gregos. Com a
queda de Tiro, Cartago começou a ocupar seu lugar como líder do mundo fenício - e Cartago não
precisava de prata. O colapso foi mais pronunciado ao longo da costa, em Huelva e nos
povoados agrícolas ao longo da costa leste. No interior de Tartessos, a vida continuou, e de facto
Cancho Roano é um monumento pertencente a esta fase tardia.
A crise
A partir do século VI a.C. deixamos de encontrar vestígios tartéssicos.

Outros fatores:

O esgotamento dos veios minerais e o consequente colapso da sua economia;


Convulsões sociais derivado da perda do comércio externo;
Desmembramento da unidade política;
Chegada de outros povos (?);
Causas/desastres naturais (?);

Você também pode gostar