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Roteiro e adaptação – Kelly Brandão

Apresentação - Escola Moonlight

Personagens:
1. Alice Alice
2. Coelho Bia
3. Chapeleiro Ana Luiza
4. Gêmeo 1 - Tweedledee Ana Carol
5. Gêmeo 2 - Tweedledum Lara
6. Rainha de copas Giulia
7. Rainha branca Rayssa
8. Lebre Carol
9. Gato Chess Julia
10. Carta Ás Clarisse
11. Carta 2 Adonai
12. Carta 3 Manu
13. Lagarta Absolem Laura
14. Dança Alunos de dança
Alice no País das Maravilhas

Abertura: Jazz Bia e Vilma (Alice – Avril Lavigne)


BLACKOUT
Cena 1 - Alice embaixo de uma árvore, lendo um livro, com sua gata de pelúcia, Dinah
(Posicionar-se perto da árvore na projeção):
(ALICE)
- “E foi assim que príncipe Thomas desbravou a densa floresta e encontrou sua amada. Mas
atenção!...”
- Atenção?! Como posso ter atenção lendo um livro sem as imagens? Como posso gostar desse
príncipe se não tem NENHUMA fotinho sequer nesse livro? E se ele não tiver esse dentinho
aqui da frente, eu... bem... o fato é que não tenho imaginação pra tanta coisa! Mas se esse
mundo fosse meu, tudo seria diferente. (olha para Dinah)
- No meu mundo, você não diria MIAU! Diria: Sim, Alice!

Os animais falariam
Ó, no meu mundo...

Música “Nesse mundo só meu”

Meu gatinho ia ter um lindo castelinho


Ia andar todo bem vestidinho
Nesse mundo só meu

Minhas flores
Quanta coisa eu não diria as flores
Contaria histórias para as flores
Se eu vivesse nesse mundo só meu

Passarinhos
Como vão vocês, meus passarinhos?
Vocês iam ter milhões de ninhos
Nesse meu mundo só meu

Poderia num regato a rir ou vir cantar uma canção sem fim
Quem me dera que ele fosse assim
Maravilhosamente só pra mim
Alice termina de cantar, se recosta na árvore e inicia um cochilo, mas rapidamente
acorda com o coelho que corre apressado e canta:

(COELHO)
Música “é tarde é tarde”
(ALICE)
- Oh Dinah! É só um coelho... de colete, e de relógio!
(COELHO)
- Ai, os meus bigodes! É tarde é tarde é tarde!
(ALICE)
Oh que coisa, como é que um coelho pode estar atrasado? Espere

(COELHO)
- É tarde, é tarde! Tão tarde até que arde!
Ai ai, meu deus
Alô, adeus
É tarde é tarde é tarde!

(ALICE)
- Deve ser muito importante, como um baile, ou sei lá...
Espera coelho, espera! – indo atrás dele enquanto ele corre

(COELHO) entrando na toca.


- Não, não, não, eu tenho pressa
Eu tenho pressa a beça
Ai ai meu Deus, Alô adeus, é tarde é tarde é tarde!

(ALICE) - na entrada da toca (Cochia ) Blackout


- Que lugar esquisito para uma festa! Eu acho, Dinah, que a gente não deveria entrar porque
não fomos convidadas, e a curiosidade é uma coisa feiaaaaa!!! (entrando na toca e caindo no
buraco).
Falando e volta no meio do palco para cantar com o coelho
Cena 2 - Aparece cenário projetado “caindo no buraco
Música O buraco do coelho Cenário do buraco junto com entrada da música

[Coelho]
Pra baixo eu vou!
[ALICE (falado)]
Oh meu Deus, quem é você?
[Coelho]
Abaixo eu estou
[ALICE]
Com medo eu vou
Onde estou
Caindo de uma veeez
[Coelho]
Só relaxe, aprecie a vista!
[ALICE (falado)]
Você deve estar brincando comigo!
[Coelho]
É só relaxar!
[ALICE]
Quanto vai durar?!
Baixo e abaixo
Onde vou meu Deeeeeus?
[Coelho]
É especial
Sonho ou real
e... Pra baixo eu vooouu
[ALICE]
Baixo e abaixo,
O que você fez?
Quando eu chego lá
Como vou voltar?
[Coelho]
Bem, isso é com você!
[ALICE]
Ah, que queda... o que eu vejo
Será que é real?
Cenário com imagem de porta BLACKOUT
Cena 3 – Sala da garrafa e portas
Alice cai na sala, com cara de dor, esfregando a cabeça, os braços, como se tivesse batido e
se machucado. FOCO NELAS MESA COM GARRAFA E BILHETE
Coelho entra correndo em volta da Alice, sai correndo e Alice o persegue. Inverte a situação e
Alice corre atrás do coelho que a persegue. O coelho desvia e entra em uma porta (cochia) –

Instrumental “É tarde”

(ALICE)
- Pra onde será que ele foi? Mas essa porta é muito pequena, e aqui só passa a minha cabeça. E
de que vale uma cabeça sem os ombros e todo o corpo?
(CURIOSO E CURIOSO):
- E agora, onde eu vim parar? Por que eu não fiquei onde eu estava?
Por que tenho que ser assim tão curiosa?
Alice para, olha ao redor e canta
Curioso, é curioso
Cada vez mais curioso
Mas eu quero entender
Não tem por que...
Alguns dias são
Gloriosos e mais gloriosos
Não podem ser mais gloriosos
Mas quando esses dias chegam ao fim
Pergunto a mim
Curioso e curioso
Por que é assim?
Pra onde eu vou e... de onde eu vim?
Cada vez mais curioso
O mundo é tão curioso
Meus pensamentos vem e vão
E porque estão na escuridão
Alice fica triste e pensativa após a música.
Foco de luz na garrafa com bilhete no chão, o que chama a atenção de Alice que vai até a
garrafa.
(ALICE)
- Beba – lendo o bilhete.
- Com responsabilidade – virando o bilhete
Música com voz do além: Beba-me

(ALICE)
- Ué?! Bem, mas tudo isso deixou mesmo com a boca seca e... – Abre a garrafa.
(Rainha de copas e chapeleiro cantando de fundo) - Pegue-me, beba-me, e assim você
verá...
(ALICE)
- Acho que não estou mais com tanta sede...
(Rainha de copas e chapeleiro cantando de fundo) Atrás da porta está o mundo que você
sonhoooou
Alice passa o dedo na borda da boca da garrafa e prova.
(ALICE)
-Cereja, uva, rabanete, pepino, espinafre, frango assado, suco verde, eca! Mas... se vai me
fazer passar por essa porta, eu vou tentar.

Alice toma, enquanto Cenário com imagem de porta crescendo Depois de dar um gole, Alice
se analisa:
(ALICE)
- Mas eu estou a mesma coisa! Não mudei nada! Não acredito que tomei assim de graça essa
M...(virando para trás e olhando para a porta, percebendo o tamanho)...M... Ma-ra-vi-lha! Ah,
eu só posso estar sonhando!
Blackout – Alice sai.
Cenário do país das maravilhas
CENA 4 - INICIA COM DANÇAS URBANAS DA NATH INTRODUÇÃO AO PAÍS
DAS MARAVILHAS. ROUPAS NEON SIMULANDO FLORES E INSETOS.
ILUMINAÇÃO BAIXA.
Termina a dança e saem de forma bagunçada e Alice entra atrapalhada no meio.

À frente, Gêmeos e Coelho.


(COELHO)
- Eu disse que era a Alice certa!
(GÊMEOS):
- Ainda não me convenceu!
(COELHO)
- É assim que me agradece? Fiquei semanas lá em cima, seguindo uma Alice atrás da outra! E
quase fui devorado por vários animais! Imaginem só que eles andam totalmente sem roupas! E
fazem cocô na frente de todo mundo! Eu tinha que desviar o olhar, porque...
(GÊMEO 1) - interrompendo:
- Mas essa não se parece em nada com ela!
(GÊMEO 2)
- É porque é a Alice errada!
(GÊMEO 1)
- Ah, se ela fosse, ela poderia ser, mas ela não é!
(GÊMEO 2)
- Mas se fosse, ela seria!
(GÊMEO 1)
- Mas ela não é, de jeito nenhum!
(Enquanto gêmeos implicam um com o outro)
(ALICE) - falando sozinha:
- Mas o que é isso? Eu só posso estar sonhando...
(ALICE) - se dirigindo aos gêmeos:
- E se o sonho é meu, como posso ser a Alice errada? Posso saber quem são vocês?
(GÊMEO 1)
- Eu sou o Tweedledee, e ele o Tweedledum
(GÊMEO 2)
- Pelo contrário, eu sou o Tweedledum e ele o Twedledee!
(ALICE)
- Bem, Tumtatá e Tatatum... Coelho... Foi uma prazer, mas eu preciso ir... Esse sonho é meu, e
só eu devo saber como saio daqui...
(GÊMEO 1)
- Ah, você começou pelo fim!
(GÊMEO 2)
- É! Logo que chega, a visita diz:
GÊMEOS – Música
Como passou e aperte a minha mão
Diga seu nome e as coisas, as coisas como vão!?
(GÊMEOS)
- Pois é!
(ALICE) – se beliscando:
Preciso acordar! Ai!! Não está funcionando... Isso costuma funcionar...
(GÊMEO 1) – Pegando o braço da Alice, na intenção de dar uma mordida:
- Ah, eu posso tentar te ajudar...
(COELHO) interrompe enquanto Gêmeo continua segurando o braço da Alice, estático com
a boca aberta, prestando atenção na fala do coelho:
- Já sei! Vamos consultar Absolem! Ela saberá se é a Alice certa!
O outro gêmeo imediatamente agarra o outro braço da Alice e diz
(GÊMEO 2)
- Sim, vamos, eu te acompanho!
(ALICE)
- Mas...
(GÊMEO 1) – em tom de disputa com o irmão
- Não! EU te levo!
(ALICE) – direcionada para o coelho
- Eles são sempre assim?
(COELHO)
- Ah, é coisa de família... Meninos, os 2 podem acompanhá-la!!

Cena 5
Gêmeos e Coelho deixam Alice onde está a lagarta e saem de cena.
Instrumental “misterioso” de fundo.
Cenário lagarta
(Lagarta):
- Ora, ora, ora... Quem é você?
(ALICE)
- Eu sou Alice!
(LAGARTA)
- Mas eu perguntei quem é você... (em tom de mistério).
(ALICE)
- Eu acabei de responder que sou Alice... mas a questão é que não sou daqui, e gostaria de
saber s existe algum elevador ou escada que me faça subir por onde eu desci, já que ainda não
consegui acordar...(parecendo confusa)
(LAGARTA)
Então me diga quem você é...
(ALICE) - em tom de indignação:
- Mas o que seria isso, senhor Obsoleto? É algum tipo de teste? Porque se for, já vou avisando
que não costumo me sair bem em testes... Era pra eu estar aqui loira, e reprovei até no teste de
mechas... Me disseram que você saberia quem eu sou...
(LAGARTA)
-Identidade é um negócio complicado e complicado. Você pensa que é alguém que de repente
você não é. Você não é seu nome, você não é seu endereço. Porque de quem se lembra é quem
você esqueceu. Preste atenção ao conselho de uma... uma lagarta. Eu sei uma ou duas coisas
sobre metamorfose. O paraíso dos tolos é você ficar parado. Enquanto o rio correndo ao seu
redor é o que você precisa.
(ALICE)
- Tá, mas e então?
(LAGARTA)
- A vida é como o jazz. As coisas estão sempre mudando. Assim que você aprende a música, é
hora de mudar.
(ALICE)
- Você só fala em enigmas e não me responde nada! Parece um biscoitão da sorte...
(LAGARTA)
- Quanto mais as coisas mudam, mais permanecem as mesmas. De longe você parece menor,
mas de perto é tão alta e forte quanto precisa!
(ALICE)
- Eu não entendo nada...
(LAGARTA)
- Você precisa de uma pista. Bem, então aqui está a minha sugestão: Se você não consegue ver
o que está à sua frente, ele vai te ajudar:
Entra o gato com música (violão espanhol), fazendo movimentos esquisitos.
(ALICE)
- Quem é ele?
(LAGARTA)
- Chess, o gato!
(ALICE)
- E por que ele está se movendo desse jeito?
(LAGARTA)
- Ah, ele acha que está invisível...
(ALICE)
- Invisível?
(LAGARTA)
- Mas se você quer que ele te ajude, entre no jogo...
(GATO)
- Olá.................. Eu disse oláaa........
(LAGARTA) - para Alice:
- Vai, vai... ele disse olá...(em tom de “anda logo”)
(ALICE)
- Oh, de onde vem essa voz? Tem alguém aí? - Olhando para a lagarta, mostrando que estava
tentando seguir o conselho.
(GATO)
- Tem um sorriso lindo aparecendo aqui... você já consegue ver... – vai para o lado da lagarta.
E olha, agora você pode ver meus olhos também... – Vai para o lado da Alice, sapateia e
TADAM! Aqui estou: Chess, o Gato! E quem é você? – Se direcionando para Alice.
(LAGARTA) – interrompendo:
- Quem é você é MINHA fala!
(ALICE)
- Eu sou Alice!
(GATO)
- “A” Alice?
(ALICE)
- Ah, você também?! Já teve muito debate sobre isso...
(GATO)
- Debate? Eu não me envolvo com política... bem, é melhor você seguir seu rumo então...
(ALICE)
- Que rumo? Estou perdida no meu sonho e ele me disse que você ajudaria – se referindo à
lagarta.
(GATO)
- Ótimo! Tudo o que posso fazer é levar você até a lebre e o chapeleiro. Mas é isso e nada
mais! (começa a se mover estranho de novo, e a música do violão aumenta).
(ALICE) - olhando para a lagarta em tom de fingimento:
- Ah, ele sumiu de novo!
Lagarta faz que sim com a cabeça
(GATO) - corre para perto da cochia, faz um sapateado, mostra o corpo todo com as mãos,
olha para Alice e diz:
- Você não vem?
Alice olha apreensiva para a lagarta e o gato e vai.
Blackout Cenário mesa do chá na floresta
Cena 5 – Chegando na cena do chá. Na mesa o coelho, a lebre e o chapeleiro.
(GATO)
aponta o chapeleiro:
- Aquele é o Chapeleiro doido!
(ALICE)
-Não, não, melhor não...
(GATO)
- E aquela é a lebre... naquela direção
(ALICE)
- Ah, então vou falar com ela!
(GATO)
- Mas atenção! Ela também...... é maluca!
(ALICE)
- Mas eu não quero ver gente maluca!!
(GATO)
- Oh... não pode evitar! Tudo aqui é maluco! – e começa a rir como doido. Depois faz os
movimentos estranhos como se estivesse desaparecendo e falando:
- Você não notou que estou cada vez mais lá do que aqui? – e corre para a mesa.
Alice se aproxima da mesa, enquanto o Chapeleiro canta com a lebre:
(LEBRE)
Um bom desaniversário pra mim

(CHAPELEIRO)
Pra quem?

(LEBRE)
Pra mim

(CHAPELEIRO)
Pra ti?

(LEBRE)
Um bom desaniversario pra ti

(CHAPELEIRO)
Pra mim?

(LEBRE)
Sim sim

(CHAPELEIRO)
(É sim)
(LEBRE)
Vamos cumprimentarmos com uma xícara de chá,
Com um desaniversario pra ti

Alice aplaude!

(ALICE)
- Ah, que lindo! Gostei muito de ouvi-los cantando!
(LEBRE)
- Você Gostou de nos ouvir?
(CHAPELEIRO)
- Ah, que encanto de menina! Fiquei muito emocionado com isso! Quer tomar uma xícara de
chá?
(LEBRE)
- Isso, chá! Tome uma xícara de chá!
(ALICE)
-Oh, que bondade a sua! Sinto interromper seu chá de aniversário...
(LEBRE) - puxando de volta para si a xícara de chá que estava oferecendo à Alice.
- Não, não não, amiguinha! Não é um chá de aniversário!
(CHAPELEIRO)
- É um chá de desaniversário
(ALICE)
- Desaniversário? Sinto muito, mas eu não consegui compreender...
(LEBRE)
- É muito simples... 30 dias tem setem... não... bem... um desaniversário é... ah! Se não lhe dão
os parabéns, aí... ehehehehe... ela não sabe o que é um desaniversário...
(CHAPELEIRO)
- Que tolice! Ahahhaha! Eu vou explicar:
- As estatísticas provam que só há uuuum aniversário!
(LEBRE)
- Menino! Um somente cada ano?!
(CHAPELEIRO)
- Aaaaah, mas há 364 desaniversários!
(LEBRE)
- Por isso nós vamos tomar muito chá!
(ALICE)
- Ah, então hoje é meu desaniversário!

(CHAPELEIRO)
- Oh, simmm, mas você chegou atrasada, sabia levadinha?
Coelho:
- Ah, mas ainda não sabemos se é a Alice certa..
(LEBRE)
-Ah! É a Alice errada?? É a Alice errada!!!!!
(CHAPELEIRO)
Não, esta é a Alice certa – olha para a Alice – eu reconheceria você em qualquer lugar – olha
para todos na mesa – Eu reconheceria ela em qualquer lugar!
Todos riem à mesa, satisfeitos com a resposta do chapeleiro
(CHAPELEIRO)
- Como pode ver, estamos comemorando tantos desaniversários tomando chá porque eu fui
obrigado a aguardar o seu retorno!
- Bem... enfim... o tempo e sentiu ofendido e parou de existir. Não fez nem tique nem taque.
(LEBRE)
- hihihihihihi
Coelho chacoalha o relógio.
(LEBRE) - olha pra xícara:
- Xícara
(ALICE)
- O tempo é engraçado nos sonhos
(CHAPELEIRO)
- sim, mas agora que está de volta, precisamos continuar com o Glorian Day!
TODOS gritam à mesa:
- GLORIAN DAY!!
(CHAPELEIRO)
- Estou investigando coisas que começam com a letra M. Qual a semelhança entre um corvo e
uma mesa?
TODOS Gritam :
- FORA CABEÇUDA!!
(ALICE)
- O que??
(GATO)
- Fora cabeçuda, sendo que a cabeçuda é a Rainha de Copas!
(CHAPELEIRO)
- Vamos logo, simplesmente temos que explicar à Alice e coisa e tal.
(CHAPELEIRO)
– enquanto pega um relógio, coloca em frente ao rosto:
- Estou esperando!
(COELHO) - Pega o próprio relógio e diz:
- Está funcionando! Voltou a funcionar!
(GATO)
- Toda essa conversa sobre a cabeçuda me fez perder a vontade de tomar chá... (apoiando a
cabeça nas mãos desanimado).
(CHAPELEIRO)
- Olha! O mundo desmorona e o pobre Chess perdeu a vontade de tomar chá... Você fugiu
dela para salvar a sua pele, sua bola de pelos, ladrãozinho, Titicaca...
(COELHO)- interrompe
- Está passando o tempo, está passando o tempo!
(CHAPELEIRO)
Obrigado, já me acalmei!
(GATO)
- Mas o que aconteceu com você? – para o chapeleiro Você era o maior dançarino de passo
maluco de todos os tempos!
(CHAPELEIRO)
- Pois é... no Glorian Day, quando a Rainha Branca colocar novamente a coroa, só nesse dia,
eu farei o passo maluco vigorosamente!
(COELHO) - olhando para o relógio:
- A hora está passando, ela está chegando, ela está chegando!
(CHAPELEIRO)
- Bom, me ouça com atenção – se direcionando à Alice. Tenho que ser rápido: Não diga seu
nome à ela.
(ALICE)
- A quem?
(CHAPELEIRO)
- E não importa o que ela diga, concorde! Ela está chegando! Eu dou um jeito de explicar tudo
depois!
Cena 6 - Clarinadas da rainha:
(COELHO) - levanta e anuncia:
- Senhoras e senhores, é com grande orgulho pessoal que eu apresento a vocês a governante
suprema do país das Maravilhas, a Rainha de Copas!
Chega a Rainha de copas com a música e os guardas e cantam:
MÚSICA SALVE A RAINHA

(RAINHA)
- Um súdito adequado todo tempo deve ser
E não quando no chá a rainha aparecer
Falando nisso, a propósito, meu convite se perdeu?

(COELHO)
- Perdão Rainha, a honra é minha o lugar é seu! (puxando uma cadeira empurrando a lebre
que havia sentado)

(RAINHA)
- Bem, nesse caso,
Vou ouvir meu coração, então!
Vamos, cortem a cabeça!

(CARTAS)
(Então nesse caso,
Que comece a execução
Deus salve a Rainha)

(RAINHA)
E essa mocinha, de onde veio?
Não sei quem é você

(ALICE)
Oh, sim Rainha, vim de
Outro mundo pra te conhecer!

(RAINHA)
Um mundo seu o meu governo
Terrível deve ser
Agora minha jovem,
Vou te esclarecer
Se engana a mim,
Será seu fim e, sem mais
Chá e você sabe (fazendo gesto de cortar a cabeça)

(CARTAS)
(Se engana a alteza, é seu fim
Deus salve a Rainha!)

(CHAPELEIRO)
Sua majestade está linda hoje!

(RAINHA)
Sou a rainha, e isso é claro!
Senhor, me diga aonde quer chegar

(CHAPELEIRO)
Cartola, boina ou panamá
Falta um chapéu de ar....ra...sar!

(COELHO)
-Oh, eu concordo, vossa Alteza

(Lebre)
Um cabeção de realeza

(RAINHA)
-Que eu sempre serei linda é certeeeeza

(CHAPELEIRO)
-No meu ofício eu sou rei, sua cabeça é a fa...vo...ri...taaa...

(RAINHA)
Pequeno ou grande, nunca o rei daqui, Cuidado! Mais cuidado com o que quer, pois

TODOS:
Se for grande ou pequeno, nenhum será, Deus salve a Rainha!
(RAINHA)
- Aliás, não sei porque me desloquei até esse evento! Olha só que serezinhos deprimentes...
Ah, to achando esse lugar aqui com uma energia ruim...

(LEBRE)
- To achando também! Mas foi logo depois que a senhora entrou...

(RAINHA)
Oi?

(LEBRE)
- Foi depois que a senhora entrou... Se reparar, aquela plantinha ali faleceu...

(RAINHA)
- Eu não entendi...

(Silêncio geral)

(LEBRE)
- Estou dando um tempo pra ela pensar...- se dirigindo ao chapeleiro – se ela pensa explode?
Porque aí um cabeção – Chapeleiro interrompe tampando a boca da lebre:

(CHAPELEIRO)
- Hahahahaha... nossa querida lebre sempre divertindo a todos! É uma fanfarrona!

(RAINHA)
- Bem, mas estou aqui na verdade porque sei que Alice está de volta ao mundo subterrâneo!
Vocês sabem onde ela está?

(CHAPELEIRO)
- Ando investigando coisas que começam com a letra “M”. Mediocre, Motim, Morte,
Maldade...

(RAINHA)
- Procuramos uma com a letra “A”! Você sabe onde está Alice?

Alice engole a seco

(CHAPELEIRO)
- Quem? Aquela menininha? Hihihihih Eu não sei dizer!

Alice tentando disfarçar a preocupação

(RAINHA)
-Se eu cortar sua cabeça, será que assim saberá?
(CHAPELEIRO)
Hhahahahaha

(RAINHA)
- Pare de rir!

Chapeleiro engole o riso!

(RAINHA)
- E você, menina! Me fale mais sobre você! Qual o seu nome e de onde você é?

(ALICE)
- Ham...

(CHAPELEIRO)
- Sim, o nome dela é Ham...

(ALICE)
- Sim. Vim de um reino muito distante. É enorme, e não há governo. Fiquei sabendo da sua
terra, da sua audácia, da sua bondade e vim conferir de perto a tão grandiosa rainha, e me
espantei com tanta beleza!

(RAINHA)
- Ah, fale mais...

(ALICE)
- Ah, mas não sei como voltar, acho que a senhora, conhecedora de tudo aqui poderia me
ajudar, e quem sabe até ser adorada em meu reino também... Tenho certeza que faria um ótimo
trabalho... Seriam muitos súditos...

(RAINHA)
-Ah, como gostei dessa menina... Ela tem visão! Vamos andando, garotinha! Temos muito a
conversar!

(CHAPELEIRO) – Interrompe
- Com licença vossa alteza! Estava reparando e... que cabeça lamentavelmente grande a
senhora tem! Eu gostaria muito de lhe fazer um chapéu!

(RAINHA)
- Chapéu?

(CHAPELEIRO)
- Sim! Sabe, eu fazia chapéus para a Rainha Branca... Não havia muito com o que trabalhar,
tadinha! Uma cabeça tão pequena...

(RAINHA)
- Mínima! Era uma miniatura de cabeça!

(CHAPELEIRO)
- Mas essa... o que eu não poderia fazer com esse ... monumento... essa... esfera! Não, esse
globo maravilhosamente heroico!

(RAINHA)
- O que poderia fazer?

Chapeleiro para, analisa o tamanho da cabeça da rainha, fazendo um círculo grande com as
mãos e braços

(CHAPELEIRO)
- Pois bem! Seria um chapéu de palha ou um boné? Ou algo para a intimidade dos seus
aposentos! Em forma de sino, ou cogumelo, um capuz, gorro, touca ou com fitas... Turbante,
solidéu com emblemas, de feltro, escocês... chapéu coco, bicorne, tricorne, com lenço,
bandana, carapuça, com penas, para dormir, Garibaldi, fez... – Alice interrompe

(ALICE)
-Chapeleiro (com cara de interrogação)

(RAINHA)
- Vamos, você tem muito trabalho pela frente! O que estão esperando? – olhando para os
guardas - Eu disse vamos!

Cenário rosas de carmin

Cena 7 – Palácio da rainha – Parte de fora e guardas cantando as rosas de Carmin.

Bom... Bom... Bom... Bom

Vamos pintando, assim


As rosas cor de Carmim

É bom pintar
É bom passar a tinta até o fim!

Estamos pintando, sim


As rosas cor de carmim!
Bom... Bom... Bom... Bom
OOh

Vamos pintando, assim


As rosas cor de carmim

(CARTA 3)
É triste ver

(Carta 2)
Que irão morrer

(CARTA ÁS)
As rosas do jardim

(CARTAS)
OOh

Terão um triste fim


Todas assim

Assim, sim, sim, sim


Sim, sim, sim, sim

Vamos pintando, enfim


As rosas cor de carmim

(ALICE)
Desculpe a vez
Mas, Senhor Três
Por que cor de carmim?

(CARTAS)
Ãhn? OOh!

(CARTA 3)
É, o fato é, moça
Plantamos as rosas brancas por engano
E a nossa

(CARTAS)
Rainha é assim
Só quer cor de carmim

(CARTA 2)
Se ela chegar

(CARTA ÁS)
É nosso azar

(CARTAS)
Será o nosso fim!

(ALICE)
Que horror!

(CARTAS)
E como morrer é ruim
Pintamos cor de carmim

(ALICE)
Oh, ela está chegando, deixe-me ajudar
Vamos pintar assim

(ALICE e CARTAS)
As rosas cor de carmim

(CARTAS)
Silêncio, pois, senão depois
Será muito ruim
Mas, pintemos até o fim

(ALICE)
Sim, todas cor de carmim

(CARTA 2)
Nem azul

(CARTA 3)
Nem verde

(ALICE)
Nem roxo, enfim

(ALICE E CARTAS)
Mas todas cor de carmim!
(ALICE)
- A Rainha!

Afobados:

(CARTA ÁS)
- A Rainha!

(CARTA 2)
- A Rainha!

(CARTA 3)
- A Rainha!

Dança das cartas – JAZZ NURIA (Poker face – Lady gaga)

Clarinada

(RAINHA) – vendo as rosas pintadas de vermelho


- Quem que anda pintando minhas rosas cor de carmim? Quem que ousa uma tal coisa em meu
real jardim? Alguém vai ter um mal fim por ter me enganado assim!

(CARTA 2) apontando para a 3:


- Oh não não majestade, piedade! A culpa é dele!

(CARTA 3) - apontando para o Ás:


- Eu não, senhora! O Ás, o Ás! Foi ele, majestade! Foi ele!

(RAINHA)
Oh!

(CARTA ÁS)
- Não! O 2, o 2!!

(Carta 2)
- Não! O 3!

(RAINHA)
- Basta!! Cortem as cabeças!!

MÚSICA ROSAS DE CARMIN

(CARTAS) – Levando embora os 3 soldados


- As 3 cartas vão morrer
Perder a cabeça enfim!
Por que pintaram rosas brancas todas de carmim
As 3 cartas vão morreeeer

(ALICE) – olhando assustada(RAINHA)(Música abaixando)


(RAINHA)
- Guardas! Levem os dois para seus aposentos!

(RAINHA) - pegando no nariz da Alice


- Conversaremos mais tarde, amorzinho! Que gracinha gente!
Guardas direcionam chapeleiro e Alice

Blackout (Música morre) Cenário dentro do quarto

Cena 8 – dentro do castelo, guardas colocam Alice em um quarto e saem.


Alice assustada e triste começa a analisar o ambiente.

(ALICE)
- Quanto mais eu ando, mais distante de casa eu fico... será que nunca vou conseguir voltar?

Música Lar

Lar é onde estão


Lembranças, memórias
É mais que um lugar
Um endereço ou algo assim

Onde devo sonhar


E não só dormir então
Lar é onde mora o coração

Como quero me sentir


Em casa agora
Quando devo voltar eu não sei

Sorriso que se dá
Num álbum com fotos
Não importa o que houver
Nada vai mudar

Onde quer que eu esteja


É certo sim, eu sei
Sã e salva ficar
Pra onde devo voltar
Como quero encontrar
Meu lar

(COELHO) - entra com roupas e acessórios nas mãos:


- Alice!

(ALICE)
- Coelho!

(COELHO)
- A rainha falou que você estava desleixada e mandou te entregar essas coisas. Disse que era
para você vestir, e não se demorar! A rainha não gosta de esperar, sabe?

(ALICE) sarcástica analisando as coisas:


- Coelho! Que bom ver você! Me jogaram aqui... Oh, mas quanta elegância (sarcástica) – e
mostra algum ítem brega e extravagante ao coelho.

(COELHO)
Ah... O Chapeleiro te aguarda! Vocês precisam conversar!

(ALICE)
Você sabe onde ele está? Precisamos conversar, mas não tivemos tempo desde que
chegamos... Quero manter minha cabeça presa no pescoço. Preciso ir embora! E se a Rainha
descobre quem eu realmente sou...

(COELHO)
- Sim sim sim! Vamos, se vista e eu te levo até lá!

Alice coloca alguns acessórios e se mostra em dúvida sobre alguns outros e coelho ajuda.
Luzes vão abaixando até blackout.

Cenário Quarto branco


Cena 9: Prisão onde está a Rainha Branca. Tudo branco dentro da cela. Chega a Lebre:

(RAINHA BRANCA)
- Quais são as novidades, Lebre?

(LEBRE)
- Alice chegou ao submundo... Ela está aqui no palácio!

(RAINHA BRANCA)
- Oh, sim! Vejo que a profecia vai se cumprir! Logo estaremos todos juntos, e eu fora daqui!
Você fez um ótimo trabalho me contando! – Começa a acariciar a cabeça da lebre que se
derrete de forma engraçada e aponta outro local para um cafuné...

(RAINHA BRANCA)
Ah, já ia me esquecendo: Entregue esta chave à Alice. A chave da minha cela está na coroa da
Rainha. Diga para ela trocar. Ela terá oportunidade! Vamos, ande!

Lebre faz mais um sinal de cafuné e não recebe... faz um sinal de tá bom, vai... e começa a
andar.

Blackout Cenário quarto do chapeleiro

Cena 10 – Alice chega no quarto do Chapeleiro, sem chapéu na cabeça, onde encontra
ele acorrentado, fazendo chapéu.

(ALICE)
- São maravilhosos! Me deixe experimentar um?

(CHAPELEIRO)
- É ótimo trabalhar no meu ofício novamente!

(ALICE)
- Pena que tem que fazer os chapéus pra ela!

(CHAPELEIRO)
- O que tem o chapeleiro comigo? Chapeleiro? – Chapeleiro tem uma crise e começa a jogar
os chapéus.

(ALICE) o acalma:
- Chapeleiro!

(CHAPELEIRO)
- Você sabe qual é a semelhança entre um corvo e uma mesa? Eu não gosto daqui... minha
cabeça não para! Será que estou ficando louco?

(ALICE)
- Eu acho que sim... Você está completamente pirado! Mas eu vou te contar um segredo: As
melhores pessoas são assim. Toma – colocando o chapéu na cabeça dele. – Assim está
melhor... voltou a ser o de antes.

Voz da rainha gritando (ela não entra na cena):


- Homem do chapéu! Onde estão os meus chapéus? Eu não sou paciente!
(CHAPELEIRO)
- A Rainha esconde uma chave na coroa! Precisamos pegar a chave para libertar a Rainha
Branca! A lebre vai ajudar você! Vá! BLACKOUT

Cenário corredor do castelo


Cena 11: Alice encontra Lebre no corredor do castelo.

(LEBRE)
- Alice! Estava te procurando. A Rainha Branca pediu pra te entregar a chave! Troque com a
Rainha! Mas troque bem trocadinho e não destroque! Mas será que ela vai querer essa que eu
te dei? Bom... deixa eu perguntar a ela e... Alice interrompe:

(ALICE)
- Não! Fique aqui!

(LEBRE)
- Se pegar a chave certa, te levo até a Rainha Branca! Hihihiih Ela vai te fazer um cafuné.

(ALICE)- Olha com cara de estranhamento:


- Fique aqui, que eu darei um jeito. BLACKOUT

Cenário quarto do chapeleiro


Cena 12: De volta ao quarto do chapeleiro, rainha está lá sentada e chapeleiro colocando
alguns chapéus no cabeção, sem as correntes. Um dos gêmeos de quatro em frente à
rainha e ela com os pés apoiados nele. Alice entra. Uma mesa com a coroa em cima entre
a cadeira da rainha e uma cadeira vazia.

(RAINHA)
- Ham! Que bom que está aqui! Olhe como está linda!

(ALICE)
- Oh, obrigada! A senhora tem muito bom gosto... falando com a Rainha e olhando tentando
entender o gêmeo de apoio de pés.

(RAINHA)
Sente-se! Quer um desses? Adoro minhas gêmeas! São muito confortáveis e quentinhos!
Anda, tem outro igualzinho ali! – e aponta o outro gêmeo. Sente-se! – em tom de ordem.

Alice senta e percebe a coroa ao seu lado.

(ALICE)
Mas que bela coroa a Rainha tem!
(RAINHA)
Oh, claro querida... sem dar muita atenção, pois está preocupada com o chapéu.

Chapeleiro sem dizer nada tenta fazer um gesto com o olhar para a Alice e a Coroa.

(CHAPELEIRO)
-Ora, minha rainha! Fico feliz em ver como ficam lindos os chapéus em tão majestosa cabeça!
Olhe esse, que ar de mistério... Cadê a minha rainha? Aqui! – Colocando e tirando um
chapéu que desce para parte do rosto da rainha. Rainha dá uma risada esquisita e
satisfeita. – A senhora fica particularmente linda assim – e coloca o chapéu tampando
totalmente o rosto da rainha. Rainha tira o chapéu do rosto e olha o chapeleiro intrigada.

Enquanto isso, Alice está aproveitando o momento de distração e trocando as chaves da


coroa.

(RAINHA) – Apontando um chapéu.


- Bem, vou usar esse aqui hoje na apresentação de Ham, como minha conselheira real, aos
súditos! A propósito, será hoje antes do jantar!
Olha para Alice - Não se atrase! Será glorioso! Esteja pronta! Ah, ia me esquecendo: Este é
seu! – Dando à Alice o chapéu que o Chapeleiro usava para cobrir o rosto da rainha,
olhando para o chapeleiro em tom afrontoso.

Rainha sai, e gêmeos ficam felizes e aliviados. Ouve-se então a voz da rainha:

- Onde estão os minhas gêmeas? GÊMEAAAAAS!

Os 2 saem correndo atrás

(ALICE)
- Conselheira?! Mas eu mal troquei algumas palavras com ela... Ela mal ouviu a minha voz!

(CHAPELEIRO)
- Ah minha menina! Certamente foi o que ela mais amou em você!

(ALICE)
mostrando a chave eufórica
- Olha o que eu consegui! Preciso correr! A lebre me espera! Você vem?

(CHAPELEIRO)
- Não, a rainha precisará de distração! Corre, corre, vai!

Alice sai correndo. Chapeleiro começa a andar pelo ambiente, vendo os chapéus e canta:
Balada do louco

Dizem que sou louco por pensar assim


Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Eu juro que é melhor


Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu
Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz

Blackout Cenário quarto branco

Cena 13 – Alice com a Lebre abrindo a cela da Rainha Branca.

(RAINHA BRANCA)

- Oh, finalmente! Tanto tempo nesse lugar! – e abraça Alice e a Lebre.

(ALICE)
- Sim, mas e agora, o que vamos fazer? A Rainha agora mesmo deve estar me aguardando pra
... como era mesmo que ela disse? Ah, sei lá... ela ia me apresentar como alguém oficial pra
ficar quieta do lado dela.

(RAINHA BRANCA)
- Ah, deixe que da minha irmã, eu cuido!

(ALICE)
- Sua irmã? Vocês são irmãs? Mas o que aconteceu?

(RAINHA BRANCA)
- Oh, longa história, minha querida. Mas o fato é que ela sempre foi rebelde desde os tempos
de infância, e meu pai preferiu deixar a coroa a mim, mesmo sendo mais jovem, e bela... E
como pode ver, ela não aceitou muito bem os desejos de nosso pai... Ela espalha por todo
reino que eu morri...

(LEBRE) – fazendo sinal de que está escutando algo:


- Alice, Alice! Estão te procurando! Vamos, temos que correr!

(ALICE)
- Vamos, vamos!

(RAINHA BRANCA)
- Sim, vamos!

Blackout Cenário fora do castelo

Cena 14 – no Palácio, Rainha de Copas, Chapeleiro, Coelho Branco e Cartas


aguardando Alice.

(Rainha de Copas) – Impaciente andando e um lado para o outro:


- Ora, mas onde se meteu essa menina? Ela não sabe que não posso ficar esperando?

(CHAPELEIRO)
- Ah, minha linda cabeçuda, ela deve estar se arrumando como pediu! Uma cerimônia dessas...
não deve querer se apresentar de qualquer jeito, coitadinha...

(RAINHA DE COPAS)
Haaaaaaaaaaaam!!!!!!

(CHAPELEIRO)
Calma, ele deve estar chegando.

(RAINHA DE COPAS)
- Vá busca-la!!! Já!!

(COELHO)
- Se meu relógio está certo, ela chegará em cinco, quatro, três, dois...

(ALICE) chegando com a Rainha Branca e a Lebre:


- A senhora chamou, Rainha?

(RAINHA DE COPAS)
- Não, não pode ser! Mas o que....

(RAINHA BRANCA) - interrompe


- Estou muito magoada minha irmã... Não me convidou para tal cerimônia... como pôde me
esquecer?

(GATO) – aparece fazendo a “dancinha do invisível”. Todos param a cena e observam o


gato chegando de forma esquisita, passando entre todos.
- Ah, eu preciso ver isso de perto! – parando entre as rainhas.

(RAINHA DE COPAS) – Empurra o gato e grita apontando para a Rainha Branca, Alice e
a Lebre:
- TRAIDORES!!! ANDEM! CORTEM AS CABEÇAAAAAS!

Nesse momento, todos se curvam à rainha Branca, que sorri.

(RAINHA DE COPAS)
- Mas o que estão fazendo?! Andem, me obedeçam!

(RAINHA BRANCA) – apontando para as cartas.


- Por favor, poderiam levá-la pra onde fiquei tão bem instalada por todos esses anos?

(RAINHA DE COPAS) - Enquanto é levada por 2 guardas.


- Nãaaao, EU SOU SUA RAINHA! EU SOU A MAIS VELHAAAAA! A COROA É
MINHAAAA!!

Rainha branca com ar de satisfação.

(CHAPELEIRO)
- É o Glorian Day, meus amigos! Sentem o cheiro de alegria?

(GATO)
- Hoje é dia de passo maluco?

Todos aleatoriamente:
- É, sim! Passo maluco!

(CHAPELEIRO) faz uma dança tímida, e para:


- Não, vocês merecem mais!

Blackout

Todos saem do palco e entram as danças urbanas com a dança do passo maluco.
Professor Rafael

Termina a dança, e saem do palco e entram novamente os personagens felizes.

(ALICE) - triste
- Bem, vejo que tudo terminou da forma como planejaram... Mas eu ainda não sei como volto
pra casa... acho que nunca mais vou ver meus pais... e minha gata Dinah... - e começa a
chorar... põe as mãos no rosto e chora com os olhos fechados...

Blackout

Cenário árvore
Alice continua chorando. Todos saem rapidamente de cena volta a árvore que Alice
estava para cochilar enquanto lia. As luzes voltam, Alice aparece chorando debaixo da
mesma árvore que estava quando lia antes do coelho chegar. Dinah está ao lado.

Alice tira as mãos do rosto e olha tudo ao redor, surpresa:


- Ah! Eu não acredito! – Olha para Dinah – Dinah, é você! Então eu estava mesmo sonhando...
mas tudo pareceu tão real! Eu acho que estou ficando maluca, só pode!

Jogam da cochia a cartola do Chapeleiro, com um bilhete preso:

(ALICE)
- Maluca, piradinha... Mas são assim as melhores pessoas... – Alice coloca o chapéu, com cara
de boas lembranças - Vamos, Dinah! Temos muito pra conversar hoje! – e sai do palco.

Alice canta a música Alice da Avril Lavigne

Tripping out
Spinning around
I'm underground
I fell down
Yeah I fell down

I'm freaking out


Where am I now?
Upside down
And I can't stop it now
It can't stop me now

I'll get by
I'll survive
When the world's crashing down Entra elenco e canta junto
When I fall and hit the ground
I will turn myself around
Don't you try to stop me
I won't cry

I found myself in wonderland Somente Alice


Get back on my feet again
Is this real? Is this pretend?
I'll take a stand until the end

I'll get by
I'll survive
When the world's crashing down
When I fall and hit the ground
I will turn myself around
Don't you try to stop me
I won't cry elenco canta junto

I'll get by
I'll survive
When the world's crashing down
When I fall and hit the ground
I will turn myself around
Don't you try to stop me
I won't cry

Fim

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