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No final do capítulo colocamos um Desconto Especial para você.
O casal dia nte do e spelho e a reconstrução do vínculo do amor.O livro revela a importância de obs ervar a relação conjugal por mei o de di ferente s abor dagens te óricas, ba seadas em evidê ncias cientí ficas, que e xpõem s ua compreensão e forma s de trabalho. Há diversos modelos que são integrativos, re forçando a proposta da obra de que é possível ter di ferentes perspe ctivas e trabalhar com ela s. Assim como um casal que compre ende suas difere nças e a s aproveita para o e nrique cimento da rela ção.
ISBN 978-85-9501-166-3
CDU 159.922
2020
© Sinopsys Editora e Sistemas Eireli, 2020
O casal diante do espelho e a reconstrução do vínculo do amor
Iara L. Camaratta Anton (org.).
Débora Albé Sartori. Psicóloga pela Universidade de Caxias do Sul. Especialização em Terapia
Familiar pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional de Caxias do Sul IDEAU – em parce-
ria com o Centro de Terapia de Casal e Família (Domus). Curso de Formação em Constelação
Familiar pelo RECRIAR – Centro de Estudos Avançados em Medicina e Psicologia, Caxias do
Sul. Trabalha na clínica psicológica, atendimento individual, casal e familiar.
Gabriela Pavan. Médica Psiquiatra pelo Hospital São Lucas (HSL/PUCRS). Especialista em
Psicoterapia de Orientação Analítica pelo CELG. Membro Aspirante da Sociedade Psicanalítica
de Porto Alegre (SPPA). Colaboradora do Ambulatório de Psicossomática do HSL/PUCRS.
Joice Cadore Sonego. Psicóloga pela Universidade Federal de Santa Maria. Especialização
em Atendimento Clínico - Ênfase em Psicanálise, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado em
Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadora associada
do Núcleo de Infância e Família da UFRGS. Docente do Centro Universitário da Serra Gaú-
cha (FSG). Membro do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário da FSG. Expe-
riência na área de Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Pesquisa em psi-
cologia, psicanálise, desenvolvimento humano e ciclo vital, transição para a parentalidade em
diferentes contextos, interdisciplinaridade.
Madeleine Scop Medeiros. Psiquiatra pela UFRGS. Mestre em Medicina pela PUCRS. Pre-
ceptora da Residência em Psiquiatria da UFCSPA/HMIPV.
Maiton Bernardelli. Doutorando em Saúde Coletiva pela Unisinos. Mestre em Saúde Cole-
tiva pela Unisinos. Bolsista CAPES - PROSUP. Docente no Centro Universitário da Serra
Gaúcha (FSG). Graduado em Psicologia pela Faculdade da Serra Gaúcha, com ênfase em
Saúde e Educação. Especialista em Psicologia Clínica. Especialista em Terapia Sistêmica pelo
CEFI-POA. Experiência como psicólogo clínico em consultório e em instituição de saúde
privada. Atua em projetos de educação em saúde, vulnerabilidades em saúde, bioética, epide-
miologia e indicadores de gestão em saúde.
Mara Lins. Psicóloga. Mestre em Psicologia Social. Doutora em Psicologia Clínica. Especialista
em Terapia de Casal e Família. Docente e Supervisora de cursos de pós-graduação. Diretora do
Autores vii
Patrícia Manozzo Colossi. Psicóloga. Doutora e Mestre em Psicologia Clínica pela Unisi-
nos. Especialista em Psicoterapia Familiar e de Casal pela Unisinos. Editora da Revista Uni-
verso Psi-FACCAT.
Silvia Maria Pedrotti Mazzotti. Pedagoga pela Universidade de Caxias do Sul. Psicóloga
pela Universidade de Caxias do Sul. Especialização em Terapia Familiar pelo Instituto de De-
senvolvimento Educacional de Caxias do Sul - IDEAU-Faculdades IDEAU em parceria com
o Centro de Terapia de Casal e Família (Domus). Docente no Centro Universitário da Serra
Gaúcha (FSG). Supervisora de Prática Clínica Sistêmica no FSG. Coordenadora do Grupo
de Convivência na Melhor Idade no FSG. Atua como Psicóloga Organizacional, e Clínica
Sistêmica, no atendimento individual, casal e família. Desenvolve programas de orientação
vocacional. Coordena grupos de estudos, oficinas e capacitação profissional. Na área social e
comunitária, presta atendimento voluntário, em projetos de desenvolvimento humano. Parti-
cipa de programas na área de comunicação, rádio e televisão, com temáticas voltadas ao indi-
víduo, com enfoque sistêmico relacional.
Sumário
Prefácio............................................................................................ 13
Mara Lins
Apresentações................................................................................. 15
Iara L. Camaratta Anton
Parte I
Casais: diferentes faces em diferentes circunstâncias
1 A magia e os desafios do ciclo vital........................................... 26
Iara L. Camaratta Anton
2 O nascimento de um filho enfermo e seu
impacto na conjugalidade......................................................... 35
Márcia Camaratta Anton
3 Os pais no tratamento de crianças............................................ 42
Sheyla Maria Borowski
4 O olhar da neurobiologia e a inclusão da
sexualidade: novos recursos na terapia de casal...................... 56
Marli Kath Sattler e Helena Centeno Hintz
5 Abordagem da sexualidade do casal em
terapia: um tema delicado?...................................................... 66
Diego Villas-Bôas da Rocha
x Sumário
Parte II
O casal diante do espelho terapêutico:
psicoterapia de casal teoria e técnica
12 Crianças e terapia de casal........................................................ 132
Iara L. Camaratta Anton
13 Indicações e restrições à terapia de casal................................. 149
Iara L. Camaratta Anton
14 Contato telefônico para marcação de
consulta no atendimento a casais............................................. 173
Iara L. Camaratta Anton
15 Primeira sessão em terapia de casal......................................... 192
Iara L. Camaratta Anton
16 Contrato terapêutico................................................................. 207
Iara L. Camaratta Anton
Sumário xi
Quem tem o privilégio de conhecer Iara, seja por sua escrita didática e
fluida, por seus ensinamentos em aula, seja pelo seu sorriso que aproxima,
sabe que sua obra é essencial para a formação de um bom terapeuta de casal.
Suas reflexões ficam reverberando nas nossas mentes, abrindo possibilidades
de caminhos para a compreensão e para a ajuda. Sua sensibilidade, inteligên-
cia e amor pelo o que faz se revelam neste livro.
Na qualidade de terapeuta de casal a conheci (e muito aprendi)
como professora. Sendo assim, fiquei sem palavras ao receber o convite
para prefaciar seu livro! Alguém que você admira lhe convida para parti-
cipar de algo tão precioso? Uma honra, um presente, um afeto... o senti-
mento é de gratidão.
Este afeto me move a falar de amor. Este livro fala de amor. Amor
das relações familiares, conjugais, amor pela existência. Como o ciclo da
vida familiar, o livro também perpassa por fases, etapas que tiveram
adaptações ao novo momento, da mesma forma que as famílias necessi-
tam se reorganizar para lidar com as novas circunstâncias. Morfogênese
para os processos de mudança e morfoestase para o equilíbrio se estabele-
cer novamente. Capítulos da edição de O casal diante do espelho: psicote-
rapia de casal – teoria e técnica, publicado anteriormente pela Casa do
Psicólogo, receberam uma revisão e novos capítulos participam como re-
cém-chegados integrantes da família que trazem sua contribuição. Esta,
14 Prefácio
O tempo voa.
E, quanto mais o tempo passa, mais se percebe que, graças às novas tecnologias, o
mundo, aparentemente, estreitou-se, de modo que nos é permitido, num piscar de
olhos, entrar em contato com estudiosos talvez geograficamente distantes que, ba-
seados em pesquisas científicas e em vivências psicoprofiláticas ou terapêuticas, co-
locam-nos a par de tantos pontos de vista em comum, semelhantes, diferentes, di-
vergentes ou complementares, se comparados aos nossos próprios referenciais.
Neste novo formato de O casal diante do espelho, múltiplos olhares, escutas e in-
tervenções foram incluídos, por meio de capítulos inéditos, da autoria de colegas, psi-
cólogos e psiquiatras, cujas pessoas e trabalho admiro muito. Agradeço a cada um por
tornarem a leitura desse livro ainda mais instigante, integrativa e enriquecedora.
O DESENVOLVIMENTO DAS
CIÊNCIAS E A PSICOLOGIA
NOVOS OLHARES
REFERÊNCIAS
Maturana, H R. & Varela, F. (1995). A ár- Vasconcellos, M. J. E. (2002). Pensamento
vore do conhecimento. Campinas: Editorial sistêmico: O novo paradigma da ciência.
Psy. Campinas: Papyrus.
Parte I
Casais: diferentes faces em
diferentes circunstâncias
1
A magia e os desafios
do ciclo vital
Iara L. Camaratta Anton
A análise do ciclo vital pode ser feita a partir de qualquer ponto da histó-
ria, não necessariamente de um casamento, do nascimento de um filho,
de uma perda ou de algum ganho significativo. Cada início segue a al-
gum fim, cada movimento representa uma passagem, uma despedida,
uma inauguração – mesmo aqueles que se repetem incessantemente...
INTRODUÇÃO
Chegou às minhas mãos esta mensagem, escrita por Aline Groff Vi-
vian, a respeito de sua filha Alice, de apenas quatro anos de idade. Imediata-
mente, pedi para incluí-la no corpo deste livro, pois ela expressa, com beleza
e poesia, nossa perplexidade diante do ciclo vital. Suas palavras:
Dia desses, ainda do alto de seus quatro aninhos, Alice me fez um pe-
dido inusitado: “Mamãe, me dá uma folha bem cheia de nada?!”
Eu e o mano nos olhamos, tentando entender, e ela explicou: “Eu vou
fazer um livro. Eu quero escrever meu nome, sem ficar escorregando.”
De posse da folha colorida, depois de um tempo na empreitada de
ilustrar e assinar a obra, a mocinha encerrou uma parte da tarefa que
levará toda a vida para preencher.
O casal diante do espelho e a reconstrução do vínculo do amor 27
ELOS
TRIÂNGULOS
grande amor entre um príncipe e uma princesa, que, juntos, serão fe-
lizes para sempre... Essas metáforas são extremamente sugestivas, em
relação à formação de díades e de triângulos.
Na prática, tanto ser filho ou filha como ter seus próprios filhos é
algo complexo e desafiador. Triângulos diminuem riscos de engolfamen-
to, presentes em relações exclusivamente diádicas, mas também mobili-
zam fantasias e temores de exclusão. Ninguém está livre de vivenciar
ansiedades desse tipo, em diversos momentos de sua vida. A existência
de “apegos inseguros”, como característica pessoal, pode resultar em di-
ficuldades aumentadas perante à formação de triângulos – de quaisquer
triângulos, incluindo a presença de um filho na vida do casal.
De acordo com Bowen (citado por Nochols & Schwartz, 2007),
“praticamente todos os relacionamentos são influenciados por tercei-
ras pessoas – parentes, amigos, até lembranças”, sendo que a ansieda-
de exerce uma influência significativa nestes vínculos. Parceiros em
conflito tendem a buscar apoio em um terceiro, o que pode ser algo
regular (fixo) ou não. “O que faz com que os triângulos sejam proble-
máticos é que eles tendem a se tornar habituais e a corromper o rela-
cionamento original. A triangulação deixa sair o vapor, mas congela o
conflito” (Nichols & Schwartz, 2007, p. 131-132).
A expectativa é que um filho expresse e fortaleça o amor, a união
entre o casal. Não é o que necessariamente acontece. Uma tendência na-
tural (e histórica, ou arcaica) é a mãe procurar e encontrar reforço em sua
própria mãe e em outras mulheres de sua confiança. E um fato nada in-
comum é o pai buscar consolo entre amigos, bebidas e em outras mulhe-
res (confidentes, prostitutas ou amantes). A formação deste novo triângu-
lo – pai, mãe e filho – reativa memórias infantis, inconscientes. Vivifica
fantasias e temores de exclusão, ameaças ao apego conjugal. Consequen-
temente, desperta emoções primitivas, podendo desencadear inveja, ciú-
me e muita raiva, que podem se manifestar de diversas formas.
De acordo com Johnson e Whiffen (2012, p. 99), “isolamento,
separação ou desligamento de uma figura de apego é inerentemente
traumatizante”. E, curiosamente, a dependência absoluta do bebê em
32 A magia e os desafios do ciclo vital
relação a figuras maternas tende a ser mais bem atendida por meio dos
estreitos laços entre a própria mãe e seu filho, o que pode ser sentido
como excesso ou como algo que não permite outras inclusões (como a
do próprio pai que, inclusive, pode ver ameaçado em seu lugar de mari-
do). Johnson e Whiffen (2012), citando Bowlby, Casidy e Shaver, assim
descrevem a “perspectiva do apego nos relacionamentos infelizes”:
REFERÊNCIAS
Anton, I. L. C. (2012). A escolha do cônju- Nichols, M. & Schwartz, R. (2007). Tera-
ge: Um entendimento sistêmi-co e psicodi- pia familiar: Conceitos e métodos (7.ed.).
nâmico. Porto Alegre: Artmed. Porto Alegre: Artmed.
Anton, I. L. C. (2018). Vínculos em saúde Pincus, L. & Dare, C. (1978). Secrets in the
mental. Novo Hamburgo: Sinopsys. family. London: Faber.
Johnson, S. M. & Whiffen, V. E. (2012). Os
processos do apego na terapia de casal e da família.
São Paulo: Roca.
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