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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Janile da Silva Souza

LITERATURA SHAKESPEARIANA COMO FERRAMENTA DE


APRENDIZADO NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Fortaleza – CE
2023
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Janile da Silva Souza

Trabalho apresentado como


requisito obrigatório para conclusão
do curso de Letras – Inglês –
Formação Pedagógica, no formato
de artigo científico, resultante da
pesquisa desenvolvida no ano de
2023, sob a orientação de Profa.
Dra. Márcia Dias Lima da Silva.

Fortaleza – CE
2023
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

LITERATURA SHAKESPEARIANA COMO FERRAMENTA DE


APRENDIZADO NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Janile da Silva Souza1

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre as vantagens da introdução de


uma literatura em Língua Inglesa na base comum curricular dos alunos do ensino
fundamental II. Para fins de apoio cultural, o renomado poeta Inglês William
Shakespeare surgiu como inspiração devido à sua vasta coleção de obras. A Língua
Inglesa, apesar de sempre ser citada por sua relevância, se mostra cada vez mais
desinteressante para o aluno do ensino fundamental II, sendo explorada de maneira
mecânica e formal, com textos longos e exigindo do professor um esforço extra para
atrair a atenção do aluno, que já vem do ensino fundamental I com o conhecimento
básico do vocabulário devido à pouca carga horária. Assim, faz-se necessário um
plano para atrair a atenção do aluno, sendo a literatura o método desenvolvido
nesse artigo, por meio da criação de um projeto de clube do livro nas escolas.

Palavras Chaves: Métodos de ensino. Língua Inglesa. Ensino Fundamental,


Shakespeare.

1 Aluna concludente do curso de Letras – Inglês – Formação Pedagógica.


1 INTRODUÇÃO

A sociedade progride disseminando a ideia de que falar outras línguas é


sinônimo de desenvolvimento pessoal e profissional, além de melhoria cultural para
as pessoas, uma vez que são estimuladas a aprender um idioma desde criança,
afinal “Inglês é importante” e é a “língua do futuro”. Conforme a revista National
Geographic Brasil (2023), “o Inglês é a língua mais falada no mundo, com cerca de 1
bilhão e 270 milhões de falantes.”
Tal linha de pensamento que faz pensar no contato com outros países,
tanto para visita quanto trabalho, ou motivos quaisquer, leva diretamente ao status
de que em primeiro lugar, o brasileiro busca a melhoria de vida. Nenhum ser deseja
o fracasso, portanto, é natural que se relacione o sucesso com a vida fora do local
onde se originou, as vezes bairro, outras vezes cidades. Em sua maioria, o país de
nascimento.
De acordo com BECAS, SANTANDER (2023): “Um dos motivos pelos
quais o inglês é tão importante se deve ao fato de que é possível encontrar alguém
que fala ou se comunica no idioma em praticamente qualquer lugar do mundo, já
que ele carrega o status de língua franca. Sua importância, no entanto, vai muito
além, pois se trata do idioma oficial ou cooficial de 58 países”.
Primordialmente, faz-se necessário que o contato com a língua inglesa
seja de forma natural, convidativa. Assim, fica a cargo do professor de inglês aplicar
técnicas educacionais apropriadas a cada faixa etária.
Diversas formas de se trabalhar o inglês são bem-vindas, desde o uso do
projetor, com séries ou filmes, ou até mesmo jogos com premiações aos melhores
colocados.
De certa forma, é comum estabelecer o padrão de que deveremos dar
mais atenção aos alunos mais jovens, uma vez que costumam se interessar por
atividades vistas como lúdicas. Nessa idade, ainda, pode-se explorar as músicas,
inclusive, as danças e os gestos utilizados nas canções colaboram com a percepção
e entendimento.
Os desenhos e a repetição dos nomes em inglês de cada figura,
juntamente com sons escolhidos para fixar na cabeça dos que ainda não sabem
como reproduzir a imagem em palavras se tornam grande aliados para o
aprendizado enquanto paralelamente aprendem sua língua materna.
Contudo, aos que já se encontram alfabetizados, cabem métodos
diferenciados. A estes, o simples gesto de linkar algo estudado com um livro já lido,
um jogo do momento, aplicativo ou alguma atividade – profissional ou hobby –
desenvolvida pelos pais dos alunos, transforma a visão dos mesmo com relação ao
aprendizado da disciplina de inglês.
Segundo HARDACH (2018),

“ao comparar a desenvoltura das crianças com a dificuldade de um


adulto em cursos de idiomas, seria simples concluir que o melhor é
começar a aprender uma nova língua na infância. (...) Nessa idade,
as crianças não aprendem um idioma - elas o adquirem.”

Nota-se com preocupação a falta de interesse cada vez maior de algumas


crianças do ensino fundamental II2 em participar das aulas, seja por receio de ler
algo errado ou por mera falta de conhecimento dos assuntos abordados.
Partindo desse ponto de vista, surgiu a ideia deste artigo, desenvolver um
método de pesquisa baseado na inserção de literatura inglesa nas aulas de Inglês,
ou em um horário paralelo, por meio de um club do livro – Book club – como medida
de chamar atenção dos alunos e então fomentar o interesse pelo idioma, sendo fator
positivo para a vida, seja profissional, social ou acadêmica.
Para tanto, se busca realizar uma pesquisa a respeito do conhecimento
dos alunos sobre autores e livros, para além de instigar a curiosidade, provocar
tópicos de conversa entre eles, assim despertando o interesse pela oficina
desenvolvida, uma vez que sem a participação dos mesmos, o projeto todo será em
vão.
No que diz respeito à questão profissional, SOROCABA (2018) afirma que
“os profissionais que conhecem um idioma estrangeiro podem ter um ganho salarial
de até 51,89% em relação aos que não sabem falar outra língua.”
Ganha destaque na empresa aquele que age profissionalmente e o que
consegue desenvolver a conversação em outros idiomas. Aqui, o papel da escola é
primordial, pois desde sua base o aluno precisa entender que muitas vezes, apesar
de não pensar que em um futuro não muito distante, ele poderá se tornar um

2 Observação própria, pela visão de professora de Inglês em uma escola particular.


profissional que precise ministrar palestras ou apresentar relatórios em curto
períodos, muitos caminhos poderão se abrir para aqueles que possuem boa
comunicação.
Quanto à questão social, existem no mínimo duas vertentes importantes a
serem mencionadas: o lado pelo qual a mídia exige conhecimentos básicos em
inglês para se comunicar nas redes sociais e opção em que a pessoa que não se
interesse pelo idioma possa vir a ser cada vez mais deslocado pela sua comunidade,
afinal está cada vez mais comum o uso dos aplicativos de redes sociais em todas as
faixas etárias.
Além de tudo, a BNCC “prioriza o foco da função social e política do inglês
e, nesse sentido, passa a tratá-la em seu status de língua franca.” (BNCC, p. 241)
Por conseguinte, academicamente, o estudo da língua inglesa é
necessário devido ao fato de que a maioria dos conteúdos de pesquisa – seja livros
ou artigos – vêm em língua inglesa e muitas vezes não são traduzidos e adaptados
para o nosso idioma.
É cientificamente frisado pela PUCRS (2022) que

“ao aprender outro idioma, além de melhorar a sua capacidade


cognitiva, você também previne doenças. Um estudo da
Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, mostra que quem
fala mais de uma língua tem mais facilidade em conciliar várias
tarefas ao mesmo tempo.”

Indo além do supracitado neste artigo, os benefícios de estudar uma


língua estrangeira vão desde aumentar a capacidade de memorização, a melhoria
do raciocínio lógico e, claramente, enriquecimento do vocabulário, tanto na L. E.
quanto no português, ao se procurar a tradução das palavras e seus significados.
Portanto, levanta-se o questionamento “O estudo da literatura no
ambiente escolar, por meio de um clube do livro, auxiliaria a despertar o interesse
dos alunos pela Língua Inglesa?”
Pretende-se em primeiro lugar, realizar uma pesquisa sobre o
conhecimento das crianças acerca da literatura inglesa. A partir daí, questionar as
opiniões sobre as leituras das obras de L.I e sobre a leitura em língua inglesa.
Assim, em um terceiro momento, fomentar um clube do livro como projeto escolar.
2 A LITERATURA

Para o dicionário PRIBERAM, a literatura é definida – entre outros – como


“Disciplina que estuda obras, temas e autores literários”.
Segundo SARTRE (2004), “a leitura é um exercício de generosidade; e
aquilo que o escritor pede ao leitor (...) somente essa pessoa se entregará com
generosidade; a liberdade a atravessa de lado a lado e vem transformar as massas
mais obscuras da sua sensibilidade.”
Uma pesquisa feita em 2022, em comemoração ao dia do livro – 2 de abril
– indica que o público infantil é o que mais lê no Brasil, segundo o R7 (2022) “a
faixa etária dos 5 aos 10 anos de idade é o perfil com maior frequência de consumo
de livros de literatura, independentemente do suporte.” Completa ainda que “Essas
crianças representam 23% de toda a população e costumam ler diariamente ou
quase todos os dias por vontade própria”
Observa-se notoriamente a diferença da criança que busca qualquer tipo
de literatura para aquela que prefere não se prender aos livros. No campo escolar,
sempre há aquele aluno cujo tempo livre em sala de aula busca a leitura. Muitas
vezes, ao ser questionado a respeito do que está lendo, se enche de felicidade ao
repassar a história absorvida e até mesmo indica livros similares, devido à dedicação
as histórias. Na grande maioria dos casos, o aluno que lê tira boas notas, pois
consegue reter o conhecimento repassado.
Para o PORTAL ESPM-Rio (2021),

A literatura está presente em nosso cotidiano há séculos, e a partir


dela podemos estudar como as pessoas viviam em outros tempos.
Por meio dos livros, é possível testemunhar como era viver em
períodos de guerras, regimes ditatoriais e transformações sociais que
mudaram a forma como conhecemos o mundo hoje em dia.

Há outro fator atrelado à importância da leitura das crianças e seus


desenvolvimentos, pois segundo a empresa privada de jornalismo BRASIL
PARALELO (2022), a literatura “auxilia no crescimento moral, pessoal, intelectual,
emocional e social.” Desse modo, é de extrema importância instigar desde cedo o
hábito de ler.
Segundo o Ministério da Educação,

“Uma parte considerável das crianças e jovens que estão na escola


hoje vai exercer profissões que ainda nem existem e se deparar com
problemas de diferentes ordens e que podem requerer diferentes
habilidades, um repertório de experiências e práticas e o domínio de
ferramentas que a vivência dessa diversificação pode favorecer.”
(BNCC, p. 69)

Dessa forma, quanto mais conhecimento obterem durante sua vida


estudantil, mais preparados para o futuro mercado de trabalho, nossos jovens
estarão.
Para Bakhtin (2006) “a leitura implica a produção de sentidos, o leitor irá,
além de reconhecer o sistema, contrapor seu discurso ao do texto. (...) a leitura,
portanto, torna-se uma prática sociocultural, uma ação entre interlocutores.”
Ainda sob o mesmo ponto de vista, as literaturas se conectam, sendo
fonte de inspiração para outras obras de grande sucesso. Temos como exemplo
Machado de Assis cita Hamlet, de Shakespeare ao introduzir o conto “A cartomante”
em 1884. E Álvares de Azevedo que “pega emprestada a binomia de “A
Tempestade” KALIL (2016).
Olavo Bilac uniu-se a Machado de Assis quando se dedicaram a traduzir o
célebre solilóquio de Hamlet, publicado em 1873. Contudo, segundo KALIL (2016)
“essa influência não se limitou às “transcriações” – utilizando o termo do essencial
tradutor Haroldo de Campos –, uma vez que as obras da nossa literatura foram
profundamente marcadas pela poética do inglês.” Entre tantos outros autores que,
caso citados aqui tomariam o artigo inteiro.
Para tanto, destaca-se novamente que é fundamental a busca de
métodos que chame atenção do aluno. Uma sala especial, separada das salas de
convívio normal para que os alunos participantes se sintam mais à vontade e até
mesmo por medidas de descrição quanto ao barulho que surge de fora. A biblioteca,
por exemplo, poderia ser um espaço inspirador para o estudante. O ambiente traz a
tranquilidade necessária aos mesmos, uma vez que o aluno que se interessa pelo
book club, poderá ser um futuro monitor e, quem sabe, aumentar as salas de
estudos literários.
O site ECOFUTURO afirma que “O principal objetivo da biblioteca é
apoiar, incrementar e fortalecer o projeto pedagógico das escolas, além de valorizar
a leitura literária em seu cotidiano e proporcionar condições para que o educador
faça uso coletivo do texto escrito.” Dessa maneira, é possível honrar o propósito
deste espaço escolar e unir forças à disciplina de Inglês.
Assim, ZILBERMAN (1991) reforça que é necessário;

“adotar uma metodologia de ensino da literatura que não se


fundamente no endosso submisso da tradição, na repetição
mecânica e sem critérios de conceitos desgastados, mas que
deflagre o gosto e o prazer da leitura de textos, ficcionais ou não, e
possibilite o desenvolvimento de uma postura crítica perante o lido.”

Como resultado de uma análise intrapessoal e ao notar a influência


notável deste gênio perante o mundo, o autor escolhido como base do projeto para
um club do livro, foi Shakespeare.

2.1 Shakespeare

William Shakespeare, supostamente3 nascido de 23 de abril de 1564 e


falecido em 23 de abril de 1616, em Stratford-upon-Avon, Reino Unido. Foi um
dramaturgo, ator e famoso poeta. Tem como apelidos: “Bardo do Avon” ou
simplesmente “O bardo” e “O poeta”.
Segundo BORGES (2021), “William Shakespeare escreveu, ao todo, 37
peças teatrais. As peças foram escritas se dividem em três fases, que
compreendiam temas como comédias românticas, dramas históricos e tragédias.”
Com relação à vida pessoal, sempre houve muito mistério em sua volta,
casou-se aos 18 anos com a também jovem Anne Hathaway, com quem teve três
filhos: Susanna e os gêmeos Hamnet e Judith, fato que influenciou em suas obras
literárias, visto que algumas contemplavam a vivência de irmãos idênticos e suas
peculiaridades em relação aos outros personagens.

3 Não se tem certeza da data exata do nascimento do poeta. Estipula-se este dia pois no registro de
seu batizado consta a data 26 de abril e aos costumes da época, batizava-se as crianças ainda
quando recém-nascidas. Além disso, foi a data de morte dele, de Miguel de Cervantes e de Inca
Garcilaso de la Vega. Portanto dia 23 de abril se tornou a data de publicação de seu nascimento e o
dia mundial do livro.
O restante de sua história se trata de relatos conturbados com muita
especulação sobre assuntos como aparência física, crenças religiosas e inclusive
sua sexualidade, fato que insiste em virar assunto de disciplinas introdutórias de
literaturas.
Para além de seus relatos históricos, é impossível achar alguém em que
ao longo de sua vida nunca conheceu algo relacionado a Shakespeare. O Bardo, por
conseguinte, teve sua cota de ídolos, que os ajudou a construir toda sua carreira
literária, algo que foi sempre considerada à frente para a época polêmica em que
viveu.
Os autores que serviram de exemplos para o poeta, foram também de
importância histórica para a literatura mundial. HELIODORA (2014) informa que,

“Shakespeare aprendeu a escrever teatro seguindo o exemplo de


seus antecessores imediatos, Christopher Marlowe, Thomas Kyd e
Robert Greene, que inauguraram esse rico período do teatro
denominado elisabetano. Ele escreveu precisamente o mesmo teatro
que seus colegas estavam produzindo.”

Além das peças de teatro o autor também escreveu 154 sonetos, 4


poemas - sendo 2 narrativos. Embora todo o seu trabalho tenha sido de grande
importância para o mundo da literatura, são suas encenações o maior motivo de
destaque.
Seus livros são valorizados ao longo dos anos. Em 2014, uma cópia rara
do “Primeiro fólio”(1623), que foi descrita como o mais importante livro da língua
inglesa. A cópia foi avaliada em R$ 56 milhões. BARREIROS (2020) complementa
que: “A raríssima edição (...) é um dos 235 exemplares existentes dos cerca de 750
primeiros fólios”.

2.2 Algumas obras e seus valores

Dentre as valiosas obras de Shakespeare, podemos citar:


A comédia dos erros, que foi inspirada na comédia “Os Menecmos” de
Plauto (230 a.C. – 180 a.C.), é uma de suas histórias que retrata gêmeos. A história
retrata “irmãos gêmeos que são separados na infância e, quando adultos, um dos
irmãos sai à procura do outro.” (BORGES, 2015)
Na esfera das obras dramáticas, Hamlet é destaque. "Ser ou não ser, eis
a questão", ressoa em citações das mais diversas causas no cotidiano escolar. O
livro trata da busca de um príncipe dinamarquês por vingança, pela morte de seu
pai. É "uma história densa de conflitos de família, amores, loucura e sanidade,
filosofia, poder, moralidade e todas as circunstâncias da condição humana". (BRAZ,
2021)
Macbeth é um exemplo da era das tragédias. É considerada a mais
concisa, tem como foco "a ambição humana, a cobiça desmedida e os fantasmas
que assombram os atos criminosos." (BRAZ, 2021) Dele, veio o trecho:

“Deixas que o teu 'Não me atrevo' fique adiando tua ação até que o
teu 'Eu quero' aconteça por milagre, como a gata, coitadinha, que
queria comer o peixe, mas não queria molhar a pata?" (Ato I, cena 7)

No campo das comédias, o Mercador de Veneza é uma história de amor e


dinheiro. "Para ajudar o amigo Bassânio, o comerciante Antônio faz um empréstimo
com Shylock, um conhecido agiota. (...) Antônio assinou o contrato sem nenhuma
preocupação, afinal, possuía bens para dispor caso algo acontecesse..." (BRAZ,
2021) Neste livro temos a reflexão: “Se nos picais, não sangramos? Se nos fazeis
cócegas, não rimos? Se nos envenenais, não morremos? E se vós nos ultrajais, não
nos vingamos?”.
Ainda no meio das comédias, Sonho de uma noite de verão; “traz lições
preciosas sobre a condição humana diante do fantástico. (...) o tema principal (...) é
a percepção dos sentimentos que envolvem as relações entre as pessoas, bem
como as ações que são geradas por essas emoções, como a traição". (ANDRADE,
2021)
Noite de Reis, refere-se à tradição cultural inglesa da décima segunda
noite após os festejos natalinos, o dia 6 de janeiro. Nesta data, é comum presentear
os mais próximos. A comédia conta a história de Malvólio, homem que não aceita
brincadeiras e é alvo de uma pegadinha. Seus amigos o levam a acreditar que
Olívia, -que também não está interessada em participar dos festejos devido ao luto
do irmão- está interessada por ele. Assim, pregam a peça de que ele deve sorrir
para a moça sem cessar e usar meias na tonalidade amarela e ligas. A moça, por
sua vez, acredita que o homem enlouqueceu.
Otelo, o Mouro de Veneza, é uma tragédia comovente. Fala sobre outra
diferença entre os dois amados, a inter-racial. “Por tratar de temas universais como
ciúme, traição, amor, inveja e racismo, ela pode ser ponto de partida para diversas
reflexões e interpretações”. (BRAZ, 2021) Tal obra, nos brinda com o seguinte
ensinamento: “Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são
mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.”
A Megera Domada é uma obra muito conhecida devido a novela “O cravo
e a rosa” (Globo, 2000) e ao filme “Dez coisas que eu odeio em você” (Touchstone
Pictures, 1999). Ambos ocorrem em torno de uma moça que se apaixona que quer
casa/namorar, mas não pode enquanto sua irmã mais velha não estiver
comprometida. A irmã mais velha é conhecida por ser um terror de pessoa, uma
megera, que será “domada” pelo homem que a conquistar. Desta obra, temos o
pensamento: “Julgue a mentira, mas não a verdade, a verdade não pode ser
domada, mas a mentira é apenas uma palavra.”
Ademais, existem as peças históricas: Ricardo II, Ricardo III, Henrique IV -
Partes I e II, Henrique V, Henrique VI - Partes I, II e III, Henrique VIII, Rei João e
Eduardo III. As comédias: Os Dois Cavalheiros de Verona, Muito Barulho Por Nada,
Cimbelino, Como Quiserdes. As tragédias: A Tempestade, Júlio César, Antônio e
Cleópatra, e Rei Lear. E as poesias, Vênus e Adônis, O Rapto de Lucrécia e os
Sonetos.
Constata-se então, que a partir da leitura das obras de Shakespeare, é
possível ensinar aos alunos valores como: Respeito, combate ao preconceito e ao
racismo, honestidade, solidariedade, confiança, culto à paz, honra, amizade,
bondade, responsabilidade, tolerância, entre muitos outros que poderão ser
interpretados aos olhos dos alunos.
Para tanto, faz-se questão de finalizar a lista das obras, com aquela que
vem ser a campeã em adaptações; Romeu e Julieta.

2.3 A Influência de Romeu e Julieta

É de conhecimento público que Romeu e Julieta é uma das tragédias


mais famosas do mundo. A história de amor proibido entre os Montecchios e
Capuletos, onde dois jovens pagam com a vida devido aos conflitos de gerações
passadas.
Tal obra pode ser descrita como atemporal, sendo objeto de diversas
peças adaptadas, sátiras, programas de tv – dos mais sérios aos humorísticos – em
diversos lugares do mundo.
No Brasil, os comediante Ronald Golias (1929-2005) e a apresentadora
Hebe Camargo (1929-2012) protagonizaram três especiais de tv em forma de
comédia sobre Romeu e Julieta com temática voltada para o público adulto. O
primeiro especial, pela rede RecordTV, foi ao ar em 1968. O segunda versão teve
como título “A verdadeira história de Romeu e Julieta”, foi produzido pelo SBT e teve
o roteiro escrito por Carlos Alberto de Nóbrega. O terceiro especial, também
produzido pelo SBT, teve atualizações do tempo, permitindo que os atores
convidados brincassem entre si, tornando a comédia em um show com mais de 1,2
milhão de visualizações4 no youtube.
No filme brasileiro “O Casamento de Romeu e Julieta” (2005), Luana
Piovani e Marco Ricca vivem o tão famoso casal. Neste caso, a rivalidade é
relacionada ao futebol: ele corintiano, ela palmeirense. Para não desagradar a moça,
Romeu finge ser torcedor do palmeiras e se envolve em uma enorme confusão.
No México, Chespirito(1929-2014) fez sua homenagem criando uma
história em duas partes com o título “A Romântica História de Juleu e Romieta”,
inserindo a literatura no universo infantil e infanto juvenil.
Lançado pela Disney em 2011, “Gnomeu & Julieta” é uma animação onde
dois anões de jardim são vizinhos e suas famílias são rivais. O segundo filme
“Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim” foi lançado em 2018 e conta com a
participação do detetive “Sherlock Gnomes”.
Distribuído comercialmente pela Eurocine Films, Marvista Entertainment e
Indican Pictures, “Romeu e Julieta – Unidos por um beijo” conta a história de duas
focas jovens apaixonadas que tem um romance secreto, pois suas famílias são
inimigas. Mantendo os nomes de personagens originais, é mais um filme infantil que
valoriza a imagem e repassa adaptação do bardo para as telas.
Em 8 de maio de 2023, estreou no SBT a novela intitulada “A infância de
Romeu e Julieta”. Voltada para o público infantil, conta a história das famílias
Campos e Monteiro, que moram no mesmo bairro, dividido pela discórdia das

4 Dados da data 23 de set. de 2023.


famílias. Tudo muda quando Romeu e Julieta se conhecem em uma festa no bairro,
gostam um do outro, e estão dispostos a mudar o rumo dessa desunião.

2.4 Como aplicar em sala de aula

Entende-se o pouco horário dedicado à língua inglesa no ensino


fundamental II. Dessa forma, existem algumas maneiras de se estimular a leitura da
língua inglesa. Sendo elas:
1. Dedicar um tempo no final da aula para falar sobre livros indicados a
cada turma, informar curiosidades fazendo paralelo com o assunto da
aula do dia.
2. Instigar os alunos a conhecer outras obras de autores estrangeiros
que já fazem parte do cotidiano deles.
3. Criar jogos com o tema de um livro, de forma que eles precisem saber
da história para continuar.
4. Implementar uma competição de leitura, com premiações para os
maiores leitores da escola.
5. Introduzir pequenos trechos dos livros em língua inglesa e comparar
com a versão traduzida.
Havendo a procura e com o auxílio do feedback dos alunos, há de se
lançar a ideia da criação de um clube do livro, com alunos de diferentes salas,
reunidos com um propósito em comum. O projeto pode ser intitulado como “Book
club”, de maneira que fique mais atrativo aos alunos e ser divulgado como forma de
experenciar uma prática tão comum no Estados Unidos.
De antemão, é necessário contar também com o apoio de uma rede de
colaboradores, afinal a escola, em um horário neutro é o melhor lugar para a
execução do projeto book club. Há de se entender que as turmas mistas podem
causar alguma confusão na cabeça dos alunos, que serão acostumados a se
relacionar com outras turmas e outras idades para o futuro. Portanto, a entrega do
professor ao projeto é de suma importância. Afinal “A missão do mestre não é
apenas passar informações e transmitir conteúdos, mas também e principalmente é
ensinar valores”. (SELBACH et all. P.106)
3 ESTUDO DE CASO

Escolhido como ferramenta de análise de dados, o estudo de caso se


torna a melhor opção para investigar as sugestões lançadas nesse artigo.
Segundo GOLDENBERG (2011):

Os estudos de caso procuram retratar a realidade de forma completa


e profunda. Esse tipo de estudo pretende revelar a multiplicidade de
dimensões presentes numa dada situação, focalizando-a como um
todo, mas sem deixar de enfatizar os detalhes, as circunstâncias
específicas que favorecem uma maior apreensão desse todo.

Sabe-se que os estudos de caso são feitos com duas abordagens, sendo
elas: qualitativa e quantitativa.
Para FALCÃO e RÉGNIER (2000),

“a ideia de quantificação abrange um conjunto de procedimentos,


técnicas e algoritmos destinados a auxiliar o pesquisador a extrair de
seus dados subsídios” assim, sendo necessária “para responder à(s)
pergunta(s) que o mesmo estabeleceu como objetivo(s) de trabalho.”

Assim, a forma escolhida para coletar os dados é a abordagem


quantitativa, por meio de questionários aplicados em sala de aula.
O estudo foi realizado com 50 alunos do ensino fundamental II, em uma
escola da rede privada. Para efeito de melhor comparação, os questionários foram
respondidos por alunos de idade e anos escolares diferentes.
A pesquisa foi realizada nos dias 18 e 19 de setembro de 2023, no final
de algumas aulas, contando com o apoio de outros professores. A abordagem inicial
utilizada foi a explicação de um projeto pessoal e a importância da opinião dos
alunos a respeito.
Todos os alunos que participaram da pesquisa foram voluntários. Sendo
aplicada em duas salas de sexto ano, de sétimo, de oitavo e em uma sala de nono
ano, nos 10 minutos finais de aula.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A devida pesquisa obteve um resultado positivo no que rege ao


conhecimento dos alunos. Nota-se que, apesar de não ser algo que venha a valer
como nota, os mesmo se mostraram nervosos com as respostas, talvez por medo de
julgamentos ao comentar uns com os outros.
Para registro geral, observou-se que os alunos ao receberem o
questionário e descobrirem do que se tratava, transformaram o rosto de preocupado
para aliviados. Notou-se também uma certa competitividade ao finalizar os
questionários. De certa forma, os que não tinham o conhecimento total do assunto
procuraram a resposta correta e discutiram entre si sobre o tema.
Registrou-se ao final da pesquisa, em uma sala dos mais jovens, uma
aluna que explicou melhor sobre um livro, se prontificou a emprestar e ainda
informou sobre a existência de um filme baseado no obra. Esta, uma das amostras
de alunas que lê ao final da aula.
Ao início do questionário pergunta-se aos alunos: “Você conhece
Shakespeare?” obteve-se um resultado de 92% para sim e apenas 8% para não.
Logo em seguida, foram questionados sobre “De que forma você
conheceu Shakespeare?”, 38% marcou internet, enquanto 32% conheceu por meio
de livros, 16% responderam televisão e 12% amigos. Os 2% finais, um aluno,
marcou outros e escreveu “conheci ele na escola”.
Dando continuidade, a terceira questão pede para citar três obras de
Shakespeare. Dos 46 alunos que marcaram sim, 30% fez e acertou as obras, 26%
fez só uma e acertou, 26% não fez nenhuma, 13% acertou dois itens e os 4% finais,
referente a 1 aluno fez, mas não acertou.
Como quarta pergunta, os alunos deveriam falar algo sobre uma obra que
eles conheciam. Entre os resultados certo, “Romeu e Julieta” foi citado por 30
alunos, e “Sonho de uma noite de verão” por 4.
A quinta questão perguntou sobre o conhecimento de outros autores da
língua inglesa. 33 alunos marcaram que não conheciam, 10 marcaram que sim e
acertaram os autores de língua inglesa, 3 marcaram que sim e erraram, 3 marcaram
que sim e não deram os exemplos e 1 aluno deu 4 opções, todas corretas. Os
autores citados foram: Alice Oseman, Jane Austen, Edgar Allan Poe, Colleen
Hoover, F. Scott Fitzgerald, Mark Twain, H. P. Lovecraft, Dan Krokos, Holly Black.
Por último, o aluno tinha que marcar a foto de quem ele conhecia como o
poeta. O resultado foi 67% de acerto e 33% de erro.

CONCLUSÃO

Conclui-se, portanto, que no quesito aceitação os alunos se mostraram animados,


há de se contar ainda com a falta de entusiasmo peculiar de alguns outros, que
encaram um club do livro como outra matérias a se estudar. Cabe às escolas acatar
os projetos, a depender do nível de interesse do professor regente.

De certa forma, o book club deverá ser tratado como uma disciplina a parte sim, uma
vez que se deve ler, acompanhar e debater, além de se criar um referencial teórico a
respeito do tema abordado. Deve-se, ainda, encontrar meios diferentes de
interpretação e abrir ao diálogo para que os alunos assim, se tornem capazes de
defender seu ponto de vista.

Assim como tive total apoio de fazer meu estudo de caso na escola em que leciono,
contei também com a aprovação da escola em que faço o estágio o qual necessito
para me formar. Nesta última, conversei informalmente com os alunos que, em
grande maioria, não se mostraram interessados. Talvez pela realidade da escola
pública ser totalmente diferente da particular.

Na escola pública, os alunos se encontram muitas vezes desmotivados, frequentam


sem propósito e muitas vezes buscam um motivo para ir embora. De qualquer forma,
uma disciplina apenas voltada para literatura não faz parte da grade curricular, visto
que não tem procura. Deixo aqui o questionamento de que talvez esta realidade
poderia mudar futuramente, caso um trabalho de fomentação começasse na base
das escolas o quanto antes.

Vale ressaltar, que mesmo com a predominância do poeta Shakespeare, na escolha


da literatura utilizada é possível aplicar as sugestões deste artigo com o uso de
obras de literatura de outros autores conforme conveniência do professor e
aderência ou preferência dos alunos. Autores como Agatha Christie, Arthur Conan
Doyle, Charles Dickens, George Orwell, Jane Austen, Virginia Woolf entre muitos
cuja lista não ouso me prolongar.

Diante do exposto, deixo claro que, apesar das anotações aqui apresentadas
parecerem generalizar o perfil do estudante, ainda é encontrado em sala de aula o
aluno que não só faz questão de participar, mas que também tem o domínio do
conteúdo aplicado. Entre os alunos consultados, havia ainda aqueles cujos olhos
brilharam pela possibilidade de uma abordagem nova no ensino do inglês. São por
estes que pesquiso e sigo me apaixonando pelo ensino.

REFERÊNCIAS

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adaptado por Tiago de Melo Andrade. Jandira, SP: Principis, 2021.

BAKHTIN, M. (V. N. Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução


Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira, colaboração de Lúcia Teixeira Wisnik e Carlos
Henrique D. Chagas Cruz. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

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MEC, 2018.

BORGES, Dayane. Conhecimento científico R7. William Shakespeare: Quem foi,


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dos erros, de William Shakespeare. Revista eletrônica, 2015. Disponível em:
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BRAZ, Júlio Emílio. William Shakespeare: Hamlet; adaptado por Júlio Emílio Braz.
Jandira, SP: Principis, 2021.

_____, Júlio Emílio. William Shakespeare: MacBeth; adaptado por Júlio Emílio
Braz. Jandira, SP: Principis, 2021.

_____, Júlio Emílio. William Shakespeare: O Mercador de Veneza; adaptado por


Júlio Emílio Braz. Jandira, SP: Principis, 2021.

_____, Júlio Emílio. William Shakespeare: Otelo; adaptado por Júlio Emílio Braz.
Jandira, SP: Principis, 2021.

_____, Júlio Emílio. William Shakespeare: Romeu e Julieta; adaptado por Júlio
Emílio Braz. Jandira, SP: Principis, 2021.

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http://www.ecofuturo.org.br/blog/a-importancia-da-biblioteca-na-
escola/#:~:text=O%20principal%20objetivo%20da%20biblioteca,uso%20coletivo%20
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FALCÃO, J. T. da R.; RÉGNIER, J. Sobre os métodos quantitativos na pesquisa


em ciências humanas: riscos e benefícios para o pesquisador. Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 81, n. 198, p. 229-243, maio./ago. 2000

ISTOÉ. Pesquisas mostram: quem fala inglês ganha até 83% mais. Disponível
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Disponível em: https://jornalismorio.espm.br/geral/a-influencia-da-literatura-na-
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Redação National Geographic Brasil. Cultura. Qual é o idioma mais falado do


mundo? Disponível em:
https://www.nationalgeographicbrasil.com/cultura/2023/05/qual-e-o-idioma-mais-
falado-do-mundo Acesso em: 15 de set. de 2023.
R7, Portal de notícias. Público infantil é o que mais lê no Brasil, revela pesquisa.
Disponível em: https://noticias.r7.com/educacao/publico-infantil-e-o-que-mais-le-no-
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SANTANDER, BECAS. A importância da língua inglesa em um mundo


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SARTRE, Jean-Paul. O que é literatura? São Paulo, SP: Editora Ática, 2004.

SELBACH, Simone (supervisão geral). Língua Estrangeira e didática. Petrópolis:


Vozes, 2010.

SOROCABA, Objetivo. Por que aprender outro idioma é vantagem no mercado


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publicitario/objetivo-sorocaba/conduzindo-o-melhor-de-voce/noticia/por-que-
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set. de 2023.
ZILBERMAN, Regina. A leitura e o ensino de literatura. São Paulo: Contexto,
1991.

QUESTIONÁRIO

Turma: ______ Idade: ______

01. Você conhece Shakespeare?

( ) Sim ( ) Não

02. De que forma você conheceu Shakespeare?

( ) Televisão ( ) Livros ( ) Internet ( ) Amigos


( ) Outros: _____________________________________________________

03. Cite 3 obras de Shakespeare.


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

04. Fale um pouco sobre uma obra de Shakespeare que você conhece.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

05. Você conhece outros autores de literatura inglesa?

( ) Sim ( ) Não

Se sim, quem? ___________________________________________________

06. Marque quem você conhece por Shakespeare.

( ) ( ) ( )

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