• A intersubjetividade se manifesta na busca do conhecimento do ser
sobre si que supera o campo da objetividade. Nessa, o indivíduo se entende enquanto objeto do seu conhecimento de si. Naquela ele se entende como sujeito. Esse paradoxo – ser sujeito do conhecimento de si mesmo – supõe uma relação de reciprocidade, onde emerge a noção de um outro. Não se trata somente de uma relação de sujeito e objeto, como antes, mas num encontro de dois sujeitos que se relacionam reciprocamente. Reconhecimento • O reconhecimento emerge também dessa relação de dois sujeitos. Ao ver-se outro, busca-se conhecê-lo – ou seja, se conhecer como outro – e investigar causas intrínsecas de sua essência. Surge então um estudo antropológico o homem sendo visto “de fora”, analisado e descrito a partir do que se pode observar nele, tanto em fatores biogênicos, psíquicos, culturais, etc. O indivíduo dedica-se a saber quem é além daquilo que ele mesmo enxerga, naturalmente, em si. Intersubjetividade • Assim, reciprocidade e reconhecimento são fatores ligados à intersubjetividade enquanto manifestações do conhecimento antropológico do indivíduo. Ao perceber-se como um outro ele claramente modifica a forma como se percebe e percebe suas características, modos, conhecimentos, entre outros. Ganha peso os fatores externos que exercem influência sobre sua formação e que moldam o que ele é, e fica muito claro que aquilo que é manifesto pode não corresponder a sua essência e, quando corresponde, pode ter causas que não são tão manifestas.