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programa

de gestão
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de gestão
índice
introdução: para ocupar tudo que é nosso... 1

membros da chapa: quem somos nós.............. 8


eixo 1: assistência e permanência estudantil... 10
eixo 2: combate às opressões....................... 24
eixo 3: reorganizar o movimento estudantil.. 32
eixo 4: autonomia universitária.................... 39
eixo 5: orçamento........................................ 43
eixo 6: artes, cidadania e culturas............... 48

eixo 7: esportes e lazer............................... 55


eixo 8: comunicação..................................... 60
introdução
para ocupar tudo que é nosso
Já nos colocamos frente à luta. Nos somamos,
agimos, lutamos. Vimos que liberdade é não ter
medo e não deixamos o medo nos imobilizar e
muito menos nos calar. Tivemos nossas conquistas
e não vamos parar! Lutando por uma Universidade
popular, pública, digna, e com real qualidade e
condições para permanecermos e nos
desenvolvermos enquanto pessoas, chegamos até
aqui para coletivamente ocupar tudo que é nosso!
Ocupar nossos espaços de representação, nossas
pautas, nossas lutas!

Dando sequência ao programa anterior, sabemos


que a Universidade não está isolada do mundo, e
percebendo as relações as quais está inserida
dentro da cidade e da universidade e as pessoas
que frequentam, é imprescindível reiterar de onde
nós, estudantes, que somos trabalhadores viemos e
o que representamos: o GUETO. Nós estudantes,
filhos, filhas e filhes do Gueto, estamos inserides na
dinâmica da cidade, mesmo es estudantes
moradores das residências universitárias - que são
duplamente afetados pela negligência da adminis-
1
tração Central -, e sofremos com a precarização
desses espaços que chegam até a educação
pública.

Ocupar não é um ato impensado ou esvaziado de


sentido, ocupar não é invadir, ocupar é resistir.

Resistimos ao estudar e defender uma


Universidade em processo de sucateamento com
falta de professores, estrutura deficitária, e tantos
outros problemas que se esperarmos por soluções
das instâncias responsáveis temos como retorno
processos lentos que por vezes são descartados e
ignorados. Resistimos à chantagem da
Administração Central com o corte das nossas
bolsas - mesmo com a presença de um termo de
não retaliação assinado pela mesma, que foi
desconsiderado e desrespeitado - ao ocuparmos a
Universidade para que fossemos escutados e
atendidos. E fomos. A contratação de novos
professores é fruto dessa nossa luta.

Nada do que temos hoje foi de graça. Não foi


caridade ou boa vontade do Governo e muito
menos de uma Reitoria que se alia
vergonhosamente a tal. Seguiremos resistindo com
um M.E. organizado, combativo e sem recuos.

2
Queremos estudar e as instâncias superiores que
parecem se valer apenas de boas imagens e
aparência, seguem com uma maquiagem que
camufla todos os déficits que existem nesse
espaço, inclusive a nós, estudantes. Tentando nos
calar e marginalizar, mais uma vez segue nos
criminalizando. Dentre esses diversos
enfrentamentos o Movimento Estudantil
organizado segue se unindo e juntando forças,
com diferentes táticas e formas de existir e resistir.
Um movimento vivo e pulsante que segue
ocupando espaços e buscando a voz que tenta ser
emudecida.

Demonstramos no último período quais são os


enfrentamentos que precisam ser feitos e somos
irredutíveis quanto à defesa da Universidade, de
uma UEFS Popular. Quando fascistas bolsonaristas
tentaram invadir e atacar a UEFS fomos a linha de
frente em sua defesa, pondo nossos corpos para
proteger a Universidade frente ao pórtico, episódio
que ficou conhecido como “a revoada das galinhas
amarelas”. Mobilizamos dentro da cidade e da
Universidade convocando atos unificados como o
de 18 de Outubro de 2022, compondo os atos
contra o golpismo do 8 de Janeiro e tantos outros.
Mesmo quando forças e agentes externos, a
mando do Governo, tentaram boicotar e atrapalhar
3
as conquistas das nossas pautas durante a greve
estudantil de 2023, nós estivemos presentes, mais
uma vez, em defesa da Universidade Estadual de
Feira de Santana.

Fomos intransigentes quanto a questão do assédio,


realizando campanhas, cobrando por celeridade
nos processos administrativos, e tomando medidas
diretas quando necessário junto aos estudantes
dos mais diversos cursos. Reforçando também que
a criação da Comissão de prevenção a assédios,
violência e discriminação instalada recentemente
na UEFS é uma das nossas conquistas da greve
estudantil de 2023.

Não demos sossego ao Governo do Estado,


sobretudo quanto a questão do Mais Futuro,
cobramos na ALBA, no CAB, e frente a frente ao
Governador quando o mesmo foi inaugurar o
viaduto frente à UEFS, em um ato conjunto aos
estudantes da UEFS, onde o mesmo correu dos
estudantes.

Passam-se governos, novas administrações da


Universidade e novos contextos sociais e a luta do
Movimento Estudantil da UEFS segue presente, de
forma autônoma e independente. O Governo e a
Reitoria querem um Movimento Estudantil domes-
4
ticado, burocrático e que não seja um catalisador
das lutas estudantis, sejam elas quais forem, nós
dizemos em uníssono: Não! O Diretório Central dos
Estudantes deve ser ferramenta de luta dos
estudantes e não servir a Governos ou a Reitoria,
precisa ser independente, autônomo e pelas bases!

Tudo o que nós temos somos nós, por isso, lutamos


por nós, estudantes. Assim, é pelas nossas mãos,
estudantes da Universidade Estadual de Feira de
Santana, que o Movimento Estudantil e o D.C.E.
deve ser construído e não por oportunistas que
desejam transformá-lo em correia de transmissão
da base governista. Não são as pessoas de fora, que
não vivenciam as dificuldades presentes
diariamente na nossa instituição que sabem e
prezam pela luta por melhorias da nossa
instituição e da nossa classe, assim como vemos
que nunca foi feito. Nós estudantes temos
memória e não deixaremos que essa se apague.

O GUETO está presente na Universidade e não


queremos mais ver os nossos virarem estatísticas e
nem fazermos parte delas.

Nossa casa é alvo, nossa pele é alvo, nossa vida é


alvo. A Bahia é o estado em que mais há mortes
violentas no país, graças à polícia militar - PM - de
5
Jerônimo Rodrigues (PT). A Universidade que pede
declaração negativa para antecedentes criminais é
a mesma que diz acreditar no diálogo e na
transformação através da educação. Não queremos
um diálogo em abstrato, como reiteradamente o
grupo Mais UEFS se coloca a construir, enquanto
nos marginaliza e criminaliza, queremos diálogo e
ações efetivas que pautem e construam a
Universidade no rumo do que queremos que ela
seja, uma UEFS Popular.

Queremos estudar, trabalhar e ter condições de


permanecer e nos desenvolver na Universidade!
Uma Universidade que diz se comprometer com a
produção de ciência e qualidade de ensino deve se
preocupar e perpassar também a produção de
espaços de saúde, arte e lazer. No entanto,
enquanto isso, o que temos é uma Reitoria que se
basta de aparências e se compromete em entregar
viaturas junto ao Governador para a polícia que
mais mata no país. Sabemos que as “balas
perdidas” encontram os alvos. Elas nos encontram.

Seguiremos lutando, trazendo o Gueto para a


Universidade na sua forma mais representativa,
subvertendo as relações de poder quando
costumeiramente o Gueto é silenciado,
invisibilizado e negado. O DCE não é uma ou duas
.. 6
pessoas, ou um grupo burocrático, o Diretório
Central dos Estudantes é formado por todos,
todas e todes estudantes, em sua mais ampla
diversidade, negros, quilombolas, indígenas,
ciganos, LGBTQIAPN+, PCDs, portanto convocamos
todos, todas e todes estudantes para construírem
conosco esse instrumento. Ocupar todos os
espaços que nos foram negados por anos e que até
os dias atuais resistem em nos acolher por inteiro.
A Universidade não é e não será mais espaço
somente para os filhos, filhas e filhes das elites. A
Universidade é espaço para os filhos, filhas e filhes
da classe trabalhadora.

Vamos OCUPAR TUDO QUE É NOSSO!

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membros da chapa
quem somos nós
COORDENAÇÃO GERAL secretaria GERAL

Isabelle Silva Clayton Gabriel


MÚSICA Camila Carneiro Antony Oliveira
PSICOLOGIA FILOSOFIA ENG. COMPUTAÇÃO

secretaria DE FINANÇAS secretaria DE ensino, pesquisa e extensão

Eckxs Camões Wendel Sampaio Gabriela Riffel Raíza Mendes


LETRAS FÍSICA HISTÓRIA PEDAGOGIA

secretaria DE assistência estudantil


Assessoria jurídica

Tásila Possidônio Matheus Cerqueira Stephanie de Jesus


LETRAS HISTÓRIA DIREITO
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membros da chapa
quem somos nós
secretaria DE arte e cultura, comunicação e esporte secretaria DE relações internas

Raquel Ferreira Camilla Passos


ED: FÍSICA LETRAS Ian Vitor Samuel Sena
matemática biologia

Carlos Borges Filipe Lima Tatiane Cézar


física letras odontologia
SUPLENTES secretaria DE relações EXternas

Cefas Gomes Luan Azevedo


Thauan da Silva Dione Gonçalves
filosofia odontologia HISTÓRIA FÍSICA

Natally Carneiro Micaele Lima Célia Ito


odontologia ed: física FILOSOFIA 9
eixo 1
assistência e permanência estudantil
Sabemos que frente às normas que são regidas em
sociedade, ainda são muitas as pessoas que
acabam por ficar à margem destas, assim, nos
fazemos presentes nessa luta para a construção e
implementação de políticas de assistência e
permanência que possibilitem que cada estudante
consiga se desenvolver e permanecer dentro da
universidade garantindo a equidade e autonomia
de cada um.

Nós estudantes, componentes do GUETO, somos


historicamente excluídos, quando, após muita luta,
conseguimos pisar os pés na universidade – espaço
que deve pertencer a toda a população
trabalhadora e sus filhes – não nos é dada
nenhuma condição efetiva de ficar nela e
continuar nossa formação, precisamos trabalhar
(quando raramente se encontra trabalho, dado o
desemprego), e ainda assim, nosso trabalho muitas
vezes malmente nos permite comprar comida ou
pagar passagem. Mais uma vez somos separades,
segregades e temos nossos direitos negados, a
destruição das poucas políticas de permanência
....... 10
e assistência vem expulsando cada vez mais o
nosso povo da universidade, tornando-a
novamente e cada vez mais um espaço para as
elites.

Um dos principais programas de “permanência”


das universidades estaduais baianas, o Mais Futuro,
é controlado pelo Governo do Estado, que passou
mais de 2 anos sem lançar edital (de 2019 a 2022),
além de não ter reajuste no valor desde a sua
criação em 2015 - O básico segue R$300,00 e o
moradia R$600,00, o que malmente paga o
aluguel no bairro Feira VI. Entendemos que, apesar
do programa precisar ser superado em função dos
seus problemas estruturais (sua forma
meritocrática e punitiva à estudantes), é preciso
que haja melhorias no mesmo, enquanto sua
superação não acontece.

Por isso nos comprometemos a lutar por:

11
25 DE OUTUBRO DE 2023 - ESTUDANTES DA UEFS
FAZEM CORDÃO HUMANO PARA PROTEGER A REITORIA
DE ATAQUES
DEZEMBRO DE 2023 - ESTUDANTES REALIZAM ATO
COBRANDO IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 14.540 E
INSTALAÇÃO DA COMISSÃO DE PREVENÇÃO A
ASSÉDIOS, VIOLÊNCIA E DISCRIMINAÇÃO.

NA FOTO RAIZA, MEMBRA DA CHAPA GUETO


1- A histórica pauta do movimento estudantil
baiano de, pelo menos, 1% da Receita Líquida de
Impostos (RLI) do estado para a permanência
estudantil;

2- As políticas de permanência, a exemplo do Mais


Futuro, devem ser gerenciadas pelas próprias
Universidades Estaduais Baianas (UEBAS) de forma
independente do Governo do Estado;

3- Ampliação do espaço físico do Programa de


Extensão da Brinquedoteca Universitária para que
se gere o aumento da oferta de bolsas para os
estudantes de Pedagogia, licenciaturas e
Psicologia;

4- Ampliação da oferta de vagas para filhos de


estudantes da UEFS na creche da UEFS, tendo uma
cota paritária da reserva de vagas;

5- Lutar pela ampliação das bolsas de extensão


para que possa atender ao maior número possível
de discentes desta Universidade;

6- Exigir o cumprimento da formação didático-


pedagógica do corpo docente, especificamente
daqueles que não tiveram formação pedagógica
em sua jornada acadêmica;
14
Restaurante Universitário

7.1- Defesa e ampliação do Restaurante


Universitário: infraestrutura, qualidade da
alimentação, condições de trabalhadores e em
todos os aspectos necessários;
7.1.1. Cobrar a concretização por parte da reitoria
quanto a ampliação e divulgação do calendário de
obras; conforme se comprometeram na greve
estudantil de 2023.

7.2- Gratuidade da alimentação no Restaurante


Universitário para todes estudantes, o atual valor
não condiz com a realidade estudantil, sobretudo
daqueles que precisam se alimentar todos os dias
na UEFS e em um cenário onde quase metade do
país não sabe o que vai comer na próxima refeição
(insegurança alimentar), isso quando comem.

7.3- A defesa da garantia de alimentação para os


filhos de mães estudantes;

7.4- A defesa de que o RU se torne um restaurante


popular;

7.5- O cardápio do restaurante universitário deve


ser definido conjuntamente entre nutricionistas e o
comitê gestor do RU, dando voz aes estudantes e,
....
15
de forma periódica, convocar a comunidade
estudantil para debater de forma aberta o cardápio
e qualidade do restaurante, ainda que nos limites
do contrato.

7.6- Substituição de produtos ultraprocessados


por produtos orgânicos e/ou minimamente
processados, tendo uma obrigatoriedade de pelo
menos 30% a 50% das compras oriundas de
núcleos produtivos de agricultura familiar,
porcentagem essa pensada com base nas
obrigatoriedades de compras da agrifam
instituídas tanto no PAA(Programa de Aquisição de
Alimentos) e PNAE(Programa Nacional de
Alimentação Escolar), que se justifica também na
atual conjuntura agrária do território de identidade
que Feira de Santana está inserida, o Portal do
Sertão, que é majoritariamente formada por
agricultores familiares e povos de comunidades
tradicionais.

7.7- Que o restaurante universitário possa ofertar


opções alternativas de alimentação, de modo a
contemplar dietas vegetarianas, veganas e
também restrições alimentares, que perpassam
principalmente por questões de saúde e qualidade
de vida dos(as/es) estudantes.

16
7.8- Que não seja adicionado nenhum aditivo
artificial, químico ou sintético na comida.;

7.9- Organização padronizada dos pratos e das


bandejas no RU, para diminuir a subjetividade da
quantidade de comida, diminuindo a desigualdade
de pesos.

7.10- Garantir a alimentação, através de


adaptações no RU ou outras formas, para PCDs;

7.11- Garantir a fiscalização do R.U. por parte de


todos os membros do conselho gestor, bem como,
a paridade do mesmo.

8- Pautar a construção de uma academia popular


na UEFS, onde todes estudantes poderão ter
acesso ao espaço na universidade, e que os editais
sirvam para se organizar e atender essa demanda
em relação aos horários;

Mais Futuro

9.1- A Possibilidade de que estudantes que


tenham outra graduação e façam cursos integrais
possam se inscrever no programa (inciso III, artigo
5º da Lei 14.360/2021);

17
9.2- Garantia do pagamento durante 12 meses
para o perfil básico (inciso III do artigo 6 da Lei
14.360/2021);

9.3- O valor do auxílio deve ser anualmente


revisado e aumentado para cobrir as perdas
inflacionárias, bem como, acompanhar o salário
mínimo;

9.4- O auxílio não será mais interrompido após ⅔


dos cursos e o estágio não será mais obrigatório;

9.5- Os estágios, quando ocorrerem, só podem ser


realizados em áreas correlatas à atuação /
formação dos estudantes de cursos integrais;

9.6- Devem ser suprimidos os incisos que versam


sobre a suspensão do benefício nos casos de
trancamento e reprovação em disciplinas
respectivamente;

9.7- Reintegração dos estudantes que tiveram o


benefício suspenso em casos de trancamento e
reprovação;

9.8-Reajuste do valor das bolsas do Mais Futuro.

10- Ampliação e manutenção das atuais


.......................... 18
residências universitárias;

11- Cobrar da reitoria, seu compromisso de greve,


de defender a proposta de reformulação do Mais
Futuro aprovada pelos 4 DCEs das UEBAs em 2023,
bem como, a proposta de reajuste a ser
apresentada pelas entidades e defendida no
Fórum de Reitores.

12- Lutar conjuntamente aos estudantes das


residências, COARUNI e COACIUNI, por ampliação
das residências, bem como, manutenção contínua,
acesso à internet sem proibição de serviços que
não apenas o acadêmicos, vide que os residentes
moram na Universidade mas precisam ter acesso a
outros sites que não apenas os acadêmicos;

13- Cobrar da PROPAAE e da reitoria a aprovação


da ficha de visitas que garanta aos residentes o
direito ao recebimento de visitas, conforme a
reitoria e PROPAAE se comprometeram em
greve!

14- Cobrar e acompanhar a oferta de edital para as


residências, ao menos, 2 vezes por semestre,
levando em consideração os prazos do SISU.
Conforme a reitoria se comprometeu durante a
greve estudantil de 2023.
19
15- Cobrar e acompanhar a oferta de edital para as
residências, ao menos, 2 vezes por semestre,
levando em consideração os prazos do SISU.
Conforme a reitoria se comprometeu durante a
greve estudantil de 2023.

16- Criação de um centro de acolhimento voltada


para pessoas LGBTQIAPN+, com acompanhamento
ambulatorial, social e psicológico, sobretudo para
os que estejam em qualquer tipo de
vulnerabilidade social sendo comunidade
universitária ou comunidade externa.

17- Ampliar a creche, dada a situação de


precariedade a que familiares e responsáveis são
submetides; para além de garantir as vagas para es
filhes de servidores e terceirizades; viabilizar
ampliar a abertura de vagas reais na creche para
filhes de estudantes. Assim como, tentar parcerias
com creches municipais para garantir a
permanência principalmente de mães estudantes
na universidade;

18- Criar políticas institucionais de justificativa de


faltas para estudantes que trabalham ou são
familiares/cuidadores; e começar a discussão e
proposição de estudos para implementação de um
estatuto do Estudante-trabalhador;
20
19- Criar políticas institucionais de auxílio a pessoas
com deficiência, a exemplo de: instalação de piso
tátil em todo o campus, prova ampliada, maior
disponibilização de material em audiotexto, maior
disponibilização de material em braile,
disponibilização de funcionáries para o auxílio de
estudantes que necessitam, disponibilização de
intérprete de libras, dispositivos eletrônicos de
leitura, sinalizações das rampas em todo o campus
e outras iniciativas que se apresentem no sentido
de cumprir tal objetivo;

20- Cobrar da reitoria a apresentação e defesa nos


conselhos de normativa que regulamente o
funcionamento dos cursos de graduação em um
único turno, conforme a mesma se comprometeu
durante a greve estudantil de 2023.

Saúde Mental

21.1.- Ampliação da quantidade de vagas para o


atendimento no Núcleo de Apoio Psicossocial e
Pedagógico da UEFS (NAPP); Bem como, defesa da
ampliação do serviço-escola de psicologia;

21.2- Políticas de atenção à saúde mental voltadas


aos(as/es) estudantes de Psicologia da UEFS (já que
por questões éticas não são contempladas pelas
....... 21
políticas existentes na Universidade.

21.3- Cobrar da gestão a realização de seleção


pública (REDA) e convocação de 3 analistas
psicólogos para atendimento à comunidade
universitária, conforme a mesma se comprometeu
durante a greve estudantil de 2023. E não se
limitar a esse quantitativo, buscar ampliar para um
número minimamente adequado as necessidade
da UEFS que é muito maior, dado os recorrentes
casos de suicídio e adoecimento mental;

Saúde Comunitária

22.1- Ampliação e defesa do programa UATI.

22.2- Proposição de criação de um ambulatório


universitário, integrado ao centro de acolhimento a
pessoas LGBTQIAPN+, para que estudantes da área
de saúde possam estagiar e também para ampliar
acesso à comunidade ao redor da universidade.
Conforme vem sendo debatido há anos pelo ME
UEFS.

22.3- Promover campanhas de doação de sangue


e outras campanhas do campo de saúde;

22.4- Criar uma Comissão de Saúde que reunirá os


. 22
estudantes e diretórios acadêmicos do DSAU, e
que debaterá as questões acadêmicas da área,
bem como, reivindicações profissionais e estará a
frente do processo de de defesa do SUS;
22.4.1. Buscar integrar e fortalecer o Fórum
Municipal de Saúde; bem como as frentes em defesa
de saúde e do SUS;
22.4.2 Realizar defesa intransigente do sistema
único de saúde (SUS) e integração com a
Universidade;

23- Pelo fim do Vestibular, por uma Universidade


de livre ingresso – Se queremos uma Universidade
Popular, do GUETO, não é aceitável que ainda
exista tal forma de ingresso que é extremamente
excludente, países vizinhos a nós, como é o caso da
Argentina, desde 1918, já não possuem vestibular
pois entendem educação como UM DIREITO DE
TODES;

23
eixo 2
combate às opressões
O GUETO também sente e sofre as diversas
opressões que recaem sobre nossa classe, bem
como as explorações e precarizações. Todas essas
violências assolam nosso físico, psicológico e
econômico, são opressões sociais que se
reproduzem sobretudo no âmbito universitário.
Assédio moral, sexual, racismo, machismo,
LGTBQIA+fobia, capacitismo são episódios
corriqueiros na Universidade.

Na última gestão demos aula, junto aos estudantes


do mais diversos cursos de como lidar com alguns
casos de assédio, seja através de uma mobilização
direto, seja com a pressão a reitoria, para fazer com
que assediadores fossem afastados, e conseguimos
muitos, mas ainda faltam muitos mais serem
suspensos e afastados da universidade, para que
tenhamos um espaço seguro para todes, sobretudo
estudantes.

Historicamente, a administração vem lidando com


essas questões, de maneira extremamente
ineficiente, vide a Ouvidoria que sequer funciona e
24
serve apenas como ‘engavetadora’ de denúncias, a
exemplo do afastamento de assediadores que só
acontecem após muita luta e mobilização dos
estudantes e, especialmente, das estudantes
mulheres da UEFS. Isso posto, é evidente que não
há segurança as vítimas nem nenhuma forma de
auxílio, estruturando relações de abuso de poder
no caso de professores e estudantes, além do
punitivismo impetrado ao movimento cultural
universitário, ao invés de promover debates que
discutem as operações na universidade e articulem
ações efetivas com ampla participação estudantil.

Por essas e tantas outras questões, apresentamos


as seguintes propostas:

25
FECHAMENTO DO DCBIO E DCHF QUE RESULTARAM
NO AFASTAMENTO DOS PROFESSORES ASSEDIADORES
DE GEOGRAFIA E BIOLOGIA
1- Cobrar e garantir a implementação da Comissão
Permanente de Prevenção ao Assédio Moral,
Sexual e Qualquer forma de Discriminação, a qual
a reitoria - em documento assinado no período de
greve - se comprometeu a apresentar e defender
nos conselhos superiores, no modelo apresentado,
onde haverá um controle social por parte de uma
comissão tripartite que garantam celeridade a
apuração dos casos, evitando que essas denúncias
sejam engavetadas e os agressores sigam pela
universidade enquanto os estudantes seguem
passando por processos de vulnerabilidade e
exposição sem nenhuma forma de acolhimento;

2- Cobrar a implementação da mesma;

3- Cobrar para que todos os casos de assédios


sejam tratados com celeridade e eficiência;

4- Fomentar e auxiliar todas as comissões de


combate e denúncia contra opressões dentro dos
DAs;

5- Lutar pelo respeito e inclusão do nome social em


todos os formulários, inscrições e processos da
UEFS desde a matrícula de estudantes; É um
absurdo que ainda na UEFS esteja sendo utilizado
o nome morto de pessoas que já fizeram o
.................... 27
processo de retificação, é um desrespeito aos
corpos e vidas de pessoas trans, travestis e não-
bináries, que são submetidas a mais esta violência;

6-Ação articulada com todos os Diretórios - cartilha


anti assédio + formas educativas de denúncia,
recolhimento de provas e materialidades.

7- Lutar conjuntamente aos estudantes da RESI


indígena pela garantia da ampliação da Residência
Indígena; bem como, lutar conjuntamente para
que a universidade assegure o respeito e livre
manifestação das suas crenças e costumes;

8- Lutar conjuntamente aos estudantes


quilombolas em suas pautas, bem como,
fortalecer, na medida do possível, o Coletivo de
Estudantes Quilombolas e outras formas de
organização e mobilização dos estudantes
quilombolas.

9- Promoção de debates e atividades formativas


voltadas para professores, técnicos, terceirizades,
comunidade interna e externa, que discutam
principalmente machismo, racismo, capacitismo e
assédio moral/sexual e acessibilidade dentro e fora
da universidade.

28
10- Ampliar processo de acolhimento e
acompanhamento dos estudantes ditos
‘excedentes’ das residências;

11- Barrar o processo de militarização da


universidade e discutir a segurança no campus,
cobrando da administração central que busque
formação e capacitação de todes funcionáries,
sejam técnicos-administrativos ou terceirizades,
para que esta formação seja sensível a questões de
machismo, racismo LGTQIfobia, assédio e
capacitismo na universidade;

12- Lutar e combater a fraude nas cotas:


cancelamento das vagas e fortalecimento da
comissão de verificação da
autodeclaração/heteroidentificação;

13- NAU - Implementação de políticas


institucionais de auxílio à pessoas com deficiência,
de forma institucional; - falar sobre PROPAAE
solicitar laudo psicológico para o edital de
residência;

14- Lutar pela implementação efetiva de políticas


de combate ao capacitismo;

15-Acessibilidade ampla e acolhimento eficaz a


......... 29
estudantes vítimas de machismo, racismo,
LGBTQIfobia, capacitismo, etarismo e assédio
moral/sexual a uma digna e eficiente assessoria
jurídica e psicológica, para que recebam
orientação e auxílio nessas situações.

16- Participar, contribuir e construir uma semana


de conscientização sobre a violência de gênero;
logo, auxiliando a construção também de espaços
que vão além do 8 de Março (Dia da Mulher
Trabalhadora) e 29 de Janeiro (Dia nacional da
visibilidade trans)

17- Promover espaços de acolhimento contra as


formas de opressão, rodas de conversa e debates,
além da criação de um canal de comunicação para
compartilhamento de casos.

Acessibilidade e PCD’s

16.1- Lutar pela implementação efetiva de políticas


de combate ao capacitismo;

16.2- Implementação de políticas institucionais de


auxílio à pessoas com deficiência, de forma
institucional;

16.3- Ampliação da oferta de banheiros adaptados


30
para PCD’s e equipados com fraldários;

16.4- Apoiar e incentivar a implantação de um


Centro de Línguas com cursos de Libras e Braille
para toda a comunidade universitária interna e
externa.

31
eixo 3
REORGANIZAR O MOVIMENTO ESTUDANTIL
O Movimento Estudantil sai da pandemia,
nacionalmente e localmente, desarticulado
principalmente em função da falta de contato e de
presença física nos espaços de ensino e da
Universidade, na UEFS inclusive chegamos pós-
pandemia com vários diretórios acadêmicos sem
gestão e mesmo sem a gestão de DCE. É a partir da
eleição da última gestão de DCE Gueto: liberdade é
não ter medo, em 2022, que passamos a realizar,
de forma articulada, a reconstrução do Movimento
Estudantil da UEFS, lidando com todas as
peculiaridades que esse processo de afastamento
trouxe, auxiliando na reconstituição das gestões
dos DAs, a retomadas dos debates e, sobretudo, da
luta, dentro e fora da Universidade.

Diante dessa situação, e percebendo a urgência


das demandas que apareciam dentro da
Universidade, os cursos se uniram. Os estudantes
passaram a somar forças para a composição de um
M.E. ativo e vivo reivindicando por tudo aquilo que
nos é básico para que a educação possa acontecer:
professores, estrutura, qualidade de permanência e
.. 32
o combate às opressões que nos cercam. Foi nesse
nesse movimento que conseguimos juntar mais de
1700 estudantes em um espaço de discussão sobre
a Universidade e enfim, enquanto último recurso
depois de uma série de mobilizações, inclusive
com conhecimento da Reitoria, que havia sido foco
das mobilizações, foi deflagrada a Greve Estudantil
em um momento histórico.

Os processos de luta travados pelo M.E. no último


período, como a greve estudantil, a postura da
reitoria e tantos outros exemplos, demonstram
como o movimento estudantil está reconstruído e
se fortalecendo. No entanto, é justamente em
função dessa força e pujança do Movimento
Estudantil que a Reitoria e Governo do Estado
tentam interferir e domesticar o mesmo, ou pelo
menos alguns setores, seja diretamente, a exemplo
do não reconhecimento dos representantes eleitos
em CEB aos conselhos, ou indiretamente com as
investidas de forças ligadas ao Governo buscando
se inserir de forma mecânica, artificial e comprada
no M.E.

No programa anterior citamos a reconstrução do


Movimento Estudantil e o fizemos, coletivamente,
junto a DAs, RESIs, NENNUEFS e tantos outros,
agora é momento de avançar, reorganizar o M.E.,
...... 33
suas pautas de luta, para que possamos seguir
avançando nas nossas conquistas históricas e
vindouras. Seremos a gestão que concretizará
todas as conquistas da greve estudantil de 2023 e
manterá viva sua memória.

34
06 DE OUTUBRO DE 2023 - ASSEMBLEIA GERAL
ESTUDANTIL, QUE DEFLAGROU A GREVE ESTUDANTIL
DE 2023
1- Nos comprometemos, enquanto gestão, com a
realização e construção de um Congresso
Estudantil Universitário (CEU), onde se reafirme a
autonomia e independência do Movimento
Estudantil frente ao Governo e Reitoria. Faremos do
mesmo para rever o que precisa ser atualizado no
estatuto da entidade, bem como, a definição de
um plano de lutas para os próximos 3 anos para
que o CEU se torne um instrumento regular do M.E.
da UEFS e que se reafirme que o M.E. é
independente e autônomo da burocracia e
juridiquês da Administração Central que tenta nos
docilizar.

2- Manter a periodicidade dos CEBs (Conselho de


Entidades de Base), iniciada na gestão anterior, e
tornar o espaço mais aberto à participação para
toda comunidade estudantil, fazendo valer o
estatuto que garante voz a todas(es/os) estudantes
e cumprindo a proposta de que sejam espaços de
compartilhamento e escuta do que vem
acontecendo na universidade e uma tribuna do
M.E UEFS.

3- Articular, fortalecer e participar das


mobilizações das mais diferentes entidades através
das possibilidades que o instrumento do DCE
apresenta;
36
4- Articular a luta e reivindicação das licenciaturas,
das engenharias e dos cursos de saúde e demais
áreas, na perspectiva de contribuir no avanço das
reivindicações das categorias laborais, bem como,
demandas de ensino dessas áreas;

5- Auxiliar na retomada do contato das Federações


e executivas de curso com os cursos da graduação
da UEFS que se perdera nos últimos anos,
auxiliando como possível nos processos quando
necessário e solicitado;

6- Garantir que não seja mais requerido


autorização por parte dos membros das entidades
para entrarem nas salas e espaços das entidades,
sobretudo aos finais de semana;

7- Lutar para garantir investimento financeiro nas


entidades estudantis, sem a perda de suas
autonomias, bem como a qualificação e ampliação
dos espaços de convivência dos DAs, DCE e
NENNUEFS;

8 - Garantir espaço para o DALIQUI (Diretório


Acadêmico de Química) e a Liga das Atléticas,
únicas entidades que não possuem espaço físico
ainda na Universidade;

37
9- Garantir a fomentação do M.E fora dos muros da
UEFS contribuindo em mobilizações pelas defesas
de interesses comuns.

38
eixo 4
autonomia universitária
Recusamos qualquer tentativa de ameaça ou de
domesticação do movimento estudantil e do
Diretório Central dos Estudantes UEFS,
primeiramente em função do histórico de lutas
que os estudantes desta universidade tiveram para
que ela fosse como é hoje, mesmo com todos os
seus problemas, e também porque é uma
necessidade presente que a UEFS avance e
melhore em diversos temas e não conseguiremos
isso bajulando o governo do estado ou a reitoria,
todas as conquistas que temos ou tivemos na
Universidade elas são frutos de muita luta e que
tem a digital e DNA dos estudantes e do M.E. UEFS.

Não existe autonomia universitária sem


democracia universitária e sem democracia de
todas as categorias que a compõem e a constróem,
como o movimento estudantil. Não esqueceremos
as tentativas diversas do governo do estado e da
reitoria de intereferirem no M.E. e seguiremos em
defesa da autonomia do M.E. e da Universidade
Estadual de Feira de Santana. Por isso, propomos:

39
OUTUBRO DE 2023 - REUNIÃO DA COMISSÃO DE GREVE
COM O SINTEST-UEFS E ADUFS
1- Lutar para que a Universidade possa fazer
convocação e seleção de professores e técnicos
sem que precise passar pela autorização do
Governo do Estado tendo em vista o cumprimento
da demanda atual com celeridade;

2- Fim da restrição de entrada na UEFS fora dos


horários letivos. A Universidade é de todes, e tode
deveriam acessá-la em todas as horas do dia,
inclusive a noite e aos finais de semana.

3- Sem autonomia do movimento estudantil não


existe autonomia, muito menos democracia,
universitária, é preciso democratizar os espaços de
decisão, por isso que defendemos a paridade nos
conselhos universitários, como o CONSU e
CONSEPE;

4- Defendemos a total reformulação do CONSAD


(Conselho de Administração), onde não exista a
presença do governo do estado, intervindo na
forma como a mesma gere seus recursos, e
também que o próprio conselho seja paritário.

5- É inaceitável a presença cotidiana da Polícia


Militar no campus, em uma clara tentativa de
intimidação da comunidade universitária, muitas
vezes com anuência da própria reitoria.
........................... 41
Lembramos claramente o papel que a PM
desempenhou em 2022 quando a UEFS estava
sendo atacada e defenderemos sua autonomia
frente a tais instituições.

6- Apoiar a mobilização de servidores e


terceirizades em suas pautas por melhores
condições de trabalho e pela universidade.

42
eixo 5
orçamento
As Universidades estaduais baianas vivem um
processo de restrições orçamentárias, onde não se
é feito o devido investimentos para que elas
avancem enquanto motores do desenvolvimento
baiano que são. Só em 2019 a UEFS foi uma das
estaduais baianas que mais sofreu cortes
orçamentários, por parte do então governador Rui
Costa (PT), com contigencia de 20%.¹

Jerônimo Rodrigues (PT) vem seguindo a mesma


cartilha de Rui Costa, visto que seu governo é uma
continuidade direta, e não faz o investimento
necessário nas UEBAs, não garantindo o percentual
histórico de 7% para as 4 UEBAs, o orçamento
segue abaixo de 5%, valor inclusive determinado
anteriormente como teto. Enquanto não investe
sequer 5% da RLI em nas Universidades estaduais
baianas, o governo investe, em 2024, quase 10% da
RLI² na Polícia Militar que mais mata no país, uma
máquina de matar a juventude preta, pobre e
periférica.

A tática adotada é fazer as universidades


........................ 43
funcionarem, mas sem a estrutura necessária para
isso. Por exemplo, as aulas continuam, mas sem
materiais nos laboratórios ou mesmo
equipamentos necessários. Isso sem falar do
desenvolvimento dos projetos de pesquisa e
extensão, altamente prejudicados pela falta de
dinheiro e estrutura das universidades. O que está
por trás disso é o projeto do governo Jerônimo
Rodrigues (e Rui Costa) de sucateamento do
ensino superior público da Bahia, ao tentar colocar
fim no tripé indissociável que sustenta as UEBA,
que é o ensino, a pesquisa e a extensão

Autonomia universitária só pode ser garantida com


autonomia financeira, investimento e garantia de
orçamento qualitativo para as quatro
Universidades Estaduais Baianas.

¹ Governo Rui Costa corta mais de R$ 127 milhões do orçamento 2019 das
Universidades Estaduais

² Painel de Defesa- Transparência Bahia

44
1- Democratização do Orçamento Participativo:
Apresentar uma proposta para que o orçamento
participativo da UEFS seja debatido e votado por
todos os estudantes da UEFS;

2- Apresentar espaços formativos nessa área para


que o Orçamento Participativo seja debatido por
todes!

3- Defendemos a pauta histórica de luta das


UEBAs. A Definição do montante de recursos das
UEBA para 7% da RLI (Receita Líquida de Impostos)
e defesa da rúbrica específica de 1% da RLI para
assistência e permanência estudantil (valor
definido a partir dos processos de debate e
formulação do ME em 2011);

4- Garantir presença e acompanhar atuação dos


conselheiros estudantis ao Conselho de Orçamento
Participativo (COP);
4.1- Realizar a nomeação dos conselheiros eleitos
em CEB para o COP, durante a greve;

5- Lutar pela garantia da convocação dos 50


professores ainda não convocados dos 105
conquistados na Greve Estudantil de 2023;

6- Lutar pelo mecanismo de Gatilho automático


....... 45
para a contratação de professores, no caso de
afastamentos e aposentadorias;

7- Lutar pela convocação de professores aprovades


nos últimos concursos, e abertura de processos que
amplie o quadro de docentes para suprir a falta de
professores na universidade;

8- Cobrar o quantitativo de vagas de técnicos


contratado no último concurso (convocatória),
destinando e priorizando um quantitativo de
técnicos para a PROPAAE e PGDP, sobretudo para
acompanhamento das pautas referentes à greve;
conforme a reitoria se comprometeu durante a
greve estudantil de 2023;

9- Cobrar da reitoria a iniciação do processo de


manutenção em todos os laboratórios e esclarecer
onde serão feitas as atividades práticas durante o
reparo, conforme a reitoria se comprometeu
durante a greve estudantil de 2023;

10- Lutar pela ampliação dos laboratórios,


especialmente dos cursos que têm alta demanda
laboratorial – engenharias, saúde entre outras
áreas; Sobretudo, por exemplo, o LABOTEC III, que
é o único Laboratório das engenharias ainda não
ampliado, nem verticalmente nem
..................................... 46
horizontalmente;

11- Cobrar transparência nas contas e contratos da


administração central;

12- Lutar contra toda forma de terceirização e


privatização da Universidade, seja por fora, através
das investidas dos governos federais e estaduais,
seja a privatização por dentro, como é o caso do
burguesão;

47
eixo 6
artes, cidadania e culturas
É preciso abrir a Universidade para o Gueto. É
preciso romper com seus muros. Queremos nossos
corpos, nossos rostos, nossas criações e
representações. Queremos a expressão do Gueto,
diuturnamente marginalizada, criminalizada,
constantemente veiculada como desmedida e
violenta a partir de pressupostos racistas e elitistas,
inserida nos espaços da Universidade. Não
toleraremos a exclusão, o silenciamento e o
apagamento imposto por governos e por
administrações classistas e racistas que negam
nossa humanidade, nossas subjetividades, nossa
cultura, nossa história.

Não aceitaremos a privação do acesso ao campus,


a privação do acesso à arte, à cultura, ao lazer, não
seremos condescendentes com a repressão e a
negação da liberdade do povo que compõe o
Gueto dentro da Universidade. Abrir a Universidade
para o Gueto é, também, viabilizar as
manifestações artísticas e culturais desses corpos
que são cotidianamente expostos e vitimados
pelas forças policiais, pela negação de direitos, pela
............................. 48
exploração da força de trabalho e pela
desigualdade social.

Nossa cultura e nossa arte não devem ser isoladas


nas periferias, nas comunidades afastadas dos
centros urbanos, nos mínimos encontros
esporádicos e sujeita à dominação dos grupos
hegemônicos. Não aceitaremos a burocratização
dos espaços, as arbitrariedades e excessos
impostos pela Administração Central da
Universidade, que visam restringir a efervescência
cultural e impedir que o Gueto se reconheça, se
expresse e ocupe o espaço da Universidade, um
espaço que historicamente nos foi negado, não nos
foi dado nem foi resultado de barganha, mas é
fruto de luta e resistência.

49
CULTURAL LARUTLUC I E SARAU QUE REALIZAMOS
1- Criar e fortalecer, conjuntamente ao estudantes,
o espaço Refazenda, levando em conta a
necessidade de um espaço de produção de
saberes fora da sala de aula, promover arte, cultura
e os artistas da Universidade, com oficinas,
debates, apresentações e tudo mais quanto
necessário, a partir de uma autogestão dos
estudantes do espaço;

2- Dialogar, pesquisar e entender como espaços


como o Beco da Energia e projetos de Capoeira de
bairro podem ajudar no fortalecimento identitário
de estudantes;

3- Articular espaços voltados para produção de


arte e cultura, principalmente para as formas que
são marginalizadas pela sociedade;

4- Organizar pelo menos uma vez por semestre,


uma Feira voltada para venda de produtos
naturais, artesanato, produtos de Sebo e Brechó. E
com isso, implantar uma política de patrocínio e
apadrinhamento para aumentar o poder de
compra dos estudantes e fortalecer a economia
circular;

5- Criar um ponto de coleta do Cataki App para


auxiliar a logística reversa com foco na produção
...... 51
de produtos através de lixo eletrônico;

6- Lutar pela revalorização da Orquestra Sinfónica


da UEFS e do curso de Música, que são por ora
ignorados pela Administração Central;

7- Todos mês, parceria com a Liga para organizar e


trazer artistas locais e estilos musicais diversos para
dentro da universidade: (Reggae, forró, samba, jazz,
rock) Lutando e reforçando a UEFS como espaço
cultural de música;

8- Parceria com o CUCA para trazer para dentro do


campus, os shows de teatros e Jazz no Cuca. Junto
a isso, propor a ideia de parceria com cotas de
ingressos gratuitos para que alunos universitários
de baixa renda tenham mais acesso à cultura da
cidade. Além de reforçar a criação de uma ligação
de Transporte ao CUCA, o que reforça a proposta
de mais investimento e compras de ônibus para a
universidade;

9- Lutar e propor a criação de um Anfiteatro de


Arena na UEFS, para a colocação de um espaço
cultural livre e plural, onde possa ter expressão de
arte do Gueto e para o Gueto.

10-Desburocratização dos espaços da UEFS, pois


....... 52
hoje, a universidade como se pensa, é um lugar de
exclusão, onde acaba-se por limitar as expressões
culturais.

11- Fazer mais oficinas de expressões artísticas na


Praça do borogodó, como pinturas, grafites,
ilustrações, aquarelas, aproveitando para riar um
projeto para grafitti na Universidade em que se
busque ter parcerias com artistas de ruas de Feira
de Santana, como Charles Mendes, GAF, Fábrica do
Graffiti.

12- Criar e organizar uma Agenda Cultural Mensal

13- Lutar pela garantia de uma linha de ônibus


UEFS x CUCA, para garantir a integração dos
diferentes campus e espaços da Universidade;

14- Feira da Multiculturalidade: Integrar a Cultura


Baiana dentro da universidade, fazendo parceria
com Feira de Saberes e Sabores com a intenção de
despertar interesse dos artistas universitários,
artista locais, fazer oficinas, exposição de obras e
artes, abrir espaço para o empreendedorismo
social, fazer a comunidade entrar dentro da
universidade. Com foco temático na cultura baiana
e feirense e fugir dos espaços culturais como
exclusividade noturna, fazendo o evento ocorrer
....... 53
durante o dia todo.

15- Trazer a Batalha do Feira VI para dentro da


UEFS. Abrir mais a universidade para as expressões
culturais do Gueto. Hoje, a universidade aos dias de
domingo é uma universidade morta. A batalha do
Feira VI expressa tradicionalmente a anos uma
cultura tradicional popular nascida do Gueto que
por muitas vezes é marginalizada dentro da
sociedade feirense. Trazer isto para dentro da
universidade, reforça os laços de combate às
opressões através da cultura.

54
eixo 7
esportes e lazer
Sempre houve,e ainda há, pelas elites, uma
tentativa de negar ao Gueto o acesso ao Esporte e
Lazer, elite que veem essas como suas
propriedades. É importante a compreensão do
esporte não somente uma prática de atividade
física, que por si só já é extremamente importante
para garantia de uma boa saúde física, mas
também uma ferramenta de união de forças em
torno de um eixo comum que cria relações
pessoais e molda identidades. O esporte, seja ele
qual for, traz consigo o desenvolvimento do senso
de coletivo e do reconhecimento do indivíduo
enquanto capaz de superar desafios, limitações e
enfrentar barreiras a fim de derrubá-las.

Mesmo o lazer sendo um direito social não é isso


que vemos em uma sociedade envolta por estresse
e demandas e principalmente para estudantes de
uma Universidade que nos sobrecarrega é
fundamental a defesa do lazer não como fuga, mas
como necessidade básica para garantia de uma
boa saúde mental. Assim, fazemos nossas
seguintes propostas:
55
JUN/23 - DELEGAÇÃO DE ESTUDANTES DA UEFS
REPRESENTANDO A UNIVERSIDADE NOS JOGOS
UNIVERSITÁRIOS DA BAHIA
1- Considerando que não apenas os estudantes se
utilizam do espaço universitário para esportes e
lazer, defender a presença e manutenção destes no
campus.

2- Cobrar a qualificação completa do parque


esportivo, incluindo a construção de uma pista de
atletismo e a requalificação da caixa de areia;

3- Cobrar um projeto de construção de mais salas


no pavilhão de Educação Física (PEF);

4- Debater a criação de um projeto que


disponibiliza bicicletas em pontos estratégicos do
campus para melhorar a circulação de pessoas
pela Universidade.;

5- Articulação com a Liga e a Reitoria para a


contratação de profissionais treinadores/técnicos
para liderar os treinos esportivos dos times que
representam a universidade.;

6- Parceria, planejamento e estratégias da UEFS


para a obtenção de mais lugares para prática dos
esportes universitários como Oyama Pinto, Estação
Cidadania e etcs.;

7- Ir atrás de pautar a compra de ônibus


......................... 57
universitários que ficará a cargo das entidades
estudantis;

8- Asseguramento por parte da Administração


Central de no mínimo investimento 75 mil reais
anuais para eventos esportivos: JUBA, Volta da
UEFS, Interatléticas. No ano de 2023 a UEFS gastou
quase R$55 mil reais para a área de esportes.
Numa reunião durante janeiro, a Liga das Atléticas
assegurou um investimento de aproximadamente
R$75 mil para os esportes universitários. Assim,
nosso papel é fazer com que a Administração
Central cumpra estes acordos!;

9- Retomar as exigências para a confecção de


uniformes e materiais esportivos de qualidade para
os atletas da UEFS;

10- Parceria com a Liga e Atléticas e assegurar as


suas autonomias frente a instituições
administrativas;

11- Cobrar e fazer com que se implemente e


desempenhe seu papel a Comissão de Esportes
proposta pela PROPAAE, cuja minuta já foi
discutida coletivamente entre DCE, Atlética Geral e
Atléticas;

58
12- Liberação aos fins de semanas para uso do
parque esportivos sem restrição, ao contrário do
que há hoje;

13- Criação do Bolsa atleta para os estudantes das


UEFS;

14- Realização de eventos esportivos


semestralmente na universidade tais como
torneios e/ou campeonatos.

59
eixo 8
comunicação
Ouvir a voz do Gueto é fundamental! Muitas vezes,
as vozes dos que sofrem são silenciadas e não são
ouvidas pelos nossos algozes, que julgam que
falam por nós, mas não falam. Quando falamos em
comunicação é para deixar claro que um DCE
presente ouve e se faz ouvir. É o DCE catalisador de
todas as vozes, é um DCE que é de fato de
estudantes, para estudantes.
A comunicação é um dos cernes centrais da nossa
chapa, porque julgamos necessário se fazer mais
presente frente às nossas lutas, ainda mais num
mundo interconectado.

60
1- Reivindicar a disponibilização da TV universitária
da UEFS para estudantes que assim precisem
desse instrumento. Bem como realizar parcerias;

2- Criar e gerir o site do DCE UEFS; que deve servir


um espaço institucional mas também de memória
das lutas do Movimento Estudantil;

3- Propor um projeto para a criação de uma Rádio


Universitária na UEFS;

4- Fazer agendas e boletins semanais nas redes


sociais para fazer os alunos acompanharem;

5- Criar um canal de comunicação via whatsapp;

6- Melhorar e tornar mais eficiente a rede de


comunicação entre as entidades estudantis da
UEFS;
.........................

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“​Eu que sou de onde a miséria seca as estações
​Vi a primavera
​Florescer entre os canhões
​E não recuar​
Eu que sou de guerra
​Dei o sangue na missão
​De regar a terra
​S​e eu tombar vão ser milhões pra multiplicar​
[...]
​A única luta que se perde é a que se abandona e
nós nunca
​Nunca abandonamos luta
​Nunca, nunca
​Hay que endurecer sem nunca sem nunca
perder a ternura”
Primavera (part. Giovani Cidreira e Rael). Don L. 2021.

Em memória de George Américo, líder e


lutador popular feirense, brutalmente
assassinado pelas elites locais
eleições DCE UEFS
9-11 de abril

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