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Contemporânea
CÓDIGO: 11012
NOME:
N.º DE ESTUDANTE:
DATA DE ENTREGA:
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TRABALHO / RESOLUÇÃO:
1.
a) As desigualdades não desapareceram como muito especulam, apenas vivemos a
nossa vida de forma a não nos preocuparmos com quem sofre com essas
desigualdades diariamente, até porque existe sempre alguém a tentar camuflá-las.
Neste vídeo está bastante evidente a desigualdade de oportunidades e consequente
desigualdade de resultados.
Como é referido por Seabra (2009), estas desigualdades de oportunidades e de
resultados são conceitos trazidos para o mundo do Ensino, no sentido em que a
escolha da escola que cada aluno vai integrar tem como referência a situação
financeira de cada família, tal como refere esta, “as escolas privadas continuam a ser
frequentadas pelas classes sociais mais favorecidas e o público das escolas públicas
eram os filhos dos trabalhadores.” (Seabra, 2009). Não somos nós que fazemos as
nossas primeiras escolhas de vida por isso não somos responsáveis pelas
oportunidades que temos ou deixamos de ter ao longo da vida. Haverá sempre um
grupo de privilegiados e outro de não privilegiados, e é este último que tem que lutar
mais e sofrer mais para conseguir alcançar os seus objetivos de vida, infelizmente
quem está habituado a ter estes privilégios desde cedo não consegue ter a perceção
da existência destas desigualdades durante o quotidiano. Para sermos uma sociedade
que tenha a igualdade como um dos pilares teríamos que dar a todos as mesmas
oportunidades de começo, seja como no vídeo o mesmo início da partida, seja como
na Educação terem todos o mesmo currículo, professores em igual nível de formação
e as mesmas exigências. John Rawls, na sua obra Uma Teoria da Justiça refere o
seguinte “(…) assumo que as partes se situam atrás de um véu de ignorância. Elas
não sabem como as alternativas irão afetar o seu caso particular.”, e Seabra refere
opacidade como um conceito fundamental para a existência de igualdade e equidade
social. Ambos entram em consenso quando defendem que deve existir algo que
permita uma escolha igualitária e transparente para todos os indivíduos sem as
distrações e influências por razões raciais, financeiras, étnicas e religiosas.
Por outro lado, haver igualdade não significa haver equidade, por exemplo, se todos
os alunos tiverem os mesmos currículos e as mesmas expetativas de resultados, mas
tiverem graus de inteligência e dificuldades de aprendizagem diferentes haverá
igualdade, mas não haverá equidade. Neste caso, para haver equidade teria que ser
feito um estudo às dificuldades de cada aluno, a fim de adaptar um currículo justo para
cada caso.
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Em suma, para haver uma igualdade de oportunidades e uma consequente igualdade
de resultados temos que analisar caso a caso e extinguir os privilégios para que todos
alcancem os seus objetivos com base no seu mérito e não com ajuda de terceiros.
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Infelizmente, o Ensino não está preparado para albergar todos os estudantes de forma
equitativa e igualitária, haverá sempre algum que ficará esquecido e os seus
problemas não serão resolvidos.
Bibliografia
Rawls, J. (1971) Uma Teoria da Justiça John Rawls. MARTINS FONTES. 147.
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